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128.TEOR.ABUNDÂNCIA E ECONOMIA P/ A SAÚDE (2020).
128.TEOR.ABUNDÂNCIA E ECONOMIA P/ A SAÚDE (2020).

 

 

OSNY MATTANÓ JÚNIOR

 

 

 

 

 

TEORIA DA ABUNDÂNCIA

E A

ECONOMIA PARA A SAÚDE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

02/08/2020

 

1    UNIDADE 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

 

 

O objetivo desta unidade é trazer a você aluno(a) as principais noções da Ciência Econômica. Vamos conhecer as principais Escolas do Pensamento Econômico, que é a base das Teorias Econômicas. Na seqüência, vamos estudar as necessidades, os bens econômicos e os serviços, a fim de que você possa estabelecer relações com a economia e seu cotidiano. E para finalizar, vamos estudar sobre o conceito de fatores de produção, com o objetivo de fazer você compreender a situação do trabalhador, da acumulação de capital, da distribuição da riqueza, da industrialização, do setor agroindustrial, do comércio, das famílias, das empresas e do governo.

E segundo Mattanó estudaremos os significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, funcionalidades, simbologias, linguagens, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia. Estudaremos os Novos Modelos Econômicos e os Novos Tipos de Dinheiro.

 

 

 

1.1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO

 

 

A história da Economia é de grande importância para a humanidade, tanto a pré-clássica quanto a mais atual. É somente entendendo a dinâmica da história econômica das civilizações que você poderá compreender toda a complexidade que domina a ciência econômica e a sociedade.

 

A Economia surgiu como ciência a partir de 1.776, com a publicação da obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações. Antes disso, a Economia não passava de um pequeno ramo da Filosofia Social e do Direito. Com o Mercantilismo e a Fisiocracia, as idéias econômicas começam a ter um pequeno desenvolvimento.

 

 

 

 

 

 

 

1.1.1 Antiguidade e suas contribuições ao pensamento econômico

 

 

Mesmo nas sociedades primitivas, os homens precisavam organizar-se em sociedade, para defender-se dos inimigos, abrigar-se e produzir comida para sobreviver. A divisão do trabalho, daí decorrente, permitiu o desenvolvimento da espécie humana em comunidades cada vez maiores e mais bem estruturadas. Na maior parte dos casos, a produção era basicamente para sobrevivência.

 

Alguns homens mais habilidosos passaram a produzir um pouco mais, o que permitiu o início das trocas. Aos poucos, o trabalho de alguns homens passou a ser suficiente para atender às necessidades de um conjunto cada vez maior de pessoas.

 

Na Grécia Antiga, como em Roma, a maior parte da população era composta por escravos, que realizavam todo o trabalho em troca do estritamente necessário para sobreviver. Os senhores de escravos apropriavam-se de todo o produto excedente. A economia era quase exclusivamente agrícola; o meio urbano não passava de uma fortificação com algumas casas, onde residiam os nobres, ou chefes militares.

 

Gastaldi (1999) assinala que, na história da civilização de Roma, se encontram muitos dos elementos que caracterizam o moderno capitalismo. Os romanos foram os principais estadistas, juristas e construtores de impérios. Um dos traços da civilização romana foi a expansão agrícola, que favoreceu a sua economia e, notadamente, a sua agricultura, e que foi um dos determinantes da expansão do poderio político do Império. De uma outra forma, o declínio de sua agricultura foi a principal causa de sua perda. Agressiva foi a política de expansão comercial de Roma, que proporcionou grandes lucros, ao mesmo tempo em que despertou a rivalidade com o poder comercial de outros povos. Isto posto, os acordos comerciais foram substituídos pelos conflitos armados.

 

Com o Império Romano:

 

Consolidava-se a expansão comercial;

 

Consolidava as funções do dinheiro;

 

Criavam-se os impostos mais elevados;

 

Aumentavam as despesas do governo.

 

 

Foi também no Império romano que nasceu a agiotagem, e a riqueza passou a se concentrar nas mãos de uma minoria. As economias países subdesenvolvidos, tal como o Brasil, apresentam semelhanças com o Império Romano. De lado, há pessoas abastadas e profundamente ricas, outro, há pessoas pobres.

 

 

GLOSSÁRIO

AGIOTA – é a pessoa que faz prática da usura, ou seja, empresta dinheiro a outra no mercado informal, sem a devida autorização legal para isto.

 

Fonte Aurélio 2010.

 

 

 

 

 

 

 

dos

 

 

 

uma de

 

 

As situações de decadência do império conduziu o povo a uma elevada crise de escassez, quando aumentaram, e muito, as necessidades urbanas em alimentos. Podemos apontar as causas econômicas de declínio do império Romano:

 

Grande concentração das riquezas por grupos minoritários;

 

Grandes propriedades rurais improdutivas;

 

Servidão dos pequenos e médios agricultores;

 

Separação sempre maior entre ricos e pobres; e

 

Crescente escassez de alimentos.

 

Deste modo, podemos concluir que, as causas econômicas conjugadas com as políticas, determinaram a queda do Império Romano.

 

1.1.2 A Economia na Idade Média

 

 

A Idade média ou Idade Medieval, surgiu com o declínio da Império Romano por volta de 476 D.C. Esse período, um dos mais longos da história, durou dos anos 500 a 1500. Com a Idade Média, abriu-se uma nova era para a humanidade o chamado feudalismo.

 

Na base do sistema feudalista, estava o servo, que trabalhava nas terras de um senhor, o qual devia lealdade a um senhor mais poderoso, este a outro, até chegar ao Rei. Os senhores davam a terra a seus vassalos, para serem cultivados, em troca de pagamento em dinheiro, alimentos, trabalho e lealdade militar. Em troca dessa lealdade, o senhor concedia proteção militar a seu vassalo.

 

O servo não era livre, pois estava ligado à terra e a seu senhor, mas não constituía sua propriedade, como o escravo. As trocas desenvolveram-se no nível regional, entre as cidades e suas áreas agrícolas. A cidade, com seus muros, constituía-se no local de proteção dos servos, em caso de ataque inimigo. Aos poucos, porém, passou a ser o local onde se realizavam as trocas. Desenvolveram-se as corporações de ofício e a divisão do trabalho. Com as Cruzadas, a partir de 1.096, expandiu-se o comércio mediterrâneo, impulsionando cidades como Gênova, Pisa, Florença, Veneza, etc.

 

A Teologia Católica exerceu um poder muito grande sobre o pensamento econômico da Idade Média. A propriedade privada era permitida, desde que usada com moderação. Havia uma idéia de moderação na conduta humana, o que levava às concepções de justiça nas trocas e, portanto, de justo preço e justo salário.

 

O empréstimo a juros era condenado pela Igreja, pois contraria a idéia de justiça nas trocas: o dinheiro reembolsado seria maior do que o emprestado.

 

Diferente do pensamento capitalista, o pensamento cristão condenava a acumulação de capital (riqueza) e a exploração do homem pelo homem. A opção da Igreja, então, foi pelo retorno

 

a atividade rural, ao contrário de Roma. Na verdade, a igreja, através de suas conventos e mosteiros, tornou-se grande proprietária de grandes terras.

 

A terra transformou-se na riqueza por excelência. Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado, como por propriedades nas quais os senhores e os trabalhadores viviam indiretamente do produto da terra ou do solo. Eram médias ou grandes propriedades rurais, auto-suficientes econômica e politicamente, obedientes a autoridade do senhor ou proprietário, e nas quais os servos exerciam suas atividades agrícolas ou artesanais.

 

O rei, embora dirigisse o Estado, não possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a autoridade máxima era a do senhor da gleba (os exploradores) e onde labutavam os servos ( os exploradores).

 

1.1.3 Mercantilismo

 

 

O mundo novo surge (inclusive o Brasil nas Américas ), com o crescimento e o desenvolvimento das cidades, a nova política e as profundas mudanças do tempo medieval, grandes transformações começam a ocorrer, tanto em matéria comercial e de produção.

 

O pensamento religioso se enfraquecia, operava-se uma forte centralização política , ocorrendo a criação das nações modernas e das monarquias absolutas.

 

O Renascimento cultural e científico e

GLOSSÁRIO

uma

das

 

 

 

 

 

Mercantilismo

 

 

o Mercantilismo abriram os horizontes da Europa, a

primeiras

 

doutrinas

 

 

 

 

 

econômicas, muito usada até o

 

 

partir de 1.450.

A Reforma Protestante de Martin

final do século XVIII. Não foi

 

 

Lutero (1.483-1.546) e João Calvino (1.509-1.564),

uma  doutrina

consistente  e

 

 

coerente, mas um conjunto de

 

 

exaltando o individualismo, a atividade econômica e o

ideias  econômicas

de

cunho

 

 

protecionista,

desenvolvidas

 

 

êxito  material,

deu  grande  impulso

à  economia.

em  diversos  países,  as  quais

 

 

variavam um pouco em função

 

 

Enriquecer  não

constituía  mais  um

pecado.   A

dos  interesses  de  cada  país.

 

 

Fonte: Lacombe (2004)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

cobrança de juros e a obtenção de lucro passaram a ser permitidas.

 

 

 

 

 

 

Ao mesmo tempo, ocorreu uma transformação política na Europa, com o enfraquecimento dos feudos e a centralização da política nacional. Aos poucos, foi-se formando uma economia nacional relativamente integrada, com o Estado central dirigindo as forças materiais e humanas.

 

No âmbito internacional, as descobertas marítimas e o grande afluxo de metais preciosos para a Europa, deslocaram o eixo econômico do Mediterrâneo para novos centros como Londres, Amsterdã, Lisboa, Madri, etc. Até então, a idéia mercantilista dominante era a de que a riqueza de um país media-se pelo afluxo de metais preciosos (metalismo).

 

Com a idéia de garantir um afluxo positivo de ouro e prata para seu país, os mercantilistas sugeriam que se aumentassem as exportações e que se controlassem as importações. Na França, surgiu a proteção à indústria, com o fim de assegurar exportações mais regulares e com maior valor.

 

Com o objetivo de maximizar o saldo comercial e o afluxo de metais preciosos, as Metrópoles estabeleceram um "pacto colonial" com suas colônias. Por meio desse "pacto", todas as importações da colônia passaram a ser provenientes de sua Metrópole, assim como todas as suas exportações seriam destinadas a ela exclusivamente. A Metrópole monopolizava também o transporte dessas mercadorias.

 

O Mercantilismo contribuiu decisivamente para estender as relações comerciais do âmbito regional para o âmbito internacional. Ele constituiu uma fase de transição entre o feudalismo e o capitalismo moderno. No Mercantilismo, a ética paternalista cristã (católica) ao condenar a aquisição de bens materiais, entrava em conflito com os interesses dos mercadores-capitalistas. Aos poucos, o Estado Nacional passou a ocupar o lugar da Igreja na função de supervisionar o bem-estar da coletividade. Gradativamente, os governos foram sendo influenciados pelo pensamento mercantilista. (começaram a surgir leis que beneficiavam os interesses

 

dos mercantilistas e do capitalismo nascente: lei do cercamento das terras, leis que incentivavam a indústria, leis que criavam barreiras às importações, etc.)

 

O Mercantilismo provocou grandes distorções, como abandono da agricultura em benefício da indústria, excessiva regulamentação e intervencionismo exagerado do Estado na atividade econômica. Aos poucos, foram surgindo novas teorias sobre o comportamento humano, de cunho liberal e individualista, mais de acordo com as necessidades da expansão capitalista.

 

Em resumo o mercantilismo foi:

 

  • um regime de nacionalismo econômico. A acumulação de riqueza se consistia na principal finalidade do Estado.

 

  • Para os mercantilistas o Estado deveria encontrar os meios necessários para que o país adquirisse a maior quantidade possível de ouro e prata.
  • Os disciplinas procuravam disciplinar as atividades industriais e comerciais de tal forma que as exportações fossem sempre favorecidas em detrimento das importações

 

1.1.4 Os Fisiocratas e a doutrina do "laissez-faire"

 

 

A Fisiocracia constitui a primeira escola econômica de caráter científico, liderada pelo médico francês François Quesnay (1.694-1774), autor da obra O Quadro Econômico: análise das variações do rendimento de uma nação.

 

Podemos conceituar a fisiocracia como um grande grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez uma Teoria do Liberalismo Econômico.

 

Dentre suas característica, descatam-se:

 

  • Comércio como atividade dominante.

 

  • Comércio interno.

 

  • O Estado era monopólio ( toda atividade era comandada e controlada pelo Estado)

 

Segundo a doutrina fisiocrática, a sociedade é formada pela classe produtiva (agricultores), pela classe dos proprietários de terras e pela classe estéril (todos os que se ocupam do comércio, da indústria e dos serviços).

 

A agricultura era considerada produtiva por ser, para os fisiocratas, a única que gera valor. Desse modo, os preços agrícolas deviam ser os mais elevados possível, a fim de gerar lucros e recursos para novos investimentos agrícolas. Os consumidores seriam compensados pela cobrança de um imposto único sobre a renda dos proprietários de terras e por medidas que reduzissem os preços industriais.

 

A idéia de classe estéril resultou da reação fisiocrática contra a doutrina mercantilista. A moeda passou a ter apenas função de troca e não reserva de valor, pois este encontra-se na agricultura. A indústria e o comércio constituem desdobramentos da agricultura, pois apenas transformam e transportam valores. A terra produz valor por sua fertilidade, seguindo uma ordem natural e providencial. Desse modo a agricultura precisa ser incentivada para aumentar o produto social.

 

Com uma lei natural regulando a ordem econômica, os homens precisam, então, agir livremente, e qualquer intervenção do Estado inibiria essa ordem, ao criar obstáculos à circulação de pessoas e de bens. Assim, eles propunham a redução da regulamentação oficial, para aumentar a produtividade da economia, e a eliminação de barreiras ao comércio interno e a promoção das exportações. Proibição às exportações de cereais, ao expandir a oferta interna, reduziriam os preços, afetando os lucros agrícolas.

 

 

Por  outro  lado,

para  manter  baixos  os  preços  das  manufaturas  e

beneficiar

os  consumidores,

propunham  o  combate  aos  oligopólios  e  o  fim  das

restrições às importações. O pensamento fisiocrático era, portanto, liberal, traduzindo-se em sua doutrina do laissez-faire, laissez-passer ... (deixai fazer, deixai passar).

 

Em resumo o pensamento fisiocrata foi:

 

  • Representação de uma reação ao mercantilismo. Os fisiocratas não acreditavam que uma nação poderia se desenvolver mediante, apenas, do acúmulo de metais preciosos e estímulos direto ao comércio.

 

  • O objeto de investigação dos fisiocratas é o sistema econômico como um todo, sendo este conjunto regido por uma ordem natural.

 

  • Consideravam apenas o trabalho agrícola produtivo.

 

  • O Estado não deve intervir na ordem natural que rege o sistema econômico.

 

1.1.5 Escola Clássica

 

 

O liberalismo e o individualismo dos clássicos estavam associados ao bem comum: os homens, ao maximizarem a satisfação pessoal, com o mínimo de dispêndio ou esforço, estariam contribuindo para a obtenção do máximo bem-estar social. Tal harmonização seria feita, segundo Adam Smith, por uma espécie de mão invisível.

 

O pensamento clássico fundamenta-se, no individualismo, na liberdade e no comportamento racional dos agentes econômicos, com a mínima presença do Estado, que teria como funções precípuas a defesa, a justiça e a manutenção de certas obras públicas.

 

A Escola clássica foi uma escola que caracterizou a produção, deixando a procura e o consumo para o segundo plano. Para Smith, considerado o maior dos clássicos e o pai da Ciência Econômica, o objeto da economia é estender bens e riquezas a uma nação . Nesse sentido, entende que a riqueza somente pode ser

conseguida mediante a posse do valor de troca. Valor de troca, para Smith (1981), é a capacidade de obter riqueza, ou seja, á a faculdade que a aposse de determinado objeto oferece de comprar com eles outras mercadorias.

 

Em resumo a Escola Clássica defendia:

 

  • A mais ampla liberdade individual

 

  • O direito inalienável à propriedade

 

  • A livre iniciativa e a livre concorrência

 

  • A não intervenção do Estado na economia

 

Segue a baixo os principais pensadores da Escola Clássica:

 

  1. a) Adam Smith (1.723-1.790)

 

Com a publicação da Riqueza das Nações, em 1.776, tendo como experiência a Revolução Industrial Inglesa (1.760-1.830), Adam Smith estabeleceu as bases científicas da Economia Moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas, que consideravam os metais preciosos e a terra, respectivamente, como os geradores de riqueza nacional, para ele o elemento essencial da riqueza é o trabalho produtivo. Assim o valor pode ser gerado fora da agricultura.

 

Adam Smith ensinou que a Economia Política tem como objetivo gerar riqueza para o indivíduo e o Estado, para o provimento de suas necessidades básicas. A riqueza aumenta pelo trabalho produtivo, fecundado pelo capital. "O trabalho anual de cada nação constitui o fundo que originalmente lhe fornece todos os bens necessários e os confortos materiais de que consome anualmente. O mencionado fundo consiste sempre na produção imediata do referido trabalho ou naquilo que com essa produção é comprado de outras nações." O valor vem do trabalho, desse modo

 

ele pode ser gerado fora da agricultura, desde que o preço de mercado supere o preço natural (ou custo de produção).

 

A geração de riqueza de uma nação depende, portanto, da proporção entre o trabalho produtivo (que gera um excedente de valor sobre o seu custo de reprodução) e o trabalho improdutivo (como o dos criados). O emprego de trabalho produtivo depende da divisão do trabalho, e esta da extensão dos mercados. A ampliação das trocas comerciais entre os países proporciona maior divisão do trabalho e especialização dos trabalhadores, aumentando a produtividade e o produto global.

 

  • medida que a economia consegue expandir seus mercados, ela obtém rendimentos crescentes à escala, podendo distribuir sem conflitos um produto social maior entre capitalistas, trabalhadores e Governo, na forma de lucros, salários e impostos.

 

  1. David Ricardo (1.772-1.823)

 

David Ricardo em sua obra Princípios de Economia Política e Tributação (1.817), afirma que o maior problema da Economia Política está na distribuição do produto entre as classes sociais (proprietários da terra, capitalistas-arrendatários e trabalhadores). Isso ocorre porque a proporção do produto total destinado a cada classe varia no tempo, uma vez que depende da fertilidade do solo, da

acumulação do capital, do crescimento demográfico e da tecnologia. Assim, determinar as leis que regulam essa distribuição é a principal questão da Economia.

 

Ricardo transferiu o centro do problema da análise econômica da produção para a distribuição, sendo uma de suas grandes contribuição a teoria do valor. Ele se interessou pelos preços relativos mais que pelos absolutos; queria descobrir a base da relação de troca entre as mercadorias. As mercadorias obtém

 

seu valor de duas fontes: de sua escassez e da quantidade de trabalho necessário para obtê-las.

 

A teoria da renda da terra ocupa um lugar de destaque em sua análise. As diferenças na qualidade da terra determinariam que, enquanto os proprietários das terras férteis obteriam rendas cada vez mais altas, a produção nas terras de qualidade pior geraria só o suficiente para cobrir os custos e não produziria renda. Desse modo, pode-se argumentar que a renda e os lucros poderiam ser isolados, considerando o caso da terra sem renda, na qual o rendimento consistiria inteiramente nas entradas derivadas de capital.

 

De um ponto de vista dinâmico, Ricardo pensava que o crescimento da população acompanhava a expansão econômica, e esta expansão traria consigo um aumento das necessidades de alimentos, que poderiam ser satisfeitas só a custos mais altos. Para manter os salários reais no seu nível anterior, seriam necessários salários monetários mais altos, o que faria a participação dos lucros no produto diminuir.

 

Desta forma, Ricardo mostrou que o processo de expansão econômica poderia minar suas próprias bases, isto é, a acumulação de capital a partir dos lucros, de modo que, ao se reduzir a taxa de lucro, emergiria o estado estacionário, no qual não haveria acumulação líquida nem crescimento.

 

A função de produção ricardiana apresenta rendimentos decrescentes e a economia marcha para um estado de estagnação a longo prazo. O grande problema para os economistas clássicos era a sociedade atingir esse estado estacionário, de crescimento zero, sem que a população tenha atingido o máximo bem-estar.

 

Ricardo foi também o primeiro que desenvolveu a teoria dos custos comparativos, defendendo que cada país deveria especializar-se naqueles produtos que têm um custo comparativo mais baixo, e importar aqueles cujo custo comparativo

fosse mais alto. Essa é a base da política de livre comércio de David Ricardo para os bens manufaturados.

 

Segundo essa política, cada país deve dedicar seu capital e trabalho àquelas produções que se mostram mais lucrativas. Dessa forma, o trabalho distribui-se com maior eficiência e, ao mesmo tempo, aumenta a quantidade total de bens, o que contribui para o bem-estar geral. A teoria dos custos comparativos harmoniza os interesses dos diferentes países nos assuntos internacionais.

 

  1. c) O Pensamento Socialista (Karl Marx: 1.818-1.883)

 

Centrando-se na teoria do valor-trabalho e no conceito de mais-valia, Karl Marx e Friedrich Engels estabeleceram as bases da doutrina socialista da superação do capitalismo por suas próprias contradições internas. A economia capitalista apresenta crises periódicas de superprodução, com elevadas taxas de desemprego. A Economia Política passou a ter maior amplitude, ao ser vista,

não apenas por meio de relações meramente tecnológicas, mas também como o estudo das relações sociais de produção, no sentido de luta de classes entre capitalistas e trabalhadores.

 

A base da teoria de Marx constituía-se na análise da história, fundamentada no materialismo dialético. A concepção materialista da história baseia-se no princípio de que a produção e o intercâmbio de produtos constituem a base de toda ordem social. Essa afirmação é válida uma vez que, em toda sociedade citada pela história, a divisão em classes está determinada por aquilo que se produz, como se produz e pela forma que se troca a produção.

 

Segundo essa concepção, as causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas são buscadas não na mente dos homens e sim nas

 

mudanças experimentadas pelos métodos de produção e de troca. A força básica na história é, para Marx, a estrutura econômica da sociedade. Isso não exclui o impacto das idéias, pois estas são um reflexo das sociedades, que as alimentam.

 

O objetivo da obra de Marx era descobrir as "leis do movimento" da sociedade capitalista. Marx construiu seu "modelo econômico" para demonstrar que o capitalismo explorava necessariamente a classe trabalhadora e como essa exploração conduziria, inevitavelmente, à sua destruição. Nesse sentido, a teoria do valor-trabalho tem um papel importante.

 

Segundo Marx, o benefício é obtido pelo capitalista ao adquirir uma mercadoria, que pode criar um valor maior que o de sua própria força de trabalho. Marx distingue os conceitos de força de trabalho e tempo de trabalho. A força de trabalho refere-se à capacidade do homem para o trabalho; o tempo de trabalho é o processo real e a duração do trabalho.

 

O relevante é que, segundo Marx, o capitalista paga ao trabalhador uma quantidade igual ao de sua força de trabalho, porém esse pagamento eqüivale somente a uma parte da produção do trabalhador e, portanto, somente parte do valor que este produz.

 

A chave da exploração, nesse sistema, reside na diferença entre o salário que recebe um trabalhador e o valor do bem que produz. Essa diferença é o que Marx chama de mais-valia.

 

Em resumo os fundamentos marxistas eram:

 

  • Crítica científica ao modo de produção capitalista

 

  • Mais valia

 

  • o modo de produção capitalista está fundado na exploração do trabalho assalariado

 

  • Teoria do Valor Trabalho formulada de forma mais consistente.

 

1.1.6 O Pensamento Neoclássico (ou Marginalista)

 

 

  • William Stanley Jevons (1835-1882) - inglês

 

  • Carl Menger (1840-1921)- austríaco

 

  • Léon Walras (1834-1910)- francês

 

  • Vilfredo Pareto (1848-1923)- italiano

 

  • Alfred Marshall (1842-1924)- inglês

 

Com a consolidação da análise neoclássica, a partir de 1870, a expressão Economia Política passou a ser usada preferencialmente no contexto da análise marxista. Com o termo Economia, tem-se uma visão mais restrita do sistema econômico. As relações sociais desaparecem e a Economia é vista por seu lado técnico, histórico e abstrato. Os fenômenos econômicos são encarados como um processo mecânico, matematicamente demonstrável e determinado. Assim, supõe-se que a economia é formada por um grande número de pequenos produtores e consumidores, incapazes de influenciar isoladamente os preços e as quantidades no mercado.

 

 

Os consumidores, de posse de determinada renda, adquirem bens e serviços de acordo com seus gostos, a fim de maximizarem sua utilidade total, derivada do consumo ou posse das mercadorias. Essa é uma concepção hedonista, segundo a qual o homem procura o máximo prazer, com um mínimo de esforço.

 

Assim, enquanto na Escola Clássica e em Marx o valor é determinado pela quantidade de trabalho incorporado na mercadoria, na Escola Marginalista, o valor depende da utilidade marginal. Desse modo, quanto mais raro e útil for um produto, tanto mais ele será demandado e valorizado e tanto maior será o seu preço.

 

Dados os preços de mercado, os produtores adquirem os fatores de produção necessários a fim de combiná-los racionalmente e produzir as quantidades que maximizarão seus lucros. Os fatores têm preços determinados por sua escassez e

utilidade no processo produtivo. Não há mais conflito entre as classes sociais na distribuição do produto, mas harmonia entre os agentes.

 

No pensamento marginalista, cada proprietário dos recursos produtivos é remunerado por sua produtividade marginal, não havendo motivo, portanto, para qualquer conflito social. A concorrência entre os agentes econômicos regula a oferta e a demanda de bens e fatores. Supõe-se que exista perfeita flexibilidade de preços e salários, de sorte que se estabelece automaticamente o equilíbrio dos mercados, levando em conta cada indivíduo e a economia em seu conjunto ao máximo bem-estar social.

 

A essência do pensamento marginalista pode ser sintetizada nos seguintes pontos:

 

  1. raciocínio na margem: a decisão de produzir ou consumir vai depender do custo ou benefício proporcionado pela última unidade;

 

  1. abordagem microeconômica: o indivíduo e a firma estão no centro da análise, havendo no mercado um único bem homogêneo e um preço de equilíbrio;

 

  1. método abstrato-dedutivo: abstração teórica, argumentação lógica e conclusão;

 

  1. concorrência pura nos mercados: sendo o monopólio uma exceção; muitos vendedores e compradores concorrem no mercado por bens e serviços; as firmas são pequenas e não conseguem influenciar o preço de mercado;

 

  1. ênfase na demanda: a demanda é o elemento crucial para determinar os preços, ao contrário dos clássicos que enfocavam a oferta, ou custo de produção;

 

  1. teoria da utilidade: a utilidade que as pessoas têm no consumo dos bens, determinada por seus gostos, influencia as quantidades demandadas de cada bem e, então, seus preços. Há uma ênfase em aspectos psicológicos, com a consideração da abordagem hedonista de prazer (satisfação) e sofrimento (custos);

 

  1. teoria do equilíbrio: as variáveis econômicas interagem e o sistema manifesta uma tendência ao equilíbrio pelas livres forças de mercado;

 

  1. direitos de propriedade: cada proprietário recebe pela posse de um fator de produção;

 

  1. racionalidade: as firmas e consumidores maximizam lucro ou satisfação e não agem por impulso, capricho ou por objetivos humanitários;

 

  1. laissez-faire: ou liberdade de mercado; toda e qualquer interferência nos automatismos do mercado gera custos e reduz o bem-estar social.

 

 

Em meados dos século XX, a Economia passou a abarcar dois grandes enfoques: (a) a Microeconomia, que trata da firma e da indústria em particular, do preço e do mercado de um bem ou serviço, bem como do indivíduo, como consumidor que detém poder de compra; e (b) a Macroeconomia, que se ocupa dos agregados, como a inflação, a taxa de câmbio, a renda nacional, a poupança, o investimento, a função consumo, o balanço de pagamentos, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.1.7 O Pensamento Keynesiano

 

 

Em sua obra, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, (1936), John Maynard Keynes (1883-1946) refutou a idéia de equilíbrio com pleno emprego de fatores, pela rigidez de salários e preços.

 

Segundo ele, há desemprego involuntário e em função disso, a economia opera com capacidade ociosa. Para elevar os níveis de emprego e de renda, maximizando-se o bem-estar social, torna-se necessário estimular a propensão a investir dos empresários. O Estado atua nesse sentido, realizando políticas monetárias e fiscais. Desse modo, ele realiza gastos e influencia as expectativas

empresariais e o próprio nível de investimentos. Através dos efeitos de multiplicação e de aceleração, expande-se o nível de renda e de emprego.

 

Keynes explicou que o valor dos bens e serviços produzidos pelas empresas tem uma contrapartida de renda, que são os salários, juros, aluguéis, impostos e lucros; que essas rendas, encaradas como custos pelas empresas, na verdade vão ser gastas em novos bens e serviços. O mesmo raciocínio vale para a economia em seu conjunto. Se a população não pode gastar, por não ter um emprego, a economia estará impossibilitada de produzir.

 

Esse é o fluxo circular de produto e renda, cujo funcionamento não é automático e possui vazamentos: parte do dinheiro não é gasto e permanece entesourado (em casa ou nos bancos). Desse modo, a demanda efetiva tende a ficar aquém das possibilidades de produção da economia. (Keynes identificou outros vazamentos que são as importações e o pagamento de impostos).

 

Para que esses vazamentos sejam compensados, em caso de recessão (demanda efetiva < total de produção), é preciso que:

  1. os bancos elevem seus empréstimos para consumo e investimento;

 

  1. as exportações sejam estimuladas;

 

  1. o Governo aumente seus gastos.

 

Maior fluxo de renda estimulará a demanda agregada, retomando o caminho da prosperidade.

 

No entanto, é necessário que os gastos com investimento (I) sejam iguais às poupanças (S) realizadas em cada período. Como as rendas aumentam com a prosperidade geral da economia e o consumo não cresce na mesma proporção, haverá uma tendência de (S) expandir-se de um modo mais acelerado. Assim, o (I) precisa crescer cada vez mais.

 

Sendo S > I, o Governo precisa aumentar seus gastos para compensar o excesso de poupança. Keynes preferia que os gastos do Governo fossem investimentos em áreas sociais, como escolas, estradas e hospitais, que acabariam beneficiando também o setor produtivo.

