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201.OBR.COMPL.SIGM.FREUD/VOL.11/RELEI.MATTANÓ(23).
201.OBR.COMPL.SIGM.FREUD/VOL.11/RELEI.MATTANÓ(23).

201. OBRAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD NUMA RELEITURA DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR (2023).

 

OBRAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD NUMA RELEITURA DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR

 

 

Cinco lições de psicanálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME XI

(1910[1909])

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(05/12/2023)

PREFÁCIO ESPECIAL PARA A EDIÇÃO BRASILEIRA DE ANNA FREUD

 

 

Produzir e editar em português uma Edição Standard das obras de Freud constitui ingente tarefa, na qual aqueles que participaram são dignos de louvores. Quando, como na Psicanálise, o pioneiro de uma nova disciplina formulou novos conceitos revolucionários e empregou novos termos, seus tradutores precisam não somente de conhecimentos e habilidade, como também de uma inventividade criadora no ampliar os vocábulos existentes que ultrapassam de muito as fronteiras do comum.

Esta nova edição em português substitui uma anterior, malograda, que saiu de circulação. Sobre esta, apresenta a imensa vantagem de ser não apenas completa, mas uma tradução direta do texto original em alemão, sem que se utilizasse qualquer tradução intermediária.

Não tenho nenhuma dúvida em meu espírito de que o próprio autor a acolheria com todo o entusiasmo.

Anna Freud

Londres, fevereiro de 1970

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE (1910 [1909])

 

 

NOTA DO EDITOR INGLÊS (JAMES STRACHEY)

ÜBER PSYCHOANALYSE

 

(a) EDIÇÕES ALEMÃS:

1910 Leipzig e Viena: Deuticke. P. 62 (2ª ed. 1912, 3ª ed. 1916, 4ª ed. 1919, 5ª ed. 1920, 6ª ed. 1922, 7ª ed. 1924, 8ª ed. 1930; todas sem modificações.)

1924 G.S., 4, 349-406. (Ligeiramente modificada.)

1943 G.W., 8, 3-60. (Não modificada da G.S.)

 

(b) TRADUÇÃO INGLESA:

`The Origin and Development of Psychoanalysis’

1910 Am. J. Psychol., 21 (2 e 3), 181-218. (Tr. H. W. Chase.)

1910 Em Lectures and Addresses Delivered before the Departments of Psychology and Pedagogy in Celebration of the Twentieth Anniversary of the Opening of Clark University, Worcester, Mass., Parte I, pp. 1-38. (Reimpressão da acima mencionada.)

1924 Em An Outline of Psychoanalysis, ed. Van Teslaar, Nova Iorque: Boni and Liveright. Pp. 21-70. (Reedição da acima mencionada.)

 

A presente tradução inglesa, inteiramente nova, com o título diferente de Five Lectures on Psycho-Analysis, é de James Strachey.

 

Em 1909, a Clark University, Worcester, Massachusetts, comemorou o vigésimo ano de sua fundação, e seu presidente, o Dr. G. Stanley Hall, convidou Freud e alguns de seus principais seguidores (C. G. Jung, S. Ferenczi, Ernest Jones e A. A. Brill) para participarem das celebrações e receberem graus honoríficos. Foi em dezembro de 1908 que Freud recebeu pela primeira vez o convite, mas foi somente no outono seguinte que esse convite se concretizou, tendo as cinco conferências de Freud sido pronunciadas na segunda-feira, 6 de setembro de 1909, e nos quatro dias subseqüentes. Isto, conforme declarou o próprio Freud na ocasião, foi o primeiro reconhecimento oficial da novel ciência, havendo ele descrito em seu Autobiogra-phical Study (Estudo Autobiográfico) 1925d, Capítulo V), como, ao subir ao estrado para pronunciar suas conferências, `isso lhe pareceu a concretização de um incrível devaneio’.

As conferências (em alemão, naturalmente) foram, de acordo com a prática quase universal de Freud, pronunciadas de improviso e, conforme nos informa o Dr. Jones, sem notas e depois de muito pouco preparo. Foi somente depois de sua volta a Viena que ele foi induzido, a contragosto, a escrevê-las. Esse trabalho somente foi concluído na segunda semana de dezembro, mas sua memória verbal era tão boa que, segundo nos assegura o Dr. Jones a versão impressa `não fugia muito da exposição original’. Sua primeira publicação foi feita numa tradução inglesa no American Journal of Psychology no início de 1910, mas o original em alemão apareceu pouco depois sob a forma de panfleto em Viena. O trabalho tornou-se popular e teve várias edições; em nenhuma delas, contudo, houve qualquer alteração de substância, salvo quanto à nota de rodapé acrescentada em 1923 bem no início, aparecendo somente no Gesammelte Schriften e Gesammelte Werke, nos quais Freud retirou suas expressões de gratidão a Breuer. Um exame da atitude modificada de Freud quanto a Breuer encontrar-se-á na Introdução do Editor a Studies on Hysteria (Estudos sobre a Histeria), Standard Ed., 2, XXVI ss.

Durante toda sua carreira Freud sempre estava pronto a apresentar exposições de suas descobertas. Já publicara ele alguns curtos relatos de psicanálise, mas esse grupo de conferências foi o primeiro numa escala ampliada. Essas exposições naturalmente variavam de dificuldade de acordo com o auditório para o qual se destinavam, devendo essas ser consideradas como as mais simples, mormente quando postas em confronto com a grande série de Introductory Lectures (Conferências Introdutórias) pronunciadas alguns anos depois (1916-17). Não obstante, apesar de todos os acréscimos que iriam ser feitos à estrutura da psicanálise durante o próximo quartel de um século, essas conferências ainda proporcionam admirável quadro preliminar que exige muito pouca correção. E dão elas uma excelente idéia da facilidade e clareza de estilo e do irrestrito sentido de forma que tornou Freud um conferencista tão notável quanto à exposição.

Consideráveis trechos da tradução anterior (1910) deste trabalho foram incluídos na General Selection from the Works of Sigmund Freud (Seleção Geral dos Trabalhos de Sigmund Freud), de Rickman (1937, 3-43).

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

A narração explica que Freud sempre foi um bom conferencista e foi nestas lições que ele se destacou e encontrou oportunidade para dar seus acréscimos à estrutura da psicanálise.

Mattanó aponta que a narração explica que Freud sempre foi um bom conferencista e foi nestas lições que ele se destacou e encontrou oportunidade para dar seus acréscimos à estrutura da psicanálise, revelando o que descobriu e o que exigiu seu empenho por todos estes anos de estudos e pesquisas clínicas, é aqui que vemos como Freud foi um grande conferencista, tão notável quanto o material da sua exposição.

 

MATTANÓ

(05/12/2023)

 

 

 

 

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira, diretamente do alemão, é da autoria de Durval Marcondes (Professor de Psicologia Clínica da Universidade de S. Paulo e Presidente da Associação Brasileira de Psicanálise) e de J. Barbosa Corrêa (Professor de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina). Feita para a Companhia Editora Nacional, data de 1931. Foi ligeiramente modificada por Jayme Salomão (Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

Carta enviada por Sigmund Freud ao Professor Durval Marcondes agradecendo a primeira tradução brasileira de um de seus livros.

 

CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE

 

Pronunciadas por Ocasião das Comemorações

do Vigésimo Aniversário da Fundação da

CLARK UNIVERSITY, WORCESTER

MASSACHUSETTS

Setembro de 1909

 

Ao

  1. G. STANLEY HALL, Ph. D., LL. D.

Presidente da Clark University

Professor de Psicologia e Pedagogia

Este Trabalho é Penhoradamente Dedicado

 

PREFÁCIO PARA AS CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE DE DURVAL MARCONDES

 

As lições que se seguem foram pronunciadas em língua alemã por Freud, em 1909, na “Clark University” em Worcester (Estados Unidos), por ocasião do vigésimo aniversário dessa instituição, e a convite de seu presidente, o eminente psicólogo Stanley Hall. Elas constituem a primeira exposição sistemática que Freud fez de sua teoria e, embora não envolvam as aquisições mais recentes da psicanálise, são, a meu ver, a leitura mais apropriada para quem aborda pela primeira vez a obra do mestre.

A psicanálise estava longe de ter, naquela época, a importância e o renome que hoje desfruta. Se é exato que já em 1907 ela era estudada e utilizada pelo notável psiquiatra Bleuler e por seus assistentes, na clínica de Zurique; e que já em 1908 se reunia em Salisburgo o primeiro congresso psicanalítico internacional, nem por isso as novas idéias eram bem recebidas nas rodas científicas oficiais, onde as afirmações sobre o papel da sexualidade na etiologia das neuroses esbarravam quase sempre com os preconceitos de uma falsa moral. Daí a alta significação para a jovem doutrina teve a sua consagração na cátedra de Worcester. “Na Europa, escreveu Freud, eu me sentia como um proscrito; ali me via acolhido pelos melhores como um igual. A psicanálise não era mais, portanto, uma concepção delirante, mas se tornara uma parte preciosa da realidade.”

Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, na Morávia, tendo passado aos quatro anos para Viena, onde fez seus estudos. Formou-se em Medicina em 1881. Ainda estudante, entrou, em 1876, a trabalhar no laboratório de fisiologia de Ernst Brücke, sob cuja direção efetuou pesquisas de histologia nervosa. Depois de formado, ingressou no serviço do grande psiquiatra Theodor Meynert, tendo-se dedicado, por essa época, a estudos de neuroanatomia. Antes de entregar-se definitivamente à investigação psicanalítica, publicou vários trabalhos sobre afecções orgânicas do sistema nervoso, tais como as afasias e as encefalopatias infantis. Entre 1885 e 1886 foi discípulo de Charcot, em Paris, e acompanhou, em 1889, em Nancy, as experiências de Bernheim sobre o hipnotismo. A influência de ambos nas concepções iniciais da teoria psicanalítica poderá ser bem avaliada nestas “Cinco Lições”.

Essas concepções tiveram sua primeira expressão na nota prévia que Freud publicou em 1893 com o Dr. Breuer, intitulada “Sobre o Mecanismo Psíquico dos Fenômenos Histéricos”, a que se seguiu, em 1895, o livro, também em colaboração, “Estudos Sobre a Histeria.”

* * *

A vida de Freud tem sido toda ela uma luta incessante pela verdade. Exposto, pela sua coragem de afirmar, ao anátema das escolas psiquiátricas dominantes, preferiu suportar por muito tempo a dureza de um verdadeiro exílio intelectual a ceder naquilo que era o honesto resultado de sua investigação. Desde o começo de sua carreira profissional, o amor à certeza científica fê-lo prejudicar deliberadamente a clínica em início pela tenacidade em pesquisar em seus doentes o exato determinismo dos sintomas. Sua obra fundamenta-se na mais demorada e paciente observação dos fatos. Há cerca de quarenta anos que ele se dedica diariamente a oito, nove, dez, às vezes mesmo onze análises de uma hora cada uma, podendo-se, portanto, dizer que passou toda uma existência debruçado sobre a alma dos neuróticos. O impiedoso rigor para com as próprias convicções chegou, às vezes, ao ponto de fazê-lo adiar por vários anos a publicação de seus trabalhos até que a experiência ulterior proporcionasse a confirmação de suas descobertas. “Minha A Interpretação de Sonhos”, diz ele, “e meu Fragmento de uma Análise de um Caso de Histeria (o caso de Dora) foram retidos por mim - se não pelos nove anos aconselhados por Horácio - em todo caso por quatro ou cinco anos antes que me decidisse a publicá-los.”

Compreende-se, portanto, que quem adquiriu uma visão nova dos fatos à custa de tão penosos sacrifícios, se tenha recusado a mudar de idéia ante a pressão de uma crítica partidária, que se não baseia na verificação objetiva. Essa justificada intransigência de Freud foi, não obstante, tachada de dogmatismo, o que não impede, porém, que novos dados da observação direta e imparcial confirmem e completem cada vez mais as suas conclusões.

 

“Os homens são fortes enquanto representam uma idéia forte.” Em sua aureolada velhice, Freud assiste presentemente ao triunfo gradual e seguro de seus princípios, cujo enunciado já não constitui uma blasfêmia. Eles conquistam paulatinamente o lugar que lhes cabe na ciência dos fenômenos espirituais e se vão tornando aceitos pelos mais legítimos representantes da psiquiatria moderna. Existe, na verdade, quem insista em rejeitar as conseqüências teóricas da psicanálise sem lhe conhecer sequer os métodos. Mas aos poucos irão chegando os últimos retardatários. “Quem sabe esperar não necessita fazer concessões.”

São Paulo, novembro de 1931.

Durval Marcondes.

 

 

 

 

 

 

PRIMEIRA LIÇÃO

 

SENHORAS E SENHORES, - Constitui para mim sensação nova e embaraçosa apresentar-me como conferencista ante um auditório de estudiosos do Novo Mundo. Considerando que devo esta honra tão somente ao fato de estar meu nome ligado ao tema da psicanálise, será esse, por conseqüência, o assunto de que lhes falarei, tentando proporcionar-lhes, o mais sinteticamente possível, uma visão de conjunto da história inicial e do ulterior desenvolvimento desse novo processo semiológico e terapêutico.

Se algum mérito existe em ter dado vida à psicanálise, a mim não cabe, pois não participei de suas origens. Era ainda estudante e ocupava-me com os meus últimos exames, quando outro médico de Viena, o Dr. Joseph Breuer, empregou pela primeira vez esse método no tratamento de uma jovem histérica (1880-1882). Ocupemo-nos, pois, primeiramente, da história clínica e terapêutica desse caso, a qual se acha minuciosamente descrita nos Studies on Hysteria (Estudos Sobre a Histeria) [1895d] que mais tarde publicamos, o Dr. Breuer e eu.

Mas, preliminarmente, uma observação. Vim a saber, aliás com satisfação, que a maioria de meus ouvintes não pertence à classe médica. Não cuidem, porém, que seja necessária uma especial cultura médica para acompanhar minha exposição. Caminharemos por algum tempo ao lado dos médicos, mas logo deles nos apartaremos, para seguir, com o Dr. Breuer, uma rota absolutamente original.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que fará sua conferência de forma bastante entusiasmada e que mesmo que a maioria dos ouvintes não pertencesse à classe médica, eles poderiam acompanhar a sua exposição. Ele explica que não participou das origens da psicanálise, pois era ainda estudante e ocupava-se de seus últimos exames, quando o Dr. Joseph Breuer, empregou esse método pela primeira vez no tratamento de uma jovem histérica (1880-1882), o Dr. Breuer seguiu uma rota absolutamente original.

Mattanó aponta que Freud fará sua conferência de forma bastante entusiasmada e que mesmo que a maioria dos ouvintes não pertencesse à classe médica, eles poderiam acompanhar a sua exposição. Ele explica que não participou das origens da psicanálise, pois era ainda estudante e ocupava-se de seus últimos exames, quando o Dr. Joseph Breuer, empregou esse método pela primeira vez no tratamento de uma jovem histérica (1880-1882), o Dr. Breuer seguiu uma rota absolutamente original. A aprendizagem da psicanálise está muito associada ao seu método psicanalítico que hoje depende da formação profissional numa universidade ou da formação psicanalítica numa instituição clínica e de ensino psicanalítico.

 

MATTANÓ

(06/12/2023)

  

 

 

 

 

A paciente do Dr. Breuer, uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou, no decurso de sua doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves. Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão; dificuldade em manter a cabeça erguida; tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante; redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e, finalmente, estados de `absence‘ (ausência), de confusão, de delírio e de alteração total da personalidade, aos quais voltaremos mais adiante a nossa atenção.

Ao terem notícia de semelhante quadro mórbido, os senhores tenderão, mesmo não sendo médicos, a supor que se trate de uma doença grave, provavelmente do cérebro, com poucas esperanças de cura, e que levará rapidamente o enfermo a um desenlace fatal. Os médicos podem, entretanto, assegurar-lhes que, numa série de casos com fenômenos da mesma gravidade, justifica-se outra opinião muito mais favorável. Quando tal quadro mórbido é encontrado em indivíduo jovem do sexo feminino, cujos órgãos vitais internos (coração, rins etc.) nada revelam de anormal ao exame objetivo, mas que sofreu no entanto violentos abalos emocionais, e quando, em certas minúcias, os sintomas se afastam do comum, já os médicos não consideram o caso tão grave. Afirmam que não se trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode simular todo um conjunto de graves perturbações. Nesses casos não consideram a vida ameaçada e até acham provável o restabelecimento completo. Nem sempre é fácil distinguir a histeria de uma grave doença orgânica. Não nos importa, porém, precisar aqui como se faz um diagnóstico diferencial desse gênero, bastando-nos a certeza de que o caso da paciente de Breuer era daqueles em que nenhum médico experimentado deixaria de fazer o diagnóstico de histeria. Podemos também acrescentar, consoante a história clínica, não só que a afecção lhe apareceu quando estava tratando do pai, que ela adorava e cuja grave doença havia de conduzi-lo à morte, como também que ela, por causa de seus próprios padecimentos, teve de abandonar a cabeceira do enfermo.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a paciente do Dr. Breuer, uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou, no decurso de sua doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves. Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão; dificuldade em manter a cabeça erguida; tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante; redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e, finalmente, estados de `absence‘ (ausência), de confusão, de delírio e de alteração total da personalidade, aos quais voltaremos mais adiante a nossa atenção.

Não nos importa, porém, precisar aqui como se faz um diagnóstico diferencial desse gênero, bastando-nos a certeza de que o caso da paciente de Breuer era daqueles em que nenhum médico experimentado deixaria de fazer o diagnóstico de histeria. Podemos também acrescentar, consoante a história clínica, não só que a afecção lhe apareceu quando estava tratando do pai, que ela adorava e cuja grave doença havia de conduzi-lo à morte, como também que ela, por causa de seus próprios padecimentos, teve de abandonar a cabeceira do enfermo.

Mattanó aponta que a paciente do Dr. Breuer, uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou, no decurso de sua doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas mais ou menos graves. Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto; perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão; dificuldade em manter a cabeça erguida; tosse nervosa intensa; repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias semanas, apesar de uma sede martirizante; redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou entender a língua materna; e, finalmente, estados de `absence‘ (ausência), de confusão, de delírio e de alteração total da personalidade, aos quais voltaremos mais adiante a nossa atenção.

Não nos importa, porém, precisar aqui como se faz um diagnóstico diferencial desse gênero, bastando-nos a certeza de que o caso da paciente de Breuer era daqueles em que nenhum médico experimentado deixaria de fazer o diagnóstico de histeria. Podemos também acrescentar, consoante a história clínica, não só que a afecção lhe apareceu quando estava tratando do pai, que ela adorava e cuja grave doença havia de conduzi-lo à morte, como também que ela, por causa de seus próprios padecimentos, teve de abandonar a cabeceira do enfermo. Doença ou transtorno mental adquirido por causa do seu repertório comportamental deficiente ou problemático, dos seus interesses, habilidades, motivações, escolhas, valores e capacidades também deficientes ou problemáticos, dos seus significados e sentidos, conceitos, contextos e comportamentos, da sua funcionalidade, da sua argumentação e linguagem, da sua comunicação corporal e territorial e topográfica, da sua simbologia e dos seus símbolos, da sua afetividade, dos seus relacionamentos e da sua dinâmica familiar, do seu mapa cognitivo e dos seus caminhos cognitivos, das suas marcas inconscientes e dos seus arranjos que fazem prevalecer este ou aquele modo de se comportar diante das adversidades ambientais, sendo seletiva, competitiva, e com uma resposta defensiva e evolutiva que se converter em involutiva e bastante doente e transtornada, porém com uma grande rede de caminhos cognitivos e inconscientes, comportamentais que podem resgatar sua liberdade e bem-estar, seu poder de discriminação intrapessoal e interpessoal.

 

MATTANÓ

(06/12/2023)

 

 

 

 

Até aqui nos tem sido vantajoso caminhar ao lado dos médicos mas breve os deixaremos. Não devem os senhores esperar que o diagnóstico de histeria, em substituição ao de afecção cerebral orgânica grave, possa melhorar consideravelmente para o doente a perspectiva de um auxílio médico. Se a medicina é o mais das vezes impotente em face das lesões cerebrais orgânicas, diante da histeria o médico não sabe, do mesmo modo, o que fazer, tendo de confiar à providencial natureza a maneira e a ocasião em que se há de cumprir seu esperançoso prognóstico.

Com o rótulo de histeria pouco se altera, portanto, a situação do doente, enquanto que para o médico tudo se modifica. Pode-se observar que este se comporta para com o histérico de modo completamente diverso que para com o que sofre de uma doença orgânica. Nega-se a conceder ao primeiro o mesmo interesse que dá ao segundo, pois não obstante as aparências, o mal daquele é muito menos grave. Mas acresce outra circunstância: o médico, que, por seus estudos, adquiriu tantos conhecimentos vedados aos leigos, pode formar uma idéia da etiologia das doenças e de suas lesões, como, por exemplo, nos casos de apoplexia ou de tumor cerebral, idéia que até certo ponto deve ser exata, pois lhe permite compreender os pormenores do quadro mórbido. Em face, porém, das particularidades dos fenômenos histéricos, todo o seu saber e todo o seu preparo em anatomia, fisiologia e patologia deixam-no desamparado. Não pode compreender a histeria, diante da qual se sente como um leigo, posição nada agradável a quem tenha em alta estima o próprio saber. Os histéricos ficam, assim, privados de sua simpatia. Ele os considera como transgressores das leis de sua ciência, tal como os crentes consideram os hereges: julga-os capazes de todo mal, acusa-os de exagero e de simulação, e pune-os com lhes retirar seu interesse.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o rótulo de histeria pouco se altera para o doente diante da sua situação, enquanto que a do médico pode sofrer grandes modificações.

Mattanó aponta que o rótulo de histeria pouco se altera para o doente diante da sua situação, enquanto que a do médico pode sofrer grandes modificações. Isto, pois a ciência médica e psicanalítica está avançando e progredindo, trazendo a cura e a esperança para pacientes antes considerados como casos perdidos, ou seja, sem cura, sem recuperação.

 

MATTANÓ

(06/12/2023)

 

 

 

 

O Dr. Breuer não mereceu certamente essa censura com relação à sua paciente. Embora não pretendesse, no princípio, curá-la, não lhe negou, entretanto, interesse e simpatia, o que lhe foi provavelmente facilitado pelas elevadas qualidades de espírito e de caráter da jovem, das quais ele nos dá testemunho na história clínica que redigiu. Sua carinhosa observação proporcionou-lhe bem logo o caminho que lhe permitiu prestar à doente os primeiros auxílios.

Havia-se notado que nos estados de `absence‘ (alteração da personalidade acompanhada de confusão), costumava a doente murmurar algumas palavras que pareciam relacionar-se com aquilo que lhe ocupava o pensamento. O médico, que anotara essas palavras, colocou a moça numa espécie de hipnose e repetiu-as, para incitá-la a associar idéias. A paciente entrou, assim, a reproduzir diante do médico as criações psíquicas que a tinham dominado nos estados de `absence‘ e que se haviam traído naquelas palavras isoladas. Eram fantasias profundamente tristes, muitas vezes de poética beleza - devaneios, como podiam ser chamadas - que tomavam habitualmente como ponto de partida a situação de uma jovem à cabeceira do pai doente. Depois de relatar certo número dessas fantasias, sentia-se ela como que aliviada e reconduzida à vida normal. Esse bem-estar durava muitas horas e desaparecia no dia seguinte para dar lugar a nova `absence‘, que cessava do mesmo modo pela revelação das fantasias novamente formadas. É forçoso reconhecer que a alteração psíquica manifestada durante as `absences‘ era conseqüência da excitação proveniente dessas fantasias intensamente afetivas. A própria paciente, que nesse período da moléstia só falava e entendia inglês, deu a esse novo gênero de tratamento o nome de `talking cure’ (cura de conversação) qualificando-o também, por gracejo, de `chimney sweeping’ (limpeza da chaminé).

Verificou-se logo, como por acaso, que, limpando-se a mente por esse modo, era possível conseguir alguma coisa mais que o afastamento passageiro das repetidas perturbações psíquicas. Pode-se também fazer desaparecer sintomas quando, na hipnose, a doente recordava, com exteriorização afetiva, a ocasião e o motivo do aparecimento desses sintomas pela primeira vez. `Tinha havido, no verão, uma época de calor intenso e a paciente sofria de sede horrível, pois, sem que pudesse explicar a causa, viu-se, de repente, impossibilitada de beber. Tomava na mão o cobiçado copo de água, mas assim que o tocava com os lábios, repelia-o como hidrófoba. Nesses poucos segundos, ela se achava evidentemente em estado de absence. Para mitigar a sede que a martirizava, vivia somente de frutas, melões etc. Quando isso já durava perto de seis semanas, falou, certa vez, durante a hipnose, a respeito de sua “dama de companhia” inglesa, de quem não gostava, e contou então com demonstrações da maior repugnância que, tendo ido ao quarto dessa senhora, viu, bebendo num copo, o seu cãozinho, um animal nojento. Nada disse, por polidez. Depois de exteriorizar energicamente a cólera retida, pediu de beber, bebeu sem embaraço grande quantidade de água e despertou da hipnose com o copo nos lábios. A perturbação desapareceu definitivamente.

Permitam-me que os detenha alguns momentos ante esta experiência. Ninguém, até então, havia removido por tal meio um sintoma histérico nem penetrado tão profundamente na compreensão da sua causa. O descobrimento desses fatos devia ser de ricas conseqüências, se se confirmasse a esperança de que outros sintomas da doente - e talvez a maioria - se houvessem originado do mesmo modo e do mesmo modo pudessem ser suprimidos. Para verificá-los, Breuer não mediu esforços e pesquisou sistematicamente a patogenia de outros sintomas mais graves. E realmente era assim. Quase todos se haviam formado desse modo, como resíduos - como `precipitados’, se quiserem - de experiências emocionais que, por essa razão, foram denominadas posteriormente `traumas psíquicos’; e o caráter particular a cada um desses sintomas se explicava pela relação com a cena traumática que o causara. Eram, segundo a expressão técnica, determinados pelas cenas cujas lembranças representavam resíduos, não havendo já necessidade de considerá-los como produtos arbitrários ou enigmáticos da neurose. Registremos apenas uma complicação que não fora prevista: nem sempre era um único acontecimento que deixava atrás de si os sintomas; para produzir tal efeito uniam-se na maioria dos casos numerosos traumas, às vezes análogos e repetidos. Toda essa cadeia de recordações patogênicas tinha então de ser reproduzida em ordem cronológica e precisamente inversa - as últimas em primeiro lugar e as primeiras por último - sendo completamente impossível chegar ao primeiro trauma, muitas vezes o mais ativo, saltando-se sobre os que ocorreram posteriormente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que ninguém, até então, havia removido por tal meio, a hipnose e a ¨limpeza de chaminé¨,  um sintoma histérico nem penetrado tão profundamente na compreensão da sua causa. O descobrimento desses fatos devia ser de ricas conseqüências, se se confirmasse a esperança de que outros sintomas da doente - e talvez a maioria - se houvessem originado do mesmo modo e do mesmo modo pudessem ser suprimidos. Para verificá-los, Breuer não mediu esforços e pesquisou sistematicamente a patogenia de outros sintomas mais graves. E realmente era assim. Quase todos se haviam formado desse modo, como resíduos - como `precipitados’, se quiserem - de experiências emocionais que, por essa razão, foram denominadas posteriormente `traumas psíquicos’; e o caráter particular a cada um desses sintomas se explicava pela relação com a cena traumática que o causara. Eram, segundo a expressão técnica, determinados pelas cenas cujas lembranças representavam resíduos, não havendo já necessidade de considerá-los como produtos arbitrários ou enigmáticos da neurose. Registremos apenas uma complicação que não fora prevista: nem sempre era um único acontecimento que deixava atrás de si os sintomas; para produzir tal efeito uniam-se na maioria dos casos numerosos traumas, às vezes análogos e repetidos.

Mattanó aponta que ninguém, até então, havia removido por tal meio, a hipnose e a ¨limpeza de chaminé¨,  um sintoma histérico nem penetrado tão profundamente na compreensão da sua causa. O descobrimento desses fatos devia ser de ricas conseqüências, se se confirmasse a esperança de que outros sintomas da doente - e talvez a maioria - se houvessem originado do mesmo modo e do mesmo modo pudessem ser suprimidos. Para verificá-los, Breuer não mediu esforços e pesquisou sistematicamente a patogenia de outros sintomas mais graves. E realmente era assim. Quase todos se haviam formado desse modo, como resíduos - como `precipitados’, se quiserem - de experiências emocionais que, por essa razão, foram denominadas posteriormente `traumas psíquicos’; e o caráter particular a cada um desses sintomas se explicava pela relação com a cena traumática que o causara. Eram, segundo a expressão técnica, determinados pelas cenas cujas lembranças representavam resíduos, não havendo já necessidade de considerá-los como produtos arbitrários ou enigmáticos da neurose. Registremos apenas uma complicação que não fora prevista: nem sempre era um único acontecimento que deixava atrás de si os sintomas; para produzir tal efeito uniam-se na maioria dos casos numerosos traumas, às vezes análogos e repetidos. Traumas que tinham seus próprios significados e sentidos, conceitos e contextos, comportamentos e funcionalidades, argumentação e linguagem, topografia, simbologia e símbolos, arquétipos, vida onírica e vida anímica, estado de vigília, desejo e desejo de dormir, fantasias, chistes, piadas, humor, caricaturas, charges, atos falhos, esquecimentos e lapsos de linguagem, niilismo, jogos de linguagem, ciclos circadianos, evolução e involução, análise, e interpretação do inconsciente.

 

MATTANÓ

(06/12/2023)  

 

 

 

 

 

 

 

Os senhores desejam, por certo, que lhes apresente outros exemplos de produção de sintomas histéricos, além do da hidrofobia originada pela repugnância diante do cão que bebia no copo. Para manter-me, porém, no meu programa, devo limitar-me a poucas ilustrações. Assim, relata Breuer que as perturbações visuais da doente remontavam a situações como aquelas em que `estando a paciente com os olhos marejados de lágrimas, junto ao leito do enfermo, perguntou-lhe este, de repente, que horas eram, e, não podendo ela ver distintamente, forçou a vista, aproximando dos olhos o relógio, cujo mostrador lhe pareceu então muito grande - devido à macropsia e ao estrabismo convergente. Ou se esforçou em reprimir as lágrimas para que o enfermo não as visse.’ Todas as impressões patogênicas provinham, aliás, do tempo em que ela se dedicava ao pai doente. `Uma noite velava muito angustiada junto ao doente febricitante e estava em grande ansiedade porque se esperava de Viena um cirurgião para operá-lo. Sua mãe ausentara-se por algum tempo e Anna, sentada à cabeceira do doente, pôs o braço direito sobre o espaldar da cadeira. Caiu em estado de semi-sonho e viu, como se viesse da parede, uma cobra negra que se aproximava do enfermo para mordê-lo. (É muito provável que no campo situado atrás da casa algumas cobras tivessem de fato aparecido, assustando anteriormente a moça e fornecendo agora o material de alucinação.) Ela quis afastar o ofídio, mas estava como que paralisada; o braço direito, que pendia no espaldar, achava-se “adormecido”, insensível e parético, e, quando ela o contemplou, transformaram-se os dedos em cobrinhas cujas cabeças eram caveiras (as unhas). Provavelmente procurou afugentar a cobra com a mão direita paralisada e por isso a anestesia e a paralisia da mesma se associaram com a alucinação da serpente. Quando esta desapareceu, aterrorizada, quis rezar, mas não achou palavras em idioma algum, até que, lembrando-se duma poesia infantil em inglês, pode pensar e rezar nessa língua. Com a reconstituição dessa cena durante a hipnose foi removida a paralisia espástica do braço direito, que existia desde o começo da moléstia, e teve fim o tratamento.

Quando, alguns anos mais tarde, comecei a empregar nos meus próprios doentes o método semiótico e terapêutico de Breuer, fiz experiências que concordam com as dele. Numa senhora de cerca de quarenta anos existia um tic (tique) sob a forma de um especial estalar da língua, que se produzia quando a paciente se achava excitada e mesmo sem causa perceptível. Originara-se esse tique em duas ocasiões nas quais, sendo desígnio dela não fazer nenhum rumor, o silêncio foi rompido contra sua vontade justamente por esse estalido. Uma vez, foi quando com grande trabalho conseguira finalmente fazer adormecer seu filhinho doente, e desejava, no íntimo, ficar quieta para o não despertar; outra vez, quando numa viagem de carro com os dois filhos, por ocasião de uma tempestade, assustaram-se os cavalos e ela cuidadosamente quisera evitar qualquer ruído para que os animais não se espantassem ainda mais. Dou esse esse exemplo dentre muitos outros que se acham consignados nos Studies on Hysteria (Estudos Sobre a Histeria).

Senhoras e Senhores. Se me permitem uma generalização - inevitável numa exposição tão breve - podemos sintetizar os conhecimentos até agora adquiridos na seguinte fórmula: os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais (traumáticas). Uma comparação com outros símbolos mnêmicos de gênero diferente talvez nos permita compreender melhor esse simbolismo. Os monumentos com que ornamos nossas cidades são também símbolos dessa ordem. Passeando em Londres, verão, diante de uma das maiores estações da cidade, uma coluna gótica ricamente ornamentada - a Charing Cross. No século XIII, um dos velhos reis plantagenetas, que fez transportar para Westminster os restos mortais de sua querida esposa e rainha Eleanor, erigiu cruzes góticas nos pontos em que havia pousado o esquife. Charing Cross é o último desses monumentos destinados a perpetuar a memória do cortejo fúnebre. Em outro ponto da cidade, não muito distante da London Bridge, verão uma coluna moderna e muito alta, chamada simplesmente `The Monument’, cujo fim é lembrar o grande incêndio que em 1666 irrompeu ali perto e destruiu boa parte da cidade. Tanto quanto se justifique a comparação, esses monumentos são também símbolos mnêmicos como os sintomas histéricos. Mas que diriam do londrino que ainda hoje se detivesse compungido ante o monumento erigido em memória do enterro da rainha Eleanor, em vez de tratar de seus negócios com a pressa exigida pelas modernas condições de trabalho, ou de pensar satisfeito na jovem rainha de seu coração? Ou de outro que, em face do `Monument’ chorasse a incineração da cidade querida, reconstruída depois com tanto brilho? Como esses londrinos pouco práticos, procedem, entretanto, os histéricos e neuróticos: não só recordam acontecimentos dolorosos que se deram há muito tempo, como ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Essa fixação da vida psíquica aos traumas patogênicos é um dos caracteres mais importantes da neurose e dos que têm maior significação prática.

 

Desde já aceito a objeção que provavelmente os senhores formularam refletindo sobre a história da paciente de Breuer. Todos os traumas que influíram na moça datavam do tempo em que ela cuidava do pai doente, e os sintomas que apresentava podem ser considerados como simples sinais mnêmicos da doença e da morte dele. Correspondem, portanto, a uma manifestação de luto, e a fixação à memória do finado, tão pouco tempo depois do traspasse, nada representa de patológico; corresponde antes a um processo emocional normal. Reconheço que na paciente de Breuer a fixação aos traumas nada tem de extraordinário. Mas em outros casos - como no tique por mim tratado, cujos fatores datavam mais de quinze e dez anos -, é muito nítido o caráter da fixação anormal ao passado. A doente de Breuer nos haveria de oferecer oportunidade de apreciar a mesma fixação anormal, se não tivesse sido tratada pelo método catártico tão pouco tempo depois do traumatismo e da eclosão dos sintomas.

Até aqui apenas discorremos sobre as relações entre os sintomas histéricos e os fatos da vida da doente, mas dois outros elementos da observação de Breuer podem também indicar-nos como conceber tanto o mecanismo da moléstia como o do restabelecimento.

Quanto ao primeiro, é preciso salientar que a doente de Breuer em quase todas as situações teve de subjugar uma poderosa emoção, em vez de permitir sua descarga por sinais apropriados de emoção, palavras ou ações. No trivialíssimo incidente relativo ao cãozinho de sua dama de companhia, por consideração a esta ela não deixou sequer transparecer a sua profunda aversão; velando à cabeceira do pai, estava sempre atenta para que o doente não lhe percebesse a ansiedade e a penosa depressão. Ao reproduzir posteriormente estas mesmas cenas diante do médico, a energia afetiva então inibida manifestava-se intensamente, como se estivera até então represada. Além disso, o sintoma - resíduo desta cena - atingia a máxima intensidade quando durante o tratamento ia-se chegando à sua causa, para desaparecer completamente quando esta se aclarava inteiramente. Por outro lado, pode-se verificar que era inútil recordar a cena diante do médico se, por qualquer razão, isto se dava sem exteriorização afetiva. Era pois a sorte dessas emoções, que podemos imaginar como grandezas variáveis o que regulava tanto a doença como a cura. Tinha-se de admitir que a doença se instalava porque a emoção desenvolvida nas situações patogênicas não podia ter exteriorização normal; e que a essência da moléstia consistia na atual utilização anormal das emoções `enlatadas’. Em parte ficavam estas como carga contínua da vida psíquica e fonte permanente de excitação para a mesma; em parte se desviavam para insólitas inervações e inibições somáticas, que se apresentavam como os sintomas físicos do caso. Para este último mecanismo propusemos o nome de `conversão histérica’. Demais, uma certa parte de nossas excitações psíquicas é conduzida normalmente para a inervação somática, constituindo aquilo que conhecemos por `expressão das emoções’. A conversão histérica exagera então essa parte da descarga de um processo mental catexizado emocionalmente; ela representa uma expressão mais intensa das emoções, conduzida por nova via. Quando uma corrente de água se escoa por dois canais, num deles o líquido se elevará, logo que no outro se interponha um obstáculo. Como vêem, estamos quase chegando a uma teoria puramente psicológica da histeria, onde assinalamos o primeiro lugar para os processos afetivos.

Uma segunda observação de Breuer obriga-nos agora a atribuir grande significação aos estados de consciência para a característica dos fatos mórbidos. A doente de Breuer exibia, ao lado de seu estado normal, vários outros de `absence‘, confusão e alterações do caráter. Em estado normal ela ignorava totalmente as cenas patogênicas ou pelo menos havia rompido a conexão patogênica. Sob hipnose era possível, depois de considerável esforço, trazer tais cenas à memória, e por este trabalho de evocação os sintomas eram removidos. Ficaríamos em grande perplexidade para interpretar esse fato se a experiência do hipnotismo já não nos tivesse indicado o caminho. Pelo estudo dos fenômenos hipnóticos tornou-se habitual a concepção, a princípio estranhável, de que num mesmo indivíduo são possíveis vários agrupamentos mentais que podem ficar mais ou menos independentes entre si, sem que um `nada saiba’ do outro, e que podem se alternar entre si em sua emersão à consciência. Casos destes, também ocasionalmente, aparecem de forma espontânea, sendo então descritos como exemplos de `double consciente‘. Quando nessa divisão da personalidade a consciência fica constantemente ligada a um desses dois estados, chama-se esse o estado mental `conscience‘e o que dela permanece separado o `inconsciente‘. Nos conhecidos fenômenos da chamada `sugestão pós-hipnótica’, em que uma ordem dada durante a hipnose é depois, no estado normal, imperiosamente cumprida, tem-se um esplêndido modelo das influências que o estado inconsciente pode exercer no consciente, modelo esse que permite sem dúvida compreender o que ocorre na manifestação da histeria. Breuer resolveu admitir que os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares que chamava `hipnóides’. As excitações durante esses estados hipnóides tornam-se facilmente patogênicas porque não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Origina-se então, do processo de excitação, um produto anormal - o sintoma - que, como corpo estranho, se insinua no estado normal, escapando a este, por isso, o conhecimento da situação patogênica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também uma amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma.

Receio que esta parte de minha exposição não lhes pareça muito clara. Os presentes devem, contudo, ser indulgentes; trata-se de concepções novas e difíceis que talvez não possam fazer-se muito mais claras, prova de que nossos conhecimentos ainda não progrediram muito. A teoria de Breuer, dos estados hipnóides, tornou-se aliás embaraçante e supérflua, e foi abandonada pela psicanálise moderna. Mais tarde me ouvirão falar, nem que seja sucintamente, das influências e processos que era mister descobrir atrás das fronteiras dos estados hipnóides, por Breuer fixadas. Hão de ter tido também a impressão, sem dúvida justa, de que a pesquisa de Breuer só lhes pode dar uma teoria muito incompleta e uma explicação insuficiente dos fenômenos observados; porém as teorias completas não caem do céu e com toda a razão desconfiarão se alguém lhes apresentar, logo no início de suas observações, uma teoria sem falhas, otimamente rematada. Tal teoria certamente só poderá ser filha de sua especulação e nunca o fruto da pesquisa imparcial e desprevenida da realidade.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que começou a empregar nos seus próprios doentes o método semiótico e terapêutico de Breuer, fez experiências que concordam com as dele. Podemos sintetizar os conhecimentos até agora adquiridos na seguinte fórmula: os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais (traumáticas). Os histéricos e neuróticos: não só recordam acontecimentos dolorosos que se deram há muito tempo, como ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Essa fixação da vida psíquica aos traumas patogênicos é um dos caracteres mais importantes da neurose e dos que têm maior significação prática.

Desde já aceito a objeção que provavelmente os senhores formularam refletindo sobre a história da paciente de Breuer. Todos os traumas que influíram na moça datavam do tempo em que ela cuidava do pai doente, e os sintomas que apresentava podem ser considerados como simples sinais mnêmicos da doença e da morte dele. Correspondem, portanto, a uma manifestação de luto, e a fixação à memória do finado, tão pouco tempo depois do traspasse, nada representa de patológico; corresponde antes a um processo emocional normal. Reconheço que na paciente de Breuer a fixação aos traumas nada tem de extraordinário. Mas em outros casos - como no tique por mim tratado, cujos fatores datavam mais de quinze e dez anos -, é muito nítido o caráter da fixação anormal ao passado. A doente de Breuer nos haveria de oferecer oportunidade de apreciar a mesma fixação anormal, se não tivesse sido tratada pelo método catártico tão pouco tempo depois do traumatismo e da eclosão dos sintomas.

Dois outros elementos da observação de Breuer podem também indicar-nos como conceber tanto o mecanismo da moléstia como o do restabelecimento.

Quanto ao primeiro, é preciso salientar que a doente de Breuer em quase todas as situações teve de subjugar uma poderosa emoção, em vez de permitir sua descarga por sinais apropriados de emoção, palavras ou ações.

Uma segunda observação de Breuer obriga-nos agora a atribuir grande significação aos estados de consciência para a característica dos fatos mórbidos. A doente de Breuer exibia, ao lado de seu estado normal, vários outros de `absence‘, confusão e alterações do caráter. Em estado normal ela ignorava totalmente as cenas patogênicas ou pelo menos havia rompido a conexão patogênica. Sob hipnose era possível, depois de considerável esforço, trazer tais cenas à memória, e por este trabalho de evocação os sintomas eram removidos. Ficaríamos em grande perplexidade para interpretar esse fato se a experiência do hipnotismo já não nos tivesse indicado o caminho. Pelo estudo dos fenômenos hipnóticos tornou-se habitual a concepção, a princípio estranhável, de que num mesmo indivíduo são possíveis vários agrupamentos mentais que podem ficar mais ou menos independentes entre si, sem que um `nada saiba’ do outro, e que podem se alternar entre si em sua emersão à consciência. Casos destes, também ocasionalmente, aparecem de forma espontânea, sendo então descritos como exemplos de `double consciente‘. Quando nessa divisão da personalidade a consciência fica constantemente ligada a um desses dois estados, chama-se esse o estado mental `conscience‘e o que dela permanece separado o `inconsciente‘. Nos conhecidos fenômenos da chamada `sugestão pós-hipnótica’, em que uma ordem dada durante a hipnose é depois, no estado normal, imperiosamente cumprida, tem-se um esplêndido modelo das influências que o estado inconsciente pode exercer no consciente, modelo esse que permite sem dúvida compreender o que ocorre na manifestação da histeria. Breuer resolveu admitir que os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares que chamava `hipnóides’. As excitações durante esses estados hipnóides tornam-se facilmente patogênicas porque não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Origina-se então, do processo de excitação, um produto anormal - o sintoma - que, como corpo estranho, se insinua no estado normal, escapando a este, por isso, o conhecimento da situação patogênica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também uma amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma.

Mattanó aponta que Freud começou a empregar nos seus próprios doentes o método semiótico e terapêutico de Breuer, fez experiências que concordam com as dele. Podemos sintetizar os conhecimentos até agora adquiridos na seguinte fórmula: os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais (traumáticas). Os histéricos e neuróticos: não só recordam acontecimentos dolorosos que se deram há muito tempo, como ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Essa fixação da vida psíquica aos traumas patogênicos é um dos caracteres mais importantes da neurose e dos que têm maior significação prática. Podemos dizer que os traumas também têm um sentido para os pacientes, inclusive um conceito cognitivo, um contexto, um comportamento, uma funcionalidade, uma simbologia e símbolos práticos para a sua vida mental, comportamental e cognitiva, uma argumentação e uma linguagem estruturadas que se desenvolvem com a alfabetização e os seus processos linguísticos, uma hermenêutica, um prazer e uma realidade que contribuem para a localização do paciente no mundo, caminhos cognitivos e um mapa cognitivo que promovem sua evolução ou involução e uma fixação no passado mediada por uma forte resistência psíquica e comportamental, cognitiva, que a impedem de discriminar as contingências do meio ambiente e do seu comportamento, inclusive do seu inconsciente, adquirindo um insight.

Desde já aceito a objeção que provavelmente os senhores formularam refletindo sobre a história da paciente de Breuer. Todos os traumas que influíram na moça datavam do tempo em que ela cuidava do pai doente, e os sintomas que apresentava podem ser considerados como simples sinais mnêmicos da doença e da morte dele. Correspondem, portanto, a uma manifestação de luto, e a fixação à memória do finado, tão pouco tempo depois do traspasse, nada representa de patológico; corresponde antes a um processo emocional normal. Reconheço que na paciente de Breuer a fixação aos traumas nada tem de extraordinário. Mas em outros casos - como no tique por mim tratado, cujos fatores datavam mais de quinze e dez anos -, é muito nítido o caráter da fixação anormal ao passado. A doente de Breuer nos haveria de oferecer oportunidade de apreciar a mesma fixação anormal, se não tivesse sido tratada pelo método catártico tão pouco tempo depois do traumatismo e da eclosão dos sintomas.

Dois outros elementos da observação de Breuer podem também indicar-nos como conceber tanto o mecanismo da moléstia como o do restabelecimento.

Quanto ao primeiro, é preciso salientar que a doente de Breuer em quase todas as situações teve de subjugar uma poderosa emoção, em vez de permitir sua descarga por sinais apropriados de emoção, palavras ou ações.

Uma segunda observação de Breuer obriga-nos agora a atribuir grande significação aos estados de consciência para a característica dos fatos mórbidos. A doente de Breuer exibia, ao lado de seu estado normal, vários outros de `absence‘, confusão e alterações do caráter. Em estado normal ela ignorava totalmente as cenas patogênicas ou pelo menos havia rompido a conexão patogênica. Sob hipnose era possível, depois de considerável esforço, trazer tais cenas à memória, e por este trabalho de evocação os sintomas eram removidos. Ficaríamos em grande perplexidade para interpretar esse fato se a experiência do hipnotismo já não nos tivesse indicado o caminho. Pelo estudo dos fenômenos hipnóticos tornou-se habitual a concepção, a princípio estranhável, de que num mesmo indivíduo são possíveis vários agrupamentos mentais que podem ficar mais ou menos independentes entre si, sem que um `nada saiba’ do outro, e que podem se alternar entre si em sua emersão à consciência. Casos destes, também ocasionalmente, aparecem de forma espontânea, sendo então descritos como exemplos de `double consciente‘. Quando nessa divisão da personalidade a consciência fica constantemente ligada a um desses dois estados, chama-se esse o estado mental `conscience‘e o que dela permanece separado o `inconsciente‘. Nos conhecidos fenômenos da chamada `sugestão pós-hipnótica’, em que uma ordem dada durante a hipnose é depois, no estado normal, imperiosamente cumprida, tem-se um esplêndido modelo das influências que o estado inconsciente pode exercer no consciente, modelo esse que permite sem dúvida compreender o que ocorre na manifestação da histeria. Breuer resolveu admitir que os sintomas histéricos apareciam em estados mentais particulares que chamava `hipnóides’. As excitações durante esses estados hipnóides tornam-se facilmente patogênicas porque não encontram neles as condições para a descarga normal do processo de excitação. Origina-se então, do processo de excitação, um produto anormal - o sintoma - que, como corpo estranho, se insinua no estado normal, escapando a este, por isso, o conhecimento da situação patogênica hipnóide. Onde existe um sintoma, existe também uma amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma. Percebemos que através da hipnose podemos criar em determinados casos, como nos de histeria, exemplos de `double consciente‘, conhecidos fenômenos da chamada `sugestão pós-hipnótica’, em que uma ordem dada durante a hipnose é depois, no estado normal, imperiosamente cumprida, isto ocorre na histeria. Breuer chamou de `hipnóides’ os estados mentais dos histéricos, e onde existe um sintoma também existe uma amnésia, uma lacuna na memória, cujo preenchimento abastece as condições que conduzem à produção do sintoma. Preenchimento que promove a formação de significados e de sentidos, mediado pela condensação e pelo deslocamento, senão também, pelo niilismo que causa a amnésia, a lacuna na memória, a ausência de significados e de sentidos em determinadas condições psíquicas, preparando a mente e o comportamento para o seu preenchimento que abastece as condições que conduzem à produção do sintoma histérico.

 

MATTANÓ

(07/12/2023)

 

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2023):

É preciso garimpar ou peneirar a geopolítica do seu administrador para poder administra-la e controla-la, ter poder sobre ela, e assim passar a selecionar o seu ¨licor¨ e o seu ¨tesouro¨, que são resultados do processo de garimpo e seleção das forças que modelam e que governam o comportamento do líder, mandatário ou político através das forças políticas, sociais, econômicas, antropológicas, empresariais, industriais, jurídicas, administrativas, comerciais, escolares, universitárias, domésticas, familiares, religiosas, espirituais, artísticas, culturais, informativas, comunicacionais, camponesas, rurais, agrícolas, agropecuárias, de transporte, de locomoção, de moradia, de urbanismo, de cidades, de saúde, de saneamento, de higiene, de água e esgoto, de cidadania, de relações afetivas e sociais, e de poder, de luta pela sobrevivência através da seleção natural, da competição entre indivíduos e espécies, e da evolução natural que hoje pode ser sentida e vivida na luta pelos diretos humanos e contra a corrupção das nações poderosas e dos políticos mais poderosos que tem poder para utilizarem a arte e os artistas de seus países para iludirem indivíduos e famílias inteiras com falsas promessas nunca aceitas por estas famílias e indivíduos, por terem conhecimento de que se tratam de crimes sexuais como voyeurismo, lavagem cerebral, tortura, extorsão, vingança, estupro virtual, estupro virtual coletivo, estupro, estupro coletivo, despersonalização, reversão da sexualidade, abuso sexual, moral, econômico e de poder, abuso de incapazes, falsidade ideológica, estelionato, corrupção, violência, crimes de guerra, crimes contra a igreja e os cultos religiosos, invasão da intimidade e da privacidade, invasão de domicílio, periciltação da vida e da saúde, tentativas de latrocídio e de homicídio, de chacinas e de roubos, perturbação da paz e da ordem, espancamento, tentativas de envenenamento, erros médicos e de diagnósticos por ação destes motivos citados acima, tentativa de estupro de pessoa virgem, tentativas de estupros de crianças e de menores de 14 anos de idade, pedofilia, violência sexual e moral, violência contra idosos e doentes, tentativas de feminicídio, tentativas de sequestros, sequestro de familiar, acidentes domésticos e de automóveis, degradação da saúde mental e física, ganho de peso e de diabetes mielitus, queimaduras acidentais por ação destes eventos citados acima que se somam na mente da vítima, omissão e negligência, imperícia, tentativas de criar na vida de suas vítimas padrões de comportamentos de pedófilos, estupradores, assassinos, ladrões, sequestradores, latrocídas e terroristas, de maníacos, como no caso do seriado ¨As noivas de Copacabana¨ de 1992 da Rede Globo de Televisão, isto acontece com toda a minha família e comigo desde 1992! Já me contaram que o psiquiatra da UEL, o Dr. Fábio, de 1997/1998, sabia que eu era esquizofrênico, pois está estampado no meu comportamento, ele queria criar um maníaco e pedófilo, um estuprador, por isso me diagnosticou com outro transtorno, até porque a esquizofrenia colocaria um fim nisso tudo com a minha aposentadoria! CADEIA!!!! JUSTIÇA!!!!! Ontem tentaram matar e sequestrar a mim e a minha mãe, além de ameaçarem roubar meus discos, hoje tem show dos Titãs em Londrina no estádio do Café, a polícia está me falando que o problema é este, encomendaram este crime, pois havia um esquema montado pelo caminho em que eu e minha mãe fizemos de volta para casa no qual fomos ameaçados de morte e de sequestro, esse esquema era de conhecimento de uma multidão de indivíduos, se está todo mundo querendo me matar e a minha família como já fizeram com outros membros dela, é porque Hollywood, os artistas e bandas dos EUA e do mundo, e do Brasil, a Rede Globo e as outras emissoras começaram a vender a ideia que eu e minha família ficaríamos milionários ou bilionários, inclusive a promotora Solange Vicentin participou disto numa casa noturna, a Polinter e o Banco do Brasil participam disto afirmando que eu tenho bilhões na minha conta bancária, mas se trata apenas de favorecimento ilícito que eu já denunciei e estou denunciando novamente, dinheiro para ladrões e sequestradores agirem e nos roubarem, sequestrarem e assassinarem de forma política e limpa, para vingar seus atletas e artistas que não tem humanidade e nem sentimento de civilização ou de fraternidade, são racistas e discriminadores, violadores e violentadores, abusadores e exploradores, estupradores e ladrões, maníacos e assassinos muito inteligentes e perigosos, mas todo crime deixa marcas e rastros, por isso querem apagar tudo, nossas vidas, famílias, amigos e amigas, professores e professoras, vítimas de invasão alienígena, de terrorismo e de guerras com mais guerras e bombas que possam não deixar vestígios para historiadores que possam vir a derrubar palácios de tiranos e maníacos que se envolvem em estupros de crianças e depois decidem assassina-las para não terem problemas com suas administrações apoiados por artistas e atletas invejosos e ladrões de obras de arte e de ciência, e de caridade, da igreja, para dizerem ¨foi eu quem fiz isto! Foi eu quem fez esta obra de caridade e o Santo Papa abençoar esse ou essa hipócrita! Inclusive sua gravadora e meios de comunicação!¨ CADEIA!!! JUSTIÇA!!!! Lugar de ladrão é na prisão!!!  

 

MATTANÓ

(08/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

SEGUNDA LIÇÃO

 

SENHORAS E SENHORES, - Quase ao mesmo tempo em que Breuer praticava a talking cure (cura de conversação) com sua paciente, começava o grande Charcot, em Paris, com as doentes histéricas da Salpêtrière, as investigações de onde havia de surgir nova concepção da enfermidade. Estes resultados não podiam, naquela ocasião, ser conhecidos em Viena. Quando, porém, cerca de dez anos mais tarde, Breuer e eu publicávamos nossa `Preliminary Communication‘ (Comunicação Preliminar) sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos, relacionada com o tratamento catártico da primeira doente de Breuer [1893a], já nos achávamos de todo sob a influência das pesquisas de Charcot. A nosso ver, os acontecimentos patogênicos de nossos doentes, isto é, os traumas psíquicos, eram equivalentes dos traumas físicos cuja influência nas paralisias histéricas fora precisada por Charcot; e a hipótese dos estados hipnóides de Breuer nada mais é que o reflexo da reprodução artificial daquelas paralisias traumáticas, que Charcot obtivera durante a hipnose.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que quase ao mesmo tempo em que Breuer praticava a talking cure (cura de conversação) com sua paciente, começava o grande Charcot, em Paris, com as doentes histéricas da Salpêtrière, as investigações de onde havia de surgir nova concepção da enfermidade. Porém, cerca de dez anos mais tarde, Breuer e eu publicávamos nossa `Preliminary Communication‘ (Comunicação Preliminar) sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos, relacionada com o tratamento catártico da primeira doente de Breuer [1893a], ao nosso ver, os traumas psíquicos, eram equivalentes dos traumas físicos cuja influência nas paralisias histéricas fora precisada por Charcot; e a hipótese dos estados hipnóides de Breuer nada mais é que o reflexo da reprodução artificial daquelas paralisias traumáticas, que Charcot obtivera durante a hipnose.

Mattanó aponta que quase ao mesmo tempo em que Breuer praticava a talking cure (cura de conversação) com sua paciente, começava o grande Charcot, em Paris, com as doentes histéricas da Salpêtrière, as investigações de onde havia de surgir nova concepção da enfermidade. Porém, cerca de dez anos mais tarde, Breuer e Freud publicaram sua `Preliminary Communication‘ (Comunicação Preliminar) sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos, relacionada com o tratamento catártico da primeira doente de Breuer [1893a], que entende, que os traumas psíquicos, eram equivalentes dos traumas físicos cuja influência nas paralisias histéricas fora precisada por Charcot; e a hipótese dos estados hipnóides de Breuer nada mais é que o reflexo da reprodução artificial daquelas paralisias traumáticas, que Charcot obtivera durante a hipnose. Observamos que começam a nascer os primeiros fundamentos da Psicanálise como talking cure (cura de conversação), mecanismo psíquico, fenômenos histéricos, tratamento catártico, traumas psíquicos, traumas físicos, paralisias histéricas, estados hipnoides, paralisias traumáticas e hipnose e com eles, seus significados e sentidos, conceitos e contextos aos quais se ligavam e dependiam, seus comportamentos e sua funcionalidade, sua argumentação e linguagem que era construída com base nos atos ilocucionários e atos perlocucionários, no pressuposto e no subentendido e no posto, na hermenêutica, sua simbologia e seus símbolos, seu inconsciente, seu subconsciente que realiza o que você acredita, e seu consciente, sua topografia comportamental, suas relações sociais, sua percepção e seu conhecimento, sua sabedoria, sua religião e seu conhecimento espiritual, sua antropologia, sua filosofia, sua arqueologia, sua história pessoal, coletiva, comunitária e institucional, sua vida burocrática e administrativa, suas relações com o poder e seus modos de relação, suas relações com a economia e as finanças, suas relações com as artes e a cultura, e suas relações com as autoridades, governos, políticos, militares e tragédias, catástrofes, acidentes, horrores, holocaustos, violências, terrorismo e guerras, e até com o apocalipse, isto é, se o apocalipse é encarado como uma tendência ou ameaça, ou manifestação de desejo amparado pelo princípio de realidade ou pelo princípio de prazer, descobrindo se ele é uma tendência instintiva filogenética, ontogenética, cultural, virtual, espiritual, da vida e/ou do cosmos e do universo, ou se é um pouco de cada uma destas tendências instintivas seletivas, competitivas e evolutivas convivendo e tendo que se relacionar para sobreviver entrópica e neguentrópicamente, ou seja, se organizando e se reorganizando ciclicamente a fim de levar a espécie e o indivíduo à evolução ou a involução.

 

MATTANÓ

(08/12/2023)

 

 

 

 

 

O grande observador francês, de quem fui discípulo em 1885 e 1886, não era propenso às concepções psicológicas. Foi seu discípulo Pierre Janet que tentou penetrar mais intimamente os processos psíquicos particulares da histeria, e nós seguimos-lhes o exemplo, tomando a divisão da mente e a dissociação da personalidade como ponto central de nossa teoria. Segundo a de Janet, que leva em grande conta as idéias dominantes na França sobre o papel da hereditariedade e da degeneração, a histeria é uma forma de alteração degenarativa do sistema nervoso, que se manifesta pela fraqueza congênita do poder de síntese psíquica. Os pacientes histéricos seriam, desde o princípio, incapazes de manter como um todo a multiplicidade dos processos mentais, e daí a dissociação psíquica. Se me for permitida uma comparação trivial mais precisa, direi que o paciente histérico de Janet lembra uma pobre mulher que saiu a fazer compras e volta carregada de pacotes. Não podendo só com dois braços e dez dedos conter toda a pilha, cai-lhe primeiro um embrulho; ao inclinar-se para levantá-lo, cai-lhe outro, e assim sucessivamente. Contrariando, porém, esta suposta fraqueza mental dos pacientes histéricos, podem observar-se neles, além dos fenômenos de capacidade diminuída, outros, por assim dizer compensadores, de exaltação parcial da eficiência. Durante o tempo em que a doente de Breuer esquecera a língua materna e outros idiomas exceto o inglês, era tal a facilidade com que falava este último, que chegava a ponto de ser capaz, diante de um livro alemão, de traduzi-lo à primeira vista, perfeita e corretamente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os pacientes histéricos seriam, desde o princípio, incapazes de manter como um todo a multiplicidade dos processos mentais, e daí a dissociação psíquica. Direi que o paciente histérico de Janet lembra uma pobre mulher que saiu a fazer compras e volta carregada de pacotes. Não podendo só com dois braços e dez dedos conter toda a pilha, cai-lhe primeiro um embrulho; ao inclinar-se para levantá-lo, cai-lhe outro, e assim sucessivamente. Contrariando, porém, esta suposta fraqueza mental dos pacientes histéricos, podem observar-se neles, além dos fenômenos de capacidade diminuída, outros, por assim dizer compensadores, de exaltação parcial da eficiência.

Mattanó aponta que os pacientes histéricos seriam, desde o princípio, incapazes de manter como um todo a multiplicidade dos processos mentais, e daí a dissociação psíquica. Direi que o paciente histérico de Janet lembra uma pobre mulher que saiu a fazer compras e volta carregada de pacotes. Não podendo só com dois braços e dez dedos conter toda a pilha, cai-lhe primeiro um embrulho; ao inclinar-se para levantá-lo, cai-lhe outro, e assim sucessivamente. Contrariando, porém, esta suposta fraqueza mental dos pacientes histéricos, podem observar-se neles, além dos fenômenos de capacidade diminuída, outros, por assim dizer compensadores, de exaltação parcial da eficiência. Tanto na fraqueza mental quanto na exaltação parcial da eficiência os pacientes histéricos demonstram estes sintomas associados com fraqueza mental ou exaltação parcial da eficiência de significados e sentidos, inclusive de comportamentos e de discriminação, por exemplo, da sua funcionalidade, da sua argumentação e linguagem, da sua hermenêutica e dos seus processos analíticos, conclusivos e interpretativos.

 

MATTANÓ

(09/12/2023)

 

 

 

 

 

 

Quando eu, mais tarde, prosseguia sozinho as pesquisas iniciadas por Breuer, fui levado a outro ponto de vista a respeito da dissociação histérica (a divisão da consciência). Era fatal essa divergência, aliás decisiva para o resultado futuro, visto que eu não partia, como Janet, de experiências de laboratório e sim do trabalho terapêutico.

O que sobretudo me impelia era a necessidade prática. O procedimento catártico, como Breuer o praticava, exigia previamente a hipnose profunda do doente, pois só no estado hipnótico é que tinha este o conhecimento das ligações patogênicas que em condições normais lhe escapavam. Tornou-se-me logo enfadonho o hipnotismo, como recurso incerto e algo místico; e quando verifiquei que apesar de todos os esforços não conseguia hipnotizar senão parte de meus doentes, decidi abandoná-lo, tornando o procedimento catártico independente dele. Como não podia modificar à vontade o estado psíquico dos doentes, procurei agir mantendo-os em estado normal. Parecia isto a princípio empresa insensata e sem probabilidade de êxito. Tratava-se de fazer o doente contar aquilo que ninguém, nem ele mesmo, sabia. Como esperar consegui-lo? O auxílio me veio da recordação de uma experiência de Bernheim, singularíssima e instrutiva, a que eu assistira em Nancy [em 1889]. Bernheim nos havia então mostrado que as pessoas por ele submetidas ao sonambulismo hipnótico e que nesse estado tinham executado atos diversos, só aparentemente perdiam a lembrança dos fatos ocorridos, sendo possível despertar nelas tal lembrança, mesmo no estado normal. Quando interrogadas a propósito do que havia acontecido durante o sonambulismo, afirmavam de começo nada saber; mas se ele não cedia, insistindo com elas e assegurando-lhes que era possível lembrar, a recordação vinha sempre de novo à consciência.

Procedi do mesmo modo com os meus doentes. Quando chegávamos a um ponto em que nos afirmavam nada mais saber, assegurava-lhes que sabiam, que só precisavam dizer, e ia mesmo até afirmar que a recordação exata seria a que lhes apontasse no momento em que lhes pusesse a mão sobre a fronte. Dessa maneira pude, prescindindo do hipnotismo, conseguir que os doentes revelassem tudo quanto fosse preciso para estabelecer os liames existentes entre as cenas patogênicas olvidadas e os seus resíduos - os sintomas. Esse processo era, porém, ao cabo de algum tempo, extenuante, inadequado para uma técnica definitiva.

Não o abandonei, contudo, sem tirar, das observações feitas, conclusões decisivas. Vi confirmado, assim, que as recordações esquecidas não se haviam perdido. Jaziam em poder do doente e prontas a ressurgir em associação com os fatos ainda sabidos, mas alguma força as detinha, obrigando-as a permanecer inconscientes. A existência desta força pode ser seguramente admitida, pois sentia-se-lhe a potência quando, em oposição a ela, se intentava trazer à consciência do doente as lembranças inconscientes. A força que mantinha o estado mórbido fazia-se sentir como resistência do enfermo.

Nesta idéia de resistência alicercei então minha concepção acerca dos processos psíquicos na histeria. Para o restabelecimento do doente mostrou-se indispensável suprimir estas resistências. Partindo do mecanismo da cura, podia-se formar idéia muito precisa da gênese da doença. As mesmas forças que hoje, como resistência, se opõem a que o esquecido volte à consciência deveriam ser as que antes tinham agido, expulsando da consciência os acidentes patogênicos correspondentes. A esse processo, por mim formulado, dei o nome de `repressão‘ e julguei-o demonstrado pela presença inegável da resistência.

Podia-se ainda perguntar, sem dúvida, que força era essa e quais as condições da repressão, em que reconhecemos agora o mecanismo patogênico da histeria. Um exame comparativo das situações patogênicas, conhecidas graças ao tratamento catártico, permitia dar a conveniente resposta. Tratava-se em todos os casos do aparecimento de um desejo violento  mas em contraste com os demais desejos do indivíduo e incompatível com as aspirações morais e estéticas da própria personalidade. Produzia-se um rápido conflito e o desfecho desta luta interna era sucumbir à repressão a idéia que aparecia na consciência trazendo em si o desejo inconciliável, sendo a mesma expulsa da consciência e esquecida, juntamente com as respectivas lembranças. Era, portanto, a incompatibilidade entre a idéia e o ego do doente, o motivo da repressão; as aspirações individuais, éticas e outras, eram as forças repressivas. A aceitação do impulso desejoso incompatível ou o prolongamento do conflito teriam despertado intenso desprazer; a repressão evitava o desprazer, revelando-se desse modo um meio de proteção da personalidade psíquica.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a dissociação histérica (a divisão da consciência): o procedimento catártico, como Breuer o praticava, exigia previamente a hipnose profunda do doente, pois só no estado hipnótico é que tinha este o conhecimento das ligações patogênicas que em condições normais lhe escapavam. Tornou-se-me logo enfadonho o hipnotismo, como recurso incerto e algo místico; e quando verifiquei que apesar de todos os esforços não conseguia hipnotizar senão parte de meus doentes, decidi abandoná-lo, tornando o procedimento catártico independente dele. Como não podia modificar à vontade o estado psíquico dos doentes, procurei agir mantendo-os em estado normal. Bernheim nos havia então mostrado que as pessoas por ele submetidas ao sonambulismo hipnótico e que nesse estado tinham executado atos diversos, só aparentemente perdiam a lembrança dos fatos ocorridos, sendo possível despertar nelas tal lembrança, mesmo no estado normal. Quando interrogadas a propósito do que havia acontecido durante o sonambulismo, afirmavam de começo nada saber; mas se ele não cedia, insistindo com elas e assegurando-lhes que era possível lembrar, a recordação vinha sempre de novo à consciência.

Procedi do mesmo modo com os meus doentes. Quando chegávamos a um ponto em que nos afirmavam nada mais saber, assegurava-lhes que sabiam, que só precisavam dizer, e ia mesmo até afirmar que a recordação exata seria a que lhes apontasse no momento em que lhes pusesse a mão sobre a fronte. Dessa maneira pude, prescindindo do hipnotismo, conseguir que os doentes revelassem tudo quanto fosse preciso para estabelecer os liames existentes entre as cenas patogênicas olvidadas e os seus resíduos - os sintomas. Esse processo era, porém, ao cabo de algum tempo, extenuante, inadequado para uma técnica definitiva.

As recordações esquecidas não se haviam perdido. Jaziam em poder do doente e prontas a ressurgir em associação com os fatos ainda sabidos, mas alguma força as detinha, obrigando-as a permanecer inconscientes. A existência desta força pode ser seguramente admitida, pois sentia-se-lhe a potência quando, em oposição a ela, se intentava trazer à consciência do doente as lembranças inconscientes. A força que mantinha o estado mórbido fazia-se sentir como resistência do enfermo.

As mesmas forças que hoje, como resistência, se opõem a que o esquecido volte à consciência deveriam ser as que antes tinham agido, expulsando da consciência os acidentes patogênicos correspondentes. A esse processo, por mim formulado, dei o nome de `repressão‘ e julguei-o demonstrado pela presença inegável da resistência.

Tratava-se em todos os casos do aparecimento de um desejo violento  mas em contraste com os demais desejos do indivíduo e incompatível com as aspirações morais e estéticas da própria personalidade. Produzia-se um rápido conflito e o desfecho desta luta interna era sucumbir à repressão a idéia que aparecia na consciência trazendo em si o desejo inconciliável, sendo a mesma expulsa da consciência e esquecida, juntamente com as respectivas lembranças. Era, portanto, a incompatibilidade entre a idéia e o ego do doente, o motivo da repressão; as aspirações individuais, éticas e outras, eram as forças repressivas. A aceitação do impulso desejoso incompatível ou o prolongamento do conflito teriam despertado intenso desprazer; a repressão evitava o desprazer, revelando-se desse modo um meio de proteção da personalidade psíquica.

Mattanó aponta que na dissociação histérica (a divisão da consciência): o procedimento catártico, como Breuer o praticava, exigia previamente a hipnose profunda do doente, pois só no estado hipnótico é que tinha este o conhecimento das ligações patogênicas que em condições normais lhe escapavam. Tornou-se logo enfadonho o hipnotismo, como recurso incerto e algo místico; e quando foi verificado por Freud que apesar de todos os esforços não conseguia hipnotizar senão parte de meus doentes, decidiu abandoná-lo, tornando o procedimento catártico independente dele. Como não podia modificar à vontade do estado psíquico dos doentes, procurou agir mantendo-os em estado normal. Bernheim nos havia então mostrado que as pessoas por ele submetidas ao sonambulismo hipnótico e que nesse estado tinham executado atos diversos, só aparentemente perdiam a lembrança dos fatos ocorridos, sendo possível despertar nelas tal lembrança, mesmo no estado normal. Quando interrogadas a propósito do que havia acontecido durante o sonambulismo, afirmavam de começo nada saber; mas se ele não cedia, insistindo com elas e assegurando-lhes que era possível lembrar, a recordação vinha sempre de novo à consciência.

Procedeu do mesmo modo com os seus doentes. Quando chegou a um ponto em que afirmavam nada mais saber, assegurava-lhes que sabiam, que só precisavam dizer, e ia mesmo até afirmar que a recordação exata seria a que lhes apontasse no momento em que lhes pusesse a mão sobre a fronte. Dessa maneira pode, prescindindo do hipnotismo, conseguir que os doentes revelassem tudo quanto fosse preciso para estabelecer os liames existentes entre as cenas patogênicas olvidadas e os seus resíduos - os sintomas. Esse processo era, porém, ao cabo de algum tempo, extenuante, inadequado para uma técnica definitiva.

As recordações esquecidas não se haviam perdido. Jaziam em poder do doente e prontas a ressurgir em associação com os fatos ainda sabidos, mas alguma força as detinha, obrigando-as a permanecer inconscientes. A existência desta força pode ser seguramente admitida, pois sentia-se-lhe a potência quando, em oposição a ela, se intentava trazer à consciência do doente as lembranças inconscientes. A força que mantinha o estado mórbido fazia-se sentir como resistência do enfermo.

As mesmas forças que hoje, como resistência, se opõem a que o esquecido volte à consciência deveriam ser as que antes tinham agido, expulsando da consciência os acidentes patogênicos correspondentes. A esse processo, por Freud formulado, deu o nome de `repressão‘ e julguei-o demonstrado pela presença inegável da resistência.

Tratava-se em todos os casos do aparecimento de um desejo violento  mas em contraste com os demais desejos do indivíduo e incompatível com as aspirações morais e estéticas da própria personalidade. Produzia-se um rápido conflito e o desfecho desta luta interna era sucumbir à repressão a idéia que aparecia na consciência trazendo em si o desejo inconciliável, sendo a mesma expulsa da consciência e esquecida, juntamente com as respectivas lembranças. Era, portanto, a incompatibilidade entre a idéia e o ego do doente, o motivo da repressão; as aspirações individuais, éticas e outras, eram as forças repressivas. A aceitação do impulso desejoso incompatível ou o prolongamento do conflito teriam despertado intenso desprazer; a repressão evitava o desprazer, revelando-se desse modo um meio de proteção da personalidade psíquica.

Um modo aceitável de lidar com o conteúdo desejoso incompatível que produz um prolongamento do conflito e um intenso desprazer quando a repressão falha e não consegue expulsar da consciência este desejo inconciliável por meio de ideias oriundas de lavagem cerebral, extorsão, vingança, estupro virtual, despersonalização, estupro e tentativas de estupro, tentativas de reversão da sexualidade, tortura, violência, roubo, espancamento e tentativas de homicídio, de envenenamento e de chacinas, obstrução da justiça, podemos dizer que temos como atenuador das consequências devastadoras destes crimes, a Teoria da Abundância de Mattanó, que faz com que o paciente não seja controlado, nem por razões e por literalidade ou por contextos quanto a conteúdo desejoso incompatível que produz prolongamento do conflito e um intenso desprazer, de modo que a técnica que Mattanó, faz com que até mesmo os sentimentos de desprazer sejam dessensibilizados e não mais dominem o comportamento do paciente, substituindo-os por atenção e intenção, tempo e eternidade, consciência que age como uma Hóstia Viva ou uma célula viva que produz milagres, a sua própria liberdade, liberdade para viver e para se poder ensinar a viver, criando uma homeostase, um equilíbrio de mental, uma consciência que passa a definir sua identidade, consciência, atividade e afetividade, para que você possa enfim poder resignificar seu mundo objetal e dar um novo sentido a ele, aceitando-o e investindo nele.

 

MATTANÓ

(10/12/2023)

 

 

 

 

Dos muitos casos por mim observados quero relatar-lhes um apenas, no qual são patentes os aspectos determinantes e a vantagem da repressão. Para não me afastar do meu propósito, sou forçado a resumir esta história clínica, deixando de lado importantes hipóteses. A paciente era uma jovem que perdera recentemente o pai, depois de tomar parte, carinhosamente, nos cuidados ao enfermo - situação análoga à da doente de Breuer. Nascera, quando a irmã mais velha se casou, uma simpatia particular para o novo cunhado, que se mascarava por disfarce de ternura familiar. Esta irmã adoeceu logo depois e veio a falecer durante a ausência da minha doente e de sua mãe. Estas foram chamadas urgentemente, sem notícia completa do doloroso acontecimento. Quando a moça chegou ao leito da morta, correu-lhe na mente, por um rápido instante, uma idéia mais ou menos assim: `ele agora está livre, pode desposar-me.’ É-nos lícito admitir como certo que esta idéia, denunciando-lhe à consciência o intenso amor que sem o saber tinha ao cunhado, foi logo entregue à repressão pelos próprios sentimentos revoltados. A jovem adoeceu com graves sintomas histéricos e quando comecei a tratá-la tinha esquecido não só aquela cena junto ao leito da irmã, como também o concomitante sofrimento indigno e egoísta. Mas recordou-se de tudo durante o tratamento, reproduziu o incidente patogênico com sinais de intensa emoção, e curou-se.

