45.A POBREZA É A COMUNHÃO DO AMOR.
45.A POBREZA É A COMUNHÃO DO AMOR.

OSNY MATTANÓ JÚNIOR

 

 

 

 

 

A POBREZA É A COMUNHÃO DO AMOR

 

 

 

04/07/2018

A POBREZA É A COMUNHÃO DO AMOR.

CAP. 1

          A pobreza é a Comunhão do Amor..., ela é o meu amor, é a Mãe e o Pai de minha vida, de minha existência, de onde em vim e para onde eu retornarei, a pobreza é todo o Amor que pode haver pois é toda a renúncia que se pode fazer, como Comunhão é a renúncia de Jesus Cristo a vida para se transformar em Vida Eterna, em Salvação, em Ressurreição, a pobreza é todo ser nascido, de qualquer família ou nação, e para onde vamos com o final, o Apocalipse individual, que marca a pobreza com mais Amor pois o Apocalipse é Amor na medida em que é o momento em que mais devotamente desejamos nosso Amor ser Ressuscitado e Salvo perante o Juízo Final. A pobreza vai contra o Juízo Final pois na pobreza o ser humano é pobre, é sofredor, carrega sua Cruz, é um crucificado pelo outro que se mantém no poder, o poder vai contra a pobreza pois não a elimina, mas a sustenta criando diferenças e desigualdades, no poder não há Comunhão, só há Comunhão na fraternidade, na irmandade, na igualdade, na verdade, na Justiça de Deus, a Comunhão não é um poder, mas é sim um encontro e uma renúncia ao poder, ao ódio, ao pecado, a morte, a guerra, a destruição, a Satanás, as armas, a violência, ao estupro e a desesperança, Comungar é Amar ao próximo como a Jesus Cristo!

         A pobreza é esse Amor de Comunhão onde Jesus Cristo se aproxima como Mestre, como irmão, como homem, como Deus, a pobreza ensina os caminhos da Ressurreição, ensina que a Comunhão é maior que as riquezas e que as riquezas também são Comunhão, pois Deus dá aos pobres as riquezas de seu mundo quando eles estão em estado de graça, ser pobre é uma graça que vem de encontro com a pobreza e até a riqueza, pois uma não existe sem a outra, e devemos amar ao próximo como a nós mesmos, na riqueza ou na pobreza.

         A riqueza é um estado de desconforto num mundo que abandona o rico e o pobre, o miserável e o doente ou o desempregado e o feio, a riqueza torna-se um problema para aquele que é rico pois não sabe ser rico, não sabe valorizar seu patrimônio e sua riqueza, tornando-se devoto dela e não de Deus e da caridade, do amor ao próximo, da Justiça de Deus, da fraternidade, do evangelho, tornando-se um pecador que erra muito e está no caminho errado, o caminho certo é Jesus Cristo, o rico deve tomar sua Cruz e seguir até seu calvário onde se libertará e encontrará uma vida nova, a Ressurreição. Ele deve entender que as riquezas são produto da relação do ser humano com os outros seres humanos e o mundo, que servem apenas para dominar e escravizar e não para proporcionar prazer ou bem e paz social, justiça ou igualdade, pois se selecionássemos estes comportamentos e contingências para  nos guiarem a primeira coisa que abandonaríamos era o capitalismo e a segunda, o capital e o terceira, o dinheiro e os tesouros. Não existem tesouros no mundo, o ser humano cria seus próprios tesouros, os inventa para dominar e escravizar aos outros, para ganhar dinheiro e humilhar os pobres e ignorantes. A pobreza é sim a Comunhão do Amor.

 CAP. 2

         A pobreza é a Comunhão do Amor, pois ela é a renuncia ao mundo para o caminho que leva para a entrega na própria Cruz. É na Cruz que a pobreza se mostra completa, pois na Cruz o crucificado se encontra plenamente entregue as dores do mundo e a espera de uma Salvação, que venha do Alto, que possa redimi-lo em sua humilhação. Essa humilhação chama a atenção das testemunhas que o observam em sua Cruz, seja por crueldade ou por curiosidade ou por outros interesses que não os de Deus, mas também por Amor ao Cristo que sofre em sua Cruz, que teve que carregar sua Cruz depois de ter sido injustamente julgado e injustamente condenado, condenado pelo ódio da população por Ele ser Deus, e depois disto ser castigado e torturado com castigo cruel onde teve seu Corpo flagelado e foi amarrado para ser conduzido para sua cela onde teve que ser torturado e ficar sem tomar banho, acumulando sujeira do Seu Corpo e Sangue com a sujeira do meio ambiente e da flagelação, muito provavelmente gerando suor e mau cheiro, feridas, cortes, chagas e dores pelo seu Corpo que só foram piorando dia-a-dia até a sua morte na Cruz. Teve então que carregar sua Cruz todo humilhado fisicamente, expondo suas intimidades, cheirando mau  e com dores em seu Corpo, sabemos que Ele não escovava seus dentes e não tomou banho na prisão, ficou dois dias preso sem tomar banho e todo sangrando, na Cruz teve perfurações nas mãos e nos pés, teve, portanto mais dores e mais chagas, agora em suas mãos e pés e em sua cabeça que durante sua crucificação recebeu uma Coroa de Espinhos..., o Amor já recebeu uma Coroa de Louco no Hospital Psiquiátrico Shangri-lá em Londrina, em 1999, foi torturado, teve que beber num copo azul dos seu próprio sangue, quando teve que beber de um remédio errado para loucura num copo usado para tortura, para fazê-lo sangrar,   em sua ¨loucura¨ que era Amar a Jesus Cristo, a Deus e a Nossa Senhora, o Amor provou que a pobreza salva quando aceitou seu destino e não lutou contra sua Cruz, libertando-se três dias depois, mas as marcas e as dores ficaram em seu corpo, inclusive as chagas, uma Cruz luminosa em sua cabeça e um mau cheiro através de suas orelhas e uma incapacidade de caminhar e de tomar banho regularmente, além de marcas e feridas em seu corpo, nas costas, nos ombros, nas mãos, nos pés e na cabeça.  O Amor aceitou a pobreza como Comunhão e se libertou!