 

Os princípios fundamentais da economia keynesiana podem ser resumidos nos seguintes pontos;

 

  • Inter-relação entre a renda nacional e os níveis de emprego. Os determinantes diretos da renda e do emprego são os gastos com consumo e investimento. O gasto público constitui uma adição ao gasto total. A situação de pleno emprego é só um caso especial; o caso geral e característico é o de equilíbrio com desemprego. Quando o gasto em consumo e investimento é insuficiente para manter o pleno emprego, o Estado deve estar disposto a aumentar o fluxo de renda por meio de gastos financeiros por déficit orçamentário.

 

  • Determinantes da renda e do emprego, ou os determinantes do gasto em consumo e investimento. Keynes supunha que o consumo está

determinado pelo volume de renda; isto é, para cada nível de renda, o gasto em consumo é uma proporção dada da renda, e esta proporção cai quando a renda aumenta. O nível de consumo varia com a renda, enquanto a renda varia, por sua vez, porque os investimentos ou o gasto público variam e isto ocorre de uma forma multiplicativa.

 

  • Keynes dizia que o gasto com investimento era determinado pela taxa de juros e pela eficácia marginal do capital (ou taxa de retorno esperada sobre o custo de novos investimentos). A eficácia marginal do capital depende da expectativa diante dos lucros futuros e do preço de oferta dos ativos de capital. A taxa de juros era definida como uma recompensa pelo sacrifício da liquidez (ou o desejo de manter a riqueza em forma de ativos financeiros líquidos) e da quantidade de dinheiro em circulação mais depósitos. (Em resumo, as três influências psicológicas sobre a renda e o emprego são: a propensão ao consumo, o desejo por ativos líquidos e a taxa de retorno esperada dos novos investimentos.

Para Keynes o sistema de livre mercado (ou laissez-faire) ficou antiquado e que o Estado deve atuar ativamente para fomentar o pleno emprego, forçando a taxa de juros para baixo (e assim estimular o investimento); e redistribuindo a renda com o objetivo de estimular os gastos de consumo. Para Keynes o Estado deve atuar intensamente para que se possa estabilizar a economia no nível de pleno emprego.

 

 

1.1.8 O pensamento Mattanoniano

       Osny Mattanó Júnior aponta que estudaremos os significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, funcionalidades, simbologias, linguagens, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia. Estudaremos os Novos Modelos Econômicos e os Novos Tipos de Dinheiro através das Novas Teorias e Epistemologias Econômicas de Mattanó.

        

Economia para a Saúde (2020):
NOVOS MODELOS ECONÔMICOS (2020):

FORMAS ALTERNATIVAS DE LIDAR COM PANDEMIAS (2020):

             O meio ambiente  é o ambiente social ou virtual propício às condições para o isolamento social e a troca de bens e serviços segundo estas características específicas. Também se pode entender como sendo a instituição ou organização mediante a qual os ofertantes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma relação comercial com o fim de realizar transações, acordos ou trocas comerciais diretamente do isolamento social por meio de correspondência como a internet.

O meio ambiente e o mercado aparecem a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura pela internet.

E a distribuição de riquezas pela internet quando há isolamento social refere-se a partilha ou distribuição de bens e capitais para a sociedade e para a economia de modo que ele fique aquecida e se movimente, movimentando as riquezas.

Meio Ambiente com Mercado Capitalista: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial com fins lucrativos. Neste tipo de Mercado  a distribuição de riquezas torna-se  feita com base na troca de bens e de serviços, em relações comerciais com fins lucrativos por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente com Mercado de Internet ou Virtual: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial utilizando a Internet. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita na troca de bens e serviços por meio da Internet estabelecendo uma relação comercial.

Meio Ambiente com Mercado Plástico: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma plástica ou intermitente, sem programação contínua. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita na troca de bens e serviços com base numa relação comercial plástica ou intermitente, sem programação contínua por meio de correspondência ou por meio da internet.

Meio Ambiente com Mercado Contextual: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma oscilatória, ou seja, o mercado e as trocas podem oscilar ¨n¨ vezes de acordo com a arrecadação ou  a oferta e demanda do produto ou do trabalho e dos serviços. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial oscilatória de acordo com a arrecadação ou a oferta e a demanda do produto ou produtos e serviços por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente com Mercado Eco-ecológico: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mercado. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia no mercado por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Mercado Eco-econômico: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mundo econômico. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia na economia por meio da correspondência e da internet.

Meio Ambiente com Mercado de Comunhão: ambiente propício para a troca de bens e  serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela comunhão, pela partilha, pela doação e pela divisão fraterna dos bens e serviços. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita por meio de troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela comunhão por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Mercado de Comunidade: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade, pela comunidade em si, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita por meio da troca de riquezas numa relação comercial regulada pela comunidade, pelos seus membros por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Isolamento Social: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade através da correspondência, da entrega ou da visita ou da internet, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. A distribuição de riquezas é feita e regulada pelo isolamento social, pelos seus membros que seguem este padrão fixo de comportamento por meio de trocas.

     A Economia é justamente ter mais riquezas do que se perde ou se vende ou se troca; a Economia  em tempos de pandemia, de novo coronavírus, de quarentena e de isolamento social torna-se saber criar riquezas, acumular riquezas, poupar riquezas, guardar riquezas em vez de perder, vender, trocar e desperdiçar riquezas .

            MATTANÓ

            (28/06/2020)

 

NOVÍSSIMAS FORMAS DE TRABALHO NA PANDEMIA (2020):

       Reciclagem: o trabalho através da reciclagem visa reciclar o material coletado como lixo e assim reabsorvê-lo na indústria, no comércio e nas sociedades, dentro de casa como material reciclado mais barato tanto economicamente quanto ecologicamente, pois diminui o impacto ambiental e a degradação do meio ambiente e assim recicla-lo.

         Transformação: o trabalho através da transformação visa transformar qualquer objeto de trabalho, material ou subjetivo num outro objeto mais otimizado e mais barato para o consumidor, melhorando sua adaptação ao trabalho e ao mercado através do isolamento social.

         Transmutação: o trabalho através da transmutação visa permitir espaço para aqueles que transmutam objetos como areia em vidro, e ossos em diamantes, como faziam os alquimistas, mas em isolamento social.

         Comungar: o trabalho através da comunhão visa permitir a partilha mútua e sincera entre os irmãos, numa fraternidade que visa o bem-estar de todos no trabalho, mas em isolamento social.

         Servir: o trabalho através da servidão visa apenas servir e nada mais, pode haver recompensa pela servidão como pode não haver recompesa, depende do contexto no trabalho, porém ele deve ser feito em isolamento social ou dentro de casa.

         Socializar: o trabalho através da socialização visa apenas socializar, visa o desenvolvimento das relações sociais desde o nascimento até a morte, mas a partir do isolamento social, por exemplo, através da correspondência, do telefone e da internet.

         Libidinizar: o trabalho através da libidinização visa apenas libidinizar o trabalho e o processo de trabalho, bem como os trabalhadores e seus ganhos, suas recompensas que tornar-se-ão orientadas pelo referencial da libido, geralmente para indivíduos voltados para a psicanálise e em isolamento social.

         Exercer a força: o trabalho através do exercício da força visa a segurança dos trabalhadores e da sociedade, das comunidades de forma geral, o trabalho passa a ser feito para a sua segurança através dos agentes da segurança pública para a comunidade em isolamento social.

         Comunitário: o trabalho através da comunidade visa o desenvolvimento das comunidades e de suas relações comunitárias, de suas leis e princípios, mas em isolamento social.

         Gastar a energia: o trabalho através do gasto de energia visa apenas gastar energia e nada mais do que isto, é trabalhar por nada, apenas para queimar energia e calorias, mas em isolamento social.

         Intelectualizar: o trabalho através da intelectualização visa a intelectualização dos indivíduos e seu crescente desenvolvimento para o seu progresso, mas em isolamento social, serve para escrever um livro, uma música, um filme, uma novela, pintar uma tela, fazer um desenho ou uma peça de roupa, limpar a casa reorganizando-a, etc..

         Braçal: o trabalho braçal visa apenas o esforço braçal e físico, mas em isolamento social, por exemplo, nas atividades físicas ou exercícios físicos.

         Escravo: o trabalho escravo visa apenas o esforço do escravo sem nenhum tipo de recompensas, mas em isolamento social, nota-se que este tipo de trabalho é crime, mas existe e deve ser combatido e uma das formas de combate-lo e de erradica-lo é reconhecendo-o e nomeando-o.

         Tráfico: o trabalho através do tráfico, por exemplo, de drogas, de sexo, de pessoas, de órgãos, de informação, etc., visa apenas traficar seus objetos sem que haja proteção e direitos para aqueles que são traficados ou vítimas do tráfico, mas em isolamento social, nota-se que este tipo de trabalho também é crime e deve ser erradicado e reconhecendo-o como problema e nomeando-o.

         Ilícito: o trabalho ilícito visa apenas a criminalidade, nota-se sem muitas explicações que falamos do crime que deve ser erradicado, mesmo que em isolamento social através da correspondência, dos mass mídias e da internet, por exemplo..

       Informal: o trabalho informal visa apenas a informalidade, ou seja, dar um jeito de se inserir no mercado e na  economia sem formalidade ou contrato e legalidade, mas em isolamento social.

 

NOVAS FORMAS DE TRABALHO NA PANDEMIA (2020):

       Trabalho Comunitário: é o tipo de trabalho onde as relações de trabalho são mantidas através da comunidade gerando uma comunidade de tamanho indefinido, de acordo com o número de agentes envolvidos, e a produtividade é mantida pela comunidade e não por algum mandatário, patrão ou chefe, mas por todos de forma igual e comunitária. Essa comunidade pode ser organizada pela internet ou por telefone ou por correspondência, por exemplo.

         Trabalho Solidário: é o tipo de trabalho  onde as relações de trabalho são mantidas através da solidariedade gerando um sentimento e comportamento de compaixão e ¨amizade¨ entre os trabalhadores, inclusive com os agentes envolvidos que se dispõem a trabalhar solidariamente e não pela hierarquia de poder e de ganhos e vantagens. Esse tipo de trabalho pode ser organizado por motoboys e entregadores de produtos e informações de forma solidária.

         Trabalho Plástico: é o tipo de trabalho onde as relações de trabalho são mantidas pela plasticidade da carga horária e da jornada de trabalho gerando uma flexibilidade para o trabalhador escolher quando trabalhar e o quanto receber pelo seu trabalho. Esse tipo de trabalho pode ser organizado pela flexibilidade de horários do indivíduo em isolamento social, conforme a oferta e a demanda de seu trabalho.

         Trabalho Eco-ecológico: é o tipo de trabalho onde as relações de trabalho são mantidas pela eco-ecologia, pela telepatia e assim pelos fenômenos da Evolução associados a ecologia. Esse tipo de trabalho pode ser organizado pela flexibilidade que a Evolução possibilita a natureza humana encarregando-a de se adaptar ao novo e ao diferente sem se destruir e ao seu meio ambiente.

         Trabalho Eco-econômico: é o tipo de trabalho onde as relações de trabalho são mantidas pela eco-economia, pela telepatia e assim pelos fenômenos da Evolução associados a economia. Esse tipo de trabalho pode ser organizado pela flexibilidade que a Evolução permite a natureza humana encarregando-a de se adaptar ao novo e ao diferente, inclusive a economia e suas crises e ao novo e ao diferente sem se destruir e ao meio ambiente e sobretudo a economia.

         Trabalho em comunhão: é o tipo de trabalho onde as relações de trabalho são mantidas pela comunhão, inclusive a produtividade, quando a fraternidade, a misericórdia, o acolhimento e o amor determinam as relações de trabalho e não o lucro e a hierarquia. Esse tipo de trabalho pode ser organizado pela flexibilidade que a Comunhão oferece ao indivíduo encarregando-o de se nutrir de amor, paz, afetividade, fraternidade, misericórdia, acolhimento, graça e ternura para que não se destrua buscando o lucro e a hierarquia, mas buscando a Comunhão.

         Como vemos podemos esboçar diversos Novos Modelos de Trabalho para estudar e projetar para o futuro das pandemias e inclusive desta com o Novo Coronavírus de 2019, depois de pesquisados e aprovados pela Ciência para o bem de todos, da humanidade.

 

         MATTANÓ

         (25/04/2020)

 

AGRICULTURA E O NOVO CORONAVÍRUS (2020):

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética (paisagismo).

A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo fazendeiro  ou lavrador  se aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a pecuária ou ambos. A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar as técnicas agrícolas é a agronomia.

Abaixo abordaremos novas formas de Agricultura Doméstica, segundo Mattanó, que podem nos ajudar a combater a fome e a miséria, a escassez de alimentos durante a pandemia e a retomada da economia e das atividades normais cotidianas.

 

FORMAS ALTERNATIVAS DE AGRICULTURA DOMÉSTICA (2020):

             O meio ambiente  é o local para a agricultura com o conjunto de técnicas utilizadas para o cultivo de plantas com o objetivo de obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas ou apenas contemplação estética (paisagismo);  o ambiente social ou virtual propício às condições para o isolamento social e a troca de bens e serviços segundo estas características específicas da agricultura pode ser qualquer um. Também se pode entender como sendo a instituição ou organização mediante a qual os ofertantes (vendedores ou agricultores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma relação comercial com o fim de realizar transações, acordos ou trocas comerciais diretamente do isolamento social por meio de correspondência como a internet, independentemente do valor ou da quantidade da produção, mas em função da sua qualidade e oferta.

O meio ambiente e o mercado aparecem a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura pela internet.

E a distribuição de riquezas pela internet quando há isolamento social refere-se a partilha ou distribuição de bens e capitais para a sociedade e para a economia de modo que ele fique aquecida e se movimente, movimentando as riquezas.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado Capitalista: ambiente propício às condições para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial com fins lucrativos. Neste tipo de Agricultura de Mercado  a distribuição de riquezas torna-se  feita, iniciada e mantida com base na troca de bens e de serviços, em relações comerciais com fins lucrativos por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado de Internet ou Virtual: ambiente propício às condições para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial utilizando a Internet. Neste tipo de Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida na troca de bens e serviços por meio da Internet estabelecendo uma relação comercial.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado Plástico: ambiente propício às condições para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma plástica ou intermitente, sem programação contínua. Neste tipo de Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida na troca de bens e serviços com base numa relação comercial plástica ou intermitente, sem programação contínua por meio de correspondência ou por meio da internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado Contextual: ambiente propício para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma oscilatória, ou seja, o mercado e as trocas podem oscilar ¨n¨ vezes de acordo com a arrecadação ou  a oferta e demanda do produto ou do trabalho e dos serviços. Neste tipo de Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida para a troca de bens e serviços numa relação comercial oscilatória de acordo com a arrecadação ou a oferta e a demanda do produto ou produtos e serviços por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado Eco-ecológico: ambiente propício para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mercado. Neste tipo de Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia no mercado por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado Eco-econômico: ambiente propício para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mundo econômico. Neste tipo de  Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia na economia por meio da correspondência e da internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado de Comunhão: ambiente propício para a agricultura baseada na troca de bens e  serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela comunhão, pela partilha, pela doação e pela divisão fraterna dos bens e serviços. Neste tipo de Agricultura de  Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida por meio de troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela comunhão por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente Agrícola com Mercado de Comunidade: ambiente propício para a agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade, pela comunidade em si, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. Neste tipo de Agricultura de Mercado a distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida por meio da troca de riquezas numa relação comercial regulada pela comunidade, pelos seus membros por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente Agrícola com Isolamento Social: ambiente propício para a  agricultura baseada na troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade através da correspondência, da entrega ou da visita ou da internet, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. A distribuição de riquezas é feita, iniciada e mantida e regulada pelo isolamento social, pelos seus membros que seguem este padrão fixo de comportamento por meio de trocas.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 14 de julho de 2020.

 

       A Nova Sociedade é justamente olhar para as pedras e para os computadores e as tecnologias e compreender que são a mesma coisa para o analista, mas para o evolucionista são coisas diferentes e para o Psicólogo Mitológico são o começo, o meio e o fim de um processo de descobertas e de invenções, de criações para a vida e a sobrevivência do indivíduo, do grupo, da espécie e da família, por fim da comunidade, da tribo, da cidade, do estado e da nação, enfim do mundo e do universo sem esquecer que tudo começou de forma bastante simples e que somos simples assim quando somos gerados e nascemos e por um longo período da vida e retornamos a esse período da vida no final da vida, no período da crise final que deveria ser de agradecimento para toda essa gente que sobreviveu a essa rotina e escala de trabalho difícil e penoso, que mais tira do trabalhador do que lhe doa ou do que lhe empresta ou do que lhe paga, há muita fome, miséria, pobreza e desemprego, doenças por falta de educação e de cultura, de saúde que só vem com treino e educação, com investimento e trabalho, com políticas seguras que transformem a pobreza e a doença em lágrimas de ouro e pó que se desfazem com o significado e o sentido da vida focado na lucidez e no amor ao próximo como a ti mesmo, sem ganância, sem abuso e sem exploração, sem discriminação e sem violência, sem corrupção e sem guerra, sem terror e sem conflito, sem pragas e tormentas, sem desastres e catástrofes, sem ver pessoas rastejando no chão feito cobras no chão para envenenar pessoas pela janela do avião, sem sair do chão para morar nas nuvens por não ter mais opção, sem egoísmo e sem um materialismo sem compromisso com o próximo, sobretudo com o excluído, pobre, devedor, miserável, condenado e doente, a luz foi feita para todos, para aqueles que não podem vê-la existe o calor do Sol e o Amor de Deus.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 25 de julho de 2020.

 

NOVOS TIPOS DE DINHEIRO (2020):

       Mattanó aponta que podemos criar diversos tipos de dinheiro, por exemplo, quatro tipos de dinheiro:
O salário;

O comercial;

O do transporte;

O da alimentação.

       Que cada um destes 4 tipos de dinheiro podem ser pagos conforme o trabalho do indivíduo, em períodos diferentes do mês, na 1ª semana o salário, na 2ª semana o comercial, na 3ª semana o do transporte e na 4ª semana o da alimentação; e que estes 4 tipos de dinheiro podem ser trocados uns pelos outros se houver interesse e necessidade do portador.

       As revoluções políticas são buscadas nas mentes, nos comportamentos e nas relações sociais dos indivíduos, e também nos métodos de produção e troca, na distribuição e acumulação de riquezas, na estrutura econômica da sociedade.

         O aumento da população acompanha o aumento da expansão econômica e o aumento das necessidades dos indivíduos, sejam elas, fisiológicas, psicológicas, sociais, filosóficas, espirituais ou cósmicas, inclusive na participação nos lucros das organizações e das sociedades.

         A economia é formada por um grande número de pequenos produtores e consumidores, incapazes de influenciar isoladamente os preços e o mercado. O indivíduo procura prazer na economia com um mínimo de esforço. O conflito com a realidade causa a pobreza e a miséria, pois torna o indivíduo alienado mentalmente.

         A demanda determina os preços e não mais os custos de produção ou a oferta.

         Para combater o desemprego deve-se investir nos empresários através dos efeitos de multiplicação e de aceleração onde se expande o nível de renda e de emprego.

         Para gerar economia o indivíduo deve gastar.

         O indivíduo gasta o que lhe causa significado, sentido, conceito, comportamento, contexto, funcionalidade, simbologia, linguagem, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia.

         A Teoria da Abundância na Economia permite ao indivíduo se perceber como uma célula ou Hóstia Viva num contexto econômico de carências e de riquezas, onde ocorrem produção e distribuição de riquezas, e que esse indivíduo nesse contexto deve se perceber como uma consciência que atua milagrosamente no meio ambiente econômico literal, de razões ou de controle, inclusive o de contextos transformando essa economia em movimento através da atenção e da intenção, ou seja, transformando essa economia em riquezas através da consciência, da educação e do trabalho, da mão-de-obra qualificada e consciente que domina seu ambiente de trabalho, transformando-o numa relação de 1 trabalhador para 20 trabalhadores através das tecnologias que maximizam o trabalho e as indústrias, inclusive no home-office, onde o espaço físico de uma empresa cresce virtualmente de forma gigantesca e ilimitada, pois pode ser possível contratar quantos funcionários desejar sem ter outras despesas como limpeza e arrumação, contratos, despesas com água, luz, telefone e internet, transporte, etc.. Essa célula ou Hóstia Viva permite ao trabalhador gerar economia de forma livre para se viver e para se ensinar a viver, ou seja, livre para se economizar e livre para se ensinar a economizar. Este tipo de liberdade encontramos no caso da pandemia do novo coronavírus onde abordamos novas técnicas para solucionar eventuais adversidades ambientais. Trata-se de uma Economia para a Saúde do trabalhador, contra o novo coronavírus e outras adversidades, como consequências dessa pandemia.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 02 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

 

1.2 CONCEITOS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS

 

 

A disciplina Economia, que estamos estudando, se interessa por coisas ditas comuns. No Século XIX, Alfred Marshall disse que a Economia procura estudar os negócios comuns da vida da humanidade, hoje a Economia continua estudando e tentando entender como esses negócios comuns funcionam: Como funciona nosso sistema Econômico? Quando e por que o sistema econômico entra em crise, ocorrendo mudanças no comportamento das pessoas, empresa e governo ?

 

Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos oiko (casa) e nomo (norma, lei), e pode ser compreendida como “administração da casa”. Em resumo, Economia estuda a maneira como se administra os recursos escassos com o objetivo de produzir bens e serviços, e como distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.

 

Segundo Mankin (2005, p.3), “...cada família precisa alocar seus recursos escassos e seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, esforços e desejos de cada um.

 

 

 

 

Os recursos produtivos também chamados de fatores de produção, são os elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de bens (mercadorias ) e utilizados para satisfazer as necessidades humanas. Todas as pessoas sentem necessidade de consumir, tanto alimentos, água e ar , quanto por bens de consumo como televisão., computadores, máquinas , etc.

 

Segundo Mankiw (2005), não há nada de

 

 

misterioso sobre o conceito de economia, em qualquer parte do mundo, uma economia é um grupo de pessoas que estão interagindo umas com as outras e dessa forma, vão levando a vida.

 

Existem duas coisas que precisamos entender quando se quer compreender uma economia, primeiro é saber como são tomadas as decisões das pessoas e segundo é saber como as pessoas interagem.

 

Vamos começar a entender como as pessoas tomam decisões. São quatro os princípios que norteiam essa primeira questão:

 

  1. As pessoas precisam fazer escolhas e essas escolhas não são de graça. Elas precisam ser feitas tendo em vista que os recursos são escassos;
  2. As pessoas enfrentam trade-off´s, ou seja, o custo real de algumas coisas é o que o individuo deve despender para adquiri-lo, o custo de um produto ou serviço é aquilo do que tivemos de desistir para consegui-lo;

 

  1. As pessoas são racionais, isto significa que as pessoas e as empresas podem melhorar seu processo de decisão pensando na margem;

 

  1. As pessoas regam a estímulos. Como elas tomam suas decisões levando em conta os benefícios e seus custos, qualquer alteração nessas variáveis pode alterar o

 

 

 

comportamento da sua decisão.

 

A segunda questão básica que norteia o processo econômico é como as pessoas interagem, ou seja, como as economias funcionam. Em geral isto se dá através dos mercados.

 

GLOSSÁRIO

 

Produtividade – relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção

 

empregados na sua obtenção. A produtividade é o quociente que resulta da divisão entre a produção obtida e um dos fatores empregados na produção (insumo)

 

Fonte: Lacombe (2004)

 

 

 

Os    mercados     são     geralmente    bons

 

 

organizadores da atividade econômica. Entretanto, os mercados às vezes falham e, que por isso, os governos podem melhorar os resultados do mercado.

 

A idéia de que há ganhos com o comércio foi introduzida na Economia de forma bem elaborada em 1776, por Adam Smith, com o seu livro Riqueza das Nações. Os ganhos do comércio são oriundos, sobretudo, da divisão do trabalho, portanto, da especialização. O fundamento que fica é que a economia como um todo pode produzir mais e melhor quando cada pessoas se especializa em uma tarefa. Isto aumenta a produtividade do sistema, aumentado assim a quantidades de bens e serviços a disposição das pessoas.

 

Podemos dizer que a questão da capacidade de produzir bens e serviços está relacionada ao nível de produtividade do país. Para Romer (2002), o que explica as grandes diferenças de padrão de vida entre os países ao longo do tempo é a diferença de produtividade entre eles. Dessa maneira, onde a produtividade das pessoas é maior, ou seja, produzem mais bens e serviços em menos tempo, o padrão de vida é maior.

Para Mattanó a Economia é a ¨administração da casa¨, pois ela estuda como se administra os recursos escassos de uma casa com o objetivo de produzir bens e serviços, e como distribuí-los para o seu consumo entre os membros da sociedade. Quando essa economia entra em crise ocorrem mudanças no comportamento, na psique e nas relações sociais dos indivíduos, das empresas e dos governos, inclusive na política. Por isso economia pode ser dita como a interação e a convivência entre os indivíduos, empresas e governos, entre políticas, entre decisões.

As decisões dependem de:

- da relação com os recursos escassos ou em abundância;

- das relações entre custo e benefício das coisas;

- da racionalização quando pensam na margem das coisas;

- da funcionalidade das coisas, ou seja, das relações estímulo – resposta – consequência;

- do significado e do sentido das coisas;

- do contexto das coisas;

- e das contingências que regram as coisas.

A interação e a convivência são economia e portanto são decisões e significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, funcionalidades, simbologias, linguagens, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia.

As economias funcionam através da vida anímica e da vida onírica, portanto, dos mercados e os mercados são organizadores da atividade econômica.

O ganho do comércio vem com a produtividade que depende do modelo de trabalho, isto é, Fordista (produção em série), Taylorista (produção personalizada), Toyotista (produção sem desperdício de recursos), Mattanoniano (produção 1 para 20: em série e personalizada, e sem desperdício de recursos). Nações que produzem mais tem melhor padrão de vida. Com o Modelo Mattanoniano aumentamos a produção 10, 20, 30 vezes com o objetivo de melhorar o nosso padrão de vida.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 03 de agosto de 2020.

 

 

 

 

1.2.1 As Necessidades, Os Bens Econômicos e os Serviços

 

 

1.2.1.1 Necessidade Humana:

 

 

É a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la. Necessidade humana é um estado em que percebe alguma privação. Podem

 

ser: físicas básicas; sociais; individuais etc... Segundo a pirâmide de Marslow, as necessidades obedecem a uma hierarquia.

 

Podemos dividir as necessidades humanas em:

 

Primárias, naturais ou vitais – São aquelas imperiosas, isto é, que devem ser satisfeitas para garantir a subsistência do homem.

 

Exemplo: alimentação, habitação, vestuário, medicamentos, etc.

Secundárias, sociais ou artificiais – São aquelas criadas pela civilização do homem. O não atendimento implica apenas num sofrimento não fatal. O homem pode viver sem saciar as necessidades secundárias.

 

Exemplo: cinema, rádio, gravata, etc.

 

As necessidades podem ainda ser:

 

     Individuais e

 

     Sociais

 

Necessidades Individuais

 

Das múltiplas classificações disponíveis na literatura sobre as necessidades individuais, a Teoria de Maslow ou Teoria das Necessidades Humanas é

 

conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação, sendo referência para diversos autores nas áreas da Psicologia, do Direito, da Administração e da própria Economia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Necessidades da Sociedade

 

coletivas: (partem do indivíduo e passam a ser da sociedade): transporte

 

públicas: (surgem da mesma sociedade)

 

  • ordem pública, polícia, justiça, educação, etc.

 

Segundo Mattanó as necessidades também obedecem as leis da interação e da

convivência, são economia e portanto são decisões e obedecem as leis dos significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, funcionalidades, simbologias, linguagens e cognição, aprendizagem, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a  afetividade, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, espiritualidade, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 03 de agosto de 2020.

 

 

1.2.1.2 Bens

 

 

  • tudo aquilo que satisfazem direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres humanos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bens Econômicos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os bens materiais classificam-se em:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                   Os Bens podem ainda ser classificados, segundo Mattanó, em bens públicos econômicos, que são aqueles bens não exclusivos e não disputáveis e são úteis e escassos em sua quantidade dada a sua necessidade dos consumidores, pois dependem da necessidade individual e da realidade psíquica e comportamental de cada indivíduo, são na medida em que a economia é conviver e interagir à bens públicos econômicos, eles: significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, funcionalidades, simbologias, linguagens e cognição, aprendizagem, gestalts e insights, relações sociais, topografias, vida onírica e desejos, efeito despertador, conteúdo manifesto e conteúdo latente dos sonhos e a economia, os chistes, as fantasias, as piadas e o humor e a economia, a  afetividade, a vida anímica, os lapsos de linguagem, os esquecimentos, os atos falhos, a imunidade e a homeostase e a economia, espiritualidade, as conclusões e as interpretações e finalmente, a Teoria da Abundância na Economia.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

 

 

1.2.1.3 Serviços

 

 

O trabalho, quando não é destinado à criação de bens (ou objetos materiais) pode visar à produção de serviços. Os serviços também se destinam a satisfazer as necessidades humanas:

 

  • transportador ou agente de vendas: distribuição de produtos;

 

  • artistas de cinema e teatro, escritor ou cantor: necessidades culturais;

 

  • outros serviços: bancos, seguros, corretores, etc.

 

 

O trabalho, segundo Mattanó, cria bens, produz serviços, satisfaz

necessidades, gera desejos, gera, acumula e aumenta riquezas, distribui riquezas, combate a pobreza e as carências, combate a miséria e a fome, combate a violência e o terror, combate a desigualdade social, combate o racismo e a criminalidade, o trabalho educa e forma cidadãos, o trabalho gera economia, o trabalho gera saúde, o trabalho gera economia para a saúde.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

 

 

1.2.2 Fatores de Produção

 

 

São os recursos ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São eles: terra, trabalho e capital.

 

Terra: (ou recursos naturais) É em sentido amplo o solo cultivável e os recursos naturais que contém como água, minerais, madeira, etc.

 

Trabalho: São as faculdades físicas, mentais e intelectuais dos seres humanos que intervém no processo produtivo.

 

Capital: São os bens e serviços, como máquinas e equipamentos, edifícios e construções, ferramentas, meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo.