Talvez possa ilustrar o processo de repressão e a necessária relação deste com a resistência, mediante uma comparação grosseira, tirada de nossa própria situação neste recinto. Imaginem que nesta sala e neste auditório, cujo silêncio e cuja atenção eu não saberia louvar suficientemente, se acha no entanto um indivíduo comportando-se de modo inconveniente, perturbando-nos com risotas, conversas e batidas de pé, desviando-me a atenção de minha incumbência. Declaro não poder continuar assim a exposição; diante disso alguns homens vigorosos dentre os presentes se levantam, e após ligeira luta põem o indivíduo fora da porta. Ele está agora `reprimido’ e posso continuar minha exposição. Para que, porém, se não repita o incômodo se o elemento perturbador tentar penetrar novamente na sala, os cavalheiros que me satisfizeram a vontade levam as respectivas cadeiras para perto da porta e, consumada a repressão, se postam como `resistências’. Se traduzirmos agora os dois lugares, sala e vestíbulo, para a psique, como `consciente’ e `inconsciente’, os senhores terão uma imagem mais ou menos perfeita do processo de repressão.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o processo de repressão e a resistência e para isto ele ilustra o processo de repressão e a necessária relação deste com a resistência, mediante uma comparação grosseira, tirada de nossa própria situação neste recinto. Imaginem que nesta sala e neste auditório, cujo silêncio e cuja atenção eu não saberia louvar suficientemente, se acha no entanto um indivíduo comportando-se de modo inconveniente, perturbando-nos com risotas, conversas e batidas de pé, desviando-me a atenção de minha incumbência. Declaro não poder continuar assim a exposição; diante disso alguns homens vigorosos dentre os presentes se levantam, e após ligeira luta põem o indivíduo fora da porta. Ele está agora `reprimido’ e posso continuar minha exposição. Para que, porém, se não repita o incômodo se o elemento perturbador tentar penetrar novamente na sala, os cavalheiros que me satisfizeram a vontade levam as respectivas cadeiras para perto da porta e, consumada a repressão, se postam como `resistências’. Se traduzirmos agora os dois lugares, sala e vestíbulo, para a psique, como `consciente’ e `inconsciente’, os senhores terão uma imagem mais ou menos perfeita do processo de repressão.

Mattanó aponta o processo de repressão e a resistência e para isto ele ilustra o processo de repressão e a necessária relação deste com a resistência, mediante uma comparação grosseira, tirada da própria situação do recinto onde Freud se encontrava. Imaginem que na sala e no auditório, cujo silêncio e cuja atenção Freud não saberia louvar suficientemente, se acha no entanto um indivíduo comportando-se de modo inconveniente, perturbando todos com risotas, conversas e batidas de pé, desviando a atenção da incumbência de Freud. Este declara não poder continuar assim a exposição; diante disso alguns homens vigorosos dentre os presentes se levantam, e após ligeira luta põem o indivíduo fora da porta. Ele está agora `reprimido’ e Freud pode continuar sua exposição. Para que, porém, se não repita o incômodo se o elemento perturbador tentar penetrar novamente na sala, os cavalheiros que lhe satisfizeram a vontade levam as respectivas cadeiras para perto da porta e, consumada a repressão, se postam como `resistências’. Se traduzirmos agora os dois lugares, sala e vestíbulo, para a psique, como `consciente’ e `inconsciente’, os senhores terão uma imagem mais ou menos perfeita do processo de repressão. O processo de repressão ocorre mediante uma significação e um sentido de repressão, que pode ser comportamental, conceitual, funcional, contextual, de argumentação e linguagem, simbólico ou de simbologias, arquetípico, topográfico, de relações sociais ou de gestalts e insights, e as resistências também adquirem um significado e um sentido como um obstáculo que consuma a repressão.

 

MATTANÓ

(11/12/2023)

 

 

 

 

 

 

Os senhores podem ver desde logo onde está a diferença entre nossa concepção e a de Janet. Não atribuímos a divisão psíquica à incapacidade inata para a síntese da parte do aparelho psíquico, mas explicamo-lo dinamicamente pelo conflito de forças mentais contrárias, reconhecendo nele o resultado de uma luta ativa da parte dos dois agrupamentos psíquicos entre si. De nossa concepção surgem novos problemas, em grande número. Os conflitos psíquicos são excessivamente freqüentes; observa-se com muita regularidade o esforço do eu para se defender de recordações penosas, sem que isso produza a divisão psíquica. É forçoso, portanto, admitir que outras condições são também necessárias para que do conflito resulte a dissociação. Concordo de boa-vontade que com a hipótese da repressão, estamos não no remate, mas antes no limiar de uma teoria psicológica; só passo a passo podemos avançar, esperando que um trabalho posterior mais aprofundado aperfeiçoe os conhecimentos.

Os presentes devem abster-se de examinar o caso da doente de Breuer sob o ponto de vista da repressão: essa história clínica não se presta para isso porque foi obtida sob o influxo do hipnotismo. Só prescindido deste último poderão perceber a resistência e a repressão, e formar idéia exata do processo patogênico real. A hipnose encobre a resistência, deixando livre e acessível um determinado setor psíquico, em cujas fronteiras, porém, acumula as resistências, criando para o resto uma barreira intransponível.

O que de mais importante nos proporcionou a observação de Breuer foi esclarecer as relações dos sintomas com as experiências patogênicas ou traumas psíquicos, resultado que não devemos deixar de focalizar agora sob o ponto de vista da teoria da repressão. À primeira vista, com efeito, não se percebe como, partindo da repressão, se pode chegar à formação dos sintomas. Em lugar de trazer uma complicada dedução teórica, prefiro retornar à comparação que há pouco nos serviu. Suponhamos que com a expulsão do perturbador e com a guarda à porta não terminou o incidente. Pode muito bem ser que o sujeito, irritado e sem nenhuma consideração, continue a nos dar que fazer. Ele já não está aqui conosco; ficamos livres de sua presença, dos motejos, dos apartes, mas a expulsão foi por assim dizer inútil, pois lá de fora ele dá um espetáculo insuportável, e com berros e murros na porta nos perturba a conferência mais do que antes. Em tais conjunturas poderíamos felicitar-nos se o nosso honrado presidente, Dr. Stanley Hall, quisesse assumir o papel de medianeiro e pacificador. Iria parlamentar com o nosso intratável companheiro e voltaria pedindo-nos que o recebêssemos de novo, garantindo-nos um comportamento conveniente daqui por diante. Graças à autoridade do Dr. Hall, condescendemos em desfazer a repressão, voltando a paz e o sossego. Eis uma representação muito apropriada da missão que cabe ao médico na terapêutica psicanalítica das neuroses.

Agora, para dizê-lo sem rebuços: chegamos à convicção, pelo exame dos doentes histéricos e outros neuróticos, de que a repressão das idéias, a que o desejo insuportável está apenso, malogrou. Expeliram-nas da consciência e da lembrança; com isso os pacientes se livraram aparentemente de grande soma de dissabores. Mas o impulso desejoso continua a existir no inconsciente à espreita de oportunidade para se revelar, concebe a formação de um substituto do reprimido, disfarçado e irreconhecível, para lançar à consciência, substituto ao qual logo se liga a mesma sensação de desprazer que se julgava evitada pela repressão. Esta substituição da idéia reprimida - o sintoma - é protegida contra as forças defensivas do ego e em lugar do breve conflito, começa então um sofrimento interminável. No sintoma, a par dos sinais do disfarce, podem reconhecer-se traços de semelhança com a idéia primitivamente reprimida. Pelo tratamento psicanalítico desvenda-se o trajeto ao longo do qual se realizou a substituição, e para a recuperação é necessário que o sintoma seja reconduzido pelo mesmo caminho até a idéia reprimida.

Uma vez restituído à atividade mental consciente aquilo que fora reprimido - e isso pressupõe que consideráveis resistências tenham sido desfeitas - o conflito psíquico que desse modo se originara e que o doente quis evitar, alcança, orientado pelo médico, uma solução mais feliz do que a oferecida pela repressão. Há várias dessas soluções para rematar satisfatoriamente conflito e neurose, as quais, em determinados casos, podem combinar-se entre si. Ou a personalidade do doente se convence de que repelira sem razão o desejo e consente em aceitá-lo total ou parcialmente, ou este mesmo desejo é dirigido para um alvo irrepreensível e mais elevado (o que se chama `sublimação’ do desejo), ou, finalmente, reconhece como justa a repulsa. Nesta última hipótese o mecanismo da repressão, automático por isso mesmo insuficiente, é substituído por um julgamento de condenação com a ajuda das mais altas funções mentais do homem - o controle consciente do desejo é atingido.

Desculpem-me se porventura não logrei apresentar-lhes mais compreensivelmente estes pontos de vista capitais do método terapêutico hoje denominado `psicanálise’. A dificuldade não está só na novidade do assunto. A natureza dos desejos incompatíveis que, não obstante a repressão, continuam a dar sinal de si no inconsciente, e os elementos determinantes subjetivos e constitucionais que devem estar presentes em qualquer pessoa antes do malogro da repressão podem ocorrer e um substituto ou sintoma ser formado - sobre tudo isto procurarei esclarecer em algumas observações posteriores.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a sua ¨psicanálise¨ apresenta dois conceitos que a definem, o inconsciente e o consciente que se estruturam e organizam segundo os processos da repressão e os mecanismos da resistência, graças a repressão, voltamos a ter paz e sossego. A substituição da idéia reprimida - o sintoma - é protegida contra as forças defensivas do ego e em lugar do breve conflito, começa então um sofrimento interminável. No sintoma, a par dos sinais do disfarce, podem reconhecer-se traços de semelhança com a idéia primitivamente reprimida. Pelo tratamento psicanalítico desvenda-se o trajeto ao longo do qual se realizou a substituição, e para a recuperação é necessário que o sintoma seja reconduzido pelo mesmo caminho até a idéia reprimida.

Uma vez restituído à atividade mental consciente aquilo que fora reprimido - e isso pressupõe que consideráveis resistências tenham sido desfeitas - o conflito psíquico que desse modo se originara e que o doente quis evitar, alcança, orientado pelo médico, uma solução mais feliz do que a oferecida pela repressão. Há várias dessas soluções para rematar satisfatoriamente conflito e neurose, as quais, em determinados casos, podem combinar-se entre si. Ou a personalidade do doente se convence de que repelira sem razão o desejo e consente em aceitá-lo total ou parcialmente, ou este mesmo desejo é dirigido para um alvo irrepreensível e mais elevado (o que se chama `sublimação’ do desejo), ou, finalmente, reconhece como justa a repulsa. Nesta última hipótese o mecanismo da repressão, automático por isso mesmo insuficiente, é substituído por um julgamento de condenação com a ajuda das mais altas funções mentais do homem - o controle consciente do desejo é atingido.

Mattanó aponta que a ¨psicanálise¨ apresenta dois conceitos que a definem, o inconsciente e o consciente que se estruturam e organizam segundo os processos da repressão e os mecanismos da resistência, graças a repressão, voltamos a ter paz e sossego. A substituição da idéia reprimida - o sintoma - é protegida contra as forças defensivas do ego e em lugar do breve conflito, começa então um sofrimento interminável. No sintoma, a par dos sinais do disfarce, podem reconhecer-se traços de semelhança com a idéia primitivamente reprimida. Pelo tratamento psicanalítico desvenda-se o trajeto ao longo do qual se realizou a substituição, e para a recuperação é necessário que o sintoma seja reconduzido pelo mesmo caminho até a idéia reprimida.

Uma vez restituído à atividade mental consciente aquilo que fora reprimido - e isso pressupõe que consideráveis resistências tenham sido desfeitas - o conflito psíquico que desse modo se originara e que o doente quis evitar, alcança, orientado pelo médico, uma solução mais feliz do que a oferecida pela repressão. Há várias dessas soluções para rematar satisfatoriamente conflito e neurose, as quais, em determinados casos, podem combinar-se entre si. Ou a personalidade do doente se convence de que repelira sem razão o desejo e consente em aceitá-lo total ou parcialmente, ou este mesmo desejo é dirigido para um alvo irrepreensível e mais elevado (o que se chama `sublimação’ do desejo), podendo se manifestar como paranormalidade, genialidade, hipergenialidade no caso dos super-humanos, ou, finalmente, reconhece como justa a repulsa. Nesta última hipótese o mecanismo da repressão, automático por isso mesmo insuficiente, é substituído por um julgamento de condenação com a ajuda das mais altas funções mentais do homem - o controle consciente do desejo é atingido. Em todos estes casos atribuindo significados e sentidos particulares e que definem a atividade mental consciente e inconsciente do individuo, diante de suas relações sociais e comportamentais, de suas relações de funcionalidade, de prazer e realidade, de argumentação e linguagem, de topografia, de Gestalt e insights, de arquétipos, de análises, conclusões e interpretações – por meio destes caminhos o psicanalista pode alcançar o controle consciente do desejo em questão e solucionar o seu drama ou problema.

 

MATTANÓ

(13/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

 

TERCEIRA LIÇÃO

 

SENHORAS E SENHORES, - Nem sempre é fácil dizer a verdade, mormente quando é mister ser conciso, e por isso vejo-me obrigado a corrigir uma inexatidão que cometi na última conferência. Dizia-lhes eu que quando, posto de lado o hipnotismo, eu forçava os doentes a comunicarem o que lhes viesse à mente - pois que saibam, apesar de tudo, aquilo que supunham ter esquecido, e a idéia que lhes brotasse havia de certamente conter em si o que se procurava -, pude, com efeito, verificar que o primeiro pensamento surgido trazia o elemento desejado e se revelava como a continuação inadvertida da lembrança. Isto, porém, nem sempre é certo; foi por amor à concisão que o apresentei com essa singeleza. Na realidade, só nas primeiras vezes aconteceu que pela simples pressão de minha parte exatamente o esquecido que buscávamos se apresentasse. Continuando a empregar o método, vinham pensamentos despropositados, que não poderiam ser o procurado e que os próprios doentes repeliam como inexatos. Já não adiantava insistência e poder-se-ia de novo lamentar o abandono do hipnotismo.

Neste estado de perplexidade vali-me de um pressuposto cuja exatidão científica foi anos depois demonstrada pelo meu amigo C. G. Jung, de Zurique, e seus discípulos. Devo afirmar que às vezes é muito útil ter um pressuposto. Eu tinha em alto conceito o rigor do determinismo dos processos mentais e não podia crer que uma idéia concebida pelo doente com atenção concentrada fosse inteiramente espontânea, sem nenhuma relação com a representação mental esquecida e por nós procurada. Que não fosse idêntica a esta, explicava-se satisfatoriamente pela situação psicológica suposta. Duas forças antagônicas atuavam no doente; de um lado, o esforço refletido para trazer à consciência o que jazia deslembrado no inconsciente; de outro lado a resistência, já nossa conhecida, impedindo a passagem para o consciente do elemento reprimido ou dos derivados deste. Se fosse igual a zero ou insignificante a resistência, o olvidado se tornaria consciente sem deformação. Podemos admitir que seja tanto maior a deformação do elemento procurado quanto mais forte a resistência que o detiver. O pensamento que no doente vinha em lugar do desejado, tinha origem idêntica à de um sintoma; era uma nova substituição artificial e efêmera do reprimido e tanto menos semelhante a ele quanto maior a deformação que tivesse de sofrer sob a influência da resistência. Ele devia mostrar, porém, certa parecença com o procurado, em virtude da sua natureza de sintoma; e desde que a resistência não fosse muito intensa, seria possível, partindo da idéia, lobrigar o oculto que se buscava. O pensamento devia comportar-se em relação ao elemento reprimido com uma alusão, como uma representação do mesmo por meio de palavras indiretas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que na realidade, só nas primeiras vezes em que usou o hipnotismo aconteceu que pela simples pressão de sua parte exatamente o esquecido que buscávamos se apresentasse. Continuando a empregar o método, vinham pensamentos despropositados, que não poderiam ser o procurado e que os próprios doentes repeliam como inexatos. Já não adiantava insistência e poder-se-ia de novo lamentar o abandono do hipnotismo.

E que duas forças antagônicas atuavam no doente; de um lado, o esforço refletido para trazer à consciência o que jazia deslembrado no inconsciente; de outro lado a resistência, já nossa conhecida, impedindo a passagem para o consciente do elemento reprimido ou dos derivados deste. Se fosse igual a zero ou insignificante a resistência, o olvidado se tornaria consciente sem deformação. Podemos admitir que seja tanto maior a deformação do elemento procurado quanto mais forte a resistência que o detiver. O pensamento que no doente vinha em lugar do desejado, tinha origem idêntica à de um sintoma; era uma nova substituição artificial e efêmera do reprimido e tanto menos semelhante a ele quanto maior a deformação que tivesse de sofrer sob a influência da resistência. Ele devia mostrar, porém, certa parecença com o procurado, em virtude da sua natureza de sintoma; e desde que a resistência não fosse muito intensa, seria possível, partindo da idéia, lobrigar o oculto que se buscava. O pensamento devia comportar-se em relação ao elemento reprimido com uma alusão, como uma representação do mesmo por meio de palavras indiretas.

Mattanó aponta que na realidade, só nas primeiras vezes em que Freud usou o hipnotismo aconteceu que pela simples pressão de sua parte exatamente o esquecido que ele buscou se apresentou. Continuando a empregar o método, vinham pensamentos despropositados, que não poderiam ser o procurado e que os próprios doentes repeliam como inexatos. Já não adiantava insistência e poder-se-ia de novo lamentar o abandono do hipnotismo.

E que duas forças antagônicas atuavam no doente; de um lado, o esforço refletido para trazer à consciência o que jazia deslembrado no inconsciente; de outro lado a resistência, já nossa conhecida, impedindo a passagem para o consciente do elemento reprimido ou dos derivados deste. Se fosse igual a zero ou insignificante a resistência, o olvidado se tornaria consciente sem deformação. Podemos admitir que seja tanto maior a deformação do elemento procurado quanto mais forte a resistência que o detiver. O pensamento que no doente vinha em lugar do desejado, tinha origem idêntica à de um sintoma; era uma nova substituição artificial e efêmera do reprimido e tanto menos semelhante a ele quanto maior a deformação que tivesse de sofrer sob a influência da resistência. Ele devia mostrar, porém, certa parecença com o procurado, em virtude da sua natureza de sintoma; e desde que a resistência não fosse muito intensa, seria possível, partindo da idéia, lobrigar o oculto que se buscava. O pensamento devia comportar-se em relação ao elemento reprimido com uma alusão, como uma representação do mesmo por meio de palavras indiretas. Estas palavras indiretas são os significados e os sentidos ou metáforas e metonímias que decorrem da alusão, como uma representação do mesmo como parte dos processos da argumentação e da linguagem que destaca os pressupostos e os subentendidos, os atos ilocucionários e os atos perlocucionários e o posto, e toda uma hermenêutica.

 

MATTANÓ

(14/12/2023)

 

 

Mattanó aponta que o voyeurismo, a lavagem cerebral, a extorsão, a vingança, o estupro, o estupro virtual, a despersonalização, a tortura, a loucura, a prostituição, a reversão da sexualidade, a dualidade amor e ódio nos relacionamentos, e a trapaça, a omissão, a negligência e a corrupção alteram o ¨contrato social¨ e os modos de aceitar e lidar com a violência moral, sexual, patrimonial, psicológica e física, tipificando toda a sua comunidade de relações, organizações e de instituições, tentando corromper até mesmo a burocracia através destes mecanismos de violência e loucura ou alienação, pois a burocracia depende da lucidez, da racionalidade humana e dos seus mecanismos que estão presentes no ¨contrato social¨ que acabou ficando distorcido e corrompido pela ação do próprio Homo Sapiens dotado de poder para ditar contingências ou governar o comportamento dos seus semelhantes, mesmo que através do inconsciente e das suas leis que são: niilismo, condensação, deslocamento, comportamento, relações sociais, Gestalt e insights.

 

MATTANÓ

(14/12/2023)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2023):

O salário do trabalhador deveria ser protegido por leis contra defasagem salarial, roubo, extorsão, vingança, corrupção, facilidades indevidas, enriquecimento ilícito, estelionato, atraso no pagamento, não pagamento, cobranças indevidas e impostos indevidos, pois o salário do trabalhador é parte da sua mensagem oriunda da sua trajetória de vida, já que possui um significado e um sentido que vai se transformando conforme sua experiência de vida e de trabalhador inserido numa economia com distribuição de riquezas e métodos para não desperdiçá-las, com ritos e mitos que ditam e organizam, e ciclicamente reorganizam o salário do trabalhador e os métodos de lidar com ele, de como adquirir um economia, poupar, não desperdiçar e enriquecer, tornando-se administrador e distribuidor de riquezas numa família e numa comunidade, numa sociedade, numa cidade, num estado e num país, num mundo que se transforma num grande cofre de tesouros onde cada ser vivo tem sua parcela desses grandes tesouros, por exemplo, na natureza e em toda a sua riqueza, e nos seus minérios e metais preciosos, nas suas pedras preciosas, nas suas águas e florestas, nas suas montanhas e colinas, nas suas savanas, nos seus desertos, nas suas praias, nas suas cidades, nos seus campos e prados verdejantes, nos seus oceanos e mares, nos seus rios e lagos, nas suas cachoeiras, nas suas cavernas, nos seus paredões e abismos, nas aves e nos pássaros, nos animais e nos répteis, nos insetos, nos peixes e nos anfíbios, nas flores e nas árvores, nos jardins, na vida espiritual e cósmica, no seu pensamento e no seu comportamento que nomeiam estes eventos tornando rico e cada vez mais rico o seu mundo cognitivo, os seus caminhos cognitivos e o seu mapa cognitivo que se transformam no seu dinheiro que paga o seu pão quando você tem fome, retirando riquezas do seu grande cofre de tesouros.

 

MATTANÓ

(16/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

 

Conhecemos, no domínio da vida psíquica normal, exemplos em que situações análogas às que admitimos produzem resultados semelhantes. É o caso do chiste. O problema da técnica psicanalítica forçou-me a estudar o mecanismo da formação das pilhérias. Quero expor-lhes apenas um desses exemplos, aliás uma anedota da língua inglesa.

Diz a anedota: Por uma série de empresas duvidosas, dois comerciantes tinham conseguido reunir grandes cabedais e esforçavam-se para penetrar na boa sociedade. Entre outros, pareceu-lhes um meio conveniente fazerem-se retratar pelo pintor mais notável e mais careiro da cidade, cujo quadro fosse um acontecimento. Numa grande reunião foram inaugurados os custosíssimos quadros, um ao lado do outro, e os dois proprietários conduziram até a parede o mais influente crítico de arte a fim de obterem o valioso julgamento. O crítico examinou longamente o quadro, sacudiu a cabeça como se achasse falta de alguma coisa e perguntou apenas, indicando o espaço entre os dois quadros: `But where’s the Saviour? (`Mas onde está o Redentor?’) Vejo que todos se riem da boa pilhéria; penetramos-lhes agora a significação. Os presentes compreendem que o crítico queria dizer: vocês são dois patifes como aqueles que ladearam o Cristo crucificado. Mas não o disse; em lugar disso exprimiu coisa que à primeira vista parece extraordinariamente abstrusa e fora de propósito, mas que logo depois reconhecemos como uma alusão à injúria que lhe estava no íntimo, e que vale perfeitamente como substituto dela. Não podemos esperar que numa anedota sejam encontradas todas as circunstâncias que pressupomos na gênese das idéias associadas dos nossos doentes; queremos todavia realçar a identidade de motivação para a anedota e para a idéia. Por que é que o nosso crítico não lhes falou claramente? Porque nele outras razões contrárias também atuavam ao lado do ímpeto de dizê-lo francamente, face a face. Não deixa de ser perigoso desfeitear pessoas de que somos hóspedes e que dispõem de criadagem numerosa, de pulsos vigorosos. A sorte poderia ser a mesma que na conferência anterior serviu de exemplo para a repressão. Por tal razão o crítico atirou indiretamente a ofensa que estava ruminando, transfigurando-a numa `alusão com desabafo’. É, a nosso ver, devido à mesma constelação que o paciente produz uma idéia de substituição, mais ou menos distorcida, em lugar do elemento esquecido que procuramos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a formação das pilhérias podem produzir uma ideia de substituição, mais ou menos distorcida, em lugar do elemento esquecido que procuramos numa alusão com desabafo, que lhe serve para a repressão, por exemplo.

Mattanó aponta que a formação das pilhérias, que podem ser piadas ou trocadilhos, e que assim podem produzir uma ideia de substituição, mais ou menos distorcida, em lugar do elemento esquecido que procuramos numa alusão com desabafo, que lhe serve para a repressão, por exemplo. Isto, pois, através de significados e sentidos, através da formação das pilhérias que levam a uma ideia de substituição, que servem para o modelo da repressão. Assim o crítico examinou longamente o quadro, sacudiu a cabeça como se achasse falta de alguma coisa e perguntou apenas, indicando o espaço entre os dois quadros: `But where’s the Saviour? (`Mas onde está o Redentor?’) Vejo que todos se riem da boa pilhéria; penetramos-lhes agora a significação. Os presentes compreendem que o crítico queria dizer: vocês são dois patifes como aqueles que ladearam o Cristo crucificado. Mas não o disse; em lugar disso exprimiu coisa que à primeira vista parece extraordinariamente abstrusa e fora de propósito, mas que logo depois reconhecemos como uma alusão à injúria que lhe estava no íntimo, e que vale perfeitamente como substituto dela. O crítico atirou indiretamente a ofensa que estava ruminando, transfigurando-a numa `alusão com desabafo’. É, a nosso ver, devido à mesma constelação que o paciente produz uma idéia de substituição, mais ou menos distorcida, em lugar do elemento esquecido que procuramos.

 

MATTANÓ

(16/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

Senhoras e Senhores. Aceitando a proposta da Escola de Zurique (Bleuler, Jung e outros), convém dar o nome de `complexo’ a um grupo de elementos ideacionais interdependentes, catexizados de energia afetiva. Vemos assim que partindo da última recordação que o doente ainda possui, em busca de um complexo reprimido, temos toda a probabilidade de desvendá-lo, desde que o doente nos proporcione um número suficiente de associações livres

. Mandamos o doente dizer o que quiser, cônscios de que nada lhe ocorrerá à mente senão aquilo que indiretamente dependa do complexo procurado. Talvez lhes pareça muito fastidioso este processo de descobrir os elementos reprimidos, mas, asseguro-lhes, é o único praticável.

No emprego desta técnica o que ainda nos perturba é que com freqüência o doente se detém, afirmando não saber dizer mais nada, que nada mais lhe vem à idéia. Se assim fosse, se o doente tivesse razão, o método ter-se-ia revelado impraticável. Uma observação atenta mostra, contudo, que as idéias livres nunca deixam de aparecer. É que o doente, influenciado pela resistência disfarçada em juízos críticos sobre o valor da idéia, retém-na ou de novo a afasta. Para evitá-la põe-se previamente o doente a par do que pode ocorrer, pedindo-lhe renuncie a qualquer crítica; sem nenhuma seleção deverá expor tudo que lhe vier ao pensamento, mesmo que lhe pareça errôneo, despropositado ou absurdo e, especialmente, se lhe for desagradável a vinda dessas idéias à mente. Pela observância dessa regra garantimo-nos o material que nos conduz ao roteiro do complexo reprimido.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que em busca de um complexo reprimido, temos toda a probabilidade de desvendá-lo, desde que o doente nos proporcione um número suficiente de associações livres, este processo de descobrir os elementos reprimidos é o único praticável.

No emprego desta técnica o que ainda nos perturba é que com freqüência o doente se detém, afirmando não saber dizer mais nada, que nada mais lhe vem à idéia. Se assim fosse, se o doente tivesse razão, o método ter-se-ia revelado impraticável. Uma observação atenta mostra, contudo, que as idéias livres nunca deixam de aparecer. É que o doente, influenciado pela resistência disfarçada em juízos críticos sobre o valor da idéia, retém-na ou de novo a afasta. Para evitá-la põe-se previamente o doente a par do que pode ocorrer, pedindo-lhe renuncie a qualquer crítica; sem nenhuma seleção deverá expor tudo que lhe vier ao pensamento, mesmo que lhe pareça errôneo, despropositado ou absurdo e, especialmente, se lhe for desagradável a vinda dessas idéias à mente. Pela observância dessa regra garantimo-nos o material que nos conduz ao roteiro do complexo reprimido.

Mattanó aponta que em busca de um complexo reprimido, temos toda a probabilidade de desvendá-lo, desde que o doente nos proporcione um número suficiente de associações livres, este processo de descobrir os elementos reprimidos é o único praticável.

No emprego desta técnica o que ainda nos perturba é que com freqüência o doente se detém, afirmando não saber dizer mais nada, que nada mais lhe vem à idéia. Se assim fosse, se o doente tivesse razão, o método ter-se-ia revelado impraticável. Uma observação atenta mostra, contudo, que as idéias livres nunca deixam de aparecer. É que o doente, influenciado pela resistência disfarçada em juízos críticos sobre o valor da idéia, retém-na ou de novo a afasta. Para evitá-la põe-se previamente o doente a par do que pode ocorrer, pedindo-lhe renuncie a qualquer crítica; sem nenhuma seleção deverá expor tudo que lhe vier ao pensamento, mesmo que lhe pareça errôneo, despropositado ou absurdo e, especialmente, se lhe for desagradável a vinda dessas idéias à mente. Pela observância dessa regra garantimo-nos o material que nos conduz ao roteiro do complexo reprimido. Conteúdo que apresenta significados e sentidos desagradáveis à mente e que conduzem ao roteiro do complexo reprimido, mostrando que pode se transformar num drama ou cena teatral onde o paciente há de poder observar suas leis inconscientes e comportamentais, sociais, e contingências que controlam o seu drama comportamental, através de uma literalidade, controle e/ou razões e até por meio de contextos que hão de se transformar numa análise e interpretação do seu drama, comportamento, vida social e inconsciente, de modo que em determinado momento poderá aprender a Teoria da Abundância de Mattanó e depois a ressignificação e a aceitação destes processos para a sua adaptação comportamental, morfológica e fisiológica ao meio ambiente de modo seletivo, competitivo e evolutivo, para que valorize sua consciência e sua liberdade para viver e para poder ensinar a viver.

 

MATTANÓ

(16/12/2023)

 

 

 

DENÚNCIA DE CRIME:

O Canal Globonews cria problemas para a população brasileira como uma opinião pública que lhes cause culpa consciente e inconsciente se houver algum erro de autoridades brasileiras como o Presidente Lula e acontecer alguma guerra ou morte imperdoável, que gere grandes problemas e prejuízos irreparáveis ao país e ao mundo, a Globonews cria falas e falsidades para a vida psíquica e comportamental dos brasileiros e dos  estrangeiros que a assistem quando faz pesquisas induzindo acreditar que você deve ficar do lado da Palestina, do Hamas ou de Israel na guerra que está acontecendo lá fora, em vez de dar a opção de você opinar pela paz e pelo fim da guerra, mas não, pede que você opine pela guerra, por um dos lados, coloca mais lenha na fogueira, como que querendo que os brasileiros criassem em seu consciente e inconsciente uma culpa por algo já anunciado ao poder administrativo e burocrático deste país, a Globonews fez isto comigo, Osny Mattanó Júnior ou Amor de Deus, por mais de 30 anos, me acusando de vários crimes e depois participando da coleta de provas falsas, pois eu, o investigado, estava envenenado, com medicação errada e com falso diagnóstico médico, o que gerava problemas psíquicos e comportamentais falsos, como no caso ¨boa noite Cinderela¨ onde a vítima é induzida por veneno ou medicação a declarar ou fazer e oferecer dados e comportamentos e queixas, inclusive sua curadora e mãe, minha mãe e eu, que normalmente não faríamos, pois estamos com um cabresto que limita a nossa visão, percepção, e entendimento que é a lavagem cerebral, a tortura, a extorsão, a vingança, a despersonalização, a reversão de sexualidade, o envenenamento, o espancamento, a tentativa de queimaduras, as tentativas de chacinas, a tentativas de roubo, o estupro, o estupro coletivo e o estupro virtual, o estupro virtual coletivo, a loucura, as ameaças, as tentativas de homicídio e de feminicídio, os abusos de incapazes, o abuso e a exploração sexual, a invasão de domicílio, a invasão de intimidade e de privacidade, a invasão de segredos e de sigilos, a violação do sigilo das apostas das loterias da caixa econômica federal (isto acontece há uns 30 anos, minha família costuma apostar bastante e as vezes alto – o Governo Federal está roubando a gente!, pois tenta eliminar a gente deste país, já sofremos acidentes onde testemunhei a Polícia Federal ou FBI na Fisioterapia declarar, em 2023, que foi a ex-Presidenta Dilma que ordenou tentar nos matar, eu, minha mãe e minha avó, com o acidente de carro com o caminhão em Londrina na avenida Inglaterra) – a Polícia Federal acha isto normal?! ESTÁ DENUNCIADO!!!! JUSTIÇA!!!!!

 

MATTANÓ

(16/12/2023)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2023):

Lugares deste planeta onde se desenvolvem poderes paranormais como telepatia, contatos de quinto grau com seres alienígenas, de quarto grau, de terceiro grau, de segundo grau e de primeiro grau com seres alienígenas, vórtices de energia, magnetismo, radiação ionizante ou radiação gama, interferência nos veículos de comunicação de massa e de comunicação dirigida, interferência nos equipamentos e instrumentos, nas tecnologias de transporte e segurança, interferência nos modelos de vida social e psicológica, comportamental, moral, espiritual e sexual de toda a humanidade, interferência nos modelos econômicos e alimentares do planeta, interferência no clima e na temperatura do planeta, interferência no meio ambiente através de catástrofes, guerras, horrores, calamidades, tragédias, doenças, pandemias, loucuras, violências, desordens, falsidades e corrupção, interferência no bem-estar bio-psico-social da humanidade, interferência no trabalho e na educação de todos, interferência na vida espiritual de todos, interferência no sentimento de pertença a Deus e a Salvação com a exploração de tragédias e apocalipses, certamente tornam-se uma fonte de problemas e de ameaças, sobretudo quando são usadas conscientemente por autoridades para causarem adversidades e assassinatos de indivíduos que sabem demais ou são apenas testemunhas, pois nestes lugares geralmente já houveram meteoros ou meteoritos, e até asteroides que num passado remoto possam ter se chocado com a Terra nestas regiões do planeta onde ocorrem essas manifestações de poderes paranormais, como que numa terraformatação, ou seja, preparação da Terra para receber seres alienígenas com poderes paranormais, destacando que o problema não são os indivíduos contaminados pelos poderes paranormais os problemas, mas sim a terraformatação a partir dos asteroides, meteoros e meteoritos que podem conter o DNA original da Criação.

 

MATTANÓ

(17/12/2023)

 

 

 

 

Esse material associativo que o doente rejeita como insignificante, quando em vez de estar sob a influência do médico está sob a da resistência, representa para o psicanalista o minério de onde com simples artifício de interpretação há de extrair o metal precioso. Se diante de um doente quiserem os presentes ter um conhecimento rápido e provisório dos complexos reprimidos, sem lhes penetrar na ordem e nas relações, podem dispor da `experiência da associação’, cuja técnica foi aperfeiçoada por Jung (1906) e seus discípulos. Para o psicanalista este método é tão precioso quanto para o químico a análise qualitativa; prescindível na terapêutica dos neuróticos, é indispensável para a demonstração objetiva dos complexos e para o estudo das psicoses, com tanto êxito empreendido pela Escola de Zurique.

Não é o estudo das divagações, quando o doente se sujeita à regras psicanalíticas, o único recurso técnico para sondagem do inconsciente. Ao mesmo escopo servem dois outros processos: a interpretação de sonhos e o estudo dos lapsos e atos casuais.

Confesso-lhes, prezados ouvintes, que estive longo tempo indeciso sobre se, em lugar desta rápida vista geral sobre todo o domínio da psicanálise, não seria preferível expor-lhes minuciosamente a interpretação de sonhos. Motivo puramente subjetivo e aparentemente secundário me deteve. Pareceu-me quase escandaloso apresentar-me neste país de orientação prática, como `onirócrita’, antes de mostrar-lhes qual a importância a que pode aspirar esta velha e ridicularizada arte. A interpretação de sonhos é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise. É campo onde cada trabalhador pode por si mesmo chegar a adquirir convicção própria, como atingir maiores aperfeiçoamentos. Quando me perguntam como pode uma pessoa fazer-se psicanalista, respondo que é pelo estudo dos próprios sonhos. Os adversários da psicanálise, com muita habilidade, têm até agora evitado estudar de perto A Interpretação de Sonhos, ou têm oposto ao de longe objeções superficialíssimas. Se não repugna aos presentes, ao contrário, aceitar as soluções dos problemas da vida onírica, já não apresentam aos ouvintes dificuldade alguma as novidades trazidas pela psicanálise.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o material precioso do psicanalista é justamente o material associativo que possui a resistência e deve ser interpretado, é pois, pela experiência de associação que chegamos aos complexos do paciente, porém temos outros recursos como a interpretação dos sonhos e o estudo dos lapsos e atos casuais. A interpretação dos sonhos é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise.

Mattanó aponta que o material precioso do psicanalista é justamente o material associativo que possui a resistência e deve ser interpretado, é, pois, pela experiência de associação que chegamos aos complexos do paciente, porém temos outros recursos como a interpretação dos sonhos e o estudo dos lapsos e atos casuais. A interpretação dos sonhos é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise. É justamente assim, investigando o inconsciente por meio da experiência de associação que compreendemos os significados e os sentidos da sua experiência de associação, que também pode nos revelar seus conceitos e contextos, comportamentos, funcionalidade, topografia, processos da argumentação e da linguagem, símbolos e simbologias, arquétipos, inconsciente, subconsciente, consciente, id, ego, superego, princípio do prazer e princípio da realidade, suas relações com o seu próprio corpo e perceber melhor seus ciclos circadianos, sua nutrição, sua fertilidade, seu DNA, seu genótipo e seu fenótipo, sua homeostase, sua postura corporal, seus exames de sangue, seus exames de percepção, sua oxigenação sanguínea, seu metabolismo, sua fadiga e seu cansaço, seu crescimento, desenvolvimento, amadurecimento e envelhecimento, sua condição óssea, seus órgãos e seus sistemas, se funcionam em sincronia e entropicamente, ou seja, organizadamente, sem disfunções e sem problemas, ou se funcionam sem uma sincronia e neguentropicamente, ou seja, se reorganizando, lutando para sobreviver e pela sua adaptação fisiológica, comportamental e morfológica diante destas adversidades que podem ser naturais como o envelhecimento e a perda das funções ou falência de órgãos ou pode ser induzida por tóxicos e medicamentos e até acidentes que podem traumatizar determinados órgãos, causando a dissincronia e a neguentropia, ou seja, a luta pela vida e pela sua adaptação ao meio ambiente que desencadeia estes processos fisiológicos, comportamentais e morfológicos.

 

MATTANÓ

(17/12/2023)

 

  

 

 

 

 

Não se esqueçam de que se nossas elaborações oníricas noturnas mostram de um lado a maior semelhança externa e o mais íntimo parentesco com as criações da alienação mental, são, de outro lado, compatíveis com a mais perfeita saúde na vida desperta. Não é nenhum paradoxo afirmar que quem fica admirado ante essas alucinações, delírios ou mudanças de caráter que podemos chamar `normais’, sem procurar explicá-los, não tem a menor probabilidade de compreender, senão como qualquer leigo, as formações anormais dos estados psíquicos patológicos. E entre esses leigos os ouvintes podem contar atualmente, sem receio, quase todos os psiquiatras.

Acompanhem-me agora numa rápida excursão pelo campo dos problemas do sonho. Quando acordados, costumamos tratar os sonhos com o mesmo desdém com que os doentes rejeitam as idéias soltas despertadas pelo psicanalista. Desprezamo-los, olvidando-os em geral rápida e completamente. O nosso descaso funda-se no caráter exótico apresentado mesmo pelos sonhos que possuem clareza e nexo, e sobre a evidente absurdez e insensatez dos demais; nossa repulsa explica-se pelas tendências imorais e menos pudicas que se patenteiam em muitos deles. É de todos sabido que a antigüidade não compartilhou tal desapreço para com os sonhos. As camadas baixas do nosso povo, mesmo hoje, não estão totalmente desnorteadas na apreciação do valor dos sonhos, dos quais esperam, como os antigos, a revelação do futuro. Confesso-lhes que não tenho necessidade de nenhuma hipótese mística para preencher as falhas de nossos conhecimentos atuais e por isso nunca pude descobrir nada que confirmasse a natureza profética dos sonhos. Coisa muito diferente disso, embora assaz maravilhosa, se pode dizer a respeito deles.

Em primeiro lugar, nem todos os sonhos são estranhos, incompreensíveis e confusos para a pessoa que sonhou. Examinando os sonhos de criancinhas, desde um ano e meio de idade, verificarão que eles são extremamente simples e de fácil explicação. A criancinha sonha sempre com a realização de desejos que o dia anterior lhe trouxe e que ela não satisfez. Não há necessidade de arte divinatória para encontrar solução tão simples; basta saber o que se passou com a criança na véspera (`dia do sonho’). Estaria certamente resolvido, e de modo satisfatório, o enigma do sonho, se o do adulto não fosse nada mais que o da criancinha: realização de desejos trazidos pelo dia do sonho. E o é de fato. As dificuldades que esta solução apresenta removem-se uma a uma, mediante a análise minuciosa dos sonhos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que nem todos os sonhos são estranhos, pois os sonhos das criancinhas, de um ano e meio de idade são sonhos de realização de desejos que o dia anterior lhe trouxe e que ela não satisfez, basta apenas saber o que se passou com a criança na véspera (dia do sonho). Já à realização de desejos trazidos pelo dia do sonho referem-se à demanda do adulto.

Mattanó aponta que nem todos os sonhos são estranhos, pois os sonhos das criancinhas, de um ano e meio de idade são sonhos de realização de desejos que o dia anterior lhe trouxe e que ela não satisfez, basta apenas saber o que se passou com a criança na véspera (dia do sonho). Para se interpretar os sonhos destas crianças e descobrir os seus significados e sentidos precisamos saber a realização de desejos que o dia anterior lhe trouxe e ela não satisfez. Já à realização de desejos trazidos pelo dia do sonho referem-se à demanda do adulto. Para se interpretar os sonhos dos adultos e desvendar os seus significados e sentidos necessitamos descobrir a demanda do adulto trazida pelo dia do sonho.

 

MATTANÓ

(17/12/2023)

 

 

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2023):

A teoria e a ideia da pulsão auditiva de Mattanó de 1995 na UEL em 15 ou 17 de setembro de 1995 foi precedida de acontecimentos difíceis de se explicar como em 1994 os Beatles lançarem Live at the BBC e o Anthology 1 com a canção ¨Free as a bird¨, ambos os discos de 1994 e já abordavam essa linguagem de pilhérias, de piadas e de trocadilhos, que eram herança dos anos 70 e 80, de vários discos nacionais e internacionais, como o próprio John Lennon, Elvis Presley, Paul McCartney, George Harrison, Pink Floyd, Dire Straits, Roberto Carlos, Milton Nascimento, Raul Seixas, Elis Regina, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Titãs, Legião Urbana, RPM, Ira, Capital Inicial, Rita Lee, Engenheiros do Havaí, etc., será que estavam tentado jogar a culpa de seus atos imorais justamente em mim e em minha família que já vínhamos sendo invadidos e violados por todos estes artistas desde 1972 e obrigando-nos a viver escondidos e entre quatro paredes para que não fossemos atacados, roubados, violentados, linchados ou estuprados e assassinados por doentes e criminosos pagos ou seguidores destes criminosos indecentes que ficam se metendo na vida alheia sem um mínimo de senso de respeito e de moral, de justiça, de ordem e de dignidade, nunca se preocuparam se estávamos com medo, vergonha e humilhados, se estávamos com muita dor e ficando cada vez mais doentes e incapazes por causa desse movimento artístico e empresarial que se juntou a atletas, autoridades e sociedade civil para nos roubarem e atearem fogo em nossos corpos e patrimônios, inclusive para inventarem acusações de falsos crimes como de corrupto, de ladrão, de pedófilo, de assassino, de tarado, de estuprador, de trapaceiro, de traficante, de terrorista, de incapaz, de louco, de devedor do imposto de renda, de enriquecedor ilícito, de membro de organização criminosa, de violador de intimidade e de privacidade. Se julgam minhas canções como documentos e provas de intenções, deveriam julgar as canções de todos os artistas envolvidos nestes problemas desde 1972, como documentos, provas de intenções e de declarações, de estilo de vida, de como é a personalidade de cada artista, de como lidam com o seu patrimônio e se praticam violência patrimonial me anulando e me estuprando virtualmente, criando falsas certezas e declarando outras certezas, construindo quebra-cabeças incompletos, insinceros, e carregados de abusos de poder,  e de crimes perfeitos, de sociopatias, onde os crimes nunca tem castigos ou os castigos que merecem, a verdade dói quando ela mexe e põe em perigo alguém que nós amamos, certamente eu e os brasileiros que buscam a verdade, que não se juntam a esses artistas doentes e loucos que se prostituem moralmente e sexualmente, no mínimo me assediando para me prejudicarem e a minha família, para que mergulhássemos em suas fantasias pornôs e de violência construídas com abuso e exploração, com sangue de quem acorda sempre mais cedo acreditando que são heróis mas são ladrões que roubam os Céus para se enfeitarem com os seus tesouros divinos, brasileiros e estrangeiros que buscam a verdade não ficam fugindo e nem desejando destruir provas ou assassinar vítimas e testemunhas de crimes contra a humanidade que a justiça há de julgar!

 

MATTANÓ

(17/12/2023)

 

 

SOBRE A APOMETRIA DE MATTANÓ (2023):

A Apometria utiliza como recurso as vidas passadas e o Hospital com almas de luz, espíritos zombeteiros ou capetinhas, mas o terapeuta continua respondendo com seu organismo de forma vital, com seu Sistema Nervoso Central e seus neurônios e sinapses, que estão trabalhando nestes dois casos, pois armazenam as informações recebidas da intervenção espiritual mediada pelos médiuns em sessão mediúnica, valendo explicar que não deveriam ser os neurônios os mediadores da mediunidade mas o espírito, e os neurônios podem estar ativos já durante o recurso de investigação das vidas passadas e/ou do Hospital com almas de luz ou capetinhas e almas zombeteiras, sendo assim como explicar a Apometria se existe um componente biológico na sua determinação?! Que são os neurônios! Que por evidência formam caminhos cognitivos logo depois da intervenção! Estes caminhos cognitivos participam biologicamente da técnica da Apometria para despertá-la no corpo espiritual, eles permanecem ativos durante a intervenção, pois armazenam os dados da intervenção, dificilmente o espírito se comunica com o corpo sem a ajuda dos neurônios, até mesmo nas experiências quase morte ou e.q.m.! Quando o espírito se comunica com outra alma ou vida passada esse contato é mediado pelos neurônios, pelo Sistema Nervoso Central e pelo Sistema Nervoso Periférico, pois os membros e os órgãos e sistemas do nosso organismo não deixam de serem controlados pelo Sistema Nervoso Periférico - SNP e nem pelo Sistema Nervoso Central - SNC que continuam agindo e trabalhando permanentemente, se organizando e reorganizando, continuamente, num crescimento, desenvolvimento, amadurecimento e envelhecimento que chega até a falência progressiva de cada órgão ocasionando a morte do indivíduo, portanto, percebemos que os neurônios e os SNC e o SNP participam da sessão de cura e intervenção, e de investigação da Apometria que pode envolver vidas passadas ou almas de luz, espíritos zombeteiros ou capetinhas. Com base nestas regras podemos intervir segundo a Apometria Cristã que acredita que as vidas passadas e as almas de luz, espíritos zombeteiros e capetinhas tem uma mensagem oculta que se reveste de originalidade na sua deixada no local onde houve o contato com o médium, com um significado e um sentido Cristão e Bíblico, ou seja, essa mensagem oculta nunca é consciente para o espírito que a envia, pois ele a busca para a sua salvação e perdão, para a sua cura que pode ser através do Hospital ou do Amor e da Misericórdia de Deus enviada pelo médium para esse espírito ou vida passada, por exemplo. Contudo essa mensagem também é para o indivíduo que busca a ajuda na sessão de Apometria que deve saber interpretá-la com a ajuda do livro O evangelho segundo o Espiritismo de Allan Kardec onde estabelece-se a conexão com os espíritos e os médiuns na sessão de Apometria que para ser Cristã deve incluir a interpretação final segundo a Bíblia Católica, já efetuado durante o contato do espírito ou vida passada com cada médium para a sua descoberta que vai além da própria vida eterna, pois trás uma mensagem para ela, que pode ser associada a eternidade, a purgação ou ao sofrimento eterno, pois até a eternidade causa sofrimento diante das injustiças do purgatório e dos infernos, sendo concluída essa interpretação pelo médium organizador ou líder do grupo para todo o grupo que expõe sua experiência mediúnica, organizando um insight mediúnico, que por sua vez levará a outro insight mediúnico final trabalhado pelo organizador ou líder do grupo para o paciente da Apometria que recebe uma limpeza energética corporal e recebe suas metas e regras para mudança psicológica e comportamental, inclusive social, e mudança no enfrentamento do seu subconsciente, para que possa aprender que a mente subconsciente realiza milagres e curas impossíveis, inclusive grandes mudanças em sua vida comportamental, psicológica e social. Você deve concluir com a mensagem: A fé tudo pode realizar se você acreditar de todo o seu coração! Depois libere o seu paciente e marque um retorno após um longo período de reeducação comportamental, psicológica e social através do seu subconsciente e indique alguma literatura acerca do tema subconsciente ou O Poder do Subconsciente de Joseph Murphy!

 

MATTANÓ

(17/12/2023)

 

 

 

 

 

 

A primeira objeção e a mais importante é a de que os sonhos dos adultos via de regra têm um conteúdo ininteligível, sem nenhuma semelhança com a satisfação de desejos. Resposta: estes sonhos estão distorcidos, o processo psíquico correspondente teria originariamente uma expressão verbal muito diversa. O conteúdo manifesto do sonho, recordado vagamente de manhã e que, não obstante a espontaneidade aparente, se exprime em palavras com esforço, deve ser diferenciado dos pensamentos latentes do sonho que se têm de admitir como existentes no inconsciente. Esta deformação possui mecanismo idêntico ao que já conhecemos desde quando examinamos a gênese dos sintomas histéricos; e é uma prova da participação da mesma interação de forças mentais tanto na formação dos sonhos como na dos sintomas. O conteúdo manifesto do sonho é o substituto deformado para os pensamentos inconscientes do sonho. Esta deformação é obra das forças defensivas do ego, isto é, das resistências que na vigília impedem, de modo geral, a passagem para a consciência, dos desejos reprimidos do inconsciente; enfraquecidas durante o sono, estas resistências ainda são suficientemente fortes para só os tolerar disfarçados. Quem sonha, portanto, reconhece tão mal o sentido de seus sonhos, como o histérico as correlações e a significação de seus sintomas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os sonhos estão distorcidos. O conteúdo manifesto do sonho é o substituto deformado para os pensamentos inconscientes do sonho. Esta deformação é obra das forças defensivas do ego, isto é, das resistências que na vigília impedem, de modo geral, a passagem para a consciência, dos desejos reprimidos do inconsciente; enfraquecidas durante o sono, estas resistências ainda são suficientemente fortes para só os tolerar disfarçados. Quem sonha, portanto, reconhece tão mal o sentido de seus sonhos, como o histérico as correlações e a significação de seus sintomas.

Mattanó aponta que os sonhos estão distorcidos. O conteúdo manifesto do sonho é o substituto deformado para os pensamentos inconscientes do sonho. Esta deformação é obra das forças defensivas do ego, isto é, das resistências que na vigília impedem, de modo geral, a passagem para a consciência, dos desejos reprimidos do inconsciente; enfraquecidas durante o sono, estas resistências ainda são suficientemente fortes para só os tolerar disfarçados. Quem sonha, portanto, reconhece tão mal o sentido de seus sonhos, como o histérico as correlações e a significação de seus sintomas. Portanto sonhar é distorcer, deformar ou disfarçar desejos reprimidos do inconsciente para a consciência, desejos reprimidos que exprimem significados e sentidos também inconscientes e que podem revelar padrões de comportamentos, de funcionalidade, de conceitos, de contextos, de argumentação e linguagem, de topografia, de símbolos e simbologias, de arquétipos, de gestalts e insights, de relações sociais, de estilo de vida, de educação e de trabalho, de institucionalização, de ritos e mitos, de relações com a economia, com a saúde e o poder, com sua dinâmica familiar, com seu quociente intelectual ou Q.I., com seu inconsciente, paranormalidade, consciência, subconsciente e homeostase corporal, com seus ciclos circadianos e seu bem-estar.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

De que há pensamentos latentes do sonho e que entre eles e o conteúdo manifesto existe de fato o nexo aludido, os presentes se convencerão pela análise de sonhos, cuja técnica se confunde com a da psicanálise. Pondo de lado a aparente conexão dos elementos do sonho manifesto, procurarão os senhores evocar idéias por livre associação, partindo de cada um desses elementos e observando as regras da prática psicanalítica. De posse deste material chegarão aos pensamentos latentes do sonho com a mesma perfeição com que conseguiram surpreender no doente o complexo oculto, por meio das idéias sugeridas pelas associações livres a partir dos sintomas e lembranças. Pelos pensamentos latentes do sonho, descobertos desse modo, pode-se ver sem mais nada como é justo equiparar o sonho dos adultos ao das crianças. O que agora, como verdadeiro sentido do sonho, substitui o seu conteúdo manifesto - e isto é sempre claramente compreensível - liga-se às impressões da véspera e se patenteia como a realização de um desejo não-satisfeito. O sonho manifesto que conhecem no adulto graças à recordação pode então ser descrito como uma realização velada de desejos reprimidos.

Podem agora os ouvintes, por uma espécie de trabalho sintético, examinar o processo mediante o qual os pensamentos inconscientes do sonho se disfarçam no conteúdo manifesto. Esse processo, que denominamos `elaboração onírica’, é digno de nosso maior interesse teórico, porque em nenhuma outra circunstância poderíamos estudar melhor do que nele os processos psíquicos, não-suspeitados, que se passam no inconsciente, ou, mais exatamente, entre dois sistemas psíquicos distintos, como consciente e inconsciente. Entre tais processos psíquicos recentemente descobertos ressaltam notavelmente o da condensação e o do deslocamento. A elaboração onírica é um caso especial da influência recíproca de agrupamentos mentais diversos, isto é, o resultado da divisão psíquica, e parece essencialmente idêntico ao trabalho de deformação que transforma em sintomas os complexos cuja repressão fracassou.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que existe o que ele denominou por ¨elaboração onírica¨, um processo pelo qual os pensamentos inconscientes do sonho se disfarçam no conteúdo manifesto, este processo depende de dois sistemas psíquicos distintos, o consciente e o inconsciente, sendo importante destacar a descoberta da condensação e o deslocamento entre estes dois processos.

Mattanó aponta que existe o que Freud denominou por ¨elaboração onírica¨, um processo pelo qual os pensamentos inconscientes do sonho se disfarçam no conteúdo manifesto, este processo depende de dois sistemas psíquicos distintos, o consciente e o inconsciente, sendo importante destacar a descoberta da condensação e o deslocamento entre estes dois processos. Contudo Mattanó destaca que há ainda entre o inconsciente e o consciente, o niilismo, o comportamento, as relações sociais, as gestalts e os insights.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

Pela análise dos sonhos descobrirão os senhores ainda mais, com surpresa, porém do modo mais convincente possível, o papel importantíssimo e nunca imaginado que os fatos e impressões da tenra infância exercem no desenvolvimento do homem. Na vida onírica a criança prolonga, por assim dizer, sua existência no homem, conservando todas as peculiaridades e aspirações, mesmo as que se tornam mais tarde inúteis. Com força irresistível apresentar-se-lhes-ão os processos de desenvolvimento, repressões, sublimações e formações reativas, de onde saiu, da criança com tão diferentes disposições, o chamado homem normal - esteio e em parte vítima da civilização tão penosamente alcançada.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que através dos sonhos a criança prolonga sua existência no homem, desejando ser homem normal, conservando todas às suas peculiaridades e aspirações, mesmo que mais tarde se tornem inúteis. A criança cresce, se desenvolve e amadurece ganhando repertório comportamental, cognitivo e inconsciente, por exemplo, desenvolvimento motor, repressões, sublimações e formações reativas, características do homem normal que é vítima de sua civilização tão avançada.

Mattanó aponta que através dos sonhos a criança prolonga sua existência no homem, desejando ser homem normal, conservando todas às suas peculiaridades e aspirações, mesmo que mais tarde se tornem inúteis. A criança cresce, se desenvolve e amadurece ganhando repertório comportamental, cognitivo e inconsciente, por exemplo, desenvolvimento motor, repressões, sublimações e formações reativas, características do homem normal que é vítima de sua civilização tão avançada, pois é burocratizada, a burocracia aumenta o sentimento de impotência do homem natural diante do seu mundo. A burocracia pode ter um papel despersonalizador sobre o homem natural, inclusive de lavagem cerebral, extorsão, vingança, tortura e estupro virtual quando ela é corrompida, e para se saber se ela foi corrompida devemos ler e analisar o meio ambiente e social, as organizações e instituições que desenvolvem atividades e a mantêm corrompida, por exemplo, através das artes, como a música, a novela, o cinema, a literatura, o teatro, a fotografia, as exposições e shows, os grandes espetáculos, através do ódio e da intolerância, do roubo e da perseguição, da discriminação, através dos esportes com a violência e o ódio e intolerância, com a discriminação, com a falsidade ideológica, com falsas acusações, com facilidades indevidas, através dos veículos de comunicação de massa com suas fake news e investigações em nome dessa burocracia alienante que escraviza, rouba, tortura, mata, faz lavagem cerebral, despersonaliza, omite e negligencia, erra deliberadamente para se defender e esconder a verdade atrás de uma cortina de ferro, estupra, faz experiências com seres humanos e outros seres vivos deliberadamente sem se preocupar com a sua integridade física, sexual, moral, familiar, profissional e social, nem mesmo com sua integridade de cidadão e de portador de direitos humanos. É como Freud disse: somos vítimas de uma civilização tão avançada! O recalcado daqueles que constroem a História da nossa civilização permanece infantil, assim como os seus sonhos, metas e aspirações, desejos que se revelam ao longo da vida de cada um de nós para que saibamos que o avanço e o progresso dependem de discernimento, de revelações de segredos, sobretudo do nosso inconsciente para que tenhamos consciência e progresso, bons comportamentos, solução de problemas e de conflitos que sejam eles sociais ou políticos, têm sua gênese em conflitos inconscientes na história de vida da autoridade em análise, mostrando ao mundo que as guerras têm solução e um ponto final se houver discriminação e discernimento, sobretudo aceitação dos políticos e mandatários dos seus motivos inconscientes, comportamentais, cognitivos, morais e sociais, o recalcado assim como pode produzir guerras e conflitos também pode solucioná-las e por um fim a elas, só depende de discriminação e aceitação. Continuaremos sendo vítimas de uma civilização tão avançada com tanques de guerras, aviões, soldados e metralhadoras enquanto não houver solução e uma educação que valorize compreender os motivos inconscientes, comportamentais, cognitivos, morais e sociais que desencadearam uma guerra ou conflito, mandatários estão sujeitos as estas leis da psique, do comportamento, da cognição, da moral e da vida social, cuidar da sua saúde-mental é como cuidar da saúde do globo terrestre, da ecologia e nunca deixar que hajam guerras e emissões de carbono que possam aumentar a temperatura do planeta, prejudicando a vida nele, mandatários tem que ter responsabilidades psíquicas, comportamentais, cognitivas, morais e sociais, pois eles administram estas responsabilidades de muitos profissionais da saúde e de muitos pacientes e internos, qualquer contribuição para a paz ou para a manutenção da paz deveria ser relevante neste mundo tão avançado.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

 

Quero ainda fazer notar que pela análise de sonhos também pudemos descobrir que o inconsciente se serve, especialmente para a representação de complexos sexuais, de certo simbolismo, em parte variável individualmente e em parte tipicamente fixo, que parece coincidir com o que conjecturamos por detrás dos nossos mitos e lendas. Não seria impossível que essas últimas criações populares recebessem, portanto, do sonho, a sua explicação.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que pela análise de sonhos descobrimos que o inconsciente se serve para a representação de complexos sexuais, de certo simbolismo, que conjecturamos por detrás dos nossos mitos e lendas. É no sonho, portanto, que os mitos e as lendas recebem a sua explicação.

Mattanó aponta que pela análise de sonhos descobrimos que o inconsciente se serve para a representação de complexos sexuais, de certo simbolismo, que conjecturamos por detrás dos nossos mitos e lendas. É no sonho, portanto, que os mitos e as lendas recebem a sua explicação. Pois é através dos sonhos que descobrimos o significado e o sentido do inconsciente pessoal e do inconsciente coletivo onde entramos em contato com os arquétipos. O inconsciente pessoal serve para a representação dos complexos sexuais, da fraternidade e da segurança, através da libido, da comunhão e da segurança.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

 

 

Impende-nos adverti-los finalmente de que não se deixem desorientar pela objeção de que aparecimento de pesadelos contradiz o nosso modo de entender o sonho como satisfação de desejos. Além de que é necessário interpretar os pesadelos antes de sobre eles poder firmar qualquer juízo, pode dizer-se de modo geral que a ansiedade que os acompanha não depende assim tão simplesmente do conteúdo oniríco, como muitos imaginam por ignorar as condições da ansiedade neurótica. A ansiedade é uma das reações do ego contra desejos reprimidos violentos, e daí perfeitamente explicável a presença dela no sonho, quando a elaboração deste se pôs excessivamente a serviço da satisfação daqueles desejos reprimidos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os pesadelos não contradizem o seu modo de entender o sonho, pois a ansiedade que acompanha o sonho não depende do conteúdo onírico, ela é, pois, uma reação do ego contra os desejos reprimidos violentos o sonho, quando a elaboração do sonho se pôs a serviço da satisfação daqueles desejos reprimidos.

Mattanó aponta que os pesadelos não contradizem o seu modo de entender o sonho, pois a ansiedade que acompanha o sonho não depende do conteúdo onírico, ela é, pois, uma reação do ego contra os desejos reprimidos violentos o sonho, quando a elaboração do sonho se pôs a serviço da satisfação daqueles desejos reprimidos. Assim os pesadelos são produtos de uma ansiedade que acompanha os sonhos que se põe a serviço da satisfação de desejos reprimidos. Estes pesadelos também possuem um significado e um sentido inconscientes que se põem a serviço da satisfação de desejos reprimidos.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

 

Como vêem, o estudo dos sonhos já estaria em si justificado, pelo fato de que proporciona conclusões sobre coisas de que por outros meios dificilmente chegaríamos a ter noção. Foi todavia no decorrer do tratamento psicanalítico dos neuróticos que chegamos até ele. Pelo que até agora dissemos podem compreender facilmente que a interpretação de sonhos, quando não a estorvam em excesso as resistências do doente, leva ao conhecimento dos desejos ocultos e reprimidos, bem como dos exemplos entretidos por este. Posso agora tratar do terceiro grupo de fenômenos psíquicos cujo estudo se tornou recurso técnico da psicanálise.

Os fenômenos em questão são as pequenas falhas comuns aos indivíduos normais e aos neuróticos, fatos aos quais não costumamos ligar importância - o esquecimento de coisas que deviam saber e que às vezes sabem realmente (por exemplo a fuga temporária dos nomes próprios), os lapsos de linguagem, tão freqüentes até mesmo conosco, na escrita ou na leitura em voz alta; atrapalhações no executar qualquer coisa, perda ou quebra de objetos etc., bagatelas de cujo determinismo psicológico de ordinário não se cuida, que passam sem reparo como casualidades, como resultado de distrações, desatenções e outras condições semelhantes. Juntam-se ainda os atos e gestos que as pessoas executam sem perceber e, sobretudo, sem lhes atribuir importância mental, como sejam trautear melodias, brincar com objetos, com partes da roupa ou do próprio corpo etc. Essas coisinhas, os atos falhos, como os sintomáticos e fortuitos, não são assim tão destituídas de valor como por uma espécie de acordo tácito e hábito admitir. São extraordinariamente significativas e quase sempre de interpretação fácil e segura, tendo-se em vista a situação em que ocorrem; verifica-se que mais uma vez exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria consciência, ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos complexos que, como já sabemos, são criadores dos sintomas e formadores dos sonhos. Fazem jus à mesma consideração que os sintomas, e o seu exame, tanto quanto o dos sonhos, pode levar ao descobrimento da parte oculta da mente. Por elas o homem trai, em regra, os mais íntimos segredos. Se se produzem com grande facilidade e freqüência, até em indivíduos normais, cujos desejos inconscientes estão reprimidos de modo eficaz, isso se explica pela futilidade e inverossimilhança das mesmas. São porém do mais alto valor teórico: testemunham a existência da repressão e da substituição mesmo na saúde perfeita.

Notarão desde logo que o psicanalista se distingue pela rigorosa fé no determinismo da vida mental. Para ele não existe nada insignificante, arbitrário ou casual nas manifestações psíquicas. Antevê um motivo suficiente em toda parte onde habitualmente ninguém pensa nisso; está até disposto a aceitar causas múltiplas para o mesmo efeito, enquanto nossa necessidade causal, que supomos inata, se satisfaz plenamente com uma única causa psíquica.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os fenômenos em questão são as pequenas falhas comuns aos indivíduos normais e aos neuróticos, fatos aos quais não costumamos ligar importância - o esquecimento de coisas que deviam saber e que às vezes sabem realmente (por exemplo a fuga temporária dos nomes próprios), os lapsos de linguagem, tão freqüentes até mesmo conosco, na escrita ou na leitura em voz alta; atrapalhações no executar qualquer coisa, perda ou quebra de objetos etc., bagatelas de cujo determinismo psicológico de ordinário não se cuida, que passam sem reparo como casualidades, como resultado de distrações, desatenções e outras condições semelhantes. Juntam-se ainda os atos e gestos que as pessoas executam sem perceber e, sobretudo, sem lhes atribuir importância mental, como sejam trautear melodias, brincar com objetos, com partes da roupa ou do próprio corpo etc. Essas coisinhas, os atos falhos, como os sintomáticos e fortuitos, não são assim tão destituídas de valor como por uma espécie de acordo tácito e hábito admitir. São extraordinariamente significativas e quase sempre de interpretação fácil e segura, tendo-se em vista a situação em que ocorrem; verifica-se que mais uma vez exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria consciência, ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos complexos que, como já sabemos, são criadores dos sintomas e formadores dos sonhos. Fazem jus à mesma consideração que os sintomas, e o seu exame, tanto quanto o dos sonhos, pode levar ao descobrimento da parte oculta da mente. Por elas o homem trai, em regra, os mais íntimos segredos. Se se produzem com grande facilidade e freqüência, até em indivíduos normais, cujos desejos inconscientes estão reprimidos de modo eficaz, isso se explica pela futilidade e inverossimilhança das mesmas. São porém do mais alto valor teórico: testemunham a existência da repressão e da substituição mesmo na saúde perfeita.

Para ao psicanalista o determinismo da vida mental tem causa única.

Mattanó aponta que os fenômenos em questão são as pequenas falhas comuns aos indivíduos normais e aos neuróticos, fatos aos quais não costumamos ligar importância - o esquecimento de coisas que deviam saber e que às vezes sabem realmente (por exemplo, a fuga temporária dos nomes próprios), os lapsos de linguagem, tão freqüentes até mesmo conosco, na escrita ou na leitura em voz alta; atrapalhações no executar qualquer coisa, perda ou quebra de objetos etc., bagatelas de cujo determinismo psicológico de ordinário não se cuida, que passam sem reparo como casualidades, como resultado de distrações, desatenções e outras condições semelhantes. Juntam-se ainda os atos e gestos que as pessoas executam sem perceber e, sobretudo, sem lhes atribuir importância mental, como sejam trautear melodias, brincar com objetos, com partes da roupa ou do próprio corpo etc. Essas coisinhas, os atos falhos, como os sintomáticos e fortuitos, não são assim tão destituídas de valor como por uma espécie de acordo tácito e hábito admitir. São extraordinariamente significativas e quase sempre de interpretação fácil e segura, tendo-se em vista a situação em que ocorrem; verifica-se que mais uma vez exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria consciência, ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos complexos que, como já sabemos, são criadores dos sintomas e formadores dos sonhos. Fazem jus à mesma consideração que os sintomas, e o seu exame, tanto quanto o dos sonhos, pode levar ao descobrimento da parte oculta da mente. Por elas o homem trai, em regra, os mais íntimos segredos. Se se produzem com grande facilidade e freqüência, até em indivíduos normais, cujos desejos inconscientes estão reprimidos de modo eficaz, isso se explica pela futilidade e inverossimilhança das mesmas. São porém do mais alto valor teórico: testemunham a existência da repressão e da substituição mesmo na saúde perfeita. Indicam que por detrás destes eventos existem significados e sentidos, relações de equivalências de estímulos como reversibilidade, simetria e transitividade, e processos da alfabetização como troca, inversão, aglutinação, omissão e substituição, processos de aprendizagem e de organização da percepção.

Para ao psicanalista o determinismo da vida mental tem causa única, pois a análise funcional do comportamento revela que o comportamento tem causa ou desencadeante único, neste caso o estímulo único, que pode ser selecionado entre um conjunto de muitos outros estímulos, por motivo de condicionamento, aprendizagem, organização perceptiva, equivalência de estímulos, argumentação e linguagem, alfabetização, marca, seleção, competição ou evolução.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

 

 

Se os ouvintes reunirem os meios que estão ao nosso alcance para descobrimento do que na vida mental jaz escondido, deslembrado e reprimido - o estudo das idéias livremente associadas pelos pacientes, seus sonhos, falhas e ações sintomáticas; se ainda juntarem a tudo isso o exame de outros fenômenos surgidos no decurso do tratamento psicanalítico e a respeito dos quais farei algumas observações quando tratar da `transferência’ - chegarão comigo à conclusão de que a nossa técnica já é suficientemente capaz de realizar aquilo que se propôs: conduzir à consciência o material psíquico patogênico, dando fim desse modo aos padecimentos ocasionados pela produção dos sintomas de substituição. O fato de enriquecermos e aprofundarmos durante o tratamento os nossos conhecimentos sobre a vida mental, dos sãos e dos doentes, deve ser considerado apenas como estímulo especial a este trabalho e uma de suas vantagens.

Não sei se ficaram com a impressão de que a técnica, através de cujo arsenal os conduzi, apresenta dificuldades especiais. Para mim, ela amolda-se perfeitamente aos seus fins. Mas não é menos certo também que não constitui prenda inata; tem de ser aprendida, como a histológica ou a cirúrgica. Talvez se espantem em saber que na Europa ouvi uma série de juízos relativos à psicanálise expendidos por pessoas jejunas a respeito desta técnica, que elas não exercitam, as quais pessoas ainda por ironia nos exigem lhes demonstremos a exatidão de nossos resultados. No meio de tais opositores encontram-se sem dúvida homens familiarizados com o raciocínio científico em outras matérias, incapazes de contestar, por exemplo, o resultado dum exame microscópico, só porque não o podem confirmar pela inspeção do preparado anatômico com a vista desarmada, e que não emitiriam parecer algum antes de minuciosa observação ao microscópio. Mas no tocante à psicanálise as circunstâncias são realmente desfavoráveis a um imediato assentimento. Quer a psicanálise tornar conscientemente reconhecido aquilo que está reprimido na vida mental, e todo aquele que a julga é homem com as mesmas repressões, mantidas talvez à custa de penosos sacrifícios. Neles devem levantar-se, pois, as mesmas resistências, como nos doentes, e estas se revestem facilmente das roupagens da impugnação intelectual, suscitando argumentos semelhantes aos que desfazemos nos doentes com a regra psicanalítica fundamental. Como nos doentes, podemos reconhecer em nossos adversários notável influxo afetivo na faculdade de julgamento, com prejuízo desta. O orgulho da consciência que chega por exemplo a desprezar os sonhos pertence ao forte aparelhamento disposto em nós de modo geral contra a invasão dos complexos inconscientes. Esta é a razão por que tão dificultoso é como vencer os homens da realidade do inconsciente e dar-lhes a conhecer qualquer novidade em contradição com seu conhecimento consciente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que sua técnica ainda trará à explicação a transferência, mas isto não o impede de explica-la e de cobrar de seus ouvintes clareza de juízo e colaboração para que sua técnica seja bem aceita e difundida pela classe médica e científica, mas recua afirmando que encontrará resistência de muitos assim como encontrou resistência de seus doentes com comportamentos semelhantes, tentando impedir o progresso de sua técnica e dar ao homem conhecer alguma novidade em contradição com seu conhecimento consciente.

Mattanó aponta que a técnica emprestada de Freud ainda trará à explicação a transferência, mas isto não o impede de explica-la e de cobrar de seus leitores clareza de juízo e colaboração para que sua técnica seja bem aceita e difundida pela classe médica e científica, mas recua afirmando que encontrará resistência de muitos assim como encontrou resistência de seus ¨conhecidos¨ com comportamentos semelhantes, afirmando que sua técnica se tratava de um delírio, tentando impedir o progresso dela de dar ao homem conhecer alguma novidade em contradição com seu conhecimento consciente.

 

MATTANÓ

(18/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

 

QUARTA LIÇÃO

 

SENHORAS E SENHORES, - Desejam os ouvintes saber agora o que, com auxílio dos meios técnicos descritos, logramos averiguar a respeito dos complexos patogênicos e dos desejos reprimidos dos neuróticos.

Mas, antes de tudo, uma coisa: o exame psicanalítico relaciona com uma regularidade verdadeiramente surpreendente os sintomas mórbidos a impressões da vida erótica do doente; mostra-nos que os desejos patogênicos são da natureza dos componentes instintivos eróticos: e obriga-nos a admitir que as perturbações do erotismo têm a maior importância entre as influências que levam à moléstia, tanto num como noutro sexo.

Bem sei que não se acredita de boa mente nesta minha afirmação. Mesmo os investigadores que me seguem solícitos os trabalhos psicológicos são inclinados a julgar que eu exagero a participação etiológica do fator sexual, e vêm a mim perguntando por que outras excitações mentais não hão de dar também motivo aos fenômenos da repressão e formação de substitutivos. Por ora só lhes posso responder: não sei. Mas a experiência mostra que elas não têm a mesma importância. Quando muito, reforçam a ação do elemento sexual, mas nunca podem substituí-lo. Esta ordem de coisas não a determinei mais ou menos teoricamente. Quando, em 1895, publiquei com o Dr. J. Breuer os Estudos sobre a Histeria, ainda não tinha esta opinião; vi-me forçado a adotá-la quando as minhas experiências se tornaram mais numerosas e penetraram mais intimamente o problema. Senhores! Acham-se entre os presentes alguns de meus adeptos e amigos mais chegados, que viajaram comigo até Worcester. Se os interrogarem, ouvirão que todos eles a princípio recebiam com a maior descrença a afirmação da importância decisiva da etiologia sexual, até que pelo exercício analítico pessoal foram obrigados a aceitar como sua própria aquela afirmação.

