OSNY MATTANÓ JÚNIOR
O PRÍNCIPE DAS ROLAS
12/03/2018
O PRÍNCIPE DAS ROLAS.
CAP. 1
E lá estava ele, o Príncipe das Rolas, com seu foco de suco gástrico, que ele carregava enquanto gritava para as rolas que bicavam suas migalhas de pão e de milho lançadas por ele mesmo para elas, como forma de caridade e de admiração, o Príncipe das Rolas gostava mesmo é de gastar o verbo com trocadilhos sexuais, em função disto ele criava grande discórdia social por onde vivia e conquistava o ódio das comunidades, porém com seu foco de suco gástrico ele ludibriava a fome dos miseráveis e dos mais pobres.
A polícia investigava o Príncipe das Rolas desde 1984, por causa da sua capacidade verbal, toda carregada de libido, o que era crime sexual e violento no seu país, ele molestava todo mundo com seus trocadilhos sexuais, ele era uma espécie de estelionatário que oferecia coisas que não se cumpriam e que não existiam para seus fins como abuso, exploração, violência, tortura, lavagem cerebral e terrorismo, além de trabalho forçado, escravo, extermínio, concentração de aprisionados e doutrinação ideológica partidária para fins de domínio, expansão, riqueza, poder, corrupção, criminalidade e alienação.
O Príncipe das Rolas tinha suas lutas e era fruto do seu meio ambiente, será que ele conseguiria escapar desta encrenca?
CAP. 2
O Príncipe das Rolas bateu asas e saiu voando.... Chegou no outro lado do mundo onde foi amado e odiado, adorado e perseguido, como um herói e como um monstro, tudo por causa dos seus problemas do passado, que ele insistia em não mais se recordar. Em terras onde ele era o estrangeiro e sua língua não era a popular ele se sentia um refugiado, que cada vez mais se isolava do mundo e em si mesmo, perdendo contato com a realidade. Caindo em trevas e horrores, ele, o Príncipe das Rolas encontrou o Homem das Cavernas e o Homem das Montanhas Sagradas que o ajudaram ficando amigos uns dos outros. O Homem das Cavernas lhe ensinou a se adaptar ao meio ambiente que era muito diferente do qual era viera, e o Homem das Montanhas Sagradas lhe ensinou ao viver a Leis de Deus que eram as leis de toda aquela gente, o Homem das Montanhas Sagradas lhe ensinou que ele, o Príncipe das Rolas, era o Homem das Cidades de Pedras e que ele era diferente deles, que ele tinha uma condição sócio-histórica diferente da dos seus dois amigos, que suas representações sociais, símbolos e pensamentos eram diferentes dos deles, pois ele era diferente ambientalmente, nascido e criado em outro ambiente conheceu outros indivíduos de outros ambientes e foi se tornando um grande sábio. Percebeu, então, que seus problemas do passado, aquele contexto violento e triste, era apenas um estímulo para suas atuais respostas e o que elas gerariam como consequências, novos contextos, novas relações sociais e novos conhecimentos, novos aprendizados e uma nova cultura, uma identidade fortalecida, uma consciência madura e uma afetividade segura, uma atividade realizadora e relações produtivas, o Príncipe das Rolas compreendeu sua Trajetória da Vida e seu Ciclo Cosmogênico!
CAP. 3
O Príncipe das Rolas ficou mais velho e depois de se aprofundar nas coisas que eram ensinadas em seu mundo, ele partiu em direção aos céus, num voo alucinante, pois ele adquiriu asas com sua liberdade e pode conhecer as artes e toda a sua criatividade e influência sobre o mundo e as pessoas, o céu era apenas o limite.
Em sua primeira viagem ele conheceu o mundo pré-histórico e os animais e seres pré-históricos. Ele conheceu os dinossauros e o mundo pre-histórico e conheceu também mundos novos, mundos que visitavam o mundo pre-histórico através de viagens no tempo e no espaço, eram viagens realizadas por seres alienígenas e seres humanos do futuro que tinham tecnologias futuristas que permitiam estes tipos de aventuras. Certa vez o Príncipe das Rolas voava pelo céu e de repente avistou um dinossauro lutando com um ser humanoide, depois de um desastre com um disco voador que ficou destruído, de repente o ser humanoide desapareceu e a história acabou, mas o mundo pre-histórico permaneceu o mesmo, com ou sem seres do futuro ou de outros planetas, o Príncipe das Rolas descobriu que o tempo e o espaço são manipuláveis através da massa, da velocidade, da aceleração e da luz ou do comprimento de onda, ele aprendeu que isso era uma forma de arte do tempo e do espaço, uma arte infinita e eterna, que ficava para sempre no universo, feita por Deus através da Criação, isto significava que no universo nada morre, nada se perde, tudo vive, tudo se transforma, tudo é vida, energia, luz, o universo é Paixão, Morte e Ressurreição e se transforma em Amor e Misericórdia.
CAP. 4
O Príncipe das Rolas continuou seu voo no mundo pré-histórico e conheceu o fim desse período quando um asteroide se chocou contra o planeta Terra, provocando a extinção dos dinossauros, porém em seu voo ele percebeu que a vida venceu a morte e continuou sua jornada neste planeta retornando em grande escala ao planeta através da evolução das espécies, da seleção natural e da competição entre elas, então o Príncipe das Rolas conheceu os primatas e os hominídeos que deram origem aos primeiros Homo Sapiens, que criaram a arte rupestre e os primeiros padrões de escrita que conhecemos para registrar conhecimento, saber e cultura e transmitir essa informação por meio de códigos de um codificador para outro decodificador que através de um pacto social e verbal discriminavam os padrões de escrita e se comunicavam, gerando ou não, padrões de ruídos, que eram interferências e perturbações na mensagem e no seu conteúdo de um indivíduo para o outro, o Príncipe das Rolas descobriu que a vida evoluiu comportamentalmente e cognitivamente, adquirindo o pacto social verbal.