 

capital fixo;

 

capital circulante;

 

capital financeiro, etc.

 

 

Mattanó inclui o Cosmos como recursos do espaço ou do universo que

num sentido amplo são aqueles recursos de fora do planeta Terra, como o espaço, o universo, a lua, o Sol, as estrelas, os asteroides, os alienígenas, etc., que servem para a produção de bens e serviços como processo produtivo através de Teorias Psicológicas que abordam o tema, ou através de viagens espaciais privadas ou na Estação Espacial Internacional.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

1.2.3 Agentes Econômicos

 

 

Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico.

 

EMPRESAS – agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços;

 

FAMÍLIAS – são os agentes responsáveis pelo consumo dos bens e serviços;

 

   GOVERNO – organizações que atuam sob o controle do Estado.

 

   Mattanó acrescenta a IGREJA como instituição encarregada pelo     consumo e produção de bens espirituais, pela fé, pelo controle da fé que contribui para o funcionamento do sistema econômico.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2  UNIDADE 2 – MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE   ECONÔMICA

 

 

O objetivo desta unidade é fazer com que você conheça o funcionamento do sistema econômico, seus principais indicadores, como e feita a mensuração das atividades econômicas.

 

 

 

2.1 ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA

 

 

De um ponto de vista global, a sociedade de cada país está organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços de uma forma que chamamos de “sistema econômico”.

 

Toda economia opera segundo um conjunto de regras e regulamentos. Ex. As empresas devem ter licenças específicas a fim de que possam produzir e vender seus produtos; os trabalhadores devem ser registrados em carteira; os contabilistas, a fim de que possam exercer sua profissão devem ser formados em escolas oficialmente reconhecidas, além de terem de ser filiados ao órgão de classe (no caso o Conselho Regional de Contabilidade). Faz-se o mesmo tipo de exigência para os profissionais de diversas categorias tais como médicos, engenheiros, advogados, economistas, etc.

 

Essas são apenas algumas das muitas regras existentes em nossa economia. Assim, todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomados em

 

conjunto, e suas relações como os componentes de uma economia (Empresas, Famílias e Governo) constituem um "Sistema Econômico".

 

Sistema Econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade. Essas relações condicionam o sentido geral das decisões que se tomam em toda a sociedade e os ramos predominantes de sua atividade.

 

Todo sistema econômico deve tratar de responder às três perguntas

 

seguintes:

 

  1. Que bens e serviços produzir e em que quantidade? Deve-se escolher entre mais estradas asfaltadas ou ferrovias, ou mais escolas ou hospitais, ou deve-se produzir mais alimentos ou mais bens de capital.

 

  1. Como produzir tais bens e serviços? Toda sociedade deve determinar quem vai ser responsável pela produção, que meios e técnicas serão empregados e quais serão os métodos e organização seguidos no processo produtivo.

 

  1. Para quem produzir? Como vai se distribuir o total da produção nacional entre os diferentes indivíduos e famílias.

 

Para responder às perguntas anteriores, existem basicamente três mecanismos ou sistemas: economia de mercado, economia de planificação central e a economia mista.

 

2.1.1 Economia de Mercado

 

 

O sistema de "Economia de Mercado" é típico das economias capitalistas, as quais têm, como característica básica, a propriedade privada dos meios de produção e sua operação tendo por objetivo a obtenção de lucro, sob condições em que

predomine a concorrência. (concorrência entre os vendedores de bens similares, para atrair clientes; concorrência entre compradores, para garantir os bens que desejam; concorrência entre trabalhadores, para obter empregos; concorrência entre empregadores, para conseguir trabalhadores).

 

Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes econômicos (indivíduos e empresas) preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios problemas tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados.

 

Neste tipo de sistema econômico, os consumidores e empresas, agindo individualmente, interagem através dos mercados acabando por determinar o que, como e para quem produzir.

 

Numa Economia para a Saúde os consumidores e as empresas, os trabalhadores, agem isoladamente ou em famílias e interagem através dos mercados de forma isolada e por correspondência, por exemplo, pela internet ou pelo telefone, acabando por determinar o que, como e para que, produzir.

             O meio ambiente  é o ambiente social ou virtual propício às condições para o isolamento social e a troca de bens e serviços segundo estas características específicas. Também se pode entender como sendo a instituição ou organização mediante a qual os ofertantes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma relação comercial com o fim de realizar transações, acordos ou trocas comerciais diretamente do isolamento social por meio de correspondência como a internet.

O meio ambiente e o mercado aparecem a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura pela internet.

E a distribuição de riquezas pela internet quando há isolamento social refere-se a partilha ou distribuição de bens e capitais para a sociedade e para a economia de modo que ele fique aquecida e se movimente, movimentando as riquezas.

Meio Ambiente com Mercado Capitalista: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial com fins lucrativos. Neste tipo de Mercado  a distribuição de riquezas torna-se  feita com base na troca de bens e de serviços, em relações comerciais com fins lucrativos por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente com Mercado de Internet ou Virtual: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial utilizando a Internet. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita na troca de bens e serviços por meio da Internet estabelecendo uma relação comercial.

Meio Ambiente com Mercado Plástico: ambiente propício às condições para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma plástica ou intermitente, sem programação contínua. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita na troca de bens e serviços com base numa relação comercial plástica ou intermitente, sem programação contínua por meio de correspondência ou por meio da internet.

Meio Ambiente com Mercado Contextual: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial de forma oscilatória, ou seja, o mercado e as trocas podem oscilar ¨n¨ vezes de acordo com a arrecadação ou  a oferta e demanda do produto ou do trabalho e dos serviços. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial oscilatória de acordo com a arrecadação ou a oferta e a demanda do produto ou produtos e serviços por meio de correspondência ou internet.

Meio Ambiente com Mercado Eco-ecológico: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mercado. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela ecologia, pelo mundo e pela telepatia no mercado por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Mercado Eco-econômico: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia, inserindo o telepata no mundo econômico. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita para a troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela economia, pelo mundo e pela telepatia na economia por meio da correspondência e da internet.

Meio Ambiente com Mercado de Comunhão: ambiente propício para a troca de bens e  serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pela comunhão, pela partilha, pela doação e pela divisão fraterna dos bens e serviços. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita por meio de troca de bens e serviços numa relação comercial regulada pela comunhão por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Mercado de Comunidade: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade, pela comunidade em si, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. Neste tipo de Mercado a distribuição de riquezas é feita por meio da troca de riquezas numa relação comercial regulada pela comunidade, pelos seus membros por meio de correspondência ou da internet.

Meio Ambiente com Isolamento Social: ambiente propício para a troca de bens e serviços onde se estabelecem uma relação comercial regulada pelo encontro da comunidade através da correspondência, da entrega ou da visita ou da internet, pelas suas leis e normas, que podem ser diferentes de comunidade para comunidade, levando a diversas formas de trocas de bens e serviços entre seus membros. A distribuição de riquezas é feita e regulada pelo isolamento social, pelos seus membros que seguem este padrão fixo de comportamento por meio de trocas.

     A Economia é justamente ter mais riquezas do que se perde ou se vende ou se troca; a Economia  em tempos de pandemia, de novo coronavírus, de quarentena e de isolamento social torna-se saber criar riquezas, acumular riquezas, poupar riquezas, guardar riquezas em vez de perder, vender, trocar e desperdiçar riquezas .

          

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

 

 

 

2.1.1.1 O Sistema de Preços

 

 

Em uma economia de mercado a ação conjunta de indivíduos e empresas permite que milhares de mercadorias sejam produzidas de maneira espontânea, sem que haja uma coordenação geral das atividades econômicas. Na verdade, existe um mecanismo de preços automático e "inconsciente" que trabalha, garantindo o funcionamento do sistema econômico, dando a ele uma certa ordenação, de maneira tal que tudo é realizado sem coação ou direção central de qualquer organismo consciente.

 

Em um mercado livre, caracterizado pela presença de um grande número de compradores e vendedores, os preços refletem as quantidades que os vendedores desejam oferecer e as quantidades que os compradores desejam comprar de cada bem.

 

Em uma economia de mercado, tanto os bens e serviços quanto os recursos produtivos têm seus preços e quantidades determinados pelo livre jogo da oferta e procura, ou seja, pela livre concorrência. Do confronto entre oferta e

procura resulta um preço, e é esse preço que exerce uma função econômica básica. É ele, que por suas variações, orienta a produção e o consumo.

 

O mecanismo de preços é, portanto, um vasto sistema de tentativas e erros, de aproximações sucessivas, para alcançar o equilíbrio entre oferta e procura. O desejo das pessoas determinará a dimensão da procura, enquanto que a produção das empresas determinará a dimensão da oferta. O equilíbrio entre a oferta e a procura será atingido pela flutuação do preço.

 

O que vale para os mercados de bens e serviços, também vale para o mercado de recursos produtivos (terra, trabalho, capital, capacidade empresarial e cosmos)

 

Em uma economia complexa e interdependente, as pessoas não conseguem dizer diretamente aos produtores o que desejam consumir. O mecanismo de mercado fornece, através dos preços, uma forma de comunicação indireta entre produtores e consumidores, possibilitando uma adaptação da produção às necessidades de consumo; possibilita, ao mesmo tempo, uma adaptação do consumo à escassez relativa dos diferentes tipos de bens e serviços.

 

O mecanismo de preços na Economia para a Saúde estabelece-se mais na solidariedade do que na oferta e na procura, muitos ofertantes doam seus produtos livremente neste tipo de economia pois se solidarizam-se com o próximo que muitas vezes está em situação de vulnerabilidade e de exposição a contágio de doença incurável; a Economia para a Saúde solidifica-se cada vez mais com a vulnerabilidade as doenças incuráveis como o novo coronavírus, o ebola, a aids, o câncer, a demência, a esquizofrenia, o mal de Parkinson, a esclerose múltipla, etc.. É neste contexto onde milhares ou milhões de indivíduos exercem a mesma atividade solidária simultaneamente que a Economia para a Saúde ganha força, forma e volume expressivo, tornando-se mecanismo de geração, produção, acumulação e distribuição de riquezas através da solidariedade suscitada em tempos de Economia para a Saúde, onde os recursos também se tornam mais escassos, como o trabalho e os alimentos, e assim a geração de renda; a Economia para a Saúde torna até mesmo o Estado e os Governos mais solidários ampliando os benefícios sociais, criando outros benefícios e perdoando dívidas e atrasos em pagamentos em função da escassez de renda, pela dificuldade de se poder exercer o trabalho normal.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de agosto de 2020.

 

2.1.1.2 O Que, Como e Para Quem Produzir

 

 

Em uma economia de mercado o Estado não deve intervir em nenhum aspecto da atividade produtiva, devendo ficar sua ação restrita ao atendimento das necessidades coletivas, tais como a Justiça, a Educação, etc. Cabe ainda ao Estado o estabelecimento de regras visando proteger a liberdade econômica, zelando, assim, pelo livre jogo da oferta e procura.

 

O que produzir?

 

Em um sistema econômico baseado nas ações apenas das famílias e das empresas, as próprias unidades familiares determinam o valor de cada bem ou serviço através do mercado. Quanto mais as pessoas desejarem um produto, atribuirão a ele

um valor cada vez maior. Como nesse tipo de economia o valor de cada bem é medido pelo seu preço, quanto maior for a disposição das pessoas em apoiar seus desejos com dinheiro, mais elevado deverá ser o preço desse bem. Assim, a maneira pela qual as unidades familiares gastam a sua renda entre os diversos bens e serviços estabelece um sistema de avaliação entre os mesmos, ou seja, fornece uma estrutura de preços dentro do sistema econômico que possibilita às empresas, que perseguem o lucro, produzir aquilo que as pessoas desejam.

 

O dinheiro entregue pelos consumidores às empresas servirá para pagar os salários, juros e dividendos que os consumidores, no papel de proprietários de recursos, recebem como renda mensal.

Mattanó aponta que num sistema econômico baseado na economia para a saúde dos indivíduos e dos trabalhadores, nas ações apenas das famílias e das empresas, as próprias unidades familiares determinam o valor de cada bem ou serviço através do mercado construído na solidariedade. Quanto mais as pessoas desejarem um produto, atribuirão a ele um valor cada vez maior, mesmo que seja, solidário. Como nesse tipo de economia o valor de cada bem é medido pelo seu preço, quanto maior for a disposição das pessoas em apoiar seus desejos com dinheiro, mais elevado deverá ser o preço desse bem. Assim, a maneira pela qual as unidades familiares gastam a sua renda entre os diversos bens e serviços estabelece um sistema de avaliação entre os mesmos, ou seja, fornece uma estrutura de preços dentro do sistema econômico que possibilita às empresas, que perseguem o lucro, produzir aquilo que as pessoas desejam. Neste caso as unidades familiares serão nossas empresas que perseguem o lucro, contudo um lucro solidário, o valor de cada mercadoria está no seu preço que é a solidariedade que promove a saúde do próximo.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 08 de agosto de 2020.

 

 

Como Produzir?

 

O como produzir será determinado pela competição entre os diversos fabricantes. Em função da concorrência de preços resta ao produtor, na tentativa de maximizar seu lucro, optar pelo método de produção mais barato quanto possível, o que envolve, naturalmente, considerações a respeito dos preços dos fatores de produção a serem utilizados. Assim, se o fator capital é caro e o fator trabalho barato, as empresas procurarão se utilizar de técnicas que usem o fator trabalho mais intensivamente. Verifica-se, novamente, a existência de um mecanismo de preços orientando as decisões dos empresários quanto aos métodos produtivos a serem utilizados.

Mattanó aponta que o como produzir será determinado pela competição entre seus fabricantes ou produtores. A concorrência de preços pode ser substituída pela concorrência de marketing que substitui os preços, na tentativa de maximizar seu lucro e levar o comprador e ao método de produção mais barato quanto possível, segundo suas próprias decisões.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 08 de agosto de 2020.

 

 

 

Para Quem Produzir?

 

Em uma economia de mercado, a oferta e a procura de fatores de produção determina as taxas salariais, os aluguéis, as taxas de juros e os lucros que irão se constituir na renda da unidades familiares. A renda de cada família irá depender da quantidade dos diferentes recursos produtivos que ela pode oferecer no mercado de fatores e do preço que as empresas estão dispostas a pagar pela

utilização dos mesmos. Se um indivíduo dispuser somente de sua força de trabalho para oferecer no mercado de fatores, sua renda será determinada pelo salário que receber no mês.

 

Se o mesmo indivíduo for proprietário de terras e arrendá-las, sua renda mensal será acrescida pelo aluguel da terra, dado pelo arrendamento mensal da quantidade de terra arrendada.

 

Assim, em função da quantidade de recursos pertencentes a cada unidade familiar, teremos a distribuição de renda nesse tipo de economia. Uma vez que a quantidade de bens e serviços apropriados por família está limitada por seus rendimentos, tanto maior será a participação de cada unidade familiar na determinação de "para quem produzir" quanto maior for a sua renda.

Mattanó aponta que a quantidade de bens e serviços que a família ou o indivíduo é capaz de produzir depende dos seus rendimentos e investimentos, portanto, se esse indivíduo ou essa família aumenta ou se amplia naturalmente, aumentarão a produção, os rendimentos e os investimentos, mesmo quando voltados para a saúde de cada um na família.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 08 de agosto de 2020.

 

 

 

2.1.1.3 O Fluxo Circular da Atividade Econômica

 

 

 

Fazem parte de uma economia de mercado dois tipos de agentes econômicos: as famílias e as empresas. Ela é composta, ainda, por dois tipos de mercados: o mercado de bens de consumo e serviços e o mercado de recursos produtivos.

As famílias desejam satisfazer suas necessidades através da aquisição dos mais variados tipos de produtos. Estabelece-se, então, uma procura por bens e serviços (roupas, alimentos, remédios, serviços médicos, etc.).

 

A quantidade de bens que uma unidade econômica familiar pode adquirir é limitada pela sua renda. Quanto mais elevada for sua renda, mais bens de consumo poderá comprar.

 

As empresas, por sua vez, buscam a obtenção do máximo lucro vendendo seus produtos às unidades familiares.

 

Através da interação entre oferta e procura teremos a determinação de preços e quantidades transacionadas de cada bem, equacionando-se a questão de "o que produzir". Estabelece-se, então, um fluxo real de mercadorias e serviços das empresas às famílias. Em contrapartida cria-se também um fluxo de moeda das famílias às empresas como pagamento pelos produtos adquiridos.

 

As famílias, na qualidade de proprietários dos recursos produtivos, agem no mercado de fatores ofertando terra, trabalho, capital e capacidade empresarial.

 

As empresas, por sua vez, empenham-se na compra e contratação de fatores produtivos junto às famílias estabelecendo-se, então, uma procura por esses recursos.

 

Do confronto entre oferta e procura dos fatores de produção teremos a formação de seus preços, que indicarão aos produtores o "como produzir".

 

Teremos então um fluxo real de recursos das famílias para as empresas. Estas, em contrapartida, pagarão às famílias, sob a forma de moeda, os salários, aluguéis, juros e lucros correspondentes à utilização dos serviços dos fatores, ficando estabelecido, dessa forma, um fluxo monetário das empresas para as famílias.

 

A questão distributiva (o "para quem produzir") será equacionada simultaneamente às demais. A quantidade de fatores pertencentes a cada unidade familiar e o preço desses fatores irá determinar a distribuição de renda; e maior será a participação da unidade familiar na determinação de "o que produzir" quanto maior for sua renda.

Mattanó aponta que na economia as famílias e as empresas são fundamentais. Que as famílias buscam bens e serviços através de suas necessidades e desejos, motivações e interesses, aprendizagens e condicionamentos, e que a renda limita o que cada família pode consumir. Que as empresas buscam o lucro máximo com a venda de suas mercadorias e produtos para as unidades familiares. Que a oferta e a procura determina os preços e o que produzir. As famílias são as proprietárias dos recursos produtivos. As empresas contratam esses recursos produtivos. Como produzir depende da oferta e da procura dos fatores de produção, dos recursos produtivos. Pagarão para as famílias uma moeda, salários, correspondentes à utilização dos serviços dos fatores. A distribuição de renda depende das famílias e do preço desses fatores, quanto maior for a participação familiar na determinação de o que produzir maior será a sua renda. Numa economia para a saúde torna-se maior a participação familiar na determinação do que produzir e isto pode gerar um aumento da renda, pois são os recursos produtivos das famílias que determinam a geração de renda, inclusive de contratos para trabalho, causando valorização ou desvalorização de cada recurso produtivo,  conforme seu investimento.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 08 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

2.1.2 Economia Planificada Centralmente

 

 

Esse tipo de organização econômica é típica dos países socialistas, em que prevalece a propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões de "o que", "como" e "para quem" produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, via mercados e preços, mas pelo planejamento central em que a maior parte das decisões de natureza econômica são tomadas pelo Estado.

 

A ação governamental se faz presente através de um órgão central de planejamento, a quem cabe elaborar os planos de produção de todos os setores econômicos. Tais planos são elaborados a partir de um levantamento não só das

necessidades a serem atendidas como também dos recursos e técnicas disponíveis para a produção, a fim de dimensionar o que cada empresa, seja ela agrícola, comercial ou industrial, pode realmente produzir.

 

Identificadas as disponibilidades existentes, fixam-se as metas de produção, ou seja, as quantidades a serem produzidas de cada bem procurando, na medida do possível, atender as necessidades de consumo da sociedade. Equaciona-se, desta forma, a questão "o que e quanto" produzir.

 

Cabe, da mesma forma, ao órgão de planejamento determinar os processos de produção a serem utilizados. O Poder Central distribui não só as tarefas do plano, mas também os meios de produção, tanto materiais como financeiros. O órgão central de planejamento determina como designar a produção às diferentes fábricas e esforça-se para que cada fábrica tenha os fatores de produção necessários para poder obter a quantidade exigida. Fica então resolvida a questão "como" produzir.

 

A questão "para quem" produzir, que trata da maneira pela qual a produção total de bens e serviços será distribuída entre os indivíduos é também resolvida pelo órgão de planejamento, a quem cabe determinar os salários dos diferentes tipos de profissão. Nesse tipo de economia, existe um "sistema de preços" que são meros recursos contábeis que ajudam a controlar a eficiência com que os produtos são produzidos. Assim, caso alguma empresa que esteja produzindo de maneira ineficiente acusará "prejuízo financeiro". Caso contrário, surgirá o "excedente".

Mattanó aponta que na Economia para a Saúde o tipo de organização econômica onde as decisões de natureza econômica são tomadas pelo Estado, parte das decisões de natureza econômica que são tomadas pela família e pelo indivíduo, por exemplo, em tratamento ou isolamento social. A ação governamental se faz presente através de um líder que faz o planejamento, a quem cabe elaborar os planos de produção de todos os setores econômicos da família. Identificadas as disponibilidades existentes, fixam-se as metas de produção, ou seja, as quantidades a serem produzidas de cada bem procurando, na medida do possível, atender as necessidades de consumo da comunidade ou da sociedade. A questão "para quem" produzir, que trata da maneira pela qual a produção total de bens e serviços será distribuída entre os indivíduos é também resolvida pelo líder que faz o planejamento, a quem cabe determinar os ganhos dos diferentes tipos de atividades. Nesse tipo de economia, existe um "sistema de preços" que são meros recursos contábeis que ajudam a controlar a eficiência com que os produtos são produzidos. Assim, caso alguma empresa, indivíduo ou família que esteja produzindo de maneira ineficiente acusará "prejuízo financeiro". Caso contrário, surgirá o "excedente". Contudo as decisões de natureza econômica são tomadas pelo Estado. Neste caso a família e o indivíduo não são empresas, mas instituições. Trata-se de uma Economia para Instituições como a Saúde.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 12 de agosto de 2020.

 

 

2.1.3 Economia Mista

 

 

Nos sistemas de economia mista, uma parte dos meios de produção pertence ao Estado (empresas públicas) e a outra parte pertence ao setor privado (empresas privadas). Na realidade, as organizações econômicas descritas

anteriormente (Economia de Mercado e Economia de Planejamento Central) nunca existiram em sua forma mais pura. O que se observa nos diversos países é uma mescla desses dois sistemas que ora se aproxima de um tipo de organização, ora do outro, conforme o grau de participação do Estado na economia.

 

Nesse tipo de sistema, cabe ao Estado a orientação e controle de muitos aspectos da economia. Para tanto, ele se utiliza das empresas públicas e de outros instrumentos, tais como a legislação, a tributação, o orçamento governamental, etc.

Mattanó aponta que na economia mista para as instituições e para a saúde, onde parte dos meios de produção pertence ao Estado e a outra parte pertence ao setor privado cabe ao Estado legislar, tributar, orçar e governar, etc. e ao setor privado cabe administrar e contratar, pagar salários, etc..

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 12 de agosto de 2020.

 

 

 

2.1.3.1 O Que Produzir?

 

 

Em um sistema de economia mista, em que existe propriedade privada dos meios de produção, o Estado não pode determinar ao empresário o que produzir. O Estado não pode, por exemplo, determinar a um agricultor que plante arroz em vez de milho, ou a um industrial que produza tecidos em vez de calçados. Pode, entretanto, influir indiretamente para resolver a questão “o que” produzir.

 

O Estado pode, por exemplo, através da tributação, sinalizar aos produtores aquilo que deve ser produzido. É o caso de isenção ou mesmo de redução de impostos em alguns setores (indústria automobilística, por exemplo) e a concessão de incentivos fiscais em outros. Outro instrumento é o controle do crédito. Por exemplo, crédito subsidiado para algumas atividades, com a finalidade de estimulá-las. Outra maneira de o Estado intervir é através de suas empresas públicas, que se destinam a produzir bens e serviços necessários à coletividade e que o setor privado não se interessa ou não tem condições de explorar uma vez que exigem elevados investimentos e apresentam retorno lento (saneamento básico, transporte, energia, etc.)

 

Não obstante a intervenção do Estado na economia, os produtores numa economia mista, ao decidirem “o que produzir” seguem, também, as indicações fornecidas pelo sistema de “preços”.

Mattanó aponta que o Estado não pode determinar ao empresário o que produzir, num sistema de economia mista para as instituições como a saúde, mas pode influir indiretamente para resolver a questão “o que” produzir. O Estado pode, por exemplo, através da tributação, sinalizar aos produtores, indivíduos e famílias aquilo que deve ser produzido. É o caso de isenção ou mesmo de redução de impostos em alguns setores (indústria automobilística, por exemplo, ou em alimentos, utensílios domésticos, insumos de produção, roupas, taxas) e a concessão de incentivos fiscais em outros. Outro instrumento é o controle do crédito (através do controle de crédito pode-se influir o que comprar e o que produzir através do sistema de preços e pagamentos). Por exemplo, crédito subsidiado para algumas atividades, com a finalidade de estimulá-las. Ao decidirem “o que produzir” seguem, também, as indicações fornecidas pelo sistema de “preços”.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 12 de agosto de 2020.

 

 

 

2.1.3.2 Como Produzir?

 

 

A questão “como produzir” em um sistema misto é solucionada distintamente, conforme se enfoque o setor público ou o setor privado da economia. A nível do setor público, essa questão é resolvida de acordo com o planejamento governamental em que o importante não é a obtenção de lucros, mas o atendimento adequado das necessidades da coletividade. No âmbito do setor privado, a questão é solucionada de acordo com a concorrência.

Mattanó aponta que numa Economia para as Instituições como a Saúde o objetivo é a saúde e a solidariedade como instrumento para a saúde  e em primeiro lugar, ficando para segundo lugar o lucro e a produtividade, pois não existem empresas no mundo que operem sem lucro que por sua vez fundamenta sua produtividade e sua saúde bio-psico-social, filosófica e espiritual. A produtividade não se mantem sem lucro neste mundo! Seja um lucro material ou imaterial, ela depende do lucro! A humanidade depende do lucro para se manter e avançar, sem lucro ela se desfaz e se desintegra, ela não existe, ele tem sua perda total! Ela se transforma em outra coisa!

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 12 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

2.1.3.3 Para Quem Produzir?

 

 

Nos sistemas de economia mista a questão distributiva é resolvida, em geral pelo sistema de preços.

 

Entretanto, aos detentores de renda mais baixa o Estado oferece ensino gratuito, assistências médica, jurídica, além de outros serviços a que essa camada da população não tem acesso.

 

Além disso, o Estado procura criar mecanismos que garantam às pessoas o recebimento de uma renda que lhes permita satisfazer suas necessidades básicas. Por exemplo, a criação do seguro desemprego e o estabelecimento de salário mínimo.

Mattanó aponta que na Economia para a Saúde onde a economia é mista desenvolve-se um sistema de solidariedade e de partilha construído na participação social, mesmo que através de mídias e de internet ou telefone para a realização das trocas que são feitas com o fim de se distribuir saúde e bem-estar de modo que haja um sistema que permita a sua manutenção como empresa mista e não através do lucro e do sistema de preços, este sistema não é oferecido pelo Estado, mas pelas famílias e indivíduos que entram num sistema de solidariedade e partilha para trocas e distribuição de riquezas sem lucro financeiro, mas com o ganho do bem-estar e da saúde, dele participam  qualquer camada da população, desde aqueles que não tem acesso a riquezas até àqueles que tem acesso as riquezas de sua sociedade, pois a mercadoria aqui é a solidariedade e a partilha para a saúde e o bem-estar individual e familiar.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 20 de agosto de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

2.2  MERCADO

 

 

O mercado é o ambiente social ou virtual, para a realização de troca de bens e serviços. Também se pode entender como sendo a instituição ou organização mediante a qual os que ofertam (vendedores) e os que demandam (compradores) estabelecem uma relação comercial com o fim de realizar transações, acordos ou trocas comerciais . O mercado aparece a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura.

 

Nas economias modernas, a maioria das decisões sobre o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir são tomadas nos mercados. Para que possamos determinar quais os compradores e vendedores estão participando do mercado, devemos observar a extensão do mercado.

 

Tanto a oferta quanto a demanda fazem parte de um modelo econômico criado para explicar como os preços são determinados em um sistema de mercado. . Observe que os preços determinam quais famílias ou regiões serão beneficiadas com determinados produtos e serviços, e quais empresas receberão determinados recursos.

 

Na microeconomia, os economistas recorrem ao conceito de demanda para descrever a quantidade de bem ou serviço que uma família ou empresa decide comprar a um dado preço, assim, a quantidade demanda de um bem ou serviço refere-se a quantidade desse bem ou serviço que os compradores desejam e podem comprar.

 

A Teoria da Demanda deriva de algumas hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens e serviços que um determinado orçamento doméstico permite. Essa teoria procura explicar o processo de escolha do consumidor diante das diversas possibilidades existentes. Devido a certa limitação orçamentária, o consumidor procura distribuir a renda disponível entre os diversos bens e serviços, de maneira a alcançar a melhor combinação possível que possa lhe trazer o maior nível de satisfação. A demanda não representa a compara efetiva, mas a intenção de comprar por determinado preço.

 

A quantidade demanda de um bem ou serviço diminui quando o preço aumenta, e aumenta quando o preço diminui. Assim, a quantidade demandada é negativamente relacionada ao preço, como pode ser observado nos gráfico 01 e 02 abaixo:

 

 

 

Curva de Demanda

 

Pre็o do

 

Sorvete

 

$3.00

 

2.50

 

2.00

 

1.50

 

1.00

 

0.50

 

0  1    2  3  4 5  6  7  8  9 10 11 12

 

Gráfico    1 Curva de Demanda

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

 

 

Mundança na Quantidade

 

 

Pre็o do

Demandada

 

 

Sorvete

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aumento no pre็o do

 

 

 

 

 

 

C

sorvete resulta em

 

 

 

$2,50

 

 

movimento ao longo da

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

curva de demanda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

$ 1,00

 

 

 

A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D1

 

 

0

 

 

 

 

 

 

 

Quantidade

 

2

8

Quantidade de

 

 

 

 

de Sorvetes

Gráfico

2

Mudança

Sorvetes

 

 

na  Quantidade

 

 

Demandada

 

 

 

 

 

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

 

 

 

As variáveis que podem deslocar a curva da demanda como um todo são:

 

Renda (distribuição);

 

Riqueza (distribuição);

 

Fatores climáticos e sazonais;

 

Propaganda;

 

Preferência do consumidor

 

Facilidade de crédito.