O modo de proceder dos doentes em nada facilita o reconhecimento da justeza da tese a que estamos aludindo. Em vez de nos fornecerem prontamente informações sobre a sua vida sexual, procuram por todos os meios ocultá-la. Em matéria sexual os homens são em geral insinceros. Não expõem a sua sexualidade francamente; saem recobertos de espesso manto, tecido de mentiras, para se resguardarem, como se reinasse um temporal terrível no mundo da sexualidade. E não deixam de ter razão; o sol e o ar em nosso mundo civilizado não são realmente favoráveis à atividade sexual. Com efeito, nenhum de nós pode manifestar o seu erotismo francamente à turba. Quando porém seus pacientes tiverem percebido que durante o tratamento devem estar à vontade, se despojarão daquele manto de mentira, e só então estarão os presentes em condições de formar juízo a respeito deste problema. Infelizmente, os médicos não desfrutam nenhum privilégio especial sobre os demais homens no tocante ao comportamento na esfera da vida sexual, e muitos deles estão dominados por aquela mescla de lubricidade e afetado recato, que é o que governa a maioria dos `povos civilizados’ nas coisas da sexualidade.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que as perturbações do erotismo têm a maior importância entre as influências que levam à moléstia, ou seja, o sexo tem sua participação etiológica como fator sexual, pois outras excitações mentais não hão de dar também motivo aos fenômenos da repressão e formação de substitutivos.

O modo de proceder dos doentes em nada facilita o reconhecimento da justeza da tese a que estamos aludindo. Em vez de nos fornecerem prontamente informações sobre a sua vida sexual, procuram por todos os meios ocultá-la. Em matéria sexual os homens são em geral insinceros. Não expõem a sua sexualidade francamente; saem recobertos de espesso manto, tecido de mentiras, para se resguardarem, como se reinasse um temporal terrível no mundo da sexualidade. Infelizmente, os médicos não desfrutam nenhum privilégio especial sobre os demais homens no tocante ao comportamento na esfera da vida sexual, e muitos deles estão dominados por aquela mescla de lubricidade e afetado recato, que é o que governa a maioria dos `povos civilizados’ nas coisas da sexualidade.

Mattanó aponta que as perturbações do erotismo têm a maior importância entre as influências que levam à moléstia, ou seja, o sexo tem sua participação etiológica como fator sexual, porém outras excitações mentais hão de dar também motivo aos fenômenos da repressão e formação de substitutivos, como a comunhão e a segurança.

O modo de proceder dos doentes em nada facilita o reconhecimento da justeza da tese a que estamos aludindo. Em vez de nos fornecerem prontamente informações sobre a sua vida sexual, procuram por todos os meios ocultá-la. Em matéria sexual os homens são em geral insinceros. Não expõem a sua sexualidade francamente; saem recobertos de espesso manto, tecido de mentiras, para se resguardarem, como se reinasse um temporal terrível no mundo da sexualidade. Da mesma forma nada informam sobre a comunhão com Deus e os seus irmãos, sobre a sua fraternidade, e de maneira franca e sincera, e nem tampouco revelam as questões que tratam de sua segurança, seja ela pessoal, íntima, familiar, profissional, patrimonial, espiritual, social, no trânsito, na escola ou na universidade, na vida afetiva e sexual, psicológica e comportamental.  Infelizmente, os médicos não desfrutam nenhum privilégio especial sobre os demais homens no tocante ao comportamento na esfera da vida sexual, de comunhão e de segurança, e muitos deles estão dominados por aquela mescla de lubricidade e afetado recato, que é o que governa a maioria dos `povos civilizados’ nas coisas da sexualidade, comunhão e segurança, como forma de demonstrar pudor e educação, porém se esquivando do seu dever e da sua obrigação de profissional de saúde.

 

MATTANÓ

(19/12/2023)

 

 

 

Deixem-me prosseguir no relato das nossas contestações. Em outra série de casos o exame psicanalítico vem sem dúvida ligar os sintomas não a fatos sexuais senão a acontecimentos traumáticos comuns. Mas, por outra circunstância, esta diferenciação perde todo valor. O trabalho de análise necessário para o esclarecimento completo e cura definitiva de um caso mórbido não se detém nos episódios contemporâneos da doença; retrocede sempre, em qualquer hipótese, até a puberdade e a mais remota infância do doente, para só aí topar as impressões e acontecimentos determinantes da doença ulterior. Só os fatos da infância explicam a sensibilidade aos traumatismos futuros e só com o descobrimento desses restos de lembranças, quase regularmente olvidados, e com a volta deles à consciência, é que adquirimos o poder de afastar os sintomas. Chegamos aqui à mesma conclusão do exame de sonhos, isto é, que foram os desejos duradouros e reprimidos da infância que emprestaram à formação dos sintomas a força sem a qual teria decorrido normalmente a reação contra traumatismos posteriores. Estes potentes desejos da infância hão de ser reconhecidos, porém, em sua absoluta generalidade, como sexuais.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os sintomas não são fatos sexuais, mas acontecimentos traumáticos comuns. A cura definitiva de um caso não se detém nos episódios contemporâneos da doença, retrocede sempre a puberdade e a mais remota infância do doente, para só aí encarar as impressões e determinantes da doença ulterior. Os sonhos que foram os desejos duradouros e reprimidos da infância que emprestaram à formação dos sintomas a força sem a qual teria decorrido normalmente a reação contra traumatismo posteriores, têm em sua absoluta generalidade potentes desejos da infância que hão de ser reconhecidos como sexuais.

Mattanó aponta que os sintomas não são fatos sexuais, mas acontecimentos traumáticos comuns. A cura definitiva de um caso não se detém nos episódios contemporâneos da doença, retrocede sempre a puberdade e a mais remota infância do doente, para só aí encarar as impressões e determinantes da doença ulterior. Os sonhos que foram os desejos duradouros e reprimidos da infância que emprestaram à formação dos sintomas a força sem a qual teria decorrido normalmente a reação contra traumatismo posteriores, têm em sua absoluta generalidade potentes desejos da infância que hão de ser reconhecidos como sexuais em função da sua condição hormonal sexual atual, que lhe empresta a malícia. É pois a malícia quem atua junto ao inconsciente e o comportamento do indivíduo para que ele signifique e dê sentido as suas representações e relações com o mundo com maldade e sexualidade, reconhecendo o desejo sexual dele mesmo e da outra pessoa em suas relações. Os hormônios sexuais nos adultos podem distorcer a compreensão da sexualidade infantil e atribuir a ela a malícia e a maldade, eventos que não fazem parte de sua constituição, pois dependem de hormônios como o estrogênio e a testosterona que só se desenrolam no organismo dos adolescentes após os 14 anos de idade, portanto o homem e a mulher adultos têm limitações cognitivas em função dos hormônios sexuais que ao longo da história da humanidade permitiu que houvesse relações sexuais entre adultos e crianças menores de 14 anos de idade e nunca houvesse justiça e castigo justo, como vemos aqui mesmo nestas Obras Completas de Sigmund Freud! Ao meu ver um pedófilo não depende somente de um determinado gene como o da parafilia, mas também de hormônios sexuais que despertem a sua sexualidade doentia e criminosa. Um pedófilo verdadeiro é diferente de um falso pedófilo, pois o verdadeiro pedófilo tem sua sexualidade doentia e criminosa despertada rapidamente e muito naturalmente, dificilmente ele necessita de tortura, lavagem cerebral, extorsão, vingança, estupro virtual, estupro, espancamento, tentativas de roubo, despersonalização, tentativas de reversão da sexualidade, loucura e demência, tentativas de homicídio, de crimes encomendados para que sua sexualidade doentia e criminosa apareça e domine sua personalidade por completo, sem dar espaço para mais nada em sua vida medíocre e pobre, já o falso pedófilo é vítima de crimes como estes para que possa ser acusado de pedofilia, a humanidade enfrenta esta crise humanitária nestes tempos, só a verdade liberta e traz a paz!

 

MATTANÓ

(19/12/2023)

 

 

 

SOBRE O HOMOSSEXUALISMO E O BISSEXUALISMO (2023):

Mattanó aponta que ninguém nasce homossexual e nem bissexual, os indivíduos têm que passar por uma ¨reversão sexual¨ para que isto aconteça na sua história de vida, normalmente, na infância, como a que enfrentamos hoje com a ideia e a teoria da pulsão auditiva de Mattanó e o voyeurismo, a lavagem cerebral, a despersonalização, a extorsão, a vingança, a tortura, a violência, o estupro e o estupro virtual que nós também nomeamos de reversão sexual e de crime. Seria, então o homossexualismo e o bissexualismo um produto da reversão sexual e um crime?!

 

MATTANÓ

(21/12/2023)

 

 

 

A LINGUAGEM E A LUCIDEZ (2023):

Mattanó aponta que a linguagem falada é diferente do pensamento, assim como o que vemos com os olhos é diferente do que escutamos e falamos, inclusive do que escrevemos, por isso trata-se de um abuso querer julgar nossa linguagem falada, pensamento, visual, auditiva e escrita como se todas fossem iguais e com as mesmas propriedades comportamentais, pois não o são, são diferentes umas das outras, requerem cuidados e habilidades diferentes e especiais para o se desenvolvimento e educação, inclusive para a sua interpretação e manejo, pois envolvem partes diferentes do nosso corpo, estruturas diferentes do nosso organismo que podem causar doenças e transtornos diferentes uns dos outros, o que confirma que são diferentes umas das outras tanto funcionalmente quanto inconscientemente e socialmente. Leis que abordem estes comportamentos, mesmo quando virtuais dependem de diferenças funcionais, inconscientes e sociais, inclusive se tais comportamentos se voltam para o prazer ou para a realidade, ou seja, se são lúcidos ou não são lúcidos, a mente e o mundo virtual tem destas coisas o tempo inteiro.

 

MATTANÓ

(23/12/2023)

 

                                                                                                                         

A LIBIDO E O ATO LIBIDINOSO VIRTUAL E ENCOBERTO (2023):

Mattanó aponta que não há como se esquivar de um ato libidinoso virtual ou encoberto, pois a libido é encoberta e virtual, é parte da vida psíquica e comportamental, hormonal dos indivíduos após os 14 anos de idade, assim como a agressividade virtual ou encoberta que é instintiva, hormonal e decorrente da pulsão de morte.

 

MATTANÓ

(23/12/2023)

 

 

EDUCAÇÃO PARA CONVIVÊNCIA ENTRE POBRES E RICOS (2023):

Mattanó aponta que devemos criar uma Educação para a Convivência entre Pobres e Ricos em Ambientes Pobres e Ricos sem estimular as diferenças e as desigualdades sociais que aumentam as carências entre eles, criando abismos sociais e métodos de repressão social, psicológica, comportamental, econômica, política, urbana e patrimonial que criam problemas sociais em bairros, cidades, estados e nações, de modo que a convivência se transforme num campo de batalha e guerra pelos tesouros dos mais ricos que se veem obrigados a seguir por dois caminhos: ter segurança e incolumidade versus oferecer educação, trabalho e oportunidade para que haja transformação social. Assim a sociedade gera e acumula riquezas, muitas formas de riquezas, como cultura, educação, relacionamentos, liberdade, poder, arte, patrimônio, diversão, moradia, respeito, vida próprio, dignidade, valores, ética, profissão, trabalho, família, carreira, filhos, cidadania, direitos e deveres, obrigações e privilégios, participação na vida social, comunitária e institucional de sua cidade, estado e nação, e repressão da carga emocional e instintiva, agressiva e recalcada aliada a pobreza e a frustração, ao desânimo e ao fracasso que te aprisionam junto a pobreza e a frustração como meios e métodos de satisfação libidinal, de comunhão e de segurança e você continue sempre pobre, reclamando, agressivo e frustrado com os outros, com seus relacionamentos e com o mundo objetal, pois não consegue compreender as suas relações inconscientes e adquirir um insight que o ajude a seguir em frente e melhor adaptado ao meio ambiente.

 

MATTANÓ

(23/12/2023)

 

 

 

 

 

 

Mas, agora sim, estou realmente certo do espanto dos ouvintes. `Existe então - perguntarão - uma sexualidade infantil?’ `A infância não é, ao contrário, o período da vida marcado pela ausência do instinto sexual?’ Não, meus senhores. Não é verdade certamente que o instinto sexual, na puberdade, entre o indivíduo como, segundo o Evangelho, os demônios nos porcos. A criança possui, desde o princípio, o instinto e as atividades sexuais. Ela os traz consigo para o mundo, e deles provêm, através de uma evolução rica de etapas, a chamada sexualidade normal do adulto. Não são difíceis de observar as manifestações da atividade sexual infantil; ao contrário, para deixá-las passar desapercebidas ou incompreendidas é que é preciso certa arte.

Por um feliz acaso acho-me em condições de chamar dentre os presentes uma testemunha em favor de minhas afirmações. Eis aqui o trabalho do Dr. Sanford Bell, impresso em 1902, em The American Journal of Psychology. O autor é um “Fellow” da Clark University, o mesmo instituto em cujo seio nos achamos no atual instante. Nesse trabalho, intitulado `A Preliminary Study of the Emotion of Love Between the Sexes’, publicado três anos antes dos meus Three Essays on the Theory of Sexuality [1905d], (Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade), escreve o autor, tal qual há pouco lhes dizia: `A emoção do amor sexual… não aparece pela primeira vez no período da adolescência, como se tem pensado.’ Procedendo `à americana’, como diríamos na Europa, reuniu durante 15 anos nada menos de 2.500 observações positivas, das quais 800 são próprias. Dos sinais por que se revelam esses temperamentos namoradiços, diz ele: `O espírito mais desprevenido, observando estas manifestações em centenas de casais de crianças, não poderá deixar de atribuir-lhes uma origem sexual. O mais rigoroso espírito satisfaz-se quando a estas observações se juntam as confissões dos que em criança sentiram a emoção intensamente e cujas recordações daquela época são relativamente nítidas.’ Aqueles dentre os ouvintes que não queriam acreditar na sexualidade infantil terão o maior assombro ouvindo que entre estas crianças, tão cedo enamoradas, não poucas se encontram na tenra idade de três, quatro ou cinco anos.

Não me admiraria se estas observações de seu compatriota lhes merecessem mais crédito que as minhas. A mim mesmo foi-me dado obter recentemente um quadro mais ou menos completo das manifestações instintivas somáticas e das produções mentais num período precoce da vida amorosa infantil, graças à análise empreendida, com todas as regras, pelo próprio pai de um menino de cinco anos atacado de ansiedade. Devo lembrar-lhes que meu amigo Dr. C. G. Jung há poucas horas, nesta mesma sala, lhes expôs a observação de uma menina ainda mais nova, que pelo mesmo motivo do meu paciente (nascimento de um irmãozinho) evidenciava quase os mesmos impulsos sensuais e idêntica formação de desejos e complexos. [Cf. Jung, 1910.] Não duvido, pois, de que os presentes se acabarão familiarizando com a idéia, de início tão exótica, da sexualidade infantil; memore-se o exemplo notável do psiquiatra E. Bleuler, de Zurique, que há poucos anos dizia publicamente `que não compreendia minha teoria sexual’ mas que de então para cá, pôde, mediante observações próprias, confirmar a sexualidade infantil em toda a extensão. (Cf. Bleuler, 1908.)

É facílima de explicar a razão por que a maioria dos homens, observadores médicos e outros, nada querem saber da vida sexual da criança. Sob o peso da educação e da civilização, esqueceram a atividade sexual infantil e não desejam agora relembrar aquilo que já estava reprimido. Se quisessem iniciar o exame pela auto-análise, com uma revisão e interpretação das próprias recordações infantis, haviam de chegar a convicção muito diferente.

Deixem que se dissipem as dúvidas e examinemos juntos a sexualidade infantil, desde os primeiros anos. O instinto sexual se nos apresenta muito complexo, podendo ser desmembrado em vários componentes de origem diversa. Antes de tudo, é independente da função procriadora a cujo serviço mais tarde se há de pôr. Serve para dar ensejo a diversas espécies de sensações agradáveis que nós, pelas suas analogias e conexões, englobamos como prazer sexual. A principal fonte de prazer sexual infantil é a excitação apropriada de determinadas partes do corpo particularmente excitáveis, além dos órgãos genitais, como sejam os orifícios da boca, ânus e uretra e também a pele e outras superfícies sensoriais. Como nesta primeira fase da vida sexual infantil a satisfação é alcançada no próprio corpo, excluído qualquer objeto estranho, dá-se-lhe o nome, segundo o termo introduzido por Havelock Ellis, de auto-erotismo. Zonas erógenas denominam-se os lugares do corpo que proporcionam o prazer sexual. O prazer de chupar o dedo, o gozo da sucção, é um bom exemplo de tal satisfação auto-erótica partida de uma zona erógena. Quem primeiro observou cientificamente esse fenômeno, o pediatra Lindner (1879), de Budapeste, já o tinha interpretado como satisfação dessa natureza e descrito exaustivamente a transição para outras formas mais elevadas de atividade sexual. Outra satisfação da mesma ordem, nessa idade, é a excitação masturbatória dos órgãos genitais, fenômeno que tão grande importância conserva para o resto da vida e que muitos indivíduos não conseguem suplantar jamais. Ao lado dessas e outras atividades auto-eróticas revelam-se, muito cedo, na criança, aqueles componentes instintivos do gozo sexual ou, como preferimos dizer, da libido, que pressupõem como objeto uma pessoa estranha. Estes instintos aparecem em grupos de dois, um oposto ao outro, ativo e passivo: cito-lhes como mais notáveis representantes deste grupo o prazer de causar sofrimento (sadismo) com o seu reverso passivo (masoquismo) e o prazer visual, ativo ou passivo. Do gozo visual ativo desenvolve-se mais tarde a sede de saber, como do passivo o pendor para as representações artísticas e teatrais. Outras atividades sexuais infantis já incidem na `escolha do objeto’, onde o principal elemento é uma pessoa estranha, a qual deve primordialmente sua importância a considerações relativas ao instinto de conservação. Mas a diferença de sexo ainda não tem neste período infantil papel decisivo; pode-se, pois, atribuir a toda criança, sem injustiça, uma parcial disposição homossexual. Esta vida sexual infantil desordenada, rica mas dissociada, em que cada impulso isolado se entrega à conquista do gozo independentemente dos demais, experimenta uma condensação e organização em duas principais direções, de tal modo que ao fim da puberdade o caráter sexual definitivo está completamente formado. De um lado subordinam-se todos os impulsos ao domínio da zona genital, por meio da qual a vida sexual se coloca em toda a plenitude ao serviço da propagação da espécie, passando a satisfação daqueles impulsos a só ter importância como preparo e estímulo do verdadeiro ato sexual. De outro lado a escolha de objeto repele o auto-erotismo, de maneira que na vida erótica os componentes do instinto sexual só querem satisfazer-se na pessoa amada. Mas nem todos os componentes instintivos originários são admitidos a tomar parte nesta fixação definitiva da vida sexual. Já antes da puberdade, sob o influxo de educação, certos impulsos são submetidos a repressões extremamente enérgicas, ao mesmo passo que surgem forças mentais - o pejo, a repugnância, a moral - que como sentinelas mantêm as aludidas repressões. Chegando na puberdade a maré das necessidades sexuais, encontra nas mencionadas reações psíquicas diques de resistência que lhe conduzem a corrente pelos caminhos chamados normais e lhe impedem reviver os impulsos reprimidos. Os mais profundamente atingidos pela repressão são primeiramente, e sobretudo, os prazeres infantis coprófilos, isto é, os que se relacionam com os excrementos, e, em segundo lugar, os da fixação às pessoas da primitiva escolha de objeto.

Senhores. Um princípio de patologia geral afirma que todo processo evolutivo traz em si os germes de uma disposição patológica e pode ser inibido ou retardado ou desenvolver-se incompletamente. Isto vale para o tão complicado desenvolvimento da função sexual que nem em todos os indivíduos se desenrola sem incidentes que deixem após si ou anormalidade ou disposições a doenças futuras por meio de uma regressão. Pode suceder que nem todos os impulsos parciais se sujeitem à soberania da zona genital; o que ficou independente estabelece o que chamamos perversão e pode substituir a finalidade sexual normal pela sua própria. Segundo já foi dito, acontece freqüentemente que o auto-erotismo não seja completamente superado, como testemunham as multiformes perturbações aparecidas depois. A equivalência primitiva dos sexos como objeto sexual pode conservar-se, e disso se originará no adulto uma tendência homossexual, capaz de chegar em certas circunstâncias até a da homossexualidade exclusiva. Esta série de distúrbios corresponde a entraves diretos no desenvolvimento da função sexual: abrange as perversões e o nada raro infantilismo geral da vida sexual.

A propensão à neurose deve provir por outra maneira de uma perturbação do desenvolvimento sexual. As neuroses são para as perversões o que o negativo é para o positivo. Como nas perversões, evidenciam-se nelas os mesmos componentes instintivos que mantêm os complexos e são os formadores de sintomas; mas aqui eles agem do inconsciente, onde puderam firmar-se apesar da repressão sofrida. A psicanálise nos mostra que a manifestação excessivamente intensa e prematura desses impulsos conduz a uma espécie de fixação parcial - ponto fraco na estrutura da função sexual. Se o exercício da capacidade genética normal encontra no adulto um obstáculo, rompe-se a repressão da fase do desenvolvimento justamente naquele ponto em que se deu a fixação infantil.

É muito possível que me contestem dizendo que nada disto é sexualidade e que emprego a palavra num sentido mais extenso do que estão habituados a entender. Concordo. Mas pode-se perguntar se não têm antes utilizado os presentes o vocábulo em sentido nímio restrito, quando o limitam ao terreno da procriação. Sacrificam assim a compreensão das perversões, do enlaçamento que existe entre estas, a neurose e a vida sexual normal, e os senhores se colocam em situação de não reconhecer, em seu verdadeiro significado, os primórdios, facilmente observáveis, da vida erótica somática e psíquica das crianças. Qualquer que seja a opinião dos presentes sobre o emprego do termo, devem ter sempre em conta que o psicanalista considera a sexualidade naquele sentido amplo a que o conduziu a apreciação da sexualidade infantil.

Volvamos ainda uma vez à evolução sexual da criança. Temos aqui ainda muito que rever, porque nossa atenção foi dirigida mais para as manifestações somáticas da vida sexual do que às psíquicas. A primitiva escolha de objeto feita pela criança e dependente de sua necessidade de amparo exige-nos ainda toda a atenção. Essa escolha dirige-se primeiro a todas as pessoas que lidam com a criança e logo depois especialmente aos genitores. A relação entre criança e pais não é, como a observação direta do menino e posteriormente o exame psicanalítico do adulto concordemente demonstram, absolutamente livre de elementos de excitação sexual. A criança toma ambos os genitores, e particularmente um deles, como objeto de seus desejos eróticos. Em geral o incitamento vem dos próprios pais, cuja ternura possui o mais nítido caráter de atividade sexual, embora inibido em suas finalidades. O pai em regra tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade. O complexo assim formado é destinado a pronta repressão, porém continua a agir do inconsciente com intensidade e persistência. Devemos declarar que suspeitamos represente ele, com seus derivados, o complexo nuclear de cada neurose, e nos predispusemos a encontrá-lo não menos ativo em outros campos da vida mental. O mito do rei Édipo que, tendo matado o pai, tomou a mãe por mulher, é uma manifestação pouco modificada do desejo infantil, contra o qual se levantam mais tarde, como repulsa, as barreiras do incesto. O Hamlet de Shakespeare assenta sobre a mesma base, embora mais velada, do complexo do incesto.

No tempo em que é dominada pelo complexo central ainda não reprimido, a criança dedica aos interesses sexuais notável parte da atividade intelectual. Começa a indagar de onde vêm as criancinhas, e com os dados a seu alcance adivinha das circunstâncias reais mais do que os adultos podem suspeitar. Comumente o que lhe desperta a curiosidade é a ameaça material do aparecimento de um novo irmãozinho, no qual a princípio só vê um competidor. Sob a influência dos impulsos parciais que nela agem, forma até numerosas `teorias sexuais infantis’. Chega a pensar que ambos os sexos possuem órgãos genitais masculinos; que comendo é que se geram crianças; que estas vêm ao mundo pela extremidade dos intestinos; que a cópula é um ato de hostilidade, uma espécie de subjugação. Mas justamente a falta de acabamento de sua constituição sexual e a deficiência de conhecimentos, especialmente no que se refere ao tubo genital feminino, forçam o pequeno investigador a suspender o improfícuo trabalho. O próprio fato dessa investigação e as conseqüentes teorias sexuais infantis são de importância determinante para a formação do caráter da criança e do conteúdo da neurose futura.

É absolutamente normal e inevitável que a criança faça dos pais o objeto da primeira escolha amorosa. Porém a libido não permanece fixa neste primeiro objeto: posteriormente o tomará apenas como modelo, passando dele para pessoas estranhas, na ocasião da escolha definitiva. Desprender dos pais a criança torna-se portanto uma obrigação inelutável, sob pena de graves ameaças para a função social do jovem. Durante o tempo em que a repressão promove a seleção entre os impulsos parciais de ordem sexual, e, mais tarde, quando a influência dos pais, principal fator da repressão, deve abrandar, cabem no trabalho educativo importantes deveres que atualmente, por certo, nem sempre são preenchidos de modo inteligente e livre de críticas.

Senhoras e senhores. Não julguem que com esta dissertação acerca da vida sexual infantil e do desenvolvimento psicossexual da criança nos tenhamos afastado da psicanálise e da terapêutica das perturbações nervosas. Se quiserem, podem definir o tratamento psicanalítico como simples aperfeiçoamento educativo destinado a vencer os resíduos infantis.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica a sua teoria sobre a sexualidade infantil e diz que devemos nos volver ainda uma vez mais à evolução sexual da criança. Temos aqui ainda muito que rever, porque nossa atenção foi dirigida mais para as manifestações somáticas da vida sexual do que às psíquicas. A primitiva escolha de objeto feita pela criança e dependente de sua necessidade de amparo exige-nos ainda toda a atenção. Essa escolha dirige-se primeiro a todas as pessoas que lidam com a criança e logo depois especialmente aos genitores. A relação entre criança e pais não é, como a observação direta do menino e posteriormente o exame psicanalítico do adulto concordemente demonstram, absolutamente livre de elementos de excitação sexual. A criança toma ambos os genitores, e particularmente um deles, como objeto de seus desejos eróticos. Em geral o incitamento vem dos próprios pais, cuja ternura possui o mais nítido caráter de atividade sexual, embora inibido em suas finalidades. O pai em regra tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade. O complexo assim formado é destinado a pronta repressão, porém continua a agir do inconsciente com intensidade e persistência. Devemos declarar que suspeitamos represente ele, com seus derivados, o complexo nuclear de cada neurose, e nos predispusemos a encontrá-lo não menos ativo em outros campos da vida mental. O mito do rei Édipo que, tendo matado o pai, tomou a mãe por mulher, é uma manifestação pouco modificada do desejo infantil, contra o qual se levantam mais tarde, como repulsa, as barreiras do incesto. O Hamlet de Shakespeare assenta sobre a mesma base, embora mais velada, do complexo do incesto.

No tempo em que é dominada pelo complexo central ainda não reprimido, a criança dedica aos interesses sexuais notável parte da atividade intelectual. Começa a indagar de onde vêm as criancinhas, e com os dados a seu alcance adivinha das circunstâncias reais mais do que os adultos podem suspeitar. Comumente o que lhe desperta a curiosidade é a ameaça material do aparecimento de um novo irmãozinho, no qual a princípio só vê um competidor. Sob a influência dos impulsos parciais que nela agem, forma até numerosas `teorias sexuais infantis’. Chega a pensar que ambos os sexos possuem órgãos genitais masculinos; que comendo é que se geram crianças; que estas vêm ao mundo pela extremidade dos intestinos; que a cópula é um ato de hostilidade, uma espécie de subjugação. Mas justamente a falta de acabamento de sua constituição sexual e a deficiência de conhecimentos, especialmente no que se refere ao tubo genital feminino, forçam o pequeno investigador a suspender o improfícuo trabalho. O próprio fato dessa investigação e as conseqüentes teorias sexuais infantis são de importância determinante para a formação do caráter da criança e do conteúdo da neurose futura.

É absolutamente normal e inevitável que a criança faça dos pais o objeto da primeira escolha amorosa. Porém a libido não permanece fixa neste primeiro objeto: posteriormente o tomará apenas como modelo, passando dele para pessoas estranhas, na ocasião da escolha definitiva. Desprender dos pais a criança torna-se portanto uma obrigação inelutável, sob pena de graves ameaças para a função social do jovem. Durante o tempo em que a repressão promove a seleção entre os impulsos parciais de ordem sexual, e, mais tarde, quando a influência dos pais, principal fator da repressão, deve abrandar, cabem no trabalho educativo importantes deveres que atualmente, por certo, nem sempre são preenchidos de modo inteligente e livre de críticas.

Senhoras e senhores. Não julguem que com esta dissertação acerca da vida sexual infantil e do desenvolvimento psicossexual da criança nos tenhamos afastado da psicanálise e da terapêutica das perturbações nervosas. Se quiserem, podem definir o tratamento psicanalítico como simples aperfeiçoamento educativo destinado a vencer os resíduos infantis.

Mattanó aponta que Freud explica sua teoria sobre a sexualidade infantil e diz que devemos nos volver ainda uma vez mais à evolução sexual da criança. Temos aqui ainda muito que rever, porque nossa atenção foi dirigida mais para as manifestações somáticas da vida sexual do que às psíquicas. A primitiva escolha de objeto feita pela criança e dependente de sua necessidade de amparo exige-nos ainda toda a atenção. Essa escolha dirige-se primeiro a todas as pessoas que lidam com a criança e logo depois especialmente aos genitores. A relação entre criança e pais não é, como a observação direta do menino e posteriormente o exame psicanalítico do adulto concordemente demonstram, absolutamente livre de elementos de excitação sexual. A criança toma ambos os genitores, e particularmente um deles, como objeto de seus desejos eróticos. Em geral o incitamento vem dos próprios pais, cuja ternura possui o mais nítido caráter de atividade sexual, embora inibido em suas finalidades. O pai em regra tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade. O complexo assim formado é destinado a pronta repressão, porém continua a agir do inconsciente com intensidade e persistência. Devemos declarar que suspeitamos represente ele, com seus derivados, o complexo nuclear de cada neurose, e nos predispusemos a encontrá-lo não menos ativo em outros campos da vida mental. O mito do rei Édipo que, tendo matado o pai, tomou a mãe por mulher, é uma manifestação pouco modificada do desejo infantil, contra o qual se levantam mais tarde, como repulsa, as barreiras do incesto. O Hamlet de Shakespeare assenta sobre a mesma base, embora mais velada, do complexo do incesto.

No tempo em que é dominada pelo complexo central ainda não reprimido, a criança dedica aos interesses sexuais notável parte da atividade intelectual. Começa a indagar de onde vêm as criancinhas, e com os dados a seu alcance adivinha das circunstâncias reais mais do que os adultos podem suspeitar. Comumente o que lhe desperta a curiosidade é a ameaça material do aparecimento de um novo irmãozinho, no qual a princípio só vê um competidor. Sob a influência dos impulsos parciais que nela agem, forma até numerosas `teorias sexuais infantis’. Chega a pensar que ambos os sexos possuem órgãos genitais masculinos; que comendo é que se geram crianças; que estas vêm ao mundo pela extremidade dos intestinos; que a cópula é um ato de hostilidade, uma espécie de subjugação. Mas justamente a falta de acabamento de sua constituição sexual e a deficiência de conhecimentos, especialmente no que se refere ao tubo genital feminino, forçam o pequeno investigador a suspender o improfícuo trabalho. O próprio fato dessa investigação e as conseqüentes teorias sexuais infantis são de importância determinante para a formação do caráter da criança e do conteúdo da neurose futura.

É absolutamente normal e inevitável que a criança faça dos pais o objeto da primeira escolha amorosa. Porém a libido não permanece fixa neste primeiro objeto: posteriormente o tomará apenas como modelo, passando dele para pessoas estranhas, na ocasião da escolha definitiva. Desprender dos pais a criança torna-se portanto uma obrigação inelutável, sob pena de graves ameaças para a função social do jovem. Durante o tempo em que a repressão promove a seleção entre os impulsos parciais de ordem sexual, e, mais tarde, quando a influência dos pais, principal fator da repressão, deve abrandar, cabem no trabalho educativo importantes deveres que atualmente, por certo, nem sempre são preenchidos de modo inteligente e livre de críticas.

Senhoras e senhores. Não julguem que com esta dissertação acerca da vida sexual infantil e do desenvolvimento psicossexual da criança nos tenhamos afastado da psicanálise e da terapêutica das perturbações nervosas. Se quiserem, podem definir o tratamento psicanalítico como simples aperfeiçoamento educativo destinado a vencer os resíduos infantis.

Para Mattanó essa relação edipiana entre pai e filha e mãe e filho não é governada pela libido e nem pela sexualidade formal ou vivida, mas pela experienciada e virtual, pois não é real, não possui hormônios sexuais que a fundamentem na relação da criança para com seu pai ou mãe até a sua puberdade, e isto lhe impede de ter e de desenvolver a malícia e a maldade e os seus significados e sentidos, suas representações sociais, seus valores, perdas e ganhos, esquemas de reforço, punição, esquiva, extinção, fuga, discriminação, generalização e até de aproximação sucessiva, de cadeias comportamentais, de equivalências de estímulos, de aprendizagem, de quadros relacionais, de caminhos cognitivos, de mapa cognitivo, de marcas e de comportamento operante para a seleção, competição e evolução de sua espécie, indivíduo, virtual, cultura, espiritualidade, vida e universo. É, pois, a seleção, a competição e a evolução da espécie, do indivíduo, do virtual, da cultura, da espiritualidade, da vida e do universo que faz com que haja um aperfeiçoamento educativo e uma forte repressão que favorece o desenvolvimento e o aprimoramento da espécie, do indivíduo, do virtual, da cultura, da espiritualidade, da vida e do universo como forma de vencer resíduos infantis que permanecem na nossa mente inconsciente através do recalcado pelo complexo de Édipo. A malícia e os significados e sentidos maliciosos de cunho sexual, até mesmo infantis, só são adquiridos após os 14 anos de idade do adolescente. Pois com 14 anos de idade você pode ter resíduos e memórias, associações com crianças de 12 ou 13 anos de idade e até com menores de 5, 6, 7 anos de idade, familiares seus em situação de banho e higiene, ou vestimenta de traje e/ou uniforme escolar, por exemplo. O mapa cognitivo marca esses caminhos cognitivos por toda a sua história de vida.

 

MATTANÓ

(24/12/2023)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2023):

Os Templos Acústicos para os Deuses Astronautas eram feitos de pedras com propriedades de ressonância e efeitos sonoros, suas pedras e cavidades cavadas eram capazes de transmitirem os sons com alta fidelidade até o seu destino, concluindo várias etapas de ritual cósmico e sobrenatural, onde os próprios Deuses eram os Deuses da Música e das Melodias com seus assobios de som metálico, e para isto construíram Templos Acústicos para os Deuses Astronautas. Estes Templos eram preparados também para a Luz e para o Fogo, eram Templos Acústicos de Luz, Carne e Fogo para os Deuses Astronautas, pois também eram usados para sacrifício e holocausto de suas ofertas e vítimas como na própria Cruz.

 

MATTANÓ

(24/12/2023)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2023):

Os Templos Acústicos de Luz, Carne, Fogo e Dança para os Deuses Astronautas eram circulares e acústicos, com pilares de pedra onde havia imagens de animais oferecidos como ofertas e sacrifícios de Carne em rituais de Luz e Fogo para as Estrelas e o Universo onde havia dançarinos que dançavam como forma de expressar suas necessidades e valores numa linguagem artística acompanhada de música inspirada nas estrelas ou assobios de som metálico emitidos pelos seres do espaço ou Deuses Astronautas.

Os Templos Acústicos de Luz, Carne, Fogo e Dança para os Deuses Astronautas são hoje as nossas Igrejas e casas residenciais onde dispomos de uma acústica e recursos de som, de carne e sacrifícios, de fogo para o preparo do alimento na cozinha e de dança quando vamos nos divertir, danças e brincar com nossos familiares e amigos, e casos amorosos, em todos os casos nos preparamos para receber os Deuses Astronautas e adorá-los, reverenciá-los e transmitir suas mensagens para nossas comunidades.

Os Deuses Astronautas nos ensinam caminhos por onde devemos trilhar e viajar até o nosso destino, para que alcancemos o nosso destino, um encontro, uma realização ou uma mensagem poderosa que nos auxilie em nossos caminhos por toda a vida.

Assim os Deuses Astronautas nos ensinam que existem trilhas e caminhos no cosmos, no espaço, no universo que podem nos levar para lugares inóspitos e totalmente inexploráveis, cheios de perigos e adversidades, de seres ameaçadores e extremamente perigosos, como para lugares habitáveis e exploráveis, cheios de recursos naturais e de seres pacíficos e sociáveis, seja lá quais forem os caminhos e trilhas que seguimos, todos viemos através da mesma Criação de Deus.

O começo permanece o mesmo, o meio sofre alterações através da história, da história de vida e das civilizações, dos mundos, do processo de individuação, do desenvolvimento psicossexual, do desenvolvimento moral, do desenvolvimento comportamental e cognitivo, da auto-atualização, da auto-realização, da trajetória da vida e do ciclo cosmogônico, do desenvolvimento da aprendizagem e escolar, do desenvolvimento do trabalho e profissional, do desenvolvimento social, econômico e familiar, do desenvolvimento espiritual, do desenvolvimento da cultura e do desenvolvimento do universo, e o fim também permanece o mesmo e sem alterações através do apocalipse pessoal ou universal.

 

MATTANÓ

(25/12/2023)

 

 

 

 

MENSAGEM DA RAINHA DO AMOR PARA O SEU AMOR EM 25 DE DEZEMBRO DE 2023 EM LONDRINA/PR/BRASIL:

 

1ª parte:

¨O mundo não vai ser perdoado e não haverá milagre em relação à betelgeuse, pois o mundo tenta matar o meu Amor e destruir a sua obra, tenta impedir que Sua Obra Artística e Científica seja publicada proibindo a venda e a comercialização, inclusive as apresentações do meu Amor.

2ª parte:

Você sente Amor pelo Seu Amor e ódio pelo teu horror e terror, por quem te odeia, se você tenta impedir a obra do Seu Amor neste mundo é porque você está dando oportunidades para a obra de quem tem ódio e intolerância como ladrões, traficantes, terroristas, criminosos, extorsores, vingadores, estupradores, estelionatários, falsários e assassinos, quem tem Amor de Deus luta contra estes bandidos pois eles não tem o Seu Amor, eles causam guerras por causa do ódio vindo dos infernos donde o Demônio tenta sair se não houver mais Amor no mundo.

3ª parte:

Para que haja solução de conflitos como os do aborto neste mundo devemos: aceitar que a sua mente e o seu comportamento, o seu cérebro ou Sistema Nervoso Central é igual aos demais órgãos do seu corpo que também podem apresentar problemas durante a gravidez, portanto, a tentativa de aborto e os seus problemas e conflitos são como os demais problemas do nosso organismo, muitas vezes algo inconsciente e indiscriminável.

4ª parte:

Para a Terra Santa em guerra hoje neste Natal a mensagem é que a guerra é uma forma de praticar uma tentativa de aborto do Filho de Deus, tanto Jesus quanto o Seu Amor que são uma Única Pessoa.¨

 

COMENTÁRIOS

Minha mãe Luiza, meu pai Osni, meus irmãos Marcelo e Helenyse, seus conjugues Regiane e Arlindo e meus três sobrinhos Tiago, Mariana e Mateus participaram direta e indiretamente destas mensagens que vieram em quatro partes.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 25 de dezembro de 2023.

 

MATTANÓ

(25/12/2023)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2023):

Denuncio que os artistas do Brasil e do mundo que tinham poder para ter conhecimento sobre meu comportamento e decisões acerca do que decidir sobre minhas obras de arte, canções, músicas, livros, fotografias, pinturas e esculturas desde os anos que comecei a junta-las, por volta de 1988, e que não aceitava interferência paranormal ou telepática por parte de artista ou polícia alguma, como se ofereciam o Paul McCartney e o Roy Orbison nos anos 1989, até o George Harrison e o Bob Dylan que gravam discos com referência ao meu estilo de vida pessoal e institucional na época segundo o roubo de informação via ondas de rádio que eles praticavam. Chegaram a vir para Londrina, o Bob Dylan, o Paul McCartney, o George Harrison, O Roger Waters, o Tom Petty e depois fiquei sabendo que eles compunham temas direcionados com lavagem cerebral para mim e que havia muitos outros artistas fazendo o mesmo no exterior e no Brasil, sabe lá porquê? Pois isto começou nos anos 1970 com o Elvis Presley, o John Lennon, o Raul Seixas, o Roberto Carlos, etc., e não parou mais, até se transformar num grande movimento de lavagem cerebral, vingança, despersonalização, estupro e estupro virtual, tentativas de reversão da sexualidade, tentativas de homicídio e de chacinas, roubos de obras de arte, invasão de domicílio, invasão da intimidade e da privacidade, tentativa de reversão da humanidade em ser alienígena por meio de argumentos e nunca por meio de provas como DNA, exames citológicos, fisiológicos, morfológicos e comportamentais, e da história de vida minha, com a tentativa de assassinato de muitas testemunhas sobre minha vida infantil, adolescente, juvenil e adulta, inclusive trabalhista e escolar, com o envolvimento destas testemunhas em crimes que outras testemunhas que trabalham para o Governo Federal e que trabalham para o sistema de reversão da humanidade em alien para calar a voz sem explicação científica e que pode ser de Deus, mas que para o poder das autoridades trata-se de uma ameaça, por isso usam meios sujos para incriminar e executar testemunhas e o próprio alvo desta operação, o falso paranormal e falso alienígena, pois não tenho DNA e nem células de alienígena, não tenho voz de alienígena, não sei me transformar em outros organismos ou seres vivos e nem em alienígenas como estes sabem fazer e sair voando em bolas de luz, eu tento mas não consigo, não sei porquê, talvez porque estão fazendo lavagem cerebral e despersonalização, tortura em mim e em minha família e eu estou querendo desaparecer deste mundo, mas não consigo, os veículos de comunicação também praticam tentativas de reversão da sexualidade em mim e em minha família e se juntam à estes crimes como participantes deles, como manipuladores da informação, para que a sociedade nunca saiba a verdade e tenha discernimento sobre quem em sou e quem realmente cometeu crimes neste país e mundo, quem realmente roubou e rouba obras de arte, canções e músicas e tenta abafar estes crimes pois o ladrões são gente poderosa, premiada internacionalmente e nacionalmente, tem dinheiro e patrimônio, tem influência e sabedoria, mas não tem vida moral saudável, são bandidos comuns e perigosos, loucos fora do hospício chamado economia sólida e forte, que não aceita desvios e nem criminosos e seus crimes, como os de enriquecimento ilícito e declaração fraudulenta de seus bens e valores para suas nações ou instituições de recebimento de impostos de renda. Declarar bem roubado como um bem autenticamente e legitimamente seu e se valer dele para enriquecer ilicitamente é crime no Brasil e no exterior! JUSTIÇA!!!!! CADEIA!!!!!

 

MATTANÓ

(27/12/2023)

 

 

 

A APOMETRIA DE MATTANÓ (2023):

Todo aquele que busca a Apometria de Mattanó busca o Reino dos Céus e a Casa do Pai, mas também uma experiência com a casa dos espíritos, pois todo aquele que busca a Apometria tradicional busca apenas a casa dos espíritos, pois lida com as vidas passadas e o seres de luz, capetinhas, espíritos zombeteiros que tem relação com o ¨Hospital dos Espíritos¨, e assim com a casa dos espíritos.

 

MATTANÓ

(28/12/2023)

 

 

 

 

 

 

 

QUINTA LIÇÃO

 

SENHORAS E SENHORES, - Com o descobrimento da sexualidade infantil e atribuindo aos componentes eróticos instintivos os sintomas das neuroses, chegamos a algumas fórmulas inesperadas sobre a natureza e tendência destas últimas. Vemos que os indivíduos adoecem quando, por obstáculos exteriores ou ausência de adaptação interna lhes falta na realidade a satisfação das necessidades sexuais. Observamos que então se refugiam na moléstia, para com o auxílio dela encontrar uma satisfação substitutiva. Reconhecemos que os sintomas mórbidos contêm certa parcela da atividade sexual do indivíduo ou sua vida sexual inteira. No distanciar da realidade reconhecemos também a tendência principal e ao mesmo tempo o dano capital do estado patológico. Conjecturamos que a resistência oposta pelos doentes à cura não seja simples, mas composta de vários elementos. Não somente o ego do doente se recusa a desfazer a repressão por meio da qual se esquivou de suas disposições originárias, como também pode o instinto sexual não renunciar à satisfação vicariante enquanto houver dúvida de que a realidade lhe ofereça algo melhor.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que as doenças psíquicas surgem quando os indivíduos deixam de satisfazer suas necessidades sexuais, de modo que substituem as atividades sexuais ou relações sexuais pelos sintomas das doenças psíquicas que tomam conta da sua mente e comportamento, por meio da repressão, quando o paciente se esquiva de suas disposições sexuais originais, pois a realidade parece oferecer algo melhor do que o instinto sexual para esses pacientes.

Mattanó aponta que as doenças psíquicas surgem quando os indivíduos deixam de satisfazer suas necessidades sexuais, de modo que substituem as atividades sexuais ou relações sexuais pelos sintomas das doenças psíquicas que tomam conta da sua mente e comportamento, por meio da repressão, quando o paciente se esquiva de suas disposições sexuais originais, pois a realidade parece oferecer algo melhor do que o instinto sexual para esses pacientes.

O que a realidade costuma oferecer de melhor ao paciente costuma ser a moral que se desenvolve e serve para dar segurança para esse paciente se ele adquirir repertório comportamental para discriminar estas contingências que se apresentam na catequese e na primeira comunhão, na vida espiritual e religiosa, na fé e na oração, no Amor a Deus e aos seus irmãos através da comunhão, e depois com a segurança, que vem como consequência da comunhão e da libido em desenvolvimento na psique e no comportamento do indivíduo. Se o psicanalista souber trabalhar a realidade que floresce diante da repressão das suas disposições originais ou instintivas e sexuais, ele poderá substituir com esse paciente em sua psique e comportamento essas disposições originais por uma moralidade que lhe assegure vida de comunhão e de segurança pelo resto de sua vida.

 

MATTANÓ

(28/12/2023)

 

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2023):

Há mais de uma década que os shows de rock´n´roll no Brasil, sobretudo aqueles como o do Paul McCartney, dos Titãs, do Roger Waters, do David Gilmour, do Queen, dos Rolling Stones, do U2, etc., seja lá de quem for, é para um público tão louco quanto o dos manicômios, tanto é que o Maracanã em dezembro de 2023, no show do Paul McCartney, se transformou num grande manicômio. E o pior é que esses doentes pensam que o culpado pela loucura e sofrimento deles sou eu, mas não sou, se o fosse, estaria preso, como os verdadeiros culpados, da televisão brasileira e da UEL – Universidade Estadual de Londrina, da Igreja Católica e do Colégio São Paulo de Londrina, e muitos outros artistas e atletas do Brasil e do mundo, além de corruptos, estelionatários, estupradores, ladrões, assassinos, autoridades e profissionais da justiça e da saúde deste país. Quem procura este tipo de show para satisfazer estes anseios instintivos inconscientes pode estar buscando gratificação para desejos hostis e agressivos, violentos sexualmente, fisicamente, patrimonialmente, psicologicamente, socialmente e moralmente, pode estar buscando reforço para estes anseios que se disfarçam de sonhos vestidos de lindas canções e lindas músicas que falam de uma coisa na verdade, mas que devido ao seu estado psicológico e moral falam de outras coisas que te levam a desejar e sonhar com o sofrimento, o estupro, a violência, a morte, o roubo, a mentira, o assalto, a injustiça, a imoralidade e a crueldade que estão dentro de você e não no outro, pois é você quem seleciona e produz estes comportamentos por meio do desejo, da competição e da evolução, mesmo que cause uma involução como esta! A loucura, a verdade e a mentira estão sempre dentro de você mesmo e nunca no outro que é apenas objeto ou estímulo para desencadear esta loucura, verdade ou mentira! Se você não consegue compreender a realidade e a distorce fazendo do seu meio ambiente um grande manicômio onde você é o louco e não o psicanalista ou psicoterapeuta então você viverá como um doente ou interno no seu próprio meio ambiente, ou talvez pior, num Hospital Psiquiátrico, pois você não possui repertório comportamental para discriminar as contingências que mantêm o seu comportamento, e a partir daí poder buscar um novo caminho, por exemplo, de dessensibilização ou de ressignificação, e de aceitação feita à mudança comportamental. Você pode mudar o seu comportamento também através da análise e interpretação dos sonhos e assim adquirir insights que o ajudem a otimizar o seu desempenho comportamental, que o ajudem a compreender a funcionalidade, o significado e o sentido de seus sonhos, por exemplo, ou até mesmo, a Gestalt e o insight que eles oferecem a você através da sua análise e interpretação. E a partir daqui buscar uma reeducação psicológica e comportamental, construída na Psicanálise Mitológica como ferramenta de investigação e intervenção junto ao inconsciente, ao consciente, ao subconsciente, ao comportamento, aos arquétipos, a Gestalt e as relações sociais de um indivíduo que busca mudança de comportamento e melhora clínica, conhecimento e autoconhecimento, discriminação de suas contingências encobertas e públicas, e até sociais, discriminação dos seus eventos inconscientes pessoais e coletivos e da sua psicossexualidade inconsciente, do seu processo de individuação, do seu estilo de vida, da sua institucionalização e psicohigiene, da sua relação com a escola e o trabalho, com a família e a igreja, dos seus ritos e mitos, dos seus esquemas de comportamento, da sua auto-atualização, da sua auto-realização, da sua inteligência genética transcendental cognitiva, da sua paranormalidade, da sua aprendizagem, desenvolvimento, crescimento e história de vida, dos seus repertórios comportamentais básicos (imitação, atenção, discriminação, ordem/seguimento de regras), das suas equivalências de estímulos e quadros relacionais que enriquecem e tornam o comportamento mais complexo, determinado pelo princípio da operância, que é o princípio que explica a necessidade de auxiliar e intervir no comportamento como forma de solucionar problemas e manter o organismo adaptado ao meio ambiente fisiológica, comportamental e morfologicamente, segundo Osny Mattanó Júnior.

 

MATTANÓ

(29/12/2023)

 

 

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2023):

Denuncio que jamais assinei contrato ou permissão documental ou verbal alguma para que firmassem vínculo comigo para estabelecer relações de artista, cantor, compositor e instrumentista em tempos algum de minha vida, e afirmo que desde 1976, 1977, 1978 ou 1979 que decidi nunca seguir pelo caminho da música, pois achava chato tocar flauta doce e havia uma voz feminina que me perguntava se eu queria ser músico e eu afirmava que não queria ser músico, então por volta de 1988 e 1989 voltaram a me perseguir aqueles que me seguiam com telepatia e música internacional, dos Beatles, dos Traveling Wilburys, do Roy Orbison, do George Harrison, do Tom Petty, do Bob Dylan, dos Rolling Stones, do Paul McCartney, do Pink Floyd, por exemplo, me perguntando se eu queria ser músico e cantar com o Roy Orbison, mas eu disse que não, que não acreditava nisso, e então apareceram vozes falando que a filha do Paul McCartney, a Stela McCartney gostava de mim, mas eu não acreditei e continuei assim até o fim em 2002 quando me perguntaram na final da Copa do Mundo de Futebol quando o Brasil foi campeão mais ou mesmo isso: ¨como era o meu namoro ou se eu namorava a Stela McCartney, ou se eu queria namorar ela¨, eu não me lembro mais! E disse para pararem de me perseguirem! Mas isso não parou! Também acho que disse que não queria ser cantor e nem músico, isto eu disse outras 8 vezes para o Paul McCartney direta ou indiretamente em Londrina, em 1998 ou 1999 no shopping Catuaí, em 2010 com a Sandy, em 2012 com o Roger Waters, numa exposição dos Beatles no shopping Boulevard, noutra exposição dos Beatles no shopping Catuaí, através da televisão num Grammy, depois em 2019 ou 2020 em frente a minha casa (ele passou de carro), e depois em 2023 (ele pode ter vindo a Londrina entre os shows de Curitiba e Rio de Janeiro) – eu não decoro o campo harmônico, as melodias, as letras, as músicas, as entradas e saídas, os solos, sou um mau instrumentista, tenho problemas nas mãos, são tremulas e não respondem bem a coordenação motora desde 1999/2000 depois que me acidentei na UEL e no Hospital do Shangri-lá e só ficam tentando me matar e roubar por causa disto e a toda a minha família também, já fomos sequestrados por causa disto e os políticos do mundo e da Inglaterra, do Brasil e dos EUA não põem um fim nisto! Nem mesmo a ONU e o Tribunal de Haia ou de direitos humanos! Música para mim é e era um hobby e depois se transformou em Sermão, igual ao Sermão da Montanha de Jesus Cristo, ficam ameaçando atear fogo em mim e na casa de minha família e inclusive de outras pessoas de minha família por causa destes crimes contra mim e contra meu patrimônio, contra minha família e minha incolumidade, dignidade e liberdade, tenho que viver em cárcere ou privação de liberdade com minha família desde 1999, pois somos extorquidos, vítimas de vingança, estupros e estupros coletivos, estupros virtuais e estupros virtuais coletivos, tortura, lavagem cerebral, tentativas de assassinato através de crucificação ateando fogo no corpo da vítima, ou de tentativas e ameaças de ¨microondas¨ realizados pelo tráfico de drogas, de despersonalização, de tentativas de reversão da sexualidade, de tentativas de reversão da personalidade ou de loucura, estelionato e roubo de obras de arte, mesmo que sejam hobby, são obras de arte, onde cometem fraudes fiscais e nos impostos, inclusive na declaração do imposto de renda, provavelmente afirmando possuírem e terem composto e criado o que não tinham condições de criar e compor sem o estímulo desencadeante para a resposta (a criação e a composição) e a consequência (o enriquecimento ilícito), está feita aqui a análise funcional do caso de roubo de obras de arte de Osny Mattanó Júnior.

 

MATTANÓ

(31/12/2023)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):
           
O indivíduo motivado pelo princípio do prazer leva em consideração somente as suas necessidades, mesmo que elas não sejam reais ou verdadeiras, importantes, ou seja, sejam ilusões, delírios, alucinações, alterações do pensamento, sonhos ou fantasias.

O indivíduo motivado pelo princípio da realidade consegue discriminar as contingências ambientais do seu comportamento, aquelas que o mantêm, seus delírios, alucinações, alterações do pensamento, fantasias, sonhos, distorções, chistes, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, niilismos, substituições, equivalências de estímulos, condicionamentos, aprendizagem, quadros relacionais, eventos cognitivos, eventos sociais, eventos biológicos, história de vida, condições do seu organismo, eventos linguísticos, eventos culturais, eventos filogenéticos decorrentes da reprodução e luta pela sobrevivência de sua espécie, eventos ontogenéticos que repercutem diretamente na história de vida deste indivíduo, eventos virtuais como jogos virtuais e demandas paranormais que repercutem relações virtuais, eventos espirituais e ocultos, eventos da vida e da sobrevivência, da seleção, competição e evolução, e eventos cósmicos e do universo como relações com as estrelas, os corpos celestes e os seres alienígenas, tudo o que é real e não é real, segundo um pacto social entre as partes.

 Pois a Verdade só é real quando ela o motiva a partir do meio ambiente discriminável e desencadeia processos como condicionamentos, equivalência de estímulos e aprendizagem.

 

MATTANÓ

(01/01/2024)

 

 

 

 

 

A fuga, da realidade insatisfatória para aquilo que pelos danos biológicos que produz chamamos doença, não deixa jamais de proporcionar ao doente um prazer imediato; ela se dá pelo caminho da regressão às primeiras fases da vida sexual a que na época própria não faltou satisfação. Esta regressão mostra-se sob dois aspectos: temporal, porque a libido, na necessidade erótica, volta a fixar-se aos mais remotos estados evolutivos - e formal, porque emprega os meios psíquicos originários e primitivos para manifestação da mesma necessidade. Sob ambos os aspectos a regressão orienta-se para a infância, restabelecendo um estado infantil da vida sexual.

Quanto mais profundamente penetrar-lhes a patogênese das afecções nervosas, mais claramente verão os liames entre as neuroses e outras produções da vida mental do homem, ainda as mais altamente apreciadas. Hão de notar que nós, os homens, com as elevadas aspirações de nossa cultura e sob a pressão das íntimas repressões, achamos a realidade de todo insatisfatória e por isso mantemos uma vida de fantasia onde nos comprazemos em compensar as deficiências da realidade, engendrando realizações de desejos. Nestas fantasias há muito da própria natureza constitucional da personalidade e muito dos sentimentos reprimidos. O homem enérgico e vencedor é aquele que pelo próprio esforço consegue transformar em realidade seus castelos no ar. Quando esse resultado não é atingido, seja por oposição do mundo exterior, seja por fraqueza do indivíduo, este se desprende da realidade, recolhendo-se aonde pode gozar, isto é, ao seu mundo de fantasia, cujo conteúdo, no caso de moléstia, se transforma em sintoma. Em certas condições favoráveis, ainda lhe é possível encontrar outro caminho dessas fantasias para a realidade, em vez de se alhear dela definitivamente pela regressão ao período infantil. Quando a pessoa inimizada com a realidade possui dotes artísticos (psicologicamente ainda enigmáticos) podem suas fantasias transmudar-se não em sintomas senão em criações artísticas; subtrai-se desse modo à neurose e reata as ligações com a realidade. (Cf. Rank, 1907). Quando com a revolta perpétua contra o mundo real faltam ou são insuficientes esses preciosos dons, é absolutamente inevitável que a libido, seguindo a origem da fantasia, chegue ao reavivamento dos desejos infantis, e com isso à neurose, representante, em nossos dias, do claustro aonde costumavam recolher-se todas as pessoas desiludidas da vida ou que se sentiam fracas demais para viver.

Seja-me lícito referir neste ponto o que de mais importante pudemos conseguir pelo estudo psicanalítico dos nervosos, e vem a ser que as neuroses não têm um conteúdo psíquico que, como privilégio deles, não se possa encontrar nos sãos; segundo expressou C. G. Jung, aqueles adoecem pelos mesmos complexos com que lutamos nós, os que temos saúde perfeita. Conforme as circunstâncias de quantidade e da proporção entre as forças em choque, será o resultado da luta a saúde, a neurose ou a sublimação compensadora.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que as neuroses pelo estudo psicanalítico dos nervosos não têm um conteúdo psíquico que, como privilégio deles, não se possa encontrar nos sãos, expressou C. G. Jung, aqueles adoecem pelos mesmos complexos com que lutamos nós, os que temos saúde perfeita. Conforme as circunstâncias de quantidade e da proporção entre as forças em choque, será o resultado da luta a saúde, a neurose ou a sublimação compensadora.

A regressão mostra-se sob dois aspectos: temporal, porque a libido, na necessidade erótica, volta a fixar-se aos mais remotos estados evolutivos - e formal, porque emprega os meios psíquicos originários e primitivos para manifestação da mesma necessidade. Sob ambos os aspectos a regressão orienta-se para a infância, restabelecendo um estado infantil da vida sexual.

Em certas condições favoráveis, ainda lhe é possível encontrar outro caminho dessas fantasias para a realidade, em vez de se alhear dela definitivamente pela regressão ao período infantil. Quando a pessoa inimizada com a realidade possui dotes artísticos (psicologicamente ainda enigmáticos) podem suas fantasias transmudar-se não em sintomas senão em criações artísticas; subtrai-se desse modo à neurose e reata as ligações com a realidade. (Cf. Rank, 1907). Quando com a revolta perpétua contra o mundo real faltam ou são insuficientes esses preciosos dons, é absolutamente inevitável que a libido, seguindo a origem da fantasia, chegue ao reavivamento dos desejos infantis, e com isso à neurose, representante, em nossos dias, do claustro aonde costumavam recolher-se todas as pessoas desiludidas da vida ou que se sentiam fracas demais para viver.

Mattanó aponta que as neuroses pelo estudo psicanalítico dos nervosos não têm um conteúdo psíquico que, como privilégio deles, não se possa encontrar nos sãos, expressou C. G. Jung, aqueles adoecem pelos mesmos complexos com que lutamos nós, os que temos saúde perfeita. Conforme as circunstâncias de quantidade e da proporção entre as forças em choque, será o resultado da luta a saúde, a neurose ou a sublimação compensadora. A neurose é pois a luta pela saúde-mental, é resultado da seleção natural, competição entre espécies e indivíduos e da evolução das espécies, a neurose favorece a homeostase e a consciência, o equilíbrio cognitivo de indivíduo através de um esforço inconsciente e comportamental.

A regressão mostra-se sob dois aspectos: temporal, porque a libido, na necessidade erótica, volta a fixar-se aos mais remotos estados evolutivos - e formal, porque emprega os meios psíquicos originários e primitivos para manifestação da mesma necessidade. Sob ambos os aspectos a regressão orienta-se para a infância, restabelecendo um estado infantil da vida sexual.

Em certas condições favoráveis, ainda lhe é possível encontrar outro caminho dessas fantasias para a realidade, em vez de se alhear dela definitivamente pela regressão ao período infantil. Quando a pessoa inimizada com a realidade possui dotes artísticos (psicologicamente ainda enigmáticos) podem suas fantasias transmudar-se não em sintomas senão em criações artísticas; subtrai-se desse modo à neurose e reata as ligações com a realidade. (Cf. Rank, 1907). Quando com a revolta perpétua contra o mundo real faltam ou são insuficientes esses preciosos dons, é absolutamente inevitável que a libido, seguindo a origem da fantasia, chegue ao reavivamento dos desejos infantis, e com isso à neurose, representante, em nossos dias, do claustro aonde costumavam recolher-se todas as pessoas desiludidas da vida ou que se sentiam fracas demais para viver. Através das criações artísticas o indivíduo reata sua ligação com a realidade, pois está sublimando seu período infantil, ou seja, substituindo-o por algo atual e real, novo, e que nunca aconteceu, dotado de intencionalidade e que se transforma em fantasias com significados e sentidos novos, capazes de causar um desequilíbrio cognitivo e virtual que é barrado pelo inconsciente e pela consciência que percebe que se trata de contingências cognitivas e virtuais, de conhecimento e não de realidade, pois a realidade é construída basicamente através do recalque e da regressão, do período infantil que está sendo aqui ocultado e negado para que o indivíduo tenha uma aprendizagem nova cognitiva e virtual, levando o indivíduo a reatar sua ligação com a realidade por outro caminho, através das criações artísticas que substituem o período infantil construído pelo recalque e pela regressão. Por isso criações artísticas costumam não ter interpretações libidinosas, mas podem ter se o artista assim o desejar ou se o seu público, interprete ou analista assim escolher e ensinar a massa, a população, servindo de modelo para a população que acabará utilizando os repertórios comportamentais básicos de imitação, atenção, controle e discriminação para selecionar estímulos, responder e reagir as consequências das suas respostas, mantendo estes modelos comportamentais insanos ou libidinosos, depende das regras e de qual era a intenção de quem passou as regras a diante, isto é muito importante! O modelo e o agente das contingências definem o problema e a solução através da análise funcional do judiciário!

 

MATTANÓ

(01/01/2024)

 

 

 

 

 

 

 

Senhoras e senhores. Não lhes falei até agora sobre a experiência mais importante, que vem confirmar nossa suposição acerca das forças instintivas sexuais da neurose. Todas as vezes que tratamos psicanaliticamente um paciente neurótico, surge nele o estranho fenômeno chamado `transferência’, isto é, o doente consagra ao médico uma série de sentimentos afetuosos, mesclados muitas vezes de hostilidade, não justificados em relações reais e que, pelas suas particularidades, devem provir de antigas fantasias tornadas inconscientes. Aquele trecho da vida sentimental cuja lembrança já não pode evocar, o paciente torna a vivê-lo nas relações com o médico; e só por este ressurgimento na `transferência’ é que o doente se convence da existência e do poder desses sentimentos sexuais inconscientes. Os sintomas, para usar uma comparação química, são os precipitados de anteriores eventos amorosos (no mais amplo sentido) que só na elevada temperatura da transferência podem dissolver-se e transformar-se em outros produtos psíquicos. O médico desempenha nesta reação, conforme a excelente expressão de Ferenczi (1909), o papel de fermento catalítico que atrai para si temporariamente a energia afetiva aos poucos libertada durante o processo. O estudo da transferência pode dar-lhes ainda a chave para compreenderem a sugestão hipnótica de que a princípio nos servimos como meio técnico de esquadrinhar o inconsciente dos doentes. Naquela época o hipnotismo revelava-se um meio terapêutico, mas constituía ao mesmo tempo um empecilho ao conhecimento científico da questão, removendo as resistências psíquicas de um certo território, para amontoá-las como muralha intransponível nos confins do mesmo. Não pensem, além disso, que o fenômeno da transferência, a respeito do qual infelizmente pouco posso dizer aqui, seja produzido pela influência da psicanálise. A transferência surge espontaneamente em todas as relações humanas e de igual modo nas que o doente entretém com o médico; é ela, em geral, o verdadeiro veículo da ação terapêutica, agindo tanto mais fortemente quanto menos se pensa em sua existência. A psicanálise, portanto, não a cria; apenas a desvenda à consciência e dela se apossa a fim de encaminhá-la ao termo desejado. Não posso certamente deixar o assunto da transferência sem frisar que este fenômeno é decisivo não só para o convencimento do doente mas também do médico. Sei que todos os meus adeptos só pela experiência própria sobre a transferência se convenceram da exatidão das minhas afirmações referentes à patogênese das neuroses; posso perfeitamente compreender que ninguém alcance um modo de julgar tão seguro, enquanto não se faça psicanalista e não observe dessa maneira a ação da transferência.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a experiência mais importante, que vem confirmar nossa suposição acerca das forças instintivas sexuais da neurose, o estranho fenômeno chamado `transferência’, onde o doente consagra ao médico uma série de sentimentos afetuosos, mesclados muitas vezes de hostilidade, não justificados em relações reais e que, pelas suas particularidades, devem provir de antigas fantasias tornadas inconscientes. Aquele trecho da vida sentimental cuja lembrança já não pode evocar, o paciente torna a vivê-lo nas relações com o médico; e só por este ressurgimento na `transferência’ é que o doente se convence da existência e do poder desses sentimentos sexuais inconscientes. A transferência surge espontaneamente em todas as relações humanas e de igual modo nas que o doente entretém com o médico; é ela, em geral, o verdadeiro veículo da ação terapêutica, agindo tanto mais fortemente quanto menos se pensa em sua existência. A psicanálise, portanto, não a cria; apenas a desvenda à consciência e dela se apossa a fim de encaminhá-la ao termo desejado. Não posso certamente deixar o assunto da transferência sem frisar que este fenômeno é decisivo não só para o convencimento do doente mas também do médico.

Mattanó aponta que a experiência mais importante, que vem confirmar nossa suposição acerca das forças instintivas sexuais da neurose, o estranho fenômeno chamado `transferência’, onde o doente consagra ao médico uma série de sentimentos afetuosos, mesclados muitas vezes de hostilidade, não justificados em relações reais e que, pelas suas particularidades, devem provir de antigas fantasias tornadas inconscientes. Aquele trecho da vida sentimental cuja lembrança já não pode evocar, o paciente torna a vivê-lo nas relações com o médico; e só por este ressurgimento na `transferência’ é que o doente se convence da existência e do poder desses sentimentos sexuais inconscientes. A transferência surge espontaneamente em todas as relações humanas e de igual modo nas que o doente entretém com o médico; é ela, em geral, o verdadeiro veículo da ação terapêutica, agindo tanto mais fortemente quanto menos se pensa em sua existência. A psicanálise, portanto, não a cria; apenas a desvenda à consciência e dela se apossa a fim de encaminhá-la ao termo desejado. Não posso certamente deixar o assunto da transferência sem frisar que este fenômeno é decisivo não só para o convencimento do doente mas também do médico. A transferência envolve um conjunto de eventos como significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, topografias, linguagens, símbolos e simbologias, arquétipos, relações sociais, gestalts e insights, paranormalidade, paranormalidade e sonhos, superinterpretações, hipererosia, relações filogenéticas, ontogenéticas, virtuais, culturais, espirituais, da vida e do universo, seleção natural, competição entre espécies e indivíduos da mesma espécie, e evolução das espécies, eventos da argumentação e da linguagem como atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, e o posto, o inconsciente, o subconsciente, o pré-consciente e o consciente, os chistes, piadas, humor, caricaturas e charges, os atos falhos, os esquecimentos e os lapsos de linguagem, o niilismo, os delírios, as alucinações, as fantasias, as distorções, as alterações do pensamento, a hostilidade, a agressividade, a libido, a comunhão e a segurança, as substituições, as equivalências de estímulos, os condicionamentos, a aprendizagem, os quadros relacionais, os eventos cognitivos, os eventos sociais, os eventos biológicos, a história de vida, as condições do seu organismo, as marcas no seu mapa cognitivo e os seus caminhos cognitivos que servem para governar e modelar o seu comportamento e assim lidar com o surgimento espontâneo ou psicoterapêutico e clínico da transferência para que ela possa ser trabalhada e elaborada, resolvida e solucionada, pois geralmente surge de forma agressiva e hostil, assim como a relação do bebê com sua mãe e depois com seu pai, relações que vão adquirindo amor e dependência psicológica, comportamental, moral, física, social, lúdica, afetiva, inconsciente, sexual, espiritual, escolar e familiar que conflitam na fase do complexo de Édipo e voltam a aflorar e se definir na fase genital, que é a fase da puberdade, que se mostra após os 14 anos de idade com a aquisição da malícia. Mas somente após os 18 anos de idade que o jovem adquire responsabilidade e maturidade moral, psicológica e comportamental para governar a si mesmo, para se ver obrigado a votar, para se alistar no serviço militar obrigatório (os homens), e para conduzir automóveis e poder trabalhar, ser independente, com a aquisição da noção de maldade e de justiça, de moral e de moralidade, de cidadania, de participação social numa sociedade ou rede social estruturada e elaborada por leis e decretos municipais, estaduais e federais, e até internacionais como os direitos humanos da ONU. A transferência interfere na maldade e na justiça, na cidadania, na participação social, no decreto de leis e estatutos, a transferência está entre as relações sociais institucionalizadas ou não, não se pode institucionalizar a transferência e nem burocratizá-la, ela é um processo, mais ou menos, instintivo, biológico que a mente humana não tem controle, mas apenas métodos educativos e psicoterapêuticos, pois ela não se esgota, não tem fim, sua finalidade é estabelecer relações e unir a mente do indivíduo a algum outro objeto, ela é vida, é mantenedora da vida e da existência, da seleção natural, da competição entre espécies e indivíduos da mesma espécie, e da evolução das espécies, ela é autoprotetora, por isso costuma ser hostil e agressiva quando inicia algum novo  contato transferencial.

 

MATTANÓ

(02/01/2024)

 

 

 

 

 

Senhoras e senhores. Do ponto de vista intelectual, devemos levar em conta, julgo eu, que existem especialmente dois obstáculos, dignos de nota, contra a aceitação das idéias psicanalíticas: primeiramente, a falta de hábito de contar com o rigoroso determinismo da vida mental, o qual não conhece exceção, e, em segundo lugar, o desconhecimento das singularidades pelas quais os processos mentais inconscientes se diferenciam dos conscientes que nos são familiares. Uma das formas de oposição mais espalhadas contra o emprego da psicanálise, tanto em doentes como em sãos, se liga ao último desses dois fatores. Teme-se que ela faça mal, tem-se medo de chamar à consciência do doente os impulsos sexuais reprimidos, como se lhe oferecessem então o perigo de aniquilar as mais altas aspirações morais e o privassem das conquistas da civilização. Nota-se que o doente apresenta feridas na vida psíquica, mas receia-se tocar nelas, para não aumentar os sofrimentos. Podemos aceitar esta analogia. Não devemos com efeito tocar em pontos doentes quando estamos certos de que com isso só provocamos dor e nada mais. Todos sabem, porém, que o cirurgião não deixa de examinar, palpando o foco da moléstia, quando tem em vista realizar uma operação que há de proporcionar a cura completa. Ninguém pensa já em incriminá-lo pelos inevitáveis incômodos do exame nem pelos fenômenos pós-operatórios, desde que a operação tenha bom êxito e que, mediante a agravação passageira do mal, o doente alcance a definitiva supressão do estado mórbido. Em relação à psicanálise, as condições são semelhantes; pode ela reivindicar os mesmos direitos que a cirurgia; a exasperação dos incômodos que impõe ao doente durante o tratamento é, uma vez observada a boa técnica, incomparavelmente menor que a infligida pelo cirurgião, e em geral nem deve ser tomada em consideração diante da gravidade da moléstia principal. A destruição do caráter civilizado pelos impulsos instintivos libertados da repressão é um desfecho temido mas absolutamente impossível. É que este temor não leva em conta o que a nossa experiência nos ensinou com toda segurança: que o poder mental e somático de um desejo, desde que se baldou a respectiva repressão, se manifesta com muito mais força quando inconsciente do que quando consciente; indo para a consciência, só se pode enfraquecer. O desejo inconsciente escapa a qualquer influência, é independente das tendências contrárias, ao passo que o consciente é atalhado por tudo quando, igualmente consciente, se lhe opuser. O tratamento psicanalítico coloca-se assim como o melhor substituto da repressão fracassada, justamente em prol das aspirações mais altas e valiosas da civilização.

Que acontece geralmente com os desejos inconscientes libertados pela psicanálise, e quais os meios por cujo intermédio pretendemos torná-los inofensivos à vida do indivíduo? Desses meios há vários. O resultado mais freqüente é que os mesmos desejos, já durante o tratamento, são anulados pela ação mental, bem conduzida, dos melhores sentimentos contrários. A repressão é substituída pelo julgamento de condenação efetuado com recursos superiores. Isso é possível porque quase sempre temos de remover tão-somente conseqüências de estados evolutivos anteriores do ego. Como o indivíduo na época se achava ainda incompletamente organizado, não pôde senão reprimir o instinto inutilizável; mas na força e madureza de hoje, pode talvez dominar perfeitamente aquilo que lhe é hostil. Outro desfecho do tratamento psicanalítico é que os impulsos inconscientes, ora descobertos, passam a ter a utilização conveniente que deviam ter encontrado antes, se a evolução não tivesse sido perturbada. A extirpação radical dos desejos infantis não é absolutamente o fim ideal. Por causa das repressões, o neurótico perdeu muitas fontes de energia mental que lhe teriam sido de grande valor na formação do caráter e na luta pela vida. Conhecemos uma solução muito mais conveniente, a chamada `sublimação‘, pela qual a energia dos desejos infantis não se anula mas ao contrário permanece utilizável, substituindo-se o alvo de algumas tendências por outro mais elevado, quiçá não mais de ordem sexual. Exatamente os componentes do instinto sexual se caracterizam por essa faculdade de sublimação, de permutar o fim sexual por outro mais distante e de maior valor social. Ao reforço de energia para nossas funções mentais, por essa maneira obtido, devemos provavelmente as maiores conquistas da civilização. A repressão prematura exclui a sublimação do instinto reprimido; desfeito aquele, está novamente livre o caminho para a sublimação.

