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15.A PSICOLOGIA ETOLÓGICA-ANIMAL.
15.A PSICOLOGIA ETOLÓGICA-ANIMAL.

PSICOLOGIA ETOLÓGICA-ANIMAL

Prof. Pesq. Osny Mattanó Júnior

 

         CANINOS

         Acredito que os caninos tem sua própria psicologia que é marcada pela inteligência sensório-motora, a partir do nascimento até a morte, com um período final de demência; que possuem seu próprio inconsciente oriundo da sua linguagem que o estrutura com imagens e associações de sons pelo condicionamento formando a sua memória e o seu mapa cognitivo que como uma GPS governará seus comportamentos; é pela internalização e pela interiorização que os caninos partilham da assimilação e da acomodação dos estímulos que percebe através do desequilíbrio cognitivo.

         A cognição dos caninos se faz somente pelo período sensório-motor levando-os a comportamentos como a imitação, o controle sensório-motor, a discriminação, a generalização, a fuga, a esquiva, a extinção, o reforço e o condicionamento, a afetividade é sensório-motora, ou seja, por imitação e pelo condicionamento.

         E a boca representa para os caninos o seu instrumento para lidar com o mundo objetal, com a fome e o alimento e a extinção da fome, o poder e a agressividade, a sexualidade e o cortejo, o poder e o controle ou o domínio, a territorialidade, a higiene e os autocuidados, a saúde, o canal para os seus relacionamentos tanto passiva quanto ativamente, a boca é o eixo-do-mundo dos caninos, fonte de interiorização e internalização e de externallização.

         Os caninos possuem também 7 couraças:

         1ª couraça) da cabeça: responsável pela integração do animal;

         2ª couraça) dos olhos: responsável pelo conteúdo integrado da cabeça do animal;

         3ª couraça) da boca: responsável pela comunicação do animal;

         4ª couraça) do pescoço: responsável pela comunicação e pela integração da cabeça como tronco do animal;

         5ª couraça) do tórax: responsável pela afetividade, movimentação e respiração do animal;

         6ª couraça) do abdômen: responsável pela sexualidade e movimentação do animal;

         7ª couraça) da genitália: responsável pela reprodução da espécie.

         Não falamos de traumas psicológicos para caninos mas de condicionamento. Pode ser possível emparelhar estímulos novos aos estímulos desencadeadores das couraças e assim ampliar seus repertórios comportamentais.

         Não falo de uma couraça auditiva pois para os caninos e para os animais não racionais a audição não faz sentido e nem significado, não há saber e nem conhecimento; a audição só faz sentido a partir do outro e quando reconhecemos isto, este evento!

         Nota-se também que os caninos domésticos apresentam sociabilidade considerável ou boa adaptação ao meio ambiente com poucos prejuízos quanto a sua agressividade quando bem condicionados. E que o desenvolvimento do brincar deles quando abordamos caninos domésticos tornam-se evidentes notáveis comportamentos de brincar e de expressão facial de alegria e de felicidade na interação com outros caninos ou com os seres humanos e até com outras espécies, porém com ressalvas com as outras espécies, pois acabam tornando-se antissociais e agressivos. Sua moral é voltada para seu grupo, para sua espécie e para seus cuidadores, ela funda-se na divisão da mente do animal entre dependente e passivo e noutra etapa do desenvolvimento como independente e ativo e gerador de sua própria espécie, é determinada filogeneticamente.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 04 de maio de 2018.

 

         Os caninos tem seu comportamento de êxtase e deslumbramento de acordo com a fase sensório-motora, ao qual dependem toda a vida em seus aspectos cognitivos e afetivos, é assim que eles encontram grande alegria e contentamento ou satisfação, mesmo que condicionada, em momentos de alegria com brinquedos e outros companheiros, humanos ou não-humanos, chegando a manipular o meio ambiente com intencionalidade quando escondem objetos com a intenção de trazer para si seus donos e desfrutarem da afetividade e do comportamento deles com eles.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 02 de junho de 2018.

 

 

         Os caninos têm o seu corpo representado como ao de uma criança de  0 a 2 anos de idade, porém, sem linguagem, sem significado e sem sentido, apenas como comportamento que gera funcionalidades.

         O canino se vê nele e no outro como sua própria extensão, como sua representação psíquica, como a de uma criança de 0 a 2 anos de idade que se vê nela e no outro como uma extensão de si mesma, pois sua noção de corpo é construída a partir das suas próprias experiências com o mundo e com o seu corpo. Sua inteligência é sensório-motora e ele não tem consciência do seu ¨eu¨ e se confunde com o espaço em que vive, suas atividades iniciais são espontâneas e não pensadas. Sua experiência é dominada pela experiência vivida, pela exploração do meio, pela atividade investigadora e incessante.

 

Osny Mattanó  Júnior

Londrina, 28 de novembro de 2018.

 

 

 

 

 

         Os caninos por não possuírem linguagem e nem comunicação oral não desenvolvem a psicossexualidade fase-a-fase, mas acumulam-nas depositando no mundo objetal a descarga das suas catexias acumuladas, porém discriminadamente, por exemplo: uma roda que serve para o exercício fálico é ao mesmo tempo um retorno ao exercício oral onde o canino reencontra o peito de sua mãe.

         Caninos filhotes geralmente não urinam em rodas mas sim no chão e em locais preparados, por exemplo, com papel jornal ou odores, só depois de adultos procuram as rodas dos automóveis e das bicicletas para urinar e descarregar sua agressividade, quando não mais buscam o peito de suas mães, que num primeiro momento bastante primitivo pode acumular a descarga de urina, fezes e agressividade e não só de amor e oralidade.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de janeiro de 2019.