 

Os deslocamentos da curva da demanda estão ilustrados no gráfico 03

 

Deslocamento da Curva de

 

Pre็o do                   Demanda

 

Sorvete

 

$3.00

 

2.50

 

2.00

 

1.50

 

1.00

 

0.50

 

 

D

D*

 

 

 

Quantidade

 

 

 

 

 

0  1  2  3  4 5  6  7  8  9 10 11 12

 

 

 

de Sorvetes

 

 

Gráfico    3 Variação da Curva de Demanda

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

A teoria de Oferta muda o foco da análise, pois o vendedor vai ao mercado com a meta de obter o maior lucro possível. O vendedor depara-se com uma restrição importante: a produção de bens e serviços requer a utilização de recursos produtivos, e essa quantidade depende do padrão tecnológico utilizado pela firma.

 

Podemos definir oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores (vendedores) desejam produzir (vender) por unidade de tempo. Nota-se que a oferta é um desejo, uma aspiração. Assim, a quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se a quantidade que os vendedores querem e podem vender. Dessa maneira, existe uma associação de comportamento dos preços com o nível de quantidade ofertada. A quantidade ofertada aumenta a medida que o preço aumenta e cai quando o preço se reduz. Logo, a quantidade ofertada está positivamente relacionada com o preço do bem e serviço, segundo pode ser verificado nos gráficos 04 e 05 a seguir:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Curva de Oferta

 

Pre็o do

 

Sorvete

 

$3.00

 

2.50

 

2.00

 

1.50

 

1.00

 

0.50

 

 

 

Quantidade

 

0  1  2  3  4  5 6  7  8  9 10 11 12

 

de Sorvetes

 

 

Gráfico    4 Curva de Oferta

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

 

 

 

 

Mudança na Quantidade

 

 

 

 

 

Ofertada

 

 

 

Pre็o do

 

 

S

 

Sorvete

 

 

 

C

 

 

 

 

$3.00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um aumento no

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

preço do sorvete

 

 

 

 

 

 

resulta num

 

 

 

 

 

 

movimento ao

 

 

 

 

A

 

longo da curva de

 

1.00

 

 

 

 

oferta

 

 

 

 

 

 

 

Quantidade

 

0

1

5

 

 

 

de Sorvetes

 

 

Gráfico    5 Variação da Curava de Oferta

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

 

 

As variáveis que podem deslocar a curva da oferta como um todo são:

 

Disponibilidade de insumo; Tecnologia;

Expectativa; e

 

Número de vendedores.

 

O gráfico 06 demonstra o deslocamento a que estamos nos referindo.

 

 

 

Deslocamento da Curva de Oferta

 

Pre็o do

 

Sorvete                              O

$3.00

O*

 

 

 

 

2.50

 

2.00

 

1.50

 

1.00

 

0.50

 

 

 

Quantidade

 

0  1  2  3  4  5 6  7  8  9 10 11 12

 

de Sorvetes

 

 

Gráfico    6 Deslocamento da Curva de Oferta

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

Já apresentamos a você as mais diferentes condutas dos consumidores (demanda) e dos produtores (oferta) em separado. Agora, vamos combiná-las para, numa interpretação conjunta, verificarmos como se determinam a quantidade e o preço de equilíbrio de um bem ou serviço vendido no mercado.

 

A intersecção das curvas de oferta e de demanda, que identifica o ponto em que tanto os consumidores quanto os produtores se encontram satisfeitos e dispostos a agir, é o que ficou conhecido como equilíbrio de mercado e está demonstrado no gráfico 07.

 

 

 

 

Equilíbrio entre a

 

 

 

Pre็os do

Oferta e Demanda

 

 

 

Sorvete

 

 

 

Oferta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

$3.00

 

 

 

 

 

 

 

2.50

 

 

 

 

 

Equilibrio

 

 

 

 

 

 

 

 

2.00

 

 

 

 

 

 

 

1.50

 

 

 

 

 

 

 

1.00

 

 

 

 

 

 

 

0.50

 

 

 

 

Demanda

 

 

 

 

 

 

 

Quantidade

 

0

1  2  3

4  5 6  7  8  9 10 11 12

 

 

 

de Sorvetes

 

Gráfico  7 Equilíbrio

das Curva de Oferta e Demanda

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

Já nos gráficos 8 e 9 podemos perceber que qualquer situação fora do ponto de equilíbrio caracteriza-se um desequilíbrio. Caso a oferta seja superior a demanda, há excesso de oferta (gráfico 08), e caso a demanda seja maior que a oferta, há excesso de demanda (gráfico 09). Nota-se que o processo de ajuste ocorre sempre via preços, ou seja, a quantidade ofertada ou demandada é a variável dependente, e os preços, a variável independente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Excesso de Oferta

 

Pre็o do

 

 

 

 

Sorvete

 

Excesso

Oferta

 

 

 

 

$3.00

 

 

 

 

2.50

 

 

 

 

 

2.00

 

 

 

 

 

1.50

 

 

 

 

 

1.00

 

 

 

 

 

0.50

 

 

Demanda

 

 

 

 

 

Quantidade

 

0

1  2  3  4  5 6  7  8 9 10  11 12

 

 

 

de Sorvetes

 

 

Gráfico    8 Excesso de Oferta

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

 

 

Excesso Demanda

 

Pre็o do

Sorvete

 

Oferta

 

$2.00

 

$1.50

 

Excesso              Demanda

 

de Demanda

 

 

  • 1 2   3   4   5  6   7   8  9  10  11  12  13   Quantidade de Soervetes

 

Gráfico    9 Excesso de Demanda.

 

Fonte: Elaborada com base em PINDYK, 2010.

 

 

No contexto discutido, há uma afirmação chave: preço e quantidade de equilíbrio dependem da posição das curvas de oferta e demanda, quando, por algum motivo uma dessas curvas se desloca, o equilíbrio do mercado muda. Na Teoria Econômica, essa análise é conhecida como estática comparativa, porque envolve a comparação de duas situações estáveis – um equilíbrio inicial e um novo equilíbrio.

 

Mattanó aponta que a oferta e a demanda dependem de um equilíbrio inicial e de um novo equilíbrio que se ajusta ciclicamente, de modo a formular que a oferta e a demanda constituem um conjunto de S – R – C, estímulo – resposta – consequência, ou funcionalidade, que determina o equilíbrio inicial e permite o novo equilíbrio ciclicamente, pois o mercado continua em movimento de acordo com a oferta e a demanda, que dependem de outros fatores como tecnologias, custos e preços, marketing e propaganda, publicidade, customização, cursos e educação, recursos materiais e logísticos, o estímulo (o produto) produz uma resposta (comprar o produto) e esta uma consequência (satisfação pessoal), que denota um equilíbrio inicial marcado pelos significados e pelos sentidos da experiência do comprador da mercadoria, e depois com novos estímulos – respostas – consequências produzirá um novo equilíbrio que se renovará ciclicamente e será substituído por outra mercadoria e outra forma de mercado, cultura e economia, como por exemplo, a Teoria da Abundância na Economia para a Saúde que proporciona, finalmente, a ideia de que o novo equilíbrio é justamente não se deixar levar e nem se deixar dominar pelo controle, pelas razões e pela literalidade das regras, dos significados, dos sentidos, dos conceitos, dos contextos, dos comportamentos, da funcionalidade, do S – R – C, do inconsciente, da simbologia, das relações sociais, da economia, do mercado, do dinheiro, das riquezas e das pobrezas, mas se deixar conduzir como a uma Hóstia Viva ou uma célula que vive milagrosamente e age milagrosamente transformando  tudo através da atenção e da intenção e pela consciência que age em movimento de transformação, de liberação de energia, de circulação de energia, ou seja, uma Economia para a Saúde que permite a energia do corpo circular e se reorganizar ciclicamente, numa homeostase.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 01 de setembro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

2.3  ESTRUTURA DE MERCADO

 

 

Na estrutura de mercado clássica, podemos distinguir dois casos extremos: O monopólio e a concorrência-perfeita. A seguir vamos analisar estas duas e mais outras que são de grande importância para o mercado. No quadro abaixo temos uma síntese das estruturas de mercado.

 

Quadro    1 Estruturas de mercado

 

NÚMERO DE

 

NÚMERO DE COMPRADORES

 

 

 

 

Grande

 

VENDEDORES

Um

Pequeno

 

 

 

Produto

Produto

 

 

 

 

Homogêneo

Diferenciado

 

Um

Monopólio

Quase-

Monopólio

-------

 

Bilateral

Monopólio

 

Pequeno

Quase-

Oligopólio

Oligopólio

Oligopólio

 

Monopsônio

Bilateral

Puro

Diferenciado

 

Grande

Monipsônio

Oligopsônio

Concorrência

Concorrência

 

 

 

 

Perfeita

monopolística

 

 

  1. Concorrência Perfeita:

 É uma situação de mercado na qual o número de compradores e vendedores é tão grande que nenhum deles, agindo individualmente, consegue afetar os preços. Além disso, os produtos de todas as empresas no mercado são homogêneos; ex.: Alguns produtos agrícolas.

Mattanó aponta que neste modelo de mercado a situação do mercado é a

de uma massa e de uma coletividade de indiferentes, onde o sentimento de significado está vivo em cada membro dessa comunidade econômica.

 

  1. Monopólio:

 É uma situação de mercado em que uma única firma vende um produto que

 

não tenha substitutos próximos;   ex.: Serviços Telefônicos e Petróleo no Brasil.

 

                    Mattanó aponta que neste modelo de mercado é o produto quem determina como ele vai se regular e se equilibrar, havendo uma perda do sentimento de sentido e de significado em relação a economia.

 

  1. Concorrência Monopolística:

 É uma situação de mercado na qual existem muitas empresas vendendo produtos diferenciados que sejam substitutos próximos entre si; ex.: Fabricantes de cigarros; sabonetes, creme dental, etc.

Mattanó aponta que neste modelo de mercado os produtos determinam

como ele vai se regular e se equilibrar, neste caso, entre produtos próximos entre si, como cigarros, sabonetes, canetas, doces, etc.

 

  1. Oligopólio:

 

 É uma situação de mercado em que um pequeno número de empresas domina o mercado, controlando a oferta de um produto que pode ser homogêneo ou diferenciado; ex.: homogêneo: indústrias de cimento, alumínio, aço, produtos químicos, fertilizantes, etc.; diferenciado: indústrias de automóveis, eletrodomésticos, bebidas, computadores, etc.

Mattanó aponta que neste modelo de mercado um pequeno número de

empresas domina o mercado, controlando a oferta do seu produto que pode ser homogêneo ou diferenciado, nesta caso o pequeno número de empresas que domina o mercado representa o poder e o controle que acentuam a ausência de significado e de sentido no mercado e na produção de um produto homogêneo ou diferenciado, diminuindo a distribuição de riquezas e concentrando-a em seus poucos detentores, gerando acúmulo de riquezas e desigualdade social, alienação, pobreza, fome e miséria.

 

No caso da Economia para a Saúde o modelo de mercado pode ser um pequeno, médio ou grande número indistinto e indiferenciado de empresas ou famílias e/ou indivíduos que dominam o mercado, controlando a oferta do seu produto que pode ser de solidariedade e de partilha, construído na participação social de cada produtor ou fabricante, vendedor e comprador, que muitas vezes adquire o produto socialmente sem custos e com ganhos e benefícios adquiridos nesta prática econômica que vai mais além, chegando até a sua saúde e bem-estar.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 17 de setembro de 2020.

 

 

 

 

 

2.3.1 Concorrência Perfeita

 

 

A concorrência perfeita é uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica. Nesse mercado, a interação da oferta e demanda determina o preço.

 

Hipóteses Básicas do Modelo de Concorrência Perfeita

 

As hipóteses nas quais o modelo de concorrência perfeita se baseia são as seguintes:

 

I - Existência de elevado número de compradores e vendedores

 

Existe um número tão grande de compradores e vendedores, sendo cada comprador ou vendedor tão pequeno em relação ao tamanho do mercado que nenhum deles, atuando isoladamente, consegue influenciar o preço das mercadorias.

 

II - Os produtos são homogêneos

 

Nesse mercado, os produtos ofertados pelas empresas são homogêneos, ou seja, são perfeitos substitutos entre si. Como resultado, os compradores são indiferentes quanto à empresa da qual eles irão adquirir o produto.

 

III - Transparência de mercado

 

Essa hipótese garante que tanto compradores quanto vendedores têm informação perfeita sobre o mercado: ambos conhecem a qualidade do produto e seu

 

preço vigente. Ambos conhecem, também, os custos e lucros de seus concorrentes. Assim, pelo fato de inexistir desinformação, nenhum comprador estará disposto a adquirir um produto por um preço superior ao vigente no mercado; da mesma forma, nenhum vendedor estará disposto a vender um produto por um preço inferior ao vigente no mercado.

 

IV - Livre entrada e saída de empresas

 

Todas as empresas participantes poderão entrar ou sair do mercado de maneira imediata. Inexistem barreiras legais ou econômicas, por exemplo: direitos de propriedades e patentes; barreiras legais resultante de ação governamental, estabelecendo condições mínimas para o funcionamento das empresas em certos mercados; barreiras econômicas tais como a necessidade de grandes investimentos, etc.

 

Em síntese, na concorrência perfeita, o preço é regulado pelo mercado, de sorte a eliminar qualquer lucro extraordinário. Nenhum produtor ou consumidor, individualmente, poderá influenciar o preço de equilíbrio. Somente alterações das condições de oferta e demanda, como variações das preferências dos consumidores e novas situações climáticas, que fazem variar as quantidades ofertadas de produtos, alteram os preços de equilíbrio do mercado e os lucros dos vendedores.

 

Mattanó aponta que em sua Economia para a Saúde a concorrência perfeita ocorre com o funcionamento ideal de uma economia, onde a interação de oferta e demanda determina o preço da mercadoria.

Assim quanto maior o número de compradores e maior o número de vendedores e nenhum indivíduo isolado será capaz de influenciar o preço das mercadorias.

Quanto se produzirem mais produtos homogêneos mais indiferentes serão os compradores e consumidores das mercadorias.

Quanto maior for a transparência de mercado maior será a venda e o lucro da empresa.

Quanto houver mais barreiras legais e econômicas haverá cada vez mais necessidades de investimentos.

Somente alterações das condições de oferta e demanda, como variações das preferências dos consumidores e novas situações climáticas e até pandemias como as do novo coronavírus de 2019, que fazem variar as quantidades ofertadas de produtos, alteram os preços de equilíbrio do mercado e os lucros dos vendedores, pois geram novas formas de trabalho e novas formas de mercado, novas formas de se produzir, vender e consumir e até tributar, através da solidariedade e da fraternidade para a partilha onde o lucro é a saúde e o bem-estar.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 16 de outubro de 2020.

 

 

 

 

 

2.4  Concorrência Imperfeita

 

 

Na concorrência perfeita a firma individualmente não consegue influenciar o preço de mercado. Ela é tomadora de preço, ajustando as quantidades ofertadas em função do preço do produto e de sua estrutura de custos. O mesmo não ocorre na concorrência imperfeita, uma vez que a firma consegue, de alguma forma, influenciar o preço de equilíbrio do mercado. Dada a estrutura de custos, ela fixa o preço que deseja vender com determinado percentual acima de seus custos médios.

Esse percentual denomina-se margem de lucro (ou mark-up). Ele será tanto mais elevado quanto maior for o poder de mercado da firma.

 

      Mattanó aponta que quanto mais elevada a margem de lucro maior será o poder de mercado da firma, desta forma o lucro podemos traduzir em vendas e não somente em finanças e dinheiro, podendo desta maneira reduzir o preço das mercadorias a um mínimo incomum para se realizarem grandes vendas e compensarem com as vendas os lucros, mas para isto é necessário estoque e espaço físico ou virtual para as mercadorias e logística para a distribuição dos produtos, desta forma na Economia para a Saúde onde priorizamos a saúde e o bem-estar, a fraternidade e o convívio, a partilha dos bens e produtos, inclusive das mercadorias que podem ser disponibilizadas para consumo ou uso em regime de testagem e/ou aluguel com taxas livres ou mais baratas para determinadas mercadorias e produtos ou em regime de rotatividade de mercadorias, de forma a aumentar a rotatividade e o fluxo de consumidores na sua empresa, mesmo que ela seja individual e com poucas mercadorias, você pode criar um Calendário de Economia para sua empresa de modo a gerenciar a rotatividade e o ciclo das suas atividades de trabalho, aumentando o seu desempenho individual ou comunitário.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 22 de outubro de 2020.

 

 

 

2.4.1 Monopólio

 

 

O monopólio é uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Devido a isso o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto.

 

Hipóteses Básicas do Modelo de Monopólio

 

A ocorrência de monopólio está condicionada ao cumprimento das seguintes hipóteses:

 

  1. Um determinado produto é suprido por uma única empresa;

 

  1. Não há substitutos próximos para esse produto; e

 

  • Existem obstáculos (barreiras) à entrada de novas firmas na indústria.

 

Trata-se, novamente, de uma estrutura de mercado “ideal”, uma vez que fica difícil imaginar que num sistema econômico complexo e interdependente exista um produto para o qual não haja substitutos próximos.

 

Para que um monopólio exista é preciso manter os concorrentes em potencial afastados da indústria. Isso significa dizer que devem existir barreiras que impeçam o surgimento de competidores, protegendo, dessa forma, a posição do monopolista.

 

Os principais obstáculos (ou barreiras) à entrada de firmas concorrentes no mercado são:

 

  1. Existência de “Economias de Escala” na firma monopolista

 

 

Uma firma já existente e de grandes dimensões pode suprir o mercado a custos mais baixos do que qualquer outra empresa que deseje entrar na indústria.

 

Esse parece ser o caso das indústrias que têm um custo fixo muito elevado e custos variáveis relativamente baixos. Nessas condições, os custos fixos passam a ser distribuídos entre um número cada vez maior de unidades, à medida que a produção aumenta.

 

Como exemplo, podemos citar as companhias de energia elétrica, companhias telefônicas, de transporte ferroviário, etc.

 

  1. Controle sobre o fornecimento de matérias-primas

 

Se uma empresa monopolista detém o controle sobre o fornecimento das matérias-primas essenciais a um processo produtivo ela pode bloquear o ingresso de novas firmas no mercado.

 

  1. Proteção de patentes

 

A posse de patentes dá ao monopolista o direito único de produzir uma mercadoria em particular. Nesse sentido, tem um efeito semelhante ao controle sobre o fornecimento de matérias-primas essenciais, uma vez que impede a entrada de novas firmas na indústria.

 

  1. Monopólio legal

 

Monopólio Legal é de propriedade privada, sendo, porém, regulamentado pelo governo.

 

Existem casos em que o Governo concede a uma empresa um direito exclusivo para ela operar, conferindo a essa empresa um “status” de Monopólio Legal. Em contrapartida, o Governo pode fazer exigências em relação à qualidade e quantidade do produto (ou serviço) e impor preços e taxas a serem cobrados.

 

Como exemplo podemos citar os serviços de água, gás, eletricidade, transporte coletivo, etc.

 

Existem, ainda, os Monopólios Estatais, que pertencem e são regulamentados pelos governos. Como exemplo temos o monopólio estatal de exploração de minerais estratégicos, petróleo, etc.

 

Dada a tecnologia e os preços dos insumos, a firma monopolista determinará seus custos de produção. Controlando o mercado, ela fixará os preços ou as quantidades que irá produzir e vender. Embora seja a única firma no mercado, ela não consegue fixar qualquer preço, pois os consumidores são soberanos na determinação das quantidades que irão consumir a cada nível de preço. Assim, ela não consegue estabelecer simultaneamente os preços e as quantidades. Dada a demanda que os consumidores desejam adquirir a cada nível de preços, ela escolhe, no entanto, aquela combinação que lhe proporcionar o maior nível de lucro.

 

Mattanó aponta que o Monopólio no caso da Economia para a Saúde trata-se, pois de um recurso da economia que pode acabar gerando e desenvolvendo ruína e autodestruição de sua própria empresa, pois não existe saúde em monopólio algum, porém em um conjunto de monopólios como com as economia de escala, controle sobre o fornecimento de matérias-primas, a proteção de patentes, e o monopólio legal podem gerar uma grande oferta de produtos, mesmo que as leis do monopólio sejam para reduzir este processo, pois a diversificação dos monopólios amplia os recursos da economia e a oferta de bens e de serviços, gerando mais riquezas. No caso da Economia para a Saúde a diversificação dos monopólios amplia a oferta de serviços e de mercadorias ou produtos de caráter comunitário e partilhado, sem realmente ou necessariamente, monopolizar este ou aquele produto, mas apenas a marca de determinado produto.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 27 de outubro de 2020.

 

 

 

 

2.4.2 Oligopólio

 

 

O oligopólio é a forma de mercado que atualmente prevalece nas economias do mundo ocidental. Ele pode ser conceituado como sendo uma estrutura de mercado em que um pequeno número de empresas controla a oferta de um determinado bem (ou serviço).

 

O surgimento do oligopólio se dá por razões semelhantes às do monopólio, tais como economias de escala e o controle sobre a oferta de matérias-primas e patentes.

 

Uma das maneiras de verificar se uma indústria é um oligopólio é através da determinação do índice de concentração da indústria. Esse método nos fornece o percentual da produção total da indústria que é controlada pelos quatro (às vezes oito) maiores produtores.

O oligopólio pode ser puro ou diferenciado. Ele será considerado puro caso os concorrentes ofereçam exatamente o mesmo produto homogêneo (substitutos perfeitos entre si). Exemplos de oligopólios puros podem ser encontrados na indústria de cimento, de alumínio, produtos químicos, fertilizantes, aço, etc. Caso os produtos não sejam homogêneos o oligopólio será considerado diferenciado. Como exemplo, podemos citar a indústria automobilística, a de cigarros, a de eletrodomésticos, a de computadores, etc. Os produtos dessas indústrias, embora semelhantes, não são idênticos. (O Corsa é diferente do Gol e do Pálio; o Hollywood é diferente do Malboro e do Carlton, etc.)

 

O oligopólio apresenta como principal característica o fato de as firmas serem interdependentes. Isso decorre do pequeno número de firmas existentes na indústria, e significa que as firmas levam em consideração e reagem às decisões quanto a preço e produção de outras firmas. O oligopolista que conseguir estabelecer diferenciações mais aceitáveis, correspondendo a preços mais altos, terá lucros maiores.

 

As firmas oligopolistas sabem que o estabelecimento de guerra de preços

 

  • altamente prejudicial para elas. Assim, procuram formar acordos comerciais, como fixação de preços únicos ou divisão do mercado. Essa organização central denomina-se Caso não exista organização central nem acordos formais, pode existir firma dominante ou liderança de preços.

 

Cartel é uma organização formal de produtores dentro de um setor. Essa organização formal determina as políticas para todas as empresas do cartel. É uma união de firmas oligopolistas com o fim de evitar competição e maximizar lucro no nível de cada firma.

 

 

Muitas vezes os acordos entre as firmas concorrentes são tornados

públicos;

em  outras,

a  prática  de  cartelização  ocorre  sem  que  haja  qualquer

 

documento explicitando o comportamento do cartel; existe ainda, a concretização do cartel de forma disfarçada por intermédio de sindicatos, associações e clubes.

 

Há muitos tipos de cartéis. Em sua forma mais perfeita existe o Cartel Centralizado, que determina todas as decisões para todas empresas-membro. Assim, através de uma agência coordenadora, organizam-se as empresas de forma que elas agem como se participassem de um grande conglomerado monopolista, possuidor de várias fábricas.

 

Liderança de preço é a forma de conluio imperfeito em que as empresas do setor oligopolístico decidem, sem acordo formal, estabelecer o mesmo preço, aceitando a liderança de preço de uma empresa da indústria.

 

Esse modelo pressupõe que a liderança decorre do fato de uma das firmas possuir estrutura de custos mais baixos que as demais. Por essa razão, consegue se impor como líder do grupo.

 

De início, os preços podem ser diferenciados. O mercado, entretanto, preferirá o produto que esteja sendo oferecido a preços mais baixos. Desta forma, resta às firmas que oferecem o produto a preços mais elevados duas possibilidades: ou mantém o preço, e como conseqüência são alijadas do mercado, ou então aceitam o preço praticado pela rival de menores custos, que é mais baixo, e continuam no mercado, sem maximizar seus lucros.

 

Assim é que a firma líder de preços fica, através de um acordo tácito, responsável pela determinação do nível de venda do produto. As firmas menos favorecidas em termos de preços tornam-se seguidoras dos preços fixados pela firma líder.

 

Mattanó acrescenta que podemos criar o oligopólio doméstico para economias da saúde. Neste tipo de oligopólio as empresas são semelhantes, mas não idênticas e não produzem o mesmo produto e nem tem o mesmo tipo de lucratividade, pois o lucro pode ser a partilha do seu produto e, por conseguinte a divulgação da sua marca ou empresa, o que gerará outros ganhos, inclusive financeiros a partir da exploração de outras atividades, mas a partilha torna-se o objeto do oligopólio e seus produtos podem ser os mais diversos e variados, quaisquer uns, depende da necessidade do ¨comprador¨ ou do adquirente, onde a fraternidade regula a necessidade de irmandade e de igualdade, de equidade, mesmo num mundo produtor de diferenças, pois são as diferenças que produzem as necessidades de consumo e de comércio, neste caso de partilha numa economia para a saúde, onde o adquirente aprende que suas diferenças são apenas estímulos – respostas – consequências, funcionalidades, comportamentos, simbologias, inconsciente, significados e sentidos, conceitos e contextos, análises e interpretações, literalidade, razões e controle, e que ele deve aprender que suas diferenças passam agora a ser como uma célula ou Hóstia Viva que age milagrosamente nessas diferenças tornando-as em função de uma consciência que atua com atenção e intenção, de modo que sua consciência determine o valor ou o significado e o sentido dos eventos do meio ambiente sem interferência de mecanismos psíquicos e comportamentais que impeçam a clareza de consciência, inclusive de seus objetos e objetivos, potencias e potenciais.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 14 de novembro de 2020.

 

 

 

 

 

 

2.4.3 Concorrência Monopolística

 

 

A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em uma situação intermediária entre essas duas formas de organização.

 

Da mesma forma que na concorrência perfeita, a concorrência monopolística apresenta um grande número de empresas, cada qual respondendo por uma fração da produção total do mercado, tendo a possibilidade de ingressar na indústria ou abandoná-la com relativa facilidade. O que irá diferenciar uma estrutura da outra é que enquanto em concorrência perfeita as empresas produzem um produto homogêneo, em concorrência monopolística as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos.

 

Na verdade, a diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Por exemplo: não existe um tipo homogêneo de perfume, de aparelhos de televisão, geladeiras, de automóveis, ou videocassete. Cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único.

 

A diferenciação, por sua vez, pode ser real ou ilegítima. No caso da diferenciação real, busca-se diferenças reais nas características do produto. Por exemplo: diferenças de composição química do produto, serviços oferecidos pelos vendedores, etc.

 

No caso da diferenciação ilegítima, as diferenças no produto são superficiais, tais como marca, embalagem, design, etc. Em outros casos pode não haver nenhuma diferença, mas o consumidor pode ser levado a pensar que elas existam, normalmente como resultado de campanhas promocionais que, de maneira artificial, apontam características diferenciadoras entre os produtos.

 

O fato de os produtos serem diferenciados é que dá ao produtor o poder de monopólio, uma vez que somente ele produz aquele tipo de bem. Enquanto ele

consegue diferenciar o produto, poderá fixar o próprio preço. Outras firmas, porém, surgem no mercado, produzindo substitutos próximos e o lucro individual diminui. A firma deverá, então, reduzir custos e gerar novas diferenciações do produto através de inovações tecnológicas, novos desenhos e campanhas publicitárias.

 

      Mattanó aponta que em concorrência perfeita as empresas produzem um produto homogêneo, em concorrência monopolística as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos.

      A diferenciação, por sua vez, pode ser real ou ilegítima. No caso da diferenciação real, busca-se diferenças reais nas características do produto. Por exemplo: diferenças de composição química do produto, serviços oferecidos pelos vendedores, etc.

No caso da diferenciação ilegítima, as diferenças no produto são superficiais, tais como marca, embalagem, design, etc. Em outros casos pode não haver nenhuma diferença, mas o consumidor pode ser levado a pensar que elas existam, normalmente como resultado de campanhas promocionais que, de maneira artificial, apontam características diferenciadoras entre os produtos.

      Então no caso da Teoria da Abundância na Economia para a Saúde encontramos a concorrência perfeita para produtos homogêneos e a concorrência monopolística para produtos diferenciados ou próximos, a diferenciação pode ser real ou legítima, no caso da diferenciação real as diferenças são reais no produto e no caso da diferenciação legítima as diferenças são superficiais e em outros casos pode haver nenhuma diferença, assim o produto da partilha pode ser homogêneo ou diferenciado e em ambos os casos o consumidor aprende que ele não é o S – R – C, funcionalidades, comportamentos, simbologias, inconsciente, significados e sentidos, conceitos e contextos, análises e interpretações, literalidade, razões e controle, e que ele deve aprender que suas diferenças e homogeneidades passam agora a ser como uma célula ou Hóstia Viva que age milagrosamente nessas relações tornando-as em função de uma consciência que atua com atenção e intenção, de modo que sua consciência determine o valor ou o significado e o sentido dos eventos do meio ambiente sem interferência de mecanismos psíquicos e comportamentais que impeçam a clareza de consciência, inclusive de seus objetos e objetivos, potencias e potenciais.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 29 de novembro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

Saiba mais....

 

  • Sobre a questão do método na Ciência Econômica, leia o livro Métodos da Ciência Econômica, organizado por Gentil Gorazza. Porto alegre: Editora da UFRGS, 2003; e Metodologia da Economia de Mark Blaugb. São Paulo:Editora da USP, 1993.