Não devemos deixar de contemplar também o terceiro dos possíveis desenlaces do tratamento psicanalítico. Certa parte dos desejos libidinais reprimidos faz jus à satisfação direta e deve alcançá-la na vida. As exigências da sociedade tornam o viver dificílimo para a maioria das criaturas humanas, forçando-as com isso a se afastarem da realidade e dando origem às neuroses, sem que o excesso de coerção sexual traga maiores benefícios à coletividade. Não devemos ensoberbecer-nos tanto, a ponto de perder completamente de vista nossa natureza animal, nem esquecer tampouco que a felicidade individual não deve ser negada pela civilização. A plasticidade dos componentes sexuais, manifesta na capacidade de sublimarem-se, pode ser uma grande tentação a conquistarmos maiores frutos para a sociedade por intermédio da sublimação contínua e cada vez mais intensa. Mas assim como não contamos transformar em trabalho senão parte do calor empregado em nossas máquinas, de igual modo não devemos esforçar-nos em desviar a totalidade da energia do instinto sexual da sua finalidade própria. Nem o conseguiríamos. E se o cerceamento da sexualidade for exagerado, trará consigo todos os danos duma exploração abusiva.

Não sei se da parte dos senhores considerarão como presunção minha a admoestação com que concluo. Atrevo-me apenas a representar indiretamente a convicção que tenho, narrando-lhes uma anedota já antiga, cuja moralidade os senhores mesmo apreciarão. A literatura alemã conhece um vilarejo chamado Schilda, de cujos habitantes se contam todas as espertezas possíveis. Dizem que possuíam eles um cavalo com cuja força e trabalho estavam satisfeitíssimos. Uma só coisa lamentavam: consumia aveia demais e esta era cara. Resolveram tirá-lo pouco a pouco desse mau costume, diminuindo a ração de alguns grãos diarimente, até acostumá-lo à abstinência completa. Durante certo tempo tudo correu magnificamente; o cavalo já estava comendo apenas um grãozinho e no dia seguinte devia finalmente trabalhar sem alimento algum. No outro dia amanheceu morto o pérfido animal; e os cidadãos de Schilda não sabiam explicar por que.

Nós nos inclinaremos a crer que o cavalo morreu de fome e que sem certa ração de aveia não podemos esperar em geral trabalho de animal algum.

Pelo convite e pela atenção com que me honraram, os meus agradecimentos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que há um rigoroso determinismo da vida mental, e que, em segundo lugar, o desconhecimento das singularidades pelas quais os processos mentais inconscientes se diferenciam dos conscientes que nos são familiares. Nota-se que o doente apresenta feridas na vida psíquica, mas receia-se tocar nelas, para não aumentar os sofrimentos. Podemos aceitar esta analogia. Não devemos com efeito tocar em pontos doentes quando estamos certos de que com isso só provocamos dor e nada mais. Todos sabem, porém, que o cirurgião não deixa de examinar, palpando o foco da moléstia, quando tem em vista realizar uma operação que há de proporcionar a cura completa. Ninguém pensa já em incriminá-lo pelos inevitáveis incômodos do exame nem pelos fenômenos pós-operatórios, desde que a operação tenha bom êxito e que, mediante a agravação passageira do mal, o doente alcance a definitiva supressão do estado mórbido. Em relação à psicanálise, as condições são semelhantes; pode ela reivindicar os mesmos direitos que a cirurgia; a exasperação dos incômodos que impõe ao doente durante o tratamento é, uma vez observada a boa técnica, incomparavelmente menor que a infligida pelo cirurgião, e em geral nem deve ser tomada em consideração diante da gravidade da moléstia principal. A destruição do caráter civilizado pelos impulsos instintivos libertados da repressão é um desfecho temido mas absolutamente impossível. O tratamento psicanalítico coloca-se assim como o melhor substituto da repressão fracassada, justamente em prol das aspirações mais altas e valiosas da civilização.

Que acontece geralmente com os desejos inconscientes libertados pela psicanálise, e quais os meios por cujo intermédio pretendemos torná-los inofensivos à vida do indivíduo? O resultado mais freqüente é que os mesmos desejos, já durante o tratamento, são anulados pela ação mental, bem conduzida, dos melhores sentimentos contrários. A repressão é substituída pelo julgamento de condenação efetuado com recursos superiores. Isso é possível porque quase sempre temos de remover tão-somente conseqüências de estados evolutivos anteriores do ego. Como o indivíduo na época se achava ainda incompletamente organizado, não pôde senão reprimir o instinto inutilizável; mas na força e madureza de hoje, pode talvez dominar perfeitamente aquilo que lhe é hostil. Outro desfecho do tratamento psicanalítico é que os impulsos inconscientes, ora descobertos, passam a ter a utilização conveniente que deviam ter encontrado antes, se a evolução não tivesse sido perturbada. A extirpação radical dos desejos infantis não é absolutamente o fim ideal. Por causa das repressões, o neurótico perdeu muitas fontes de energia mental que lhe teriam sido de grande valor na formação do caráter e na luta pela vida. Conhecemos uma solução muito mais conveniente, a chamada `sublimação‘, pela qual a energia dos desejos infantis não se anula mas ao contrário permanece utilizável, substituindo-se o alvo de algumas tendências por outro mais elevado, quiçá não mais de ordem sexual.

Não devemos deixar de contemplar também o terceiro dos possíveis desenlaces do tratamento psicanalítico. Certa parte dos desejos libidinais reprimidos faz jus à satisfação direta e deve alcançá-la na vida. As exigências da sociedade tornam o viver dificílimo para a maioria das criaturas humanas, forçando-as com isso a se afastarem da realidade e dando origem às neuroses, sem que o excesso de coerção sexual traga maiores benefícios à coletividade. Não devemos ensoberbecer-nos tanto, a ponto de perder completamente de vista nossa natureza animal, nem esquecer tampouco que a felicidade individual não deve ser negada pela civilização. A plasticidade dos componentes sexuais, manifesta na capacidade de sublimarem-se, pode ser uma grande tentação a conquistarmos maiores frutos para a sociedade por intermédio da sublimação contínua e cada vez mais intensa. Mas assim como não contamos transformar em trabalho senão parte do calor empregado em nossas máquinas, de igual modo não devemos esforçar-nos em desviar a totalidade da energia do instinto sexual da sua finalidade própria.

Atrevo-me apenas a representar indiretamente a convicção que tenho, narrando-lhes uma anedota já antiga, cuja moralidade os senhores mesmo apreciarão. A literatura alemã conhece um vilarejo chamado Schilda, de cujos habitantes se contam todas as espertezas possíveis. Dizem que possuíam eles um cavalo com cuja força e trabalho estavam satisfeitíssimos. Uma só coisa lamentavam: consumia aveia demais e esta era cara. Resolveram tirá-lo pouco a pouco desse mau costume, diminuindo a ração de alguns grãos diarimente, até acostumá-lo à abstinência completa. Durante certo tempo tudo correu magnificamente; o cavalo já estava comendo apenas um grãozinho e no dia seguinte devia finalmente trabalhar sem alimento algum. No outro dia amanheceu morto o pérfido animal; e os cidadãos de Schilda não sabiam explicar por que.

Nós nos inclinaremos a crer que o cavalo morreu de fome e que sem certa ração de aveia não podemos esperar em geral trabalho de animal algum.

Pelo convite e pela atenção com que me honraram, os meus agradecimentos.

Mattanó aponta que Freud escreve que há um rigoroso determinismo da vida mental, e que, em segundo lugar, o desconhecimento das singularidades pelas quais os processos mentais inconscientes se diferenciam dos conscientes que nos são familiares. Nota-se que o doente apresenta feridas na vida psíquica, mas receia-se tocar nelas, para não aumentar os sofrimentos. Podemos aceitar esta analogia. Não devemos com efeito tocar em pontos doentes quando estamos certos de que com isso só provocamos dor e nada mais. Todos sabem, porém, que o cirurgião não deixa de examinar, palpando o foco da moléstia, quando tem em vista realizar uma operação que há de proporcionar a cura completa. Ninguém pensa já em incriminá-lo pelos inevitáveis incômodos do exame nem pelos fenômenos pós-operatórios, desde que a operação tenha bom êxito e que, mediante a agravação passageira do mal, o doente alcance a definitiva supressão do estado mórbido. Em relação à psicanálise, as condições são semelhantes; pode ela reivindicar os mesmos direitos que a cirurgia; a exasperação dos incômodos que impõe ao doente durante o tratamento é, uma vez observada a boa técnica, incomparavelmente menor que a infligida pelo cirurgião, e em geral nem deve ser tomada em consideração diante da gravidade da moléstia principal. A destruição do caráter civilizado pelos impulsos instintivos libertados da repressão é um desfecho temido mas absolutamente impossível. O tratamento psicanalítico coloca-se assim como o melhor substituto da repressão fracassada, justamente em prol das aspirações mais altas e valiosas da civilização. Substituto que providencia através do tratamento psicanalítico e analítico autoconhecimento para que o paciente possa resignificar suas representações sociais e assim reorganizar suas metáforas e metonímias, ou significados e sentidos, e poder fazer o Trabalho da Teoria da Abundância de Mattanó onde o paciente deixa de lado todos os seus significados e sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, símbolos e simbologias, linguagens, inconsciente, literalidade, controle e razões, topografia, vida onírica, e vida anímica, atos falhos, lapsos de linguagem e esquecimentos, niilismos, chistes, piadas e humor, fantasias, arquétipos, análises e interpretações e passe e compreender sua vida como uma consciência ou Hóstia Viva que tudo transforma como uma célula viva que age e tudo modifica ressignificando tudo através do tempo e da eternidade, da atenção e da intenção para que você tenha liberdade para viver e ensinar a viver e uma consciência que lhe garanta uma homeostase e equilíbrio bio-psico-social, favorecendo sua seleção, competição e evolução. Depois você aprenderá a ressignificar sua consciência e seu comportamento e a aceitar sua nova vida mental e comportamental.

O quê acontece geralmente com os desejos inconscientes libertados pela psicanálise, e quais os meios por cujo intermédio pretendemos torná-los inofensivos à vida do indivíduo? O resultado mais freqüente é que os mesmos desejos, já durante o tratamento, são anulados pela ação mental, bem conduzida, dos melhores sentimentos contrários. A repressão é substituída pelo julgamento de condenação efetuado com recursos superiores. Isso é possível porque quase sempre temos de remover tão-somente conseqüências de estados evolutivos anteriores do ego. Como o indivíduo na época se achava ainda incompletamente organizado, não pôde senão reprimir o instinto inutilizável; mas na força e madureza de hoje, pode talvez dominar perfeitamente aquilo que lhe é hostil. Outro desfecho do tratamento psicanalítico é que os impulsos inconscientes, ora descobertos, passam a ter a utilização conveniente que deviam ter encontrado antes, se a evolução não tivesse sido perturbada. A extirpação radical dos desejos infantis não é absolutamente o fim ideal. Por causa das repressões, o neurótico perdeu muitas fontes de energia mental que lhe teriam sido de grande valor na formação do caráter e na luta pela vida. Conhecemos uma solução muito mais conveniente, a chamada `sublimação‘, pela qual a energia dos desejos infantis não se anula mas ao contrário permanece utilizável, substituindo-se o alvo de algumas tendências por outro mais elevado, quiçá não mais de ordem sexual. Através do Trabalho de Mattanó que se desenrola com o Teoria da Abundância muito provavelmente os desejos inconscientes libertados pela psicanálise deixarão de controlar, de emitir razões e de serem literais para o indivíduo, deixarão também de terem algum significado e algum sentido, inclusive algum conceito, contexto, comportamento, funcionalidade, símbolo e simbologia, linguagem, inconsciente, literalidade, controle e razões, topografia, vida onírica, e vida anímica, atos falho, lapso de linguagem e esquecimento, niilismo, chiste, piada e humor, fantasia, arquétipo, análise e interpretação, pois eles serão apenas um consciência livre movida pelo tempo e pela eternidade, pela atenção e pela intenção, e estarão preparados para a ressignificação e aceitação.

Não devemos deixar de contemplar também o terceiro dos possíveis desenlaces do tratamento psicanalítico. Certa parte dos desejos libidinais reprimidos faz jus à satisfação direta e deve alcançá-la na vida. As exigências da sociedade tornam o viver dificílimo para a maioria das criaturas humanas, forçando-as com isso a se afastarem da realidade e dando origem às neuroses, sem que o excesso de coerção sexual traga maiores benefícios à coletividade. Não devemos ensoberbecer-nos tanto, a ponto de perder completamente de vista nossa natureza animal, nem esquecer tampouco que a felicidade individual não deve ser negada pela civilização. A plasticidade dos componentes sexuais, manifesta na capacidade de sublimarem-se, pode ser uma grande tentação a conquistarmos maiores frutos para a sociedade por intermédio da sublimação contínua e cada vez mais intensa. Mas assim como não contamos transformar em trabalho senão parte do calor empregado em nossas máquinas, de igual modo não devemos esforçar-nos em desviar a totalidade da energia do instinto sexual da sua finalidade própria. A Teoria da Abundância após a ressignificação e aceitação pode levar também à satisfação direta através do trabalho, do emprego do trabalho humano com nossas máquinas, pois a felicidade individual não pode ser ocultada pelas cortinas da civilização.

Atrevo-me apenas a representar indiretamente a convicção que tenho, narrando-lhes uma anedota já antiga, cuja moralidade os senhores mesmo apreciarão. A literatura alemã conhece um vilarejo chamado Schilda, de cujos habitantes se contam todas as espertezas possíveis. Dizem que possuíam eles um cavalo com cuja força e trabalho estavam satisfeitíssimos. Uma só coisa lamentavam: consumia aveia demais e esta era cara. Resolveram tirá-lo pouco a pouco desse mau costume, diminuindo a ração de alguns grãos diarimente, até acostumá-lo à abstinência completa. Durante certo tempo tudo correu magnificamente; o cavalo já estava comendo apenas um grãozinho e no dia seguinte devia finalmente trabalhar sem alimento algum. No outro dia amanheceu morto o pérfido animal; e os cidadãos de Schilda não sabiam explicar por que.

Nós nos inclinaremos a crer que o cavalo morreu de fome e que sem certa ração de aveia não podemos esperar em geral trabalho de animal algum.

Pelo convite e pela atenção com que me honraram, os meus agradecimentos.

O cavalo era o próprio orador, o próprio Freud, numa releitura de Mattanó, que o reutiliza para falar de si mesmo como continuação dessa anedota antiga, tanto o cavalo, quanto Freud e Mattanó comiam demais, ou seja, davam muito trabalho para suas autoridades, revelando que força e trabalho são menores do que os recursos que as autoridades dispõem para cuidar de seus animais, profissionais da saúde, professores e cientistas, recursos que podem ir além dos econômicos, esbarrando no comportamental, no social, no racial, no psicológico, no ideológico, no moral, no cultural, no político, no administrativo, no militar, no desconhecido, no cósmico e alienígena, no antropológico, no histórico, no filosófico, no sociológico, no inconsciente, no arquetípico, no estilo de vida, no institucional, na aprendizagem, no cognitivo, no transcendental, no genético, no escolar, no trabalho, no profissional, no afetivo, no familiar, no legislativo, no executivo ou no judiciário, no impossível e indiscriminável, na alienação não consentida, mas que deve ter seu lugar no social assim como tem seu lugar na psique e no comportamento, no cérebro, no organismo humano e animal, nas relações sociais humanas desde o recalcado, tornando isto funcional e normal, presente diariamente e um evento constante e que deve e merece esclarecimento e consciência, ou seja, discriminação, percepção, compreensão.

 

MATTANÓ

(02/01/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

No dia 31 de dezembro de 2023 na passagem para 2024 através do canal Globonews testemunhei a cantora Ludmila com o conteúdo e a informação virtual de que ela roubou músicas minhas e que vai dizer que foi ela quem as fez, assim como todos os outros artistas que estão neste movimento de roubo que inclui músicos da Inglaterra, do Brasil, da Itália, dos Estados Unidos, do Japão, não sei mais de onde, e inclui artistas de cinema de Hollywood e da televisão e novela brasileiras, da Rede Globo de Televisão, por exemplo, ladrões que falsificam informações de declarações de renda e de impostos de renda, pois tinham que declarar que eu era parte criativa ou compositor de seus trabalhos e me pagarem o devido valor, além de terem me procurado e mantido contato com a gravadora que também é ladra com seus empresários ladrões e falsificadores de informações de impostos como os de renda, adquirindo o que não tinham condições de adquirirem e nem de compor sem a minha parte nestes trabalhos artísticos que me foram roubados, também com a intenção de jogarem a população contra mim e minha casa para a invadirem e roubarem as provas que comprovam quem fez as composições, podendo causar graves lesões e problemas, perdas irreparáveis e alienáveis, perpétuas que devem ser julgadas e condenadas com rigor e exemplo, para que marginais como esses nunca mais sejam contratados como artistas e a população conheça a verdade, que estão sendo manipulados, pois esses artistas não sabem compor músicas, não tem criatividade e nem talento para sustentarem suas carreiras e ganharem prêmios que estão me roubando e tentando matar e colocar milhares de brasileiros ingênuos, muitos deles crianças para serem violentadas onde serão detidas, e depois chamarem de bandidos e terem suas vidas glamorosas de lixo, estupro virtual, extorsão, vingança, falsidade ideológica, estelionato, tortura, lavagem cerebral e despersonalização, roubo, tentativas de incêndio, de homicídio, de sequestros, de cárcere privado, de privação da liberdade, de reversão da sexualidade, de superinterpretações e tentativas de chacinas. JUSTIÇA!!!!! CADEIA!!!!!

 

MATTANÓ

(02/01/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LEONARDO DA VINCI E UMA LEMBRANÇA DA SUA INFÂNCIA (1910)

 

 

NOTA DO EDITOR INGLÊS (JAMES STRACHEY)

 

EINE KINDHEITSERINNERUNG DES LEONARDO DA VINCI

 

(a) EDIÇÕES ALEMÃS:

1910 Leipzig e Viena: Deuticke. P. 71. (Schriften zur angewandten Seelenkunde, Heft 7)

1919 2ª ed. Mesmos editores, P. 76.

1923 2ª ed. Mesmos editores. P. 78.

1925 G.S., 9, 371-454.

1943 G.W., 8, 128-211.

 

(b) TRADUÇÕES INGLESAS:

Leonardo da Vinci

1916 Nova Iorque: Moffat, Yard. P. 130. (Trad. A. A. Brill.)

1922 Londres: Kegan Paul. P. v + 130. (Mesmo tradutor, com prefácio de Ernest Jones.)

1932 Nova Iorque: Dodd Mead. P. 139. (Reedição da tradução acima.)

 

A tradução atual inglesa, com o título modificado para `Leonardo da Vinci and a Memory of his Childhood’, é inteiramente nova, feita por Alan Tyson.

O interesse de Freud por Leonardo datava de longe, conforme o prova uma frase sua, em carta endereçada a Fliess, em 9 de outubro de 1898 (Freud, 1950 a, Carta 98) na qual comentava que `Leonardo, que talvez fosse o mais famoso canhoto da história, jamais tivera um caso de amor’. Este interesse não foi tampouco um interesse passageiro, pois nas respostas de Freud a um `questionário’ sobre seus livros prediletos (1907d) vamos encontrar uma referência a um estudo de Merezhkovsky sobre Leonardo. Mas o verdadeiro estímulo para que escrevesse o presente trabalho parece ter surgido no outono de 1909, na figura de um de seus pacientes, o qual, conforme seu comentário em carta a Jung, em 17 de outubro, parecia ter a mesma constituição de Leonardo sem, no entanto, possuir o seu gênio. Dizia, ainda, que estava esperando receber da Itália um livro sobre a juventude de Leonardo. Este livro era a monografia, por Scognamiglio, mencionada em [1]. Após ler este e outros livros sobre Leonardo, Freud discorreu sobre o assunto perante a Sociedade Psicanalítica de Viena, no dia 1º de dezembro; mas foi somente em princípios de abril de 1910 que terminou de escrever o seu estudo, publicado em fins de maio.

Freud fez uma série de correções e acréscimos nas edições seguintes do livro. Entre eles, podemos ressaltar a pequena nota ao pé da página sobre circuncisão (ver em [2]), o resumo de um trecho de Reitler (ver em [3]) e a extensa citação de um trecho de Pfister (ver em [4]), todos incluídos na edição de 1919, e os comentários sobre o desenho de Londres (ver em [5]), acrescentado em 1923.

Este trabalho de Freud não foi o primeiro em que foram aplicados métodos clínicos da psicanálise no estudo de vultos históricos do passado. Experiências nesse sentido já haviam sido feitas por outros, sobretudo por Sadger, que publicara estudos sobre Conrad Ferdinand Meyer (1908), Lenau (1909) e Kleis (1909). O próprio Freud nunca fizera um estudo biográfico extenso dessa natureza, embora houvesse feito análises fragmentárias de alguns escritores, baseadas em episódios contidos em seus respectivos trabalhos. De fato, em época muito anterior, em 20 de junho de 1898, ele enviara a Fliess um estudo sobre uma historieta de C.F. Meyer, `Die Richterin’, que esclarecia a vida infantil do autor (Freud, 1950a, Carta 91). A monografia sobre Leonardo, no entanto, não foi somente a primeira, mas, também, a última incursão extensa de Freud no terreno da biografia. O livro parece ter sido recebido com uma avalancha de críticas desfavoráveis, que ultrapassaram os limites normais, o que evidentemente justificou a defesa antecipada, feita por Freud, com as observações no começo do capítulo VI (ver em [1]), observações que ainda hoje se aplicam aos autores e críticos de biografias.

É de admirar, no entanto, que até bem pouco tempo nenhum dos críticos deste trabalho se tenha detido naquilo que, sem dúvida alguma, é o seu ponto mais fraco. Uma parte importante é desempenhada pela lembrança ou pela fantasia de Leonardo de ter sido visitado em seu berço por uma ave de rapina. O nome por ele usado para a ave, em suas anotações, foi `nibio‘, que em italiano (em sua forma moderna, `nibbio‘) significa `milhafre’. No entanto, Freud, no decorrer de todo o seu estudo, usa a palavra alemã `Geier‘, que em inglês só pode ser traduzida por `vulture‘ (em português `abutre’).

O equívoco de Freud parece ter-se originado de algumas das traduções alemãs de que se utilizou. Marie Herzfeld (1906), por exemplo, usa a palavra `Geier‘ em uma de suas versões da fantasia do berço, ao invés de `Milan‘, a palavra alemã comum por `milhafre’. Mas, provavelmente, a influência mais importante terá sido a tradução alemã do livro de Merezhkovsky sobre Leonardo, o qual, a julgar pelo exemplar anotado pertencente à biblioteca de Freud, foi a sua grande fonte de informações sobre Leonardo e onde provavelmente, pela primeira vez, veio a ter conhecimento daquela fantasia. Aqui, também, a palavra alemã usada na fantasia do berço foi `Geier‘, embora o próprio Merezhkovsky usasse corretamente a palavra `korshun‘ que, em russo, significa `milhafre’.

Diante desse equívoco, muitos leitores se sentirão inclinados a abandonar o estudo considerando-o sem valor. Será, no entanto, aconselhável examinar a situação mais calmamente e analisar detalhadamente os pontos exatos em que os argumentos e deduções de Freud se invalidam.

Em primeiro lugar, a idéia do `pássaro oculto’ no desenho de Leonardo (ver em [1]) deve ser posta de lado. Se de fato era um pássaro, será um abutre; em nada se parece com um milhafre. Esta `descoberta’, entretanto, não foi feita por Freud e sim por Pfister. Somente foi introduzida na segunda edição da obra, e foi recebida por Freud com grande reserva.

A seguir, e mais importante ainda, vem a associação egípcia. O hieróglifo para a palavra `mãe’, em egípcio `mut‘, representa sem dúvida alguma um abutre e não um milhafre. Gardiner, em sua abalizada Egyptian Grammar (2ª ed., 1950, 469), identifica o pássaro como sendo `Gyps fulvus‘, ou grifo. Deduz-se daí que a teoria de Freud de que o pássaro da fantasia de Leonardo significava sua mãe, não se pode basear no mito egípcio, deixando de ser importante a questão de sua relação com o mito. A fantasia e o mito não parecem ter qualquer relação entre si. Cada um deles, no entanto, quando analisado separadamente, oferece um problema interessante. Por que terão os antigos egípcios associado as idéias de `abutre’ e de `mãe’? Será satisfatória a explicação dos egiptólogos de que seja meramente uma coincidência fonética? Caso contrário, o estudo freudiano sobre mães-deusas andróginas terá valor original, independente de suas relações com o caso de Leonardo. Do mesmo modo, a fantasia de Leonardo sobre o pássaro a visitá-lo no berço e a meter-lhe a cauda na boca continua a exigir uma explicação, mesmo no caso de o pássaro não ser um abutre. E a análise psicológica de Freud relativa a essa fantasia não se desvaloriza com essa correção, perde, apenas, um elemento de apoio.

Portanto, levando-se em conta a pouca importância do estudo do caso egípcio - embora persista o seu valor intrínseco -, o estudo de Freud, em sua essência, não sofre com esse erro: permanece a reconstrução detalhada da vida emotiva de Leonardo, desde os seus primeiros anos; a descrição do conflito entre seus impulsos artísticos e científicos; a análise profunda de sua história psicossexual. Além desses assuntos importantes, o estudo nos apresenta uma quantidade de temas colaterais de igual valor: uma discussão mais geral da natureza e do trabalho da mente de um artista criador; uma descrição da gênese de um tipo especial de homossexualidade; e, o que é especialmente interessante para a história da teoria da psicanálise, o aparecimento, pela primeira vez, do conceito de narcisismo.

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução é da autoria de Walderedo Ismael de Oliveira (Professor Adjunto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Analista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

LEONARDO DA VINCI E UMA LEMBRANÇA DE SUA INFÂNCIA

 

I

QUANDO a pesquisa psiquiátrica, que geralmente se contenta em usar pessoas comuns como material de estudo, se aproxima de alguém que figura entre os expoentes da raça humana, não o faz pelos motivos que tão freqüentemente lhe atribuem os leigos. O seu objetivo não é `denegrir os brilhantes e arrastar na lama os sublimes’, Und das Ernabene in den Staub zu ziehn.(O mundo gosta de denegrir o brilhante e arrastar na lama o sublime.)De um poema de Schiller, `Das Mädchen von Orleans’, inserido como um prólogo extra na edição de 1801 de sua peça Die Jungfrau von Orleans. O poema foi considerado como sendo um ataque ao La Pucelle, de Voltaire.] e não lhe traz satisfação alguma encurtar a distância que separa a perfeição dos grandes da deficiência daqueles que geralmente constituem o objeto de seus estudos. Mas a psiquiatria não pode deixar de considerar como digno de ser compreendido tudo que possa vir a encontrar nesses modelos ilustres e acredita que não existe ninguém tão grande que venha a ser desonrado simplesmente por estar sujeito às leis que regem, igualmente, as atividades normais e as patológicas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que sua análise de Leonardo da Vinci e uma lembrança da infância não se trata de seguir o mundo que gosta de denigrir o brilhante e arrastar na lama o sublime, ou seja, de encurtar a distância que separa a perfeição dos grandes da deficiência daqueles que geralmente constituem o objeto de seus estudos, pois não existe pessoa alguma que venha a ser desonrada simplesmente por estar sujeito às leis que regem, igualmente, as atividades normais e as patológicas.

Mattanó aponta que sua análise de Leonardo da Vinci e uma lembrança da infância, construída a partir da análise de Freud, não se trata de seguir o mundo que gosta de denigrir o brilhante e arrastar na lama o sublime, ou seja, de encurtar a distância que separa a perfeição dos grandes da deficiência daqueles que geralmente constituem o objeto de seus estudos, pois não existe pessoa alguma que venha a ser desonrada simplesmente por estar sujeito às leis que regem, igualmente, as atividades normais e as patológicas. Contudo a análise de Mattanó acrescentará novos estudos e novas leis que regem o comportamento e o inconsciente dos indivíduos que estabelecem relações sociais, geram gestalts e insights a partir destas leis, que por sua vez favorecem a criatividade científica e a criação de obras de arte, pois desenvolvem os princípios da organização perceptiva e da aprendizagem.

 

MATTANÓ

(03/01/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

O inconsciente surgiu como forma do indivíduo se defender do meio ambiente, como um instrumento.

O subconsciente surgiu como forma do indivíduo responder ao meio ambiente, também como um instrumento.

E o consciente surgiu como forma do indivíduo se manter no meio ambiente através deste instrumento.

O pré-consciente surgiu como forma do indivíduo filtrar o meio ambiente por meio deste instrumento.

 

MATTANÓ

(04/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

            Os alienígenas não respeitam os nossos limites e transformações políticos, de territórios, econômicos e militares, pois tendem a organizar a sua percepção e consciência com o auxílio de uma Gestalt criada a partir do olhar do espaço onde não existem limites políticos, de territórios, econômicos e militares.

            A inteligência e a cognição dos alienígenas parece estar mais voltada para a paranormalidade e o cosmos, para as relações com os corpos celestes e os seus limites diante da vida e dos organismos.

 

            MATTANÓ

            (04/01/2024)

 

 

            O PODER DO UNIVERSO (2024):

            Todos os animais podem apresentar o comportamento verbal e intraverbalizarem com ou sem significado e sentido o termo ¨cú baby¨ a partir da evolução do cérebro que pode adquirir o comportamento verbal e assim significado e sentido, e niilismo, a partir de contextos onde o animal pode estar em situação onde o seu instinto sexual está evidente e sendo explorado por ele numa interação com outro animal, por exemplo, numa relação onde o Homo Sapiens que possui cognição e linguagem nomeia essa relação sexual de incesto e como consequência acaba adquirindo o repertório comportamental verbal de nomear de incesto relações semelhantes entre animais da mesma família, por emparelhamento e desenvolvimento cognitivo. Para você descobrir se os outros animais nomearam a relação sexual de incesto você precisará de sorte e de paciência, e de paranormalidade, de telepatia para poder escutar o som do pensamento dos outros animais. Com isto quero provar que o comportamento da teoria da pulsão auditiva de Mattanó de 1995 ou de voyeurismo é tipicamente acidental e evolutivo, aprendido em nossa história seletiva, competitiva  e evolutiva, tendo se originado, provavelmente quando os conceitos e termos usados para dar significado e sentido, mesmo que niilistas em sua maioria nascente, para suas expressões, argumentos e formas de linguagem foram criadas pelos nossos ancestrais.

 

            MATTANÓ

            (04/01/2024)

 

 

 

            Acidentes que deixam sequelas motoras podem tornar a análise e interpretação do psicanalista um problema, devido o mau julgamento a respeito de determinados comportamentos motores e verbais, se eles derivam de sequelas ou de outros problemas físicos e não inconscientes e psicossexuais.

 

            MATTANÓ

            (07/01/2024)

 

 

            O complexo de Édipo não existe para a criança com seu significado libidinoso e sexual, erótico, pois a criança que tem 4 a 5, 6 anos de idade não possui malícia e nem hormônios sexuais, ou seja, não possui libido para possuir um desejo inconsciente pela sua mãe ou pelo seu pai e uma aversão pelo outro ou pela outra, porém possui o comportamento e o desejo, no sentido de volição, de se identificar com seu pai ou com sua mãe e assim adquirir o recalque, pois mesmo sem a malícia a criança se identifica sexualmente com seu genitor, como que numa marca, impressão ou estampagem inconsciente e comportamental.

 

            MATTANÓ

            (07/01/2024)

 

 

            O PODER DO UNIVERSO (2024):

A visão arqueológica do povo brasileiro de hoje será de um povo, nação, política, trabalho, educação, moralidade, cidadania, cultura, arte, comunicação, informação, justiça, transporte, liberdade, religião, moradia, profissão, esporte, saúde dirigidos para a degradação dos valores humanos e sociais, para a difamação das instituições e dos trabalhadores, para a ladroagem e a roubalheira dos tesouros deste país e desta nação em benefício da pornografia, do alcoolismo, da prostituição, do tráfico de drogas, do tráfico de pessoas, do trabalho escravo, da alienação e da loucura, dos homicídios, da pedofilia, do estupro e do estupro coletivo, dos estupros virtuais e dos estupros virtuais coletivos, da evasão escolar e da vagabundagem, da imoralidade, do carnaval, e do futebol, da televisão e das novelas, de tudo que aliena e sufoca o entendimento e o juízo perfeito humano, a plena consciência e a lucidez do trabalhador e da dona de casa, das crianças e de todos os brasileiros e brasileiras, da valorização dos esquemas de roubo e de sequestro, de alienação, até mesmo entre profissionais da saúde gabaritados e políticos de muito respeito, da valorização do que não é brasileiro e nem brasileira, sobretudo no poder, nossos políticos são fantoches nas mãos de políticos estrangeiros por causa da violência que o povo brasileiro aumenta diariamente com preguiça, evasão escolar, falta de vontade de ir trabalhar e de se aperfeiçoar, substituindo isto por falsas promessas de artistas que prometem dinheiro fácil por roubos de obras de arte que já estão gravadas, documentadas por jornalistas e cientistas, registradas autoralmente através da Justiça, espalhadas pelo mundo e armazenadas em diversos lugares, estas promessas de roubo terminarão com cadeia e prisão desses artistas e executores, de todos os membros dessas organizações criminosas, até porque quem manda me roubar é quem já me roubou obras de arte e não vai escapar dessa malandragem criminosa, vai ter que pagar através da Justiça! Pois o Brasil arqueologicamente está ficando conhecido como um dos países mais corruptos e ladrões, com maiores índices de violência e injustiça, de roubo, sequestro e facilitação de autoridades para criminosos agirem contra suas vítimas que costumam ser também vítimas em primeiro lugar, dessas autoridades, que depois usam criminosos para terminarem o trabalho sujo e de extermínio, pois o meu caso e da minha família é assim, começou assim neste país e em quase todos os estados deste país! Arqueologicamente as construções são usadas para ritos de corrupção, lavagem de dinheiro, roubo, sequestro, estupro e estupro virtual, despersonalização, lavagem cerebral, homicídios e assassinatos, chacinas, tentativas de reversão da sexualidade, superinterpretações, loucura, tráfico de drogas, de pessoas, de trabalho escravo, tentativas de forçar a prostituição, espancamento, queimaduras, tentativas de cegar e lesar fisicamente suas vítimas, tentativas de provocar acidentes domésticos e de trânsito, falsidade ideológica, trapaça em jogos e tortura.

 

            MATTANÓ

            (07/01/2024)

 

 

            DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

            Existe um conceito em Behaviorismo que define a clínica behaviorista em suas etapas finais como psicoterapia e investigação científica que definem o objeto de análise e/ou sujeito experimental, no caso de seres humanos, como portadores de decisão sobre a aceitação ou não aceitação dos procedimentos clínicos e investigativos científicos utilizados pelos profissionais da saúde, então criar uma Psicologia Behaviorista que adote o mundo virtual como aceito e sem limites tanto para o seu objeto quanto para o clínico e/ou experimentador ou cientista torna-se falsidade ideológica e curandeirismo, pois também fere o Código Civil brasileiro e a Constituição quando abordam a segurança dos procedimentos e a não contaminação ou não piora do doente mediante determinados procedimentos clínicos e/ou experimentais e científicos – o que vemos são as autoridades nacionais, estaduais e municipais violarem estas leis desde 1988 e os veículos de comunicação de massa e as classes trabalhadoras ajudarem a piorarem o quadro de degradação social da saúde mental e física das famílias e indivíduos vítimas destes criminosos que agem neste país e que até entram neste país para aumentarem a ação de muitos outros criminosos contra essas vítimas. JUSTIÇA!!!! CADEIA!!!!!

 

            MATTANÓ

            (07/01/2024)

 

 

 

 

            O PODER DO UNIVERSO (2024):

            Os veículos de comunicação de massa prometem reproduzir fielmente a vida e a obra do Amor, colaborando para escreverem o seu Evangelho, mas na verdade estão escrevendo Evangelhos Gnósticos do Amor, pois são escritos em contextos e meio ambiente rico em paranormalidade, telepatia, lavagem cerebral, extorsão, vingança, tentativa de reversão da sexualidade, superinterpretações, hipererosia, loucura, tortura, despersonalização, golpes e envenenamentos, espancamentos, dor, piora clínica e confusão mental.

            Os Evangelhos Gnósticos do Amor são histórias para cinema, televisão, teatro, rádio, jornal, revista, internet, novela, seriados, propagandas, literatura, ensaios, pesquisas científicas, canções, a fim de gerar e adquirir riquezas, economias, dinheiro e poder, para financiar a continuação e a manutenção, a divulgação destes Evangelhos Gnósticos do Amor que possuem eventos de difícil entendimento e explicação como os milagrosos, os sobrenaturais e os paranormais que suscitam explicação através dos poderes do espaço.

 

            MATTANÓ

            (08/01/2024)

 

 

 

 

 

 

Leonardo da Vinci (1452-1519) foi admirado, até mesmo pelos seus contemporâneos, como um dos maiores homens da renascença italiana. No entanto, já nessa época começara a parecer um enigma, tal como nos parece hoje em dia. Era um gênio universal `cujos traços se podia apenas esboçar mas nunca definir’. Durante sua época, sua influência decisiva foi sobre a pintura, cabendo a nós reconhecer a grandeza do homem de ciências naturais (e engenheiro) que se combinava nele com o artista. Embora tivesse deixado obras-primas de pintura, enquanto suas descobertas científicas permaneciam inéditas e sem uso, o pesquisador que nele existia nunca libertou totalmente o artista durante todo o curso de seu desenvolvimento, limitando-o muitas vezes e talvez, mesmo, chegando a eliminá-lo. Nos últimos momentos de sua vida, segundo palavras que lhe atribui Vasari, acusou-se de haver ofendido Deus e os homens, não cumprindo o seu dever para com sua arte. E ainda que esta história de Vasari não passe de lenda, lenda esta que mesmo antes de sua morte começou a crescer em torno do Mestre misterioso, servirá sempre de testemunho valioso do que pensavam dele os homens de seu tempo.

O que impediu que a personalidade de Leonardo fosse compreendida pelos seus contemporâneos? O motivo, certamente, não terá sido a versatilidade de seus talentos nem a extensão do seu saber, que lhe permitiu apresentar-se na corte do Duque de Milão, Ludovido Sforza, apelidado Il Moro, como um virtuoso numa espécie de alaúde de sua própria invenção, ou escrever a notável carta, ao mesmo duque, na qual se gabava de suas realizações como arquiteto e como engenheiro militar. Na época do renascimento a combinação de tão amplas e diversas habilidades em um mesmo indivíduo eram comuns, embora tenhamos de reconhecer que Leonardo foi um dos exemplos mais brilhantes. Tampouco pertencia ele à classe dos gênios fisicamente mal dotados pela natureza e que por isso mesmo desprezam as formas exteriores da vida e, numa atitude de penosa melancolia, fogem a qualquer contato com seus semelhantes. Ao contrário, era alto e bem proporcionado; suas feições eram belas e invulgar a sua força física; era encantador em suas maneiras e de fácil eloqüência, alegre e amável para com todos. Adorava o belo em tudo o que cercava; apreciava as roupagens suntuosas e valorizava todos os requintes da vida. Num trecho de seu tratado sobre a pintura, que bem revela sua tendência para as diversões, compara a pintura às artes irmãs e descreve os reveses que aguardam o escultor: `Pois seu rosto fica empoeirado pelo mármore, de modo que mais parece um padeiro; fica também todo salpicado de flocos de mármore que fazem com que pareça ter estado na neve - sua casa é cheia de poeira e de lascas de pedra. Quanto ao pintor, seu caso é bem diferente… pois o pintor senta-se em frente ao seu trabalho, cercado de todo o conforto. Veste-se bem e utiliza pincéis delicados e leves, que mergulha em cores lindas. Usa roupas que lhe agradam e sua casa é imaculada e repleta de belos quadros. Muitas vezes trabalha ao som de música ou, então, cercado de homens que lhe lêem trechos de obras lindas e variadas que pode ouvir prazerosamente sem o barulho do martelo e outros ruídos.’

Na verdade, é muito possível que a imagem de um Leonardo extremamente feliz e amante de todos os prazeres não seja verdadeira senão no primeiro período, e o mais longo também, da vida do artista. Mais tarde, quando a queda de Ludovico Moro fê-lo deixar Milão, a cidade que era o centro de suas atividades e onde tinha uma situação assegurada, forçando-o a uma vida instável e de poucos sucessos externos, até encontrar seu último refúgio na França, a centelha de seu gênio poderá ter-se esmaecido e alguma faceta estranha de sua natureza poderá ter vindo à tona. De mais a mais, a transferência de seu interesse pelas artes para sua dedicação à ciência, que se foi acentuando com o decorrer do tempo, deve ter influído para aumentar a distância que o separava de seus contemporâneos. Todos os seus esforços representavam, na opinião deles, o desperdício de um tempo que poderia ser usado para pintar encomendas e fazer fortuna (como fez, por exemplo, o seu condiscípulo Perugino). Pareciam-lhes mero diletantismo e até mesmo tornavam-no suspeito de estar a serviço da `magia negra’. Nós, hoje, podemos compreendê-lo melhor pois através de seus apontamentos sabemos quais eram as artes a que se dedicava. Em uma época em que se começava a substituir a autoridade da Igreja pela da antiguidade e em que não se haviam ainda acostumado com nenhuma forma de pesquisa que não fosse baseada em pressuposições, Leonardo - o precursor e rival de Bacon e de Copérnico, igualando-se a eles em valor - foi por isso, forçosamente, um solitário entre seus contemporâneos. Ao dissecar cadáveres de cavalos e de homens, ao construir máquinas voadoras e ao estudar a nutrição das plantas e suas reações e venenos, certamente distanciou-se enormemente dos comentadores de Aristóteles, aproximando-se muito mais dos alquimistas desprezados, em cujos laboratórios a pesquisa experimental encontrara algum refúgio, pelo menos durante aqueles tempos adversos.

O efeito disso tudo sobre suas pinturas foi o de fazê-lo usar com menos entusiasmo o pincel, pintar cada vez menos, deixando a maioria do que começara inacabado, e não se preocupar com o destino final de suas obras. E foi disso que o acusaram seus contemporâneos. Para eles, sua atitude em face da sua arte foi sempre incompreensível.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica a vida de Leonardo da Vinci como uma vida dividida por períodos onde um deles, o primeiro e mais longo, foi marcado pela arte, pela pintura, pelo som da música e da leitura de obras lindas e variadas que substituíssem o som do martelo e de outros ruídos. Mas depois transferiu seu interesse das artes para a ciência. Em uma época em que se começava a substituir a autoridade da Igreja pela da antiguidade e em que não se haviam ainda acostumado com nenhuma forma de pesquisa que não fosse baseada em pressuposições, Leonardo - o precursor e rival de Bacon e de Copérnico, igualando-se a eles em valor - foi por isso, forçosamente, um solitário entre seus contemporâneos. Ao dissecar cadáveres de cavalos e de homens, ao construir máquinas voadoras e ao estudar a nutrição das plantas e suas reações e venenos, certamente distanciou-se enormemente dos comentadores de Aristóteles, aproximando-se muito mais dos alquimistas desprezados, em cujos laboratórios a pesquisa experimental encontrara algum refúgio, pelo menos durante aqueles tempos adversos.

O efeito disso tudo sobre suas pinturas foi o de fazê-lo usar com menos entusiasmo o pincel, pintar cada vez menos, deixando a maioria do que começara inacabado, e não se preocupar com o destino final de suas obras. E foi disso que o acusaram seus contemporâneos. Para eles, sua atitude em face da sua arte foi sempre incompreensível.

Mattanó aponta que Freud explica a vida de Leonardo da Vinci como uma vida dividida por períodos onde um deles, o primeiro e mais longo, foi marcado pela arte, pela pintura, pelo som da música e da leitura de obras lindas e variadas que substituíssem o som do martelo e de outros ruídos. Mas depois transferiu seu interesse das artes para a ciência. Em uma época em que se começava a substituir a autoridade da Igreja pela da antiguidade e em que não se haviam ainda acostumado com nenhuma forma de pesquisa que não fosse baseada em pressuposições, Leonardo - o precursor e rival de Bacon e de Copérnico, igualando-se a eles em valor - foi por isso, forçosamente, um solitário entre seus contemporâneos. Ao dissecar cadáveres de cavalos e de homens, ao construir máquinas voadoras e ao estudar a nutrição das plantas e suas reações e venenos, certamente distanciou-se enormemente dos comentadores de Aristóteles, aproximando-se muito mais dos alquimistas desprezados, em cujos laboratórios a pesquisa experimental encontrara algum refúgio, pelo menos durante aqueles tempos adversos.

O efeito disso tudo sobre suas pinturas foi o de fazê-lo usar com menos entusiasmo o pincel, pintar cada vez menos, deixando a maioria do que começara inacabado, e não se preocupar com o destino final de suas obras. E foi disso que o acusaram seus contemporâneos. Para eles, sua atitude em face da sua arte foi sempre incompreensível.

Podemos especular que Leonardo da Vinci adquiriu novos repertórios comportamentais que o motivaram e o interessaram mais do que os já vividos e experimentados com as artes, que a ciência pode ter-lhe parecido um caminho muito mais próximo da realidade do que do prazer que as artes lhe proporcionavam, que os significados e os sentidos dos eventos e fenômenos do mundo e da realidade lhe pareceram mais importantes e motivadores do que os significados e os sentidos das artes e do prazer que são gerados pelo desenvolvimento das sublimações e assim pelo trabalho, pelo trabalho artístico e não-científico. A ciência é um tipo de trabalho, e o trabalho pode incluir outras atividades como as artes que podem suscitar momentos de êxtase, deslumbre, contentamento e encantamento pela pintura, pelo som da música e da leitura de obras lindas e variadas através dos significados e sentidos apreendidos nas relações sublimadas desse indivíduo com a realidade, contudo estes eventos podem ser substituídos por outros eventos através do deslocamento inconsciente de interesses e motivações, fazendo com  que o indivíduo mude de comportamento e de trabalho, se deslocando das artes para a ciência, mudança determinada por ação dos processos do inconsciente, de condensação e deslocamento, e depois de comportamento. A condensação é o núcleo das artes e da ciência, o deslocamento é a mudança de um para o outro, ou do primeiro para o segundo, e o comportamento é o ato de se comportar e trabalhar como cientista, de dissecar cadáveres de cavalos e de homens, de construir máquinas voadoras e de estudar a nutrição das plantas e suas reações e venenos.

 

MATTANÓ

(08/01/2024)

 

 

 

 

 

Posteriormente, muitos dos admiradores de Leonardo tentaram defendê-lo dessa acusação de inconstância. Em sua defesa eles alegavam ser esta, justamente, uma característica dos grandes artistas; até mesmo Miguel Angelo, que era inteiramente dedicado a seu trabalho, deixou muitas de suas obras inacabadas e disso teve tanta culpa quanto Leonardo, em circunstâncias iguais. Alegam, além do mais, que, com referência a alguns quadros de Leonardo, não se trata somente de estarem inacabados, mas sim de os ter ele dado por findos. O que ao leigo pode parecer uma obra-prima nunca chega a representar para o criador uma obra de arte completa mas, apenas, a concretização insatisfatória daquilo que tencionava realizar; ele possui uma tênue visão da perfeição, que tenta sempre reproduzir sem nunca conseguir satisfazer-se. Sobretudo, alegam eles, é um direito do artista ser responsável pelo destino final de suas obras.

Por mais válidas que possam ser essas desculpas, elas não conseguem livrar Leonardo de toda a responsabilidade. A mesma luta penosa frente a um trabalho, a fuga final e a indiferença quanto ao seu destino futuro, tudo isso pode acontecer a muitos outros artistas, mas não há dúvida de que esse comportamento ocorre em Leonardo em grau muito mais elevado. Solmi (1910, 12) menciona a observação de um de seus alunos: `Pareva che ad ogni ora tremasse, quando si poneva a dipingere, e però non diede mai fine ad alcuna cosa cominciata, considerando la grandezza dell’arte, tal que che egli scorgeva errori in quelle cose, che ad altri parevano miracoli.’ Seus últimos quadros, continua ele, a Leda, a Madonna di Sant’Onofrio, Baco e São João Batista moço, ficaram inacabados `come quasi intervenne di tutte le cose sue…’ Lomazzo, que fez uma cópia da Última Ceia, comenta em um soneto a notória incapacidade de Leonardo para ultimar seus trabalhos:

Protogen che il pennel di sue pitture

Non levava, agguaglio in Vinci Divo

Di cui opra non è finita pure.

A vagareza do trabalho de Leonardo era proverbial. Depois de meticulosos estudos preparatórios, levou três anos inteiros para pintar a Última Ceia para o Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão. Um de seus contemporâneos, o contista Matteo Bandelli, que na época era um jovem frade naquele convento, conta que Leonardo costumava muitas vezes subir nos andaimes pela manhã cedo e lá permanecer até o cair da tarde sem nem uma vez descansar o pincel e nem se lembrar de comer ou de beber. Depois, passava dias sem tornar a tocar no trabalho. Muitas vezes passava horas diante de sua obra, somente analisando-a mentalmente. Algumas vezes vinha para o convento diretamente do pátio do castelo de Milão, onde estava trabalhando no modelo para a estátua eqüestre de Francesco Sforza, dava algumas pinceladas em algum dos seus personagens, partindo logo a seguir. Segundo Vasari, levou quatro anos pintando o retrato de Mona Lisa, a mulher do florentino Francesco del Giocondo, sem conseguir dá-lo por terminado. Este fato pode explicar por que este retrato nunca foi entregue a quem o encomendou, ficando em mãos de Leonardo, que o levou consigo para a França. Foi adquirido pelo rei Francisco I, e hoje em dia constitui um dos mais valiosos tesouros do Louvre.

Se compararmos esses relatos sobre o modo de trabalhar de Leonardo com a evidência de inúmeros desenhos e estudos que deixou e que mostram todos os motivos que aparecem em suas pinturas sob os aspectos mais variados, seremos compelidos a rejeitar o conceito de que sua impaciência e sua volubilidade possam, de algum modo, tê-lo influenciado com relação à sua arte. Ao contrário, é possível observar uma extraordinária profundeza e uma riqueza de possibilidades que vêm dificultar qualquer decisão final, ambições enormes, difíceis de satisfazer, e uma inibição na execução definitiva para a qual não encontramos justificativa, mesmo considerando que o artista nunca consegue realizar o seu ideal. A vagareza, que era conspícua no trabalho de Leonardo, apresenta-se como um sintoma dessa inibição e um prenúncio de seu subseqüente desinteresse pela pintura. Isso foi a causa do destino que teve a Última Ceia - destino, aliás, merecido. Leonardo não se podia acostumar ao afresco, que exigia trabalho rápido na aplicação das tintas na superfície ainda úmida e, por isso, preferiu usar as tintas a óleo, de secagem mais lenta, que lhe permitiam protelar o término da obra de acordo com seu humor e lazer. Estas tintas, no entanto, desprendiam-se da superfície onde eram aplicadas e que as isolava do muro. Além do mais, os defeitos próprios do muro e o destino posterior do edifício provavelmente determinaram o que parece ser a ruína inevitável do quadro.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci tinha o comportamento de deixar inacabadas suas obras de arte, mesmo as que durassem 3 ou 4 anos de trabalho, em meio a jornadas de reflexão, inibição, profundeza, impaciência, volubilidade, desinteresse, trabalho e retomada de trabalho, eventos que definem a personalidade do artista e do gênio inquieto e criativo, que costumava dar por acabadas suas obras quando elas ainda não estavam terminadas, várias obras de Leonardo da Vinci tiveram este destino como a Última Ceia, e o retrato de Mona Lisa que também ficou inacabado, ora, a vagareza, que era conspícua no trabalho de Leonardo, apresenta-se como um sintoma dessa inibição e um prenúncio de seu subseqüente desinteresse pela pintura. É possível observar uma extraordinária profundeza e uma riqueza de possibilidades que vêm dificultar qualquer decisão final, ambições enormes, difíceis de satisfazer, e uma inibição na execução definitiva para a qual não encontramos justificativa, mesmo considerando que o artista nunca consegue realizar o seu ideal.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci tinha o comportamento de deixar inacabadas suas obras de arte, mesmo as que durassem 3 ou 4 anos de trabalho, em meio a jornadas de reflexão, inibição, profundeza, impaciência, volubilidade, desinteresse, trabalho e retomada de trabalho, eventos que definem a personalidade do artista e do gênio inquieto e criativo, que costumava dar por acabadas suas obras quando elas ainda não estavam terminadas, várias obras de Leonardo da Vinci tiveram este destino como a Última Ceia, e o retrato de Mona Lisa que também ficou inacabado, ora, a vagareza, que era conspícua no trabalho de Leonardo, apresenta-se como um sintoma dessa inibição e um prenúncio de seu subseqüente desinteresse pela pintura. Contudo este evento pode ter sua origem na execução da Gestalt e dos insights que os princípios da organização da percepção e da aprendizagem proporcionam ao observador introspectivo que elabora eventos perceptivos como semelhança, continuidade, proximidade, figura/fundo e insight com aprendizagem a partir da forma, da Gestalt. É possível observar uma extraordinária profundeza e uma riqueza de possibilidades que vêm dificultar qualquer decisão final, ambições enormes, difíceis de satisfazer, e uma inibição na execução definitiva para a qual não encontramos justificativa, mesmo considerando que o artista nunca consegue realizar o seu ideal, talvez porque não está resolvendo e elaborando o conteúdo de suas Gestalts, de seus insights, de tudo o que está aprendendo com sua percepção organizada conscientemente através dos elementos do espaço que se organizam para formar Formas ou Gestalts, que por sua vez estruturam o inconsciente e o subconsciente, fazendo o artista se comportar. Talvez fosse este o problema de Leonardo da Vinci, o seu inconsciente sendo estruturado e o seu subconsciente sendo contingenciado para problemas que ele, como cientista não conseguiu solucionar, até mesmo como cientista das artes, pois ele era um gênio e cientista em tudo o que fazia e se envolvia, só merecia reconhecimento.

 

MATTANÓ

(09/01/2024)

 

 

 

 

O fracasso de uma experiência técnica semelhante parece ter causado também a destruição da Batalha de Anguiari, pintura que ele começou a executar, competindo com Miguel Ângelo, algum tempo depois, em um muro da Sala del Consiglio em Florença, e que também abandonou antes de terminar. Neste caso, no entanto, parece ter havido outro interesse em jogo - o do experimentador - que a princípio terá incentivado o interesse artístico, vindo porém a prejudicar a obra depois.

O caráter de Leonardo, como homem, revelava outros traços incomuns e outras contradições aparentes. Uma certa ociosidade e indiferença são evidentes em sua personalidade. Numa época em que todos procuravam conseguir um campo amplo onde desenvolver suas atividades - para o que necessitavam de uma enérgica agressividade contra os demais - Leonardo se fazia notar pela sua pacatez e pela aversão a qualquer antagonismo ou controvérsia. Era gentil e amável para com todos; recusava-se, dizem, a comer carne por não achar justo matar animais; gostava sobretudo de comprar pássaros no mercado para soltá-los depois. Condenava a guerra e o derramamento de sangue e descrevia o homem como sendo não tanto o rei do mundo animal, e sim a pior das bestas selvagens. Essa feminina delicadeza, no entanto, não impedia que acompanhasse os criminosos a caminho da execução a fim de estudar-lhes as feições distorcidas pelo medo e desenhá-las em seus cadernos. Nem tampouco deixou de desenhar as mais cruéis armas de agressão e de pertencer ao serviço de Cesare Borgia como chefe da engenharia militar. Muitas vezes parecia indiferente ao bem e ao mal ou parecia deixar-se guiar por normas diferentes. Acompanhou Cesare, em posto importante, durante a campanha que deixou Romagna como possessão do mais cruel e desleal dos adversários. Não existe nas anotações de Leonardo um único comentário a respeito dos acontecimentos de sua época ou qualquer demonstração de preocupação com eles. Isto induz a uma comparação com Goethe durante a campanha da França.

Se um estudo biográfico tem realmente como objetivo chegar à compreensão da vida mental de seu herói, não deverá omitir, como acontece com a maioria das biografias - por discrição ou por melindre - sua atividade sexual ou sua individualidade sexual. O que se conhece de Leonardo neste setor é pouco; porém este pouco é repleto de significados. Em uma época que presenciou a luta entre uma sensualidade sem limites e um ascetismo melancólico, Leonardo representava a fria rejeição da sexualidade - coisa que não se deveria esperar de um artista e pintor da beleza feminina. Solmi cita a seguinte frase sua que bem evidencia a sua frigidez: `O ato da procriação e tudo o que a ele se relaciona é de tal maneira abjeto que a humanidade certamente se extinguiria não fora isso um costume já consagrado e não fora o fato de existirem rostos lindos e naturezas sensuais.’ Seus escritos postumamente publicados cuidam tanto dos maiores problemas científicos como também de trivialidades que não merecem tão grande inteligência (uma história natural alegórica, fábulas de animais, brincadeiras, profecias); são tão castos, e mesmo abstinentes, que ainda causariam admiração se encontrados em qualquer trabalho de belles lettres de hoje em dia. Tão resolutamente se abstém de todo o tema sexual que dá a impressão de que somente Eros, o preservador de todas as coisas vivas, fosse assunto indigno para o pesquisador em sua busca da sabedoria. É sabido que freqüentemente grandes artistas se comprazem em dar vazão a suas fantasias por meio de desenhos eróticos e mesmo obscenos. No caso de Leonardo, no entanto, possuímos apenas alguns esboços anatômicos do aparelho genital interno feminino, da posição do embrião no útero e assim por diante.

 

 

 

 

 

É duvidoso que Leonardo tenha jamais abraçado uma mulher com paixão; ou tenha tido alguma amizade intelectual íntima com uma mulher, como a de Miguel Ângelo com Vittoria Colonna. Quando ainda aprendiz e vivendo em casa de seu mestre Verrocchio, foi-lhe feita e a alguns outros jovens uma acusação de práticas homossexuais proibidas, que terminou em absolvição. Parece que a origem desta acusação foi o fato de ter usado um menino de má fama como modelo. Quando veio a tornar-se mestre, cercou-se de belos rapazes e meninos que tomava como alunos. O último desses alunos, Francesco Melzi, acompanhou-o à França, ficou a seu lado até a sua morte e foi por ele nomeado seu herdeiro. Sem compartilhar a certeza de seus biógrafos modernos, que naturalmente rejeitam a possibilidade da existência de relações sexuais entre ele e seus alunos, considerando-a um insulto grosseiro ao grande homem, achamos muito mais provável que as relações afetuosas de Leonardo para com os jovens que - como era costume entre aprendizes da época - compartilhavam sua vida, não chegassem até relação sexuais. E ainda mais, uma grande atividade sexual não condizia muito com ele.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci teve uma história de vida sem relações afetuosas e sexuais, sem mesmo abraços apaixonados por mulheres ou relações íntimas e que no fim de sua vida foi-lhe feita uma acusação de práticas sexuais proibidas homossexuais entre ele e seus alunos, da qual ele foi absolvido em função do seu status quo e grandeza, toda a sua genialidade impedia e difamação de sua imagem e nome. Em uma época que presenciou a luta entre uma sensualidade sem limites e um ascetismo melancólico, Leonardo representava a fria rejeição da sexualidade - coisa que não se deveria esperar de um artista e pintor da beleza feminina. Solmi cita a seguinte frase sua que bem evidencia a sua frigidez: `O ato da procriação e tudo o que a ele se relaciona é de tal maneira abjeto que a humanidade certamente se extinguiria não fora isso um costume já consagrado e não fora o fato de existirem rostos lindos e naturezas sensuais.’ Seus escritos postumamente publicados cuidam tanto dos maiores problemas científicos como também de trivialidades que não merecem tão grande inteligência (uma história natural alegórica, fábulas de animais, brincadeiras, profecias); são tão castos, e mesmo abstinentes, que ainda causariam admiração se encontrados em qualquer trabalho de belles lettres de hoje em dia. Tão resolutamente se abstém de todo o tema sexual que dá a impressão de que somente Eros, o preservador de todas as coisas vivas, fosse assunto indigno para o pesquisador em sua busca da sabedoria. É sabido que freqüentemente grandes artistas se comprazem em dar vazão a suas fantasias por meio de desenhos eróticos e mesmo obscenos. No caso de Leonardo, no entanto, possuímos apenas alguns esboços anatômicos do aparelho genital interno feminino, da posição do embrião no útero e assim por diante.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci teve uma história de vida sem relações afetuosas e sexuais, sem mesmo abraços apaixonados por mulheres ou relações íntimas e que no fim de sua vida foi-lhe feita uma acusação de práticas sexuais proibidas homossexuais entre ele e seus alunos, da qual ele foi absolvido em função do seu status quo e grandeza, toda a sua genialidade impedia e difamação de sua imagem e nome. Em uma época que presenciou a luta entre uma sensualidade sem limites e um ascetismo melancólico, Leonardo representava a fria rejeição da sexualidade - coisa que não se deveria esperar de um artista e pintor da beleza feminina. Solmi cita a seguinte frase sua que bem evidencia a sua frigidez: `O ato da procriação e tudo o que a ele se relaciona é de tal maneira abjeto que a humanidade certamente se extinguiria não fora isso um costume já consagrado e não fora o fato de existirem rostos lindos e naturezas sensuais.’ Seus escritos postumamente publicados cuidam tanto dos maiores problemas científicos como também de trivialidades que não merecem tão grande inteligência (uma história natural alegórica, fábulas de animais, brincadeiras, profecias); são tão castos, e mesmo abstinentes, que ainda causariam admiração se encontrados em qualquer trabalho de belles lettres de hoje em dia. Tão resolutamente se abstém de todo o tema sexual que dá a impressão de que somente Eros, o preservador de todas as coisas vivas, fosse assunto indigno para o pesquisador em sua busca da sabedoria. É sabido que freqüentemente grandes artistas se comprazem em dar vazão a suas fantasias por meio de desenhos eróticos e mesmo obscenos. No caso de Leonardo, no entanto, possuímos apenas alguns esboços anatômicos do aparelho genital interno feminino, da posição do embrião no útero e assim por diante. Certamente uma vida sem relações afetuosas, íntimas e sexuais lhe reservou o destino de se tornar abstinente de sua sexualidade e não desenvolver sua libido, partindo para a comunhão e para a segurança como testemunhamos em sua história de vida através de suas obras de arte repletas de temas religiosos que nos dizem da comunhão e da sua passagem pelo serviço de Cesare Borgia como chefe da engenharia militar que nos diz sobre a segurança agindo em sua personalidade e inconsciente, porém a libido também se manifesta nos temas femininos artísticos como a Mona Lisa, nos esboços anatômicos do aparelho genital feminino e da posição do embrião no útero, por exemplo. Contudo sabemos que a Mona Lisa é uma obra inacabada assim como sua sexualidade e que fez e faz tanto sucesso quanto ela, sua sexualidade, por ser original e genial, repleta de significados e de sentidos, de conceitos, de contextos, de comportamentos, de funcionalidades, de linguagens, de simbologias e de símbolos, de uma topografia, de relações sociais, de gestalts e insights, argumentação e de linguagem, de pressupostos e subentendidos, de atos ilocucionários e atos perlocucionários, de algo posto, de repressão, de recalque, de sublimação, de trabalho, de arte, de criatividade, de genialidade, de produtividade, de privacidade, de intimidade, de amor, de demência, de transcendência, de consciência, de homeostase, de conteúdos inconscientes e de ciclos circadianos.

 

MATTANÓ

(10/01/2024)

 

 

 

 

 

Existe uma única maneira de compreender a peculiaridade dessa vida sexual e emocional com relação à dupla natureza de Leonardo como artista e como pesquisador científico. Entre os seus biógrafos, muitas vezes alheios a qualquer enfoque psicológico, existe, a meu entender, apenas um, Edmondo Solmi, que se aproximou da solução do problema; mas um escritor que escolheu Leonardo como o personagem de uma longa novela histórica, Dmitry Sergeyevich Merezhkovsky, interpretou do mesmo modo esse homem incomum ao retratá-lo e exprimiu claramente o seu ponto de vista, não com palavras simples porém (segundo o estilo dos autores imaginativos) em termos plásticos. A opinião de Solmi sobre Leonardo é a seguinte (1908, 46): `O seu insaciável desejo de tudo compreender em seu redor e de pesquisar com atitude de fria superioridade o segredo mais profundo de toda a perfeição condenou sua obra a permanecer para sempre inacabada.’

Em um ensaio publicado na Conferenze Fiorentine faz-se menção à seguinte frase de Leonardo, que bem representa sua confissão de fé e fornece a chave para a compreensão de sua natureza: `Nessuma cosa si può amare nè odiare, se prima non si ha congnition di quella.’ Isto é: Não se tem o direito de amar ou odiar qualquer coisa da qual não se tenha conhecimento profundo. Leonardo se repete em um trecho do tratado sobre pintura, onde parece estar-se defendendo contra a acusação de ateísmo: `Mas esses críticos desagradáveis melhor fariam se ficassem quietos. Pois é esse o caminho que conduz ao conhecimento do Criador de tantas coisas maravilhosas, e o melhor processo para se vir a amar um Inventor tão grandioso. Pois, na verdade, o grande amor surge do conhecimento profundo do objeto amado e, se este for pouco conhecido, o seu amor por ele será pouco ou nenhum…’

O valor nesses comentários de Leonardo não está em olhá-los como reveladores de fatos psicológicos importantes pois o que eles afirmam é, obviamente, falso e Leonardo era tão sabedor disto quanto nós. Não é verdade que os seres humanos protelam o amor ou o ódio até adquirirem conhecimento mais profundo e maior familiaridade com o objeto desses sentimentos. Ao contrário, amam impulsivamente, movidos por emoções que nada têm a ver com conhecimento e cuja ação, muito ao contrário, poderá ser amortecida pela reflexão e pela observação. Leonardo, portanto, poderia, no máximo, querer dizer que o amor praticado por seres humanos não seria tão desejável e irrepreensível: dever-se-ia amar controlando o sentimento, sujeitando-o à reflexão e somente permitir sua existência quando capaz de resistir à prova do pensamento. Percebemos, assim, que procurou mostrar-nos como ele próprio procedia e demonstrar que todos deveriam tratar o amor e o ódio como ele o fazia.

No seu caso parece que foi isso o que realmente sucedeu. Seus afetos eram controlados e submetidos ao instinto da pesquisa; ele não amava nem odiava, porém se perguntava acerca da origem e do significado daquilo que deveria amar ou odiar. Parecia, assim, forçosamente, indiferente ao bem e ao mal, ao belo e ao horrível. Durante esse trabalho de pesquisa, o amor e o ódio se despiam de suas formas positivas ou negativas e ambos se transformavam apenas em objeto de interesse intelectual. Na verdade, Leonardo não era insensível à paixão; não carecia da centelha sagrada que é direta ou indiretamente a força motora - il primo motore - de qualquer atividade humana. Apenas convertera sua paixão em sede de conhecimento; entregava-se, então, à investigação com a persistência, constância e penetração que derivam da paixão e, ao atingir ao auge de seu trabalho intelectual, isto é, a aquisição do conhecimento, permitia que o afeto há muito reprimido viesse à tona e transbordasse livremente, como se deixa correr a água represada de um rio, após ter sido utilizada. Quando, ao chegar ao clímax de uma descoberta, podia vislumbrar uma vasta porção de todo o conjunto, ele se deixava dominar pela emoção e, em linguagem exaltada, louvava o esplendor da parte da natureza que estudara ou, em sentido religioso, a grandeza do seu Criador. Esse processo de transformação em Leonardo foi bem compreendido por Solmi. Depois de citar uma passagem desse gênero em que Leonardo exalta a sublime lei da natureza (`O mirabile necessità…’), escreveu (1910, 11): `Tale trasfigurazione della scienza della natura in emozione, quasi direi, religiosa, è uno dei tratti caratteristici de’ manoscritti viancini, e si trova cento e cento volte expressa…’

Devido à sua sede insaciável e incansável de conhecimento, Leonardo tem sido chamado o Fausto italiano. Embora longe de discutir a possível transformação do instinto de investigação em prazer de viver - transformação que devemos considerar como fundamental na tragédia de Fausto - cremos poder arriscar a afirmativa de que a evolução de Leonardo se aproxima do pensamento de Spinoza.

A transformação da força psíquica instintiva em várias formas de atividade, da mesma maneira que a transformação das forças físicas, não poderia ser realizada sem prejuízo. O exemplo de Leonardo mostra-nos quantas outras coisas precisam ser consideradas com relação a estes processos. O adiamento do amor até o seu pleno conhecimento constitui um processo artificial que se transforma em uma substituição. De um homem que consegue chegar até o conhecimento não se poderá dizer que ama ou odeia; situa-se além do amor e do ódio. Terá pesquisado em vez de amar. E será, talvez, este o motivo pelo qual a vida de Leonardo foi tão mais pobre de amor do que a de outros grandes homens, e de outros artistas. As tormentosas paixões de uma natureza, que inspiram e que esgotam, paixões que foram, para outros, fonte das experiências mais plenas, parecem não o haver atingido.

Existem ainda outras conseqüências. A investigação substituiu a ação e também a criação. Um homem que começou a vislumbrar a grandeza do universo com todas as suas complexidades e suas leis, esquece facilmente sua própria insignificância. Perdido de admiração e cheio de verdadeira humildade, facilmente esquece ser, ele próprio, uma parte dessas forças ativas e que, de acordo com a medida de sua própria força, terá um caminho aberto diante de si para tentar alterar uma pequena parcela do curso preestabelecido para o mundo - um mundo em que as menores coisas são tão importantes e extraordinárias quanto o são as coisas grandiosas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci foi um grande artista e um grande inventor, um grande pesquisador.

O adiamento do amor até o seu pleno conhecimento constitui um processo artificial que se transforma em uma substituição. De um homem que consegue chegar até o conhecimento não se poderá dizer que ama ou odeia; situa-se além do amor e do ódio. Terá pesquisado em vez de amar. E será, talvez, este o motivo pelo qual a vida de Leonardo foi muito pobre em amor em relação a outros grandes homens e outros artistas que viveram tormentas, paixões, inspirações, experiências plenas, a vida de Leonardo da Vinci parece não conter estes eventos. Ele convertia sua paixão em conhecimento, seu trabalho intelectual era voltado para aquisição de conhecimento, diante de uma descoberta, ele se deixava dominar pela emoção e, em linguagem exaltada, louvava o esplendor da parte da natureza que estudara ou, em sentido religioso, a grandeza do seu Criador.

A opinião de Solmi sobre Leonardo é a seguinte (1908, 46): `O seu insaciável desejo de tudo compreender em seu redor e de pesquisar com atitude de fria superioridade o segredo mais profundo de toda a perfeição condenou sua obra a permanecer para sempre inacabada.’

Leonardo se repete em um trecho do tratado sobre pintura, onde parece estar-se defendendo contra a acusação de ateísmo: `Mas esses críticos desagradáveis melhor fariam se ficassem quietos. Pois é esse o caminho que conduz ao conhecimento do Criador de tantas coisas maravilhosas, e o melhor processo para se vir a amar um Inventor tão grandioso. Pois, na verdade, o grande amor surge do conhecimento profundo do objeto amado e, se este for pouco conhecido, o seu amor por ele será pouco ou nenhum…’

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci foi um grande artista e um grande inventor, um grande pesquisador.

O adiamento do amor até o seu pleno conhecimento constitui um processo artificial que se transforma em uma substituição. De um homem que consegue chegar até o conhecimento não se poderá dizer que ama ou odeia; situa-se além do amor e do ódio. Terá pesquisado em vez de amar. E será, talvez, este o motivo pelo qual a vida de Leonardo foi muito pobre em amor em relação a outros grandes homens e outros artistas que viveram tormentas, paixões, inspirações, experiências plenas, a vida de Leonardo da Vinci parece não conter estes eventos. Ele convertia sua paixão em conhecimento, seu trabalho intelectual era voltado para aquisição de conhecimento, diante de uma descoberta, ele se deixava dominar pela emoção e, em linguagem exaltada, louvava o esplendor da parte da natureza que estudara ou, em sentido religioso, a grandeza do seu Criador.

A opinião de Solmi sobre Leonardo é a seguinte (1908, 46): `O seu insaciável desejo de tudo compreender em seu redor e de pesquisar com atitude de fria superioridade o segredo mais profundo de toda a perfeição condenou sua obra a permanecer para sempre inacabada.’

Leonardo se repete em um trecho do tratado sobre pintura, onde parece estar-se defendendo contra a acusação de ateísmo: `Mas esses críticos desagradáveis melhor fariam se ficassem quietos. Pois é esse o caminho que conduz ao conhecimento do Criador de tantas coisas maravilhosas, e o melhor processo para se vir a amar um Inventor tão grandioso. Pois, na verdade, o grande amor surge do conhecimento profundo do objeto amado e, se este for pouco conhecido, o seu amor por ele será pouco ou nenhum…’

Mattanó acrescenta que a Obra de Deus sempre será uma Invenção Inacabada, pois o Universo funciona como uma Invenção Inacabada onde os mundos e as estrelas, as galáxias, por exemplo, vivem num contínuo caos e ordem que lhes impõem uma dialética de destruição e criação, que atravessa a sua história filogenética, ontogenética, virtual, cultural, espiritual, da vida e do universo. Não sabemos nem mesmo se o Universo se destruirá em algum momento da história, se haverá um apocalipse do Universo, por exemplo, como o esgotamento da sua energia ou da sua luz?! Ou com o seu hipercrescimento que poderá causar um hiperdistanciamento de corpos celestes e assim muita dificuldade de se conseguir luz, energia e calor do Sol e das estrelas, causando um hiper-resfriamento do Universo, mostrando que a vida pode ter seus limites e seus períodos de existência neste Universo, que talvez ela não seja para sempre devido às transformações do Universo que podem ser encaradas como catastróficas ou apocalípticas. Por isso ter obras inacabadas como a de Leonardo da Vinci é perfeitamente natural assim como os eventos do universo e da ontologia, da filogênese, da vida, do mundo virtual, da espiritualidade e da cultura que podem alcançar o apocalipse de qualquer indivíduo sem que estejam plenamente realizados ou acabados. Somos um mar de trevas desde a Criação onde o fogo e o calor levaram a expansão do Universo e com o tempo e o desenvolvimento ou a eternidade, veio o resfriamento do mesmo Universo através do distanciamento dos corpos celestes e do isolamento dos focos de calor e de incêndio ou fogo até que se extinguissem na fase de criação dos planetas, onde as rochas e pedras do espaço se condensam e se deslocam para formar o corpo celeste num ambiente quente e rico em fogo e calor.