CAP. 3

         Saber escutar os outros mesmo quando as palavras não sejam as que desejamos ouvir, saber escutar é renunciar ao silêncio, ao egoísmo, ao coração de pedra e se tornar um coração de carne como o que ouvimos nas palavras que machucam como a carne machucada pelo ódio e pela violência, pela perseguição e pela discriminação, pela loucura e pela falta de amor e de confiança quando o outro quer ser amado e acolhido, apenas isto, como Jesus Cristo, como o Amor, que só quer ser amado e acolhido, não quer riquezas e nem castelos ou montanhas de dinheiro, só quer amar e ser amado, trabalhar pelo próximo como por si mesmo para diminuir a desigualdade social e seus atrasos educacionais e culturais, quer ter para o outro como para si mesmo através da Comunhão, através do Amor que capacita e da forças para continuar mesmo em meio a tribulações e coisas impossíveis como ter que viver em meio a horrores e fenômenos semelhantes aos dos campos de concentração de guerras onde há tortura, experiências científicas torturantes, crueldade, trabalho forçado, humilhação, violência, extermínio, escravidão e lavagem cerebral. O Amor é mais forte que o ódio! Onde pode haver mais pobreza do que num ambiente assim onde as relações são de morte!

CAP. 4

          Jesus sabia que a morte, a tortura e o sacrifício são formas de Amor e de ajudar ao próximo, de deixar uma mensagem para sua comunidade, uma mensagem de amor e de paz, de coragem, de amizade, mesmo na solidão total, no total abandono, desfrutando do que para os outros é ruim, a morte, a tortura e o sacrifício, mas para Ele é bom e agradável, pois morrer, segundo o Amor e ser torturado, e fazer sacrifícios não traz dor,  traz mais amor e mais prazer, traz alegria ao coração e coragem, vontade de ajudar ao próximo, o Amor sabe que morrer não dói e causa prazer e alegria, contentamento, inclusive a ressurreição, quem ama a sua Cruz, sua crucificação, dor, tortura e sacrifício, morte, ressuscita com Cristo e seu Amor. Não existe coisa mais pobre do que a crucificação, pois nela Cristo é abandonado por todos e torturado até a sua morte no madeiro, a Cruz se transforma em bênção!

 

CAP. 5

         Contudo que se preocupe da morte apenas os mortos e da vida os vivos, por isso é que eu acredito que hoje não há como crucificar fisicamente alguém no Brasil e em grande parte do mundo pois assassinato é crime, matar alguém que não cometeu crime algum de forma violenta, com tortura e crueldade é crime, é perversidade, é loucura, hoje o mundo é diferente do mundo do tempo de Jesus Cristo, as leis e a educação, os valores e as regras, o contexto e a saúde, a justiça e a igreja são diferentes, não toleramos mais esse tipo de situação e de punição, pois é contra os nossos valores, é contra o Amor, é contra a união, é contra a felicidade e a justiça, é contra a normalidade e a igualdade, se Jesus Cristo viesse ao mundo hoje  certamente o trataríamos de outra forma, não o crucificaríamos, respeitaríamos nossas leis e nossas autoridades pois a vontade de Deus é assim, na época de Jesus Cristo se fez conforme os valores sociais da época e das suas autoridades, vivemos num mundo, hoje, muito mais complexo e civilizado para nos rebaixarmos a essa condição desumana e sem Amor para com o próximo. É por isso que a pobreza é a comunhão do Amor, porque somos pobres espiritualmente, emocionalmente, psiquicamente e comportamentalmente, social, politicamente, para com o próximo.

 

 

Londrina, 29 de julho de 2018.

Osny Mattanó Júnior