 

  • Sobre sistema econômico assista o filme de Robinson Crusoé ( Las Aventuras de Robinson Crusoé, México/EUA, 1952), 1h29. Drama. Direção de Luiz Buñuel.
  • Sobre estrutura de mercado em: http://www.coladaweb.com/economia/estruturas-de-mercado; http://www.uepg.br/uepg_departamentos/deecon/disciplinas/Ezequiel%0Gu erreiro/aulas2008/IEAULA%2019Estruturas%20de%20Mercados%20p.131-145.pdf

 

 

 

 

 

 

3  UNIDADE 3 - FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIA E DA MACROECONOMIA

 

 

O objetivo desta unidade é apresentar os conteúdos da Microeconomia e da Macroeconomia e suas ferramentas. Você aprenderá como a Economia se divide em duas grandes áreas de estudos, a Micro e a Macroeconomia, e quais são os principais temas de cada uma delas. Tal estudo possibilitará que alunos de administração, como você, possam entender a estruturação desta importante Ciência Social Aplicada que contribui, de forma significativa, para a formação da capacidade analítica dos administradores, uma vez que as organizações que serão gerenciadas por futuros administradores, essencialmente, se encontram no ambiente econômico, se relacionando com outros agentes, como o Governo, outras empresas e os consumidores. Na Microeconomia vamos destacar o comportamento dos consumidores e na Macroeconomia, vamos destacar a economia monetária a instrumentos de política.

 

 

  • Microeconomia é um ramo da Economia que estuda o comportamento dos agentes econômicos (consumidores, empresários, trabalhadores e governo) e se preocupa em desvendar como tais agentes tomam suas decisões e quais as repercussões dessas decisões entre eles e no restante da sociedade. A Microeconomia, por exemplo, esclarece como os consumidores fazem suas escolhas de compra, ou como as empresas decidem produzir, e de que forma as decisões influenciam na formação dos preços no mercado.

 

O mercado é, quase sempre, o objeto de estudo da Microeconomia, principalmente, no que diz respeito à forma como os agentes econômicos interagem

formando alianças ou como os preços se formam. A Microeconomia nos ajuda a entender as diferenças entre os diversos mercados existentes, suas características e como os concorrentes interferem nas estratégias e decisões um dos outros.

      Mattanó aponta que a Microeconomia segundo a Teoria da Abundância na Economia  estuda o comportamento dos agentes econômicos (consumidores, empresários, trabalhadores e governo) e se preocupa em desvendar como tais agentes tomam suas decisões e quais as repercussões dessas decisões entre eles e no restante da sociedade. Estas decisões dependem de significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, topografias, gestalts e insights, desejos e vida onírica, vida anímica, chistes, fantasias, pressupostos e subentendidos, linguagens, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, piadas e humor, sedução, afetividade, cosmos, espiritualidade, arquétipos, imunidade, homeostase, história de vida, conclusões e interpretações finais, que num estágio mais avançado são ressignificadas e compreendidas como consciência, atenção e intenção em movimento, que nada tem de literalidade, razões e controle, de funcionalidade, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, de significados e de sentidos, de conceitos, de conceitos, de comportamentos, de inconsciente, de simbologias, de interpretações, etc., que são somente uma forma de liberdade para viver e se ensinar a viver como consumidor, empresário, trabalhador e governo.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 24 de janeiro de 2021.

 

     

 

A Macroeconomia estuda os chamados agregados da economia. Tais variáveis, objeto das principais questões relacionadas a esse campo da Ciência Econômica, são freqüentemente encontrados na mídia, seja em jornais, revistas e telejornais, através das matérias realizadas por jornalistas e comentaristas econômicos.

 

As análises e notícias que aparecem na mídia, pela sua freqüência e importância, fazem parte de nosso cotidiano. Assim, as pessoas e as empresas, que sabem que são afetadas pelas variáveis, se interessam e realizam suas próprias avaliações sobre os cenários macroeconômicos e suas realidades podem ser influenciadas pelas variáveis. Os meios de comunicação, por exemplo, noticiam o comportamento das variáveis da seguinte forma:

 

  1. Renda Nacional (PIB): quando um determinado jornal noticia qual o valor do PIB no último trimestre e qual seu crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior; revela quanto de riqueza foi gerada no país.

 

  1. Taxa de Desemprego: quando um determinado apresentador de telejornal anuncia a magnitude da taxa de desemprego e se essa taxa é maior ou menor do que a do mesmo período do ano anterior; mostra, de forma agregada, quantas pessoas no país estão, involuntariamente, sem emprego.

 

  • Inflação: Quando uma revista faz uma matéria sobre as razões pelas quais a inflação está se elevando; revela que os preços, em

todo o país, estão aumentando e procura explicações para esse fato.

 

Percebemos que o entendimento das variáveis macroeconômicas, além de estar presente no cotidiano de uma parcela significativa da população, também é importante para as decisões tomadas pelos Administradores nas empresas, haja vista que as organizações atuam em um ambiente no qual as variáveis macroeconômicas as influenciam tomar decisões em relação ao reajuste de seus preços, à compra de seus insumos e à aplicação de seu caixa. Dessa forma, entender as variáveis macroeconômicas afeta a maneira como os gestores conduzem suas organizações.

 

Mattanó aponta que a Macroeconomia segundo a Teoria da Abundância na Economia  estuda o comportamento dos agregados da economia através das variáveis econômicas (Renda Nacional (PIB), Taxa de Desemprego e Inflação) e se preocupa em desvendar como tais variáveis influenciam e interferem nas decisões e nas repercussões dessas decisões dos Administradores de empresas entre eles e no restante da sociedade, em relação ao reajuste de preços, à compra de insumos e à aplicação de seu caixa. Estas variáveis dependem de significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, topografias, gestalts e insights, desejos e vida onírica, vida anímica, chistes, fantasias, pressupostos e subentendidos, linguagens, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, piadas e humor, sedução, afetividade, cosmos, espiritualidade, arquétipos, imunidade, homeostase, história de vida, conclusões e interpretações finais, pois tudo que você acredita e pensa, você o é e o faz, através do seu subconsciente que trabalha moldando o seu consciente, que num estágio mais avançado ressignifica e compreende seu eu como consciência, atenção e intenção em movimento, que nada tem de literalidade, razões e controle, de funcionalidade, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, de significados e de sentidos, de conceitos, de conceitos, de comportamentos, de inconsciente, de simbologias, de interpretações, etc., que tu és somente uma forma de liberdade para viver e se ensinar a viver como Administrador de empresas.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 24 de janeiro de 2021.

 

 

 

 

 

 

 

3.1  Ferramentas de Análise Econômica

 

 

3.1.1 Os Modelos

 

 

Como em outras Ciências, a Economia se reveste da possibilidade de compreender a realidade de acontecimentos e fenômenos e pretende responder a perguntas que intrigam pesquisadores, teóricos e sociedade. Nesta Ciência, assim como nas outras, a principal ferramenta de análise são os modelos, ou seja, representações da realidade de forma resumida com uma quantidade reduzida de variáveis, consideradas principais para o entendimento do fenômeno que o modelo pretende explicar. Dessa forma, um modelo nada mais é do que uma simplificação da realidade, no caso da Economia, da realidade dos agentes econômicos e dos mercados nos quais eles interagem.

 

A simplificação que os modelos apresentam, por um lado, não nos permite enxergar todos os aspectos envolvidos no fenômeno estudado, mas por outro, permite que entendamos de forma mais clara as relações existentes entre as principais variáveis envolvidas. Os modelos precisam, para mostrar estas relações entre as variáveis, ser construídos a partir de sua formalização, ou seja, precisam ser apresentados sob a forma de uma linguagem universal. No caso da Economia, tais construções se dão por meio da matemática, tanto no que diz respeito às abordagens gráficas como às algébricas.

 

A formalização dos modelos só é possível a partir de um conjunto de condições pré-estabelecidas, conhecidas como pressupostos do modelo. Tais condições quase sempre se apresentam, inicialmente, na forma de limitação das variáveis consideradas e podem avançar até a forma como as variáveis se relacionam.

 

3.1.2 Abordagem Analítica

 

 

Na Economia as questões são tratadas sob dois prismas: o primeiro diz respeito às explicações e previsões dos fenômenos econômicos relacionados ao comportamento dos agentes econômicos (abordagem positiva) e o segundo se relaciona com as sugestões de como deveria ser a realidade econômica, quase sempre esta abordagem está associada à formulação de políticas públicas (abordagem normativa).

 

Exemplos:

 

Positiva           Normalmente, quando o preço de um bem se eleva, a demanda por ele diminui.

 

Normativa      Para que os preços de um determinado bem, cuja necessidade seja alta pelos seus consumidores (ex: remédios para AIDS) não se eleve em excesso, é preciso colocar um valor máximo tabelado pelo Governo.

 

3.1.3 A Tomada de Decisão

 

 

A Microeconomia estuda a tomada de decisão pelos agentes econômicos e seus efeitos sobre os mercados e sobre a economia como um todo. De forma que esta matéria pode sobremaneira auxiliar na gestão das organizações. Assim, diversos aspectos da microeconomia permeiam o dia-a-dia dos gestores e das escolhas que eles precisam realizar.

 

Dessa forma, entendendo a sistemática dos comportamentos dos agentes econômicos e desenvolvendo modelos analíticos que nos ajudem a interpretá-los, a Microeconomia se coloca como um conjunto de conhecimentos que pode servir como base nas decisões organizacionais.

 

A Macroeconomia, normalmente, serve de modelo de análise e de base para decisões de política econômica, tomada pelos gestores dos Governos. Tais políticas macroeconômicas possuem alguns objetivos, tais como:

 

Pleno Emprego: os governos geralmente perseguem o pleno emprego dos recursos da economia, principalmente, em relação ao emprego dos trabalhadores.

 

Estabilidade de Preços: a economia que não apresenta uma certa estabilidade dos preços, como foi o caso do Brasil em época recente, imprime a seu povo uma carga pesada de perda de valor de seus ganhos, principalmente na população mais pobre.

 

Distribuição de Renda: a busca por melhores condições de vida para a população em países como o Brasil, deve ser uma constante e passa, necessariamente, pela distribuição mais justa de renda.

 

As políticas conduzidas pelos Governos, que buscam os resultados apresentados anteriormente, o fazem através das chamadas políticas fiscal, monetária e cambial. Nesses casos, os tomadores de decisões de política ou os Policy Makers, lançam mão de diversos instrumentos, tais como:

 

  1. Política Fiscal

 

Política tributária: arrecadação de tributos.

 

 

Política de gastos: controle de despesas.

 

  1. Política Monetária Emissões.

Reservas compulsórias. Open market.

Regulamentação do crédito e da taxa de juros.

 

  1. Política Cambial

 

Controle sobre a taxa de câmbio.

 

 

3.1.4 Análise Macroeconômica

 

 

A Macroeconomia aborda as questões econômicas dividindo-as em duas partes distintas, porém interligadas, a saber: a parte real e a parte monetária. Nessa divisão são estudados os seguintes mercados: de bens e serviços, de trabalho, financeiro e cambial. Nesses mercados é estudada a determinação de inúmeras variáveis importantes para a Economia de um país, como no quadro a seguir.

 

 

Quadro  2 Variáveis Importantes

 

 

 

 

Mercados

Variáveis estudadas

 

 

 

 

 

 

 

Parte Real

Bens e Serviços

Produto Nacional

 

 

 

 

Nível Geral de Preços

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho

Nível de Emprego

 

 

 

 

Salários Nominais

 

 

Parte Monetária

 

 

 

 

Financeiro (monetário e de títulos)

Taxa de Juros

 

 

 

 

Estoque de Moeda

 

 

 

 

 

 

 

 

Cambial

Taxa de Câmbio

 

 

 

 

Reservas Cambiais

 

 

 

 

 

 

Fonte: Vasconcellos (2004)

 

Considerando o mercado de bens e serviços, a Macroeconomia procura dimensionar a produção de todos os bens e serviços do país, e para isso agrega todo o valor da produção no produto nacional. Os preços de forma geral também são estudados e remetem ao cálculo do nível de inflação no país.

No mercado de trabalho, o estudo da Macroeconomia se detém na questão da quantidade de trabalhadores no país que querem estar empregados, mas não conseguem vagas (nível de desemprego). Nos mercados financeiros, a macroeconomia se preocupa com a quantidade de moeda necessária às transações comerciais e sua influência em outras variáveis, como por exemplo, nos preços dos bens. Neste mercado também é determinada a taxa de juros.

 

Na Economia existem agentes que emprestam dinheiro e outros que buscam os empréstimos, esta é a dinâmica no mercado de títulos que representa as dívidas, tais como: títulos do governo, duplicatas, ações, debêntures, etc.

 

No mercado cambial, a Macroeconomia se interessa pelo valor da taxa de câmbio, ou seja, pela relação entre a moeda nacional e uma determinada moeda estrangeira. Além do valor do câmbio é importante a análise sobre sua determinação e a influência que este tem sobre variáveis importantes como o agregado das importações e exportações do país, ou sobre as reservas de divisas, ou seja, quanto o país possui de moeda estrangeira no Banco Central.

 

Mattanó aponta que a Análise Econômica através da Teoria da Abundância na Economia para a Saúde permite que os Modelos construídos a partir da matemática, a Abordagem Analítica, a Tomada de Decisão e a Análise Macroeconômica fomentem o estudo da Análise Econômica e através da consciência, da atenção e da intenção, onde não se vê mais controlado pelas razões, literalidade e controle, comportamento, funcionalidade, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, contexto, simbologias, inconsciente, linguagem, relações sociais, mas pelo que se acredita, se construindo o que se acredita a favor da Saúde através da partilha, da crença na partilha que age subconscientemente na mente e no comportamento modelando o consciente do indivíduo e criando uma Economia para a Saúde onde há liberdade para partilhar e para se aprender a partilhar através dos modelos matemáticos que levam em consideração o preço e as tabelas de preços, o pleno emprego dos recursos da economia, a estabilidade de renda e a distribuição de renda, a política fiscal a política monetária e a política cambial,  e a parte real que são os bens e serviços e o trabalho e a parte monetária que é o financeiro (monetário e títulos) e cambial.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 25 de janeiro de 2021.

 

 

 

3.2 INTRODUÇÃO A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

 

 

 

 

Há três conjuntos de agentes econômicos: consumidores, empresários e os proprietários de recursos. Algumas pessoas ganham a renda monetária através da utilização e venda de recursos. Outras, utilizando seu recurso específico (capacidade empresarial) ao organizarem a produção. Todas as pessoas que ganham renda monetária pertencem ao conjunto dos agentes econômicos denominados consumidores. Naturalmente, existem outros membros neste grupo, Membros familiares dependentes dos receptores de renda e participantes do orçamento doméstico são, portanto, também consumidores, .pessoas incapazes de ganhar renda monetária e recebendo dinheiro por algum tipo de pagamento de transferência se classificam também na categoria de consumidor.

 

De acordo com nosso objetivo, a origem da renda monetária não é importante. Apenas o fato de o dinheiro ser recebido por unidades familiares e gasto em bens de consumo é de real importância. Cada unidade familiar determina como alocar sua renda monetária entre a vasta gama de bens de consumo disponíveis. (Ou seja, cada unidade familiar decide sobre sua demanda por cada mercadoria). A agregação destas decisões de demanda constitui a demanda de mercado, que exprime a forma como a sociedade deseja alocar os seus recursos.

 

3.2.1 Comportamento do Consumidor

 

 

Cada indivíduo (ou unidade familiar) tem uma noção razoavelmente perfeita do que será a sua renda monetária num período determinado (por exemplo, um ano). Tem também alguma noção dos bens e serviços que pretende comprar. A tarefa que se apresenta a qualquer unidade familiar, é a de consumir sua limitada renda monetária de forma a maximizar seu bem-estar econômico. Normalmente nenhum indivíduo é bem sucedido nessa tarefa. Isso pode ser atribuível à falta de uma informação precisa; mas existem outras razões, tais como estímulos a comprar. No entanto, de qualquer forma, o esforço mais ou menos consciente em atingir a satisfação máxima, com uma renda monetária limitada, determina a demanda individual por bens e serviços.

 

Para analisar a formação da demanda do consumo, utilizamos certas hipóteses simplificadoras que são os seguintes;

 

O consumidor tem pleno conhecimento sobre os bens e serviços disponíveis no mercado. Cada consumidor tem uma função preferência;

 

 

 

3.2.1.1 O Pleno Conhecimento

 

 

Inicialmente supomos que cada consumidor ou unidade familiar tem uma informação completa sobre todos os problemas pertinentes a suas decisões de consumo.

 

O consumidor conhece a série completa de bens e serviços disponíveis no mercado;

 

O consumidor sabe exatamente a capacidade técnica de cada bem ou serviço para satisfazer uma necessidade;

 

O consumidor sabe o preço de cada bem e serviço, como também sabe que tais preços não serão alterados por suas ações no mercado;

 

O consumidor tem consciência exata do que será sua renda monetária durante o período determinado.

 

Em resumo, cada consumidor tem o conhecimento exato e pleno de toda informação relevante para suas decisões de consumo — conhecimento dos bens e serviços disponíveis e de sua capacidade técnica de satisfazer suas necessidades, dos preços de mercado e de sua renda monetária.

 

3.2.1.2 A Função Preferência

 

 

Um indivíduo ou unidade familiar obtém satisfação ou utilidade, de cada bem ou serviço consumido durante certo período de tempo. A fim de atingir seu objetivo (maximização da satisfação para dado nível de renda) o indivíduo ou unidade familiar deve ser capaz de comparar diferentes orçamentos ou cestas de mercadorias e determinar sua ordem de preferência entre eles.

 

A função preferência é definida com as seguintes características:

 

A função preferência estabelece um conjunto ordenado de preferências para cada orçamento concebível (ou cesta de mercadorias);

 

Para qualquer das duas cestas A e B, a função preferência indica que se prefere A a B, B a A, ou que o consumidor é indiferente entre essas duas alternativas. (Além disso, se A é preferível a B, B não pode ser preferível a A; e se A é indiferente (ou equivalente) a B, B é indiferente a A);

 

Considere qualquer das três cestas A, B e C. Se se prefere A a B e B a C, A deve ser preferível a C. Similarmente, se A é indiferente a B e a C, A deve ser indiferente a C.

 

Um orçamento maior é sempre preferível a um menor.

 

Em resumo, a função preferência é caracterizada por duas relações: preferência e indiferença. Quando se compram duas ou mais cestas, a função preferência indica a ordem de preferência (duas cestas que são indiferentes têm a mesma ordem). Quanto maior o orçamento, mais alta sua classificação na ordenação.

 

3.2.1.3 Utilidade e Preferência

 

 

Os economistas conceituam “utilidade” como uma qualidade que torna uma mercadoria desejada. Isso é, naturalmente, um fenômeno altamente subjetivo, porque cada pessoa tem uma constituição fisiológica e psicológica diferente da outra.

 

O consumidor ordena sua escala de preferências em função de seus gostos e da utilidade proporcionada pelos produtos individualmente. De início, pensou-se que a utilidade pudesse ser medida em “utis” (Gossen, Jevons, Menger, Walrás). A soma da utilidade proporcionada por todos os bens forneceria a utilidade total a ser maximizada pelo consumidor. Constatou-se, porém, que a utilidade não pode ser medida “cardinalmente”, ou seja, não se pode comparar e então somar, por exemplo, as utilidades proporcionadas pelo consumo de um cafezinho e de um automóvel. Em segundo lugar, não se pode somá-las porque as utilidades de alguns bens não são “independentes”. Assim, a utilidade ou satisfação que uma pessoa obtém do filé é relacionada ao seu consumo de rosbife; a utilidade das bolas de tênis deve ser parcialmente dependente da quantidade das raquetes de tênis.

 

Desse modo, a idéia de “utilidade cardinal” deu lugar à noção de “utilidade ordinal”: o consumidor apenas ordena os diferentes bens segundo a utilidade que, a seu juízo, eles proporcionam (Edgeworth, Fisher, Pareto). Desse modo, ele apenas revela uma escala de preferência ou indiferença no consumo de cada bem, sem menção de valores para a utilidade ou satisfação.

 

Desenvolve-se, assim, a noção de “curvas de indiferença”.

 

Definição: Uma curva de indiferença é o lugar geométrico dos pontos — ou orçamentos particulares ou combinação de bens — que proporcionam o mesmo nível de utilidade total, ou aos quais o consumidor é indiferente.

 

As curvas de indiferença têm quatro características importantes que são os seguintes:

 

As curvas de indiferença são negativamente inclinadas; isso reflete a hipótese de que uma mercadoria pode ser substituída por outra de maneira a que o consumidor mantenha o mesmo nível de satisfação;

 

Uma curva de indiferença passa através de cada ponto no espaço-mercadoria; isso resulta da suposição de que entre duas curvas de indiferença existe um número infinito de curvas;

 

As curvas de indiferença não se interceptam;

 

As curvas de indiferença são côncavas para cima; isso é exigido para que o consumidor maximize a satisfação para um dado dispêndio da sua renda monetária.

 

3.2.1.4 Limitação Orçamentária

 

 

A principal hipótese sobre a qual a teoria do comportamento do consumidor e da demanda está construída é: o consumidor procura alocar sua renda monetária limitada entre bens e serviços disponíveis de tal forma a maximizar sua satisfação.

 

Se cada consumidor tivesse uma renda monetária ilimitada, ou seja, se houvesse uma fonte de recursos inesgotável, não existiriam problemas de “economizar”. Mas desde que este estado utópico não existe, mesmo para os membros mais ricos de nossa sociedade, as pessoas são compelidas a determinar sua linha de comportamento à luz de recursos financeiros limitados. Para a teoria do comportamento do consumidor, isto significa que cada consumidor dispõe de um montante máximo que pode gastar em cada período de tempo. O problema do consumidor é gastar este montante de modo a obter máxima satisfação.

 

Uma das piores limitações para as pessoas é a financeira. A pessoa ou o consumidor tem certa renda e deseja comprar bens e serviços. A compra desses bens e serviços, porém, envolve a desistência de parte dessa renda. Mesmo que a pessoa comprasse só um tipo de bem, teria sua capacidade de compra limitada por sua renda. Considera-se aqui que o consumidor não poupa nem toma empréstimos. Assim, o consumidor poderá escolher entre várias combinações possíveis dos bens e serviços disponíveis, desde que isso não estoure o seu orçamento.

 

A restrição orçamentária é influenciada diretamente pela renda e pelos preços que o consumidor tem que pagar. (Se a renda aumenta ou os preços baixam, o poder de compra do consumidor aumenta e vice-versa).

 

3.2.2 Demanda do Consumidor

 

 

Demanda significa o desejo de comprar bens ou serviços. A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada mercadoria depende de sua capacidade de compra. E essa capacidade é condicionada pela renda que o consumidor tem e pelos preços de mercado.

 

A demanda por um bem “X” indica as quantidades desse bem que o consumidor está disposto a adquirir quando varia o preço de mercado. Já se sabe que aumentos nos preços ou diminuição de renda alteram o poder de compra do consumidor. Isto significa que a escolha ótima do consumidor também muda, uma vez que ele terá que alterar o consumo de algum bem ou de todos.

 

Pode-se, em geral, dizer que o aumento do preço de um bem, dados os outros preços e a renda dos consumidores, induz as pessoas a comprarem menos desse bem. O argumento também vale para uma redução de preços, quando o consumidor passa a comprar mais. Esta relação inversa entre preço e quantidade de um bem é conhecida como a lei da demanda.

 

Lei da demanda: É a relação inversa entre o preço e a quantidade procurada de um bem, sendo dadas as preferências e permanecendo constantes a renda disponível do consumidor e o preço dos demais bens.

 

A relação inversa entre preços e quantidades demandadas é válida para bens normais (ou superiores). Bens normais ou superiores são os bens para os quais se observa uma relação direta entre a renda real do consumidor e a quantidade demandada do bem. Isto é, um aumento da renda real do consumidor implica num aumento da quantidade demandada do bem. Inversamente, uma redução da renda real traduz-se em diminuição das quantidades demandadas.

 

No caso de bens inferiores, as quantidades demandadas variam inversamente com a renda real. (Por exemplo, carne de segunda e farinha de mandioca constituem exemplo de bens inferiores. O empobrecimento do consumidor leva a um maior consumo desses bens, cuja demanda varia inversamente com sua renda.)

 

Considerando um consumidor típico, a demanda individual corresponderá à média dos diferentes consumidores do mercado. Assim, a demanda agregada do conjunto dos diferentes consumidores do mercado conservará a mesma inclinação da demanda individual: os mesmos preços determinarão as mesmas quantidades do consumidor típico multiplicado pelo número de consumidores.

 

Para representar o que acontece no mercado de, por exemplo, feijão, em que há grande número de consumidores, basta somar as quantidades que cada consumidor deseja comprar a um preço determinado no mercado. A curva de demanda, assim obtida, representa o comportamento de todos os consumidores ao mesmo tempo. Dá também a idéia de um comportamento médio. Nesta explicação, cada preço possível é igual para cada consumidor, sem que haja discriminação de preços. Esta soma de demandas resulta numa curva similar às curvas individuais, também negativamente inclinadas.

 

Quando há uma alteração do preço de um bem temos a alteração das quantidades demandadas de outros bens, tudo o mais permanecendo constante. Este fato nos leva a classificar os bens em bens substitutos e complementares.

 

Bens substitutos: São bens substitutos quando um bem pode ser usado no lugar do outro, ou seja, bens cujas quantidades demandadas variam em sentido contrário quando se altera o preço de um deles. Exemplo: café e chá, carne bovina e carne de frango, etc.

 

Bens complementares: São bens cuja demanda varia no mesmo sentido quando se altera o preço de um deles. Exemplo, café e açúcar.

 

Mattanó aponta que o comportamento do consumidor é governado pela renda do consumidor, pela renda monetária, pelo conhecimento de bens e serviços, pela distribuição de riquezas, pela preferência, pela utilidade e preferência, pela limitação orçamentária e pela demanda do consumidor, mas também pelos significados e sentidos que as riquezas e sua distribuição causam no seu comportamento de consumidor, pelos conceitos, comportamentos e funcionalidades, pelos diversos contextos, pela simbologia, pelo inconsciente e pela Gestalt e seus insights, pelos sonhos e suas interpretações, pelas análises e pelos arquétipos, pela linguagem e pelas conclusões, pela história de vida, pela imunidade e pela homeostase e pela Teoria da Abundância para a Economia para a Saúde onde o indivíduo se compreende não como S – R – C, estímulo – resposta – consequência, funcionalidade, comportamento, inconsciente, simbologia, significados e sentidos, etc., mas como uma consciência movida pela atenção e pela intenção onde a liberdade gera o processo de aprendizagem através do rito liberdade para se comportar e liberdade para aprender a se comportar como consumidor, contudo como um consumidor consciente, atento e com intenção, ou seja, que sabe poupar e economizar, não desperdiça suas riquezas e sabe distribuí-las em cada movimento ou contexto, que sabe investir e lucrar, desenvolver-se e gerar desenvolvimento, que busca economia, saúde, educação, cidadania, justiça, família e trabalho.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 09 de fevereiro de 2021.

 

 

3.3  INTRODUÇÃO A ECONOMIA MONETÁRIA

 

 

A moeda é uma mercadoria que serve de equivalente geral para todas as mercadorias. A moeda é uma unidade representativa de valor e instrumento de troca, com aceitação generalizada. Ela constitui um bem que serve de padrão de valor, ou equivalente geral para todos os demais bens trocados na economia. Por ela, os preços são expressos, as dívidas e os bens e serviços são pagos. A moeda corrente é a que circula livremente no interior de um país.

Mattanó aponta que podemos criar diversos tipos de moeda numa única economia e que sejam equivalentes gerais para todas as mercadorias, que elas representem um valor e um instrumento de troca, com aceitação generalizada.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 09 de fevereiro de 2021.

 

 

 

 

3.3.1 Moedas e Bancos Comerciais

 

 

Origem e evolução da moeda

 

O emprego de moeda tem sido comum desde a Antigüidade, em todas as sociedades que alcançaram algum grau de complexidade. A essência da moeda reside na possibilidade de servir como meio de troca. Qualquer bem pode funcionar como dinheiro, desde que possua a aceitação por todos, em pagamento de bens e serviços, ou no cumprimento de obrigações.

 

A evolução da moeda pode ser vista em seis fases distintas:

 

Escambo ou troca direta de mercadorias; Mercadoria Moeda;

Moeda Metálica; Moeda-papel;

 

Moeda Fiduciária (ou papel-moeda);

Moeda Bancária (ou moeda escritural).

 

A troca direta ou escambo, caracteriza-se pela troca de bens por outros bens. É um sistema ineficiente, porque exige coincidências de vontades para que a troca possa ser efetuada. As dificuldades da troca direta foram superadas pelo emprego de moeda, um meio de aceitação geral.

 

A mercadoria-moeda podia ser guardada e usada posteriormente quando se tornava necessário adquirir novos bens e serviços. Nessa segunda fase, as trocas ficaram mais fáceis se ser realizadas, porque as vendas podiam ser feitas independentemente de o comprador ter um bem que interessasse ao vendedor e vice-versa. Nessa fase, algumas mercadorias circulavam mais freqüentemente do que outras, por sua maior aceitação: sal, gado, arroz, peles, metais como ferro, cobre, bronze, prata, ouro, etc.

 

De modo geral, para que uma mercadoria possa ser utilizada como moeda, ela deve ter várias qualidades, que são basicamente as seguintes:

 

durabilidade; divisibilidade; homogeneidade;

 

facilidade de manuseio e transporte.

 

Apesar de a mercadoria-moeda ter facilitado um pouco a vida dos indivíduos, muitas dificuldades ainda persistiam, ressaltando a necessidade de se encontrar uma forma mais simples que facilitasse as trocas. É quando passamos para a fase da moeda metálica.

 

De maneira geral, os metais foram as mercadorias cujas características intrínsecas mais se aproximavam do que se exigem dos instrumentos monetários. Inicialmente, os metais empregados foram o cobre, o bronze e o ferro. Com o passar do tempo, entretanto, esses metais foram deixados de lado, pois não serviam como reserva de valor. A existência de grandes reservas desses metais, associada à descoberta de novas jazidas fez com que tais metais perdessem gradativamente seu valor. Assim, esses metais foram pouco a pouco substituídos pelos metais nobres, como o ouro e a prata.

 

O ouro e a prata, por sua durabilidade, imunidade à corrosão e grande valor passaram a ser aceitos por todos como moeda. Como o ouro e a prata eram metais relativamente escassos e a descoberta de novas jazidas não afetava o volume de metal que se encontrava em circulação, o valor dessas moedas mantiveram-se estáveis ao longo do tempo.