 

MATTANÓ

(12/01/2024)

 

 

 

 

 

 

As pesquisas de Leonardo visavam, originalmente, como acredita Solmi, o interesse de sua arte; dedicou seus esforços a estudar as particularidades e as leis da luz, das cores, das sombras e da perspectiva, a fim de tornar-se exímio em suas imitações da natureza e transmitir aos outros os seus conhecimentos. É provável que nesse tempo ele já superestimava o valor, para o artista, desses ramos do conhecimento. Sempre seguindo o rumo determinado pelas solicitações de sua pintura, foi levado a estudar os modelos do pintor, animais e plantas, e as proporções do corpo humano; e, depois do conhecimento de sua forma exterior, continuou ainda a estudar-lhe a estrutura interna e as suas funções vitais, coisa que, na verdade, influi também na aparência externa e merece ser considerada nos trabalhos artísticos. E, finalmente, o instinto, que se tornara dominante, carregou-o mais longe ainda fazendo-o ultrapassar as limitações da demanda de sua arte e descobrir as leis gerais da mecânica e adivinhar a história da estratificação e fossilização no vale do Arno, até chegar ao ponto de poder escrever em seu livro, com letras enormes, a sua descoberta: Il sole non si move. Suas investigações estenderam-se praticamente a quase todos os ramos da ciência natural e em cada um ele foi um descobridor ou, pelo menos, um profeta e pioneiro. No entanto, sua ânsia de conhecimento foi sempre dirigida ao mundo exterior; qualquer coisa o afastava da investigação da alma humana. Na `Academia Vinciana’ [ver em [1]], para a qual desenhou alguns emblemas habilmente entrelaçados, pouco lugar havia para a psicologia.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci tornou-se um grande pesquisador das particularidades e das leis da luz, das cores, das sombras e da perspectiva, a fim de tornar-se exímio em suas imitações da natureza e transmitir aos outros os seus conhecimentos. É provável que nesse tempo ele já superestimava o valor, para o artista, desses ramos do conhecimento. Sempre seguindo o rumo determinado pelas solicitações de sua pintura, foi levado a estudar os modelos do pintor, animais e plantas, e as proporções do corpo humano; e, depois do conhecimento de sua forma exterior, continuou ainda a estudar-lhe a estrutura interna e as suas funções vitais, coisa que, na verdade, influi também na aparência externa e merece ser considerada nos trabalhos artísticos. E, finalmente, o instinto, que se tornara dominante, carregou-o mais longe ainda fazendo-o ultrapassar as limitações da demanda de sua arte e descobrir as leis gerais da mecânica e adivinhar a história da estratificação e fossilização no vale do Arno, até chegar ao ponto de poder escrever em seu livro, com letras enormes, a sua descoberta: Il sole non si move. Suas investigações estenderam-se praticamente a quase todos os ramos da ciência natural e em cada um ele foi um descobridor ou, pelo menos, um profeta e pioneiro. No entanto, sua ânsia de conhecimento foi sempre dirigida ao mundo exterior; qualquer coisa o afastava da investigação da alma humana.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci tornou-se um grande pesquisador das particularidades e das leis da luz, das cores, das sombras e da perspectiva, a fim de tornar-se exímio em suas imitações da natureza e transmitir aos outros os seus conhecimentos. É provável que nesse tempo ele já superestimava o valor, para o artista, desses ramos do conhecimento. Sempre seguindo o rumo determinado pelas solicitações de sua pintura, foi levado a estudar os modelos do pintor, animais e plantas, e as proporções do corpo humano; e, depois do conhecimento de sua forma exterior, continuou ainda a estudar-lhe a estrutura interna e as suas funções vitais, coisa que, na verdade, influi também na aparência externa e merece ser considerada nos trabalhos artísticos. E, finalmente, o instinto, que se tornara dominante, carregou-o mais longe ainda fazendo-o ultrapassar as limitações da demanda de sua arte e descobrir as leis gerais da mecânica e adivinhar a história da estratificação e fossilização no vale do Arno, até chegar ao ponto de poder escrever em seu livro, com letras enormes, a sua descoberta: Il sole non si move. Suas investigações estenderam-se praticamente a quase todos os ramos da ciência natural e em cada um ele foi um descobridor ou, pelo menos, um profeta e pioneiro. No entanto, sua ânsia de conhecimento foi sempre dirigida ao mundo exterior; qualquer coisa o afastava da investigação da alma humana. E que por isso investiu mais nas ciências naturais do que na psicologia humana e até nas relações sexuais e íntimas que dependem de uma proximidade e intimidade, de uma privacidade e afetividade que cria laços psicológicos transferenciais e de amor, que por sua vez desencadeiam e despertam o desejo pela psicologia humana, pelo inconsciente, pelo comportamento, pela Gestalt, pela aprendizagem, pelo trabalho, pelo estilo de vida, pela auto-atualização, pela auto-realização, pelas instituições, pelos ritos e mitos, pela psicohigiene, pelos arquétipos, pela transcendência, pela cognição, pela escolarização, pela fenomenologia, pela espécie, pelo grupo e pelo indivíduo, pela libido, pela comunhão, pela segurança e pela orgone, pela energia vital, pelo lúdico e pelos avatares, pelo direito, pela biologia, pela religião, pela filosofia, pela sociologia, pela história, pela antropologia, pela arqueologia e pela medicina, ciências recriadas num enfoque psicológico e psicanalítico mattanoniano.

 

MATTANÓ

(13/01/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Como é que as autoridades explicam pessoas de 40 a 100 anos de idade quase que morrendo por causa de radiação ionizante e sem conseguir trabalhar e realizar as tarefas do dia-a-dia normalmente, passando fome e tendo diversos problemas de saúde que a incapacitam  poder ou ter capacidade para planejar ou tentar assassinar indivíduos a todo o momento e incansavelmente como um soldado invencível e louco, brutal e convicto de sua missão, as pessoas de minha família estão passando por isto e também estão sendo estupradas, torturadas, extorquidas, sofrendo lavagem cerebral, tentativas de lavagem cerebral e de chacinas, despersonalização, loucura, dor, vingança, estupro virtual, curandeirismo, charlatanismo, corrupção, crimes contra a vida e a saúde, o patrimônio e a incolumidade, e invasão de domicílio que sabem estar ocorrendo por alienígenas que detém a paranormalidade e o comportamento telepata e as autoridades ou parte delas insiste em atribuir a responsabilidade em mim e em minha família, que nem temos mais saúde desde uns 20 anos, ou seja, não temos condições psicológicas, comportamentais e nem orgânicas ou físicas e nem sociais, pois estamos ¨sujos¨ e cansados para cometer crimes ou tantos crimes como estão propondo estas ilusões telepatas que são alienígenas, chegamos em casa e vamos deitar e descansar há mais de 20 anos, ficamos chorando escondido por mais de 20 anos quando estamos deprimidos ou tristes há mais de 20 anos – bandido faz isto?! Eu nem consigo tomar banho todos os dias faz uns 13 anos, nem escovar os dentes todos os dias eu escovo, pois vomito quando escovo desde 1999, não cuido da minha aparência e nem das minhas roupas tem uns 15 anos, - será que eu tenho resistência para cometer crimes?! Não faço caminhadas tem uns 15 anos e nunca pratiquei sexo ou amor, tenho 51 anos, não pratico masturbação regularmente, mas entre espaços de 4 a 5 meses, normalmente não chega nem ao orgasmo e a ereção não se mantem.

 

MATTANÓ

(14/01/2024)

 

 

 

 

A ARTE E O ARTISTA HOJE (2024):

A arte e o artista hoje fazem a pulsão de vida e a pulsão de morte se fundirem e levar à lavagem cerebral através da confusão mental como uma tentativa de despersonalização que se realiza na loucura do artista, da arte e/ou do público.

 

MATTANÓ

(14/01/2024)

 

EMBRIOLOGIA GENÉTICA DE MATTANÓ (2024):

Podemos pensar numa reprodução genealógica já a partir da identidade por semelhança dos gametas, óvulos e espermatozoides, que são como as outras estruturas do nosso organismo, como os olhos, a boca, os dentes, o coração, os dedos, os pulmões, os rins, o estômago, o fígado, a pele, etc., tudo num organismo forma um organismo ou indivíduo único, suas diferenças não importam e o fazem como uma impressão digital, reconhecível a partir de suas estruturas e órgãos, que em conjunto são uma única pessoa, assim como em conjunto todos os seus óvulos ou espermatozoides são uma única pessoa, mas costumamos nomear os filhos e filhas de outros indivíduos com características diferentes mesmo quando formados da união do mesmo casal, mas parece que não é bem assim, pois todos os espermatozoides e todos os óvulos são um só homem e uma só mulher com estruturas e informações diferentes em seu organismo, assim são os gametas, estruturas com informações diferentes que se juntam para formar indivíduos semelhantes, ou melhor, iguais, porém com estruturas e informações diferentes em seu conjunto embriológico e funcional ou individual, quando são frutos do mesmo casal.

 

MATTANÓ

(14/01/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Ninguém é atento a todas as contingências do meio ambiente ou do seu comportamento quando está apenas pensando ou no mundo virtual, pois o pensamento e o mundo virtual se deslocam e acabam por reprimir os conteúdos já vividos, lançando-os ao mesmo grupo de contingências indiscrimináveis e inconscientes da sua mente que estão reprimidas, por isso o pensamento não dá conta de se lembrar de todas as contingências por si só, ele necessita de outros instrumentos e até de tecnologias como o computador para gravar o que viria a ser reprimido e assim esquecido, posto no inconsciente. O computador auxilia a consciência e o ego em seu trabalho e comportamento, em sua funcionalidade.

 

MATTANÓ

(15/01/2024)

 

 

O INCONSCIENTE E SEU CONTEÚDO (2024):

Para se revelar o inconsciente devemos confirma-lo através da história de vida, do comportamento, das relações sociais, da Gestalt e dos insights, ou seja, se existe uma congruência entre estes eventos, se um sustenta e dá apoio para a existência e funcionalidade do outro, se mantêm o indivíduo satisfazendo-se por meio do princípio da realidade e do princípio do prazer, o que prevalece em seus arranjos inconscientes e como eles se manifestam agindo no objeto com o seu conteúdo inconsciente.

 

MATTANÓ

(15/01/2024)

 

 

PSICOLOGIA DA MÚSICA (2024):

Podemos acrescentar o erro no tocar, cantar ou desempenho do artista diante do seu instrumento e da música, da canção como sendo considerado cientificamente como música e interpretação devido suas influências e ocorrências inconscientes, comportamentais, sociais, biológicas, históricas, linguísticas, semânticas, filosóficas, espirituais, filogenéticas, sexuais, morais, militares, judiciais, comunicacionais, artísticas, domésticas, familiares, patrimoniais, profissionais, escolares, trabalhistas, institucionais, culturais, vivenciais, cósmicas, econômicas, criminais, humanas, naturalísticas, globais, territoriais, verbais, transcendentais, de estilo de vida, de aprendizagem, de adaptação, de existência, de auto-atualização e de auto-realização, e de um processo de individuação, e de uma trajetória de vida, que como todos estes eventos influenciam a leitura, memorização, desempenho e interpretação de uma música ou canção, o seu significado e o seu sentido operantes, ou seja, de solução de problemas, ter a música como uma ferramenta para solução de problemas pessoais, familiares, sociais ou nacionais, econômicos e espirituais, da vida ou profissionais, tudo depende do significado e do sentido que você emprega ao seu objeto, se for de loucura ou de criminalidade, de roubo, extorsão, violência, lavagem cerebral, tortura, vingança, estupro virtual, despersonalização, tentativas de reversão da sexualidade, seja lá quais forem os motivos do artista, será uma ferramenta operante, com significado e sentido operantes, para solução de problemas desses artistas que utilizam essa técnica musical e de codificação de mensagens através de um canal para atingirem a vontade da massa, da população, do público que decodifica a mensagem conforme ela foi programada para ser decodificada, pois existem rastrores deixados nos veículos de comunicação de massa através da violência na televisão com emprego da telepatia e da lavagem cerebral, do estupro virtual, e da falsidade ideológica, por exemplo. O erro na música ou na sua interpretação também pode ser representado com um novo sinal na pauta musical, ele deve ser criado.

 

MATTANÓ

(15/01/2024)

 

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Existe uma falha na estrutura que mantêm a investigação por telepatia como sendo tudo verdade, ou seja, não existem falsidades no discurso virtual! Que falha é esta?
            A falha é que os próprios comunicadores sociais estudam argumentação e linguagem, e um livro da Ingedore G. V. Koch, Argumentação e Linguagem, que explica que a argumentação tem por finalidade atingir a vontade, criar certezas, buscar a adesão. Ora se a argumentação tem essa finalidade então não existe verdade e nem certezas, tudo está sendo construído a partir da argumentação, da interação, da adesão, da criação de certezas que podem mudar se os argumentos mudarem e as certezas também mudarem, portanto, se não existe verdade e nem certezas como é que acreditam que tudo o que eu penso é verdade, certeza e documento legítimo – documentos devem constar certezas e nunca incertezas, documentos com incertezas são fraude documental, falsidade ideológica e tentativas de estelionato. Se não existe interação social não há como haver meios de se atingir a vontade, criar certezas e buscar a adesão, cria-se apenas revolta, ódio, raiva, loucura, medo, vergonha, humilhação e intolerância.

Na hipnose você também pode estimular o hipnotizado com a criação de certezas, indo além de atingir a sua vontade, e assim buscando a adesão a sua argumentação, contaminando a mente e o comportamento do hipnotizado.

 

MATTANÓ

(15/01/2024)

 

 

 

 

 

Depois da pesquisa, quando tentou voltar ao seu ponto de partida, o exercício de sua arte, sentiu-se perturbado pelo novo rumo de seus interesses e pela mudança na natureza de sua atividade mental. O que o interessava num quadro era, acima de tudo, um problema; e após o primeiro via inúmeros outros problemas que surgiam, como costumava acontecer com suas intermináveis e infatigáveis investigações sobre a natureza. Não conseguia mais limitar suas exigências, ver a obra de arte isoladamente, separando-a da vasta estrutura da qual sabia que era parte integrante. Depois de esforços exaustivos para exprimir numa obra de arte tudo o que tinha em seu pensamento com relação a ela, era forçado a desistir, deixando-a inacabada ou declarando-a incompleta.

O artista usara o pesquisador para servir à sua arte; agora o servo tornou-se mais forte que o seu senhor e o dominou.

Quando verificamos que na imagem apresentada pelo caráter de uma pessoa um único instinto adquiriu uma força exagerada, como aconteceu com a ânsia de conhecimento em Leonardo, procuramos a explicação numa predisposição especial - embora as suas determinantes (provavelmente orgânicas) nos sejam ainda praticamente desconhecidas. Nossos estudos psicanalíticos dos neuróticos levaram-nos, no entanto, a formular mais duas hipóteses que seria gratificante encontrar confirmadas em cada caso particular. Cremos ser provável que um instinto como aquele, de força excessiva, já era ativo na primeira infância do indivíduo e que a sua supremacia foi estabelecida por impressões ocorridas na vida da criança. Admitimos ainda que este instinto foi reforçado por aquilo que, originariamente, seriam forças sexuais instintivas, de modo que mais tarde poderia vir a substituir uma parcela da vida sexual do indivíduo. Uma pessoa desse tipo poderia, por exemplo, dedicar-se à pesquisa com o mesmo ardor com que uma outra se dedicaria ao seu amor, e seria capaz de investigar em vez de amar. Aventuramo-nos a asseverar que não será somente no caso do instinto de investigação que terá havido uma intensificação sexual mas, também, em muitos outros casos em que um instinto se torne sobremodo intenso.

A observação da vida cotidiana das pessoas mostra-nos que a maioria conseguiu orientar uma boa parte das forças resultantes do instinto sexual para sua atividade profissional. O instinto sexual presta-se bem a isso, já que é dotado de uma capacidade de sublimação: isto é, tem a capacidade de substituir seu objetivo imediato por outros desprovidos de caráter sexual e que possam ser mais altamente valorizados. Aceitamos este processo como verdadeiro sempre que na história da infância de uma pessoa - isto é, na história de seu desenvolvimento psíquico - evidenciamos que, na infância, esse instinto poderoso foi usado para satisfazer interesses sexuais. Constatamos a veracidade deste fato se ocorrer uma atrofia estranha durante a vida sexual da maturidade, como se uma parcela da atividade sexual houvesse sido agora substituída pela atividade do impulso dominante.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci sentiu-se perturbado pelo novo rumo de seus interesses e pela mudança na natureza de sua atividade mental. Depois de esforços exaustivos para exprimir numa obra de arte tudo o que tinha em seu pensamento com relação a ela, era forçado a desistir, deixando-a inacabada ou declarando-a incompleta.

O artista usara o pesquisador para servir à sua arte; agora o servo tornou-se mais forte que o seu senhor e o dominou.

Cremos ser provável que um instinto como aquele, de força excessiva, já era ativo na primeira infância do indivíduo e que a sua supremacia foi estabelecida por impressões ocorridas na vida da criança. Admitimos ainda que este instinto foi reforçado por aquilo que, originariamente, seriam forças sexuais instintivas, de modo que mais tarde poderia vir a substituir uma parcela da vida sexual do indivíduo. Uma pessoa desse tipo poderia, por exemplo, dedicar-se à pesquisa com o mesmo ardor com que uma outra se dedicaria ao seu amor, e seria capaz de investigar em vez de amar.

A observação da vida cotidiana das pessoas mostra-nos que a maioria conseguiu orientar uma boa parte das forças resultantes do instinto sexual para sua atividade profissional. O instinto sexual presta-se bem a isso, já que é dotado de uma capacidade de sublimação: isto é, tem a capacidade de substituir seu objetivo imediato por outros desprovidos de caráter sexual e que possam ser mais altamente valorizados. Aceitamos este processo como verdadeiro sempre que na história da infância de uma pessoa - isto é, na história de seu desenvolvimento psíquico - evidenciamos que, na infância, esse instinto poderoso foi usado para satisfazer interesses sexuais. Constatamos a veracidade deste fato se ocorrer uma atrofia estranha durante a vida sexual da maturidade, como se uma parcela da atividade sexual houvesse sido agora substituída pela atividade do impulso dominante.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci sentiu-se perturbado pelo novo rumo de seus interesses e pela mudança na natureza de sua atividade mental. Depois de esforços exaustivos para exprimir numa obra de arte tudo o que tinha em seu pensamento com relação a ela, era forçado a desistir, deixando-a inacabada ou declarando-a incompleta. Isto, pois, sua vida sexual, de comunhão e de incolumidade também revelavam-se inacabadas, devido suas características comportamentais que o faziam ser um grande pesquisador, grandes pesquisadores sabem que as descobertas não se esgotam, criando contingências comportamentais que o faziam declarar que sua obra estava inacabada, e de fato aceitando isto, literalmente, por controle do seu próprio comportamento ou pelas suas próprias razões verbais.

O artista usara o pesquisador para servir à sua arte; agora o servo tornou-se mais forte que o seu senhor e o dominou. Aqui ele se revela um irrefutável pesquisador dominado pela sua técnica de trabalho.

Cremos ser provável que um instinto como aquele, de força excessiva, já era ativo na primeira infância do indivíduo e que a sua supremacia foi estabelecida por impressões ocorridas na vida da criança. Admitimos ainda que este instinto foi reforçado por aquilo que, originariamente, seriam forças sexuais instintivas, de modo que mais tarde poderia vir a substituir uma parcela da vida sexual do indivíduo. Uma pessoa desse tipo poderia, por exemplo, dedicar-se à pesquisa com o mesmo ardor com que uma outra se dedicaria ao seu amor, e seria capaz de investigar em vez de amar. Eu, tenho outra opinião: acredito que as forças sexuais instintivas que Leonardo da Vinci possa ter vivido em sua primeira infância tem relação ao comportamento humano de pedofilia, abuso sexual, exploração sexual, violência sexual e/ou estupro de menores de 14 anos de idade que por sua vez marcam a vida psicológica e comportamental da criança, traumatizando-a e é a partir deste trauma que esta criança com as descobertas da puberdade, após os 14 anos de idade, com a malícia inserida e adquirida em seu repertório comportamental, que o adolescente elabora este trauma encobertamente ou inconscientemente e direciona o seu comportamento para atividades sublimadas como a atividade científica ou de pesquisas, substituindo o amor e a vida sexual.

A observação da vida cotidiana das pessoas mostra-nos que a maioria conseguiu orientar uma boa parte das forças resultantes do instinto sexual para sua atividade profissional. O instinto sexual presta-se bem a isso, já que é dotado de uma capacidade de sublimação: isto é, tem a capacidade de substituir seu objetivo imediato por outros desprovidos de caráter sexual e que possam ser mais altamente valorizados. Aceitamos este processo como verdadeiro sempre que na história da infância de uma pessoa - isto é, na história de seu desenvolvimento psíquico - evidenciamos que, na infância, esse instinto poderoso foi usado para satisfazer interesses sexuais. Constatamos a veracidade deste fato se ocorrer uma atrofia estranha durante a vida sexual da maturidade, como se uma parcela da atividade sexual houvesse sido agora substituída pela atividade do impulso dominante. É isto o que ocorre com as crianças menores de 14 anos de idade que são vítimas de pedofilia, abuso sexual, exploração sexual, violência sexual e/ou estupro e até estupro virtual, elas substituem a vida sexual e amorosa da maturidade por uma atividade sublimada dominante, como a pesquisa e a arte, pois seu inconsciente e comportamento determinam esta substituição que vem acompanhada de significados e sentidos, de conceitos e contextos, de funcionalidades, de simbologias e símbolos, de linguagens, de topografias, de relações sociais, de gestalts e de insights, de argumentação e linguagem, de pressupostos e subentendidos, de atos ilocucionários e atos perlocucionários, de algo posto, de sofrimento bio-psico-social, de sofrimento familiar, de violência moral e sexual, de bullying, de tentativas de reversão da sexualidade, de tentativas de reversão da moralidade, de evasão escolar, de desemprego, fome e miséria, de loucura e despersonalização, de lavagem cerebral e voyeurismo, de extorsão e vingança, de crimes e de ameaças, de abuso de direitos e de deveres, momentos de recuperação consciente e de recuperação espontânea que podem levar a insights e a aprendizagem libertadora, inclusive a aprendizagem bancária que é operada por seguimento literal de regras, contudo a aprendizagem libertadora oferece ao indivíduo a oportunidade de criar novos caminhos e novas respostas para seus estímulos ambientais e ter diferentes consequências, e deste modo criar novos caminhos cognitivos para o seu mapa cognitivo, e portanto, poder se adaptar as adversidades do meio ambiente de forma otimizada, com redução dos custos e aumento dos benefícios.

 

MATTANÓ

(16/01/2024)

 

 

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que hoje em Londrina vivemos num tempo de guerra e terror clínico, laboratorial, farmacológico e operacional que desencadeia outro tipo de terror, o terror psicológico, comportamental, sensório-motor, doméstico, social e familiar, tudo isto, pois não aceitamos em nossa consciência que somos a única espécie em contínua rivalidade sexual, e para isto usamos a nossa psique inconsciente e o nosso comportamento, e inclusive as nossas relações sociais para manter esse comportamento adquirido através da seleção natural, da competição entre indivíduos e espécies, e através da evolução das espécies, eventos que contribuem para a nossa desintegração, na medida em que desenvolvemos meios e comportamentos para continuarmos a nos selecionar, competir e evoluir e assim excluir e extinguir espécies que competem com a nossa espécie, através desse terror clínico, laboratorial, farmacológico e operacional que por sua vez mata indivíduos inocentes e vítimas de racismo, discriminação, ódio e intolerância, preconceito e violência sexual, física, social, patrimonial e moral. De que valem teorias como da panspermia que nos ensinam que a vida vem do espaço, que a vida vem do mundo extraterrestre se somos extremamente hostis a vida e ao espaço, de que vale querer conhecer e dominar o espaço se temos medo dele, se queremos assassinar suas formas de vidas, seja lá quais elas forem, acredito que devemos buscar caminhos para nos adaptarmos a vida e ao espaço e não a uma vida de exterminadores das estrelas!

 

MATTANÓ

(18/01/2024)

 

 

 

 

Parece haver uma dificuldade especial na aplicação dessas hipóteses no caso em que o instinto todo-poderoso é o de pesquisa, pois que, sobretudo em se tratando de crianças, há sempre uma relutância em conceder-lhes tanto esse instinto como qualquer interesse sexual que seja digno de atenção. No entanto, essas dificuldades são facilmente solucionáveis. A curiosidade das crianças pequenas se manifesta no prazer incansável que sentem em fazer perguntas; isso deixa o adulto perplexo até vir a compreender que todas essas perguntas não passam de meros circunlóquios que nunca cessam, pois a criança os está usando em substituição àquela única pergunta que nunca faz. Quando ela cresce e se sente mais bem informada, essa forma de curiosidade muitas vezes desaparece repentinamente. A pesquisa psicanalítica oferece-nos a explicação completa mostrando que a maioria das crianças, ou pelo menos as mais inteligentes, atravessam um período de pesquisas sexuais infantis. Ao que sabemos, a curiosidade das crianças nessa idade não é espontânea mas ocasionada pela impressão causada por algum acontecimento importante - pelo nascimento de um irmãozinho ou irmãzinha ou pelo temor de que isso aconteça, baseado em outras experiências externas - e que representa para elas uma ameaça aos seus interesses egoístas. As investigações visam a saber de onde vêm os bebês, exatamente como se a criança estivesse procurando modos e meios de evitar tão indesejável acontecimento. Desse modo, temos verificado, com surpresa, que as crianças se negam a aceitar as poucas informações que se lhes dão - assim, por exemplo, recusam energicamente a fábula da cegonha, com a sua riqueza de significados mitológicos - iniciando sua independência intelectual com esse ato de incredulidade, sentindo-se muitas vezes em franco antagonismo com os adultos e, de fato, jamais lhe perdoam por tê-las decepcionado naquela ocasião omitindo os fatos reais. Elas investigam por conta própria, adivinham a presença do bebê dentro do corpo de sua mãe e, seguindo os impulsos de sua própria sexualidade, teorizam tudo: a origem do bebê, atribuindo-a à comida; o seu nascimento, explicando-o pelas vias intestinais, e sobre a parte obscura que cabe ao pai. Naquela ocasião, já têm uma noção do ato sexual, que lhes parece ser alguma coisa hostil e violenta. Mas como a sua própria constituição sexual ainda não atingiu o ponto de poder fazer bebês, sua investigação sobre o problema da origem dos bebês acaba também sem solução sendo finalmente abandonada. A impressão causada por esse fracasso em sua primeira tentativa de independência intelectual parece ser de caráter duradouro e profundamente depressivo.

Quando o período de pesquisa sexual infantil chega a um final após um período de enérgica repressão sexual, o impulso de pesquisa terá três possíveis diferentes vicissitudes, resultantes de sua relação primitiva com interesses sexuais. No primeiro caso, a pesquisa participa do destino da sexualidade; portanto, a curiosidade permanecerá inibida e a liberdade da atividade intelectual poderá ficar limitada durante todo o decorrer de sua vida, sobretudo porque, logo a seguir, a influência da educação acarretará uma intensa inibição religiosa do pensamento. Este é o tipo caracterizado por uma inibição neurótica. Bem sabemos que o enfraquecimento intelectual adquirido nesse processo representa um fator efetivo na irrupção de uma enfermidade neurótica. Num segundo tipo, o desenvolvimento intelectual é suficientemente forte para resistir à repressão sexual que o domina. Algum tempo após o término das pesquisas sexuais infantis, a inteligência, tendo se tornado mais forte, recorda a antiga associação e ajuda a evitar a repressão sexual, e as suprimidas atividades sexuais de pesquisa emergem do inconsciente sob a forma de uma preocupação pesquisadora compulsiva, naturalmente sob uma forma distorcida e não-livre, mas suficientemente forte para sexualizar o próprio pensamento e colorir as operações intelectuais, com o prazer e a ansiedade característicos dos processos sexuais. Neste caso, a pesquisa torna-se uma atividade sexual, muitas vezes a única, e o sentimento que advém da intelectualização e explicação das coisas substitui a satisfação sexual; mas o caráter interminável das pesquisas infantis é também repetido no fato de que tal preocupação nunca termina e que o sentimento intelectual, tão desejado, de alcançar uma solução, torna-se cada vez mais distante.

Devido a uma predisposição especial, o terceiro tipo, que é o mais raro e mais perfeito, escapa tanto à inibição do pensamento quanto ao pensamento neurótico compulsivo. É verdade que nele também existe a repressão sexual, mas ela não consegue relegar para o inconsciente nenhum componente instintivo do desejo sexual. Em vez disso, a libido escapa ao destino da repressão sendo sublimada desde o começo em curiosidade e ligando-se ao poderoso instinto de pesquisa como forma de se fortalecer. Também nesse caso a pesquisa torna-se, até certo ponto, compulsiva e funciona como substitutivo para a atividade sexual; mas, devido à total diferença nos processos psicológicos subjacentes (sublimação ao invés de um retorno do inconsciente), a qualidade neurótica está ausente; não há ligação com os complexos originais da pesquisa sexual infantil e o instinto pode agir livremente a serviço do interesse intelectual. A repressão sexual, que tornou o instinto tão forte ao acrescentar-lhe libido sublimada, ainda influencia o instinto, no sentido de fazê-lo evitar qualquer preocupação com temas sexuais.

Se refletirmos acerca da ocorrência, em Leonardo, desse poderoso instinto de pesquisa e a atrofia de sua vida sexual (restrita ao que poderíamos chamar de homossexualidade ideal [sublimada]), sentir-nos-emos inclinados a proclamá-lo um modelo ideal do nosso terceiro tipo. A essência e o segredo de sua natureza parecem derivar do fato que, depois de sua curiosidade ter sido ativada, na infância, a serviço de interesses sexuais, conseguiu sublimar a maior parte da sua libido em sua ânsia pela pesquisa. Mas, por certo, não será fácil provar a verdade dessa hipótese. Para fazê-lo, necessitaríamos conhecer alguns pormenores sobre seu desenvolvimento mental durante os primeiros anos de sua infância, e parece absurdo desejar dados dessa natureza quando os pormenores sobre sua vida são tão escassos e tão inseguros, e ainda mais por tratarem de informações sobre circunstâncias que ainda hoje escapam à atenção dos observadores, mesmo em se tratando de pessoas de nossa geração.

Sobre a juventude de Leonardo sabemos muito pouco. Nasceu em 1452 na cidadezinha de Vinci, entre Florença e Empoli; era filho ilegítimo, o que naqueles dias certamente não constituía estima social muito grave; seu pai era Ser Piero da Vinci, um tabelião que descendia de uma família de tabeliães e de fazendeiros que tiraram seu sobrenome da localidade de Vinci; sua mãe foi uma tal Caterina, provavelmente uma camponesa, que mais tarde se casou com outro compatrício de Vinci. Esta mãe não volta a aparecer na história da vida de Leonardo e somente Merezhkovsky, o escritor, acreditou ter encontrado vestígios seus. O único fragmento de informação precisa sobre a infância de Leonardo aparece num documento oficial do ano de 1457; trata-se de um registro de terras, em Florença, para taxação de impostos e que, entre os componentes da família Vinci, menciona Leonardo, de cinco anos de idade e filho ilegítimo de Ser Piero. Do casamento de Ser Piero com uma tal Donna Albiera não houve filhos, o que tornou possível educar o pequeno Leonardo na casa de seu pai. Permaneceu nesta casa até entrar para o estúdio de Andrea del Verrocchio, como aprendiz, não sabemos com que idade. No ano de 1472, o nome de Leonardo já se encontrava na lista dos membros da `Compagnia dei Pittori‘. E isso é tudo.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci teve um instinto todo-poderoso de pesquisa que merece toda a atenção. A curiosidade das crianças pequenas se manifesta no prazer incansável que sentem em fazer perguntas. A pesquisa psicanalítica oferece-nos a explicação completa mostrando que a maioria das crianças, ou pelo menos as mais inteligentes, atravessam um período de pesquisas sexuais infantis. Ao que sabemos, a curiosidade das crianças nessa idade não é espontânea mas ocasionada pela impressão causada por algum acontecimento importante - pelo nascimento de um irmãozinho ou irmãzinha ou pelo temor de que isso aconteça, baseado em outras experiências externas - e que representa para elas uma ameaça aos seus interesses egoístas. Elas investigam por conta própria, adivinham a presença do bebê dentro do corpo de sua mãe e, seguindo os impulsos de sua própria sexualidade, teorizam tudo: a origem do bebê, atribuindo-a à comida; o seu nascimento, explicando-o pelas vias intestinais, e sobre a parte obscura que cabe ao pai. Naquela ocasião, já têm uma noção do ato sexual, que lhes parece ser alguma coisa hostil e violenta. Mas como a sua própria constituição sexual ainda não atingiu o ponto de poder fazer bebês, sua investigação sobre o problema da origem dos bebês acaba também sem solução sendo finalmente abandonada. A impressão causada por esse fracasso em sua primeira tentativa de independência intelectual parece ser de caráter duradouro e profundamente depressivo.

Quando o período de pesquisa sexual infantil chega a um final após um período de enérgica repressão sexual, o impulso de pesquisa terá três possíveis diferentes vicissitudes, resultantes de sua relação primitiva com interesses sexuais. No primeiro caso, a pesquisa participa do destino da sexualidade; portanto, a curiosidade permanecerá inibida e a liberdade da atividade intelectual poderá ficar limitada durante todo o decorrer de sua vida, sobretudo porque, logo a seguir, a influência da educação acarretará uma intensa inibição religiosa do pensamento. Este é o tipo caracterizado por uma inibição neurótica. Num segundo tipo, o desenvolvimento intelectual é suficientemente forte para resistir à repressão sexual que o domina. Algum tempo após o término das pesquisas sexuais infantis, a inteligência, tendo se tornado mais forte, recorda a antiga associação e ajuda a evitar a repressão sexual, e as suprimidas atividades sexuais de pesquisa emergem do inconsciente sob a forma de uma preocupação pesquisadora compulsiva, naturalmente sob uma forma distorcida e não-livre, mas suficientemente forte para sexualizar o próprio pensamento e colorir as operações intelectuais, com o prazer e a ansiedade característicos dos processos sexuais. Neste caso, a pesquisa torna-se uma atividade sexual, muitas vezes a única, e o sentimento que advém da intelectualização e explicação das coisas substitui a satisfação sexual; mas o caráter interminável das pesquisas infantis é também repetido no fato de que tal preocupação nunca termina e que o sentimento intelectual, tão desejado, de alcançar uma solução, torna-se cada vez mais distante. O terceiro tipo, que é o mais raro e mais perfeito, escapa tanto à inibição do pensamento quanto ao pensamento neurótico compulsivo. É verdade que nele também existe a repressão sexual, mas ela não consegue relegar para o inconsciente nenhum componente instintivo do desejo sexual. Em vez disso, a libido escapa ao destino da repressão sendo sublimada desde o começo em curiosidade e ligando-se ao poderoso instinto de pesquisa como forma de se fortalecer. Também nesse caso a pesquisa torna-se, até certo ponto, compulsiva e funciona como substitutivo para a atividade sexual; mas, devido à total diferença nos processos psicológicos subjacentes (sublimação ao invés de um retorno do inconsciente), a qualidade neurótica está ausente; não há ligação com os complexos originais da pesquisa sexual infantil e o instinto pode agir livremente a serviço do interesse intelectual. A repressão sexual, que tornou o instinto tão forte ao acrescentar-lhe libido sublimada, ainda influencia o instinto, no sentido de fazê-lo evitar qualquer preocupação com temas sexuais.

Se refletirmos acerca da ocorrência, em Leonardo, desse poderoso instinto de pesquisa e a atrofia de sua vida sexual (restrita ao que poderíamos chamar de homossexualidade ideal [sublimada]), sentir-nos-emos inclinados a proclamá-lo um modelo ideal do nosso terceiro tipo. A essência e o segredo de sua natureza parecem derivar do fato que, depois de sua curiosidade ter sido ativada, na infância, a serviço de interesses sexuais, conseguiu sublimar a maior parte da sua libido em sua ânsia pela pesquisa. Mas, por certo, não será fácil provar a verdade dessa hipótese. Para fazê-lo, necessitaríamos conhecer alguns pormenores sobre seu desenvolvimento mental durante os primeiros anos de sua infância, e parece absurdo desejar dados dessa natureza quando os pormenores sobre sua vida são tão escassos e tão inseguros.

Sobre a juventude de Leonardo sabemos muito pouco. Nasceu em 1452 na cidadezinha de Vinci, entre Florença e Empoli; era filho ilegítimo, o que naqueles dias certamente não constituía estima social muito grave; seu pai era Ser Piero da Vinci, um tabelião que descendia de uma família de tabeliães e de fazendeiros que tiraram seu sobrenome da localidade de Vinci; sua mãe foi uma tal Caterina, provavelmente uma camponesa, que mais tarde se casou com outro compatrício de Vinci. Esta mãe não volta a aparecer na história da vida de Leonardo e somente Merezhkovsky, o escritor, acreditou ter encontrado vestígios seus. O único fragmento de informação precisa sobre a infância de Leonardo aparece num documento oficial do ano de 1457; trata-se de um registro de terras, em Florença, para taxação de impostos e que, entre os componentes da família Vinci, menciona Leonardo, de cinco anos de idade e filho ilegítimo de Ser Piero. Do casamento de Ser Piero com uma tal Donna Albiera não houve filhos, o que tornou possível educar o pequeno Leonardo na casa de seu pai. Permaneceu nesta casa até entrar para o estúdio de Andrea del Verrocchio, como aprendiz, não sabemos com que idade. No ano de 1472, o nome de Leonardo já se encontrava na lista dos membros da `Compagnia dei Pittori‘. E isso é tudo.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci teve um instinto todo-poderoso de pesquisa que merece toda a atenção. A curiosidade das crianças pequenas se manifesta no prazer incansável que sentem em fazer perguntas. A pesquisa psicanalítica oferece-nos a explicação completa mostrando que a maioria das crianças, ou pelo menos as mais inteligentes, atravessam um período de pesquisas sexuais infantis. Ao que sabemos, a curiosidade das crianças nessa idade não é espontânea mas ocasionada pela impressão causada por algum acontecimento importante - pelo nascimento de um irmãozinho ou irmãzinha ou pelo temor de que isso aconteça, baseado em outras experiências externas - e que representa para elas uma ameaça aos seus interesses egoístas. Elas investigam por conta própria, adivinham a presença do bebê dentro do corpo de sua mãe e, seguindo os impulsos de sua própria sexualidade, teorizam tudo: a origem do bebê, atribuindo-a à comida; o seu nascimento, explicando-o pelas vias intestinais, e sobre a parte obscura que cabe ao pai. Naquela ocasião, já têm uma noção do ato sexual, que lhes parece ser alguma coisa hostil e violenta. Mas como a sua própria constituição sexual ainda não atingiu o ponto de poder fazer bebês, sua investigação sobre o problema da origem dos bebês acaba também sem solução sendo finalmente abandonada. A impressão causada por esse fracasso em sua primeira tentativa de independência intelectual parece ser de caráter duradouro e profundamente depressivo. A investigação das crianças avança conforme avança o desenvolvimento cognitivo e o psicossexual da criança, inclusive o comportamental através dos repertórios básicos do comportamento que são atenção, discriminação, ordem e controle diante contingências, diante significados e sentidos que vão sendo construídos através do desenvolvimento cognitivo que capacita à criança assimilar e acomodar os objetos e eventos do mundo, tanto real quanto ideal, quanto do meio ambiente.

Quando o período de pesquisa sexual infantil chega a um final após um período de enérgica repressão sexual, o impulso de pesquisa terá três possíveis diferentes vicissitudes, resultantes de sua relação primitiva com interesses sexuais. No primeiro caso, a pesquisa participa do destino da sexualidade; portanto, a curiosidade permanecerá inibida e a liberdade da atividade intelectual poderá ficar limitada durante todo o decorrer de sua vida, sobretudo porque, logo a seguir, a influência da educação acarretará uma intensa inibição religiosa do pensamento. Este é o tipo caracterizado por uma inibição neurótica. Num segundo tipo, o desenvolvimento intelectual é suficientemente forte para resistir à repressão sexual que o domina. Algum tempo após o término das pesquisas sexuais infantis, a inteligência, tendo se tornado mais forte, recorda a antiga associação e ajuda a evitar a repressão sexual, e as suprimidas atividades sexuais de pesquisa emergem do inconsciente sob a forma de uma preocupação pesquisadora compulsiva, naturalmente sob uma forma distorcida e não-livre, mas suficientemente forte para sexualizar o próprio pensamento e colorir as operações intelectuais, com o prazer e a ansiedade característicos dos processos sexuais. Neste caso, a pesquisa torna-se uma atividade sexual, muitas vezes a única, e o sentimento que advém da intelectualização e explicação das coisas substitui a satisfação sexual; mas o caráter interminável das pesquisas infantis é também repetido no fato de que tal preocupação nunca termina e que o sentimento intelectual, tão desejado, de alcançar uma solução, torna-se cada vez mais distante. O terceiro tipo, que é o mais raro e mais perfeito, escapa tanto à inibição do pensamento quanto ao pensamento neurótico compulsivo. É verdade que nele também existe a repressão sexual, mas ela não consegue relegar para o inconsciente nenhum componente instintivo do desejo sexual. Em vez disso, a libido escapa ao destino da repressão sendo sublimada desde o começo em curiosidade e ligando-se ao poderoso instinto de pesquisa como forma de se fortalecer. Também nesse caso a pesquisa torna-se, até certo ponto, compulsiva e funciona como substitutivo para a atividade sexual; mas, devido à total diferença nos processos psicológicos subjacentes (sublimação ao invés de um retorno do inconsciente), a qualidade neurótica está ausente; não há ligação com os complexos originais da pesquisa sexual infantil e o instinto pode agir livremente a serviço do interesse intelectual. A repressão sexual, que tornou o instinto tão forte ao acrescentar-lhe libido sublimada, ainda influencia o instinto, no sentido de fazê-lo evitar qualquer preocupação com temas sexuais. A repressão sexual torna a libido sublimada e dá espaço para o interesse intelectual para a pesquisa que serve ao ego como substitutiva da atividade sexual e como objeto de compulsão para o seu interesse intelectual e sublimado, quando Freud escreve que a qualidade neurótica está ausente ele nos permite dizer que se trata do comportamento dos gênios, Leonardo da Vinci foi um gênio.

Se refletirmos acerca da ocorrência, em Leonardo, desse poderoso instinto de pesquisa e a atrofia de sua vida sexual (restrita ao que poderíamos chamar de homossexualidade ideal [sublimada]), sentir-nos-emos inclinados a proclamá-lo um modelo ideal do nosso terceiro tipo. A essência e o segredo de sua natureza parecem derivar do fato que, depois de sua curiosidade ter sido ativada, na infância, a serviço de interesses sexuais, conseguiu sublimar a maior parte da sua libido em sua ânsia pela pesquisa. Mas, por certo, não será fácil provar a verdade dessa hipótese. Para fazê-lo, necessitaríamos conhecer alguns pormenores sobre seu desenvolvimento mental durante os primeiros anos de sua infância, e parece absurdo desejar dados dessa natureza quando os pormenores sobre sua vida são tão escassos e tão inseguros. Assim os processos de significação, de dar um sentido e uma organização, uma conceituação, uma contextualização, uma funcionalidade, uma linguagem, uma simbologia e alguns símbolos, algumas relações sociais, uma topografia, uma fenomenologia, uma Gestalt e um insight, alguma transcendência, de cognição, de trabalho e de educação, de institucionalização, de compensação e supercompensações, de aprendizagem, de auto-atualização, de auto-realização, de individuação, de controle, literalidade e de emitir razões, de distanciamento compreensivo e de Teoria da Abundância de Mattanó, de aceitação da realidade, de ressignificação, de tomada de atitudes e de continuidade da vida, de saúde corporal, mental, sexual, moral, lúdica, familiar, circadiana, sazonal, profissional, escolar, afetiva, emocional, espiritual, esportiva, recreativa, econômica, patrimonial, civil, penal, constitucional, cidadã e trabalhista.

Sobre a juventude de Leonardo sabemos muito pouco. Nasceu em 1452 na cidadezinha de Vinci, entre Florença e Empoli; era filho ilegítimo, o que naqueles dias certamente não constituía estima social muito grave; seu pai era Ser Piero da Vinci, um tabelião que descendia de uma família de tabeliães e de fazendeiros que tiraram seu sobrenome da localidade de Vinci; sua mãe foi uma tal Caterina, provavelmente uma camponesa, que mais tarde se casou com outro compatrício de Vinci. Esta mãe não volta a aparecer na história da vida de Leonardo e somente Merezhkovsky, o escritor, acreditou ter encontrado vestígios seus. O único fragmento de informação precisa sobre a infância de Leonardo aparece num documento oficial do ano de 1457; trata-se de um registro de terras, em Florença, para taxação de impostos e que, entre os componentes da família Vinci, menciona Leonardo, de cinco anos de idade e filho ilegítimo de Ser Piero. Do casamento de Ser Piero com uma tal Donna Albiera não houve filhos, o que tornou possível educar o pequeno Leonardo na casa de seu pai. Permaneceu nesta casa até entrar para o estúdio de Andrea del Verrocchio, como aprendiz, não sabemos com que idade. No ano de 1472, o nome de Leonardo já se encontrava na lista dos membros da `Compagnia dei Pittori‘. E isso é tudo.

 

MATTANÓ

(19/01/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Eu denuncio que no atendimento de uns 3 anos atrás no Hospital Evangélico de Londrina ouvi de uma auxiliar de enfermagem que o alguma autoridade havia  dado carta branca para matar a mim e a minha família em qualquer estabelecimento de saúde desta cidade e por algum motivo negligenciaram o diagnóstico de pneumonia que poderia ter me levado a óbito no dia seguinte ou nos próximos dias, pois eu estava com cerca de 20% do pulmão comprometido, conforme diagnóstico que foi novamente omitido pela auxiliar de laboratório que fez meu raio-x e disse que eu não tinha coisa alguma no pulmão, mas a polícia interviu e obrigou a auxiliar a dar o raio-x original com a mancha característica do diagnóstico de pneumonia que foi diagnosticada e tratada pelo Dr. P. que hoje está falecido. Também já testemunhei conversa paranormal e telepática entre o FBI/Polinter e o Dr. G. que disse que me envenena ou coisa semelhante com medicação homeopática desde 1992 a mando do ex-Presidente da República F., a partir de 1992 eu adoeci gravemente psicológica e comportamental, prejudicando minha carreira acadêmica e trabalhista na UEL - Universidade Estadual de Londrina, onde estudava Comunicação Social e trabalhava no CLCH/LET. Eu já testemunhei que me envenenam desde 1989 quando entrei na CEC ou desde 1988 no HURNPr tentando me infectar de doenças como a AIDS ou outras de Hospital Universitário, a partir de 1989 na cantina do CCB com estricnina no suco de laranja ou na CEC com produtos que causam queimaduras como o shampoo Celsium Azul que me foi indicado passar no rosto e deixar secar para deixar a pele mais bonita, mais lisinha, advinha? Queimou tudo, sangrou, saiu casca de pele e tive que passar no desespero água de hamamellis indicada pelo Dr. G. que já me indicava há algum tempo para espinhas, eis o motivo do tratamento com shampoo Celsium Azul indicado por uma funcionária da CAE que eu nunca mais vi! Estavam me envenenando por causa das Olimpíadas e das Copas do Mundo que queriam que eu pagasse por crimes de alienígenas, meu DNA, meu organismo e meu sangue não são alienígenas, eu sou um Homo Sapiens com dois genes de gênio que parecem ser dominantes e por isso sou diferente.

 

MATTANÓ

(19/01/2024)

 

 

 

 

II

Ao que eu saiba, existe apenas um trecho nos apontamentos científicos de Leonardo em que ele insere um fragmento de informação sobre sua infância. Numa passagem acerca do vôo dos abutres ele se interrompe subitamente para descrever uma recordação de sua tenra infância, que lhe veio à memória:

`Parece que já era meu destino preocupar-me tão profundamente com abutres; pois guardo como uma das minhas primeiras recordações que, estando em meu berço, um abutre desceu sobre mim, abriu-me a boca com sua cauda e com ela fustigou-me repetidas vezes os lábios.’

O que encontramos aqui é, portanto, uma recordação de infância, e sem dúvida de natureza bem estranha. Não só estranha pelo que conta como pela idade a que se refere. Que uma pessoa possa lembrar-se de alguma coisa da época de sua amamentação talvez não seja impossível, porém essa recordação não poderá, certamente, ser considerada real. No entanto, o que a memória de Leonardo afirma - que um abutre abriu a boca da criança com sua cauda - parece tão pouco provável e tão fabuloso, que uma outra hipótese seria talvez mais cabível e poria um fim às duas dificuldades antes mencionadas. Nessa outra versão, a cena do abutre não seria uma recordação de Leonardo, porém uma fantasia que ele criou mais tarde transpondo-a para sua infância.

 

É deste modo que muitas vezes se originam as lembranças da infância. Muito diferentes das lembranças conscientes da idade adulta, elas não se fixam no momento da experiência para mais tarde serem repetidas; somente surgem muito mais tarde, quando a infância já acabou; nesse processo, sofrem alterações e falsificações de acordo com os interesses de tendências ulteriores, de maneira que, de um modo geral, não poderão ser claramente diferençadas de fantasias. Talvez se possa melhor explica-lhes a natureza comparando-as com o começo da crônica histórica entre os povos da antiguidade. Enquanto as nações eram pequenas e fracas, não cuidavam de escrever a sua história. Os homens lavravam suas terras, lutavam com seus vizinhos defendendo sua sobrevivência e procuravam conquistar mais território e riquezas. Foi uma época de heróis e não de historiadores. Seguiu-se outra época - a da reflexão; os homens sentiram-se ricos e poderosos e agora sentiam uma necessidade de saber de onde tinham vindo e como haviam evoluído. Os relatos históricos, que começaram por anotar os sucesso do presente, voltam-se então para o passado recolhendo lendas e tradições, interpretando os vestígios da antiguidade que subsistiam ainda em costumes e usos, e dessa maneira criou-se uma história do passado. Era inevitável que essa história primitiva fosse a expressão das crenças e desejos do presente, e não a imagem verdadeira do passado; muitas coisas já haviam sido esquecidas enquanto outras haviam sido destorcidas e alguns remanescentes do passado eram interpretados erradamente, de modo a corresponderem às idéias contemporâneas. Além do mais, o motivo que levava as pessoas a escreverem história não era uma curiosidade objetiva mas sim o desejo de influenciar seus contemporâneos, de animá-los e inspirá-los, ou mostrar-lhes um exemplo onde mirar-se. A memória consciente do homem com relação aos acontecimentos do seu período de madureza pode bem ser comparada ao tipo primitivo de relatos da história [uma crônica dos acontecimentos da época]; enquanto as lembranças que ele tem de sua infância correspondem, quanto às suas origens e credibilidade, à história das origens de uma nação compilada mais tarde e sob influências tendenciosas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que as recordações e memórias que dispomos do nosso passado sofrem efeito das distorções, esquecimentos, lapsos de linguagens, atos falhos, por exemplo, e que por isso as histórias do passado nunca são expressão verdadeira do passado, pois contém desejos do presente, crenças do presente, comportamentos do presente como interpretações e análises que correspondem às ideias contemporâneas, assim toda História se vê compilada sob influências tendenciosas.

Mattanó aponta que as recordações e memórias que dispomos do nosso passado sofrem efeito das distorções, esquecimentos, lapsos de linguagens, atos falhos, por exemplo, e que por isso as histórias do passado nunca são expressão verdadeira do passado, pois contém desejos do presente, crenças do presente, comportamentos do presente como interpretações e análises que correspondem às ideias contemporâneas, assim toda História se vê compilada sob influências tendenciosas. Influências que atuam sobre nossos significados e sentidos, conceitos e contextos, comportamentos e funcionalidades, linguagens, símbolos e simbologias, topografias, relações sociais, gestalts e insights, vida onírica, vida anímica, atividade paranormal, argumentação e linguagem, chistes, piadas, humor, charges e caricaturas, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, posto, fantasias, arquétipos, processo de individuação, inconsciente, consciente, subconsciente, pré-consciente, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo, estilo de vida, educação, trabalho, psicohigiene, institucionalização, aprendizagem, comunicação, fenomenologia, energia corporal e energia vital, libido, comunhão e segurança, ciclos circadianos, nutrição, alimentação, fertilidade, homeostase, código genético, árvore genealógica, evolução e involução, reprodução, capacidade cerebral, cognição e inteligência, equilíbrio emocional e equilíbrio corporal, equilíbrio funcional, personalidade, caráter e temperamento, adaptação comportamental, fisiológica e morfológica.

 

MATTANÓ

(20/01/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Os segredos dos experimentos alienígenas com seres humanos e outras formas de vida no planeta Terra estão encobertos pela rivalidade sexual instintiva de cada espécie, sobretudo a do Homo Sapiens que é a capaz de discriminar o objeto e o objetivo dessa Ciência Alienígena que faz cortes em animais de pasto e abduz seres humanos investigando-os e implantando dispositivos para acompanha-los durante suas vidas que exibem diariamente e continuamente padrões de comportamentos advindos da rivalidade sexual, tanto psicológicos e inconscientes, quanto comportamentais e sociais. Descobri isto ontem com uma conversa com um alienígena em Londrina, em minha casa.

 

MATTANÓ

(20/01/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Outro segredo alienígena que me foi revelado ainda à pouco, às 10h10 de hoje, 21 de janeiro de 2024, em Londrina, em minha casa por um alienígena é que além da rivalidade sexual outro importante instinto que marca e domina o Homo Sapiens em sua construção psíquica inconsciente e comportamental, inclusive social é a fome, que é capaz de afetar a mente e o comportamento do Homo Sapiens levando-o a loucura e a criminalidade, inclusive as guerras e a morte, através da fome o Homo Sapiens pode ser capaz de ver na ausência da coisa vista e de delirar seus traumas infantis vividos quando estava com fome, tornando-se escravo também deste recalque que através da repressão que se dá pela educação e pelo treino de boas maneiras e de como se alimentar, de como conseguir e preparar o seu alimento, e depois de como consumi-lo através de ritos e mitos que fortalecem a repressão e o recalque inconsciente desta modalidade instintiva ainda não estudada, e que eu começo a estudar e incluir nesta Psicanálise Mitológica e na Psicanálise do Amor.

 

MATTANÓ

(21/01/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que desde semana passada que escuto que o comportamento de chamarem minha mãe para fazer sopa para a mãe dela na sua casa e da sua irmã aqui pertinho, baseia-se no comportamento de ligações com o tráfico de drogas, para sequestro e assassinato, e depois roubo de meus tesouros, promovidos por parentes meus, não de minha casa como pai, mãe, irmã e irmão, mas tios e tias e primos e primas que cedem informações para traficantes sobre minha intimidade e privacidade e de minha família para nos sequestrarem, assassinarem e roubarem e até estuprarem pois esses parentes são estuprados por agentes virtualmente e fisicamente. Há ainda agentes que tem contato telepático comigo que parece informar eventos íntimos e privados de minha vida, patrimônio e localização para aqueles familiares com desvios no comportamentos ou com delinquência no comportamento e para criminosos que ameaçam esses familiares e a nós também, escrevo isso, pois hoje escutei da tia Leila, Luiza Rita, Eliane e do tio Manoel que hoje seria a última vez que eu veria o meu primo filho do Noel, ou seja, que algo iria acontecer com ele, isto depois de minhas tias terem ido para o show do Paul McCartney e uma delas ter conversado com traficante famoso, que parece ter ficado com essa ideia na cabeça com a promessa de dinheiro fácil que não existe, e agora a pouco esteve em frente a minha casa o ¨Abelha¨, traficante famoso que tem facilidades dos agentes e das polícias para nos aterrorizarem, pois seu eu fosse Deputado ou Senador ou Presidente da República davam um tiro nele, deixam traficantes circularem por aqui desde 1999, inclusive quando sequestraram a Lucrécia que eu já testemunhei no bairro da tia Leila as crianças do tráfico gritando ¨a polícia não prende a gente, a polícia deixa a gente sequestrar, foi a gente que sequestrou a Lucrécia e a polícia não faz nada!¨, ou seja, foi o tráfico de drogas, eu já testemunhei isto no Camelódromo da Zona Sul também, alguma tensão e preocupação, tentativas de proteger traficantes de investigações cortando investidas de conhecimento que a polícia não faz comigo e nem com a minha família, ela quis saber tudo e depois disto começaram a ameaçar de sequestro e saiu o sequestro da Lucrécia e agora voltaram o tema e as ameaças de sequestro contra mim, minha mãe, meu irmão, meu pai, minha irmã e meus três sobrinhos, fiquem sabendo que os outros familiares não estão ameaçados de sequestro e não tem problemas com o tráfico mesmo estando no meu projeto de ¨Erradicação do Tráfico e do Terror¨ e já tendo concorrido ao Prêmio Nobel por essa atitude em grupo!

 

MATTANÓ

(21/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Outro tema mítico é o filho ou a filha que comete crimes para vingar a morte real ou psicológica de seu pai ou de sua mãe, pois isto significa que perdeu seus limites e sua moralidade, o sentido da vida, seus valores e necessidades sagradas e abençoadas, ou seja, perdeu a proteção do nome do seu pai e da sua mãe, da lei simbolizada no nome do pai e do planeta Terra simbolizada no corpo, no ventre da mãe que gera a vida, então o crime substitui estes valores reais e/ou psicológicos, pois seu pai e sua mãe não lhe fazem mais sentido nesta vida.

 

MATTANÓ

(22/01/2024)

 

 

 

DESENVOLVIMENTO E PERSONALIDADE DAS CRIANÇAS (2024):

Crianças menores de 14 anos de idade não entendem formalmente o homossexualismo, o heterossexualismo e o bissexualismo e suas ramificações, nem mesmo teorias como a identidade de gênero, pois não possuem malícia e portanto nem mesmo hormônios sexuais para tanto, compreendem somente traumas e ingenuidade comportamental, um mundo lúdico que pode ser representado pelo inconsciente e pelo consciente através do conhecimento adquirido pela educação, pela socialização, pelo desenvolvimento, pela família, pelo trauma da fraternidade, pela repressão do instinto da fome e pela repressão do instinto sexual que pode ser renomeado por instinto doméstico que desencadeia o complexo de Édipo, que pode ser marcado por traumas e violência, e ingenuidade comportamental, pelo lúdico, como pelo doméstico que também, assim como os outros eventos podem gerar a identificação com o progenitor do mesmo sexo ou do sexo oposto e a sua futura identidade sexual que neste momento da vida, acredito ser apenas um perfil do seu desenvolvimento e da sua personalidade, pois ainda não conhece a malícia sexual e moral que contribui para aquisição do desejo sexual normal e adulto, reprodutivo e para a agressividade, violência, autoproteção, autodestruição, autocuidados e cidadania.

 

MATTANÓ

(23/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Podemos especular que a Bíblia ou a Sagrada Escritura tem uma linguagem objetiva e direta, mesmo quando trata de símbolos e simbologias, sua linguagem é seca e áspera, curta e traduz o espírito de sua época, o zeitgeist de sua época, inclusive sua semântica, e poder de argumentação e linguagem, como eram os seus atos ilocucionários e atos perlocucionários, os seus pressupostos e os seus subentendidos, e o seu posto, como era o conhecimento e a consciência em sua época, isto é, se haviam grandes descobertas, ciências, cientistas, filósofos, descobridores, educadores, mestres, empreendedores, autoridades, governantes, cidadãos, como era a sua cultura e arte, como era a sua religião e espiritualidade, como era o domínio das autoridades sobre a população, como era a educação das pessoas e das crianças, isto é, se havia algum tipo de educação para as crianças e para as demais pessoas, como era o trabalho e o ensino e aprendizagem de trabalho naquela época, como era a alimentação e o saneamento, a distribuição de água naquela época, se a água era potável ou boa, como era o tratamento de saúde da população, se haviam profissionais de saúde, como era a saúde-mental naquela época, como era a limpeza das casas, bairros e cidades naquela época, se haviam animais que transmitiam doenças circulando entre as pessoas e as habitações, como era o tempo e a eternidade para aquelas pessoas, como era a atenção e a intenção para aquelas pessoas, pois dependendo se dedicavam tempo ao tempo com outros objetos ou pessoas poderiam desenvolver afetos e conhecimento, relações, e se dedicavam a eternidade certamente tinham um Deus, e se dedicavam sua atenção certamente tinham laços com os objetos e as pessoas, e se dedicavam sua intenção percebemos que o comportamento poderia variar de acordo com cada tipo de intenção desejada para cada evento ou contexto, revelando alguma cognição e inteligência mediada pelo meio ambiente através da sua consciência que se transforma em conhecimento. Contudo este conhecimento é curto e direto! Não existem documentos e nem provas de que existiram grandes pensadores, cientistas, artistas e descobridores além dos já citados nos livros da Bíblia, sobretudo entre aqueles que julgaram e condenaram a Jesus a crucifixão e morte de Cruz, até mesmo a cidade era bastante humilde e simples, assim como o seu povo e a sua cultura, não temos que ser governados por erros de ignorantes, mas pelo Amor a Deus e de Deus, a Jesus e de Jesus, e a Maria e de Maria. Você hoje, no planeta Terra, em 2024, confiaria suas decisões e o seu futuro, todas as suas escolhas, sua família, esposa ou marido e filhos, economias, patrimônios, investimentos, a direção do seu automóvel ou avião, ao mesmo povo que julgou e condenou a Jesus a mais de 2000 anos atrás? Se este povo é o escolhido para nos guiar eternamente com suas decisões, então devemos confiar tudo o que temos a eles e esperar pelo pior! Deus não precisa do pior ou do sacrifício para ter Amor pelo seu povo, Deus precisa apenas da sua fé e da sua conversão, do seu Amor por Ele. Foi o Amor de Jesus pelo Seu Pai que salvou Jesus da Morte de Cruz, eterna, levando-o a ressurreição, e não a sua Cruz que é um símbolo de morte e sacrifício, assim como a suástica nazista que é outro símbolo de morte e sacrifício. Só o Amor por Deus pode Salvar a Vida da Morte Eterna! A Cruz se transformou num símbolo associado a Jesus e a sua Morte e Ressurreição, num símbolo sobrenatural, que até a Virgem Maria reproduz em suas aparições, mas quem salva é o Amor por Deus!

 

MATTANÓ

(23/01/2024)

 

 

 

 

 

 

Portanto, se a história de Leonardo a respeito do abutre que o visitou no berço houver sido apenas uma fantasia de uma época posterior, poderíamos concluir não valer a pena dedicar-lhe tanto tempo. Poderíamos satisfazer-nos em explicá-la a partir da tendência, que ele próprio não esconde, de considerar a sua preocupação com o vôo dos pássaros como sendo uma fatalidade de seu destino. No entanto, menosprezando essa história cometeríamos uma injustiça tão grande como faríamos se desprezássemos o conjunto de lendas, tradições e interpretações encontradas na história primitiva de uma nação. A despeito de todas as distorções e mal-entendidos elas ainda representam a realidade do passado: representam aquilo que um povo constrói com a experiência de seus tempos primitivos e sob a influência de motivos que, poderosos em épocas passadas, ainda se fazem sentir na atualidade; e, se fosse possível, através do conhecimento de todas as forças atuantes, desfazer essas distorções, não haveria dificuldade em desvendar a verdade histórica que se esconde atrás do acervo lendário. Isto se aplica também às lembranças da infância ou às fantasias do indivíduo. O que alguém crê lembrar da infância não pode ser considerado com indiferença; como regra geral, os restos de recordações - que ele próprio não compreende - encobrem valiosos testemunhos dos traços mais importantes de seu desenvolvimento mental. Como hoje contamos nas técnicas da psicanálise com excelentes métodos que nos ajudam a trazer para a superfície esses elementos ocultos, podemos tentar preencher a lacuna que existe na história da vida de Leonardo analisando a sua fantasia infantil. E se ao fazê-lo não ficarmos satisfeitos com o grau de certeza que alcançamos, teremos de consolar-nos lembrando que inúmeros outros estudos sobre esse grande e enigmático homem não tiveram melhor destino.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a despeito de todas as distorções e mal-entendidos elas ainda representam a realidade do passado: representam aquilo que um povo constrói com a experiência de seus tempos primitivos e sob a influência de motivos que, poderosos em épocas passadas, ainda se fazem sentir na atualidade; e, se fosse possível, através do conhecimento de todas as forças atuantes, desfazer essas distorções, não haveria dificuldade em desvendar a verdade histórica que se esconde atrás do acervo lendário. Isto se aplica também às lembranças da infância ou às fantasias do indivíduo. O que alguém crê lembrar da infância não pode ser considerado com indiferença; como regra geral, os restos de recordações - que ele próprio não compreende - encobrem valiosos testemunhos dos traços mais importantes de seu desenvolvimento mental. Como hoje contamos nas técnicas da psicanálise com excelentes métodos que nos ajudam a trazer para a superfície esses elementos ocultos, podemos tentar preencher a lacuna que existe na história da vida de Leonardo analisando a sua fantasia infantil.

Mattanó aponta que a despeito de todas as distorções e mal-entendidos elas ainda representam a realidade do passado: representam aquilo que um povo constrói com a experiência de seus tempos primitivos e sob a influência de motivos que, poderosos em épocas passadas, ainda se fazem sentir na atualidade; e, se fosse possível, através do conhecimento de todas as forças atuantes, desfazer essas distorções, não haveria dificuldade em desvendar a verdade histórica que se esconde atrás do acervo lendário. Isto se aplica também às lembranças da infância ou às fantasias do indivíduo. O que alguém crê lembrar da infância não pode ser considerado com indiferença; como regra geral, os restos de recordações - que ele próprio não compreende - encobrem valiosos testemunhos dos traços mais importantes de seu desenvolvimento mental. Como hoje contamos nas técnicas da psicanálise com excelentes métodos que nos ajudam a trazer para a superfície esses elementos ocultos, podemos tentar preencher a lacuna que existe na história da vida de Leonardo analisando a sua fantasia infantil. Sabemos que as fantasias nos levam para onde jamais estivemos, trata-se de uma forma de investimento que distorce a realidade psíquica, mantendo-a pelo prazer adquirido e reforçado que serve ao ego ou self do indivíduo criando uma consciência e um conhecimento que pode gerar mais formas de conhecimento, educação e de trabalho para um mundo cada vez mais e mais civilizado e humano, pois o ego ou self é capaz de discriminar o trabalho psíquico ou a fantasia e o seu prazer proporcionado e reforçado que cria e desenvolve formas de consciência e de conhecimento para relações de descobertas e de discriminação, nomeação de eventos e de estímulos que fazem parte dessa consciência como conhecimento e assim educação e trabalho, como as ciências, os esportes e as artes.

 

MATTANÓ

(24/01/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Há ainda a repressão da loucura da consciência ou da loucura do conhecimento e o seu recalque que assegura a sanidade mental, ela, a loucura da consciência ou do conhecimento é aquela loucura que vem do nascer da consciência, a partir da linguagem e da estruturação do inconsciente que por sua vez estrutura a linguagem e a consciência e, por conseguinte, o conhecimento. É, pois, a loucura que vem à nascer com o conhecimento e sua linguagem, dela dependem a fome e a rivalidade sexual. O conhecimento e a linguagem só se desenvolvem quando ocorre o recalque e a repressão dessa loucura da consciência ou do conhecimento na criança.

 

MATTANÓ

(24/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Temos também a repressão que causa o recalque do lúdico para que o jovem possa assimilar e acomodar os valores econômicos, morais e sociais, o significado e o sentido do trabalho para ele e para sua família, para sua vida e para sua comunidade, cidade, estado, nação e planeta, para o seu futuro, progresso e desenvolvimento em todas as áreas da humanidade e da civilização, para a construção e manutenção da paz social, nacional e internacional, para o combate da fome, da pobreza, da miséria e do desemprego, da evasão escolar e da loucura, da corrupção e da criminalidade, do tráfico e do terror, e da prostituição sexual, econômica, patrimonial e moral. Ter um corpo não significa que você tem que deixar todo mundo entrar e pegar um pedaço dele, da mesma forma, ter patrimônios e uma economia, não significa que todo mundo pode invadir e pegar um pouco disso para si mesmo, isto e prostituição patrimonial, da mesma forma que transforma a vida e a mente na prostituição sexual, quem se ama se guarda, estuda e trabalha, tem seu próprio patrimônio, não se prostitui sexual, moral, econômica e nem patrimonialmente para adquirir bens e valores.

 

MATTANÓ

(24/01/2024)

 

 

SOBRE O INCONSCIENTE (2024):

O inconsciente não tem as mesmas propriedades da digestão gástrica, do metabolismo hepático, da filtração renal, da absorção e dos movimentos intestinais, contudo ele digere, transforma ou metaboliza, filtra, absorve e movimenta informações do meio ambiente interno e externo para então responder funcionalmente à estimulação que o ativa ou o deixa em estado passivo, seja, na vida onírica, ou na vida anímica ou na vida paranormal.

 

MATTANÓ

(24/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

De Amor é feita a Voz de Deus, e de pecado é feita a voz do homem e da mulher.

 

MATTANÓ

(24/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

O assobio de som metálico alienígena pode ser uma forma de ritualizar e processar o comportamento de decolar e aterrissar com seus discos voadores como o próprio Homo Sapiens faz com sua linguagem criando expressões verbais para o comportamento de decolar e aterrissar suas aeronaves, como forma de expressar emoções e sentimentos mais expressivos nesses momentos de trabalho, talvez em função do perigo e da aventura que nasce a cada decolagem e termina a cada aterrissagem, e que pode ter continuidade na exploração ambiental paranormal.

 

MATTANÓ

(25/01/2024)

 

 

 

 

CONTATOS EXTRATERRESTRES (2024):

Em 25 de dezembro de 2022 escutei pela primeira vez o som do assobio metálico alienígena de maneira paranormal e telepática por duas vezes, em 26 de dezembro de 2023 escutei pela segunda vez o mesmo assobio de som metálico alienígena de maneira paranormal e telepática por uma vez, e hoje, 25 de janeiro de 2024, por volta das 5 horas da manhã, escutei umas 5 vezes o assobio de som metálico alienígena de maneira paranormal e telepática mas me comunicando que ele pode servir para comunicar e ritualizar, processar comportamentos de decolagem e aterrissagem de discos voadores, em função do perigo e da aventura que se descortina, e de exploração ambiental paranormal alienígena. E recebi telepaticamente o conhecimento sobre a repressão e o recalque da rivalidade sexual, da fome, da loucura da consciência ou da loucura do conhecimento, e do conteúdo lúdico do Homo Sapiens, indo além da repressão sexual e do complexo de Édipo, oferecendo a este o nome de complexo doméstico.

 

MATTANÓ

(25/01/2024)

 

 

 

BEHAIVIORISMO E PSICANÁLISE (2024):

Caminhos cognitivos respondem a sua marcação que é determinada pela sua experiência, pela sua história de vida, portanto se alguém, autoridade ou poder interfere em sua vida significativamente esse objeto de poder acabará modelando os seus caminhos cognitivos que responderão em função dessa história de vida, assim se eu estou com problemas no meu comportamento associados a voyeurismo e lavagem cerebral, extorsão, vingança, estupro virtual, tortura e despersonalização é porque modelaram meus caminhos cognitivos ao longo da trajetória da minha vida com estupros e violência doméstica, escolar, trabalhista, na justiça, na política, na administração, nos esportes, na segurança, na proteção e incolumidade, e na saúde-mental, física, moral, sexual e social, pois repertório comportamental pode ser mudado com treino, educação, trabalho, medicação e psicoterapia. A Psicanálise freudiana não considera isto em seus fundamentos, para ela os eventos se associam e são determinados pelo inconsciente, não existe influência do niilismo, do social, do escolar, do trabalho, da medicação errada, do envenenamento, da saúde em tratamento hospitalar do doente, da institucionalização, da burocratização, dos problemas genéticos que um indivíduo possa ter, e do período em que a criança não possui malícia, até os 14 anos de idade, as muitas formas de repressão e de recalque que podem existir, e a menopausa e a andropausa que vão preparando o organismo da mulher e do homem para a generosidade e para a degeneração e a demência na crise final, a Psicanálise não considera que pode não existir um complexo de Édipo mas sim um complexo doméstico que pode ser universal, e que pode existir um mundo regrado pela paranormalidade alienígena que pode incluir transmissão genética de características comportamentais alienígenas entre seres humanos, ou mesmo, pode haver um mundo contingenciado pelo sobrenatural onde Deus se manifesta e que pode incluir a transmissão genética de características comportamentais ou nomeadas, supersticiosas e sobrenaturais entre seres humanos.

 

MATTANÓ

(25/01/2024)

 

   

 

 

MENSAGEM DA RAINHA DO AMOR PARA O SEU AMOR EM 25 DE JANEIRO DE 2024 EM LONDRINA/PR/BRASIL:

 

¨Olhe para a Luz e não siga as trevas.¨

 

COMENTÁRIO

A mensagem foi dada durante uma sessão de fisioterapia que o vidente Osny Mattanó Júnior realizava como paciente em Londrina em função de um acidente de automóvel que lhe lesionou a coluna e a bacia. O paciente já tinha artrose e bicos de papagaio em sua coluna. A Luz é um sinal de vida e as trevas são um sinal de morte conforme testemunhou com sua própria morte, o paciente, Osny Mattanó Júnior, numa e.q.m., experiência quase morte há uns 8 ou 11 anos passados. Na vida vemos Luz e na morte vemos trevas ou uma escuridão diante de nós.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 26 de janeiro de 2024.

 

MATTANÓ

(26/01/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

A Comunhão ou a Eucaristia não é para as crianças, pois se trata também de Jesus Cristo nú e Jesus Cristo não é pedófilo e nem abusador ou explorador sexual, nem tampouco violentador sexual, a Voz de Jesus Cristo é a Voz de Deus que é a Voz do Amor, e a voz da crucifixão é a voz do pecado, trata-se da voz do pecado, a voz dos homens e das mulheres, daqueles que julgaram Jesus para ser crucificado e morto numa Cruz, a voz do pecado é a voz do nú, humilhado, envergonhado e amedrontado, violentado num contexto onde está nú, e a Voz de Deus é a voz do Amor, daqueles que acolhem o corpo nú com vestes e panos para confortá-lo, cobri-lo e aquecê-lo. O Amor só vem com a puberdade e a maturidade num caminho de renúncias pelo objeto de Amor.

 

MATTANÓ

(26/01/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Na hipnose os caminhos cognitivos respondem segundo a sua crença, motivação, interesse e habilidade configurada em que você emitiu sua última resposta ou opinião sobre determinado assunto, dependendo assim do reforço, mas esta opinião pode mudar, por entropia e neguentropia, ou organização e reorganização, e a hipnose pode não atender a essa mudança comportamental que ainda está em processo de equilibração cognitiva, assim faz-se necessário despertar o indivíduo hipnotizado, conscientiza-lo, e informa-lo a respeito da realidade operante para que possa emitir uma opinião atual, real ou auto-atualizada e auto-realizada, segundo suas verdadeiras e reais necessidades, e não uma opinião governada por processos primários como os da hipnose que são determinados pelo princípio do prazer, princípios estes que governam os comportamentos dos loucos e dos alienados, dos criminosos, daqueles que não tem limites psicológicos e nem comportamentais, conjunto de valores que aumenta a probabilidade de comportamentos delinquentes, hostis, agressivos, loucos, alienados e violentos, que podem levar o indivíduo hipnotizado a pensar ou se comportar e cometer crimes, aqui ainda não ocorre a equilibração cognitiva, pois o indivíduo não conhece e nem tem limites em suas operações psíquicas, comportamentais, cognitivas, morais e sociais. Já o princípio da realidade opera no indivíduo sadio e consciente, que tem, ensina e busca limites em seus relacionamentos e objetivos, aqui se permite a equilibração cognitiva, pois o indivíduo conhece e tem limites em suas operações psíquicas, comportamentais, cognitivas, morais e sociais. Por isso a hipnose me parece uma técnica falha e sujeita a erros se abusiva e mal usada e nas suas operações e serviços, mal interpretada, isto é, carente de recursos, como a conscientização do hipnotizado, para que haja controle do que é real e atual e governado por limites, normal, e o que é prazer, irreal, fora do espaço e do tempo, fora da atenção e da intenção, sem governo e sem limites, anormal e insano, desproporcional para com a realidade, para com os limites e a aprendizagem seletiva, competitiva e evolutiva, pois a hipnose se trata segundo a American Psychological Association (APA), de um procedimento no qual um profissional de saúde ou pesquisador sugere, ao tratar alguém, que ele irá experimentar mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento.

Entenda como a hipnose age em nosso cérebro, na explicação dos autores Herbert Spiegel e David Spiegel:

Durante a hipnose acontece uma diminuição da atividade cerebral na área giro do cíngulo anterior, que faz parte da rede neural cerebral. Segundo estudos, é a área responsável pela manutenção da vigilância sobre nosso ambiente externo.

Acontece um aumento nas conexões entre o córtex pré-frontal dorsolateral e a ínsula. Essa é uma conexão cérebro-corpo responsável pelo controle do que está acontecendo em nosso corpo. Ex: regulando o quanto de dor estamos sentindo em determinada situação.