CAP. 5
Então o Príncipe das Rolas descobriu que o Homo Sapiens se relacionava com seus semelhantes e com os outros seres vivos e inclusive com o mundo criando tabus e totens, que eram maneiras de criar proibições e limitações através de normas e regras intransponíveis e mágicas, muitas delas supersticiosas e criadas para estabelecer ordem e coerência nas relações interpessoais, familiares, sexuais e com os animais e a natureza e os seus recursos naturais que adquiriam valor proibitivo, condenatório e por outro lado, transcendente e provocador de desejos até então indiscriminados, mas que passam a se tornar tabu para aquela comunidade verbal.
Os totens são pois, os animais, plantas, objetos, pessoas e símbolos sagrados que compõem o universo mágico e místico, supersticioso de uma comunidade verbal, é pois, através dos totens que a comunidade verbal e os seus indivíduos podem ritualizar suas necessidades de iniciação e de passagem em relação aos mitos de sua cultura, inclusive em relação aos tabus de sua cultura, que nos ensinam a lidar com determinadas proibições.
CAP. 6
Eis que por ventura o Príncipe das Rolas voou para o período das Grandes Guerras Mundiais...
Ele se anunciou como um dos mensageiros da História e começou a perguntar como era o Zeitgeist do mundo e da Europa quando começaram a 1ª e a 2ª Grandes Guerras Mundiais? Como era a economia, a política, as relações internacionais, a comunicação e o processo de globalização, o mercado, o capitalismo e o socialismo, as ideologias e os nacionalismos que eram moda, predominavam e sucumbiram e por quê? O racismo, a discriminação, o ódio e a intolerância, a religião e o poder da Igreja, a alienação e a loucura sobre o trabalho, a família, a política, os militares e as comunidades e instituições? Como era a educação das crianças, dos jovens e dos adultos? Se haviam direitos humanos, civis, penais, constitucionais e trabalhistas? Se as mulheres eram estupradas e as crianças não tinham proteção legal contra o estupro e a pedofilia? Se o trabalho era exaustivo e escravo? Se não haviam riquezas no Estado e nem nas cidades e famílias devido à organização social e econômica do Estado? Se a Ciência era manipulada para tarefas militares ou era limitada e proibida pelo Estado e pela Igreja? Se havia um multiculturalismo violento e alienante sem explicação e sem solução ou elaboração psíquica e comportamental que resultava em demência, loucura e alienação mental, em bullying e em discriminação, ódio e intolerância, violência sexual e moral, pedofilia, estupro virtual, linguagem sexista e voyeurismo, lavagem cerebral, despersonalização, em extorsão e vingança? O quanto estes eventos determinam o comportamento das crianças que se tornaram líderes mundiais, peças-chaves, criminosos e alienados como Adolf Hitler, Benito Mussolini e Hideki Tojo que lideraram o Eixo na 2ª Grande Guerra Mundial contra o outro grupo, dos Aliados, que foi composto por Inglaterra, França, União Soviética e posteriormente os Estados Unidos, liderados por Winston Churchill, Charles De Gaulle, Josef Stalin e Franklin Roosevelt.
CAP. 7
Voando para o presente o Príncipe das Rolas encarou Hollywood e sua história recalcada, virtual e instintiva, onde cada personagem era uma representação de totens e tabus, sobretudo quando se referiam as proibições e limitações de atos e atitudes, de liberdade e de liberdade de pensamento e de consciência, impondo desejos e valores que deveriam ser seguidos e respeitados, senão os infratores ou violadores dos tabus seriam seriamente penalizados e castigados, pois foram engolidos pelo monstro na trajetória dos heróis e fracassariam na sua aventura, isto pois, levando-os a regressarem para suas vidas e comunidades sem uma mensagem cósmica e libertadora. A história virtual, recalcada e instintiva diante dos totens e dos tabus se apresenta como uma história ameaçadora, limitadora, proibitiva e perturbadora, castradora e educativa, moralizante e legalista, fundamentadora de direitos e de deveres, obrigações e privilégios, de cidadania, de um sistema de valores e de conduta moral e ideológica como a Democracia, pois os totens e os tabus definem as riquezas que o indivíduo e sua comunidade podem gerar e acumular, criando uma Economia e uma riqueza que passa a ser distribuída de diversas maneiras, e uma delas é a sem desperdício, temos aqui a criação de outro tabu, o que as riquezas não podem ser desperdiçadas, seja em função da miséria, da pobreza, da fome, da escassez de recursos, da ideologia dominante, da religião, da cultura, da educação, da socialização, da família, da sociedade, da comunidade, do local de trabalho e de alguma instituição e/ou veículo de comunicação de massa, da história de vida ou do Zeitgeist. Os tabus podem nomear de louco ou alienado qualquer indivíduo que ameace ou viole as suas regras, sobretudo as políticas e dos mandatários em regimes autoritários e fechados, antidemocráticos que utilizam os veículos de comunicação de massa, os artistas e comunicadores, os atletas, os profissionais da saúde e da justiça e da segurança, a população e os pobres e criminosos para amordaçar um indivíduo-problema, com uma voz-problema e que possui uma história e um testemunho problema e ameaçador para o sistema dominante e autoritário.
CAP. 8
Osny Mattanó Júnior
Londrina, 13 de novembro de 2024.