 

Apesar das vantagens apresentadas, existia, à época, um inconveniente: o transporte a longas distâncias, em função do peso das moedas, seu elevado valor e dos riscos de assalto a que estavam sujeitos os comerciantes durante suas viagens. Para contornar esse problema, especialmente após o século XIV, com o crescimento dos fluxos comerciais na Europa, iniciou-se a difusão de um instrumento monetário mais flexível: a moeda-papel.

 

A moeda-papel veio eliminar as dificuldades que os comerciantes enfrentavam em suas viagens, facilitando suas operações comerciais e de crédito. Ao invés de partirem carregando a moeda metálica, levavam apenas um pedaço de papel denominado “certificado de depósito”, que era emitido por instituições conhecidas como “Casas de Custódia”, e onde os negociantes depositavam as suas moedas, ou quaisquer outro valores aceitos, sob garantia. No seu destino, os comerciantes recorriam às casas de custódia locais, onde trocavam os certificados de depósitos por moedas metálicas. O seu uso acabou se generalizando de tal forma que os comerciantes passaram a transferir os direitos dos certificados de depósito diretamente aos comerciantes locais, fazendo com que esses certificados tomassem o lugar das moedas metálicas.

 

Estava assim criada a nova moeda, 100% lastreada e com a garantia de plena conversibilidade, a qualquer momento, pelo seu detentor, e que se tornou, ao longo do tempo, no meio preferencial de troca e de reserva de valor.

 

Com o passar do tempo, as Casas de Custódia, começaram a perceber que os detentores desses certificados não faziam a reconversão, todos ao mesmo tempo. Além disso, enquanto alguns faziam a troca de moeda-papel pelo metal, outros faziam novos depósitos em ouro e prata, o que levava às novas emissões.

 

Assim é que, gradativamente, as Casas de Custódia passaram a emitir certificados de depósito sem lastro em metal, dando origem à moeda fiduciária ou papel-moeda. O papel-moeda, como sempre tinha sido, contava com a livre conversibilidade em ouro. Além disso, também tinha lastro fracionário em ouro.

 

A emissão de papel-moeda por particulares, entretanto, acabou por conduzir esse sistema à ruína. Devido a isso, o Estado foi levado a assumir o mecanismo de emissões, passando a controlá-lo. Paulatinamente, passou-se à emissão de notas inconversíveis. Hoje, a maioria dos sistemas são fiduciários, apresentando as seguintes características:

 

inexistência de lastro-ouro; inconversibilidade absoluta; e

monopólio estatal das emissões.

 

Com a evolução do sistema bancário, desenvolveu-se uma outra modalidade de moeda: a moeda bancária ou escritural.

 

A moeda bancária é representada pelos depósitos à vista e a curto prazo dos bancos, que passam a movimentar esses recursos por cheques ou ordens de pagamento. Ela é chamada escritural uma vez que diz respeito aos lançamentos (débito e crédito) realizados nas contas correntes dos bancos.

 

3.3.1.1 As funções da moeda

 

 

A moeda desempenha quatro funções: meio de troca, reserva de valor, medida de valor e padrão de pagamento diferido.

 

A função de meio de troca é a função mais importante que a moeda exerce. Desde os primórdios dos tempos, as mais variadas formas de moeda vêm desempenhando esta função, mesmo quando as moedas eram as próprias mercadorias utilizadas no escambo.

 

A função de reserva de valor diz respeito à moeda como ativo que pode ser escolhido para armazenar riqueza.  A moeda torna-se em

 

um elemento de entesouramento, de estoque de riqueza, quando é

retirado de circulação. Como a moeda pode ser transformada em bens e serviços, a qualquer momento, ela pode ser definida como sendo a representante universal da riqueza.

 

A terceira função da moeda é servir como medida de valor, ou denominador comum de valores, por meio do qual os preços dos demais produtos ficam convertidos. Todos os bens e serviços de uma economia assumem a forma de preço, que é expresso em uma unidade monetária comum.

 

A quarta função da moeda é servir como padrão de pagamento diferido no tempo, em razão de sua liquidez e confiabilidade. Por exemplo, os contratos são feitos hoje, para serem pagos no futuro de forma única ou parcelada. Os débitos e saldos são calculados e pagos na moeda padrão.

 

Mattanó aponta que a moeda apresenta outras funções como desencadear significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, linguagens, topografias, gestalts e insights, relações sociais, chistes, fantasias, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, piadas e humor, pressupostos e subentendidos, afetividade, arquétipos, desejos e desejos de dormir, vida onírica, conteúdo manifesto e conteúdo latente, vida anímica, imunidade, homeostase, história de vida, conclusões e interpretações, e também novas formas de lidar com as representações e a saúde como a Teoria da Abundância para a Economia para a Saúde onde a moeda passa a não ter mais significado, nem sentido, nem conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, linguagens, topografias, gestalts e insights, relações sociais, chistes, fantasias, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, piadas e humor, pressupostos e subentendidos, afetividade, arquétipos, desejos e desejos de dormir, vida onírica, conteúdo manifesto e conteúdo latente, vida anímica, interpretações, nem S – R – C, estímulo – resposta – consequência, que é a relação de funcionalidade, e nem a literalidade, as razões e o controle que exerce sobre o seu comportamento e sua psique através da Economia e das finanças, mas passa a ser como uma Hóstia Viva ou uma Célula que age milagrosamente e transforma tudo através da consciência por meio da atenção e da intenção gerando liberdade para viver economicamente e com saúde e liberdade para se aprender a viver economicamente e com saúde.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 10 de abril de 2021.

 

 

 

 

 

3.3.1.2 Moeda e quase‐moeda

 

 

Os meios de pagamento em uma economia são constituídos por papel-moeda (que compreende cédulas e moedas metálicas) e depósitos a vista em bancos comerciais, que é a moeda escritural. Os meios de pagamento formam o conceito um de moeda, e é representado por M1. O conceito de M1, para ser meio de pagamento, deve abranger o montante de papel-moeda efetivamente em poder do público, pois é este o montante de papel-moeda que pode ser empregado em transações.

 

M1 = papel-moeda em poder do público + moeda escritural.

 

Existem outros conceitos mais abrangentes de moeda, de interesse da economia, e que incluem os ativos financeiros líquidos. Os conceitos de quase-moeda para a economia brasileira são os seguintes:

 

M2 = M1 + Títulos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais em poder do público + Fundos de Aplicação Financeira (FAF) e Renda Fixa de curto prazo + Depósitos Especiais Remunerados.

 

M3 = M2 + Depósitos de Poupança.

 

M4 = M3 + Títulos Privados.

 

3.3.1.3 Bancos Comerciais

 

 

Entre as instituições financeiras, o banco comercial caracteriza-se por ser a única instituição que possui a capacidade de criar ou destruir meios de pagamentos. A capacidade de criar moeda pelos bancos é, provavelmente, o fenômeno mais importante associado ao aperfeiçoamento da moeda.

 

Ao conceder empréstimo em conta corrente, um banco comercial cria meios de pagamentos, pois aumenta o saldo de moeda escritural. O tomador do crédito, ao utilizar o saldo de sua conta, emitindo cheques em pagamento de transações, gera novos depósitos em contas dos favorecidos dos cheques emitidos. Novos depósitos permitem aos bancos a capacidade de conceder novos créditos a outro cliente. A repetição desse mecanismo mostra a capacidade de multiplicar a moeda pelo setor bancário.

 

Para limitar esta capacidade de aumentar os meios de pagamentos, o Banco Central exige que parte dos depósitos a vista permaneça depositada em seu poder, constituindo Reservas Bancárias Compulsórias ou Encaixes Compulsórios. Os bancos podem manter, também, encaixes voluntários, que são os depósitos de reservas junto ao Banco Central, sem obrigação legal, e as reservas em seu poder, providas com o intuito de disporem de papel-moeda e moedas metálicas para atender de imediato às solicitações de saques por cheques.

O valor máximo de meios de pagamento que podem ser criados pelos bancos comerciais é dado pelo coeficiente multiplicador dos depósitos bancários (k) que é o inverso da taxa de compulsório (r): k = 1/r. Por exemplo, se a taxa de compulsório for de 30%, o multiplicador k será de l/0,3 = 3,3333 sobre as reservas adquiridas pelos bancos.

 

3.3.1.4 O Sistema Financeiro Nacional

 

 

A partir de 1964/65, com a reforma bancária e a reforma do mercado de capitais, ocorreu no Brasil a criação de uma Autoridade Monetária exercida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a regulamentação do conjunto de instituições que compõe o Sistema Financeiro Nacional.

 

O órgão deliberativo máximo é o Conselho Monetário Nacional, ao qual compete estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.

 

O Conselho Monetário Nacional é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro de Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil, sendo secretariado pelo próprio (BCB). Junto ao (CMN) funciona também a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, composta pelo Presidente do (BCB) (Coordenador), pelo Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelos Secretários Executivos dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, pelo Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, pelo Secretário do Tesouro Nacional e por quatro diretores do (BCB), indicados pelo seu Presidente.

 

O Banco Central do Brasil (BCB) é uma autarquia federal que atua sob as orientações do Conselho Monetário Nacional e exerce as funções de: formular, executar e acompanhar a política monetária, a política cambial e a de relações financeiras com o exterior; controlar as operações de crédito; organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional; emitir papel-moeda e moeda metálica e executar o serviço do meio circulante.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro    3 Composição do Sistema Financeiro Nacional

 

 

 

 

Órgãos

Entidades

Operadores

 

 

 

 

 

 

Normativos

Supervisoras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Instituições

Bancos Comerciais

 

 

 

 

 

 

 

Financeiras

Bancos Múltiplos

 

 

 

 

 

 

 

Captadoras de

 

 

 

 

 

 

 

 

Caixa Econômica Federal

 

 

 

 

 

 

 

Depósitos a

 

 

 

 

 

 

 

 

Cooperativas de Créditos

 

 

 

 

 

 

 

Vista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agências de Fomento

 

 

 

 

 

 

 

 

Associações de Poupança e

 

 

 

 

 

 

 

 

empréstimo

 

 

 

 

 

 

 

 

Bancos de Câmbio

 

 

 

 

 

 

 

 

Bancos de Desenvolvimento

 

 

 

 

 

 

 

 

Bancos de Investimento

 

 

 

 

 

 

 

Demais

Banco Nacional de Desenvolvimento

 

 

 

 

 

 

 

Instituições

Econômico e Social (BNDES)

 

 

 

 

 

 

Banco Central do

Financeiras

Companhias Hipotecárias

 

 

 

 

 

 

 

Cooperativas Centrais de Crédito

 

 

 

 

 

 

Brasil (BACEN)

 

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades Crédito, Financiamento e

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SISTEMA

 

Conselho

 

 

Investimento

 

 

 

FINANCEIRO

 

Monetário

 

 

Sociedades de Crédito Imobiliário

 

 

 

NACIONAL

 

Nacional (CMN)

 

 

Sociedades de Crédito ao Micro‐

 

 

 

 

 

 

 

 

empreendedor

 

 

 

 

 

 

 

 

Bancos de Câmbio

 

 

 

 

 

 

 

 

Administradoras de Consórcio

 

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades de arrendamento

 

 

 

 

 

 

 

Outros

mercantil

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades corretoras de câmbio

 

 

 

 

 

 

 

Intermediários

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades corretoras de títulos e

 

 

 

 

 

 

 

Financeiros

 

 

 

 

 

 

 

valores mobiliários

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades distribuidoras de títulos e

 

 

 

 

 

 

 

 

valores mobiliários

 

 

 

 

 

 

 

Bolsas de Mercadorias e de Futuros

 

 

 

 

 

 

 

Bolsas de Valores

 

 

 

 

 

 

Comissão de Valores

Outros

Sociedades corretoras de títulos e

 

 

 

 

 

 

Mobiliários (CVM)

Intermediários

valores mobiliários

 

 

 

 

 

 

 

Sociedades distribuidoras de títulos e

 

 

 

 

 

 

 

Financeiros

 

 

 

 

 

 

 

valores mobiliários

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sistema

 

Conselho Nacional

Superintendência de

Resseguradores

 

 

 

 

Nacional de

 

Sociedades Seguradoras

 

 

 

Seguros

 

de Seguros

Seguros Privados

 

 

 

 

 

 

Sociedades de Capitalização

 

 

 

 

Privados (CNSP)

(SUSEP)

 

 

 

Privados (SNSP)

Entidades Abertas de Previdência Complementar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conselho Nacional

Superintendência

 

 

 

 

 

Sistema de

 

Nacional de

Entidades Fechadas de previdência Complementar /

 

 

 

previdência

 

de Previdência

Previdência

 

 

 

 

complementar

Fundos de Pensão

 

 

 

Complementar

 

Complementar

 

 

 

 

(CNPC)

 

 

 

 

 

 

 

(PREVIC)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Banco Central do Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Orgãos Normativos

 

1.1. O CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)

 

O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.

 

1.2. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP)

 

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

 

1.3. CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (CNPC)

 

Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). Mais informações poderão ser encontradas no endereço www.previdenciasocial.gov.br

 

  1. Entidades Supervisoras

 

2.1. O BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN

 

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.

 

2.2. A COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)

 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Mais informações poderão ser encontradas no endereço:www.cvm.gov.br

 

2.3. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP)

 

Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Mais informações poderão ser encontradas no endereço:www.susep.gov.br

 

 

 

 

 

 

 

2.4. SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PREVIC)

 

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.previdenciasocial.gov.br

 

  1. Operadores

 

3.1. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS CAPTADORAS DE DEPÓSITO À VISTA

 

As principais instituições são: Bancos Múltiplos com carteira comercial; Bancos Comerciais; Caixa econômica Federal; e Cooperativas de Crédito. Abaixo uma breve explicação de cada uma delas.

 

Bancos múltiplos

 

Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

 

Bancos comerciais

 

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

 

Caixa Econômica Federal

 

A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esportes. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.caixa.gov.br

 

Cooperativas de crédito

 

As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses de outras instituições financeiras e realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, que prestam serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que prestam serviços a centrais e suas filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao sistema financeiro: a Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 27 de maio de 2010, que disciplina sua constituição e funcionamento. As regras prudenciais são mais estritas para as cooperativas cujo quadro social é mais heterogêneo, como as cooperativas de livre admissão.

 

3.2. BOLSAS DE MERCADORIAS E FUTUROS

 

As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

 

 

 

 

 

 

 

INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL (IRB)

 

Resseguradores - Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é empresa resseguradora vinculada ao Ministério da Fazenda. Mais informações podem ser encontradas em: www.susep.gov.bre www.irb-brasilre.com.br.

 

3.3. DEMAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

 

 

Agências de Fomento

 

Associações de Poupança e Empréstimo

 

Bancos de Câmbio

 

Bancos de Desenvolvimento

 

Bancos de Investimento

 

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

 

Companhias Hipotecárias

 

Cooperativas Centrais de Crédito

 

Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento

 

Sociedades de Crédito Imobiliário

 

Sociedades de Crédito ao Microempreendedor

 

 

3.4. Agências de fomento

 

As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir uma agência. Tais entidades têm status de instituição financeira, mas não podem captar recursos junto ao público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante ou de depositária e nem ter participação societária em outras instituições financeiras. De sua denominação social deve constar a expressão "Agência de Fomento" acrescida da indicação da Unidade da Federação Controladora. É vedada a sua transformação em qualquer outro tipo de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional. As agências de fomento devem constituir e manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos federais. (Resolução CMN 2.828, de 2001).

 

Associações de poupança e empréstimo

 

As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível (Resolução CMN 52, de 1967).

 

Bancos de Câmbio

 

Os bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em contas sem remuneração, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular, cujos recursos sejam destinados à realização das operações acima citadas. Na denominação dessas instituições deve constar a expressão "Banco de Câmbio" (Res. CMN 3.426, de 2006).

 

Bancos de desenvolvimento

 

Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 1976).

 

Bancos de investimento

 

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

 

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado em 1952 como autarquia federal, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral, investe em empresas nacionais através da subscrição de ações e debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável. As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.bndes.gov.br

 

Companhias hipotecárias

 

As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade anônima, que têm por objeto social conceder financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Suas principais operações passivas são: letras hipotecárias, debêntures, empréstimos e financiamentos no País e no Exterior. Suas principais operações ativas são: financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, aquisição de créditos hipotecários, refinanciamentos de créditos hipotecários e repasses de recursos para financiamentos imobiliários. Tais entidades têm como operações especiais a administração de créditos hipotecários de terceiros e de fundos de investimento imobiliário (Resolução CMN 2.122, de 1994).

 

Cooperativas centrais de crédito

 

As cooperativas centrais de crédito, formadas por cooperativas singulares, organizam em maior escala as estruturas de administração e suporte de interesse comum das cooperativas singulares filiadas, exercendo sobre elas, entre outras funções, supervisão de funcionamento, capacitação de administradores, gerentes e associados, e auditoria de demonstrações financeiras (Resolução CMN 3.106, de 2003).

 

Sociedades de crédito, financiamento e investimento

 

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966) e Recibos de Depósitos Bancários (Resolução CMN 3454, de 2007).

 

Sociedades de crédito imobiliário

 

As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000).

 

Sociedades de crédito ao microempreendedor

 

As sociedades de crédito ao microempreendedor, criadas pela Lei 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, são entidades que têm por objeto social exclusivo a concessão de financiamentos e a prestação de garantias a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como microempresas, com vistas a viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial de pequeno porte. São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao público, bem como emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta públicas. Devem ser constituídas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Sociedade de Crédito ao Microempreendedor", vedada a utilização da palavra "Banco" (Resolução CMN 2.874, de 2001).

 

3.5. BANCOS DE CÂMBIO

 

Os bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e adiantamentos sobre contratos de câmbio, e ainda a receber depósitos em contas sem remuneração, não movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo titular, cujos recursos sejam destinados à realização das operações acima citadas. Na denominação dessas instituições deve constar a expressão "Banco de Câmbio" (Res. CMN 3.426, de 2006).

 

3.6. BOLSAS DE VALORES

 

As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000).

 

3.7. SOCIEDADES SEGURADORAS

 

Sociedades seguradoras - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.susep.gov.br

 

3.8. OUTROS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS

 

 

Administradoras de Consórcio

 

Sociedades de arrendamento mercantil

 

Sociedades corretoras de câmbio

 

Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários

 

Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários

 

 

Administradoras de consórcio

 

As administradoras de consórcio são empresas responsáveis pela formação e administração de grupos de consórcio, atuando como mandatárias de seus interesses e direitos. O grupo de consórcio é uma sociedade não personificada, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, e que visa a coleta de poupança para permitir aos consorciados a aquisição de bens ou serviços. As atividades do sistema de consórcio são reguladas pela Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008, bem como pela Circular nº 3.432 , de 3 de fevereiro de 2009, e supervisionadas pelo Banco Central.

 

Sociedades de arrendamento mercantil

 

As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 2.309, de 1996).

 

Sociedade corretoras de câmbio

 

As sociedades corretoras de câmbio são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social exclusivo a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.770, de 1990).

 

Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários

 

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações compromissadas; praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência da Comissão de Valores Mobiliários.

 

Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários

 

As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários". Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 1986).

 

3.9. SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO

 

Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.susep.gov.br

 

ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

 

Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.susep.gov.br

 

ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (FUNDOS DE PENSÃO)

 

As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: www.previdenciasocial.gov.br

 

Fonte: Banco Central do Brasil, disponível em http://www.bcb.gov.br/

 

 

A estruturação das instituições do sistema por especialização permitiu o surgimento de inúmeras instituições e a diversificação de ativos financeiros disponíveis aos poupadores. As principais instituições do sistema são: bancos comerciais; bancos de investimento; sociedades de crédito; sociedade de crédito imobiliário; associações de poupança e empréstimo; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fora criado em 1952; e os bancos de desenvolvimento estaduais ou regionais.

 

Em 1976, foi criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com status de Autoridade Monetária para o segmento de mercado de capitais, cabendo-lhe as funções de formular as normas e fiscalizar as instituições deste setor: bolsas de valores, bolsas de futuro, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, sociedades de investimentos e sociedades anônimas.

 

Outra inovação importante no Sistema Financeiro Nacional ocorreu em dezembro de 1987, quando o Conselho Monetário Nacional permitiu aos intermediários financeiros organizarem-se em bancos múltiplos. O banco múltiplo congrega sob uma só pessoa jurídica diversas instituições financeiras, até então pessoas jurídicas distintas, que passam a ser carteira dessa nova instituição. Assim o banco comercial pode tornar-se a carteira comercial do banco múltiplo; o banco de investimento, a carteira de investimento; a sociedade de crédito e financiamento, a carteira de crédito e financiamento; a sociedade de crédito imobiliário, a carteira de crédito imobiliário; e o banco de desenvolvimento a carteira de desenvolvimento. Um banco para ser múltiplo deve possuir pelo menos duas carteiras, sendo a carteira comercial obrigatória.

 

3.3.2 Política Monetária

 

 

Entende-se por política monetária as ações do Banco Central para exercer o controle da expansão da moeda e do crédito, visando metas desejadas de taxa de juros, crescimento da economia, nível de emprego e estabilidade de preços. A atuação do Banco Central se dá, em essência, sobre a disponibilidade e o custo das Reservas Bancárias, criando ou destruindo essas reservas para exercer o controle dos meios de pagamento.

 

3.3.2.1 Instrumentos de Política Monetária

 

 

Para que as Autoridades Monetárias possam executar a Política Monetária, elas se utilizam de alguns instrumentos para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros. Essas Autoridades Monetárias não têm condições de interferir, diretamente, no cotidiano dos agentes econômicos, como por exemplo, para aumentar ou para reduzir o nível de consumo. Dessa forma, através da ação sobre as reservas bancárias e das taxas de juros, indiretamente induzem o público a alterar o perfil de seus gastos.

 

Os principais instrumentos da política monetária são:

 

controle direto da quantidade de dinheiro em circulação; operações no mercado aberto;

fixação da taxa de reservas (ou compulsório);

fixação da taxa de redesconto; controle seletivo de crédito.

 

 

  1. Controle do dinheiro em circulação:

 

Este instrumento se relaciona diretamente com a questão da emissão do dinheiro e sua circulação por intermédio das Autoridades Monetárias. Normalmente a emissão de moeda se destina ao financiamento de déficits orçamentários do governo, para concessão de empréstimos de liquidez às instituições bancárias e para a realização de operações de compra e venda de moeda estrangeira.

 

  1. Operações no mercado aberto:

 

As operações no mercado aberto consistem na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco Central, objetivando regular os fluxos gerais de liquidez da economia. Quando há excesso de oferta monetária o Banco Central realiza operações de venda de Títulos Públicos. Reduz-se, dessa forma, a quantidade de dinheiro em poder do público e dos bancos, contraindo-se, portanto, os meios de pagamento. Caso a oferta monetária seja insuficiente, o Banco Central realiza operações de compra dos Títulos Públicos. Ao comprar títulos, ele injeta dinheiro no sistema provocando, então, uma expansão dos meios de pagamento.

 

  • Fixação da taxa de reserva (ou compulsório):

 

Este é outro instrumento utilizado pelas Autoridades Monetárias para controlar a oferta de dinheiro, atuando diretamente sobre os bancos. Essas reservas, conhecidas como depósitos compulsórios, são mantidas pelas instituições bancárias junto ao Banco Central, em uma proporção dos depósitos a vista mantidos pelos bancos. Esse instrumento atua diretamente sobre o nível de reservas dos bancos comerciais sendo, portanto, bastante eficiente, já que mudanças nessa variável influem no multiplicador bancário com reflexos diretos no nível de expansão ou contração dos meios de pagamento.

 

Uma elevação na taxa de compulsório provocará uma diminuição dos meios de pagamento, uma vez que reduz as disponibilidades dos bancos para empréstimos. Inversamente, se o Banco Central reduz a taxa de compulsório, as disponibilidades para empréstimos aumentam, provocando uma elevação dos meios de pagamento.

 

  1. Fixação da taxa de redesconto:

 

O redesconto é um empréstimo que os bancos comerciais recebem do Banco Central para cobrir eventuais problemas de liquidez. A taxa de juros cobrada sobre esses empréstimos é chamada de Taxa de Redesconto. Uma elevação da taxa de redesconto induzirá os bancos comerciais a aumentar suas reservas voluntárias. Assim fazendo, eles evitam incorrer em altos custos financeiros decorrentes de dificuldades momentâneas de caixa.

 

Um aumento nas reservas bancárias decorrente da elevação das taxas de redesconto, faz com que o montante de empréstimos concedidos pelos bancos comerciais diminua, reduzindo os meios de pagamento. Inversamente, uma redução na taxa de redesconto, induzirá a uma redução das reservas bancárias e a uma expansão dos meios de pagamento.

 

  1. Controles seletivos de crédito:

 

As Autoridades Monetárias geralmente possuem poderes para controlar, de forma direta, o nível de determinado ativo ou os termos em que os bancos emprestam. As Autoridades Monetárias têm condições de controlar o volume e a distribuição das linhas de crédito, impor um certo teto às taxas de juros e orientar a finalidade na concessão créditos, determinando prazos, limites e condições.

 

3.3.2.2 Efeitos da Política Monetária

 

 

A política monetária adotada pelo governo atinge o setor real da economia através das seguintes variáveis de cunho financeiro:

 

taxa de juros;

 

custo e disponibilidade de crédito;

 

expectativa acerca de futuras taxas de juros; e riqueza privada.

 

A política monetária também produz efeitos nas seguintes variáveis:

 

Efeitos sobre a demanda agregada: um aumento na oferta monetária fará a taxa de juros cair e incidirá positivamente sobre a demanda agregada, aumentando o gasto com consumo. O mesmo ocorrerá com o investimento, pois para as empresas, ficará mais barato o financiamento dos bens de capital. Paralelamente, uma redução da quantidade de dinheiro fará a demanda agregada diminuir.

Efeitos sobre a inflação: os economistas monetaristas defendem que a inflação é causada por um aumento excessivo de oferta monetária. Por isso, para eles, o controle do crescimento da oferta monetária é um fator chave para conter o aumento dos preços.

 

Efeitos sobre a entrada de capitais estrangeiros: uma taxa de juros elevada incentivará a entrada de capital estrangeiro e reduzirá a fuga de capitais, por sua maior remuneração.

 

 

  • no mercado monetário que são realizadas as operações financeiras de curto e curtíssimo prazos. Dele fazem parte órgãos financeiros que negociam títulos e valores, concedendo empréstimos a empresas ou a particulares a curto e curtíssimo

prazos, contra o pagamento de juros. Nele são financiados, também, os desencaixes momentâneos de caixa dos bancos comerciais e do Tesouro Nacional.

 

  • neste mercado que são realizadas as operações de mercado aberto, inclusive as operações de um dia, conhecidas como operações de

 

Este mercado serve também como instrumento de política monetária, onde o Banco Central atua para controlar o nível de liquidez da economia. Quando o governo pretende reduzir a liquidez, ou seja, retirar o dinheiro de circulação, ele vende Títulos Públicos (Notas do Tesouro Nacional - NTN; Letras do Tesouro Nacional - LTN; Bônus do Banco Central - BBC; Letras do Banco Central - LBC.); e quando deseja aumentar a liquidez, compra esses títulos, injetando de volta o dinheiro no sistema econômico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4    UNIDADE 4 – NOÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL

 

 

 

 

O objetivo desta unidade é apresentar os determinantes do comércio internacional, seus ganhadores e perdedores, bem como os argumentos a favor da restrição ao comércio. Após você ter tomado conhecimento sobre o papel da política monetária na economia, é hora que conhecer como o comércio internacional de desenvolve, cujo objetivo é ampliar a economia. O comércio permite que os países ou regiões se especializem naquilo que fazem melhor e possam desfrutar assim, de uma maior quantidade de produtos e serviços, para isto vamos estudar algumas das mais importantes teoria de Comércio Internacional.

 

 

Os economistas clássicos consideravam o comércio internacional a mola mestra do desenvolvimento econômico, por possibilitar a expansão dos mercados, a redução dos custos médios e dos preços dos produtos, seguidos por um aumento dos lucros. À medida que os países especializam-se na produção dos bens para os quais sua produtividade é maior, o produto mundial aumenta. A elevação do nível de renda de um país provoca o aumento de suas importações, o que acaba beneficiando os países exportadores.

 

Essa interdependência entre as nações aumentaram com a globalização da economia mundial, nos anos recentes, provocando nas diferentes economias nacionais tanto efeitos progressivos como efeitos regressivos sobre o crescimento econômico. O conhecimento dos mecanismos do comércio internacional, com a ajuda dos instrumentos de análise fornecidos pela teoria econômica, é de fundamental importância para a formulação de políticas macroeconômicas no interior da economia nacional.

Mattanó aponta que o comércio internacional aumenta o desenvolvimento econômico das nações, pois possibilita a expansão dos mercados, a redução dos custos médios e dos preços dos produtos que geram uma lucratividade. O produto mundial aumenta conforme os países especializam suas produções de produtos. O aumento da renda ou do nível de renda um país faz com que aumentem as importações e se beneficiem outros exportadores. Observa-se que o comércio internacional aumenta conforme aumenta o desenvolvimento econômico das nações e com este o desenvolvimento cultural e da saúde de seu povo, do trabalho e da educação, inclusive da cidadania e da justiça, visto que estes fenômenos produzem desenvolvimento econômico, aumento e distribuição de riquezas, expansão de mercados, redução de custos médios e dos preços dos produtos, eventos que geram lucro. O produto mundial aumenta conforme há especialização e o aumento da renda ou do nível de renda deve-se as importações que se elevam e beneficiam outros exportadores, criando uma rede de riquezas que unem o mundo e o comércio internacional que transcendem ao econômico e ao comercial, perpassando ao psicológico e ao comportamental, ao sociológico e ao filosófico, ao mundo de significados e sentidos, conceitos e contextos, comportamentos e funcionalidades, simbologias, relações sociais, linguagens, gestalts e insights, inconscientes, conscientes, arquétipos, sonhos, conclusões e interpretações, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, literalidade, controle e razões, alcançando a consciência como eternidade e tempo na atenção e intenção da sua força como movimento que transforma tudo milagrosamente como uma Hóstia Viva ou uma célula viva que proporciona liberdade para se viver e liberdade para se aprender e ensinar a viver, revelando que o produto mundial aumenta conforme há conscientização de você consigo e de você com o outro no mundo, mostrando que é o psicológico e o comportamental quem ditam o social, o comércio internacional e o desenvolvimento econômico.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 25 de maio de 2021.