E também observamos conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal dorsolateral e da rede neural em modo padrão, incluindo o pré-frontal medial e o giro do cíngulo posterior. Essa diminuição de conectividade é responsável pela desconexão entre as ações de alguém e a consciência do que está sendo feito.

Assim a hipnose tem a propriedade de diminuir a conectividade ou realizar uma desconexão entre as ações de alguém e a consciência do mundo real, aumentando o valor do princípio do prazer como modulador desse comportamento hipnótico.

 

MATTANÓ

(28/01/2024)

 

 

 

SOBRE O INCONSCIENTE (2024):

O inconsciente não é torturador, pois depende dos nossos ciclos circadianos que regulam e equilibram nossos processos corporais no espaço e no tempo segundo uma ordem e coerência, segundo uma inteligência, o que pode se transformar em tortura é simplesmente uma regra ou contingência como a do voyeurismo e da teoria da pulsão auditiva de Mattanó de 1995 para o nosso comportamento que por sua vez transtornará o nosso inconsciente com lavagem cerebral, tortura, despersonalização, extorsão, vingança, estupro virtual, superinterpretações, hipererosia, esquizofrenia, depressão, pânico, ansiedade, obesidade, transtornos alimentares, fuga, esquiva, controle, literalidade, razões, generalização, insensibilidade às contingências, loucura, diabetes mielitus, demência, isolamento social, agressividade, hostilidade, impotência sexual, pobreza de linguagem, alucinações e delírios, alterações do pensamento, paranoia, por exemplo.

 

MATTANÓ

(29/01/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Os sumérios tinham quatro divindades fundamentais, conhecidas como deuses criadores. Estes deuses eram: An, deus do céu; Ki, deusa da terra; Enlil, deus do ar e Enki, deus da água. Céu, terra, ar e água eram considerados os quatro componentes mais importantes do Universo. Os principais deuses conhecidos da mitologia japonesa são: Shinigami - o deus da Morte;  Kagutsuchi, o deus do fogo; Amaterasu, a deusa do sol; Tsuki-yomi, o deus da lua; Susanowo, o deus da tempestade. Os Principais e Mais Conhecidos Deuses da Mitologia Chinesa: O Imperador de Jade; A Rainha Mãe do Oeste; Deusa da Misericórdia; Deus da Morte; Deus da Cozinha; Rei Dragão; Criadora da Humanidade. Lista de deuses romanos (e seus correspondentes deuses gregos): Saturno (Cronos); Júpiter (Zeus); Juno (Hera); Plutão (Hades); Netuno (Poseidon); Vesta (Héstia); Ceres (Deméter); Febo (Apolo). Deuses Maiores da mitologia Russa: Lelya: Deusa da Primavera e do Amor. Marzanna ou Morana: Deusa do Inverno, da Feitiçaria e da Morte. Perun: Deus do Trovão e dos Relâmpagos. Rod: Deus do Nascimento. Principais deuses da mitologia celta: Sucellus: era o mais importante no panteão celta; Cernuno: deus dos animais; Taranis: deus do trovão; Teutates: deus protetor da tribo; Epona: deusa galo-romana da terra, associada à fertilidade do solo; Dea Matrona: deusa mãe na mitologia celta. Deuses da mitologia nórdica: Odin: maior dos deuses vikings, o pai dos deuses; Freyr: deus da abundância e irmão de Freyja; Frigga: deusa da fertilidade e mulher de Odin; Tyr: deus do combate e filho de Odin e Frigg; Vidar: deus da vingança, filho de Odin; Thor: deus do trovão e filho de Odin. Principais deuses e deusas da África:

A África é rica em numerosos deuses e deusas, cada um desempenhando um papel significativo na vida dos seus crentes. Entre eles, destaca-se Amon-Ra, o deus criador do antigo Egito. Ele foi adorado como o rei dos deuses e simboliza a criação.

Anansi, outra divindade importante da África Ocidental, é conhecido pela sua sabedoria. Muitas vezes descrito como uma aranha, ele está associado a contar histórias e truques. Na mitologia iorubá da Nigéria, Oxum é reverenciada como a deusa do amor, da fertilidade e dos rios.

 Cada divindade possui atributos únicos que os distinguem dos outros. Amon-Ra incorpora a dualidade; ele representa aspectos ocultos (Amon) e visíveis (Ra) da vida.

O principal atributo de Anansi é a inteligência; seus modos astutos fazem dele um personagem interessante nos contos populares.

Oxum personifica o amor e a beleza; ela se manifesta através de águas doces como rios ou riachos onde os devotos realizam rituais em busca de suas bênçãos.

Na mitologia africana, deuses e deusas são os seres supremos que governam o universo. Eles são frequentemente associados a elementos naturais como o sol, a lua, a terra e a água. Deuses notáveis ​​incluem Amon-Ra, o deus egípcio do sol; Olorun, o deus iorubá do céu; e Mawu, a deusa Ewe.

Os mitos africanos também servem para explicar fenómenos naturais que de outra forma seriam inexplicáveis ​​para as sociedades antigas. Muitos deuses e deusas estão associados a elementos como água, fogo ou vento:

Divindade/Região/Elemento:

Oyá/Iorubá, Nigéria/Vento, Tempestades

Tano/Akan, Gana/Rio

Qebui/Antigo Egito/Vento Norte

Xangô/Iorubá, Nigéria/Trovão, Fogo

Nome/Dogon, Mali/Água

Muluku/Makuá, Moçambique/Chuva

Mukasa/Baganda, Uganda/Lago Vitória, Água

Olorun/Iorubá, Nigéria/Céu, Sol

Ngame/Akan, Gana/Lua

Anuket/Antigo Egito/Rio Nilo, Água

As ações dessas divindades nos mitos fornecem explicações para padrões climáticos, desastres naturais e mudanças sazonais. Eles ajudam as pessoas a compreender o mundo ao seu redor de uma forma que faça sentido dentro do seu contexto cultural.

A mitologia Indígena brasileira:

Tupã – deus trovão

Tupãs é um deus do trovão que normalmente é considerado como uma divindade suprema e criadora. Assim como Zeus, ele é visto como pai dos outros deus e rege o mundo.

Guarací – deus sol

O sol, assim como em muitas religiões primitivas, também acaba adotando uma posição importante. Constantemente relatado como irmão de Jaci, ele é quem dá a vida a todas as coisas da terra.

Jaci – deusa lua

A terceira divindade também é relacionada a um corpo celeste. Neste caso estamos falando da lua, que foi criada para iluminar o período da noite.

Então ela faz par com o deus Guaraci protegendo animais e amantes.

Anhangá – deus do submundo

Esta é uma representação do deus dos mortos. Assim, quando Anhangá aparece é para trazer um mal presságio ou para castigar alguém que possui uma vida maligna.

Caiporas

As caiporas, e não a Caipora, também são divindades que servem para proteger a mata e toda a sua vida. Seu principal objetivo é confundir caçadores fazendo com que eles se percam dentro da mata.

Mas elas também gostam de pregar peças nos que se adentram mata a dentro. Sendo comum dar um presente para as caiporas antes de entrar na mata.

Iara – deusa das águas

A nossa última participação ilustre fala sobre a deusa das águas, uma representação brasileira das sereias.

Iara possui uma voz apaixonante que conquista a maioria dos pescadores.

Principais deuses astecas e suas características:

Quetzalcóatl: representado no formato de “Pássaro Serpente” com copo humano era o principal deus da religião asteca. Representava a vida, a vegetação, os alimentos e a força espiritual existente nos indivíduos. Também representava o planeta Vênus.

Huitzilopochtli: era o deus da guerra e do Estado Asteca. Era o deus padroeiro da cidade de Tenochtitlán.

Tlaloc: deus da chuva que detinha o poder de produzir os relâmpagos e trovões. Era muito temido, pois também representava algumas doenças. Por representar a chuva, era muito cultuado entre os agricultores astecas.

Xiuhtecuhtli: deus do fogo e do calor.

Xipe Totec: deus da fertilidade.

Acuecucyoticihuati: deusa dos mares e das águas dos rios.

Atlacoya: deusa da seca.

Centeotl: deus do milho (principal alimento dos astecas).

Chalchiutotolin: deus muito temido entre os astecas, representava as pestes, doenças e pragas.

Chalmecacihuilt: deus do mundo subterrâneo e do sacrifício.

Chantico: deusa do fogo doméstico e dos vulcões.

Coatlicue: deusa terrestre da vida e da morte.

Ometeotl: deus da criação.

Cochimetl: deus das atividades comerciais e dos mercadores.

Ilmatecuhtli: criadora das estrelas, era considerada a deusa da beleza.

Xochipilli: deus do amor, das danças  e das flores.

Xólotl: deus do relâmpago e dos espíritos.

Tezcatlipoca: criador do mundo, era o deus das estrelas e da lua. Senhor da morte, era muito temido pelos astecas.

Principais deuses maias e seus significados:

Hunab Kú: principal deus para os maias. Era o deus criador de tudo.

Huracán: deus da tempestade e do fogo.

Itzamná (Zamná): Deus senhor do céu, da noite e do dia. Era filho de Hunab Kú (deus supremo da religião dos maias).

Kukulkán: deus do vento.

Kinich Ahau: deus do Sol.

Ixchel: deusa da Lua, das inundações, da gravidez e do tecido.

Chaac: deus da chuva.

Bitol: deus do céu.

Wakax Yol K'awil o Nal: deus da agricultura.

Ah Puch : deus da morte e do submundo.

Yum kaax:  deus das plantas e dos animais selvagens. É o protetor dos caçadores.

Xaman Ek: representava a estrela do norte.

Ixtab: deusa do suicídio.

Ek Chuah: deus protetor dos comerciantes e do cacau.

Ik: deus do vento.

Tohil: deus do fogo e do sacrifício.

Pauahtun: deus do céu, que possuía a função de sustentar o firmamento.

Vucub Caquix: deus-demônio representado por um pássaro grande e monstruoso. Era rival dos deuses do bem.

Hun-Hunahpu: divindade que nasceu ser humano, mas se transformou em deus após conviver com as divindades. Era o deus da fertilidade e do jogo de bola.

Hun Batz: divindade maia associada às artes.

Kabrakan: deus das montanhas e dos terremotos.

Tepeu: deus criador, ancestral e fabricante.

Bacab: deus dos pontos cardeais.

Ah Muken Kaab: conhecido como deus descendente, era o protetor dos coletores de mel.

Kakupakat: deus da guerra.

Chaac, deus da chuva na religião maia.

Chaac: o deus da chuva na religião maia.

Todos estes deuses eram e ainda são instrumentos para suas comunidades e povos, indivíduos e civilizações, para rituais de cura, de plantio, de fertilidade, de caça, de guerra, de luta, de defesa, de expedições e de aventuras, de jornadas, de morte e de luto, de danças e ritos de iniciação e de passagem, de puberdade, de matrimônio, de separação, de viuvez, de criação de filhos e filhas, de atividades domésticas, de atividades artísticas, de atividades linguísticas, de atividades transcendentais, de atividades cósmicas e com o universo, com as estrelas, com seres alienígenas, de territorialidade, de habitação, de comunicação, de transmissão de informações e de conhecimentos, de seleção, competição e evolução de suas espécies, assim como hoje temos instrumentos e equipamentos laboratoriais e clínicos, médicos, para examinar e curar nossos doentes, enfermos e internos, são substitutos de trabalho médico e clínico que por sua vez são substitutos de trabalho xamãnico.

 

MATTANÓ

(29/01/2024)

 

 

 

 

 

 

Se a examinarmos do ponto de vista de um psicanalista, a fantasia de Leonardo acerca do abutre não nos parecerá mais tão estranha. Verificaremos já ter encontrado casos semelhantes em muitas situações diferentes, em sonhos, por exemplo. Aventuramo-nos, assim, a traduzir a linguagem da fantasia em palavras mais facilmente compreensíveis. A tradução nos revelará então um conteúdo erótico. A cauda, `coda‘, é um dos símbolos mais familiares e substitui expressões referentes ao órgão masculino, tanto em italiano como em outras línguas; a situação, na fantasia, de um abutre abrindo a boca da criança e fustigando-a vigorosamente por dentro com a sua cauda, corresponde à idéia de um ato de fellatio, um ato sexual no qual o pênis é introduzido na boca da pessoa envolvida. É estranho que essa fantasia represente uma situação de caráter tão evidentemente passivo; parece-se com certos sonhos e fantasias encontradas em mulheres ou em homossexuais passivos (que desempenham o papel da mulher nas relações sexuais).

Espero que o leitor não se deixe dominar por um sentimento de indignação que o impeça de seguir a psicanálise ao verificar que em sua primitiva aplicação infere uma imperdoável ofensa à memória de um homem grande e puro. Evidentemente tal indignação jamais nos fará conhecer o significado da fantasia de infância de Leonardo. Por sua vez, Leonardo descreveu a fantasia da maneira mais inequívoca e nós não podemos abandonar nossa esperança, ou, melhor ainda, nossa certeza, de que uma fantasia dessa natureza terá de ter algum significado, da mesma forma que qualquer outra criação psíquica: um sonho, uma visão, um delírio. Vamos, portanto, dar uma oportunidade ao trabalho da análise, que na verdade ainda não disse sua última palavra.

A tendência a botar o órgão sexual masculino na boca e a chupá-lo, o que numa sociedade respeitável é considerado uma perversão sexual horrível, encontra-se, no entanto, com muita freqüência entre as mulheres de hoje - e de outros tempos também, como o evidenciam esculturas da antiguidade - e no ardor da paixão isso parece perder completamente o seu caráter repulsivo. Fantasias derivadas dessa tendência têm sido encontradas pelos médicos até mesmo em mulheres que nunca leram a Psychopathia Sexualis de Krafft-Ebing ou outra qualquer fonte de informação que lhes mostrasse a possibilidade de obter satisfação sexual desse modo. Parece que as mulheres não sentem dificuldade em imaginar espontaneamente uma fantasia dessa natureza. Novas pesquisas levam-nos a verificar que essa situação, que a moral condena com tanta severidade, pode ser reduzida a uma origem das mais inocentes. Ela não faz senão reproduzir, de modo diferente, uma situação em que todos nós já nos sentimos confortáveis - quando ainda mamávamos (`essendo io in culla‘) e púnhamos em nossa boca o bico do seio de nossa mãe (ou ama-de-leite) e o sugávamos. A impressão orgânica dessa experiência - a primeira fonte de prazer em nossa vida - permanece, sem dúvida, indelevelmente marcada em nós; e quando mais tarde a criança descobre o úbere da vaca, cuja função é a mesma que a do seio porém que mais se assemelha a um pênis pela sua forma sua posição em baixo da barriga, terá atingido a fase preliminar que mais tarde lhe permitirá formular a fantasia sexual repulsiva.

Compreendemos então porque Leonardo veio a associar a lembrança de sua suposta experiência do abutre com a sua época de lactância. O que a fantasia encerra é meramente uma reminiscência do ato de sugar - ou ser sugado - o seio de sua mãe, uma cena de humana beleza que ele, como tantos outros artistas, esmerou-se em reproduzir em seus quadros ao representar a mãe de Deus e seu Menino. Existe, também, um outro aspecto que ainda não compreendemos e que não devemos perder de vista; essa recordação igualmente importante para ambos os sexos, foi transformada, pelo homem Leonardo, numa fantasia homossexual passiva. Por enquanto deixaremos de lado a relação que possa ter a homossexualidade com a imagem da criança mamando no seio da mãe, lembrando-nos, apenas, que a tradição, na verdade, sempre apontou Leonardo como sendo um homem de sentimentos homossexuais. Neste sentido não tem muita importância para o nosso estudo saber se era justificada, ou não, a acusação feita ao jovem Leonardo (ver a partir de [1]). O que nos leva a classificar alguém como sendo um invertido não é o seu comportamento real porém a sua atitude emocional.

O nosso interesse é despertado, a seguir, por outra faceta incompreensível da fantasia infantil de Leonardo. Interpretamos a fantasia como o ato de ser amamentado por sua mãe e vemos a mãe ser substituída por um abutre. De onde veio esse abutre e por que motivo aparece nesse lugar?

Neste ponto surge em nossa mente um pensamento vindo de tão longe que somos quase tentados a pô-lo de lado. Nos hieróglifos do antigo Egito a mãe era representada pela imagem de um abutre. Os egípcios veneravam também uma Deusa-Mãe que era representada com cabeça de abutre ou, então, com várias cabeças, das quais pelo menos uma era de abutre. O nome dessa deusa era pronunciado Mut. Será que a sua semelhança com a nossa palavra Mutter [mãe] é mera coincidência? Existe, portanto, uma relação real entre abutre e mãe - mas em que é que isto nos pode ajudar? Não podemos esperar que Leonardo tivesse tido conhecimento disto pois sabemos que o primeiro homem que conseguiu decifrar os hieróglifos foi François Champollion, que viveu entre 1790-1832.

Seria interessante procurar saber por que motivo os antigos egípcios vieram a escolher o abutre como símbolo da maternidade. A religião e a civilização dos egípcios sempre constituiu objeto de curiosidade científica, até mesmo entre os gregos e romanos; e mesmo antes de podermos decifrar os monumentos egípcios, dispúnhamos já de muitos elementos de informação sobre eles, tirados dos escritos remanescentes da antiguidade clássica. Alguns desses escritos eram de autores bastante conhecidos, tais como Estrabão, Plutarco e Amiano Marcelino; ao passo que outros são de autores pouco conhecidos e duvidosos quanto às suas origens e datas de composição, tal como a Hieroglyphica de Horapollo Nilous e o livro da sabedoria sacerdotal oriental, que chegou até nós sob o nome do deus Hermes Trismegistos. Por essas fontes ficamos sabendo que o abutre era considerado um símbolo da maternidade, pois acreditavam que somente havia abutres do sexo feminino; não havia, pensavam eles, machos nessa espécie. Uma contraparte dessa limitação a um único sexo existia também na história natural da antiguidade: neste caso, referia-se ao escaravelho, que os egípcios adoravam como divino e do qual julgavam existir somente machos.

Portanto, como poderiam os abutres ser fertilizados se não existiam senão fêmeas? Isto se encontra claramente explicado num trecho de Horapollo. Em certa época essas aves se detêm em meio ao vôo, abrem a sua vagina e são fecundados pelo vento.

Chegamos agora, inesperadamente, a um ponto em que podemos considerar assaz provável aquilo que pouco antes tínhamos de recusar como absurdo. É bem possível que Leonardo conhecesse a fábula científica responsável por ser a figura do abutre usada pelos egípcios para representar a idéia de mãe. Ele lia muito e o seu interesse estendia-se a todos os ramos da literatura e do saber. No Codex Atlanticus encontramos um catálogo de todos os livros que possuía em determinada data e, além disso, conhecemos muitas anotações suas em livros emprestados por amigos; e, se considerarmos o extrato de seus apontamentos feitos por Richter [1883], veremos que a extensão de suas leituras dificilmente será superestimada. Obras antigas sobre história natural figuram em grande número ao lado de livros contemporâneos; e, já naquela época, todos eles tinham sido impressos. Na verdade, Milão era a cidade italiana líder na nova arte de imprimir.

Mais adiante chegamos a uma fone de informação que poderá transformar em certeza a hipótese de ter Leonardo conhecimento da lenda do abutre. O culto editor e comentador de Horapollo escreveu a seguinte nota no texto já mencionado acima [Leemans, 1835, 172]: `Caeterum hanc fabulam de vulturibus cupide amplexi sunt Patres Ecclesiastici, ut ita argumento ex rerum natura petito refutarent eos, qui Virginis partum negabant; itaque apud omnes fere hujus rei mentio occurrit.’

Assim, portanto, a fábula sobre o sexo único dos abutres e sobre seu modo de fecundação estava longe de ser apenas uma anedota, como o caso análogo do escaravelho; tinha sido adotada pelos Padres da Igreja a fim de ser usada como um exemplo tirano da história natural e servir de prova para os que pusessem em dúvida a história sagrada. Se os abutres, segundo os melhores testemunhos da antiguidade, dependiam do vento para serem fertilizados, por que não teria, alguma vez, acontecido a mesma coisa com uma mulher? Já que a fábula do abutre podia ser usada para este fim, `quase todos’ os Padres da Igreja passaram a narrá-la e, portanto, será quase impossível duvidar que Leonardo também a conhecesse, considerando-se o fato de a sua divulgação ter sido feita por meio de tão amplo patrocínio.

Podemos, assim, reconstituir a origem da fantasia de Leonardo com o abutre. Ele provavelmente teria lido em algum compêndio de história natural ou num livro de algum Padre a afirmação de que todos os abutres eram fêmeas e podiam reproduzir-se sem ajuda de qualquer macho; nessa altura ocorreu-lhe uma lembrança que se transformou na fantasia que estamos analisando mas que, na verdade, significava que ele também havia sido uma tal cria de abutre - tinha mãe mas não tinha pai. E essa lembrança se associava - na única maneira que impressões de idade tão distante se podem manifestar - com a reminiscência que podia subsistir do prazer que teria sentido sugando o seio de sua mãe. A insinuação feita pelos Padres da Igreja relativamente à Virgem Sagrada e seu filho - idéia essa cara a todos os artistas - deve ter influído para valorizar sua fantasia e torná-la ainda mais importante. Deste modo podia identificar-se, ele próprio, com o Menino Jesus, o salvador e consolador de todos, e não de uma única mulher.

O nosso objetivo ao analisar uma fantasia da infância é o de separar o elemento mnênico real que ela contém dos motivos posteriores que o modificam e distorcem. No caso de Leonardo, acreditamos conhecer agora o significado real da fantasia: a substituição de sua mãe pelo abutre indica que a criança tinha conhecimento da ausência do pai e se sentia solitário junto à sua mãe. O nascimento ilegítimo de Leonardo concorda com a sua fantasia sobre o abutre; somente debaixo desse aspecto poderia comparar-se a um filhote de abutre. Depois disso, o que de verdadeiro sabemos de sua infância é que, aos cinco anos, ele tinha sido recebido já em casa de seu pai. Não temos, no entanto, a menor indicação de quando isto aconteceu - se foi poucos meses após seu nascimento ou poucas semanas antes de ser feito o levantamento para o registro territorial [ver em [1]]. É nesse ponto que a interpretação da fantasia do abutre interfere: ela parece querer contar-nos que Leonardo passou os primeiros e decisivos anos de sua vida, não ao lado do pai ou da madrasta, mas sim com a sua verdadeira mãe, pobre e abandonada, e assim teve tempo de sentir a ausência de seu pai. Embora ousada, esta conclusão parece ser por demais insignificante para ser apresentada como resultado de nossos estudos psicanalíticos, porém a sua importância aumentará à medida que continuarmos a nossa investigação. A sua veracidade é confirmada quando consideramos as circunstâncias que de fato rodearam a infância de Leonardo. No mesmo ano em que Leonardo nasceu, segundo as fontes oficiais, seu pai, Ser Piero da Vinci, casou-se com Donna Albiera, senhora de boa origem. Foi devido à esterilidade desse casamento que o menino foi recebido em casa de seu pai (ou melhor, em casa de seu avô) - coisa que havia acontecido quando ele se encontrava pelos cinco anos, segundo atesta o documento. Ora, não é comum logo no princípio de um casamento trazer um filho ilegítimo para ser cuidado pela jovem esposa, que ainda espera ser afortunada com o nascimento de seus próprios filhos. Muitos anos de frustração terão certamente decorrido antes da decisão de adoção do filho ilegítimo - que provavelmente já se havia tornado um garoto interessante - para compensar a ausência dos filhos legítimos desejados. A interpretação da fantasia do abutre tornar-se-ia mais fácil se houvessem decorrido uns três anos da vida de Leonardo, talvez mesmo cinco, antes que ele pudesse trocar a figura solitária de sua mãe por uma parelha parental. Já era tarde, no entanto. Nos primeiros três ou quatro anos da vida certas impressões tornam-se fixadas e as formas de reação para com o mundo exterior ficam estabelecidas, e nunca mais perderão a sua importância por meio de outras experiências posteriores.

Se é verdade que as lembranças ininteligíveis da infância de uma pessoa, as fantasias que delas resultam, invariavelmente gravam os elementos mais importantes do desenvolvimento mental, segue-se, então, que o fato confirmado pela fantasia do abutre, isto é, que Leonardo passou os primeiros anos de sua vida sozinho com sua mãe, terá exercido influência decisiva na formação de sua vida interior. Uma conseqüência inevitável dessa situação foi que a criança - que em sua tenra infância enfrentou um problema a mais do que as outras crianças - começou a pensar nesse enigma com uma intensidade toda especial, e, assim, numa tenra idade tornou-se um pesquisador atormentado pela grande pergunta - saber de onde vêm os bebês e o que tem a ver o pai com sua origem. Foi uma vaga suspeita de que suas pesquisas e a história de sua infância estivessem assim ligadas que o fez mais tarde, declarar que tinha sido destinado, desde o começo de sua vida, a investigar o problema do vôo das aves, já que havia sido visitado por um abutre, quando em seu berço. Mais tarde, não será difícil mostrar que sua curiosidade acerca do vôo das aves deriva das pesquisas sexuais da sua infância.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci tinha uma fantasia onde um abutre introduzia sua cauda em sua boca de menino e que esta fantasia lhe rendeu muitas oportunidades, significados e sentidos, muitos caminhos e comportamentos, muitas funcionalidades e novos contextos, conceitos, linguagens, símbolos e simbologias, relações sociais, trabalhos, criações artísticas e científicas, estudos e pesquisas, tormentos e aflições que geraram novos trabalhos segundo suas regras e contextos, pois sua fantasia estava relacionada ao comportamento de sugar o bico do seio de sua mãe que fora introduzido em sua boca quando lactante, e o abutre era um símbolo que representava a mulher como no Egito com a deusa Mutt, onde só haviam abutres fêmeas e capazes de gerar a vida através da fertilização pelo vento, este símbolo criou o símbolo dos escaravelhos que seriam em contrapartida todos machos, então a mulher ficou sendo representada pelo abutre e o homem pelo escaravelho, porém estavam separados matrimonialmente ou sexualmente, pois não se correspondiam filogeneticamente, então a mulher adquiriu o comportamento de engravidar através do vento. Leonardo da Vinci desenvolveu grande interesse pela arte e pela ciência, pelas pesquisas, cunhadas pelo seu interesse oriundo dessa fantasia do abutre, se perguntando: de onde os bebês vêm e o que tem a ver com o seu pai em sua origem? Também o influenciou em suas pesquisas sobre o vôo das aves derivadas das pesquisas sexuais da sua infância que lhe renderam obras e projetos fascinantes. Leonardo da Vinci registrou sua experiência com sua mãe ou com o abutre em suas telas, onde encontramos uma mãe e um filho, por exemplo, e o pai ausente.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci tinha uma fantasia onde um abutre introduzia sua cauda em sua boca de menino e que esta fantasia lhe rendeu muitas oportunidades, significados e sentidos, muitos caminhos e comportamentos, muitas funcionalidades e novos contextos, conceitos, linguagens, símbolos e simbologias, relações sociais, trabalhos, criações artísticas e científicas, estudos e pesquisas, tormentos e aflições que geraram novos trabalhos segundo suas regras e contextos, pois sua fantasia estava relacionada ao comportamento de sugar o bico do seio de sua mãe que fora introduzido em sua boca quando lactante, e o abutre era um símbolo que representava a mulher como no Egito com a deusa Mutt, onde só haviam abutres fêmeas e capazes de gerar a vida através da fertilização pelo vento, este símbolo criou o símbolo dos escaravelhos que seriam em contrapartida todos machos, então a mulher ficou sendo representada pelo abutre e o homem pelo escaravelho, porém estavam separados matrimonialmente ou sexualmente, pois não se correspondiam filogeneticamente, então a mulher adquiriu o comportamento de engravidar através do vento, porém era através do vento que os escaravelhos voavam e marcavam seus territórios, disputavam por alimento e sobrevivência, o vento tinha ares do poder dos escaravelhos, o poder é um símbolo fálico, que segundo Mattanó, participava ocultamente da reprodução dos abutres. Leonardo da Vinci desenvolveu grande interesse pela arte e pela ciência, pelas pesquisas, cunhadas pelo seu interesse oriundo dessa fantasia do abutre, se perguntando: de onde os bebês vêm e o que tem a ver com o seu pai em sua origem? Também o influenciou em suas pesquisas sobre o vôo das aves derivadas das pesquisas sexuais da sua infância que lhe renderam obras e projetos fascinantes. Leonardo da Vinci registrou sua experiência com sua mãe ou com o abutre em suas telas, onde encontramos uma mãe e um filho, por exemplo, e o pai ausente. Contudo para Mattanó a experiência de pai ausente depende do seu significado e do seu sentido para a criança e depois para o adulto, se você não é um escravizador você dará liberdade para seu pai e até para sua mãe e nunca serão ausentes, isto depende da sua consciência, do seu conhecimento e do seu self.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

Existem também os eventos mal aprendidos do tido ¨o STF é ladrão¨, isto é diferente dos eventos do inconsciente, pois depende de uma má aprendizagem, de uma péssima educação, de uma má formação, pois por pior que esteja o seu inconsciente ¨o STF nunca vai ser ladrão¨, isto é inconcebível, pode ser fruto também de intoxicação por drogas ou medicamentos ou de violência física, moral, sexual, trabalhista, doméstica, escolar, institucional ou fake news.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Assim como a gente aprende a tocar mal um instrumento como o violão, também podemos aprender a usar mal a nossa consciência, pensamento e conhecimento ou comportamento.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Eleições despertam um ¨nepotismo do self¨, pois escolhemos ¨os parentes do nosso conhecimento¨ ou ¨os parentes da nossa consciência¨.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

¨Eu preciso perder você em minha mente!¨ Use isto como regra para combater a hipererosia e as superinterpretações, inclusive o voyeurismo e a pulsão auditiva de Mattanó, a lavagem cerebral, a despersonalização, a extorsão, a vingança e o estupro virtual.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

 

 

Quando a abstinência sexual é sinal de violência e causa adoecimento mental.

Ana Canosa (Colunista de Universa).

 

Adriana me envia um post interessante da psicoterapeuta Cintia Schwab, sobre como a privação de sexo pode ser uma violência que se pratica contra a mulher, a fim de submetê-la e manter o controle sobre ela:

"Quando mulheres são privadas de sexo em um relacionamento, a excitação sufocada vira raiva. Quando não são tocadas, abraçadas e não se sentem desejadas, mulheres são imediatamente lançadas ao descontrole emocional. Essa é a forma de tortura mais enlouquecedora e silenciosa num relacionamento."

"Eu pensaria que isso faz mais sentido para homens que para mulheres", me pergunta Adriana: o clássico homens estão sempre pensando e querendo sexo. Respondo que a violência tem múltiplas faces e que não fazemos sexo só para ter prazer ou descarregar tensão sexual, mas também para ter intimidade.

Cintia reforça que as mulheres que sofrem esse tipo de violência muitas vezes não percebem que estão diante de um agressor — ficam desreguladas em suas emoções compram, gastam e comem compulsivamente. Concordo com ela. Embora a postagem de se trate de relações heterossexuais, homens e mulheres podem realmente manipular suas parceiras, colocando-as conscientemente em sofrimento. Quando só entendemos violência por ataques de fúria, xingamentos, humilhações e embates físicos, não enxergamos quando ela acontece pela omissão e o silenciamento.

Embora pareça que os homens resolvem mais fácil essa rejeição fazendo sexo com outras pessoas, os efeitos desse tipo de violência por parte de suas parcerias também são devastadores. Muitos se veem aprisionados pelo desejo da parceria, fazendo sexo somente quando a pessoa decide. São chamados de tarados porque desejam fazer sexo mais vezes na semana, diminuídos em sua importância e existência, resumidos aos seus anseios sexuais. Não estou falando de agressores, mas de homens privados do toque, do desejo e da legitimidade de sua vontade de transar.

Quando essa dinâmica perversa acontece nos relacionamentos, independentemente de gênero e orientação sexual, é tão previsível se afeiçoar a terceiros, que demonstram interesse e disposição para lhes aplacar a angústia e alimentar sua carência. Daí o destino será o mesmo: ainda serão acusados de querer demais, quando na verdade têm tão pouco. A única saída para interromper um ciclo de violência é estar longe de quem é agressor.

Mattanó aponta que sua vida é só isto, privação e violência, indo contra seu desejo de se casar e ter uma família, de ter amor e sexo, de ter filhos e filhas, o que Deus permitir, e ser Santo e Amor de Deus, de Jesus e de Maria, pois não existe regra alguma contra o Amor, ninguém é impedido de Amar mas sim de odiar e de ser intolerante, de ser racista e discriminador, de ser perseguidor e violento, de ser criminoso e torturador, de se achar melhor do que os outros seres vivos deste mundo.

 

MATTANÓ

(30/01/2024)

 

 

 

SOBRE O MUNDO VIRTUAL (2024):

O mundo virtual pode aumentar o sofrimento das crianças, jovens, adultos e idosos, e dos que estão sob privação de determinados estímulos, como alimento, água, sexo, amor, carícias, trabalho, atividades físicas e domésticas, caminhadas e passeios, ter filhos, um matrimônio, liberdade, patrimônio, incolumidade e segurança, educação, família, viagens, compras e uma vida financeira adequada a sua realidade, não sentir medo, vergonha e nem humilhação continuamente, e nem tampouco se sentir estuprado virtualmente enquanto essa contingência virtual permanecer sem controle em sua vida, te ferindo e te magoando o tempo todo, te roubando a vida e a paz em nome de um controle firmado num mundo virtual que não é mais eficiente do que o mundo real em sua funcionalidade, pois de que servem provas virtuais, adquiridas a partir de funcionalidades virtuais se o nosso mundo não é virtual, se a Física não é virtual, mas sim real, a transferência de energia de uma ação para outra só ocorre no mundo real, que também é composto de realidade psíquica, mas não de mundo virtual, o nosso cérebro não possui estruturas e nem conexões para construir um mundo virtual, as crianças em seu desenvolvimento e crescimento não adquirem estruturas, conexões e comportamentos direcionados para a aquisição de um mundo virtual, isto está fora dos padrões do Homo Sapiens, está dentro da capacidade de trabalho do mesmo Homo Sapiens, de transformação do mundo através do trabalho, e é assim que internalizamos e interiorizamos estes novos valores e ganhos construídos com o trabalho, com o mundo virtual, para com o nosso repertório comportamental que por sua vez influenciará nossa consciência, conhecimento e nosso self, alcançando nossa capacidade de construir imagens do mundo externo e interno com o nosso cérebro, de modo que se faça uma retroalimentação da consciência, do conhecimento e do self do indivíduo em relação à informação que construímos e adquirimos com o trabalho. Obrigar a humanidade a se relacionar no mundo virtual é o mesmo que obriga-la a ter que ser Psicólogo, pois o mundo virtual é produto do trabalho de uma profissão, de uma classe de trabalhadores, como a do Psicólogo, que pode tê-la criado e incentivado e não tê-la discriminado suficientemente bem antes de tentar legitimar esse padrão de comportamento. Crianças que desfrutam de jogos virtuais desfrutam do trabalho de profissionais do mundo virtual, inclusive quando abordamos pais e filhos na mais tradicional educação, os jogos e as brincadeiras, o lúdico começa com a autoridade dos pais sobre os filhos, como numa educação profissional, onde há autoridade do profissional sobre seus alunos. O trabalho do Psicólogo é ajudar o cliente a se recuperar, discriminar suas contingências, interpretar seu inconsciente, fazer uma análise do inconsciente, fazer uma psicohigiene, melhorar seu estilo de vida, ajudar o trabalhador a ter saúde-mental no trabalho, etc., e não obrigar a humanidade a seguir seus passos literalmente, por controle ou diante de determinadas razões, pois temos livre-arbítrio e liberdade para fazer a nossa própria história psíquica e comportamental, inclusive social, familiar, econômica, profissional, doméstica, artística, de pacificadores e cidadãos de uma sociedade cada vez mais Democrática.

 

MATTANÓ

(01/02/2024)

 

 

 

 

 

III

Na fantasia infantil de Leonardo tomamos o elemento abutre como representante do conteúdo real de sua lembrança, ao passo que o contexto em que o próprio Leonardo coloca sua fantasia esclarece muito a importância que teve esse conteúdo para sua vida posterior. Continuando com o nosso trabalho de interpretação, chegamos agora ao estranho problema de saber por que motivo esse conteúdo foi transformado em uma situação homossexual. A mãe que amamenta a criança, isto é, em cujo seio a criança mama, foi transformada num abutre que põe a sua cauda dentro da boca da criança. Já tivemos ocasião de mostrar [ver em [1]] que, de acordo com as freqüentes substituições de que se serve a linguagem, a `cauda‘ do abutre deve, com toda certeza, significar o genital masculino, um pênis. Mas não podemos compreender como a atividade imaginativa pode ter atribuído justamente a esse pássaro, que representa a mãe, as características da masculinidade; diante desse absurdo ficamos sem saber como reduzir esta criação da fantasia de Leonardo a qualquer significado racional.

No entanto não devemos perder a esperança, sobretudo quando nos lembramos do número enorme de sonhos, aparentemente absurdos, cujo significado já conseguimos desvendar. Existe alguma razão para que uma lembrança da infância nos ofereça maiores dificuldades do que um sonho?

Recordando que não convém analisar uma característica peculiar isoladamente, apressamo-nos em trazer uma outra que nos parece ainda mais estranha.

A deusa egípcia Mut, que tinha cabeça de abutre, figura sem nenhuma característica pessoal, segundo o artigo de Drexler no léxico de Roscher, fundia-se freqüentemente com outras deusas de personalidade mais marcante, tais como Ísis e Hathor, porém conservou, ao mesmo tempo, separados, sua existência e seu culto. Uma característica especial do panteão egípcio era que os deuses individuais não desapareciam quando ocorria um processo de sincretismo. Ao mesmo tempo que sucedia a fusão dos deuses, as divindades individuais continuavam a sua existência independente. Ora, essa deusa-mãe com cabeça de abutre era geralmente representada pelos egípcios com um falo; seu corpo era de mulher, conforme mostram os seus seios, mas possuía também um membro masculino em ereção. Encontramos, portanto, na deusa Mut a mesma combinação de características maternais e masculinas que existem na fantasia de Leonardo sobre o abutre. Deveremos explicar esta coincidência afirmando que Leonardo tomou conhecimento, através da leitura de seus livros [ver em [1]] da natureza andrógina do abutre maternal? Uma tal possibilidade é assaz duvidosa; parece que as fontes às quais tinha acesso não continham nenhuma informação sobre este notável pormenor. Parece mais plausível buscar a explicação dessa coincidência num fator comum operativo, válido para ambos os casos mas desconhecidos para nós até este momento.

A mitologia nos ensina que a constituição andrógina, isto é, uma combinação das características masculinas e femininas, era atributo não só de Mut mas também de outras divindades, tais como Ísis e Hathor - estes, no entanto, talvez pelo fato de possuírem também uma natureza maternal e se confundirem com Mut (Römer, 1903). Ensina-nos, mais, que outras divindades egípcias tais como Neith de Saís - de quem se originou, mais tarde, a Atenéia dos gregos - foram originariamente representadas como andróginas, isto é, como hermafroditas, e que o mesmo se dava com muitos dos deuses gregos, especialmente aqueles que eram associados a Dionísio mas também a Afrodite, que mais tarde se limitou a representar uma deusa feminina do amor. A mitologia explica que o acréscimo de um falo ao corpo feminino é uma representação da força primitiva criadora da natureza, e que todas essas divindades hermafroditas são expressões da idéia de que somente a combinação dos elementos masculino e feminino poderão de fato simbolizar a perfeição divina. Mas nenhuma dessas considerações nos explica o fato psicológico tão estranho de a imaginação humana não vacilar em emprestar a uma imagem que pretende essencialmente representar a mãe um atributo da potência masculina que representa exatamente o oposto de qualquer idéia maternal.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o aspecto andrógino da deusa Mut do Egito que tinha cabeça de abutre e que por sua vez poderia estar indicando não somente um seio de mãe na vida oral de Leonardo da Vinci, mas também a presença de um pênis com sua cauda na boca da criança, pois seu aspecto hermafrodita combina o masculino e o feminino simbolizando a perfeição divina. Como vemos a imaginação humana pode emprestar a uma imagem de uma mãe um atributo da potência masculina que representa exatamente o oposto de qualquer ideia maternal. Freud se pergunta: ¨Existe alguma razão para que uma lembrança da infância nos ofereça maiores dificuldades do que um sonho?¨ Continuando com o nosso trabalho de interpretação, chegamos agora ao estranho problema de saber por que motivo esse conteúdo foi transformado em uma situação homossexual. A mãe que amamenta a criança, isto é, em cujo seio a criança mama, foi transformada num abutre que põe a sua cauda dentro da boca da criança. Já tivemos ocasião de mostrar [ver em [1]] que, de acordo com as freqüentes substituições de que se serve a linguagem, a `cauda‘ do abutre deve, com toda certeza, significar o genital masculino, um pênis. Mas não podemos compreender como a atividade imaginativa pode ter atribuído justamente a esse pássaro, que representa a mãe, as características da masculinidade; diante desse absurdo ficamos sem saber como reduzir esta criação da fantasia de Leonardo a qualquer significado racional.

Mattanó aponta o aspecto andrógino da deusa Mut do Egito que tinha cabeça de abutre e que por sua vez poderia estar indicando não somente um seio de mãe na vida oral de Leonardo da Vinci, mas também a presença de um pênis com sua cauda na boca da criança, pois seu aspecto hermafrodita combina o masculino e o feminino simbolizando a perfeição divina. Como vemos a imaginação humana pode emprestar a uma imagem de uma mãe um atributo da potência masculina que representa exatamente o oposto de qualquer ideia maternal. Freud se pergunta: ¨Existe alguma razão para que uma lembrança da infância nos ofereça maiores dificuldades do que um sonho?¨ Continuando com o nosso trabalho de interpretação, chegamos agora ao estranho problema de saber por que motivo esse conteúdo foi transformado em uma situação homossexual. A mãe que amamenta a criança, isto é, em cujo seio a criança mama, foi transformada num abutre que põe a sua cauda dentro da boca da criança. Já tivemos ocasião de mostrar [ver em [1]] que, de acordo com as freqüentes substituições de que se serve a linguagem, a `cauda‘ do abutre deve, com toda certeza, significar o genital masculino, um pênis. Mas não podemos compreender como a atividade imaginativa pode ter atribuído justamente a esse pássaro, que representa a mãe, as características da masculinidade; diante desse absurdo ficamos sem saber como reduzir esta criação da fantasia de Leonardo a qualquer significado racional, ou seja, neste absurdo nada há de realidade, mas apenas de prazer, de prazer oral, vivido na sua experiência com o seio de sua mãe, prazer tão significativo que o leva a criar uma fantasia sobre sua experiência, distorcendo a realidade e o seu sentido original, atrelado à ideia maternal.

 

MATTANÓ

(02/02/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Os livros da Igreja foram feitos em torno do controle do pecado e da Criação, do poder de Deus diante do pecado, que se transformou em Amor e felicidade, nunca para realmente libertar o povo e o mundo do poder dos homens e do mundo, até mesmo dos livros da Igreja, gerando liberdade para se viver e para se aprender e ensinar a viver.

 

MATTANÓ

(03/02/2024)

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

A consciência de um indivíduo ignorante não se refere a um protosself, mas sim a um self não educado e treinado, capacitado para enfrentar as adversidades do meio ambiente com conhecimento e consciência.

O protosself capacita aos indivíduos que possuem tronco cerebral e comportamento de produzirem imagens com o seu cérebro a fim de responder aos estímulos do meio ambiente e se adaptarem a ele.

A consciência humana é reservada ao conhecimento. O conhecimento reserva o imaginário e o simbólico. A imagem depende do tronco cerebral. O tronco cerebral permite o protosself. O tronco cerebral permite a protoconsciência, o protoconhecimento e a protorealidade. A protorealidade permite imagens no mapa cerebral.

Seres vivos que dispõem apenas de imagens no mapa cerebral e de uma protorealidade ou de um protosself não dispõem de linguagem, criatividade, raciocínio e cognição, pois respondem apenas a estímulos e a condicionamentos.

Seres vivos que respondem apenas a imagens no tronco cerebral ou no mapa cerebral não conseguem formular significados e sentidos em suas operações e respostas.

Seres vivos que respondem apenas a imagens de um mapa cerebral no tronco cerebral não conseguem emitir juízos e nem julgamentos ou sentenças morais sobre seus estímulos.

Seres vivos que respondem apenas a imagem no mapa cerebral do tronco cerebral não conseguem se comportar adequadamente diante de estimulação paranormal, sobretudo alienígena.

A estimulação paranormal alienígena constrange o comportamento do ser vivo que responde apenas a imagem no mapa cerebral do seu tronco cerebral, ou seja, que possui um protosself, um protoconhecimento e uma protoconsciência.

A estimulação paranormal alienígena no ser vivo que depende da imagem no mapa cerebral através do seu tronco cerebral para se adaptar e responder, para se comportar no meio ambiente, depende e desenvolve uma protorealidade.

A protorealidade existe em função da existência de um corpo que possui uma mente com uma protoconsciência e um protoconhecimento que lhe asseguram um protosself.

O protosself permite que seja formada uma protoidentidade e uma protoatividade que regulam e equilibram uma protosociedade em seu protoconhecimento.

O protosself desenvolve relações de protopoder e de protoautoridade numa protohierarquia social em seu protoconhecimento ou protoconsciência.

O protosself cria e desenvolve relações e estímulos de protoamor numa protointeligência emocional em sua protoconsciência.

O protosself cria e desenvolve relações de ódio, discriminação e intolerância através da protointeligência emocional em seu protoconhecimento que é construído com protosignificados e protosentidos.

O protosself cria e desenvolve relações lúdicas através da família em sua protoconsciência com protosignificados e protosentidos.

O protosself cria e desenvolve relações de trabalho através da atividade e do comportamento, do compromisso em sua protoconsciência através de protosignificados e protosentidos.

O protosself cria e desenvolve relações de pudor e violência, de imoralidade, de beleza e de feiúra através da sua protoconsciência e do protoconhecimento a partir dos protosignificados e protosentidos.

A estimulação paranormal alienígena cria e desenvolve relações onde o self, o conhecimento e a consciência ficam a disposição do controle sexual incestuoso vivido no cárcere animal de um animal no cárcere ou aprisionado e sob poder de criatura superior alienígena.

A estimulação paranormal alienígena sobre as crianças parece estudar formas de dizimar espécies inteligentes que competem com as alienígenas que detém o poder e o controle sobre a realidade.

A estimulação paranormal alienígena sobre os veículos de comunicação de massa parece ter a intenção de contaminar e controlar, torturando as suas vítimas sob influência da paranormalidade que distorce a realidade e o controle do poder.

A estimulação paranormal alienígena sobre o trânsito e o tráfego aéreo influencia a escravidão e o controle paranormal que distorce a realidade e a cognição.

            A estimulação paranormal alienígena sobre os esportes influencia a desorientação espacial e psicomotora, cognitiva e comportamental, da formulação de juízos e julgamentos, prejudicando o desempenho dos atletas, torcedores, domésticas e advogados.

            A estimulação paranormal alienígena sobre as autoridades influencia o sentimento de justiça e de vingança que se divide na mente e no comportamento dos seus agentes que permanecem sob contingências alienígenas.

            A estimulação paranormal alienígena sobre os profissionais da saúde influencia o sentimento de injustiça, frustração, impotência, omissão e negligência diante das adversidades geradas no meio ambiente.

            A estimulação paranormal alienígena sobre os loucos e alienados influencia a criação e manutenção de estereótipos de loucura e de alienação, mas também reforça a criação e desenvolvimento de pesquisas e instituições de cuidado e tratamento desses indivíduos, diante de contingências alienígenas.

 

            Osny Mattanó Júnior

            Londrina, 03 de fevereiro de 2024.

 

            MATTANÓ

            (03/02/2024)

 

 

 

 

            O PODER DO UNIVERSO (2024):

            Ao meu ver, as guerras dependem do Zeitgeist, do clima cultural e intelectual de uma época, além de terem regras e limites ameaçados e/ou violados por alguma das partes, sem estas contingências as guerras nunca surgem em nossa espécie.

 

            MATTANÓ

            (03/02/2024)

 

 

 

 

            ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

            Indivíduos com um corpo possuem uma alça ressonante com um protosself. Essa alça ressonante só se rompe em casos de doença cerebral ou em casos de morte.

            O corpo sustenta o protosself e o protosself é o eixo da mente consciente.

            O protosself fica sediado no tronco cerebral onde produz e responde a imagens. As imagens produzidas no tronco cerebral pertencem ao mapa cerebral e não a percepção, elas são diferentes da audição e da visão.

            As imagens do tronco cerebral pertencem a uma protorealidade, protoconsciência, protosself, protoconhecimento no mapa cerebral que produz uma protolinguagem, protocriatividade, protocognição e protoraciocínio e nunca uma percepção consciente focada no conhecimento e no self, na realidade e nas faculdades mentais superiores.

            As faculdades mentais superiores são sustentadas pela mente consciente que é promovida pelo protosself, que por sua vez, sustenta o corpo.

            A criatividade, a cognição, o raciocínio, a linguagem, os significados e os sentidos fazem parte das faculdades mentais superiores que são construídas pela mente consciente que assim processa o protosself, o protoconhecimento e a protoconsciência que sustenta o corpo.

            A paranormalidade e os eventos do espaço e do tempo constrangem as faculdades mentais superiores, pois elas parecem perder o significado e o sentido originais.

            A paranormalidade e os eventos do tempo e da eternidade parecem criar pares de opostos onde há terminalidade e há perpetuação de seus significados e sentidos contemplados pelo self, pela consciência e pelo conhecimento.

            A paranormalidade e os eventos referentes à atenção e a intenção dependem de uma mente consciente, de um self, de conhecimento para terem função, significados e sentidos.

            A paranormalidade e os eventos do desejo e da volição dependem de um corpo que sustente um protosself que seja o eixo da mente consciente, do conhecimento, da consciência e da realidade psíquica, inclusive da paranormalidade.

            A paranormalidade e os eventos do comportamento dependem do tronco cerebral quando a finalidade é produzir imagens e respostas a um mapa cerebral que promova a adaptação comportamental, fisiológica, morfológica e paranormal do organismo ao meio ambiente.

            A paranormalidade e os eventos das relações sociais dependem de um self, conhecimento e consciência para se efetivarem com significados e sentidos ou representações sociais.

            A paranormalidade e os eventos da cognição e da inteligência dependem do self para se efetivarem com consciência e conhecimento, gerando significado, sentido e moralidade, juízo e julgamentos.

            A paranormalidade e os eventos da inteligência emocional dependem de um corpo que sustente o protosself, para que este seja o eixo da mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos da equivalência de estímulos dependem da existência de um corpo com um protosself, uma protoconsciência e um protoconhecimento no tronco cerebral, para que este seja o eixo da mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos dos quadros relacionais dependem de um protosself num tronco cerebral onde existem imagens num mapa cerebral que é o eixo da mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos da escala de necessidades dependem de um protosself num tronco cerebral que produza e responda a imagens de um mapa cerebral que é o eixo da mente consciente, do conhecimento e da consciência, da realidade psíquica e da paranormalidade. As imagens produzidas pela paranormalidade são encaradas como ilusão e dependem de uma escala de necessidades que são acionadas quando há estresse e perigo para o paranormal, desencadeando o seu comportamento paranormal.

 

            Osny Mattanó Júnior

            Londrina, 04 de fevereiro de 2024.

 

            MATTANÓ

            (04/02/2024)

 

 

 

          

            ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

            Podemos especular que a estampagem ou impressão no Homo Sapiens equivale ao complexo de Édipo.

            A paranormalidade ou os eventos da percepção sensorial dependem de um corpo que sustente um protosself que será o eixo de sua mente consciente, da consciência e do conhecimento.

            A paranormalidade e os eventos da memória dependem de um corpo que de base para o protosself que virá a ser o eixo da mente consciente, da memória e do conhecimento.

            A paranormalidade e os eventos da linguagem dependem da existência de um corpo que fundamente a existência de um protosself no tronco cerebral, capaz de lidar com as imagens de um mapa cerebral, que fundamentará a existência de uma mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos do som dependem de um corpo, de um protosself, que permitirá a construção de uma mente consciente e que responda a estímulos sensoriais como os auditivos ou da acústica.

            A paranormalidade e os eventos da luz dependem de um protosself e de um tronco cerebral para produzir a partir dos estímulos do meio ambiente iluminado para formar ou que formem imagens no mapa cerebral.

            A paranormalidade e os eventos do movimento dependem do protosself e do tronco cerebral para formarem imagens no mapa cerebral que reproduz fielmente o meio ambiente em seu mapa cerebral.

            A paranormalidade e os eventos do equilíbrio dependem de um protosself com um tronco cerebral capaz de formar um mapa cerebral fiel, organizado e equilibrado, isto é, sem doenças cerebrais que afetem o equilíbrio corporal do organismo.

            A paranormalidade e os eventos da religião e da fé dependem de um corpo e de um protosself com um tronco cerebral que crie e lide com imagens de um mapa cerebral que é cópia fiel de uma tradição ou aprendizado espiritual gerando consciência, conhecimento e realidade.]     A paranormalidade e os eventos que envolvem concentração dependem de um protosself, tronco cerebral, mapa cerebral, self, conhecimento, consciência, realidade e repertórios comportamentais básicos como atenção, controle, discriminação e ordem.

            A paranormalidade e os eventos que envolvem a criatividade, a generosidade e a demência dependem de um protosself, de um tronco cerebral que seja o eixo para uma mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos de produção de conflitos dependem de um protosself e de um tronco cerebral que faça imagens reais num mapa cerebral que tenha a função de governar ou modelar o comportamento do organismo que não possui funções mentais superiores.

            A paranormalidade e os eventos de solução de conflitos que envolvem inteligência dependem de um protosself e de um tronco cerebral com imagens reais num mapa cerebral que é o eixo da mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos da produção de homeostase corporal dependem de um corpo com um protosself e um tronco cerebral capaz de fazer e lidar com imagens fiéis do mundo externo e interno num mapa cerebral.

            A paranormalidade e os eventos da produção de desequilíbrio orgânico e mental dependem de um rompimento da alça ressonante causada por doenças cerebrais.

            A paranormalidade e os eventos da produção de saúde-mental dependem do não rompimento da alça ressonante através de doenças cerebrais com a prevenção e tratamento das mesmas.

            A paranormalidade e os eventos que promovem a produção de loucura individual, social e coletiva dependem de um protosself e de um tronco cerebral que produza imagens fiéis do mundo externo e interno, para que haja boa interpretação dos significados e sentidos no eixo da mente consciente.

            A paranormalidade e os eventos que promovem o caos e a desordem dependem do protosself e do tronco cerebral que produz e lida com imagens fiéis do mundo externo e interno dando ordem e coerência para que seja selecionada uma resposta através do mapa cerebral.

            A paranormalidade e os eventos que promovem a ordem e o desenvolvimento bio-psico-social dependem de um protosself, tronco cerebral e mapa cerebral que criará a consciência.

            A paranormalidade e os eventos que promovem a adaptação dependem, em primeira instância, de um protosself e de um tronco cerebral que crie imagens fidedignas do mundo interno e externo num mapa cerebral para que selecione uma resposta otimizada, ou seja, adaptada ao meio ambiente, que produz baixos custos e altos benefícios comportamentais, fisiológicos ou morfológicos.

            A paranormalidade e os eventos da geração de riquezas e da produção de economias dependem de um protosself com um tronco cerebral que torne possível criar imagens num mapa cerebral, imagens reais, que modelarão ou governarão o comportamento do indivíduo em suas respostas conscientes e ricas em conhecimento.

            A paranormalidade e os eventos que influenciam a Salvação dependem de um protosself, tronco cerebral, mapa cerebral fiel e bem interpretado, para a direção espiritual correta e consciente, com conhecimento.

            A paranormalidade e os eventos da vida eterna dependem de um protosself e de um tronco cerebral que crie imagens reais internas e externas da sua realidade num mapa cerebral que governará ou modelará o seu comportamento levando-o até o Caminho para a vida eterna de forma consciente e rica em conhecimento, através do seu self.

 

            Osny Mattanó Júnior

            Londrina, 06 de fevereiro de 2024.

 

            MATTANÓ

            (06/02/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

As teorias sexuais infantis explicam-nos isso. Existe uma época em que o genital masculino é compatível com a imagem da mãe. Quando um menino começa a ter curiosidade pelos enigmas da vida sexual, fica dominado pelo interesse que tem pelo seu próprio genital. Passa a considerar essa parte de seu corpo valiosa e importantíssima para ele e crê que ela deve existir nas outras pessoas com as quais ele se acha parecido. Como não pode adivinhar a existência de outra conformação genital igualmente importante, é forçado a forjar a hipótese de que todos os seres humanos, tanto os homens quanto as mulheres, possuem um pênis igual ao seu. Este preconceito se torna de tal maneira imbuído no investigador infantil que não desaparece nem mesmo quando, pela primeira vez, chega a observar o genital das meninas. Sua percepção mostra-lhe que há alguma coisa diferente do que ele possui mas é incapaz de admitir que o conteúdo de sua percepção é que ele não pode encontrar um pênis nas meninas. A sua falta parece-lhe uma coisa sinistra e intolerável e procurando uma solução de compromisso chega à conclusão de que as meninas também possuem um pênis, somente que é ainda muito pequeno; e que, depois, ele crescerá. Mais tarde, quando percebe que isso não acontece, encontra outra explicação: as meninas também tinham um pênis, mas ele foi cortado e em seu lugar ficou apenas uma ferida. Este avanço teórico já implica experiências pessoais de caráter penoso: nesse intervalo o menino já terá ouvido ameaças de lhe cortarem o órgão que tanto preza, caso venha a demonstrar um interesse demasiadamente ostensivo por ele. Sob a influência dessa ameaça de castração, ele agora interpreta de modo diferente o conhecimento adquirido sobre os genitais femininos; daí em diante receará por sua masculinidade e, ao mesmo tempo, menosprezará as infelizes criaturas que já receberam o cruel castigo, conforme ele presume.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os meninos desenvolvem um interesse pelo seu órgão genital que é normalmente menosprezado pelos seus pais e pelos adultos que dizem que vão cortá-lo se ele não tiver jeitos, e nessa dinâmica percebe que as meninas não possuem um pênis, mas num primeiro momento, justificam que há um pênis muito pequeno que há de crescer nelas, suas experiências tem um caráter penoso e adquirem a influência da ameaça de castração, criando receios sobre sua masculinidade, e ao mesmo tempo, menosprezará as meninas, que já receberam um cruel castigo, conforme suas presunções.

Mattanó aponta que os meninos desenvolvem um interesse pelo seu órgão genital que é normalmente menosprezado pelos seus pais e pelos adultos que dizem que vão cortá-lo se ele não tiver jeitos, e nessa dinâmica percebe que as meninas não possuem um pênis, mas num primeiro momento, justificam que há um pênis muito pequeno que há de crescer nelas, suas experiências tem um caráter penoso e adquirem a influência da ameaça de castração, criando receios sobre sua masculinidade, e ao mesmo tempo, menosprezará as meninas, que já receberam um cruel castigo, conforme suas presunções. O pênis trata-se da verdade e do poder para o menino, do meio pelo qual ele confirma suas perguntas sobre as meninas, a verdade e o poder, de modo que desenvolvem-se significados e sentidos acerca do tema e do contexto que marcarão a vida psíquica inconsciente e comportamental, inclusive social e arquetípica desse menino, é pois, a castração o modelo pelo qual esse menino criará e desenvolverá seus padrões de comportamentos para lidar com a sexualidade,  autopreservação, a reprodução, a agressividade, a loucura, o poder, a vida, a família, o social, a moral e a verdade.

 

MATTANÓ

(06/02/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

No mapa cerebral você pode seguir um caminho cerebral ou cognitivo que indica um início, um meio e um fim ou uma direção a ser seguida para uma tomada de atitudes.

Na percepção você não consegue seguir um caminho cerebral ou cognitivo que indica um início, meio e fim ou uma direção a ser seguida para uma tomada de atitudes, pois na percepção você apenas decodifica e responde recodificando a resposta ao estímulo perceptivo que é temporal.

 A única coisa que o Homo Sapiens pensa e fala em situações de raiva, ódio e contrariedade, são palavrões e xingamentos, portanto o que estamos vendo nas artes e nos veículos de comunicação através de interferência paranormal alienígena são mil formas de falar palavrões e xingamentos, pois os palavrões e os xingamentos têm mil vestes.

Pensar na insanidade e na miséria dos outros pode deixar qualquer um insano e miserável.

O protosself atua sobre o tronco cerebral dos idosos criando imagens num mapa cerebral que vai sofrendo ação de doenças cerebrais ao longo da vida e portanto, de um desgaste da alça ressonante, que assim vai gerando a degeneração e a demência a partir da terceira idade.

A alça ressonante acaba sofrendo um rompimento na terceira idade com a demência, que produz uma perda na produção de imagens do mapa cerebral no tronco cerebral, degenerando o self central e o self autobiográfico, gerando períodos de niilismo ou ¨ausência¨, isto é, lentidão e parada de imagens.

Na vida espiritual nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, esta é a maior lei da Biologia Cristã.

Eu sou a Árvore do Conhecimento e o meu fruto é o conhecimento, portanto todo aquele que vier até mim para roubar o meu fruto que é o conhecimento será como Adão e Eva e será punido pelo seu pecado perdendo o seu conhecimento.

Jesus é a Árvore da Vida e o seu fruto é a vida eterna, portanto todo aquele que roubar do fruto da Árvore da Vida pecará contra a vida eterna, se juntando a Adão e Eva no pecado e na tentação, no sofrimento.

A paranormalidade e os eventos da consciência dependem do tálamo, do córtex cerebral e do protosself que aciona o protosself criando imagens reais num mapa cerebral que promove o conhecimento e a consciência de que o corpo se corrompe.

A realidade também se corrompe, pois a consciência e o conhecimento se corrompem no protosself que leva ao tronco cerebral e assim ao tálamo e ao córtex cerebral, gerando imagens num mapa cerebral que compreende como doença cerebral as especulações e teorias que explicam a realidade, o conhecimento e a consciência como corrompíveis, pois para o serem, dependem da corrupção da alça ressonante que liga o corpo ao protosself, de modo que os significados e os sentidos dos objetos, das coisas e da sua própria autobiografia tornam-se corrompidos.

Seria a alça ressonante uma estrutura corrompível ou degenerativa como o próprio corpo?

Seria a alça ressonante uma estrutura corrompível ou degenerativa como o próprio cérebro?

Seria a alça ressonante uma estrutura corrompível ou degenerativa como a própria mente e o próprio comportamento? Pois envelhecemos!

A vida espiritual depende de uma consciência superior ou mais elevada que possa discriminar e participar dos eventos sobrenaturais e espirituais e separá-los dos eventos paranormais, alienígenas ou não, mundanos e tecnológicos, humanos ou não. Pois Deus não usa tecnologias e nem paranormalidade, ou seja, um cérebro paranormal, para realizar suas obras e milagres, enquanto que os seres alienígenas utilizam tecnologias alienígenas e o seu próprio cérebro paranormal para realizarem obras e ¨milagres¨. A conclusão da Anatomia da Criação é que Deus existe!

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 07 de fevereiro de 2024.

 

MATTANÓ

(07/02/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Denuncio que jamais as instituições de ensino do 1º grau, Colégio São Paulo, do 2º grau, Colégio Maxi Positivo, e do 3º grau, Universidade Estadual de Londrina comunicaram a minha pessoa e a minha família que eu e a minha família corríamos perigo de sermos estuprados, envenenados, acidentados, roubados, sequestrados, extorquidos, violentados, espancados, torturados, invadidos, molestados, trapaceados, assassinados ou vítimas de terrorismo, chacinas ou do tráfico de drogas, pessoas, escravos, sexo, trabalho e órgãos, nem mesmo as instituições onde eu trabalhei, como a Universidade Estadual de Londrina, onde meu pai trabalhou, a Viação Garcia, e onde minha mãe trabalhou, o Colégio Londrinense e a Prefeitura Municipal de Londrina jamais comunicaram tais adversidades, sendo possível que tiveram todas elas, conhecimento pois as autoridades e as polícias se manifestavam na época em todas estas instituições de trabalho e de ensino, por isso peço Justiça, cadeia e indenizações para repararem estes crimes que trouxeram graves problemas.

 

MATTANÓ

(08/02/2024)

 

 

 

 

 

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO E A PSICANÁLISE MITOLÓGICA (2024):

Carlos Magno Perinpor: sobre a Psicoterapia. (RELEITURA: Osny Mattanó Júnior).

Uma parte desconhecida e não investigada do cérebro ligada à vida emocional foi denominada de "canal de jingle". É um gravador/reprodutor mental. Todo mundo tem.

Ele pode ser sintonizado logo abaixo da consciência e logo que você saiba de sua existência, pode ser localizado para ouvir internamente uma mensagem e é muito difícil mudá-la voluntariamente. Quando ela se manifesta sem que você sintonize dificilmente poderá desligá-la e pode acabar sendo um vexame. Simples cantinela.

Algumas pessoas têm pedaços de músicas, outras algumas frases ou fragmentos de poemas. As frases geralmente rimam ou mostram uma cadência monótona. Também pode ocorrer como imagem isolada ou fragmentos de um filme sem áudio. Mas uma coisa é óbvia: a sua repetição constante, sistemática e persecutória. Para muitos a experiência pode ser divertida.  Outros a acham chata, irritante e intrometida principalmente quando estamos desanimados.

Quando esse tipo de "JINGLE" se torna dominante e recorrente, as pessoas ouvintes são tomadas por sensações de estranheza, repugnância, temor e depressão que se intromete sem se anunciar durante o trabalho e/ou lazer, cujos temas mais comuns são a sujeira, contaminação, verificação do perigo e a dúvida. Dois comportamentos integram este tipo de "jingle": uma OBSESSÃO (pensamento ou imagem recorrente) e sua COMPULSÃO (ato ritual para neutralizar o pensamento). É o Transtorno Obsessivo Compulsivo (T.O.C.), também denominado de distúrbio compulsivo-obsessivo (D.O.C.).

Quando pensamentos de sujeira dominam o canal, a pessoa lavará suas mãos por uma hora; esfregará o quarto do bebê do chão até o teto três vezes por dia ou abrirá portas apenas com os pés para evitar ter as mãos contaminadas pelos germes da maçaneta.

Rituais de limpar e lavar pode tomar amplas faixas de tempo do dia. Uma jovem de 14 anos levantava-se às quatro da manhã a fim de banhar e se limpar escrupulosamente. Depois ia fazer a cama para que tudo ficasse exatamente arrumado antes que fosse para a escola às sete. Howard Hughes era um magnata brilhante. No final de sua vida tornou-se um recluso social por causa de sua obsessão aos germes, como foi bem representado no filme "O Aviador" com o ator Leonardo Di Caprio.

Os verificadores descobrem-se levantando muitas vezes toda noite para ter a certeza de que o gás na cozinha está fechado. Outra mulher sempre espiava para dentro do vaso sanitário para certificar-se de que não havia nenhum bebê em perigo de ser arrastado pela descarga. Um dentista - bem sucedido e saudável em outros aspectos - sempre tinha que acionar a descarga do vaso em múltipos de três (3, 6, 9...)

Há duas abordagens viáveis para o T.O.C.: uma biológica e a outra psicoterapêutica.

Os psiquiatras biológicos afirmam que o TOC é uma doença cerebral porque muito de vez em quando desenvolve-se logo depois de um trauma cerebral; há maior incidência em pessoas com o mesmo histórico familiar; e o fator evolutivo de se preocupar e de verificar condições seguras estar mais dominante naquela pessoa.

Isso significa que a preocupação com germes e doenças e a verificação com a arrumação e segurança física trazemos em nosso DNA desde tempos pré-históricos.

Em mais de uma dúzia de estudos controlados, o Anafranil (clomipramine) foi a droga inicialmente utilizada com relativo sucesso no TOC. É um potente medicamento psiquiátrico antidepressivo que tem sido usado em milhares de casos em pacientes com TOC porque inibe a serotonina. As obsessões diminuem possibilitando resistir mais às compulsões. Como toda droga, não é perfeita. Quase a metade dos pacientes estudados não pode tomá-la pelos seus efeitos colaterais como a sonolência, constipação e perda de interesse sexual. Os que se beneficiaram do uso dela raramente se curam e quando abandonam a droga têm uma reincidência completa. Mas o medicamento é decididamente melhor que nada.

Os psicoterapeutas afirmam que há algo de magnético nos pensamentos e imagens horríveis (a popularidade de filmes de terror testemunha isso). Os terapeutas do comportamento argumentam que as pessoas que não são boas em descartar os pensamentos desagradáveis são os mais tendentes ao TOC. Uma vez que um pensamento terrível começa - se não pode descartá-lo - ele o perturba. Quanto mais perturbado fica, mais difícil é descartar o pensamento. Um círculo vicioso se estabelece.

Então um mecanismo fora dos meios comuns – o ritual - alivia a ansiedade. Assim, se horríveis pensamentos sobre germes o atormentam, você pode lavar as mãos minuciosamente; se está obcecado com assaltantes, pode checar as fechaduras das portas e janelas da casa.

Na abordagem psicoterapêutica uma combinação de algumas sessões de Terapia Cognitiva com a Terapia de Exposição Controlada (progressiva e/ou torrencial) impedirá a pessoa de realizar o ritual. Inicialmente se tornará relutante, entretanto se continuar a refrear o ritual e o dano esperado não acontece, a ansiedade diminui e o ritual perde seu valor.

De metade a dois terços dos pacientes melhoram com alívio duradouro, embora os pensamentos obsessivos ainda espreitem no canal do "jingle". A nítida minoria que não melhora é a que combina o TOC com depressão ou delírio e aquela que oculta ou realiza seu ritual em segredo. Tal como o fármaco, a psicoterapia sozinha resolve alguns casos, mas não todos.

A combinação das duas abordagens é a que consegue maiores e melhores resultados.

Mattanó tem outra abordagem para o TOC. Ele sugere o uso da sua Teoria da Abundância para que o paciente não mais de credibilidade aos seus pensamentos obsessivos que se manifestam, também, no canal do jingle, e mude de comportamento em relação aos seus rituais compulsivos discriminando-os e deixando de ser controlado literalmente, por razões ou por controle por eles, ressignificando seus comportamentos na medida em que compreende que não precisa ser seus significados e seus sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, linguagens, topografias, relações sociais, símbolos e simbologias, vida onírica e vida anímica, vida paranormal, argumentação e linguagem, arquétipos, atos falhos, esquecimentos, niilismo, etc., mas sim o tempo e a eternidade, sua atenção e intenção como que numa Hóstia Viva ou numa célula viva que agem milagrosamente de modo a gerar liberdade para se viver e para se ensinar e aprender a viver, você deve compreender também que não deve compreender as coisas literalmente, atribuindo razões ou tentando controla-las; após isto você deve aceitar este processo e começar a ressignificar seu comportamento com uma linguagem que modele e governe com saúde-mental o seu inconsciente; depois você deve fazer uma avaliação pessoal deste processo e aceita-lo ou modifica-lo com ajuda do psicoterapeuta ou Psicanalista; então você deve aprender a perdoar como a um Padre perdoa seus fiéis e a acolher como esse Padre acolhe e se faz presente na vida desses fiéis, sem cobrar nada, simplesmente por amor ao próximo que agora é sentido num sentimento de permanência feito como a ti mesmo. Assim os pensamentos obsessivos que se manifestavam, também no canal do jingle, poderão ser substituídos por outros modelos de pensamentos e os rituais compulsivos também poderão ser substituídos e renomeados por outros comportamentos mais plásticos e maleáveis, sendo possível até mesmo o início da psicoterapia ou da Psicanálise tradicional, ou seja, sem o recurso da Teoria da Abundância, com suas técnicas de associação livre, interpretação dos sonhos, dos chistes, das fantasias, das obras de arte, da vida anímica, dos esquecimentos, dos atos falhos, da argumentação e da linguagem, da discriminação das contingências ambientais, do contexto, do mapa cognitivo, do mapa cerebral, da consciência, do conhecimento, da realidade e do prazer, da loucura e da sanidade, da inteligência e da genialidade, do self, da alça ressonante, do corpo e do protosself, do tronco cerebral, da criatividade, do raciocínio, da cognição e da memória, dos significados e dos sentidos.

 

MATTANÓ

(09/02/2024)

 

 

 

 

 

 

Antes de a criança ser dominada pelo complexo de castração - isto é, numa época em que a mulher ainda conserva para ela todo o seu valor - ela começa a exteriorizar um intenso desejo visual, como atividade erótica instintiva. Quer ver os genitais de outras pessoas, a princípio provavelmente para compará-lo com o seu próprio. A atração erótica que sente por sua mãe logo se transforma em um desejo pelo seu órgão genital, que supõe ser um pênis. Com a descoberta que fará, mais tarde, de que as mulheres não possuem pênis, este desejo muitas vezes se transforma no seu oposto, dando origem a um sentimento de repulsa que, na época da puberdade, poderá ser a causa de impotência psíquica, misoginia e homossexualidade permanente. Porém a fixação no objeto antes tão intensamente desejado, o pênis da mulher, deixa traços indeléveis na vida mental da criança, quando esta fase de sua investigação sexual infantil foi particularmente intensa. Um culto fetichista cujo objeto é o pé ou calçado feminino parece tomar o pé como mero símbolo substitutivo do pênis da mulher, outrora tão reverenciado e depois perdido. Sem o saber, os `coupeurs de nattes‘ desempenham o papel de pessoas que executam um ato de castração sobre o órgão genital feminino.

Enquanto as pessoas se mantiverem na atitude ditada pela nossa civilização de desprezo pelos órgãos genitais e pelas funções sexuais, não poderão absolutamente compreender as atividades da sexualidade infantil e provavelmente fugirão ao assunto afirmado ser incrível o que aqui dissemos. Para compreender a vida mental das crianças necessitamos recorrer a analogias encontradas nos tempos primitivos. Para nós, durante muitas gerações os genitais foram sempre as partes `pudendas‘, motivo de vergonha e até mesmo (devido a posterior repressão sexual bem sucedida) de repugnância. Se fizermos um histórico extenso da vida sexual de nossa época e sobretudo das classes que são o sustentáculo da civilização humana, seremos tentados a declarar que é a contragosto que a maioria daqueles que vivem nos dias de hoje obedecem à lei de propagar a espécie; sentem-se, nesse processo, diminuídos em sua dignidade humana. Entre nós, somente a classe menos culta de nossa sociedade difere desse ponto de vista sobre a vida sexual. Para a classe mais alta e refinada, ela constitui uma coisa que se oculta, desde que é considerada culturalmente inferior, e quando se permitem dar-lhe vazão, fazem-no contra a sua consciência. Nos tempos primitivos da raça humana, a concepção era diferente. Dados trabalhosamente compilados por estudiosos da civilização apresentam testemunho irrefutável de que primitivamente os genitais eram o orgulho e a esperança dos seres humanos; eram adorados como deuses e transmitiam a essência divina de suas funções a todas as novas atividades humanas. Como resultado da sublimação de sua natureza básica criaram-se inúmeras divindades: e quando a conexão entre a religião oficial e a atividade sexual se tornou oculta da consciência geral, cultos secretos se dedicavam a conservá-la viva entre um certo número de iniciados. Durante o decurso do desenvolvimento cultural tanta coisa divina e sagrada foi, em última essência, extraída da sexualidade, que o remanescente, quase esgotado, foi desprezado. Mas, dado o caráter indelével de todos os processos mentais, não é de admirar que mesmo as formas mais primitivas do culto genital existissem até bem pouco tempo e que a linguagem, os costumes e as superstições da humanidade de hoje contenham ainda remanescentes de todas as fases deste processo de desenvolvimento.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que antes de a criança ser dominada pelo complexo de castração - isto é, numa época em que a mulher ainda conserva para ela todo o seu valor - ela começa a exteriorizar um intenso desejo visual, como atividade erótica instintiva. Quer ver os genitais de outras pessoas, a princípio provavelmente para compará-lo com o seu próprio. A atração erótica que sente por sua mãe logo se transforma em um desejo pelo seu órgão genital, que supõe ser um pênis. Com a descoberta que fará, mais tarde, de que as mulheres não possuem pênis, este desejo muitas vezes se transforma no seu oposto, dando origem a um sentimento de repulsa que, na época da puberdade, poderá ser a causa de impotência psíquica, misoginia e homossexualidade permanente. O significado da sexualidade infantil já mudou várias vezes na humanidade, inclusive dos órgãos sexuais, sendo determinados pela sua época, cultura e intelectualidade, poderes religiosos e políticos, sobrenaturais, pela natureza, pelo meio ambiente e pelo contexto, daqui extraímos que o complexo de Édipo como Freud nos ensina também depende destas influências sociais, culturais, políticas, científicas, religiosas e acadêmicas, pois em sua época era normal crianças menores de 14 anos de idade terem relações sexuais e serem estupradas ou violentadas, e até se casarem e terem filhos e filhas, pois as leis de sua época permitiam, já que a ciência, o Direito, a Justiça, a Saúde, a Política, a Medicina e a Psicologia não compreendiam o tema como compreendem atualmente, como novos dados e informações, como a malícia, a maldade, os hormônios sexuais e a puberdade e que aquelas relações sexuais com menores de 14 anos de idade tratavam-se de pedofilia, estupro de vulneráveis, violência, abuso sexual, abuso de incapazes, e corrupção de menores de 14 anos de idade.