 

 

 

 

4.1 Conceitos Básicos

 

 

O comércio internacional diferencia-se do comércio inter-regional, basicamente, pela existência de moedas, legislações e políticas econômicas diferentes. Além disso, os mercados são geograficamente separados e mais distantes, o que implica custos de transporte mais elevados, inibindo a comercialização de muitos produtos de menor alcance geográfico, bem como a mobilidade dos fatores de produção.

 

O comércio internacional precisa ser monitorado pelas autoridades econômicas porque é necessário ter um controle das necessidades de moedas estrangeiras para efetuar os pagamentos necessários. De outro lado, os gastos externos têm influência sobre a economia nacional, afetando variáveis macroeconômicas importantes, como os preços internos, o nível de emprego e de renda. Assim, as autoridades econômicas costumam acompanhar o desempenho e a evolução das relações comerciais do país com o resto do mundo, registrando-as no que

 

  • conhecido como balanço de pagamentos. Atenção especial precisa ser dada ao mercado de divisas e à disponibilidade de moedas estrangeiras, porque grandes variações na taxa de câmbio afetam as contas externas, tornando necessário o país adotar políticas alternativas de ajuste do balanço de pagamentos.

 

4.2 Teorias do Comércio Internacional

 

 

As teorias do comércio internacional estudadas nesta seção, objetiva explicar os motivos pelos quais os países têm relações comerciais com o resto do mundo.

 

 

 

 

 

4.2.1 Teoria Clássica do Comércio: as contribuições de A. Smith e D.

 

Ricardo.

 

 

Adam Smith e David Ricardo são os principais economistas clássicos que se preocuparam em estudar e elaborar uma teoria de comércio internacional. Suas teorias consistem em mostrar que as relações comerciais entre os países são determinadas pelas diferenças de custos de produção, medidos em produtividade de trabalho.

 

A análise de A. Smith diz que cada país, visando à expansão do mercado além de suas fronteiras, deve especializar-se na produção de bens em que existam vantagens absolutas, bem como deve importar os bens para os quais ocorram desvantagens absolutas. Em outras palavras, o comércio internacional é dinamizado quando os países produzem e exportam produtos cujos custos de produção são, em termos absolutos, menores do que os custos de produção dos produtos produzidos nos países concorrentes.

 

Pelo exposto, o comércio internacional não seria vantajoso se algum país apresentasse vantagens absolutas na produção de todos os bens em relação a seus parceiros comerciais. Segundo David Ricardo, o que determina se um bem deve ser ou não produzido são os custos comparativos e não os custos absolutos. Assim, mesmo que um país produza todos os bens com os menores custos de produção em relação ao resto do mundo, os ganhos de comércio ocorrem se os preços relativos dos bens produzidos pelos países envolvidos no processo de troca forem diferentes. Dessa forma o país seria beneficiado se produzisse apenas aqueles bens para os quais os custos forem menores, importando de outros países os produtos com menores vantagens de custos.

 

4.2.2 Teoria Neoclássica do Comércio:  o modelo Heckscher-0hlin

 

 

Ao contrário da teoria clássica que considera o trabalho o único fator de produção, o que faz com que o comércio seja determinado pelas diferenças na produtividade do trabalho, a teoria neoclássica busca mostrar que a vantagem comparativa é influenciada pela interação entre os recursos, conforme a abundância relativa dos fatores de produção, e a tecnologia adotada na produção dos diferentes países. Desenvolvida pelos economistas suecos Eli Heckscher e Bertil Ohlin, a teoria neoclássica do comércio internacional, intitulada de modelo Heckscher-Ohlin, enfatiza que cada país especializa-se e exporta o produto no qual emprega, de forma intensiva, o fator de produção relativamente abundante.

 

Dessa forma, os países com estoque maior de mão-de-obra e, portanto, custos salariais menores, irão especializar-se na produção e exportação daqueles produtos, utilizando técnicas intensivas em trabalho. Inversamente, os países com escassez de mão-de-obra e abundância de capital, possuindo desse modo salários mais altos, vão especializar-se na produção de bens, empregando tecnologia intensiva em capital e poupadora de mão-de-obra.

 

4.2.3 Modernas Teorias do Comércio Internacional

 

 

As modernas teorias explicam o desenvolvimento do comércio internacional pelo surgimento de economias de escala. Assim, são os retornos crescentes de produção que fornecem aos países os incentivos para que ocorra especialização e, por conseguinte, comercialização da produção além de suas fronteiras. Os modelos de economias de escala, relacionados aos ganhos do comércio internacional, estão centrados nas análises de mercado que operam em concorrência imperfeita. Neste particular, destacam-se dois tipos de modelo: modelos de concorrência monopolística, em que a diferenciação de produto é observada nos setores intra-industriais e interindustriais, e modelos de dumping, em que a firma monopolística cobra um preço de exportação abaixo do preço domesticamente vendido.

 

Paralelamente à dinâmica estrutural dos mercados, os modelos de economias de escala são explicados, também, pela difusão do progresso tecnológico, o que está relacionado às políticas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

 

Essas novas teorias do comércio internacional enfatizam que o desenvolvimento tecnológico vem mudando os padrões do comércio entre as nações. Assim, a teoria do ciclo de vida do produto, afirma que novos produtos e novos processos de produção surgem nos países desenvolvidos que mais investem em pesquisa e desenvolvimento. Posteriormente, com o surgimento de concorrentes produzindo um produto similar, o preço de mercado se reduz. Assim, a empresa inicial obriga-se a produzir em outra região, com menores custos salariais. Continuando a concorrência, novos produtos similares surgem no mercado, obrigando a empresa a produzir em um país em desenvolvimento, com níveis salariais menores.

 

A diversificação da estrutura produtiva dos países em desenvolvimento, nesse caso, fica explicada pelo ciclo de vida do produto e não apenas pelas vantagens comparativas.

 

Mattanó tem sua TEORIA COMPORTAMENTAL DO COMÉRCIO INTERNACIONAL onde ele explica as relações comerciais como relações de diversos tipos de produção, diferentes e iguais, e até inovadoras, que são medidas pela produtividade de trabalho do trabalhador, para que suas relações comerciais alcancem horizontes além das fronteiras e haja especialização de produção de bens que agregam vantagens e importação de outros bens que agregam desvantagens. Mattanó acredita que o trabalho não é o único fator de produção, mas também o comportamento e a mente, as relações humanas, a família, a Igreja e a sua Teoria da Abundância onde o trabalhador aprende a produzir não como um alienado, mas como uma Hóstia Viva ou uma célula viva de cooperação que trabalha a partir da construção da sua consciência mediante sua atenção e intenção que é movimentada pela eternidade e pelo tempo como forma de produzir liberdade para trabalhar e liberdade para se aprender e ensinar a trabalhar, sem se deixar dominar por S – R – C, estímulo – resposta – consequência, funcionalidade, significados e sentidos, simbologias, conceitos, comportamentos, inconsciente, arquétipos, sonhos, desejos, histórias de vidas, conclusões e interpretações, em meio a relações com recursos, abundância relativa dos fatores de produção, e a tecnologia na produção, formando uma técnica comportamental de trabalho, onde você pode monopolizar sua concorrência ou fazer dumping e baixar o preço no monopólio, graças a pesquisas e desenvolvimentos voltados para este fim e as pesquisas de ciclo de vida do produto que melhoram o ciclo de vida do produto, fenômeno que gera concorrência e assim baixa o preço dos produtos e gera trabalho, gerando economia, acumulando e distribuindo riquezas através do comércio internacional.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 27 de maio de 2021.

 

 

 

 

4.3 Políticas Comerciais e Finanças Internacionais

 

 

A existência do comércio internacional, nos moldes analisados até o momento, que na terminologia técnica seria o Livre Comércio, sofre interferências governamentais através do instrumento denominado Política Comercial Internacional, onde são introduzidas ações artificiais que possibilitam ou o incremento das exportações, ou redução nas importações, ou ambos.

 

4.3.1 Obstáculos ao Livre Comércio

 

 

Apesar das vantagens do livre comércio entre países, existe uma série de fatos que aconselham, ou justificam, em certos casos, certo grau de intervencionismo do Estado, para limitar a entrada de determinados produtos no país. Os principais argumentos utilizados para justificar o estabelecimento de medidas protecionistas são os seguintes:

 

Argumento da indústria nascente

 

Uma indústria nascente pode não estar em condições de sobreviver à competição externa (trustes e cartéis). Esse argumento sustenta que tais indústrias deveriam ser protegidas, ao menos temporariamente, por altas tarifas ou cotas até que conseguissem desenvolver eficiência tecnológica e economias de escala que lhes possibilitassem concorrer com as indústrias estrangeiras.

 

Argumento da Segurança Nacional

 

Deve-se procurar proteger indústrias consideradas estratégicas do ponto de vista de segurança nacional.

 

Argumento de Proteção ao Emprego

 

Deve-se promover a substituição de importações por bens fabricados no próprio país, estimulando-se a criação de novas indústrias e a geração de novos empregos.

 

Argumento do combate aos Déficits Comerciais

 

Deve-se combater os déficits que se apresentam entre as exportações e

 

importações.

 

 

4.3.2 As Principais Medidas Intervencionistas

 

 

O governo pode criar restrições ao comércio internacional, dentre as quais destacam-se as seguintes:

 

  1. Impostos de importação ou tarifas aduaneiras. Uma tarifa aduaneira ou imposto de importação é um pagamento que as autoridades econômicas exigem para a importação de produtos de outros países, com o objetivo de elevar o seu preço de venda no mercado interno e assim proteger os produtos nacionais da concorrência de produtos mais baratos.
  2. Contingenciamento ou cotas à importação. Sem prejuízo da medida anterior, os governos podem impor restrições para determinados bens estrangeiros, isto é, limitam a quantidade que pode importar desses bens, qualquer que seja o seu preço.

 

  1. Subsídios às exportações. O subsídio à exportação é uma ajuda ao fabricante nacional de determinados bens para que possa exportá-los a preços menores e mais competitivos.

 

  1. Barreiras não-tarifárias. São regulamentações administrativas que discriminam os produtos estrangeiros e favorecem os nacionais, tais como: procedimentos aduaneiros complexos e custosos, normas

 

administrativas de qualidade e sanitárias muito restritivas.

 

Incentivos às exportações. O incentivo a ser adotado pelo governo para que o preço do produto nacional se torne mais barato do que o preço do similar estrangeiro pode ser o dos incentivos fiscais às exportações ou, ainda, de incentivos creditícios (juros mais baratos). O governo utiliza, também, os incentivos burocráticos, como a eliminação de diversos trâmites legais que deveriam ser observados nas exportações.

 

Mattanó aponta que uma boa Política Comercial Internacional leva em consideração o incremento das exportações e a redução nas importações, para que uma indústria nascente sobreviva à competição externa, para que se proteja as indústrias consideradas estratégicas para a segurança nacional, para que substituam-se as importações por bens fabricados no próprio país para gerar novos empregos, para se combater os déficits entre exportações e importações, através de medidas intervencionistas como criar impostos ou tarifas aduaneiras que visam proteger os produtos nacionais da concorrência com os produtos mais baratos, com contingenciamento ou cotas à importação que visão impor limites e restrições para a importação, com subsídios às exportações que são uma ajuda ao fabricante nacional para que ele possa exportar bens a preços menores e mais competitivos, com barreiras não tarifárias para que se discriminem os produtos estrangeiros e favoreçam os nacionais, o governo pode ainda adotar incentivos às exportações para que o preço do produto nacional se torne mais barato do que o preço do similar estrangeiro através de incentivos fiscais às exportações ou de incentivos creditícios (juros mais baratos). O governo utiliza, também, os incentivos burocráticos, como a eliminação de diversos trâmites legais que deveriam ser observados nas exportações. O Novo Tipo de Política Comercial Internacional não se fundamenta no incremento das exportações e/ou na redução nas importações, mas no incremento da saúde do consumidor ou na redução nas adversidades ambientais que afetam a saúde do consumidor e da sua Economia para a Saúde. Assim a Saúde como objeto e finalidade de sua Economia e Comércio Internacional atenua a competição entre as organizações e empresas, entre os indivíduos, pois produz bem-estar bio-psico-social e protege a todos da mesma forma, pois Saúde é direito de todos,  e o próprio país gera seus profissionais da Saúde e da Economia para a Saúde substituindo as importações de profissionais se estiver interessado em criar obstáculos ao Livre Comércio, e assim deve combater os déficits entre profissionais nacionais, exportados e importados. A Educação e a Ciência, o Estado e a Família, e o Trabalho e a Cidadania tornam-se fundamentais para a perpetuação da Saúde no seu sólo comercial e para o seu progresso e desenvolvimento.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 01 de junho de 2021.

 

 

 

 

 

4.3.3 Organizações Comerciais e Monetárias Internacionais

 

 

Como se observa na seção anterior, as políticas comerciais dos diferentes países acabam afetando as exportações mundiais e portanto, o nível interno de renda e emprego em diferentes países. Para minimizar esses problemas, foi firmado em 1947, em Genebra, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), tendo como base o livre comércio entre os países.

 

O GATT tinha os seguintes objetivos:

 

dar tratamento igual, sem discriminação, a todas as nações participantes;

 

reduzir as tarifas de importações entre os países, mediante negociação; e

 

eliminar gradualmente as cotas de importação.

 

Os conflitos entre os países-membros deveriam ser resolvidos por consultas, podendo resultar em acordos comerciais. O GATT permitia exceções nas suas regras gerais. Por exemplo, se um país estivesse passando por dificuldades em sua balança de transações correntes poderia estabelecer temporariamente tarifas restritivas.

A Rodada Uruguai, que compreendeu um conjunto de negociações realizadas em Punta del Est, no Uruguai, em 1986, terminando em Marrakesh no Marrocos, em 1994, envolveu 116 nações participantes. A Rodada Uruguai transformou o GATT na Organização Mundial de Comércio (OMC) e incluiu os serviços e direitos autorais no acordo geral. A criação da OMC em janeiro de 1995, foi um avanço, porque se transformou um Acordo Geral em Organismo Internacional empenhado no desenvolvimento do comércio mundial.

 

Os primeiros acordos para promover o comércio internacional ocorreram na área financeira, mas havia grandes dificuldades em conciliar interesses conflitantes. Em 1930, foi criado na Basiléia (Suíça) o Banco Internacional de Pagamentos, com o fim de administrar as reparações de guerra a serem pagas pela Alemanha (tornou-se uma espécie de embrião de um banco central do mundo).

 

Em 1944, os países aliados reuniram-se em Bretton Woods com a idéia de criar um verdadeiro banco central internacional, com uma moeda própria. Nessa reunião foi criado o Fundo Monetário Internacional (FMI) com o objetivo de zelar pelo bom funcionamento do sistema monetário internacional e, em particular, para assegurar a sobrevivência das políticas de câmbio e conceder créditos aos membros com dificuldades em seus balanços de pagamentos.

 

Em 1945, foi criado o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ou Banco Mundial, com a finalidade de reconstruir os países devastados pela II Guerra Mundial e estimular o crescimento do comércio internacional, mediante empréstimos a médio e longo prazos.

 

Somente o BIRD ou FMI não eram suficientes para financiar o desenvolvimento econômico da América Latina. Assim, em abril de 1959, foi criado por 19 governos latino-americanos mais o Estados Unidos, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituição financeira da OEA, para apoiar o desenvolvimento

econômico e social da região. Os recursos financeiros do BID são provenientes dos países ricos, que os repassam aos países pobres, mediante o pagamento de juros.

 

      Mattanó especula que hoje em tempos de guerras, guerra fria e de conflitos em várias partes do mundo que se somam aos problemas da Educação e da Ciência, e do Trabalho e da Justiça temos a necessidade de criar uma Organização Internacional de Ajuda e Desenvolvimento da Saúde e do Bem-estar dos Povos e Nações em guerras, guerra fria e conflitos a fim de ajudar e desenvolver uma cultura de paz e de bem, de reconciliação e de perdão, de tratados de paz e de Justiça internacional e social a fim de que estes problemas não se repitam e sejam reelaborados através da Educação e da Ciência, do Trabalho e da Justiça que promoverão a Saúde e o Bem-estar social, físico, individual, familiar, espiritual e religioso, cultural, étnico e racial, moral, sexual, ideológico, econômico, filosófico, político, espiritual, esportivo, trabalhista, escolar, lúdico, técnico, afetivo, filogenético, ontogenético, da vida e da influência do cosmos e do universo sobre a vida pessoal e social, inclusive da humanidade e da Terra e do próprio cosmos ou universo, mostrando que a Saúde e o Bem-estar dependem também da influência do universo e das criaturas e estruturas do universo como pedras e asteroides ou alienígenas que por vez ou outro possam se aventurar neste mundo e trazer adversidades, por isso uma Organização Internacional de Ajuda e Desenvolvimento da Saúde e do Bem-estar dos Povos e Nações em guerras, guerra fria e conflitos seriam de imensa valia nos tempos de hoje e de hoje para o futuro, segundo Osny Mattanó Júnior.

 

      Osny Mattanó Júnior

      Londrina, 02 de junho de 2021.

 

 

 

 

 

4.3.4 Regionalização do Comércio Internacional

 

 

O comércio internacional tem-se desenvolvido ultimamente devido à formação de blocos econômicos e a globalização da economia mundial. Esses blocos iniciaram-se com a formação de acordos comerciais entre países, evoluindo para zonas de livre comércio.

 

As zonas de livre comércio são formadas por países que concordam em reduzir gradualmente as barreiras alfandegárias. Constitui exemplo a (ALALC) Associação Latino-Americana de Livre Comércio, que foi criada em fevereiro de 1960 pelo Tratado de Montevidéu. A ALALC visava criar um amplo mercado, a exemplo do Mercado Comum Europeu. Todavia, a ALALC não atingiu seus objetivos pela heterogeneidade dos países membros, com políticas econômicas diversas, muitas vezes antagônicas, e pelo nacionalismo existente na maioria desses países.

 

Em agosto de 1980, surgiu a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), que sucedeu a ALALC, composta pelos mesmos países e com os mesmos objetivos. A diferença entre os dois organismos foi a existência de acordos de alcance parcial, em que poderiam participar apenas alguns países membros. Assim surgiu o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), pelo Tratado de Assunção, em 1991.

 

Outro bloco econômico importante foi o que derivou do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), de 1989, reunindo os Estados Unidos, o Canadá e o México.

 

Atualmente, o NAFTA deseja fazer acordos com outros mercados, estendendo o bloco até o Sul do continente, por meio da criação da Associação de Livre Comércio das Américas (ALCA), em dezembro de 1994.

 

Outros blocos importantes são:

 

  1. Comunidade Andina: formado em maio de 1969 pela Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela;

 

  1. Mercado Comum Centro-Americano: formado em junho de 1961 por Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá;

 

  1. Comunidade do Caribe: criado em abril de 1968;

 

  1. Associação de Nações do Sudoeste Asiático: formado em agosto de 1967 por Brunei Darussalam, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã;

 

  1. Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral: formado em 1997 pela África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malavi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Congo, Seychelles, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue;

 

  1. Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico (APEC): formado em 1989 pelo Japão, Coréia do Sul, China, Tailândia, Cingapura, Malásia, Indonésia, Taiwan, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Perú, Chile, México, Estados Unidos e Canadá.

 

Apesar da existência de um consenso internacional de que os países devem reduzir as barreiras alfandegárias para aumentar a mobilidade de bens e fatores de produção entre os países, ainda há muitas barreiras não tarifárias. Essas são formas disfarçadas de protecionismo, praticadas sobretudo pelos países desenvolvidos. (Produtos agrícolas, alimentos, produtos siderúrgicos e calçados). As principais restrições não tarifárias são exigências burocráticas, normas técnicas, controle fitossanitário e de qualidade, proteção ao meio ambiente e condições de trabalho nos setores exportadores dos países emergentes.

 

Mattanó aponta que outra barreira internacional que impede a mobilidade de bens e fatores de produção entre países e não tarifária é a saúde e o bem-estar dos seus consumidores, comunidades e nações, saúde e bem-estar bio-psico-social, filosófico, espiritual e físico, ou seja, orgânico. Pois bens e fatores de produção não tem mobilidade quando o mercado e os consumidores estão adoecendo ou já doentes e morrendo, contaminados e contaminando os outros mercados de maneira irreversível, contudo se a mobilidade alcançar fatores de produção que descontaminem esses mercados e reativem a mobilidade e os fatores de produção de modo que se reestabeleça e se mantenha a saúde e o bem-estar dos povos, nações e comunidades haverá mobilidade e fatores de produção, inclusive crescimento da mobilidade e dos fatores de produção, pois a saúde e o bem-estar do trabalhador condiciona o mercado, a economia, a mobilidade e os fatores de produção. Saúde e bem-estar que podem ser adquiridos com a Teoria da Abundância na Economia para a Saúde.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de junho de 2021.

 

 

 

 

 

 

 

 

4.4 O Balanço de Pagamentos

 

 

O balanço de pagamentos de um país é o registro sistemático de todas as suas transações econômicas, seja de bens e serviços, seja de fluxos de capital, com o resto do mundo. Em outras palavras, o balanço de pagamentos contabiliza os pagamentos realizados e recebidos pelos diversos setores da economia, tais como indivíduos, empresas e governo, durante um período de tempo, em relação à economia mundial.

 

A estrutura do balanço de pagamentos pode ser apresentada em duas principais contas: transações correntes e movimento de capitais.

 

A conta de transações correntes tem como componentes a balança comercial, que consiste nas exportações e importações de bens do país para com o resto do mundo; a balança de serviços, que envolve os recebimentos e pagamentos por serviços prestados em termos de transporte, seguros, assistência técnica, consultoria, royalties (filmes, tv, direitos autorais), viagens internacionais (turismo), e juros de empréstimos; e as transferências unilaterais, que englobam as doações e remessas voluntárias recebidas de indivíduos (trabalhando no exterior) e entidades internacionais. A conta de movimento de capitais mostra o fluxo de investimento, empréstimo e financiamento a curto e longo prazos e amortização de empréstimos e financiamentos.

 

Quadro    4

Balanço

de  Pagamentos  do  Brasil  de

1950  até  2012  (intervalo  de

decênios)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Balanço de pagamentos US$ milhões

 

 

 

 

 

 

 

Discriminação

 

 

1950

 

1960

1970

1980

 

1990

2000

2012

 

TRANSAÇÕES CORRENTES

 

93

 

‐518

‐839

‐12739

 

‐3784

‐24225

‐54246

 

Balança comercial (FOB)

 

414

 

‐24

232

‐2823

 

10752

‐698

19431

 

Exportação de bens

 

 

1355

 

1269

2739

20132

 

31414

55086

242580

 

Importação de bens

 

 

‐942

 

‐1293

‐2507

‐22955

 

‐20661

‐55783

‐223149

 

Serviços e Rendas

 

 

‐319

 

‐498

‐1092

‐10059

 

‐15369

‐25048

‐76523

 

Serviços

 

 

‐209

 

‐304

‐473

‐3039

 

‐3596

‐7162

‐41075

 

Receita

 

 

41

 

187

313

1665

 

3752

9498

39864

 

Despesa

 

 

‐250

 

‐491

‐786

‐4704

 

‐7348

‐16660

‐80939

 

Transportes

 

 

‐121

 

‐78

‐185

‐1936

‐1644

‐2896

‐8769

 

Receita

 

16

46

159

814

1348

1409

 

5422

 

Despesa

 

‐137

‐124

‐344

‐2750

‐2991

‐4305

 

‐14191

 

Viagens internacionais

‐3

‐48

‐130

‐241

‐90

‐2084

 

‐15588

 

Receita

 

5

24

30

126

1492

1810

 

6645

 

Despesa

 

‐8

‐72

‐160

‐367

‐1582

‐3894

 

‐22233

 

Rendas

 

‐110

‐194

‐619

‐7020

‐11773

‐17886

 

‐35448

 

Receita

 

2

5

64

1406

1158

3621

 

10888

 

Despesa

 

‐112

‐199

‐683

‐8426

‐12931

‐21507

 

‐46335

 

Transferências unilaterais correntes 4/

‐2

4

21

143

833

1521

 

2846

 

Receita

 

2

32

87

306

875

1828

 

4626

 

Despesa

 

‐4

‐28

‐66

‐164

‐42

‐307

 

‐1780

 

CONTA CAPITAL E FINANCEIRA

‐111

493

1281

9610

4592

19326

 

72762

 

Conta Capital

 

0

0

0

25

1

273

 

‐1877

 

Transferências unilaterais de capital

0

0

0

25

1

272

 

‐1947

 

Receita

 

0

0

0

29

1

300

 

2010

 

Despesa

 

0

0

0

‐4

0

‐28

 

‐3957

 

Bens não financeiros não produzidos 5/

0

0

0

0

0

0

 

70

 

Receita

 

0

0

0

0

0

0

 

70

 

Despesa

 

0

0

0

0

0

0

 

0

 

Conta Financeira

 

‐111

493

1281

9585

4591

19053

 

74639

 

Investimento Direto

 

39

138

378

1544

364

30498

 

68093

 

Investimento brasileiro direto

0

0

‐14

‐367

‐625

‐2282

 

2821

 

Crédito

 

0

0

0

1

1

953

 

20707

 

Débito

 

0

0

‐14

‐368

‐625

‐3234

 

‐17886

 

Participação no capital

0

0

‐14

‐367

‐625

‐1755

 

‐7555

 

Retorno

 

0

0

0

1

1

840

 

6163

 

Aplicação

 

0

0

‐14

‐368

‐625

‐2595

 

‐13718

 

Investimento estrangeiro direto

39

138

392

1910

989

32779

 

65272

 

Crédito

 

47

138

398

2041

1388

40290

 

84256

 

Débito

 

‐8

0

‐7

‐131

‐400

‐7511

 

‐18984

 

Participação no capital

39

138

392

1910

901

30016

 

52838

 

Ingresso

 

47

138

398

2041

1131

33403

 

60543

 

Moeda

 

11

36

120

1511

511

31610

 

55581

 

Autônomo

11

36

120

1511

511

24560

 

55581

 

Privatização

0

0

0

0

0

7051

 

0

 

Conversão

0

0

0

39

283

1710

 

4940

 

Mercadoria

0

63

2

79

64

83

 

22

 

Reinvestimento

36

39

276

411

273

0

 

0

 

Saída

 

‐8

0

‐7

‐131

‐230

‐3387

 

‐7705

 

Investimento em Carteira

0

0

30

351

472

6955

 

8273

 

Investimento brasileiro em carteira

0

0

0

0

‐107

‐1696

 

‐8260

 

Retorno

 

0

0

0

2

1

2888

 

7938

 

Aplicação

 

0

0

0

‐2

‐107

‐4584

 

‐16198

 

Ações de companhias estrangeiras

0

0

0

0

‐107

‐1953

 

‐2275

 

Retorno

 

0

0

0

2

1

1970

 

521

 

Aplicação

 

0

0

0

‐2

‐107

‐3923

 

‐2796

 

Brazilian Depositary Receipts ‐ BDR

0

0

0

0

0

‐945

 

‐447

 

Retorno

 

0

0

0

0

0

1669

 

11

 

Aplicação

 

0

0

0

0

0

‐2614

 

‐458

 

Demais

 

0

0

0

0

‐107

‐1008

 

‐1828

 

Retorno

 

0

0

0

2

1

301

 

510

 

Aplicação

 

0

0

0

‐2

‐107

‐1309

 

‐2338

 

Títulos de renda fixa LP e CP

0

0

0

0

0

258

 

‐5986

 

Retorno

 

0

0

0

0

0

918

 

7416

 

Aplicação

 

0

0

0

0

0

‐660

 

‐13402

 

Títulos de renda fixa LP

0

0

0

0

0

258

 

‐5986

 

Retorno

 

0

0

0

0

0

918

 

7416

 

Memo: retorno de colateral

0

0

0

0

0

245

 

0

 

Aplicação

0

0

0

0

0

‐660

‐13402

 

Investimento estrangeiro em carteira

0

0

30

351

579

8651

16534

 

Crédito

0

0

39

396

824

38816

155250

 

Débito

0

0

‐9

‐45

‐245

‐30165

‐138716

 

Ações de companhias brasileiras

0

0

30

‐12

104

3076

5600

 

Ingresso

0

0

39

5

171

18346

122849

 

Saída

0

0

‐9

‐16

‐67

‐15270

‐117249

 

Negociadas no país

0

0

30

‐12

104

‐3262

5920

 

Ingresso

0

0

39

5

171

10425

122654

 

Saída

0

0

‐9

‐16

‐67

‐13687

‐116734

 

Títulos de renda fixa LP e CP

0

0

0

363

475

5575

10934

 

Crédito

0

0

0

391

653

20470

32401

 

Débito

0

0

0

‐29

‐178

‐14895

‐21467

 

Negociados no exterior LP e CP (líquido)

0

0

0

363

475

5774

5883

 

Bônus LP

0

0

0

363

‐156

3707

58

 

Ingresso

0

0

0

391

22

12222

3867

 

Novo ingresso

0

0

0

391

22

6086

3867

 

Amortização

0

0

0

‐29

‐178

‐8515

‐3810

 

Paga

0

0

0

‐29

‐178

‐2370

‐3810

 

Valor de face

0

0

0

‐29

‐178

‐2370

‐3469

 

Derivativos (líquido)

0

0

0

43

2

‐197

25

 

Ativos (líquido)

0

0

0

43

2

386

150

 

Passivos (líquido)

0

0

0

0

0

‐583

‐125

 

Outros Investimentos

‐150

355

873

7648

3753

‐18202

‐1753

 

Outros investimentos brasileiros

0

‐57

‐127

‐589

‐2055

‐2989

‐24278

 

Empréstimo e financiamento LP e CP

0

0

‐6

‐31

‐102

‐282

‐16893

 

Empréstimo e financiamento LP

0

0

‐6

‐31

‐50

‐375

‐287

 

Amortização recebida

0

0

1

1695

122

594

264

 

Desembolso

0

0

‐7

‐1726

‐172

‐969

‐551

 

Empréstimo e financiamento CP (líquido)

0

0

0

0

‐52

93

‐16606

 

Moeda e depósito (líquido)

0

0

‐29

‐398

‐2750

‐1774

‐6765

 

Bancos (líquido)

0

0

‐29

‐279

‐2707

1321

‐4007

 

Demais setores (líquido)

0

0

0

‐119

‐42

‐3095

‐2759

 

Dos quais: retorno de colaterais

0

0

0

0

0

166

0

 

Outros ativos LP e CP (líquido)

0

‐57

‐92

‐160

797

‐933

‐620

 

Outros ativos LP (líquido)

0

‐57

‐92

‐67

‐28

‐105

‐155

 

Outros ativos CP (líquido)

0

0

0

‐94

825

‐828

‐464

 

Outros investimentos estrangeiros (líquido)

‐150

412

1001

8237

5808

‐15213

22525

 

Crédito comercial ‐ fornecedores LP e CP

0

0

0

‐143

36

‐6409

14719

 

Crédito comercial ‐ fornecedores LP

0

0

0

0

‐180

‐2987

‐458

 

Ingresso

0

0

0

0

693

2675

1252

 

Amortização

0

0

0

0

‐873

‐5663

‐1710

 

Amortização paga

0

0

0

0

‐518

‐5663

‐1710

 

Amortização atrasada

0

0

0

0

‐356

0

0

 

Crédito comercial ‐ fornecedores CP (líquido)

0

0

0

‐143

216

‐3422

15177

 

ERROS E OMISSÕES

‐12

11

92

‐343

‐328

2637

384

 

RESULTADO DO BALANÇO

‐30

‐14

534

‐3472

481

‐2262

18900

 

HAVERES DA AUTORIDADE MONETÁRIA (‐=aumento)

30

14

‐534

3472

‐481

2262

‐18900

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://www.bcb.gov.br em 24/02/2013

 

1/ Até 1952, engloba as seguintes modalidades de serviços: financeiros; informação; royalties e licenças; comunicações; relativos ao comércio; serviços empresariais, profissionais e técnicos e serviços pessoais, culturais e recreação.

 

2/ Até 1978, o total de lucros e dividendos foi considerado como rendas de investimento direto. A partir de 1979, foi distribuído em investimentos direto e carteira.

 

3/ Até 1981, o total de juros foi considerado como rendas de outros investimentos. A partir de 1982 foi distribuído em investimento direto (empréstimo intercompanhia), investimento em carteira (títulos de renda fixa) e outros investimentos.

 

4/ Até 1978, inclui as transferências unilaterais de capital.

 

5/ Inclui cessão de marcas e patentes.

 

6/ As amortizações relativas os empréstimos recebidos até 1966 estão alocadas nas modalidades correspondentes em "demais setores".

 

7/ Até 1995, outros empréstimos da Autoridade Monetária estão alocados nas modalidades correspondentes em "demais setores".

 

... : não disponível.

 

 

 

A conta erros e omissões, registra as divergências que possam haver entre os pagamentos e recebimentos realizados contabilmente.

 

O Resultado do balanço de pagamentos consiste no somatório das contas de transações correntes e de movimento de capitais e na conta erros e omissões. As situações de déficit ou superávit representam desequilíbrios nas relações econômicas do país com o resto do mundo e não podem perdurar por muito tempo. Um déficit prolongado implica na redução de reservas internacionais, bem como, financiamento do déficit através do endividamento externo. Por outro lado, um superávit sistemático, além de gerar problemas de relacionamento externo, compromete as metas de política econômica, especialmente relacionadas à expansão dos meios de pagamento, desestabilizando o comportamento das variáveis reais da economia como inflação, taxa de juros, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5    UNIDADE 5 – ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

Nesta unidade estudaremos o Governo no seu sentido geral como setor público. O setor público inclui as instituições governamentais propriamente ditas tais como os Ministérios e Secretarias da União, Estados e Municípios, os Tribunais e o Congresso Nacional (Executivo, Legislativo e Judiciário) e as empresas públicas tais como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Correios, o INSS, etc. Vamos apresentar a você os mecanismos de intervenção do setor público na economia, e o porquê da necessidade da regulação da economia. É praticamente impossível, nos dias de hoje, procurar entender o funcionamento da economia sem considerar o papel do setor público nesse contexto.

 

 

As funções do setor público na atividade econômica cresceram substancialmente no século XX, devido à evolução da própria sociedade. Em épocas anteriores bastava a ação do Estado, assegurando Justiça e Segurança, para maximizar o bem-estar social, cabendo ao setor privado a oferta dos demais bens e serviços necessitados pela coletividade. Após a Grande Depressão, sobretudo, surgiram novas funções para o Estado, não apenas no que diz respeito à regulamentação da economia, ofertando bens públicos, como educação, saúde e segurança, como também bens privados, como produtos siderúrgicos, energia, transportes e telecomunicação.

 

Nos anos seguintes, a economia do setor público continuou sofrendo alterações, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com novas funções atribuídas ao Estado. Com a necessidade de reconstrução da Europa destruída pela Guerra, o Estado aparece como o grande agente de fomento do desenvolvimento econômico, elaborando planos de desenvolvimento, planejando investimentos em setores estratégicos e criando empresas estatais.

 

      O Novo Setor Público para Mattanó é justamente o setor da Saúde que abrange o mundo público, privado e virtual ou do conhecimento onde cada indivíduo passa a ser considerado um bem público que promove desenvolvimento do Estado e do setor público. Como bem público o indivíduo detém documentos que os regulamentam como o RG, o CPF, o Registro de Nascimento, o Título de Eleitor, o Documento de Alistamento Militar Obrigatório, a Carteira de Trabalho, etc., e como grupo, organização ou instituição públicos deterá outros documentos que os regulamentam como Licenças e Autorizações ou Certificações. Cada bem público reconhece que a liberdade é pública e por ser pública é um bem público, ela poder ser individual ou coletiva. Ela gera Economia para a Saúde através da responsabilidade do Estado de garantir assistência e instrumentos para a família e cada indivíduo desde o seu nascimento por meio da cidadania direcionada para a Educação e o Trabalho, Direito e Saúde para que o instrumento do Estado ou da Nova Democracia de Estado alcance e desfrute do seu potencial e objetivo para o Estado, para a família e para o indivíduo que é a Economia para a Saúde, a ordem e o progresso, o desenvolvimento bio-psico-social, filosófico e espiritual de cada indivíduo e coletividade, onde o Estado potencialize e desenvolva meios e técnicas de educação e trabalho para as famílias in loco para o desenvolvimento da Economia para a Saúde.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 11 de junho de 2021.

 

 

 

 

 

5.1 Fundamentos da Economia do Setor Público

 

 

Na ótica da economia clássica, o Estado deveria realizar um mínimo de funções, restringindo-se às mais essenciais, como educação, saúde e segurança. Cabia aos indivíduos a busca da satisfação de suas necessidades pessoais, de forma que, cada um, agindo segundo seus próprios interesses, acabaria promovendo o interesse coletivo, mediante o livre funcionamento do mercado.

 

Assim, quando o empresário busca o seu interesse próprio, que é o lucro máximo, ele mobiliza capitais, compra edifícios, máquinas e matérias-primas, contrata serviços de outros agentes econômicos, aos quais paga salários, juros, aluguéis e dividendos. Os trabalhadores buscam os melhores salários e procuram aperfeiçoar-se em suas atividades, de sorte a melhorar sua produtividade e atingir seus objetivos. Quando todos os agentes agem da mesma maneira, o produto global aumenta, gerando maior riqueza para todos, de maneira que a busca do bem-estar individual acaba gerando o bem-estar coletivo. Pela visão clássica, ao Estado cabe apenas regular o livre funcionamento dos mercados e proporcionar a segurança nos negócios ao assegurar o respeito às leis e à ordem.

 

5.1.1 A questão do bem-estar

 

 

A economia clássica supunha um mundo de concorrência perfeita, com os mercados apresentando um grande número de compradores e vendedores, que estabeleciam preços de equilíbrio estáveis. Os produtos finais eram homogêneos, sem diferenciação. Imperava a hipótese da livre entrada e saída de firmas nas indústrias e os preços e técnicas eram bem conhecidos. Desse modo, o equilíbrio nos mercados assegurava a alocação eficiente dos recursos.

Assim, havia alocação ótima de recursos: o equilíbrio com maximização de lucro correspondia à agregação dos equilíbrios parciais das firmas; existia perfeita mobilidade de fatores produtivos e de bens no espaço, instantaneamente e sem custos, sempre que houvesse modificações no preço de equilíbrio na indústria.

 

Todavia, na presença de concorrência imperfeita (monopólios, oligopólios, cartéis, concorrência monopolística, etc.) a sociedade não atinge o máximo bem-estar. A concorrência imperfeita implica em preços mais altos, com menores quantidades dos produtos sendo ofertados e demandados no mercado. Os mecanismos de mercado falham em elevar a produção ao nível ótimo de equilíbrio e o Estado precisa intervir para evitar maiores reduções do bem-estar social e elevar o equilíbrio macroeconômico.

 

5.1.2 Falhas de mercado

 

 

A impossibilidade de atingir a produção ótima, por imperfeições da concorrência, é denominada falhas de mercado, decorrentes de indivisibilidade do produto, externalidades, custo de produção decrescentes e mercados imperfeitos e riscos e incertezas na oferta dos bens.

 

Para bens indivisíveis, não se pode estabelecer preços através do mercado. É o caso da defesa nacional: os cidadãos necessitam de segurança contra eventuais ataques militares de países estrangeiros e pagam por isso, indiretamente, por meio de impostos. Porém, não se sabe quanto cada um pagará e qual a quantidade do bem segurança nacional que cada cidadão irá utilizar.

 

Assim, um bem público só pode ser ofertado pelo setor público, pela impossibilidade de serem fixados os preços e as quantidades demandadas. Cada indivíduo paga pela segurança nacional, pelo total de sua contribuição tributária, e irá beneficiar-se da oferta pública desse bem, independente do volume de sua contribuição financeira.

Esses bens indivisíveis ou bens públicos são bens não rivais, implicando que o consumo de um indivíduo não implicará em menor consumo de outro; da mesma forma, o aumento da população não resultará na redução das quantidades ofertadas desse bem, pois não exigirá necessariamente aumento dos gastos militares.

 

As externalidades ocorrem quando os benefícios e custos privados, medidos pelos preços de mercado, diferem dos benefícios e custos sociais. As externalidades podem ser negativas ou positivas.

 

As externalidades são negativas quando os custos sociais são maiores do que os custos privados (ou os benefícios sociais são menores do que os benefícios privados). Por exemplo, quando um cortume polui um rio, ele causa uma externalidade negativa (ou deseconomia externa). Para obter lucros maiores (benefícios privados), a firma não realiza gastos para evitar a poluição (menores custos privados). Como conseqüência da poluição, o poder público gastará mais com o tratamento da água, o rio terá menos peixe e a população não poderá usar suas águas com finalidade de lazer.

 

Outros exemplos de externalidades negativas: produção de fumo e seus derivados; o tráfico de drogas; poluição e congestionamento de rodovias provocadas pela indústria automobilística; fábrica de papel e celulose; indústrias petroquímicas; etc.

 

Como exemplo de externalidades positivas, pode ser citado o caso da atividade de reflorestamento. A empresa de reflorestamento tem seus custos e benefícios privados, que se tornam menores do que os custos e benefícios sociais que gera ao proporcionar um número maior de árvores em sua localidade. As árvores ainda produzem flores, que podem ser aproveitadas pelas abelhas dos apicultores locais, que terão seus benefícios aumentados sem terem a necessidade de plantar novas árvores. Da mesma forma, há um benefício para a fauna, a qualidade do ar, ao regime de chuvas, etc.

Outro exemplo de externalidade positiva é a atividade educacional e os gastos em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e novos processos de produção. Investimentos privados nessas áreas produzem benefícios sociais maiores do que os gastos.

 

Outro caso de falha de mercado é o dos custos de produção decrescentes e mercados imperfeitos. Esse é o caso de grandes unidades produtivas que o setor privado não é capaz de construir. Como exemplo, no Brasil, temos as siderurgias no início dos anos 50, as usinas hidrelétricas até os anos 80. Se o governo não entrasse nessa área, as unidades ficariam com pequena dimensão, por falta de capital; os custos médio e marginais seriam mais elevados, assim como os preços de mercado, implicando também em oferta menor do produto. Outro exemplo: telecomunicações; distribuição de combustíveis, etc.

 

Por último, pode haver falha de mercado pelos riscos e incertezas na oferta de certos bens. Os agentes econômicos não possuem uma certeza absoluta sobre a estabilidade dos preços e custos, o que lhes faz colocar um prêmio de risco (ou sobre-preço) aos preços que praticam reduzindo-se as quantidades ofertadas e demandadas. De outra parte, pela incerteza e risco, muitos bens deixaram de ser produzidos, ficando a cargo do setor público. Por exemplo, devido aos riscos de nacionalização de empresas estrangeiras em países subdesenvolvidos, os investimentos privados estrangeiros deixam de ser efetuados em setores de rentabilidade mais baixa. Outro exemplo: Petróleo no Brasil (monopólio da Petrobrás).

 

5.1.3 As funções do setor público

 

 

O papel do Estado na economia tem se alterado no transcorrer do tempo. Modernamente, destacam-se as seguintes funções do Estado, além dos serviços públicos “típicos” ou clássicos relativos à segurança e à justiça:

 

  1. função alocativa: compreende a oferta eficiente de bens públicos, através de produção própria ou por empresas privadas. O mecanismo de preços assegura a oferta da grande maioria de bens e serviços de que a população necessita. Porém, se em razão de falhas de mercado ou por outro motivo alguns bens e serviços deixarem de ser ofertados, o governo intervém decidindo “o quê e quanto produzir”, independente do mercado.

 

  1. função redistributiva: compreende a realização de ajustes na distribuição da renda e da riqueza entre as pessoas. Ela justifica-se pelo fato de que o mercado nem sempre age na direção socialmente desejada. Os instrumentos que o governo dispõe para isso são os impostos de renda progressivo, incentivos fiscais para as regiões mais pobres, transferência direta de renda para as pessoas e para Estados ou municípios mais pobres, etc.

 

  1. função estabilizadora: compreende a intervenção do governo para elevar o nível de emprego, estabilidade dos preços e da moeda, reduzir a taxa de inflação, equilíbrio no balanço de pagamentos, elevar a taxa de crescimento econômico, etc. Os instrumentos que se dispõe são os seguintes: políticas fiscais, políticas monetárias, realização de gastos e de tributação, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5.2  Participação do Setor Público na Economia

 

 

Para fazer frente às novas funções do setor público, tem crescido o número de impostos e taxas a serem pagos pela coletividade. Com o aumento do número de empresas estatais, principalmente nos países subdesenvolvidos, tem-se agigantado o tamanho do Estado, com a expansão das despesas públicas.

 

A maior participação do governo na economia também, deve-se ao crescimento demográfico (implicando em maiores gastos com educação, saúde, segurança), ao aumento das funções administrativas do setor público, ao maior grau de urbanização do país, à necessidade de ofertar bens públicos para o desenvolvimento (novas infra-estruturas, novos meios de transporte e comunicações), etc.

 

Numa Economia para a Saúde o Estado abriria mão de parte dos seus investimentos, deslocando a participação para investidores de dentro e de fora do contexto situado no interesse do produtor e do consumidor, ou seja, da família e do indivíduo que vê na Saúde o potencial para abrir e gerenciar o seu negócio amparado pelo Estado que oferece habitação e/ou território para a habitação que se transforma num negócio de mercado, de acúmulo e distribuição de riquezas, voltado para a Saúde, assim o crescimento demográfico, o aumento das funções administrativas do setor público, o maior grau de urbanização do país, à necessidade de ofertar bens públicos para o desenvolvimento (novas infra-estruturas, novos meios de transporte e comunicações), etc., passam umas a cair e outras a subir, dependendo mais da habitação, da comunicação e do transporte e menos do crescimento demográfico, das funções administrativas do setor público e de novas infra-estruturas, pois deslocou-se o investimento e a produtividade do setor público e privado para o setor íntimo onde se arranjou e se concentrou a massa de trabalhadores e investidores, levando com eles o capital.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 21 de junho de 2021.

 

 

5.2.1 Evolução das despesas e receitas públicas

 

 

A realidade de diversos países mostra que a relação entre o gasto público e o Produto Interno Bruto aumenta com o crescimento deste, conforme mostram os dados do quadro 5.

 

Quadro

5 Gastos Públicos dos EUA e da Alemanha

 

 

 

---------------------------

EUA

+----------------------------------

 

Alemanha_

 

 

 

|

 

 

 

Anos

 

 

|

Anos

 

 

 

% do PNB

% do PILcf

 

1890---------------------------

6,5

+----------------------------------

1872

18,5

 

 

 

1902

7,3

 

1881

12,6

 

1922

12,6

 

1925

25,2

 

1940

17,6

 

1938

45,3

 

1950

23,1

 

1950

36,5

 

1970

32,2

 

1970

37,1

 

--------------------------------------------------------------

 

Fonte: Banco Mundial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

P á g i n a  | 120                                                            Introdução à Economia

 

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Prof. MSC. Lucio Sanches

 

Quadro    6 Evolução e estrutura das receitas em alguns países

 

-----------------------------------------------------------------------------------------------

 

Países

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)____

 

Selecionados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1980 | 1993

1980 | 1993

1980 | 1993

1980 | 1993

1980 | 1993

1980 | 1993

 

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Países Desenvolvidos

 

Alemanha

18,7

15,0

54,2

46,2

23,1

24,5

0,0

0,0

0,1

7,9

3,9

6,4

 

Canadá

52,6

52,7

10,4

16,7

16,6

17,7

7,0

2,9

-0,2

0,0

13,6

10,0

 

Espanha

23,2

32,2

48,0

37,9

12,6

21,7

3,8

1,1

4,4

0,4

8,0

6,8

 

Estados Unidos

56,6

50,7

28,2

34,2

4,4

3,8

1,4

1,6

1,2

1,0

8,2

8,7

 

França

17,7

17,3

41,2

44,5

30,9

27,0

0,1

0,0

2,7

4,1

7,4

7,1

 

Itália

30,0

37,6

34,7

30,5

24,7

27,1

0,1

0,0

2,5

2,6

8,1

2,2

 

Japão

70,8

--

0,0

--

20,8

0,0

2,4

--

0,8

--

5,2

--

 

Reino Unido

37,7

35,3

15,6

16,4

27,8

32,1

0,1

0,1

5,7

7,6

13,1

8,5

 

Suécia

18,2

5,8

33,2

36,7

29,1

32,7

1,2

0,9

4,3

6,7

14,1

17,2

 

Países em Desenvolvimento

25,0

28,6

32,1

17,6

7,1

1,7

3,6

5,5

21,4

30,0

 

Brasil

10,7

16,5

 

Chile

17,6

19,3

17,4

6,6

35,8

45,8

4,3

9,9

4,9

5,9

19,9

12,4

 

Colômbia

24,9

--

11,3

--

22,6

--

20,6

--

6,8

--

13,9

--

 

Coréia do Sul

22,3

31,4

1,1

8,3

45,9

34,2

15,0

5,8

3,2

7,6

12,5

12,6

 

Índia

18,3

18,7

0,0

0,0

42,5

32,1

22,0

24,9

0,6

0,4

16,6

23,9

 

México

36,7

--

14,1

--

28,9

--

27,6

--

-12,6

--

5,3

--

 

Paraguai

15,2

10,3

13,1

0,0

17,7

35,8

24,8

12,5

20,5

5,9

8,8

35,5

 

Uruguai

10,9

6,9

23,4

30,2

43,3

35,8

14,2

7,1

2,7

14,8

5,5

5,2

 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

  • - Sobre Renda, lucros e ganho de capital
  • - Sobre Previdência social
  • - Sobre Bens e serviços
  • - Sobre Comércio Exterior
  • - Sobre Outras Receitas Tributárias
  • - Sobre Receita não tributária

Fonte: Banco Mundial.

 

 

 

 

 

Verifica-se que a estrutura tributária difere, nos Estados Unidos e no Japão, de países como a França e Itália. Nos Estados Unidos, mais de 50% da receita pública vem da tributação da renda (no Japão, foi de 70,8%), enquanto na Itália esse percentual foi um pouco acima de 30% e na França abaixo de 20%.

 

Os bens e serviços são pouco tributados nos Estados Unidos (próximo de 4%), enquanto que a França e Itália tributam em torno de 30%. Por sua vez, a previdência social é bastante tributada na França (acima de 40%) e menos nos Estados Unidos (em torno de 30%). Essas são opções de tributação que refletem os objetivos de cada sociedade.

 

No Brasil, ainda é baixa a tributação sobre a renda, mas esse tipo de arrecadação vem crescendo desde 1980 (10,7%), chegando a 1993 a 16,5%; na Coréia do Sul ela atingiu 31,4% e na Índia, 18,7%. Em relação à participação da previdência social na arrecadação, ela estava no Brasil em 28,6%, bastante próximo da Itália. Em relação à participação dos bens e serviços que era de 32,1%, ela reduziu-se para 17,6% em 1993.

 

Quadro  7 Carga tributária em alguns países

 

 

 

 

Países------------------------------

% do PNB

+-------------------------------

% do PNB__

 

| Países em

 

Desenvolvidos

 

 

 

| Desenvolvimento

 

 

 

 

1980

| 1995

 

1980

| 1995

 

Alemanha------------------------------

--

30,0

 

+-------------------------------

17,8

18,6

 

 

 

| Brasil

 

 

Canadá

16,2

--

 

| Chile

25,6

17,8

 

 

Espanha

22,2

28,7

 

| Colômbia

10,3

14,0

 

 

EUA

18,5

19,0

| Coréia do Sul

15,3

17,7

 

França

36,7

38,1

 

| Índia

9,8

9,6

 

 

Itália

29,1

38,4

 

| México

14,3

14,8

 

 

Japão

11,0

17,6

 

| Paraguai

9,8

9,1

 

 

Reino Unido

30,6

33,5

 

| Uruguai

21,0

27,6

 

 

Suécia

30,1

32,8

 

|

 

 

 

 

------------------------------

 

 

 

+-------------------------------

 

 

 

 

Fonte: Banco Mundial.

 

 

A relação entre a arrecadação de tributos e o Produto Interno Bruto (ou Produto Nacional Bruto) denomina-se carga tributária. Os dados do quadro 7

mostram que a carga tributária aumentou nos últimos anos, acompanhando o desenvolvimento econômico, e hoje, constata-se uma carga tributária mais elevada nos países desenvolvidos em comparação à dos países em desenvolvimento. A carga tributária dos Estados Unidos (19%) e Japão (17,7%) é bem inferior, uma vez que, nesses países, muitos serviços públicos são privatizados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5.3  Tributação e Orçamento Público

 

 

Nas seções anteriores, foram apresentados os fundamentos da economia do setor público e a evolução da participação do Estado na economia. Agora estudaremos os princípios teóricos da tributação, os principais impostos e como o setor público programa seus gastos.

 

5.3.1 Princípios teóricos da tributação

 

 

De uma forma geral, todo imposto deve seguir alguns princípios fundamentais básicos:

 

produtividade: ser capaz de gerar receitas significativas, com custos relativamente baixos;

 

neutralidade e eficiência: exercer um mínimo de ingerência no sistema produtivo;

 

eqüidade: poder taxar cada indivíduo segundo o benefício que recebe e sua capacidade de pagamento.

 

Todo imposto necessita de um aparato administrativo relativamente complexo para ser arrecadado, o que envolve custos. A cobrança de alguns impostos pode não ser compensadora, tendo em vista os custos de fiscalização e de arrecadação, e o volume de receita que ele gera. Um exemplo de imposto produtivo é o imposto sobre movimentação financeira (IPMF), porque é de difícil sonegação, baixo custo de fiscalização e proporciona grande volume de arrecadação.

 

O princípio da neutralidade e eficiência implica que os impostos não devem mudar os preços relativos da economia, a fim de não afetar a alocação de recursos, ou afetar todos os preços da economia na mesma proporção. Esses são os casos dos impostos gerais, como o Imposto de Renda e os Impostos sobre o

Consumo em geral. Como todos os preços são afetados do mesmo modo, a posição relativa não muda; o bem-estar do consumidor-contribuinte reduz-se com a cobrança do imposto, mas aumenta com os serviços públicos prestados pelo Estado.

 

A carga tributária precisa ter também, eqüidade, ou seja, o tributo precisa ser justo ao onerar os indivíduos segundo suas posses (eqüidade vertical) e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela oferta governamental de bens públicos (eqüidade horizontal). Desse modo, o princípio da eqüidade divide-se em princípio do benefício e em princípio da capacidade de contribuição.

 

De acordo com o princípio do benefício, cada indivíduo deve efetuar um pagamento proporcional aos benefícios que usufrui dos bens e serviços públicos. Esse sistema é adotado para o sistema de taxas, como a de consumo de energia, água, transporte urbano, etc., em que o indivíduo paga em função do consumo.

 

Pelo princípio da capacidade de contribuição, cada indivíduo colabora com a arrecadação pública em função de sua renda. Assim, o imposto de renda possui alíquotas progressivas em função do nível de renda. É um imposto progressivo, em contraposição ao imposto sobre o consumo de produtos alimentares, que se constitui num exemplo de imposto regressivo (quanto mais pobre o indivíduo, tanto mais o imposto pesará sobre o seu orçamento).

 

5.3.2 Sistemas tributários

 

 

A tributação tem sua base nas seguintes fontes econômicas: a renda, o consumo e o patrimônio. Além disso são tributados os fluxos de comércio exterior e

   Os fluxos monetário-financeiros.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro

8 Estrutura tributária nos países da OCDE, em 1989

--------------------------------------------------------------

Tributos

Participação relativa (%)

--------------------------------------------------------------

Sobre renda e ganhos de capital

38,0

Sobre o consumo

30,5

Sobre a propriedade

5,6

Contribuições sociais

23,2

Outros

 

2,7

Total

 

100,0

-------------------------------------------------------------

Fonte:

Messere, K. C.

 

 

O peso das diversas fontes econômicas diferencia-se de país para país. Na estrutura do conjunto dos países de Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, que pode ser tomada como representativa dos países desenvolvidos, predomina, claramente, a tributação da renda e dos ganhos de capital como principal fonte de receita. O consumo é também uma importante fonte, porém secundária.

 

Nos países em desenvolvimento, a principal fonte de receita tributária do setor público é o consumo. Nos países menos desenvolvidos, o comércio exterior tende a ser a principal fonte. No caso dos países do MERCOSUL, a tributação do consumo aparece na primeira posição. Segue em importância as Contribuições Sociais.

 

5.3.3 Principais impostos existentes no Brasil

 

 

Em uma economia subdesenvolvida, com baixo nível de renda e reduzido mercado interno, o imposto de importação aparece como o principal tributo. Isso pode ser visto no quadro 9, que mostra a estrutura tributária do Brasil entre 1890 e 1945.

 

Quadro  9

Estrutura tributária do Brasil - 1890-1945

 

 

 

--------------------------------------------------------------

1945

 

Tributos

 

1890

1900

1910

1920

1930

1940

 

--------------------------------------------------------------

67,1

 

Imp. Indiretos

88,6

97,8

99,2

98,4

94,9

84,6

 

S/Importação

62,3

67,9

78,3

57,7

51,2

34,6

13,9

 

S/Consumo

 

--

15,0

13,9

27,1

27,6

37,3

38,5

 

 

S/Circulação

0,2

1,8

0,8

2,3

2,0

--

--

 

 

S/Ind. e Profissões

3,1

1,2

0,9

1,0

1,3

0,9

0,6

 

 

Do Selo

5,6

5,9

4,7

9,2

8,6

9,9

11,8

 

 

S/Vendas Mercantis

--

--

--

--

4,0

1,9

2,0

 

 

Outros Impostos

17,3

6,0

0,7

0,9

0,2

--

0,3

 

 

Imp. Diretos

11,4

2,2

0,8

1,6

5,1

15,4

32,9

 

 

S/Renda

--

--

--

--

4,1

13,5

30,4

 

 

Outros Impostos

11,4

2,2

0,8

1,6

1,0

1,9

2,5

 

 

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

 

                                     

-------------------------------------------------------------- Fonte: Villela, Suzigan.

 

 

 

 

 

 

Em 1890, o imposto de importação era responsável por mais de 60% da receita tributária do país, elevando-se para 78% em 1910, com declínio nos anos seguintes, sendo ultrapassado em 1940 pelo imposto sobre o consumo. Em 1945, o imposto de renda já era o segundo tributo em importância.

 

Até 1930, mais de 90% da receita tributária brasileira era formada por impostos indiretos. O imposto de renda foi criado somente em 1922, com início de sua arrecadação em 1924. Nos anos anteriores a tributação direta consistia de taxação de subsídios e vencimentos, dividendos (2,3%), transmissão de propriedade (até 1985), prêmios de seguros marítimos (2 e 5% a partir de 1918), cobrança de dívida ativa (a partir de 1928) e outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Série Perguntas mais Freqüentes. Disponível em:

 

http//WWW.bcb.gov.br.

 

 

BATISTA JUNIOR, Paulo Nogueira. Brasil e a Economia Internacional. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

 

 

CANUTO,    Otaviano;    BAUMANN,Renato;

 

 

GONÇALVES,Reinaldo Economia Internacional. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

 

 

CARVALHO, Fernando; et al. Economia Monetária e Financeira: teoria e pratica.

 

Rio de Janeiro: Campos, 2000.

 

 

DORNBUSH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2000.

 

LACOMBE, Francisco José Masset. Dicionário de Administração. São Paulo:

 

Saraiva, 2004

 

 

LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. (Orgs). Manual de Macroeconomia: Básico e Intermediário – Equipe dos Professores da FEA-USP. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

 

JONES, C. I. Introdução à Teoria do Crescimento Econômico. Rio de Janeiro:

 

Campus. 2000.

 

 

MANKIW, N. G. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. 2.

 

  1. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

 

 

MENDES, Carlos Magno, et al. Introdução a Economia. Florianópolis / UFSC, 2007. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Prentice Hill, 2010.

 

VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: Micro e Macro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

 

 

KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money). Tradução de Mário Ribeiro da Cruz. São Paulo: Editora Atlas, 1992.

 

KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução a Economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

 

SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia. 40 ed. São Paolo: Best-Seller, 1994.

 

 

VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios Básicos – Uma abordagem Moderna. 3.

 

  1. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

 

 

VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval. Fundamentos de Economia. São Paulo:

 

Saraiva, 2004.