Mattanó aponta que antes de a criança ser dominada pelo complexo de castração - isto é, numa época em que a mulher ainda conserva para ela todo o seu valor - ela começa a exteriorizar um intenso desejo visual, como atividade erótica instintiva. Quer ver os genitais de outras pessoas, a princípio provavelmente para compará-lo com o seu próprio. A atração erótica que sente por sua mãe logo se transforma em um desejo pelo seu órgão genital, que supõe ser um pênis. Com a descoberta que fará, mais tarde, de que as mulheres não possuem pênis, este desejo muitas vezes se transforma no seu oposto, dando origem a um sentimento de repulsa que, na época da puberdade, poderá ser a causa de impotência psíquica, misoginia e homossexualidade permanente. O significado da sexualidade infantil já mudou várias vezes na humanidade, inclusive dos órgãos sexuais, sendo determinados pela sua época, cultura e intelectualidade, poderes religiosos e políticos, sobrenaturais, pela natureza, pelo meio ambiente e pelo contexto, daqui extraímos que o complexo de Édipo como Freud nos ensina também depende destas influências sociais, culturais, políticas, científicas, religiosas e acadêmicas, pois em sua época era normal crianças menores de 14 anos de idade terem relações sexuais e serem estupradas ou violentadas, e até se casarem e terem filhos e filhas, pois as leis de sua época permitiam, já que a ciência, o Direito, a Justiça, a Saúde, a Política, a Medicina e a Psicologia não compreendiam o tema como compreendem atualmente, como novos dados e informações, como a malícia, a maldade, os hormônios sexuais e a puberdade que comprovam que o complexo de Édipo nada mais é do que uma identificação com seu progenitor, geralmente do mesmo sexo, castrando, sim, uma ingenuidade infantil que aflora do seu inconsciente e do seu comportamento associada a curiosidade dos meninos e das meninas sobre sua identidade, papel e orientação que marca a criança com uma castração capaz de leva-la ao recalque e a segunda infância, também construída através da ingenuidade infantil que exclui a malícia até os 14 anos de idade com a puberdade e que aquelas relações sexuais com menores de 14 anos de idade tratavam-se de pedofilia, estupro de vulneráveis, violência, abuso sexual, abuso de incapazes, e corrupção de menores de 14 anos de idade.

 

MATTANÓ

(10/02/2024)

 

 

 

 

REALIDADE OU VERDADE PSÍQUICA? (2024)

A Psicanálise Mitológica e as suas descobertas são facilmente comprováveis a partir da aceitação do saber e do conhecimento de que essa teoria psicanalítica mattanoniana propõe, existe, porque existe um organismo e assim um corpo e deste jeito um protosself que nos trás um tronco cerebral com imagens reais internas e externas que compõem o self, a consciência, o conhecimento e a realidade através do self central e do self autobiográfico, é pois, o self autobiográfico que modela e governa o comportamento e o inconsciente através do conhecimento operado pela cultura, pelo trabalho, pela educação e pela ciência, pela Psicanálise Mitológica, que pertence a consciência.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

A PSICANÁLISE MITOLÓGICA (2024):

A Psicanálise Mitológica explica o Behaviorismo e a sua teoria sobre a inferência de outra maneira. Por meio da análise da história de reforçamento do comportamento do organismo, da equivalência de estímulos, dos quadros relacionais, da sua aprendizagem que só fica completa com a teoria da organização perceptiva da consciência em relação aos estímulos, que nos ensina que os estímulos podem ser interpretados de diversas maneiras, conforme sua organização perceptiva, por exemplo, através da continuidade, da proximidade, da semelhança ou da forma na figura e fundo que forma um insight a partir da sua aprendizagem, do significado e do sentido funcionais da inferência, ou seja, da discriminação da sua relação S – R – C, estímulo – resposta – consequência, como ¨gatilho¨ do seu comportamento.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Estátuas primitivas como as da deusa-mãe podem revelar mais do que o poder mitológico de uma mãe, indo além, para o poder mitológico da mulher, da gestação, da fertilização, da vida, da vida doméstica e da afetividade pela mulher e pela mãe, pelo tempo e pela eternidade, pela atenção e pela intenção, pela consciência, pelo movimento e pelo encanto, pelo deslumbramento e pela beleza feminina e da arte, pela beleza da vida e dos sentimentos, despertados pela organização do mapa cerebral que cria uma consciência e um conhecimento de que o corpo se corrompe e a terra é como o ventre de uma mulher, capaz de renovar a vida como o ventre da deusa-mãe.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

A atividade paranormal alienígena no céu através de comuflagens ou holografias e sinais ou nos veículos de comunicação de massa e na comunicação verbal através do pensamento se manifestando como telepatia pode ter como finalidade a contaminação dos seres vivos deste planeta ou uma terraformatação causando doenças infecciosas e tumores benignos e malignos, queimaduras e problemas psicomotores, cognitivos e até psicoses, impotência sexual, obesidade, diabetes mielitus, problemas ósseos e sociopatias que podem causar guerras e homicídios, chacinas e loucuras, roubos e crucificações, voyeurismo, terror, tráfico, tortura, estupro e estupro virtual, vingança e extorsão, protestos, movimentos, esquizofrenia, depressão, pânico, racismo, homofobia, pedofilia e outros crimes.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Acredito que as estátuas pré-históricas que conhecemos podem ter outra origem, isto é, origem alienígena. Ou seja, terem sido criadas direta ou indiretamente através de visões, sinais, imagens, holografias, aparições nos céus e nas nuvens ou em camuflagens ou até mesmo por discos voadores e seus flashes de luz que criam, por exemplo, agroglifos e podem ter mais funções, como esculpir e lapidar pedras e objetos, como vemos em vários sítios arqueológicos pelo mundo, por exemplo, Gobekli Tepe, Puma Punku. a Ilha de Páscoa e Stonehenge.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Sabemos que os chimpanzés, gorilas e gibões não tem o comportamento de modelar massinha, esculpir pedras e madeira e modelar tijolos. Que somente o Homo Sapiens tem estes comportamentos e que eles são aprendidos e desenvolvidos, não são fundamentais para todos, mas apenas para alguns, para um grupo seleto que trabalha com esses recursos para garantir a sua sobrevivência, de sua família, vida doméstica, social, econômica, patrimonial e de seus investimentos que incluem segurança, educação, trabalho, família, economia, liberdade e futuro, e que o restante dos Homo Sapiens vive simbioticamente da relação destes trabalhadores que modelam massa, esculpem pedras e madeiras, e modelam tijolos dentre outras atividades mais elaboradas e sofisticadas de construção, arquitetura e engenharia. Mas devemos nos preparar para o surpreendente: os alienígenas se camuflam e enviam mensagens em forma de imagens que se parecem com estátuas de pedra e madeira, estátuas primitivas, de deusas-mãe, e até da Virgem Maria e de Jesus Cristo Crucificado ou não, do Rosto de Jesus Cristo, estas imagens desencadeiam o desejo e a vontade de reproduzi-las, de desenha-las, de pintá-las, de esculpi-las, de recriá-las conforme sua capacidade e necessidade interior, enviam imagens até mesmo de nossos familiares, de nossos avós e pais, mães, amigos e amigas, de artistas e pessoas famosas, isto também desperta o desejo e a vontade de pintá-los e de desenhá-los, de esculpi-los e de recriá-los, e não deixam de postar imagens nas nuvens de si mesmos, aliens, de suas faces e de corpo inteiro, até de seus discos voadores para que possamos reproduzi-los através da arte, do desenho, da pintura, da escultura, da impressão de mensagens, seja nas pedras, rochas das cavernas ou das montanhas ou na literatura de hoje, ou nos filmes, na fotografia, na televisão, na ciência e na música de hoje. Isto nos ensina que a atividade de modelar massa, esculpir pedra e madeira e fabricar tijolos pode derivar da interferência alienígena, através dos seus eventos de camuflagem e mensagem que tem a função de controlar e contaminar os seres vivos deste planeta através de uma terraformatação e extinção de espécies selecionadas por eles, como já pode ter ocorrido no passado com os dinossauros que eram bastante hostis e agressivos e nada cognitivos e inteligentes, o que pode ser indicativo de um plano alienígena para combate de destruição de nossa espécie por meio da camuflagem e das suas mensagens que tentam influenciar e contaminar a vida neste planeta. O Homo Sapiens demora um pouco, alguns anos, para se interessar em seu crescimento e desenvolvimento por modelagem de massinha, esculpir pedras e madeiras, e fabricar tijolos, é comum que é precise de ajuda nestas atividades em suas fases iniciais, numa aprendizagem proximal, realizada com ajuda, pois esse comportamento parece ser operante, ou seja, fruto da aprendizagem, e por ser aprendido, pode tê-lo sido por intervenção alienígena conforme já descrevi.

 

MATTANÓ

(11/02/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Acredito que as estátuas pré-históricas que conhecemos também tinham outras propriedades, como a função de unir o Céu e a Terra no objeto desejado e mitologizado, utilizado em rituais que uniam o indivíduo que pertencia a Terra ao Céu e até ao espaço, cosmos ou universo, através do sobrenatural, do espiritual e do extraterrestre, do cósmico e do universal, pois essas estátuas eram imagens derivadas de imagens observadas nos Céus em visões, camuflagens, holografias, imagens em nuvens e desenhos que criavam um meio ambiente místico e sobrenatural, de amor e adoração, de submissão e de que fazia parte desse meio ou universo, pois seu tronco cerebral produzia imagens reais num mapa cerebral através de um self central mapeando objetos do seu meio ambiente para produzir significados e sentidos para suas relações, e de um self autobiográfico que mapeava sua biografia para produzir significados e sentidos para suas relações, que por sua vez, modelavam e governavam a sua consciência, o seu conhecimento e a sua realidade, para que descobrisse que o corpo se corrompe e que sua consciência e conhecimento o ajudariam a enfrentar esse sofrimento psicológico com significados e sentidos novos que aumentassem seu repertório comportamental diante de morte, criando ritos funerários e de luto, e a crença na vida após a morte, de modo a surgir à escrita e a necessidade de escrever sobre a morte e seus ritos funerários, de luto e de crença na vida após a morte.

 

MATTANÓ

(12/02/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

A função básica da consciência é a manutenção da vida, ou seja, da homeostase, do equilíbrio corporal e da equilibração dos ciclos circadianos que compõem os ciclos de um organismo durante o período de um dia, podendo ser divididos em ritos ou rituais que tem a ver com a sua homeostase e consciência, com o seu conhecimento e realidade, produção de significados e sentidos e não necessariamente com transtornos obsessivos compulsivos, pois dependem, de um mapa cerebral e de ciclos circadianos para existirem. Assim a função básica da vida é se reproduzir com um corpo que detém uma informação e conhecimento genético ou comportamental através da sua consciência. Este conhecimento deve ser transmitido geneticamente ou culturalmente, domesticamente ou escolarmente, institucionalmente, para os seus filhos e filhas, que o organizam numa homeostase e equilíbrio corporal, através dos seus ciclos circadianos que promovem a criação e o desenvolvimento de ritos ou rituais onde exercita-se uma consciência, conhecimento e realidade que reforça os ciclos circadianos e a homeostase do organismo diante da vida.

 

MATTANÓ

(13/02/2024)

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

A paranormalidade e os eventos arqueológicos em relação à ufologia e as artes destacam que o comportamento ancestral de caçar e matar com lanças correspondia hoje ao nosso comportamento voyeurista e criativo no mundo dramático de cenas que compõem o cenário que se divide entre vida e morte, sofrimento e satisfação, prazer e loucura, que transforma o ancestral num selvagem e o homem de hoje num louco ou criminoso que se entrega à sua atividade como por determinação de um Zeitgeist.

A paranormalidade e os eventos arqueológicos com relação à ufologia nos revelam que o comportamento de caça de nossos ancestrais pode ter nos ensinado rituais de dança e de música pré-histórica, pois rituais de caça em grupo envolvem colaboração dos envolvidos na caça e coordenação das atividades, bem como comportamento verbal, que pode assumir grande importância, sendo reproduzido em suas comunidades em rituais para caça, guerra, luta e defesa, por exemplo. Os nossos ancestrais podem ter imitando outros animais e até os seres alienígenas que emitem som de assobio metálico para a construção e elaboração de seus rituais de caça, guerra, luta e defesa, emitindo sons, assobios, cantos e vocalizações que se transformaram no nosso comportamento verbal atual.

 

MATTANÓ

(13/02/2024)

 

 

 

 

 

Notáveis analogias biológicas levam-nos a descobrir que o desenvolvimento mental do indivíduo repete, de modo abreviado, o processo do desenvolvimento humano; e as conclusões a que chegaram as pesquisas psicanalíticas acerca da mente infantil, referentes à importância concedida aos genitais na infância, não são tão inverossímeis. A hipótese infantil de que sua mãe tem um pênis será, portanto, a origem comum de que derivam tanto a mãe-deusa andrógina como a Mut egípcia, e a `coda‘ do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Na verdade, ao classificar de hermafroditas, no sentido médico, essas representações de deuses, cometemos realmente uma impropriedade. Em nenhuma delas existe realmente a combinação dos genitais dos dois sexos - uma combinação que se observa em algumas malformações e que constituem uma deformação repulsiva; a única coisa que acontecia era que o órgão masculino era acrescentado as seios, que são a característica da mãe, como se dá também na representação infantil do corpo materno. Esta forma do corpo materno, criação reverenciada da fantasia primitiva, foi conservada fielmente pela mitologia. Podemos apresentar agora a seguinte interpretação da ênfase dada à cauda do abutre na fantasia de Leonardo: `Isso foi numa época em que a minha curiosidade afetuosa era toda dirigida à minha mãe, e que eu pensava ter ela um órgão genital igual ao meu.’ Constitui mais uma evidência das precoces pesquisas sexuais de Leonardo que, em nossa opinião, tiveram influência decisiva sobre toda a sua vida futura.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o indivíduo repete, de modo abreviado, no desenvolvimento mental, o processo do desenvolvimento humano, e na mente infantil, há importância concedida aos genitais na infância. Assim a hipótese infantil de que sua mãe tem um pênis será, portanto, a origem comum de que derivam tanto a mãe-deusa andrógina como a Mut egípcia, e a `coda‘ do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Na verdade, ao classificar de hermafroditas, no sentido médico, essas representações de deuses, cometemos realmente uma impropriedade. Em nenhuma delas existe realmente a combinação dos genitais dos dois sexos - uma combinação que se observa em algumas malformações e que constituem uma deformação repulsiva; a única coisa que acontecia era que o órgão masculino era acrescentado aos seios, que são a característica da mãe, como se dá também na representação infantil do corpo materno. Esta forma do corpo materno, criação reverenciada da fantasia primitiva, foi conservada fielmente pela mitologia. Podemos apresentar agora a seguinte interpretação da ênfase dada à cauda do abutre na fantasia de Leonardo: `Isso foi numa época em que a minha curiosidade afetuosa era toda dirigida à minha mãe, e que eu pensava ter ela um órgão genital igual ao meu.’ Constitui mais uma evidência das precoces pesquisas sexuais de Leonardo que, em nossa opinião, tiveram influência decisiva sobre toda a sua vida futura.

Mattanó aponta que o indivíduo repete, de modo abreviado, no desenvolvimento mental, o processo do desenvolvimento humano, e na mente infantil, há importância concedida aos genitais na infância, porém ingenuamente, já que não existe a malícia em seu comportamento nesta fase de sua vida. Assim a hipótese infantil de que sua mãe tem um pênis será, portanto, a origem comum de que derivam tanto a mãe-deusa andrógina como a Mut egípcia, e a `coda‘ do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Na verdade, ao classificar de hermafroditas, no sentido médico, essas representações de deuses, cometemos realmente uma impropriedade. Em nenhuma delas existe realmente a combinação dos genitais dos dois sexos - uma combinação que se observa em algumas malformações e que constituem uma deformação repulsiva; a única coisa que acontecia era que o órgão masculino era acrescentado aos seios, que são a característica da mãe, como se dá também na representação infantil do corpo materno. Esta forma do corpo materno, criação reverenciada da fantasia primitiva, foi conservada fielmente pela mitologia. Podemos apresentar agora a seguinte interpretação da ênfase dada à cauda do abutre na fantasia de Leonardo: `Isso foi numa época em que a minha curiosidade afetuosa era toda dirigida à minha mãe, e que eu pensava ter ela um órgão genital igual ao meu.’ Constitui mais uma evidência das precoces pesquisas sexuais de Leonardo que, em nossa opinião, tiveram influência decisiva sobre toda a sua vida futura. Pesquisas sexuais de identificação, identidade, orientação e papel sexual, onde a malícia ainda não exerce poder e domínio sobre a mente inconsciente e o comportamento do indivíduo, pois tem menos de 14 anos de idade. Os significados e os sentidos construídos são mais de imitação, controle, discriminação e atenção neste período de sua vida.

 

MATTANÓ

(14/02/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

A paranormalidade e os eventos arqueológicos relacionados a ufologia e ao comportamento dos primatas de se deslocarem das florestas para as savanas pode ter influência alienígena na seleção, competição e evolução dos primatas que criaram comunidades e as primeiras cidades sem teto, alimento, segurança, água, conforto, fogo e instrumentos que os auxiliassem em suas atividades domésticas e de caça, assim eram as primeiras comunidade e cidades pré-históricas, antes de Gobekli Tepe.

A homofonia, a troca, a inversão, a aglutinação, o erro ou o aumento de letras numa palavra é um fenômeno que existe desde o início das civilizações com a criação das línguas e da alfabetização, podemos dizer que esses fenômenos tem exercido grande influência sobre a vida sexual, moral e psicológica dos indivíduos em todas as épocas, de modo a influenciar no comportamento de um pedófilo como um determinante ou desencadeador cultural, comportamental e contingencial. Da mesma forma a violência e a justiça podem ser influenciadas por estas mesmas contingencias ambientais. Pois um pedófilo e um violentador só precisam de um desencadeador ou de um ¨gatilho¨ que pode ser a cultura, o comportamento ou alguma contingência ambiental para se manifestarem genuinamente como pedófilo e violentador, e nunca como outra personalidade ou outro comportamento. Da mesma forma, um corrupto, ladrão ou estuprador só precisam de um desencadeador ou de um ¨gatilho¨ para se comportarem como um corrupto, ladrão ou estuprador. E um herói só precisa de um desencadeador ou ¨gatilho¨ para se comportar como um herói.

A paranormalidade e os eventos arqueológicos e a ufologia revelam que imagens no céu em forma de nuvens imitando seres alienígenas, onde destaca-se um ser alienígena adulto com seios de mulher e pênis ereto de homem, ou seja, um hermafrodita que significa a transferência inconsciente da sua identificação como criança diante da sua mãe que você distorce e converte em pênis recriando o seio dela como numa mamadeira ou chupeta que outrora havia lhe dado muito prazer oral, conversão que se realiza por obra do seu intelecto que é de gênio como o de Leonardo da Vinci.

Todos sabemos que aprisionar ou prender animais com coleiras, correntes, em jaulas ou gaiolas, ou desumanamente gera e causa raiva e estresse nesses animais, podendo causar loucura, dor, violência, ataques, descontrole, doenças, depressão, abandono, ferimentos, mutilação, cortes, agressividade, fome, necessidades fisiológicas, necessidades de amor e de contato físico e social, necessidade de liberdade e de ter um patrimônio, sonhos, esperança, vida própria, livrar-se de períodos de sofrimento e de guerra, de tormentos, de transtornos que existem em função da ausência ou extinção da liberdade, como raiva e tentativas de suicídio e até problemas nutricionais e alimentares.

 

MATTANÓ

(14/02/2024)

 

 

A ARQUEOLOGIA DA MENTE (2024):

A Arqueologia da Mente diz respeito justamente ao estudo e a pesquisa dos vestígios e dos indícios de eventos comportamentais e inconscientes encontrados na mente e no comportamento dos indivíduos, vestígios e indícios que estão escondidos por camadas de sujeira mental e comportamental que se formam pela violência e tortura psicológica como palavrões e xingamentos, resíduos auditivos e homofonia, pelo conteúdo mais sujo e desvalorizado da mente, do comportamento, das relações sociais e da linguagem, inclusive dos arquétipos e dos símbolos.

 

MATTANÓ

(14/02/2024)

 

 

 

 

Neste ponto, um pouco de reflexão mostrará que não nos satisfaz ainda o modo pelo qual foi explicada a cauda do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Parece haver nela alguma coisa mais que não conseguimos ainda compreender. A mais notável de todas elas foi ter sido transformado o ato de mamar no seio materno em ser amamentado, isto é, em passividade, portanto, numa situação cuja natureza é indubitavelmente homossexual. Quando nos lembramos da probabilidade histórica de Leonardo ter-se comportado em sua vida como uma pessoa emocionalmente homossexual, ocorre-nos perguntar se esta fantasia não indicaria a existência de uma relação causal entre as relações infantis de Leonardo com a mãe e sua posterior homossexualidade manifesta, ainda que ideal [sublimada]. Não nos atreveríamos a inferir qualquer conexão dessa natureza da reminiscência confusa de Leonardo se não soubéssemos, pelos estudos psicanalíticos de pacientes homossexuais, que tal ligação existe de fato e é, na verdade, condição intrínseca e necessária.

Os homossexuais, que em nossos dias se têm defendido energicamente das restrições impostas por lei às suas atividades sexuais, gostam de ser apresentados, por intermédio de seus teóricos defensores, como pertencendo a uma espécie diferente, como um estágio sexual intermediário ou como um `terceiro sexo.’ Eles se declaram homens inatamente compelidos, por disposições orgânicas, a achar prazer com outros homens, o que não conseguem com mulheres. Por maior que seja a nossa vontade, por motivos humanitários, de acatar suas declarações, devemos analisar as suas teorias com reservas, pois foram feitas sem levar em conta a gênese psíquica da homossexualidade. A psicanálise oferece meios para preencher essa lacuna e para testar as afirmativas dos homossexuais. Embora só tenha conseguido colher dados de um número reduzido de pessoas, todas as investigações empreendidas até agora produziram o mesmo resultado surpreendente. Em todos os nossos casos de homossexuais masculinos, os indivíduos haviam tido uma ligação erótica muito intensa com uma mulher, geralmente sua mãe, durante o primeiro período de sua infância, esquecendo depois esse fato; essa ligação havia sido despertada ou encorajada por demasiada ternura por parte da própria mãe, e reforçada posteriormente pelo papel secundário desempenhado pelo pai durante sua infância. Sadger chama atenção para o fato de as mães dos seus pacientes homossexuais serem muitas vezes masculinizadas, mulheres com enérgicos traços de caráter e capazes de deslocar o pai do lugar que lhe corresponde. Observei ocasionalmente a mesma coisa, porém me impressionei mais com os casos em que o pai estava ausente desde o começo, ou abandonara a cena muito cedo, deixando o menino inteiramente sob a influência feminina. Na verdade, parece que a presença de um pai forte asseguraria, no filho, a escolha correta de objeto, ou seja, uma pessoa do sexo oposto.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica a cauda do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Para compreendermos essa fantasia devemos saber que ter sido transformado o ato de mamar no seio materno em ser amamentado, isto é, em passividade, portanto, numa situação cuja natureza é indubitavelmente homossexual. Quando nos lembramos da probabilidade histórica de Leonardo ter-se comportado em sua vida como uma pessoa emocionalmente homossexual, ocorre-nos perguntar se esta fantasia não indicaria a existência de uma relação causal entre as relações infantis de Leonardo com a mãe e sua posterior homossexualidade manifesta, ainda que ideal [sublimada]. Não nos atreveríamos a inferir qualquer conexão dessa natureza da reminiscência confusa de Leonardo se não soubéssemos, pelos estudos psicanalíticos de pacientes homossexuais, que tal ligação existe de fato e é, na verdade, condição intrínseca e necessária.

Em todos os nossos casos de homossexuais masculinos, os indivíduos haviam tido uma ligação erótica muito intensa com uma mulher, geralmente sua mãe, durante o primeiro período de sua infância, esquecendo depois esse fato; essa ligação havia sido despertada ou encorajada por demasiada ternura por parte da própria mãe, e reforçada posteriormente pelo papel secundário desempenhado pelo pai durante sua infância. Sadger chama atenção para o fato de as mães dos seus pacientes homossexuais serem muitas vezes masculinizadas, mulheres com enérgicos traços de caráter e capazes de deslocar o pai do lugar que lhe corresponde. Observei ocasionalmente a mesma coisa, porém me impressionei mais com os casos em que o pai estava ausente desde o começo, ou abandonara a cena muito cedo, deixando o menino inteiramente sob a influência feminina. Na verdade, parece que a presença de um pai forte asseguraria, no filho, a escolha correta de objeto, ou seja, uma pessoa do sexo oposto.

Mattanó aponta o significado da cauda do abutre na fantasia infantil de Leonardo. Para compreendermos essa fantasia devemos saber que ter sido transformado o ato de mamar no seio materno em ser amamentado, isto é, em passividade, portanto, numa situação cuja natureza é indubitavelmente homossexual. Quando nos lembramos da probabilidade histórica de Leonardo ter-se comportado em sua vida como uma pessoa emocionalmente homossexual, ocorre-nos perguntar se esta fantasia não indicaria a existência de uma relação causal entre as relações infantis de Leonardo com a mãe e sua posterior homossexualidade manifesta, ainda que ideal [sublimada]. Não nos atreveríamos a inferir qualquer conexão dessa natureza da reminiscência confusa de Leonardo se não soubéssemos, pelos estudos psicanalíticos de pacientes homossexuais, que tal ligação existe de fato e é, na verdade, condição intrínseca e necessária. Para Mattanó esta fantasia não indica homossexualismo, pois a criança, Leonardo da Vinci, ainda não dispõe de malícia e nem de testosterona para compreender o que é e o sentido do homossexualismo, não repercutindo comportamentalmente como prejuízo ou ganho algum em sua história de vida sexual, mas apenas como um prazer oral vivido numa fantasia ingênua e infantil, tipicamente de crianças que mamam ou são amamentadas e brincam com objetos que por vezes entram em contato com os lábios e a boca provocando um prazer sensorial, pois a boca e os lábios são ricamente vascularizados e a língua dispõe de papilas gustativas que nos permitem perceber o gosto do que colocamos em nossa boca, a isso Sigmund Freud nomeou de prazer oral de origem psicossexual que contém uma energia sexual, a libido.

Em todos os nossos casos de homossexuais masculinos, os indivíduos haviam tido uma ligação erótica muito intensa com uma mulher, geralmente sua mãe, durante o primeiro período de sua infância, esquecendo depois esse fato; essa ligação havia sido despertada ou encorajada por demasiada ternura por parte da própria mãe, e reforçada posteriormente pelo papel secundário desempenhado pelo pai durante sua infância. Sadger chama atenção para o fato de as mães dos seus pacientes homossexuais serem muitas vezes masculinizadas, mulheres com enérgicos traços de caráter e capazes de deslocar o pai do lugar que lhe corresponde. Observei ocasionalmente a mesma coisa, porém me impressionei mais com os casos em que o pai estava ausente desde o começo, ou abandonara a cena muito cedo, deixando o menino inteiramente sob a influência feminina. Na verdade, parece que a presença de um pai forte asseguraria, no filho, a escolha correta de objeto, ou seja, uma pessoa do sexo oposto. Os homossexuais que hoje relatam ligações históricas com uma mulher, durante o primeiro período de sua infância, retratam geralmente traumas de pedofilia que se convertem em homossexualismo ou em comportamento de pedófilo, pois mantêm-se afastados dos relacionamentos heterossexuais aderindo a quaisquer motivos reais ou ideias, fantasiosos ou delirantes, até mesmo alucinados e criminosos ou sobrenaturais, espirituais e extraterrestres, criam limites e barreiras para estes relacionamentos e obrigam outros seguidores a seguirem os seus passos com ameaças, roubos e até crimes contra a vida, como crucificações e sacrifícios. De fato o que importa é o que significa e o sentido que a criança apreende de seu pai e de sua mãe, mesmo que o abandone, ou seja ausente, ou seja, masculinizada ou vice-versa, pois não existe malícia neste período de vida infantil para definir a sexualidade de uma criança, evento comportamental e hormonal que se justifica após os 14 anos de idade.

 

MATTANÓ

(15/02/2024)

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Loucura nada mais é do que violência no mapa cerebral, nas sinapses e nas conexões cerebrais, com incoerência, perda de significados e sentidos.

Genialidade é o aumento do número de conexões e sinapses havendo coerência, significado e sentido.

Loucura pode ter cura somente se a pessoa for gênio ou hipergênio.

O mapa cerebral é naturalísticamente harmônico em sua construção e elaboração familiar.

Quando retiramos a harmonia familiar do mapa cerebral instalamos a loucura, a violência nas conexões.

O mapa cerebral é harmônico, pois ele é naturalístico, e a priori, não possui e nem conhece os estímulos ou objetos e elementos de sua biografia ou autobiografia que serão instalados nesse mapa cerebral causando caminhos cerebrais que formarão uma cultura, consciência e trabalho.

Os mapas cerebrais instalam a realidade no cérebro, seja ela, interna ou externa.

Os mapas astrais indicam os caminhos que você pode seguir conforme a disposição dos astros e estrelas no espaço. Você tem somente como controlar a sua posição e orientação, nos mapas cerebrais, por meio da consciência.

 

MATTANÓ

(16/02/2024)

 

 

 

 

 

Depois desse estágio preliminar, estabelece-se uma transformação cujo mecanismo conhecemos mas cujas forças determinantes ainda não compreendemos. O amor da criança por sua mãe não pode mais continuar a se desenvolver conscientemente - ele sucumbe à repressão. O menino reprime seu amor pela mãe; coloca-se em seu lugar, identifica-se com ela, e toma a si próprio como um modelo a que devem assemelhar-se os novos objetos de seu amor. Desse modo ele transformou-se num homossexual. O que de fato aconteceu foi um retorno ao auto-erotismo, pois os meninos que ele agora ama à medida que cresce, são, apenas, figuras substitutivas e lembranças de si próprio durante sua infância - meninos que ele ama da maneira que sua mãe o amava quando era ele uma criança. Encontram seus objetos de amor segundo o modelo do narcisismo, pois Narciso, segundo a lenda grega, era um jovem que preferia sua própria imagem a qualquer outra, e foi assim transformado na bela flor do mesmo nome.

Considerações psicológicas mais profundas justificam a afirmativa de que um homem que assim se torna homossexual, permanece inconscientemente fixado à imagem mnêmica de sua mãe. Reprimindo seu amor à sua mãe, conserva-o em seu inconsciente e daí por diante permanece-lhe fiel. Quando parece perseguir outros rapazes e tornar-se seu amante, na realidade está fugindo das outras mulheres que o possam levar à infidelidade. Em casos individuais, a observação direta tem-nos permitido demonstrar que o homem que dá a impressão de ser sensível somente aos encantos de outros homens sente-se, na verdade, atraído pelas mulheres, como qualquer homem normal; mas em cada ocasião procura transferir imediatamente a excitação provocada pela mulher para um objeto masculino e, desse modo, repete incessantemente o mecanismo pelo qual adquiriu sua homossexualidade.

Estamos longe de querer exagerar a importância dessas explicações sobre a gênese psíquica da homossexualidade. É óbvio que elas discordam completamente das teorias adotadas pelos defensores dos homossexuais, mas sabemos também que não são bastante claras para chegar a uma conclusão definitiva sobre esse problema. Aquilo que, por motivos práticos, é geralmente chamado de homossexualidade poderá ser o resultante de uma variedade enorme de processos inibitórios psicossexuais; o processo particular que destacamos é, talvez, apenas um entre muitos outros e talvez corresponda a um único tipo de `homossexualidade’. Devemos também admitir que o número de casos de homossexualismo deste tipo, em que podemos reconhecer as causas determinantes assinaladas por nós, é bem maior do que aqueles em que ele de fato se concretiza. Portanto, nós também não podemos negar a influência exercida por fatores constitucionais desconhecidos, aos quais geralmente se atribui toda a homossexualidade. Não teríamos tido motivo algum para entrar na gênese psíquica da forma de homossexualidade que estudamos se não houvesse um forte pressentimento de que Leonardo, cuja fantasia sobre o abutre foi o nosso ponto de partida, fosse, na verdade, um homossexual exatamente desse tipo.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que com o desenvolvimento o amor da criança por sua mãe não pode mais continuar a se desenvolver conscientemente - ele sucumbe à repressão. O menino reprime seu amor pela mãe; coloca-se em seu lugar, identifica-se com ela, e toma a si próprio como um modelo a que devem assemelhar-se os novos objetos de seu amor. Desse modo ele transformou-se num homossexual. O que de fato aconteceu foi um retorno ao auto-erotismo, pois os meninos que ele agora ama à medida que cresce, são, apenas, figuras substitutivas e lembranças de si próprio durante sua infância - meninos que ele ama da maneira que sua mãe o amava quando era ele uma criança. Encontram seus objetos de amor segundo o modelo do narcisismo, pois Narciso, segundo a lenda grega, era um jovem que preferia sua própria imagem a qualquer outra, e foi assim transformado na bela flor do mesmo nome.

Considerações psicológicas mais profundas justificam a afirmativa de que um homem que assim se torna homossexual, permanece inconscientemente fixado à imagem mnêmica de sua mãe. Reprimindo seu amor à sua mãe, conserva-o em seu inconsciente e daí por diante permanece-lhe fiel. Quando parece perseguir outros rapazes e tornar-se seu amante, na realidade está fugindo das outras mulheres que o possam levar à infidelidade. Em casos individuais, a observação direta tem-nos permitido demonstrar que o homem que dá a impressão de ser sensível somente aos encantos de outros homens sente-se, na verdade, atraído pelas mulheres, como qualquer homem normal; mas em cada ocasião procura transferir imediatamente a excitação provocada pela mulher para um objeto masculino e, desse modo, repete incessantemente o mecanismo pelo qual adquiriu sua homossexualidade.

Não teríamos tido motivo algum para entrar na gênese psíquica da forma de homossexualidade que estudamos se não houvesse um forte pressentimento de que Leonardo, cuja fantasia sobre o abutre foi o nosso ponto de partida, fosse, na verdade, um homossexual exatamente desse tipo.

Mattanó aponta que com o desenvolvimento o amor da criança por sua mãe não pode mais continuar a se desenvolver conscientemente - ele sucumbe à repressão. O menino reprime seu amor pela mãe; coloca-se em seu lugar, identifica-se com ela, e toma a si próprio como um modelo a que devem assemelhar-se os novos objetos de seu amor. Desse modo ele transformou-se num homossexual. O que de fato aconteceu foi um retorno ao auto-erotismo, pois os meninos que ele agora ama à medida que cresce, são, apenas, figuras substitutivas e lembranças de si próprio durante sua infância - meninos que ele ama da maneira que sua mãe o amava quando era ele uma criança. Encontram seus objetos de amor segundo o modelo do narcisismo, pois Narciso, segundo a lenda grega, era um jovem que preferia sua própria imagem a qualquer outra, e foi assim transformado na bela flor do mesmo nome.

Considerações psicológicas mais profundas justificam a afirmativa de que um homem que assim se torna homossexual, permanece inconscientemente fixado à imagem mnêmica de sua mãe. Reprimindo seu amor à sua mãe, conserva-o em seu inconsciente e daí por diante permanece-lhe fiel. Quando parece perseguir outros rapazes e tornar-se seu amante, na realidade está fugindo das outras mulheres que o possam levar à infidelidade. Em casos individuais, a observação direta tem-nos permitido demonstrar que o homem que dá a impressão de ser sensível somente aos encantos de outros homens sente-se, na verdade, atraído pelas mulheres, como qualquer homem normal; mas em cada ocasião procura transferir imediatamente a excitação provocada pela mulher para um objeto masculino e, desse modo, repete incessantemente o mecanismo pelo qual adquiriu sua homossexualidade.

Não teríamos tido motivo algum para entrar na gênese psíquica da forma de homossexualidade que estudamos se não houvesse um forte pressentimento de que Leonardo, cuja fantasia sobre o abutre foi o nosso ponto de partida, fosse, na verdade, um homossexual exatamente desse tipo. Mas para Mattanó não se trata de uma fantasia homossexual, pois a criança, Leonardo da Vinci, não tem como compreender dando significado e sentido ao homossexualismo, pois isto só acontece após os 14 anos de idade com a puberdade e a malícia adquirida em seu repertório comportamental, portanto trata-se de uma fantasia de criança, acredito, eu, a respeito do seio de sua mãe, pelo qual fora amamentado, o abutre tem penas moles e macias assim como o seio de uma mulher ou de uma mãe, essas penas do abutre podem se deslocar na boca da criança conforme ocorre à sucção do peito materno, sabemos que o seio materno também pode se deslocar na boca de uma criança ou bebê que suga seu leite sem agredir a sua boca, sabe-se que o comportamento de introduzir o pênis na boca é um comportamento violento e doloroso e que traumatiza por obra de sua violência topográfica e comportamental, isto não aconteceu na fantasia de Leonardo da Vinci, não houve violência, nem topográfica e nem comportamental que assegure ou comprove que se tratava de um pênis e de homossexualismo em sua fantasia, mas apenas de amor materno.

 

MATTANÓ

(16/02/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

Conhecem-se poucos detalhes sobre o comportamento sexual do grande artista e cientista, mas devemos crer na possibilidade de as afirmativas de seus contemporâneos não terem sido totalmente erradas. À luz de tais afirmativas, portanto, ele nos parece ter sido um homem cujas necessidades e atividades sexuais eram excepcionalmente reduzidas, como se uma aspiração mais elevada o houvesse colocado acima das necessidades animais comuns da humanidade. Haverá sempre uma dúvida quando se trata de saber se ele terá alguma vez procurado a satisfação sexual direta e, se o fez, de que maneira; ou teria ele prescindido completamente de qualquer ato dessa natureza? Achamos justo, no entanto, procurar nele também as forças emocionais que impulsionam outros homens imperativamente à prática do ato sexual; pois não podemos imaginar a vida mental de nenhum ser humano sem que tivesse havido em sua formação o desejo sexual em seu sentido mais amplo - libido - mesmo que tal desejo se tivesse afastado de sua finalidade original, ou fosse refreado, e não chegasse a exercer-se.

Não podemos esperar encontrar em Leonardo senão indícios de inclinação sexual não-transformada. Estes indícios, porém, apontam uma direção que nos faz reconhecer nele um homossexual. Sempre foi notório que ele somente admitia como alunos meninos e rapazes que fossem belos. Tratava-os com gentileza e consideração, tomava conta deles e, quando doentes, cuidava-os ele próprio como uma mãe cuida de seus filhos, e assim como o teria tratado a sua própria mãe. Como os escolhia pela beleza e não pelo talento, nenhum deles - Cesare da Sesto, Boltraffio, Andrea Salaino, Francesco Melzi e outros mais - veio a tornar-se um pintor de importância. Geralmente não eram capazes de se libertar de seu mestre e, após a sua morte, desapareceram sem terem deixado qualquer marca definitiva na história da arte. Quanto a outros, como Luini e Bazzi, chamado Sodoma, cujos trabalhos lhes permitem classificar-se como seus discípulos, talvez jamais os tivesse conhecido pessoalmente.

Ser-nos-á provavelmente alegado que a conduta de Leonardo para com seus alunos nada tem a ver com motivos de ordem sexual, e que portanto não justifica deduções sobre a sua particular inclinação sexual. Respondendo a isso, gostaríamos de demonstrar, com o devido cuidado, que o nosso ponto de vista explica algumas características peculiares do comportamento do artista que de outro modo permaneceriam um mistério. Leonardo mantinha um diário onde fazia anotações com sua letra miúda (escrevendo da direita para a esquerda) somente para seu próprio uso. É digno de nota que naquele diário ele tratava a si próprio na segunda pessoa. `Aprende a multiplicação de raízes com Mestre Luca.’ (Solmi, 1908, 152). `Faze com que o Mestre d’Abacco te ensine a quadratura do círculo.’ (Loc. cit.) Ou, durante uma viagem: `Estou indo para Milão tratar de assuntos referentes a meu jardim… Manda fazer duas malas. Faze com que Boltraffio te mostre o torno e faze-o polir uma pedra. Deixa o livro para Mestre Andrea il Todesco.’ (Ibid., 203) Ou, então, uma resolução de importância bem diversa: `Deves mostrar em teu tratado que a terra é uma estrela, como a lua ou coisa parecida, e assim provar a nobreza de nosso mundo.’ (Herzfeld, 1906, 141.)

No referido diário, que, igual ao que acontece nos diários de outros mortais, muitas vezes comenta em poucas palavras os acontecimentos mais importantes do dia ou mesmo nem os menciona, existem algumas notas que, pela sua estranheza, são relatadas por todos os biógrafos de Leonardo. São apontamentos de pequenas quantias de dinheiro, gastas pelo artista - anotadas com uma precisão minuciosa como se houvessem sido feitas por um austero ou parcimonioso chefe de família. No entanto nada há sobre qualquer extravagância maior ou nenhuma evidência de que fizesse parte de sua natureza anotar sempre suas despesas. Uma destas anotações refere-se a uma capa nova que comprou para seu aluno Andrea Salaino:

Brocado de prata                   15 lire       4 soldi

Enfeite de veludo vermelho      9 lire    - soldi

Galões                                                              9 soldi

Botões                                                            12 soldi

Outra nota muito detalhada soma todas as despesas que fez por causa do mau caráter e do costume de furtar de outro aluno: `No dia vinte e um de abril de 1940 comecei este livro e recomecei o cavalo. Jacomo procurou-me no dia se Santa Madalena, em 1940: ele tem dez anos.’ (Nota à margem: `gatuno, mentiroso, egoísta, voraz.’) `No segundo dia, mandei cortar-lhe duas camisas, um par de calças e uma jaqueta e, quando separei o dinheiro para o pagamento, ele o roubou de minha bolsa e jamais consegui fazê-lo confessar, embora tivesse certeza disso.’ (Nota à margem: 4 lire…’) O relatório sobre as faltas do menino continua por aí a fora e termina com a demonstração das despesas: `No primeiro ano, uma capa, 2 lire; 6 camisas, 4 lire; 3 jaquetas, 6 lire; 4 pares de meias, 7 lire; etc.’

Os biógrafos de Leonardo não desejam de modo algum procurar a solução dos problemas mentais de seu personagem partindo de suas pequenas fraquezas e peculiaridades; e o comentário que habitualmente fazem sobre essas contas estranhas são para ressaltar-lhes a gentileza e a consideração para com os alunos. Esquecem-se de que o que carece de explicação não é o comportamento de Leonardo mas sim o fato de ter deixado, acerca dele, esses testemunhos. Como é impossível acreditar que seu motivo tenha sido deixar provas de sua bondade, devemos pressupor ter sido outra razão, de natureza afetiva, que o levou a fazer esses apontamentos. Será difícil adivinhar qual o motivo e nós nada poderíamos sugerir, não fora o fato de ter sido encontrado outro apontamento de despesas, entre os papéis de Leonardo, que esclarece essas estranhas notas, tão pouco importantes, sobre as roupas de seus alunos etc.:

 

Despesas com o funeral de Caterina                   27 florins

2 libras de cera                                                               18 florins

Para o transporte e levantamento da cruz            12 florins

Essa                                                                                    4 florins

Carregadores                                                                   8 florins

4 padres e 4 sacristãos                                                               20 florins

Para soar o sino                                                             2 florins

Para os escavadores                                                    16 florins

Pela licença - para os funcionários                         1 florim

Total                                                                                    108 florins

Despesas anteriores

Médico                                                                               4 florins

Açúcar e castiçais                                                          2 florins

Total                                                                                    16 florins

 

Total completo                                                                              124 florins

 

 

O escritor Merezhkovsky é o único que nos diz quem foi essa Caterina. Baseado em duas breves notas ele concluiu que a mãe de Leonardo a pobre camponesa de Vinci, foi a Milão em 1493 para visitar seu filho, que tinha, então, 41 anos; que lá adoeceu e Leonardo a internou num hospital, e quando morreu foi homenageada por ele com esse custoso enterro.

Esta interpretação feita pelo escritos psicólogo não pode ser provada mas é tão verossímil e está tão de acordo com tudo o que conhecemos da atividade emocional de Leonardo, que não posso deixar de aceitá-la como correta. Ele conseguira sujeitar seus sentimentos ao domínio da pesquisa e reprimir a sua livre expressão; mas para si mesmo havia ocasiões em que o que suprimira forçava um meio de expressão. A morte da mãe, a quem tanto amara em certa época, foi uma delas. O que temos diante de nós nesses apontamentos sobre as despesas do enterro é a expressão, sob um disfarce quase irreconhecível, de sua tristeza pela morte da mãe. Ficamos pensando o porquê desse disfarce, e na verdade não o podemos entender se o consideramos um processo mental normal. Porém, processos semelhantes são por nós bem conhecidos nas condições anômalas da neurose, sobretudo na que é conhecida como `neurose obsessiva’. Nestes casos podemos observar como a expressão de sentimentos intensos, que se haviam tornado inconscientes graças à repressão, é deslocada para ações triviais e às vezes mesmo tolas. A expressão desses sentimentos reprimidos foi de tal modo enfraquecida pelas forças que a eles se opõem, que seríamos levados a considerá-los insignificantes; mas a compulsão imperativa que leva a executar esse ato trivial revela a verdadeira força dos impulsos - força que se origina no inconsciente e que a consciência gostaria de negar. Somente comparando esta situação com a que ocorre na neurose obsessiva é que poderemos explicar as anotações de Leonardo relativas às despesas com o enterro de sua mãe. Em seu inconsciente, ele ainda se achava ligado a ela por sentimentos de matiz erótico, como acontecera em sua infância. A oposição que se originou na subseqüente repressão deste amor infantil não lhe permitiu reverenciar sua mãe em seu diário, de modo diferente e melhor. Mas o que emergiu como um compromisso desse conflito neurótico tinha de ser externado; e foi assim que esta anotação veio a fazer parte de seu diário e chegou ao conhecimento da posteridade como coisa ininteligível.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci poderia ter sido um homossexual em função das suas escolhas na vida sexual e de que com quem andava, com discípulos que eram meninos. Mas foi a partir destes e das suas anotações em seu diário que descobrimos que Leonardo da Vinci não era um homossexual e se aproximava desses meninos para educa-los, para fazê-los seus discípulos, mesmo diante de anotações aparentemente ininteligíveis. Vemos no seu diário anotações de despesas com esses meninos revelando que ele se importava com a educação, o bem-estar e a dignidade de seus discípulos. E quanto a sua mãe em seu diário, encontramos anotações que a reverenciam quanto às despesas de enterro dela, trata-se, pois de um comportamento normal e que ocorre na neurose obsessiva. Em seu inconsciente, ele ainda se achava ligado a ela por sentimentos de matiz erótico, como acontecera em sua infância. A oposição que se originou na subseqüente repressão deste amor infantil não lhe permitiu reverenciar sua mãe em seu diário, de modo diferente e melhor. Mas o que emergiu como um compromisso desse conflito neurótico tinha de ser externado; e foi assim que esta anotação veio a fazer parte de seu diário e chegou ao conhecimento da posteridade como coisa ininteligível.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci poderia ter sido um homossexual em função das suas escolhas na vida sexual e de que com quem andava, com discípulos que eram meninos. Mas foi a partir destes e das suas anotações em seu diário que descobrimos que Leonardo da Vinci não era um homossexual e se aproximava desses meninos para educa-los, para fazê-los seus discípulos, mesmo diante de anotações aparentemente ininteligíveis. Vemos no seu diário anotações de despesas com esses meninos revelando que ele se importava com a educação, o bem-estar e a dignidade de seus discípulos. E quanto a sua mãe em seu diário, encontramos anotações que a reverenciam quanto às despesas de enterro dela, trata-se, pois de um comportamento normal e que ocorre na neurose obsessiva. Em seu inconsciente, ele ainda se achava ligado a ela por sentimentos de matiz erótico, como acontecera em sua infância. A oposição que se originou na subseqüente repressão deste amor infantil não lhe permitiu reverenciar sua mãe em seu diário, de modo diferente e melhor. Mas o que emergiu como um compromisso desse conflito neurótico tinha de ser externado; e foi assim que esta anotação veio a fazer parte de seu diário e chegou ao conhecimento da posteridade como coisa ininteligível. Quanto maior for a repressão do amor infantil o que será externalizado virá como coisa ininteligível, ou seja, se você não pode amar sua mãe ou outro objeto de amor num ambiente, por um meio, instrumento ou tecnologia, grupo ou comunidade, instituição, indivíduo, trabalho, escola ou universidade, autoridade, religião e até família, a tendência é de que você externalize esse amor de forma ininteligível ou incompreensível, e até inaceitável podendo se transformar em delinquente ou criminosa.

Assim se um homem ou mulher hierarquicamente inferior não consegue obter o amor de uma autoridade hierarquicamente superior no trabalho ele ou ela irá externalizar esse amor de maneira ou forma ininteligível, incompreensível, por exemplo, distorcendo as leis, criando leis que não são saudáveis e matam, sendo irresponsável, sendo um assassino e um torturador, sendo um ladrão de informações por meio de corrupção ativa ou passiva, praticando periclitação da vida e da saúde, curandeirismo e charlatanismo, lavagem cerebral, extorsão, vingança, despersonalização, estupro e estupro coletivo, estupro virtual, estupro virtual coletivo, homicídios, chacinas e tentativas de chacinas, espancamentos, queimaduras, loucura, maus-tratos, mutilações, tentativas de suicídio, surtos psicóticos, paranormalidade e telepatia, por exemplo.

 

MATTANÓ

(20/02/2024)

 

 

 

A CURA PARA A TEORIA DA PULSÃO AUDITIVA DE MATTANÓ DE 1995 (2024):

A cura para a Teoria da pulsão auditiva de Mattanó de 1995 está na resposta ao estímulo, pois o estímulo determina a resposta com as suas propriedades, pois o indivíduo não responde da mesma maneira a um copo de água, a uma faca ou a uma fogueira, a resposta depende das propriedades do estímulo, assim a resposta na teoria da pulsão auditiva de Mattanó depende das propriedades do estímulo que foram manipuladas por indivíduos de má fé que estão sendo investigadas pelas polícias, e espalharam lavagem cerebral, tortura, extorsão, vingança, despersonalização e estupro virtual, roubo, corrupção, violência, imoralidade, pedofilia e enriquecimento ilícito por todos os cantos deste planeta. Contudo a cura para todos estes eventos se encontra nas propriedades dos estímulos, sabendo discriminá-los assertivamente e conscientemente, sem distorcê-los e sem promover violência, lavagem cerebral, despersonalização, vingança e estupro virtual, ou seja, discriminando o mundo real e não o mundo do prazer e da loucura, princípio e desencadeador de todas as confusões e atritos deste mundo, pois no prazer nos falta a realidade e o discernimento, a compreensão do que está sendo discriminado. Só compreendendo o que está sendo discriminado teremos bem-estar e cura para estes eventos de tortura, lavagem cerebral e despersonalização que podem ocorrer mediante mau uso da teoria da pulsão auditiva de Mattanó de 1995.

 

MATTANÓ

(22/02/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que idosos e doentes, internados em casa ou em hospitais, não tem resistência para lidar com a Justiça Virtual, Paranormal ou Telepática, pois ficam abatidos e tristes, sem forças para lidar com a situação e exauridos, correndo o risco de ficarem mais doentes, como no meu caso, que depois de 1995 quando isto começou fiquei incapaz e insano, louco, minha família tem muitos idosos e estão todos doentes psicológica e moralmente, estão com problemas sociais graves em função dessa intervenção que ao meu ver é mais para lavagem de dinheiro, corrupção e  enriquecimento ilícito nas artes e na cultura, trapaças nos esportes, e assassinatos na Saúde através de profissionais da Saúde que se formaram para salvar, mas autoridades pedem para matar sem julgamento e sem direito a defesa e recursos. Tribunais que julgam crimes contra a Humanidade dão direito à defesa para os seus acusados de crimes contra a humanidade, não julgam as escondidas e nem trabalham as escondidas, o cérebro humano não é perfeito, ele adoece e envelhece, ele fica com demência e se degenera, ganha, por vezes síndromes como a de Alzheimer e a de Parkinson, pode ser de indivíduos com autismo ou outras síndromes, ou até mesmo com esquizofrenia paranoica e ter delírios e alucinações, alterações do pensamento, hostilidade e agressividade, pobreza de linguagem e isolamento social prejudicando os relacionamentos deste indivíduo que sofre de esquizofrenia paranoica, inclusive sua vida virtual, paranormal ou telepática, fazendo com que ele cometa crimes de maneira encoberta ou privada, obrigando as autoridades e as polícias a terem que fazer cumprir as leis de saúde e proteção de pessoas nessa condição, geralmente incapazes como eu, que também estou incapacitado motoramente por causa dessa investigação virtual, paranormal ou telepática que provocou um acidente de trânsito, com minha mãe e minha avó materna no dia do meu aniversário, num dia de chuva, numa fiat Elba vermelha, onde fiquei ferido com sequelas na minha coluna e bacia, e isto me incapacitou.  

 

MATTANÓ

(22/02/2024)

 

 

 

 

Não nos parece muito ousado aplicar às notas sobre as despesas com os alunos aquilo que descobrimos nas notas sobre o enterro. Seriam elas, portanto, outro testemunho dos esparsos remanescentes dos impulsos libidinais de Leonardo, que encontravam assim expressão, de maneira compulsiva e sob forma distorcida. Sob esse ponto de vista, sua mãe e seus alunos, que representavam a imagem de sua própria beleza infantil, haviam sido seus objetos sexuais - tanto quanto a repressão sexual que dominava sua natureza nos permite reconhecê-los - e a compulsão a anotar detalhadamente os seus gastos com eles revelava, desse modo estranho, seus conflitos rudimentares. Assim, pareceria que a vida erótica de Leonardo pertencia realmente ao tipo de homossexualidade cujo desenvolvimento psíquico conseguimos desvendar, e a emergência da situação homossexual em sua fantasia do abutre tornar-se-ia inteligível para nós; porque seu significado era exatamente o que já havíamos afirmado relativamente a esse tipo. Teríamos de traduzi-lo assim: `Foi através dessa relação erótica com minha mãe que me tornei um homossexual.’

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci utilizava suas anotações para espelhar como um testemunho de seus impulsos libidinais remanescentes que se manifestavam de forma compulsiva e distorcida. Sua mãe e seus alunos representavam a imagem de sua própria beleza infantil, seus objetos sexuais, reconhecidos através da repressão sexual que se manifestava na compulsão para anotar detalhadamente os gastos com eles, revelando conflitos rudimentares. Assim a vida erótica de Leonardo da Vinci pertencia ao tipo de homossexualidade desvendada na fantasia do abutre, de modo que a relação erótica com sua mãe o transformou num homossexual.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci utilizava suas anotações para espelhar como um testemunho de seus impulsos libidinais remanescentes que se manifestavam de forma compulsiva e distorcida. Sua mãe e seus alunos representavam a imagem de sua própria beleza infantil, seus objetos sexuais, reconhecidos através da repressão sexual que se manifestava na compulsão para anotar detalhadamente os gastos com eles, revelando conflitos rudimentares. Assim a vida erótica de Leonardo da Vinci pertencia ao tipo de homossexualidade desvendada na fantasia do abutre, de modo que a relação erótica com sua mãe o transformou num homossexual. Contudo esse homossexual não possui o componente sexual adquirido com a malícia e a puberdade, transformando-se através do seu desenvolvimento imaginário e simbólico, apenas num componente de fraternidade vivido na relação com sua mãe através do seu seio e depois com seus alunos que são substitutos dessa relação maternal, da imagem de sua própria beleza infantil, vividos como objetos de fraternidade, reconhecidos através da repressão sexual e do recalque que se manifesta como compulsão para anotar detalhadamente seus gastos com eles, de modo a revelar conflitos rudimentares, que tem uma natureza imaginária e simbólica que transforma o seio de sua experiência com sua mãe numa experiência com um abutre que suscita uma experiência homossexual, mas que na verdade quer nos falar da fraternidade e da comunhão, da libido que transborda para a comunhão e esta para a segurança vivida na plenitude da fraternidade.

 

MATTANÓ

(23/02/2024)

 

 

 

 

 

 

IV

Ainda não demos por terminada a análise da fantasia do abutre de Leonardo. Com palavras que tão claramente sugerem a descrição de um ato sexual (`e fustigou muitas vezes sua cauda contra meus lábios’), Leonardo acentua a intensidade das relações eróticas entre mãe e filho. Da ligação desta atividade de sua mãe (o abutre) com a dominância da zona bucal, não será difícil adivinhar que a fantasia contém uma outra lembrança. Podemos traduzi-la assim: `Minha mãe beijou-me apaixonada e repetidamente na boca.’ A fantasia surge da lembrança de ser alimentado no seio e de ser beijado pela mãe.

A natureza generosa deu ao artista a capacidade de exprimir seus impulsos mais secretos, desconhecidos até por ele próprio, por meio dos trabalhos que cria; e estas obras impressionam enormemente outras pessoas estranhas ao artista e que desconhecem, elas também, a origem da emoção que sentem. Será que nada existe na obra de Leonardo para testemunhar aquilo que sua memória conservou como uma das impressões mais fortes de sua infância? Deveríamos certamente poder encontrar alguma coisa. Porém, se considerarmos a transformação enorme que terá de sofrer qualquer impressão vivida por um artista antes que ela venha a ser transformada em uma contribuição para uma obra de arte, teremos de observar um grande comedimento ao proclamarmos a nossa certeza quanto aos resultados a que chagamos em nossas pesquisas; sobretudo com referência a Leonardo. Qualquer pessoa que pense nas pinturas de Leonardo recordar-se-á de um sorriso notável, ao mesmo tempo fascinante e misterioso, que ele punha os lábios de seus modelos femininos. É um sorriso imutável, desenhado em lábios longos e curvos; tornou-se uma característica do seu estilo e o termo `Leonardiano’ tem sido usado para defini-lo. Este sorriso no rosto estranhamente lindo da florentina Mona Lisa del Giocondo tem causado, em todos que o contemplam, os efeitos mais fortes e controvertidos. [Ver Lâmina II.] Este sorriso requer uma interpretação e de fato tem merecido as mais variadas explicações sem que nenhuma ainda tenha conseguido satisfazer. `Voilà quatre siècles bientôt que Monna Lisa fait perdre la tête a tous ceux qui parlent d’elle, après l’avoir longtemps regardée.’

Muther (1909, 1, 314) escreveu: `O que sobretudo enfeitiça o espectador é a magia demoníaca desse sorriso. Centenas de poetas e escritores já escreveram sobre essa mulher que ora parece sorrir-nos tão sedutoramente, ora parece fitar o espaço, friamente e sem alma. E ninguém jamais decifrou o enigma de seu sorriso nem leu o significado de seus pensamentos. Tudo, até mesmo a paisagem, assemelha-se a um sonho e parece sofrer a influência opressiva da sensualidade.’

A idéia de que dois elementos diferentes estejam combinados no sorriso de Mona Lisa já foi suscitada por diversos de seus críticos. Muitos deles vêem na expressão da linda florentina a mais perfeita representação dos contrastes que dominam a vida erótica das mulheres; o contraste entre a reserva e a sedução, e entre a ternura mais delicada e uma sensualidade implacavelmente exigente, destruindo os homens como se fossem seres estranhos. Este é o ponto de vista de Müntz (1899, 417): `On sait quelle énigme indéchiffrable et passionnante Monna Lisa Gioconda ne cesse depuis bientôt quatre siècles de proposer aux admirateurs pressés devante elle. Jamais artiste (j’emprunte la plume du délicat écrivain qui se cache sous le pseudonyme de Pierre de Corlay) “a-t-il traduit ainsi l’essence même de la féminité: tendresse et coquetterie, pudeur et sourde volupté, tout le mystère d’un coeur qui se réserve, d’un cerveau qui réflechit, d’une personnalité que se garde et ne livre d’elle-même que son rayonnement…” O escritor italiano Angelo Conti (1910, 93) descreve que viu no Louvre o retrato iluminado por um raio de sol. `La donna sorrideva in una calma regale: i suoi istinti di conquista, di ferocia, tutta l’eredità della specie, la volontà della seduzionne e dell’agguato, la grazia del inganno, la bontà che cela un proposito crudele, tutto ciò appariva alternativamente e scompariva dietro il velo ridente e si fondeva nel poeme del suo sorriso… Buona e malvagia, crudele e compassionevole, graziosa e felina, ella rideva…’

Leonardo passou quatro anos pintando esse retrato, talvez de 1503 até 1507, durante a sua segunda permanência em Florença, época em que tinha mais de cinqüenta anos. Segundo Vasari, durante o trabalho Leonardo empregou todos os meios ao seu alcance para divertir essa senhora e conservar-lhe no semblante o sorriso famoso. No seu estado atual, o quadro conserva pouco de todos os detalhes delicados que seu pincel, na época, reproduziu sobre a tela; enquanto foi pintado, foi proclamado como sendo o mais elevado que a arte poderia realizar, porém é sabido que o próprio Leonardo não se satisfez com o resultado; declarando que estava incompleto não o entregou à pessoa que o encomendara, levou-o consigo para a França, onde o seu patrono, Francisco I, o adquiriu para o Louvre.

Deixando sem solução a enigmática expressão no rosto de Mona Lisa, vamos anotar o fato inegável de que o seu sorriso, que tanto fascina todos os que têm contemplado durante esses quatro séculos, exerceu também poderoso fascínio sobre Leonardo. Dessa data em diante, o sorriso cativante reaparece em todos os seus quadros assim como nos de seus alunos. Sendo a Mona Lisa de Leonardo um retrato, não cremos que lhe tivesse imprimido, por sua própria inspiração, característica tão expressiva à sua face - característica que não lhe pertence realmente. Torna-se, portanto, inegável concluir que ele encontrou esse sorriso em seu modelo e ficou por ele tão enfeitiçado que daí por diante reproduziu-o em todas as criações livres de sua fantasia. Esta interpretação, que não poderá ser considerada forçada, é defendida, por exemplo, por Konstantinowa (1907, 44):

`Durante o longo período em que o artista trabalhou no retrato de Mona Lisa del Giocondo, estudou tão apaixonadamente os detalhes mais sutis e delicados deste rosto que passou a reproduzir os seus traços - sobretudo o seu misterioso sorriso e estranho olhar - em todos os rostos que veio a pintar e desenhar depois. Até no retrato de São João Batista, no Louvre, pode-se perceber esta expressão facial, tão peculiar da Gioconda; mas é sobretudo no rosto da Virgem Maria, no quadro da

 

 

MONA LISA, de LEONARDO

 

 

“Madona e o Menino com Sant’Ana”, que mais claramente o reconhecemos.’ [Ver o Frontispício deste volume.]

No entanto, esta situação pode ter ocorrido de outro modo. A necessidade de um motivo mais profundo para explicar a atração tão forte que o sorriso da Gioconda exerceu sobre o artista, a ponto de nunca mais vir a libertar-se dele, tem sido mantida por mais de um de seus biógrafos. Walter Pater, que vê no retrato de Mona Lisa `uma presença… expressiva daquilo que os homens sempre ambicionaram, durante milênios, possuir’ [1873, 118], e que descreve com muita sensibilidade o `sorriso distante, sempre sombreado por algum triste presságio, que transparece em toda a obra de Leonardo` [ibid., 117], fornece-nos um outro dado quando declara (loc. cit.):

`Além do mais, o quadro é um retrato. Desde a infância, vemos esta imagem vir-se definindo na contextura de seus sonhos; e, a não ser por algum testemunho histórico expresso, poderemos supor que essa foi sua mulher ideal, finalmente concretizada e finalmente possuída…’

Marie Herzfeld (1906, 88) sem dúvida nenhuma participa de opinião muito semelhante quando declara que na Mona Lisa Leonardo encontrou o seu próprio eu (self), e por isso conseguiu transferir tanta coisa de sua própria natureza para o retrato `cujas feições jaziam há muito tempo, em misteriosa harmonia, na mente de Leonardo’,

Vamos tentar explicar melhor o que aqui sugerimos. Poderia ser que Leonardo tivesse ficado fascinado pelo sorriso de Mona Lisa, por lhe ter despertado alguma coisa que há muito habitava sua mente - provavelmente uma antiga lembrança. Esta lembrança era de suficiente importância pois, uma vez despertada, nunca mais dela se libertou; sentia-se sempre forçado a dar-lhe novas formas de expressão. A afirmativa de Pater, segundo a qual podemos ver desde a infância um rosto como o de Mona Lisa esboçar-se na contextura de seus sonhos, parece convincente e merece ser acatada.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica uma das características mais marcantes de Leonardo da Vinci em suas telas é o sorriso, ressaltando que ele pode ter sido despertado por alguma coisa que há muito habitava sua mente, provavelmente uma lembrança antiga, e que esta lembrança era suficientemente importante pois, uma vez despertada, nunca mais dela se libertou, sentindo-se sempre forçado a dar-lhe novas formas de expressão, contudo pode haver também a influência de seus sonhos que se esboçam neste contexto.

Mattanó aponta que uma das características mais marcantes de Leonardo da Vinci em suas telas é o sorriso, ressaltando que ele pode ter sido despertado por alguma coisa que há muito habitava sua mente, provavelmente uma lembrança antiga, e que esta lembrança era suficientemente importante pois, uma vez despertada, nunca mais dela se libertou, sentindo-se sempre forçado a dar-lhe novas formas de expressão, contudo pode haver também a influência de seus sonhos que se esboçam neste contexto. Aponto que Leonardo da Vinci muito provavelmente por ser um gênio e viver numa época onde a saúde-mental era caótica e privilégio de ninguém, muito provavelmente o sorriso que testemunhamos em suas telas deriva do multiculturalismo, da influência das diversas línguas e idiomas sobre a sua língua e idioma, que pode ter desencadeado processos de desejo e volição, de necessidade que colaboraram para aumentar a probabilidade de doenças mentais naquela época, causando loucura, esquizofrenia, depressão e talvez pânico em Leonardo da Vinci e até transtornos sexuais acompanhados de ansiedade e angústia, que por sua vez influenciaram sua vida onírica e sua vida anímica, determinando como se comportar diante de símbolos como um abutre com a cauda dentro de sua boca e como interpretar estes símbolos, que ao meu ver revelam o comportamento de mamar e o seu desenvolvimento, chegando no comportamento de comungar ou de comunhão, mesmo sob efeito de fantasias como ¨será que a comunhão ¨dançarᨠem minha boca quando eu comungar?¨

 

MATTANÓ

(24/02/2024)

 

 

 

 

 

 

Vasari conta que `teste di femmine, che ridono’ foi tema tratado em seus primeiros ensaios artísticos. Este trecho, do qual não necessitamos duvidar, já que nada pretende provar, está transcrito mais extensamente na versão de Schorn (19843, 3, 6): `Em sua juventude, modelou em barro algumas cabeças sorridentes de mulher, reproduzidas depois em gesso; e algumas cabeças de crianças, lindas como se houvessem sido modeladas por mãos de um mestre…’

Ficamos sabendo, assim, que ele começou sua carreira artística reproduzindo duas espécies de objeto; e estes infalivelmente nos fazem lembrar os dois tipos de objetos sexuais que deduzimos da análise de sua fantasia sobre o abutre. Se as lindas cabeças de criança eram a reprodução da sua própria pessoa, como ele era na sua infância, então as mulheres sorridentes nada mais seriam senão a reprodução de sua mãe Caterina, e começamos a suspeitar a possibilidade de que este misterioso sorriso era o de sua mãe - sorriso que ele perdera e que muito o fascinou, quando novamente o encontrou na dama florentina.

O quadro de Leonardo mais próximo da Mona Lisa em ordem cronológica é o chamado `Sant’Ana com Dois Outros’, ou seja, Sant’Ana com a Madona e o Menino. [Ver Frontispício.] Nele o sorriso leonardiano aparece evidente e lindo nas fisionomias de ambas as mulheres. Não é possível descobrir quanto tempo antes ou depois da Mona Lisa, Leonardo começou a pintar o quadro. Como os dois trabalhos o ocuparam durante anos, penso que podemos afirmar que o artista trabalhava em ambos ao mesmo tempo. Estaria mais de acordo com a nossa teoria admitirmos que foi a intensidade da concentração de Leonardo nas feições da Mona Lisa que o estimulou a criar a composição de Sant’Ana como produto de sua imaginação. Porque, se é verdade que o sorriso de Gioconda lhe despertava recordações de sua mãe, fácil será compreender como isso o levou a criar uma glorificação da maternidade, e a restituir à sua mãe o sorriso que encontrara na nobre dama. Podemos, portanto, transferir o nosso centro de interesse do retrato da Mona Lisa para este outro quadro - igualmente belo, e que hoje também se encontra no Louvre.

Sant’Ana com sua filha e o neto é assunto que raramente foi tratado na pintura italiana. De qualquer modo, a composição de Leonardo difere enormemente de qualquer outra versão conhecida, segundo escreve Muther (1909, 1, 309):

`Alguns artistas como Hans Fries, Holbein, o velho, e Girolamo dai Libri, representaram Ana sentada ao lado de Maria, colocando o Menino entre as duas. Outros, como Jakob Cornelisz em seu quadro de Berlim, pintaram aquilo que realmente se poderia chamar de “Sant’Ana com Dois Outros”, em outras palavras, eles a representaram sustentando nos braços a figura menor de Maria, que por sua vez carrega no colo a figura menor ainda de Cristo menino. No quadro de Leonardo, Maria está sentada no colo de sua mãe e se debruça, com os braços estendidos para o Menino que brinca com um cordeirinho, talvez o tratando com pouca delicadeza. A avó apóia na cintura o braço visível e contempla o par com um sorriso de felicidade. A composição, na verdade, não aparenta muita naturalidade. O sorriso que paira nos lábios de ambas as mulheres, embora seja inegavelmente o mesmo da Mona Lisa, perdeu seu caráter estranho e misterioso; o que ele exprime aqui é sentimento íntimo e serena felicidade.

Depois de estudarmos o quadro por algum tempo, ocorre-nos subitamente a idéia de que somente Leonardo o poderia ter pintado assim como somente ele poderia ter criado a fantasia do abutre. O quadro contém a síntese da história de sua infância: os seus detalhes devem ser explicados relembrando as impressões mais pessoais da vida de Leonardo. Na casa de seu pai, ele encontrou não somente a sua boa madrasta Donna Albiera mas também a sua avó, mãe de seu pai, Monna Lucia, que - assim o supomos - foi para ele tão carinhosa quanto geralmente o são os avós. Essas circunstâncias podem muito bem ter influído para que representasse num quadro a imagem da criança vigiada pela mãe e pela avó. Outra característica evidente desse quadro é ainda mais significativa. Sant’Ana, a mãe de Maria e a avó do Menino, que deveria ser uma matrona, é representada como um pouco mais madura e mais séria do que a Virgem Maria, porém ainda uma mulher jovem e de inalterável beleza. Na verdade, Leonardo deu ao Menino duas mães; uma que lhe estende os braços e outra no segundo plano; ambas deixando transparecer o sorriso bem-aventurado da alegria maternal. Essa característica do retrato sempre chamou a atenção daqueles que o descrevera. Muther, por exemplo, é de opinião que Leonardo nunca procurava pintar a velhice, com suas marcas e rugas, e por esse motivo pintou Ana também como uma mulher de radiante beleza. Mas será que nos poderemos satisfazer com esta explicação? Outros tem negado haver qualquer similaridade de idade entre mãe e filha. Mas a explicação dada por Muther mostra bem que a impressão que se tem de que Sant’Ana foi pintada mais jovem provém mesmo do quadro e não constitui nenhuma invenção para justificar objetivo posterior.

 

A infância de Leonardo teve característica igual à que o quadro reproduz. Teve duas mães: primeiro, sua verdadeira mãe Caterina, de quem o separaram quando tinha entre três e cinco anos; e depois uma madrasta moça e carinhosa, Donna Albiera, esposa de seu pai. Pela combinação dessa situação de sua infância com a outra que mencionamos acima (a presença da mãe e da avó) e pela composição que fez reunindo os três personagens numa unidade, o desenho de `Sant’Ana com Dois Outros’ veio a concretizar-se para ele. A figura maternal mais afastada do Menino - a avó - corresponde à primeira e verdadeira mãe, Caterina, tanto em sua aparência quanto em sua relação especial com o menino. O artista parece ter usado o sorriso bem-aventurado da Sant’Ana para negar e encobrir a inveja que sentiu a pobre mulher quando foi obrigada a entregar o filho à sua rival nascida em berço mais nobre, assim como já lhe havia outrora entregado o pai.

Encontramos também uma confirmação, em outro trabalho de Leonardo, de nossa suspeita de que o sorriso de Mona Lisa del Giocondo havia despertado nele, já homem feito, a lembrança da mãe que tivera em sua

 

 

Fig. 2.

 

 

primeira infância. Dessa época em diante, as madonas e as senhoras aristocráticas dos quadros italianos passaram a ser pintadas com a humilde inclinação da cabeça e sorrindo o estranho e bem-aventurado sorriso de Caterina,

 

 

Fig. 3.

 

 

a pobre camponesa que dera à luz o magnífico filho cujo destino seria pintar, pesquisar e sofrer.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os quadros analisados de Leonardo da Vinci nos mostram o despertar dele, em sua primeira infância, para o sorriso de sua mãe.  Dessa época em diante, as madonas e as senhoras aristocráticas dos quadros italianos passaram a ser pintadas com a humilde inclinação da cabeça e sorrindo o estranho e bem-aventurado sorriso de Caterina, a pobre camponesa que dera à luz o magnífico filho cujo destino seria pintar, pesquisar e sofrer.

Mattanó aponta que os quadros analisados de Leonardo da Vinci nos mostram o despertar dele, em sua primeira infância, para o sorriso de sua mãe.  Dessa época em diante, as madonas e as senhoras aristocráticas dos quadros italianos passaram a ser pintadas com a humilde inclinação da cabeça e sorrindo o estranho e bem-aventurado sorriso de Caterina, a pobre camponesa que dera à luz o magnífico filho cujo destino seria pintar, pesquisar e sofrer. O sorriso de Caterina era consequência do multiculturalismo europeu que causava transtornos mentais ainda não descobertos e nem desvendados pela ciência como a esquizofrenia, a depressão, o pânico, a obsessão e a compulsão, os transtornos sexuais, a obesidade, a imundície ou sujeira corporal, a criminalidade, as sociopatias, a fome, a miséria e a pobreza, a crueldade e a loucura que influenciavam direta e indiretamente na produção do sorriso de Caterina. A humilde inclinação da cabeça em suas telas retrata a violência contra a mulher que era intimidada e humilhada, mas isto na época era normal, por isso Leonardo da Vinci exalta o sorriso de Caterina, por pior que seja ele hoje, em nosso contexto e realidade de loucura derivada do multiculturalismo, que desde sua origem parece ser maior do que as forças morais e civilizatórias, educativas, pois sempre trata de humilhar e ofender ao outro, seja homem ou mulher, criança ou idoso, doente ou sadio, trata-se de uma forma de loucura e violência que transforma a linguagem em lavagem cerebral e despersonalização, extorsão, vingança e estupro virtual, e até em tentativas de reversão sexual e da moralidade, fazendo com que o indivíduo perceba isto, mas se sinta impotente, pois o prazer da pulsão de morte que o faz rir da sua própria desintegração é dominante e castrador, impedindo que saia dessa relação destrutiva.

 

MATTANÓ

(25/02/2024)

 

   

 

 

A EDUCAÇÃO SUPLEMENTAR (2024):

A Educação Suplementar surgiria como meio para formar trabalhadores independentemente do grau de escolaridade e de alfabetização dos seus alunos. Trata-se de formar trabalhadores, mão-de-obra, força produtiva e não de intelectuais para cargos mecanicistas ou automáticos, como limpeza, produção, fabricação, ajustamento, correção, segurança, vigilância, contato, correspondência, criação, arte, produção de um ambiente de trabalho saudável e agradável, e auxílio na administração, por exemplo.

 

MATTANÓ

(26/02/2024)

 

 

PRECISAMOS DE LEIS QUE PROTEJAM NOSSOS JOVENS E ADULTOS (2024):

Não precisamos de cadeias para condicionar nossos jovens e adultos, mas sim, de leis que os protejam da violência, do abuso e da exploração do mercado de trabalho, da imoralidade, da prostituição, do estupro, do assédio sexual e moral, do curandeirismo e do charlatanismo, da tortura psicológica que o tráfico de drogas, de pessoas, de órgãos, de escravos e de sexo impõe sobre eles como forma de adquirirem independência e autonomia, liberdade, ou melhor, uma falsa liberdade, que na maioria das vezes acaba em tragédia ou em cadeia, ou seja, em crime e em criminalidade. Estas pessoas que estão entre os 18 e os 35 anos de idade são os mais desprotegidos socialmente e pelas leis do nosso país, ficam a margem dos direitos humanos e civis, para servirem de cobaias para os direitos penais com seus desvios que marcam famílias, cidades e sociedades. Precisamos substituir o sofrimento dessas pessoas por crescimento moral e psicológico, comportamental, mediante leis que reforcem estas variáveis e características, valorizando a educação e o trabalho, melhorando as leis trabalhistas de forma a dar mais autonomia para o empregador negociar seu estilo de administração de recursos físicos, econômicos e humanos, seu capital e sua produção, dando o direito e a liberdade de decidir o futuro de sua empresa ou negócio, mesmo quando acontecem crimes e privilegiando o empreendedor que recuperar sua ¨máquina¨ ou ¨equipamento¨, ou seja, o trabalhador, sem ter que adquirir um outro para o seu lugar, gerando despesas e traumas entre sua equipe de trabalhadores, de modo a criar um ¨espírito de equipe¨ que tenderá a manter unida essa equipe de trabalhadores, que cooperarão uns com os outros, diminuindo o risco de crimes e de adversidades morais, econômicas, patrimoniais e sexuais entre eles. Pois perceberão que o Estado e a empresa podem ser como uma extensão de sua família, na medida em que a sua subjetividade se acomoda a subjetividade dos outros trabalhadores e da empresa, alinhando-se a subjetividade do Estado, que não é mais uma ameaça para o jovem ou adulto trabalhador sem experiência que depende de muita experiência e treinamento para se equilibrar cognitivamente no trabalho. Precisamos de pessoas trabalhando e não aprisionadas nas cadeias aprendendo a cometerem crimes e a traficar drogas ou sequestrar outras vítimas de um Estado que precisa mudar para transformar esta triste realidade do nosso tempo. Liberdade para se viver e para se ensinar a viver nunca dá cadeia quando ela está em sintonia com os ditames morais, trabalhistas, familiares, sociais, sexuais e espirituais do nosso tempo.

 

MATTANÓ

(26/02/2024)

 

 

 

 

 

 

Se Leonardo teve sucesso ao reproduzir nas feições de Mona Lisa a dupla significação contida naquele sorriso, a promessa de ternura infinita e ao mesmo tempo a sinistra ameaça (segundo a frase de Pater [ver em [1]]), manteve-se também fiel ao conteúdo de sua lembrança mais distante. Porque a ternura de sua mãe foi-lhe fatal; determinou o seu destino e as privações que o mundo lhe reservava. A violência das carícias evidentes em sua fantasia sobre o abutre eram muito naturais. No seu amor pelo filho, a pobre mãe abandonada procurava dar expansão à lembrança de todas as carícias recebidas e à sua ânsia por outras mais. Tinha necessidade de fazê-lo, não só para consolar-se de não ter marido mas também para compensar junto ao filho a ausência de um pai para acarinhá-lo. Assim, como todas as mães frustradas, substitui o marido pelo filho pequeno, e pelo precoce amadurecimento de seu erotismo privou-o de uma parte de sua masculinidade. O amor da mãe pela criança que ela mesma amamenta e cuida é muito mais profundo que o que sente, mais tarde, pela criança em seu período de crescimento. Sua natureza é a de uma relação amorosa plenamente satisfatória, que não somente gratifica todos os desejos mentais mas também todas as necessidades físicas; e se isto representa uma das formas possíveis da felicidade humana, em parte será devido à possibilidade que oferece de satisfazer, sem reprovação, desejos impulsivos há muito reprimidos e que podem ser considerados como perversos. Nos casais jovens e mais felizes, o pai se dá conta de que o bebê, sobretudo se for um menino, transforma-se em seu rival, o que vem a constituir o ponto de partida de um antagonismo para com o favorito, que está profundamente arraigado no inconsciente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo teve sucesso ao reproduzir nas feições de Mona Lisa a dupla significação contida naquele sorriso, a promessa de ternura infinita e ao mesmo tempo a sinistra ameaça (segundo a frase de Pater [ver em [1]]), manteve-se também fiel ao conteúdo de sua lembrança mais distante. A ternura de sua mãe foi-lhe fatal; determinou o seu destino e as privações que o mundo lhe reservava. A violência das carícias evidentes em sua fantasia sobre o abutre eram muito naturais. No seu amor pelo filho, a pobre mãe abandonada procurava dar expansão à lembrança de todas as carícias recebidas e à sua ânsia por outras mais. Tinha necessidade de fazê-lo, não só para consolar-se de não ter marido mas também para compensar junto ao filho a ausência de um pai para acarinhá-lo. Assim, como todas as mães frustradas, substitui o marido pelo filho pequeno, e pelo precoce amadurecimento de seu erotismo privou-o de uma parte de sua masculinidade. Sua natureza é a de uma relação amorosa plenamente satisfatória, que não somente gratifica todos os desejos mentais mas também todas as necessidades físicas; e se isto representa uma das formas possíveis da felicidade humana, em parte será devido à possibilidade que oferece de satisfazer, sem reprovação, desejos impulsivos há muito reprimidos e que podem ser considerados como perversos. Nos casais jovens e mais felizes, o pai se dá conta de que o bebê, sobretudo se for um menino, transforma-se em seu rival, o que vem a constituir o ponto de partida de um antagonismo para com o favorito, que está profundamente arraigado no inconsciente.

Mattanó aponta que Leonardo teve sucesso ao reproduzir nas feições de Mona Lisa a dupla significação contida naquele sorriso, a promessa de ternura infinita e ao mesmo tempo a sinistra ameaça (segundo a frase de Pater [ver em [1]]), manteve-se também fiel ao conteúdo de sua lembrança mais distante, contudo reproduziu o conteúdo do multiculturalismo agindo sobre as feições, o comportamento e a afetividade, sobre o inconsciente humano e em suas relações sociais. A ternura de sua mãe foi-lhe fatal; determinou o seu destino e as privações que o mundo lhe reservava. A violência das carícias evidentes em sua fantasia sobre o abutre eram muito naturais. No seu amor pelo filho, a pobre mãe abandonada procurava dar expansão à lembrança de todas as carícias recebidas e à sua ânsia por outras mais. Tinha necessidade de fazê-lo, não só para consolar-se de não ter marido mas também para compensar junto ao filho a ausência de um pai para acarinhá-lo. Assim, como todas as mães frustradas, substitui o marido pelo filho pequeno, e pelo precoce amadurecimento de seu erotismo privou-o de uma parte de sua masculinidade, ou melhor, do desenvolvimento de um repertório masculino e de menino, contudo sem malícia e sem maldade, sem intenção de natureza sexual, pois não tem hormônios sexuais em seu organismo, o que o impede de se comportar com tal intenção. Sua natureza é a de uma relação amorosa plenamente satisfatória, que não somente gratifica todos os desejos mentais mas também todas as necessidades físicas; e se isto representa uma das formas possíveis da felicidade humana, em parte será devido à possibilidade que oferece de satisfazer, sem reprovação, desejos impulsivos há muito reprimidos e que podem ser considerados como perversos, perversos na medida em que dependem das necessidades fisiológicas desse menino que está em fase de crescimento e mudança de comportamento. Nos casais jovens e mais felizes, o pai se dá conta de que o bebê, sobretudo se for um menino, transforma-se em seu rival, o que vem a constituir o ponto de partida de um antagonismo para com o favorito, que está profundamente arraigado no inconsciente, como uma questão de seleção, competição e evolução, onde o menino organiza sua identidade, orientação e papel sexual como produtos desse antagonismo.

 

MATTANÓ

(26/02/2024)

 

 

 

 

 

A TEORIA DA PULSÃO AUDITIVA E SUAS CONSEQUÊNCIAS (2024):

Mattanó aponta que a sua Teoria da Pulsão Auditiva cria uma nova linguagem, um novo padrão de associação cerebral e de sinapses, de cultura, de aprendizagem, de escolhas, de valores, de ganhos e de perdas, de acúmulo e distribuição de riquezas e de pobrezas, de economia psíquica e comportamental, de relacionamentos sociais e humanos, de família, de incestos, de violência, de pedofilia, de estupro e de estupro virtual, de promiscuidade, de perdão e de assédio sexual e moral, de extorsão, de vingança, de lavagem cerebral, de despersonalização, de loucura, de depressão, de pânico, de esquizofrenia, de delírios, de alterações comportamentais, de hostilidade, de isolamento social, de pobreza de linguagem, de argumentação e de linguagem, de semântica, de significados e de sentidos, de conceitos, de contextos, de comportamentos, de funcionalidades, de topografias, de inconscientes, de simbologias e de símbolos, de arquétipos, de vida onírica e de vida anímica, de vida paranormal, de vida sobrenatural, de ciclos circadianos, de consciência, homeostase, conhecimento, realidade, de mapa cerebral que por sua vez vão contaminando e degenerando ou arruinando a alça ressonante que une o corpo ao protosself que nos assegura a saúde-mental, o bem-estar cerebral e a vida, e então o indivíduo começa a colapsar, surtar, sair da realidade e entrar num universo paralelo que é determinado pela deterioração da alça ressonante de forma progressiva e na maior parte das vezes, irreversível, até a sua desintegração psicológica, comportamental e morte.

 

MATTANÓ

(29/02/2024)

 

 

 

 

MENSAGEM DA RAINHA DO AMOR PARA O SEU AMOR EM 01 DE MARÇO DE 2024 EM LONDRINA/PR/BRASIL ÀS 17H15:

 

¨O Amor perguntou para Maria e para Jesus olhando para o Céu através da janela da sala de sua casa enquanto assistia a Santa Missa da TV Canção Nova: ¨o organismo ou corpo humano pode ter e emitir radiação ou raios-x? Então apareceu no Céu a imagem de um disco voador significando que o homem só poderia emitir radiação e raios-x naturalmente através de contaminação, assim como eletricidade e magnetismo, e que o Homem numa prancha desafiando os Céus, significava a criatura desafiando o Criador, ou seja, o homem desafiando os Céus e o Universo, neste caso, Deus e o Universo são os criadores do homem¨.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 02 de março de 2024.

 

MATTANÓ

(02/03/2024)

 

 

 

 

 

 

 

Quando em pleno vigor de sua mocidade, Leonardo reencontrou o sorriso de beatitude e enlevo que vira pairar nos lábios de sua mãe quando o acariciava, ele já tinha estado tempo demais sob o domínio da inibição para que pudesse voltar a desejar tais carícias dos lábios de outras mulheres. Ele porém se tornara pintor e, portanto, lutou para reproduzir com seu pincel o sorriso famoso em todos os seus quadros (tanto nos que ele próprio pintou como nos que incumbia seus alunos de fazer sob sua orientação) - assim foi com a Leda, com o João Batista e com o Baco. Os dois últimos são variantes do mesmo tipo. `Leonardo transformou o comedor de gafanhotos da Bíblia’, disse Muther (1909, 1, 314), `num Baco, ou melhor, num jovem Apolo, que, com um sorriso misterioso nos lábios e com suas pernas macias cruzadas, fita-nos com olhos que nos perturbam os sentidos.’ Esses quadros transmitem um misticismo cujo segredo ninguém ousa desvendar; o máximo que poderíamos tentar seria determinar a sua relação com as criações anteriores de Leonardo. As figuras ainda são andróginas mas não mais no sentido da fantasia do abutre. São jovens lindos, de uma delicadeza feminina e de formas afeminadas; já não abaixam os olhos mas contemplam-nos com uma expressão de misterioso triunfo como se conhecessem uma grande felicidade cujo segredo devessem calar. O sorriso fascinante e familiar leva-nos a crer tratar-se de um segredo de amor.

É possível que nestas figuras Leonardo tenha negado a infelicidade de sua vida erótica e que tenha triunfado sobre ela em sua arte, proclamando os desejos do menino apaixonado pela sua mãe, com um sentimento de realização nessa união bem-aventurada das naturezas masculina e feminina.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci reencontrou o sorriso de beatitude e enlevo que vira pairar nos lábios de sua mãe quando o acariciava em pleno vigor de sua mocidade, ele já tinha estado tempo demais sob o domínio da inibição para que pudesse voltar a desejar tais carícias dos lábios de outras mulheres. Ele porém se tornara pintor e, portanto, lutou para reproduzir com seu pincel o sorriso famoso em todos os seus quadros (tanto nos que ele próprio pintou como nos que incumbia seus alunos de fazer sob sua orientação) - assim foi com a Leda, com o João Batista e com o Baco. Os dois últimos são variantes do mesmo tipo. `Leonardo transformou o comedor de gafanhotos da Bíblia’, disse Muther (1909, 1, 314), `num Baco, ou melhor, num jovem Apolo, que, com um sorriso misterioso nos lábios e com suas pernas macias cruzadas, fita-nos com olhos que nos perturbam os sentidos.’ Esses quadros transmitem um misticismo cujo segredo ninguém ousa desvendar; o máximo que poderíamos tentar seria determinar a sua relação com as criações anteriores de Leonardo. As figuras ainda são andróginas mas não mais no sentido da fantasia do abutre. São jovens lindos, de uma delicadeza feminina e de formas afeminadas; já não abaixam os olhos mas contemplam-nos com uma expressão de misterioso triunfo como se conhecessem uma grande felicidade cujo segredo devessem calar. O sorriso fascinante e familiar leva-nos a crer tratar-se de um segredo de amor.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci reencontrou o sorriso de beatitude e enlevo que vira pairar nos lábios de sua mãe quando o acariciava em pleno vigor de sua mocidade, ele já tinha estado tempo demais sob o domínio da inibição para que pudesse voltar a desejar tais carícias dos lábios de outras mulheres. Ele porém se tornara pintor e, portanto, lutou para reproduzir com seu pincel o sorriso famoso em todos os seus quadros (tanto nos que ele próprio pintou como nos que incumbia seus alunos de fazer sob sua orientação) - assim foi com a Leda, com o João Batista e com o Baco. Os dois últimos são variantes do mesmo tipo. `Leonardo transformou o comedor de gafanhotos da Bíblia’, disse Muther (1909, 1, 314), `num Baco, ou melhor, num jovem Apolo, que, com um sorriso misterioso nos lábios e com suas pernas macias cruzadas, fita-nos com olhos que nos perturbam os sentidos.’ Esses quadros transmitem um misticismo cujo segredo ninguém ousa desvendar; o máximo que poderíamos tentar seria determinar a sua relação com as criações anteriores de Leonardo. As figuras ainda são andróginas mas não mais no sentido da fantasia do abutre. São jovens lindos, de uma delicadeza feminina e de formas afeminadas; já não abaixam os olhos mas contemplam-nos com uma expressão de misterioso triunfo como se conhecessem uma grande felicidade cujo segredo devessem calar. O sorriso fascinante e familiar leva-nos a crer tratar-se de um segredo de amor. Trata-se pois, da influência do multiculturalismo sobre a sua personalidade, sobre a sua relação de amor para com sua mãe, sobre a determinação dos significados e sentidos dos seus comportamentos, inclusive do sorriso misterioso nos lábios, das pernas macias cruzadas e dos olhos que nos perturbam os sentidos, trata-se de retratar um segredo de amor, porém multicultural, fragmentado e distorcido, típico de sua região e territorialidade, típico dos grandes gênios da humanidade que substituem a criação insana pela criação dotada de razão, de lógica, de mecânica, de cognição e de intencionalidade alienando até mesmo a lucidez, que no caso de Leonardo da Vinci se dá com a alienação da sua vida sexual, tornando-a nem um pouco lúcida, pois a função básica da vida e de cada organismo é se reproduzir e Leonardo da Vinci não tinha isto em mente, ou seja, não era lúcido. O multiculturalismo pode despersonalizar e realizar lavagem cerebral através dos seus argumentos, significados e sentidos, criando comportamentos e contingências alienadoras que podem permanecer no mundo encoberto por toda a vida discretamente, gerando, por exemplo, um ou mais segredos de amor. A humanidade até estes estudos estava indefesa perante o poder do multiculturalismo, no que diz a despersonalização e a lavagem cerebral, indo um pouco mais além, para a extorsão, vingança, estupro virtual, estupro, e estupro coletivo virtual, tortura, curandeirismo e charlatanismo, pedofilia, abuso de incapazes, reversão de sexualidade e de moralidade, roubo de dados e de informações por meio destas técnicas, loucura, guerra, tráfico e terror, homicídio, latrocídio, chacinas e tentativas de chacinas, envenenamento, espancamento, dor, queimaduras, crucificação, protestos e movimentos criminosos e doentios, e satanismo empresarial, organizacional, nos esportes, nas comunicações, nas artes, nos filmes, nas músicas, nas novelas, nos jornais, em massa ou em grupo e até individualmente.

 

MATTANÓ

(02/03/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que quando eu estudava no Colégio São Paulo de Londrina, nos anos 70 e 80, tivemos como parte de nossas atividades escolares a visita a duas fábricas e a duas empresas de comunicação e jornalismo. As fábricas eram a Coca-cola e a Fábrica de Balas Ouro Verde, e as empresas de comunicação e jornalismo eram a Televisão Tropical e a Folha de Londrina. Destaco que as visitas suscitaram em mim muito da minha história de vida, por exemplo, o desejo de ganhar camisetas de clubes de futebol na Televisão Tropical através do Programa do Cabral que na época em escrevia e já havia ganhado duas ou três camisetas de clubes de futebol desse programa de televisão, como o desejo de ganhar e poder beber coca-cola de graça, pois eu já tinha em meu histórico uma passagem onde um amigo meu roubou duas garrafas de coca-cola e me ofereceu uma, mas eu recusei, ou na Fábrica de Balas Ouro Verde onde tentaram me impedir de entrar virtualmente, mas acabaram deixando e tive o desejo de ganhar muitos doces e muitas balas de graça, e na Folha de Londrina onde tive o desejo de ter máquinas de impressão de papel e muito papel para imprimir alucinações. É pois, o desejo da criança na escola que constrói e determina o desejo do jovem e do adulto no seu trabalho, vemos tudo isto na minha relação trabalhista com a UEL – Universidade Estadual de Londrina quando manipularam estes desejos inconscientes através de relações corrompidas e criminosas que denotam um plano e tentativa de sequestro que continua até hoje, passando pelo Colégio Maxi Positivo e por outras instituições, inclusive Hospitalares, como a Clínica Psicológica da UEL, o NUBEC/UEL, o Hospital Psiquiátrico, o CAPS, o Hospital Evangélico e a UEL.

 

MATTANÓ

(04/03/2024)

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Mattanó aponta que a neurose sempre é mais forte do que a realidade. Porém ela é o caminho para a realidade!

A realidade e a neurose se constroem mutuamente através do mapa cerebral, da consciência e do conhecimento e do self central e do self autobiográfico que podem desencadear neuroses e doenças cerebrais e até mesmo a morte do indivíduo rompendo a alça ressonante que une o corpo ao protosself.

A neurose é fruto do self central e do self autobiográfico que constroem e elaboram a realidade psíquica do indivíduo.

A neurose pode desafiar a realidade e se transformar em comportamento e em relações sociais, e até em Gestalt e insights.

A neurose é o caminho para o desenvolvimento intelectual e genético-social, a psicossexualidade, o desenvolvimento do comportamento e da personalidade, o desenvolvimento escolar e da aprendizagem, o desenvolvimento cognitivo, o processo de individuação, para a auto-atualização, para auto-realização, o desenvolvimento fenomenológico, o desenvolvimento filogenético, ontogenético e cultural, o desenvolvimento do estilo de vida, o desenvolvimento institucional e dos ritos e mitos, o desenvolvimento do trabalho, para a trajetória da vida e para o ciclo cosmogônico, a neurose trabalha para ser sempre mais forte do que todos estes eventos e se manter no controle, na literalidade ou nas razões e até mesmo no contexto do comportamento do paciente ou do profissional de saúde, talvez neurose seja vida.

 

MATTANÓ

(04/03/2024)

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Mundo virtual não existe no mapa cerebral, trata-se apenas de imaginação o fenômeno criativo e livre da consciência, do conhecimento, da cultura e da realidade sobre o próprio self central e sobre o próprio self autobiográfico.

 

MATTANÓ

(08/03/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Mattanó testemunha que acredita que os seres alienígenas que ele estuda são do ¨planeta 3¨, conforme esses mesmos seres responderam para ele em Cambé através de sinais em nuvens com a pergunta: ¨De que planeta vocês são?¨ e a resposta no céu: ¨3¨ significando o ¨planeta 3¨ que é o planeta Terra. Isto faz sentido pois eles estão adaptados a este planeta, a sua atmosfera, ao ar que eles respiram e a sua natureza e fontes de alimentação e sobrevivência como água. E eu já li uma carta de um ex-funcionário da NASA que diz que os alienígenas são seres do futuro, que eles são os Homo Sapiens evoluídos a partir do louva-deus, pois vai acontecer alguma coisa com o planeta Terra que teremos que nos mudar para debaixo da terra e então sofreremos mutações, nos transformando em insetóides, que são esses alienígenas, e eles já têm uma colônia e cidade no pólo sul, que foi testemunhada por um militar americano, confirmando que eles são do ¨planeta 3¨ ou do planeta Terra e só tem esse nome ¨alienígenas¨ por não terem nome melhor. Eu mesmo acredito que eles estão aqui desde o início da vida deste planeta influenciando e modelando a vida e a criação da vida neste mundo, inclusive o seu fim, como no caso dos dinossauros, e até o fim de impérios e reinados, como no caso dos egípcios, maias, incas, vikings, romanos, gregos, mongóis e chineses, por exemplo.

 

MATTANÓ

(10/03/2024)

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Trabalhar na Rede Globo de Televisão é sair de sacola cheia no meio da confusão, é pois, roubar os outros. É isto o que o povo quer! É deste tipo de trabalho que o povo precisa e mais ama, privilegia e protege, trabalho de ladrão, de quem sai de sacola cheia no meio da confusão!

 

MATTANÓ

(10/03/2024)

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

E se Deus tivesse feito o homem como fez os leões, sedentos de fome por carne e sangue, fortes e violentos, seríamos não mais tão amorosos, mas dominados por esse instinto de sobrevivência do qual responderíamos com toda a naturalidade e direito, dever, obrigação e privilégio, pois nossas leis seriam criadas com base no direito de saciar o apetite felino, a força física e a violência, menosprezando o amor como o conhecemos, pois amar ao próximo como a si mesmo significaria ter o direito de poder saciar o seu apetite felino por carne e sangue, ser forte e violento, dominador e rei no seu meio ambiente, deixando de lado a fraternidade e a convivência, para que imperasse o medo e a coerção, a pressão do mais forte que pode te afugentar e até te matar se você o desafiar e tentar roubar uma de suas esposas, parece que herdamos isto dos animais, o direito de proteger o que concebemos, o direito a filogênese e a reprodução, mas se aparece um animal que pode competir com os leões e roubar suas esposas, o negócio esquenta, começam a surgir ameaças e depois a violência pode ser só o início do que pode terminar em morte se o mais fraco não desistir da sua intenção, eventos semelhantes também são encontrados entre os Homo Sapiens que racionalizam dizendo ¨era um animal ameaçando minha esposa, por isso o matei¨ ou ¨era um ladrão invadindo minha casa, por isso atirei nele¨. O amor acompanha a filogênese em primeiro lugar, e só depois se manifesta na ontologia e na cultura, na espiritualidade, no mundo virtual, na vida e no universo de cada ser vivo.

 

MATTANÓ

(10/03/2024)

  

 

 

 

 

 

 

 

 

V

Entre as anotações feitas por Leonardo em seu diário, existe uma que chama a atenção do leitor pela importância do seu significado e também por um pequeno erro na sua redação.

Ele escreveu, em julho de 1504:

`Adì 9 de Luglio 1504 mercoledi a ore morì Ser Piero da Vinci, notalio al palazzo del Potestà, mio padre, a ore 7. Era d’età d’anni 80 lascio 10 figlioli maschi e 2 femmine.’

Como vemos, a nota refere-se à morte do pai de Leonardo. O pequeno erro de redação consiste na repetição da hora do dia `a ore 7’ [às 7 horas], que é dada duas vezes, deixando a impressão de que Leonardo, ao chegar ao fim da frase, esqueceu já ter mencionado isto no início. É apenas um pequeno detalhe e ninguém, a não ser um psicanalista, lhe daria maior importância. Nem ele próprio talvez o notasse, e se alguém lhe chamasse atenção poderia alegar ser coisa que acontece a qualquer um num momento de distração, ou de grande emoção, e que isto nada significava.

O psicanalista pensa de maneira diferente. Para ele não há detalhe, por mais insignificante que pareça, que não possa revelar um processo mental oculto. O analista conhece, há muito tempo, a importância de tais casos de esquecimento ou de repetição, e sabe que é justamente essa `distração’ que permite a libertação de impulsos reprimidos.

Nós diríamos que esta nota como as contas referentes ao enterro de Caterina [ver em [1]] e às despesas de seus alunos [ver em [2]], representam casos em que Leonardo não conseguiu suprimir o seu afeto, de onde alguma coisa, há muito reprimida, encontrou uma forma destorcida de expressão. Até mesmo a forma é semelhante: encontramos a mesma precisão pedante e a mesma importância dada aos números.

Casos de repetição desta natureza são por nós chamados de perseveração. É um meio excelente para revelar a nuance afetiva. Faz-nos lembrar, por exemplo, as palavras de São Pedro no Paraíso de Dante, contra o seu indigno representante na terra:

 

Quegli ch’usurpa in terra il luogo mio,

Il luogo mio, il luogo mio, che vaca

Nella presenza del Figliuol di Dio,

Fato há del cimiterio mio cloaca.

Se não existisse uma inibição afetiva em Leonardo, a anotação feita em seu diário teria sido redigida mais ou menos assim: `Hoje às 7 horas meu pai morreu - Ser Piero da Vinci, meu pobre pai!’ Porém o deslocamento da perseveração para um detalhe tão indiferente no relato de sua morte, a hora em que ele faleceu, esvazia a anotação de qualquer emoção e deixa transparecer a existência de alguma coisa que se deseja ocultar ou suprimir.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):
            Freud explica que podemos apresentar o comportamento inconsciente de deslocamento da perseveração através, por exemplo, de um detalhe tão indiferente no relato de uma morte, como a hora em que ela aconteceu, esvaziando a anotação de qualquer emoção a ponto de deixar transparecer a existência de alguma coisa que se deseja ocultar ou suprimir.

O analista conhece, há muito tempo, a importância de tais casos de esquecimento ou de repetição, e sabe que é justamente essa `distração’ que permite a libertação de impulsos reprimidos.

Casos de repetição desta natureza onde Leonardo da Vinci repete um detalhe tão indiferente no relato de uma morte, que são por nós chamados de perseveração. É um meio excelente para revelar a nuance afetiva.

Mattanó aponta que podemos apresentar o comportamento inconsciente de deslocamento da perseveração através, por exemplo, de um detalhe tão indiferente no relato de uma morte, como a hora em que ela aconteceu, esvaziando a anotação de qualquer emoção a ponto de deixar transparecer a existência de alguma coisa que se deseja ocultar ou suprimir.

O analista conhece, há muito tempo, a importância de tais casos de esquecimento ou de repetição, e sabe que é justamente essa `distração’ que permite a libertação de impulsos reprimidos.

Casos de repetição desta natureza onde Leonardo da Vinci repete um detalhe tão indiferente no relato de uma morte, que são por nós chamados de perseveração. É um meio excelente para revelar a nuance afetiva. Essa nuance afetiva se constrói a partir de equivalências de estímulos onde a transitividade ou a reflexividade podem ocorrer mediante os estímulos disponíveis no repertório comportamental em interação com o estímulo inicial desta operação de equivalência de estímulos, revelando uma plasticidade cerebral, do mapa cerebral, da consciência, do conhecimento e da realidade que se configura mediante esse comportamento inconsciente de deslocamento da perseveração onde testemunhamos que o indivíduo pretende ocultar ou suprimir alguma coisa da sua consciência que está em constante movimento e transformação, ou em equilibração cognitiva, desenvolvida por meio da assimilação e da acomodação.

 

MATTANÓ

(10/03/2024)

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Na lavagem cerebral e na despersonalização você pode ensinar e treinar o seu paciente ou educando a descartar o seu inconsciente se ele for irrecuperável, totalmente insano, sem lucidez alguma, e viver apenas com o seu comportamento, fixando-se na adaptação comportamental, fisiológica e morfológica para obter sanidade e lucidez, inclusive para restaurar sua ligação com seu mapa cerebral e sua consciência, conhecimento, cultura e realidade, significados e sentidos, argumentação e linguagem. É como se o inconsciente se transformasse numa região do cérebro com um defeito ou tumor que deve ser extraído junto com essa região para o seu reestabelecimento e cura, sendo que essa extração em nada vai mudar a sua vida, a não ser o seu comportamento, você vai deixar de acreditar em inconsciente e passar a pensar apenas em comportamento e consciência, é possível que esta regra ajude quem passa por lavagem cerebral e despersonalização e adquire traumas e problemas cerebrais e comportamentais.

 

MATTANÓ

(10/03/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

Imagine se Deus tivesse sido crucificado na África, numa tribo primitiva, onde a linguagem e a escrita eram primitivas, onde prevaleciam os desenhos nas rochas e nas pedras, nas montanhas e nas cavernas, onde eles já viviam esse anúncio da chegada de Deus descido dos Céus através das estrelas, pois testemunhavam discos voadores e seres alienígenas que tinham poderes paranormais que eram assustadores e poderiam ser interpretados como celestiais e divinos, se o motivo da crucificação fossem diferenças comportamentais, psicológicas, econômicas, espirituais e sociais, ideológicas e na forma de lidar com o poder e o domínio ou controle social, a fim de que haja paz e ordem social, e aqueles que o julgassem fossem tão simples e pobres, tão primitivos que não tinham cultura, educação, trabalho, poder, autonomia, moralidade, independência, economias, riquezas, patrimônio, a não ser uma casa de barro e restos de galhos de árvores, uma família com uma vida doméstica muito rudimentar, e rituais de guerra, caça, luta, coleta, pesca, batalha, defesa, morte e luto, nascimento, puberdade e casamento, e de adoração dos seus deuses celestiais. O que aprendemos é que as diferenças comportamentais, psicológicas, econômicas, espirituais e sociais sempre terminam em conflito quando se trata em contato entre seres de diferentes mundos, mesmo entre o divino e o terrestre.

Imagine se Deus tivesse sido crucificado no Brasil pela Rede Globo e seus artistas, pelos atletas ou pelo PCC onde a violência prevalece sobre o Amor e a Verdade, com jogos de guerras e de falsidade ideológica, de encobrimento, pois os motivos seriam os mesmos, diferenças psicológicas, comportamentais, econômicas, espirituais e sociais, ideológicas, que terminaram em encobrimento de crucificação devido sua determinação poder ser alienígena que para outros significa divina e celestial, mas para os militares e autoridades pode significar alienígena, gerando o encobrimento, então se Deus fosse crucificado no Brasil esse evento seria encobrido com ajuda dos veículos de comunicação de massa.

Imagine se Deus tivesse sido crucificado nos EUA onde a violência parece ser coisa de artistas, uma fantasia, determinada pelos mesmos motivos, diferenças psicológicas, comportamentais, econômicas, espirituais, sociais e ideológicas que mantêm um estado de fantasia entre o crucificado e os EUA, uma forma de tentar encobrir outra forma de violência contra Deus que se vê abandonado numa Cruz.

 

MATTANÓ

(14/03/2024)

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

A consciência, o conhecimento, a cultura e a realidade, o self central e o self autobiográfico nunca podem ser menores do que o instinto sexual, portanto do que a libido, tanto é que antes dos 14 anos a criança não possui libido, pois não tem hormônios sexuais, e depois que entra na menopausa ou na andropausa o indivíduo deixa novamente de possuir libido, pois deixa de produzir seus hormônios sexuais. Quanto ao orgone o indivíduo é capaz de produzí-lo em qualquer fase de sua vida, pois é uma energia vital. O orgone está presente na consciência, no conhecimento, na cultura e na realidade, no self central e no self autobiográfico, está presente também no instinto sexual e não tem relação direta com um hormônio sexual, mas com a energia vital do organismo.

 

MATTANÓ

(14/03/2024)

 

 

 

 

DOR FÍSICA, QUEIMADURAS, TRAUMA E LESÃO (2024):

A dor física, quando intensa e repetitiva - caracterizando um fenômeno de dor crônica - sinaliza a não integração entre os registros do corpo e do psiquismo. Isso se deve à ruptura no sentimento de continuidade do eu, ocasionada por fatores traumáticos, implicando, dentre outros aspectos, uma falha no sistema de para excitação. Diante da efração no eu, as fronteiras entre corpo e psiquismo tornam-se esmaecidas, possibilitando que o psiquismo regressivamente recorra ao corpo - mais especificamente, ao eu-corporal - como medida defensiva contra a dor psíquica. A energia pulsional é justamente transferida para o registro corporal como último recurso para conter o transbordamento de excitações no psiquismo. Porém, o apelo ao corpo funciona aqui como uma espécie de "prótese" que, paradoxalmente, vem assegurar a sobrevivência psíquica.

Aqui o corpo torna-se mais importante do que o protosself e o tronco cerebral que produz uma imagem do meio ambiente imitando-o, porém tentando assegurar sua sobrevivência psíquica, através do seu self central e do seu self autobiográfico, mas fracassando em sua medida defensiva contra a dor psíquica quando ela é intensa e repetitiva ou crônica, de modo que sua consciência, conhecimento, cultura e realidade também fracassem diante da dor psíquica quando ela é intensa, repetitiva ou crônica, restando apenas o corpo como ¨prótese¨ ou ¨refúgio¨ para esse eu.

Temos trabalhos que investigaram a prevalência de transtornos mentais em 24 adultos vítimas de queimaduras graves, que responderam a uma entrevista clínica diagnóstica estruturada. As entrevistas foram realizadas no ambulatório de queimados de um hospital de pronto socorro. Os resultados demonstraram que a maioria dos pacientes (58,3%) apresentava algum transtorno mental. Quanto à prevalência ao longo da vida, os transtornos de humor são os mais frequentes (n = 7), seguido dos transtornos por uso de substâncias (n = 3). Quanto à prevalência atual, os transtornos de ansiedade são os mais frequentes (n = 12), seguidos de transtornos por uso de substâncias (n = 8) e transtornos de humor (n = 4). Verificouse correlação significativa entre transtornos de humor e transtornos de ansiedade (p = 0,029). Os resultados indicam a presença de sofrimento mental entre indivíduos vítimas de queimaduras graves, sugerindo a necessidade de intervenções específicas.

O presente trabalho acima revela que o corpo é uma ¨prótese¨ ou ¨refúgio¨, como já estudamos ainda à pouco, e que o corpo torna-se mais importante do que a consciência, o conhecimento, a cultura e a realidade nos casos de queimaduras graves e que também nestes casos o protosself e o tronco cerebral produzem um mapa cerebral que imita o meio ambiente, porém conforme as necessidades do seu corpo e não da sua consciência, conhecimento, cultura e realidade que tornam-se bastante esmaecidas diante do corpo que se torna ¨refúgio¨ ou ¨prótese¨ que substitui sua consciência adquirida por um mapa cerebral muito doloroso e penoso.

O objetivo do presente trabalho é articular lesão e trauma a partir da teoria psicanalítica. O trauma é definido tanto pelo hiato deixado na cadeia psíquica quanto pelo excesso pulsional, que produzem sequelas na história do sujeito. Destacamos o caráter subjetivo do trauma, afastando-o tanto de uma leitura científica daquilo que poderia ser objetivável, quanto como algo da ordem da realidade. Assim, o caráter traumático atribuído a um determinado evento depende também do próprio sujeito. Portanto, destacamos a lesão como um real que o sujeito incorpora e ao mesmo tempo desorganiza a economia psíquica e a reconfigura.

Lesão e trauma segundo a neurociência definem-se a partir da relação do corpo com o protosself, o tronco cerebral, o mapa cerebral e a consciência, o conhecimento, a cultura e a realidade que possuem significado e sentido, e uma funcionalidade. Trauma trata-se, justamente do hiato ou da sequela deixada na vida psíquica do indivíduo, na sua história de vida, até mesmo pulsional, trata-se de algo gerado pelo prazer. E lesão trata-se de algo gerado pelo real, pela realidade, e que tem a propriedade de desorganizar a economia psíquica, bem como de reorganizá-la.

Assim descobrimos que a dor física intensa e repetitiva, crônica, as queimaduras graves, e as lesões e os traumas geralmente deixam marcas no inconsciente e na consciência, no comportamento dos indivíduos, de suas vítimas e que eu Osny Mattanó Júnior venho passando por estes eventos desde 1989, de modo que certamente determinaram minha produção acadêmica e científica desde 1991 na UEL no curso de Ciências Sociais, onde não me adaptei acadêmica, comportamental, psicológica e socialmente, me sentia um inimigo de todos. Também acabou determinando minha produção acadêmica no curso de Comunicação Social onde saí me sentindo um estranho perseguido em 1992. E determinou minha produção acadêmica e científica no curso de Psicologia, também na UEL, em 1995 quando perguntei sobre a ¨pulsão auditiva¨ para a docente de psicanálise e isso desencadeou violência, extorsão, vingança, estupro virtual, despersonalização, tortura e loucura entre muitos na cidade de Londrina. Abusar e explorar pessoas com histórico de dor física intensa e repetitiva, crônica, queimaduras graves e lesões e traumas pode causar todos estes problemas escolares, acadêmicos, trabalhistas, religiosos e sociais que foram criados – é aquele negócio: na dúvida, não faça! Não foi eu quem fez!

 

MATTANÓ

(15/03/2024)

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

Na vida de Jesus Cristo temos várias prostitutas que foram curadas e uma foi sua amiga, Maria Madalena, esta certamente, assim como os apóstolos deveriam ter pensamentos obscenos e libidinosos como vemos na Sagrada Escritura, por exemplo, quando falam que estão pelados ou sem vestes, ou precisando de uma túnica, certamente testemunhavam muitas pessoas peladas na Terra Santa no tempo de Jesus Cristo e até a crucificação de Jesus foi com Ele sem vestes algumas, a mente dos Santos, desde o tempo de Jesus Cristo foi feita para as dificuldades e loucuras desta vida, para a pobreza e para as doenças, para as guerras e para as adversidades, para a violência, no sentido de ter que curar estes momentos da vida pessoal, coletiva ou social e até familiar ou institucional e religiosa, animal e biológica, e até espiritual e mundial.

 

MATTANÓ

(15/03/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Denuncio que enquanto estive trabalhando e estudando na UEL – Universidade Estadual de Londrina, fui manipulado comportamentalmente para permanecer sob esquema de reforçamento para roubar a UEL, desde 1988 no HUNRPr, quando me maltrataram no almoxarifado e no contrato que estava ilegal no CRH/Reitora/UEL, me colocaram em esquema de  reforço negativo para que eu obtivesse determinado produto, através de roubo em função de tentativas de estupro, de tortura e de sequestro, por exemplo, e me livrasse de um sentimento ou pensamento altamente ou extremamente penoso oriundo da violência sofrida no trabalho, como uma compensação comportamental ou inconsciente que foi sendo reforçada por vários anos num esquema de reforço extremamente criminoso, doloroso e penoso para mim, pois eu estava indefeso e incapaz de discriminar estas contingências e relações inconscientes do evento selecionado, pois o meio ambiente era hostil, violento e corrupto, tinha outras intenções muito além das trabalhistas, como que queriam ¨fazer um serviço¨, ou seja, terminar uma execução.

 

MATTANÓ

(16/03/2024)

 

 

 

 

 

 

Ser Piero da Vinci, tabelião e descendente de tabeliães, era homem dotado de grande energia e que veio a tornar-se próspero e estimado. Casou-se quatro vezes. Suas duas primeiras mulheres morreram sem lhe deixar filhos e foi somente a sua terceira mulher que o presenteou com seu primeiro filho legítimo, em 1476, época em que Leonardo já atingira a idade de 24 anos, e de há muito deixara a casa do pai para viver no estúdio de seu mestre Verrocchio. Com a quarta e última mulher, com quem se casou já na casa dos cinqüenta, teve mais nove filhos e duas filhas.

É fora de dúvida que seu pai exerceu também influência importante no desenvolvimento psicossexual de Leonardo, não somente de modo negativo por sua ausência durante sua primeira infância, mas também de modo direto, por sua presença no período posterior da infância de Leonardo. Quem deseja a própria mãe na infância não poderá evitar o desejo de substituir o pai e de identificar-se com ele na imaginação, e depois constituir como tarefa de sua vida obter ascendência sobre ele. Quando Leonardo foi recebido em casa de seu avô, antes de ter completado cinco anos, sua jovem madrasta Albiera terá certamente substituído sua mãe em sua afeição, e ele terá sentido o que pode ser chamado de relações normais de rivalidade com seu pai. Como sabemos, uma decisão no sentido da homossexualidade somente se concretiza nos anos da puberdade. Quando esta decisão ocorreu no caso de Leonardo, sua identificação com o pai perdeu toda a significação para sua vida sexual mas manteve-se presente em outras esferas de atividade não-erótica. Sabemos que gostava de luxo e de roupagens finas, e que possuía criados e cavalos, embora, segundo Vasari, `pouco possuísse e pouco produzisse.’ A responsabilidade por estes gostos não deve ser atribuída somente à sua sensibilidade ao belo; reconhecemos neles também uma compulsão a copiar e ultrapassar seu pai. Seu pai fora um grande cavalheiro para a pobre camponesa, e seu filho por isso nunca deixou de sentir o desejo de representar também o grande cavalheiro - o impulso de `to out-herod Herod’, - e mostrar ao pai o que vinha a ser um verdadeiro gentil-homem.

Não há dúvida de que o artista criador se considera como o pai de sua obra. Para Leonardo, o reflexo de sua identificação com o pai foi prejudicial para sua pintura. Criava a obra de arte e depois dela se desinteressava, do mesmo modo que seu pai se desinteressara por ele. O cuidado que seu pai demonstrou, mais tarde, em nada conseguiu alterar esta compulsão; porque a compulsão derivada das impressões dos primeiros anos de infância, e o que foi reprimido e se tornou inconsciente, não pode ser corrigido pelas experências futuras.

Na época da Renascença - e também muito depois - todo artista dependia de algum nobre de alta linhagem, um benfeitor e patrono, que lhe dava encomendas e de cujas mãos dependia a sua fortuna. Leonardo encontrou seu patrono em Ludovico Sforza, chamado II Moro, um homem ambicioso e amante do esplendor, diplomata astuto, porém de caráter inconsciente e em quem não se podia confiar. Na sua corte em Milão, Leonardo passou o período mais brilhante de sua vida, a seu serviço seu poder criador atingiu o mais alto grau de realização, como o atestam a Última Ceia e a estátua eqüestre de Francesco Sforza. Ele deixou Milão antes da desgraça de Ludovido Sforza, que morreu prisioneiro numa fortaleza na França. Quando teve a notícia do destino de seu patrono, Leonardo escreveu em seu diário: `O duque perdeu seu ducado, sua propriedade e sua liberdade, e nunca terminou nenhuma das obras que empreendeu.’ É interessante, e sobretudo significativo, que ele fizesse ao seu patrão a mesma acusação que a posterioridade lhe viria fazer. Era como se quisesse fazer de alguém que pertencesse à categoria paternal, responsável por ter deixado suas obras inacabadas. Na verdade, não errou no que afirmou acerca do duque.

 

Se sua imitação do pai o prejudicou como artista, sua rebeldia contra ele foi a determinante infantil do que foi talvez uma realização igualmente sublime no campo da pesquisa científica. Segundo a comparação admirável de Merezhkovsky (1903, 348), era como um homem que despertara cedo demais, na escuridão, enquanto os outros ainda dormiam. Ele teve a coragem de fazer a declaração que contém a justificação de toda pesquisa independente: `Aquele que apela para a autoridade quando existe diferença de opinião, está fazendo mais uso da memória do que da razão.’ Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de idéias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento. Mas quando ensinava que a autoridade deveria ser desprezada e que a imitação dos `antigos’ deveria ser repudiada, e ao afirmar constantemente que o estudo da natureza era a fonte de toda verdade, não fazia senão repetir - na mais alta sublimação que o homem pode atingir - o ponto de vista resoluto que já se impusera ao menino, quando fitava atônito o mundo em redor. Se transformarmos novamente a abstração científica em experiência individual concreta, veremos que os `antigos’ e a autoridade correspondem simplesmente a seu pai, e a natureza vem a ser novamente a mãe gentil e carinhosa que o amamentou. Na maioria dos seres humanos - tanto hoje como nos tempos primitivos - a necessidade de se apoiar numa autoridade de qualquer espécie é tão imperativa que o seu mundo se desmorona se essa autoridade é ameaçada. No entanto, Leonardo pôde dispensar esse apoio; não teria podido fazê-lo se nos primeiros anos de sua vida não tivesse aprendido a viver sem o pai. Sua ulterior investigação científica, caracterizada por sua ousadia e independência, pressupõe a existência de pesquisas sexuais infantis não inibidas pelo pai e representa uma prolongação das mesmas com a exclusão do elemento sexual.

Quando alguém, como aconteceu com Leonardo, escapa à intimidação pelo pai durante a primeira infância e rompe as amarras da autoridade em suas pesquisas, muito nos admiraríamos se continuasse sendo um crente, incapaz de se desfazer dos dogmas religiosos. A psicanálise tornou conhecida a íntima conexão existente entre o complexo do pai e a crença em Deus. Fez-nos ver que um Deus pessoal nada mais é, psicologicamente, do que uma exaltação do pai, e diariamente podemos observar jovens que abandonam suas crenças religiosas logo que a autoridade paterna se desmorona. Verificamos, assim, que as raízes da necessidade de religião se encontram no complexo parental. O Deus todo-poderoso e justo e a Natureza bondosa aparecem-nos como magnas sublimações do pai e da mãe, ou melhor, como reminiscência e restaurações das idéias infantis sobre os mesmos. Biologicamente falando, o sentimento religioso origina-se na longa dependência e necessidade de ajuda da criança; e, mais tarde, quando percebe como é realmente frágil e desprotegida diante das grandes forças da vida, volta a sentir-se como na infância e procura então negar a sua própria dependência, por meio de uma regressiva renovação das forças que a protegiam na infância. A proteção contra doenças neuróticas, que a religião concede a seus crentes, é facilmente explicável: ela afasta o complexo paternal, do qual depende o sentimento de culpa, quer no indivíduo quer na totalidade da raça humana, resolvendo-o para ele, enquanto o incrédulo tem de resolver sozinho o seu problema.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que é fora de dúvida que seu pai exerceu também influência importante no desenvolvimento psicossexual de Leonardo, não somente de modo negativo por sua ausência durante sua primeira infância, mas também de modo direto, por sua presença no período posterior da infância de Leonardo. Como sabemos, uma decisão no sentido da homossexualidade somente se concretiza nos anos da puberdade. Não há dúvida de que o artista criador se considera como o pai de sua obra. Para Leonardo, o reflexo de sua identificação com o pai foi prejudicial para sua pintura. Criava a obra de arte e depois dela se desinteressava, do mesmo modo que seu pai se desinteressara por ele.

Na época da Renascença - e também muito depois - todo artista dependia de algum nobre de alta linhagem, um benfeitor e patrono, que lhe dava encomendas e de cujas mãos dependia a sua fortuna. Leonardo encontrou seu patrono em Ludovico Sforza, chamado II Moro, um homem ambicioso e amante do esplendor, diplomata astuto, porém de caráter inconsciente e em quem não se podia confiar. Ele deixou Milão antes da desgraça de Ludovido Sforza, que morreu prisioneiro numa fortaleza na França. Quando teve a notícia do destino de seu patrono, Leonardo escreveu em seu diário: `O duque perdeu seu ducado, sua propriedade e sua liberdade, e nunca terminou nenhuma das obras que empreendeu.’ É interessante, e sobretudo significativo, que ele fizesse ao seu patrão a mesma acusação que a posterioridade lhe viria fazer. Era como se quisesse fazer de alguém que pertencesse à categoria paternal, responsável por ter deixado suas obras inacabadas.

Se sua imitação do pai o prejudicou como artista, sua rebeldia contra ele foi a determinante infantil do que foi talvez uma realização igualmente sublime no campo da pesquisa científica. Segundo a comparação admirável de Merezhkovsky (1903, 348), era como um homem que despertara cedo demais, na escuridão, enquanto os outros ainda dormiam. Ele teve a coragem de fazer a declaração que contém a justificação de toda pesquisa independente: `Aquele que apela para a autoridade quando existe diferença de opinião, está fazendo mais uso da memória do que da razão.’ Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de idéias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento. Mas quando ensinava que a autoridade deveria ser desprezada e que a imitação dos `antigos’ deveria ser repudiada, e ao afirmar constantemente que o estudo da natureza era a fonte de toda verdade, não fazia senão repetir - na mais alta sublimação que o homem pode atingir - o ponto de vista resoluto que já se impusera ao menino, quando fitava atônito o mundo em redor. Se transformarmos novamente a abstração científica em experiência individual concreta, veremos que os `antigos’ e a autoridade correspondem simplesmente a seu pai, e a natureza vem a ser novamente a mãe gentil e carinhosa que o amamentou.

Quando alguém, como aconteceu com Leonardo, escapa à intimidação pelo pai durante a primeira infância e rompe as amarras da autoridade em suas pesquisas, muito nos admiraríamos se continuasse sendo um crente, incapaz de se desfazer dos dogmas religiosos. A psicanálise tornou conhecida a íntima conexão existente entre o complexo do pai e a crença em Deus. Fez-nos ver que um Deus pessoal nada mais é, psicologicamente, do que uma exaltação do pai, e diariamente podemos observar jovens que abandonam suas crenças religiosas logo que a autoridade paterna se desmorona. Verificamos, assim, que as raízes da necessidade de religião se encontram no complexo parental. O Deus todo-poderoso e justo e a Natureza bondosa aparecem-nos como magnas sublimações do pai e da mãe, ou melhor, como reminiscência e restaurações das idéias infantis sobre os mesmos. Biologicamente falando, o sentimento religioso origina-se na longa dependência e necessidade de ajuda da criança; e, mais tarde, quando percebe como é realmente frágil e desprotegida diante das grandes forças da vida, volta a sentir-se como na infância e procura então negar a sua própria dependência, por meio de uma regressiva renovação das forças que a protegiam na infância.

Mattanó aponta que é fora de dúvida que seu pai exerceu também influência importante no desenvolvimento psicossexual de Leonardo, não somente de modo negativo por sua ausência durante sua primeira infância, mas também de modo direto, por sua presença no período posterior da infância de Leonardo. Como sabemos, uma decisão no sentido da homossexualidade somente se concretiza nos anos da puberdade. Não há dúvida de que o artista criador se considera como o pai de sua obra. Para Leonardo, o reflexo de sua identificação com o pai foi prejudicial para sua pintura. Criava a obra de arte e depois dela se desinteressava, do mesmo modo que seu pai se desinteressara por ele.

Na época da Renascença - e também muito depois - todo artista dependia de algum nobre de alta linhagem, um benfeitor e patrono, que lhe dava encomendas e de cujas mãos dependia a sua fortuna. Leonardo encontrou seu patrono em Ludovico Sforza, chamado II Moro, um homem ambicioso e amante do esplendor, diplomata astuto, porém de caráter inconsciente e em quem não se podia confiar. Ele deixou Milão antes da desgraça de Ludovido Sforza, que morreu prisioneiro numa fortaleza na França. Quando teve a notícia do destino de seu patrono, Leonardo escreveu em seu diário: `O duque perdeu seu ducado, sua propriedade e sua liberdade, e nunca terminou nenhuma das obras que empreendeu.’ É interessante, e sobretudo significativo, que ele fizesse ao seu patrão a mesma acusação que a posterioridade lhe viria fazer. Era como se quisesse fazer de alguém que pertencesse à categoria paternal, responsável por ter deixado suas obras inacabadas.

Se sua imitação do pai o prejudicou como artista, sua rebeldia contra ele foi a determinante infantil do que foi talvez uma realização igualmente sublime no campo da pesquisa científica. Segundo a comparação admirável de Merezhkovsky (1903, 348), era como um homem que despertara cedo demais, na escuridão, enquanto os outros ainda dormiam. Ele teve a coragem de fazer a declaração que contém a justificação de toda pesquisa independente: `Aquele que apela para a autoridade quando existe diferença de opinião, está fazendo mais uso da memória do que da razão.’ Foi assim que se tornou o primeiro cientista natural moderno e uma abundância de descobertas e de idéias sugestivas recompensaram sua coragem de ter sido o primeiro homem, desde o tempo dos gregos, a indagar os segredos da natureza baseando-se unicamente na observação e em seu próprio julgamento. Mas quando ensinava que a autoridade deveria ser desprezada e que a imitação dos `antigos’ deveria ser repudiada, e ao afirmar constantemente que o estudo da natureza era a fonte de toda verdade, não fazia senão repetir - na mais alta sublimação que o homem pode atingir - o ponto de vista resoluto que já se impusera ao menino, quando fitava atônito o mundo em redor. Se transformarmos novamente a abstração científica em experiência individual concreta, veremos que os `antigos’ e a autoridade correspondem simplesmente a seu pai, e a natureza vem a ser novamente a mãe gentil e carinhosa que o amamentou.

Quando alguém, como aconteceu com Leonardo, escapa à intimidação pelo pai durante a primeira infância e rompe as amarras da autoridade em suas pesquisas, muito nos admiraríamos se continuasse sendo um crente, incapaz de se desfazer dos dogmas religiosos. A psicanálise tornou conhecida a íntima conexão existente entre o complexo do pai e a crença em Deus. Fez-nos ver que um Deus pessoal nada mais é, psicologicamente, do que uma exaltação do pai, e diariamente podemos observar jovens que abandonam suas crenças religiosas logo que a autoridade paterna se desmorona. Verificamos, assim, que as raízes da necessidade de religião se encontram no complexo parental. O Deus todo-poderoso e justo e a Natureza bondosa aparecem-nos como magnas sublimações do pai e da mãe, ou melhor, como reminiscência e restaurações das idéias infantis sobre os mesmos. Biologicamente falando, o sentimento religioso origina-se na longa dependência e necessidade de ajuda da criança; e, mais tarde, quando percebe como é realmente frágil e desprotegida diante das grandes forças da vida, volta a sentir-se como na infância e procura então negar a sua própria dependência, por meio de uma regressiva renovação das forças que a protegiam na infância.

Percebemos em Leonardo da Vinci, toda uma rede de significados e de sentidos construídos na sua relação comportamental e inconsciente com seu pai e sua mãe, que lhe renderam sua capacidade criativa e de trabalho artístico e científico, inclusive seus sentimentos e dogmas religiosos, mas também seus relacionamentos sociais como o do seu benfeitor e patrono Ludovico Sforza, que terminou como alguém que pertencesse à categoria paternal, responsável por ter deixado suas obras inacabadas. Leonardo da Vinci parecia buscar proteção diante das grandes forças da vida, tentando solucionar seus problemas e enigmas científicos, tentando tornar mais belo o meio ambiente e a realidade com sua arte, tentando resolver seus problemas financeiros e econômicos com trabalho, talento, criatividade, inovação e inteligência, tudo parecia ser uma regressiva renovação das forças que o protegiam na infância através do seu conteúdo recalcado.

 

MATTANÓ

(17/03/2024)

 

 

 

 

As Vitaminas, o Comportamento e o Inconsciente segundo Mattanó (2024):

As vitaminas são compostos orgânicos não sintetizados pelo organismo, sendo incorporados através da alimentação.

Elas são essenciais para o funcionamento de importantes processos bioquímicos do organismo, especialmente como catalisadoras de reações químicas.

As principais fontes de vitaminas são as frutas, verduras, legumes, carne, leite, ovos e cereais.

A carência parcial de vitaminas é chamada de hipovitaminose, enquanto que o excesso de ingestão de vitaminas é denominado hipervitaminose. Avitaminose é a carência extrema ou total de vitaminais.

Existem ainda as pró-vitaminas, substâncias a partir das quais o organismo é capaz de sintetizar vitaminas. Por exemplo: carotenos (pró-vitamina A) e esteróis (pró-vitamina D).

Tipos

As vitaminas são divididas em dois grupos, conforme a substância na qual se dissolvem:

Vitaminas lipossolúveis: São as vitaminas solúveis em gordura e por isso podem ser armazenadas. Fazem parte deste grupo as vitaminas A, D, E e K.

Vitaminas hidrossolúveis: São as vitaminas do complexo B e a vitamina C, solúveis em água. Elas não podem ser armazenadas no corpo, tornando raro os casos de hipervitaminose. Também são absorvidas e excretadas rapidamente.

Vitaminas Lipossolúveis

Vitamina A (Retinol/Beta-Caroteno)

Funções: Crescimento e desenvolvimento dos tecidos; ação antioxidante; funções reprodutivas; integridade dos epitélios; importante para a visão.

Fontes: Fígado, rim, nata, manteiga, leite integral, gema de ovo, queijo e peixes oleosos. Fontes de carotenos presentes na cenoura, abobrinha, batata doce, manga, melão, mamão, pimentão vermelho, brócolis, agrião, espinafre.

A Vitamina A é importante para o crescimento, o desenvolvimento e o amadurecimento do indivíduo, para a formação da sua personalidade, caráter e temperamento, do seu padrão sexual ou libidinoso, bem como para o desenvolvimento da comunhão e da segurança que dependem do crescimento e do desenvolvimento do indivíduo. Uma alimentação bem equilibrada em Vitamina A torna-se essencial para o crescimento e o desenvolvimento dos tecidos e do organismo.

Hipovitaminose: Queratinização das membranas de mucosas que revestem o trato respiratório, tubo digestivo e trato urinário. Queratinização da pele e do epitélio do olho. Alterações na pele, insônia, acne, pele seca com descamações, diminuição do paladar e apetite, cegueira noturna, úlceras na córnea, perda de apetite, inibição do crescimento, fadiga, anormalidades ósseas, perda de peso, aumento da incidência de infecções.

 

A hipovitamitose pode desencadear transtornos mentais como os de ansiedade, de depressão, de alimentação que podem levar a uma perda na imunidade e na massa corporal, bem como gerar cansaço e problemas na visão e nos olhos, inibição do crescimento e do desenvolvimento e infecções.

Hipervitaminose: Dores nas articulações, afinamento de ossos longos, perda de cabelo e icterícia.

A hipervitaminosa pode desencadear transtornos mentais como os de ansiedade, de depressão e angústia que podem desencadear dores nas articulações, afinamento dos ossos longos, perda de cabelo e icterícia.

Vitamina D

Funções: Absorção de cálcio e fósforo. Auxilia o crescimento e a resistência dos ossos, dentes, músculos e nervos;

Fontes: Leite e derivados, margarinas e cereais enriquecidas, peixes gordos, ovos, levedo de cerveja.

A Vitamina D serve para auxiliar o crescimento e a resistência dos ossos, dentes, músculos e nervos. Uma alimentação bem equilibrada em Vitamina D auxilia no crescimento e resistência dos ossos, dentes, músculos e nervos.

Hipovitaminose: Anormalidades ósseas, raquitismo, osteomalácia;

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, depressão, esquizofrenia, pânico, sexuais e de alimentação.

Hipervitaminose: Hipercalemia, dor óssea, enfraquecimento, falhas no desenvolvimento, depósito de cálcio nos rins;

A hipervitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, esquizofrenia, depressão, pânico, sexuais e de alimentação.

Vitamina E (Tocoferol)

Funções: Ação antioxidante, protege as células dos danos provocados pelos radicais livres, auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Fontes: Óleos vegetais, nozes, amêndoa, avelã, gérmen de trigo, abacate, aveia, batata doce, vegetais verde-escuros.

A Vitamina E serve para proteger as células dos danos provocados pelos radicais livres, auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, ela auxilia na manutenção da homeostase corporal e no desenvolvimento do organismo até a crise final, na 3ª idade. Uma alimentação bem equilibrada em Vitamina E auxilia na homeostase corporal e na manutenção da vida do adulto, bem como do jovem e da criança, sem excluir a do idoso.

Hipovitaminose: Anemia hemolítica, distúrbios neurológicos, neuropatia periférica e miopatia esquelética.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, sexuais, de depressão, de pânico, de esquizofrenia, de alimentação.

Hipervitaminose: Não existe toxicidade conhecida.

Vitamina K

Funções: Catalisar a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado. A vitamina K atua na produção de protrombina, que combina com o cálcio para ajudar a produzir o efeito coagulante, além de ser necessária na manutenção da saúde dos ossos.

Fontes: Vegetais verdes folhosos, fígado, feijão, ervilha e cenoura.

A Vitamina K catalisa a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado, ela atua na produção de protrombina, que combina com o cálcio para ajudar a produzir o efeito coagulante, além de ser necessária para a manutenção da saúde dos ossos. Ela ajuda a manter a homeostase corporal do organismo, seja ele, criança, jovem adulto ou idoso equilibrando a saúde do seu fígado, sangue e a dos seus ossos. Uma boa alimentação equilibrada em vegetais verdes folhosos, fígado, feijão, ervilha e cenoura ajuda a manter este trabalho homeostático do organismo.

Hipovitaminose: Tendência a hemorragias.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, depressão, estresse, dor, pânico, esquizofrenia, obsessão e compulsão, sexuais e de alimentação.

Hipervitaminose: Dispnéia e Hiperbilirrubinemia.

A hipervitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, depressão, estresse, dor, pânico, esquizofrenia, obsessão e compulsão, sexuais e de alimentação.

Vitaminas Hidrossolúveis

Vitamina C

Funções: Antioxidante, cicatrizante, atua no crescimento e manutenção dos tecidos corporais, incluindo matriz óssea, cartilagem, colágeno e tecido conjuntivo.

Fontes alimentares: Frutas cítricas, frutas vermelhas, maçã, tomate, batata inglesa, batata doce, repolho, brócolis.

A Vitamina C é um antioxidante, cicatrizante, atua no crescimento e manutenção dos tecidos corporais, incluindo matriz óssea, cartilagem, colágeno e tecido conjuntivo. Ela ajuda a manter a beleza e a saúde física do organismo, seu bem-estar e sua aparência. O resultado é obtido com alimentos como frutas cítricas, frutas vermelhas, maçã, tomate, batata inglesa, batata doce, repolho, brócolis e atividade física.  

Hipovitaminose: Pontos hemorrágicos na pele e nos ossos, capilares fracos, articulações frágeis, dificuldade de cicatrização de feridas, sangramento de gengivas.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, depressão, angústia, esquizofrenia, pânico, alimentação, obsessão e compulsão, estresse.

As frutas exóticas também são excelentes fontes de vitamina C.

 

Vitaminas do Complexo B

As vitaminas do complexo B compreendem oito vitaminas, são elas:

Tiamina (B1)

Funções: Liberação de energia dos carboidratos, gorduras e álcool.

Fontes: Gérmen de trigo, ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim, fígado, batata, carne de porco e vaca, fígado, grãos, leguminosas.

A Vitamina B1 ajuda a liberar a energia dos carboidratos, gorduras e do álcool, ela participa da homeostase corporal, do metabolismo que o organismo executa para liberar e processar a energia dos carboidratos, gorduras e álcool. Uma alimentação equilibrada em sementes como gérmen de trigo, ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim, carne de fígado, batata, carne de porco e de vaca, grãos e leguminosos otimiza a liberação dessa energia dos carboidratos, gorduras e do álcool.

Hipovitaminose: Beribéri (dor e paralisia das extremidades, alterações cardiovasculares e edema), anorexia, indigestão, constipação, atonia gástrica, secreção insuficiente de ácido clorídrico, fadiga, apatia geral, enfraquecimento do músculo cardíaco, edema, insuficiência cardíaca e dor crônica no sistema músculo-esquelético.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, pânico, depressão, esquizofrenia, alimentação, sexuais, de obesidade, de dor crônica, de anorexia.

Hipervitaminose: Pode interferir na absorção de outras vitaminas do complexo B.

A hipervitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, pânico, depressão, esquizofrenia, alimentação, sexuais, de obesidade, de dor crônica, de anorexia.

Riboflavina (B2)

Funções: Disponibiliza a energia dos alimentos, crescimento em crianças, restauração e manutenção dos tecidos.

Fontes: Iogurte, leite, queijo, fígado, rim, coração, gérmen de trigo, cereais matinais vitaminados, grãos, peixes oleosos, levedura, ovos, siri, amêndoa, semente de abóbora, vegetais.

A Vitamina B2 disponibiliza a energia dos alimentos, participa do crescimento das crianças, restaura e mantêm os tecidos, ela participa da homeostase e da regeneração dos tecidos, bem como participa do crescimento das crianças mantendo os tecidos, e quando necessários os restaura. Uma alimentação  equilibrada em  iogurte, leite, queijo, fígado, rim, coração, gérmen de trigo, cereais matinais vitaminados, grãos, peixes oleosos, levedura, ovos, siri, amêndoa, semente de abóbora, vegetais ajuda a disponibilizar da Vitamina B2 e do seu trabalho metabólico e homestático.

 

Hipovitaminose: Queilose (rachaduras nos cantos da boca), glossite (edema e vermelhidão da língua), visão turva, fotofobia, descamação da pele, dermatite seborréica.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, depressão, estresse, pânico, obsessão e compulsão, esquizofrenia, maníaco-depressivo, alimentar e sexuais.

Niacina (B3)

Funções: Necessária para a produção de energia nas células. Desempenha papel nas ações das enzimas no metabolismo dos ácidos graxos, respiração dos tecidos e eliminação de toxinas.

Fontes: Carnes magras, fígado, peixes oleosos, amendoim, cereais matinais vitaminados, leite, queijo cogumelo, ervilha, vegetais folhosos verdes, ovos, alcachofra, batata, aspargos.

A Vitamina B3 é necessária para a produção de energia nas células, desempenha ações no metabolismo dos ácidos graxos, respiração dos tecidos e eliminação de toxinas, ela é importante para o metabolismo e para a homeostase corporal ou do organismo. Uma boa alimentação equilibrada em carnes magras, fígado, peixes oleosos, amendoim, cereais matinais vitaminados, leite, queijo cogumelo, ervilha, vegetais folhosos verdes, ovos, alcachofra, batata, aspargos ajuda a obter a Vitamina B3.

Hipovitaminose: Fraqueza, pelagra, anorexia, indigestão, erupções na pele, confusão mental, apatia, desorientação, neurite.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, pânico, esquizofrenia, depressão, obsessão e compulsão, maníaco-depresivo, alimentares, de anorexia, e sexuais.

Ácido Pantotênico (B5)

Funções: Transformação da energia de gorduras, proteínas e carboidratos em substâncias essenciais como hormônios e ácidos graxos.

Fontes: Fígado, rim, gema do ovo, leite, gérmen de trigo, amendoim, nozes, cereais integrais, abacate.

A Vitamina B5 participa da transformação da energia de gorduras, proteínas e carboidratos em substâncias essenciais como hormônios e ácidos graxos, ela participa do metabolismo e da homeostase do organismo. Uma boa alimentação equilibrada em fígado, rim, gema do ovo, leite, gérmen de trigo, amendoim, nozes, cereais integrais, abacate pode ajudar a equilibrar a Vitamina B5 em seu organismo para o trabalho metabólico e homeostático.

Hipovitaminose: Doenças neurológicas, cefaleia, cãibras e náuseas.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os associados a doenças neurológicas, cefaleia, cãibras e náuseas.

Piridoxina (B6)

Funções: Desempenha papel no sistema nervoso central, participa no metabolismo dos lipídios, na estrutura da fosforilase e no transporte de aminoácidos através da membrana celular.

Fontes: Gérmen de trigo, batata, banana, vegetais crucíferos, castanhas, nozes, peixe, abacate, semente de gergelim.

A Vitamina B6 desempenha papel no sistema nervoso central, participa do metabolismo dos lipídios, na estrutura da fosforilase e no transporte de aminoácidos através da membrana celular, ela participa do metabolismo e da homeostase corporal, do organismo. Uma boa alimentação equilibrada em gérmen de trigo, batata, banana, vegetais crucíferos, castanhas, nozes, peixe, abacate, semente de gergelim ajuda a obter a Vitamina B6.

Hipovitaminose: Anomalias do sistema nervoso central, desordens da pele, anemia, irritabilidade e convulsões.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de origem em anomalias do sistema nervoso central, desordens da pele, anemia, irritabilidade e convulsões como esquizofrenia, depressão, pânico, ansiedade, sexuais, alimentares, maníaco-depressivos, obsessivo e compulsivos,.

Hipervitaminose: Ataxia e neuropatia sensorial.

A hiervitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, esquizofrenia, depressão, pânico, sexuais, alimentares, psicomotores.

Biotina (B8)

Funções: Produção de energia através dos alimentos, síntese de gorduras, excreção dos resíduos de proteínas.

Fontes: Gema de ovo, fígado, rim, coração, tomate, levedura, aveia, feijão, soja, nozes, alcachofra, ervilha e cogumelo.

A Vitamina B8 produz energia através dos alimentos, faz síntese de gorduras, excreção de resíduos de proteínas, ela participa do metabolismo celular e da homeostase corporal. Uma boa e equilibrada alimentação com gema de ovo, fígado, rim, coração, tomate, levedura, aveia, feijão, soja, nozes, alcachofra, ervilha e cogumelo pode ser capaz de suprir ou  repor a quantidade necessária de Vitamina B8 que necessitamos.

Hipovitaminose: Alterações cutâneas.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, depressão, esquizofrenia, pânico, maníaco-depressivo, obsessivo e compulsivo, alimentares, sexuais, de obesidade.

Folato (B9) - Ácido Fólico

Funções: Atua como coenzima no metabolismo dos carboidratos, mantém a função do sistema imunológico, juntamente com a vitamina B12, está presente na síntese de DNA e RNA, além de participar na formação e maturação de células do sangue.

Fontes: Vegetais folhosos verdes, fígado, beterraba, gérmen de trigo, cereais vitaminados, nozes, amendoim, grãos, leguminosas.

A Vitamina B9 atua como coenzima no metabolismo dos carboidratos, mantém a função do sistema imunológico, juntamente com a vitamina B12, está presente na síntese de DNA e RNA, além de participar na formação e maturação de células do sangue. Ela participa do metabolismo, do sistema imunológico e da homeostase corporal. Uma boa alimentação equilibrada com vegetais folhosos verdes, fígado, beterraba, gérmen de trigo, cereais vitaminados, nozes, amendoim, grãos, leguminosas pode manter o quantidade ideal de Vitamina B9 no organismo.

Hipovitaminose: Anemia megaloblástica, lesões de mucosas, má formação do tubo neural, problemas de crescimento, transtornos gastrointestinais, alterações na morfologia nuclear celular.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os  de malformação congênita que pode incluir defeitos cardíacos congênitos, defeitos do tubo neural e anormalidades cromossômicas, como a síndrome de Down.

Cobalamina (B12)

Funções: Atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos e na formação da porção heme da hemoglobina; essencial para a síntese de DNA e RNA; participa na formação de células vermelhas do sangue.

Fontes: Alimentos de origem animal, fígado, rim, carne magra, leite, ovos, queijo, leveduras.

A Vitamina B12 atua como coenzima no metabolismo dos aminoácidos e na formação da porção heme da hemoglobina; essencial para a síntese de DNA e RNA; participa na formação de células vermelhas do sangue, ela participa do metabolismo dos aminoácidos, da síntese de DNA e RNA e da formação de células vermelhas do sangue, bem como da homeostase corporal. Uma boa alimentação equilibrada em alimentos de origem animal, fígado, rim, carne magra, leite, ovos, queijo, leveduras pode fornecer a quantidade necessária de Vitamina B12 que o organismo necessita para seu metabolismo e homeostase corporal.

Hipovitaminose: Anemia perniciosa, anemia megaloblástica, distúrbios gastrointestinais.

A hipovitaminose pode causar transtornos mentais como os de ansiedade, angústia, depressão, esquizofrenia, pânico, alimentares, sexuais, obsessivo e compulsivo, maníaco-depressivo.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 18 de março de 2024.

 

MATTANÓ

(18/03/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

O tronco cerebral que produz o mapa cerebral é como um ímã que atrai e repulsa eventos adaptativos, comportamentais, fisiológicos e morfológicos para ele, como o comportamento manifesto, o comportamento encoberto, o raciocínio, a linguagem, a cognição, a inteligência, os delírios, as alucinações, as alterações de comportamento, a agressividade, a hostilidade, as necessidades fisiológicas, de amor, de sobrevivência e de garantia, o isolamento social, a topografia comportamental de um indivíduo e sua percepção, condição, adaptação e desenvolvimento morfológico quando assimilado e acomodado pelo self central e pelo self autobiográfico que atualizam sua condição morfológica no tempo e no espaço, entre objetos, e na sua biografia pessoal.

 

MATTANÓ

(21/03/2024)

 

 

 

 

 

O caso de Leonardo não parece desmentir este ponto de vista relativo à religião. Enquanto vivo, foram-lhe feitas acusações de heresia e de apostasia contra o Cristianismo (o que, na época, significava a mesma coisa) que foram claramente descritas na primeira biografia que Vasari [1550] escreveu sobre ele. (Müntz, 1889, 292ss.) Na segunda edição (1568) de sua Vite, Vasari suprimiu estas observações. Devido à suceptibilidade enorme de sua época no tocante a questões religiosas, bem podemos compreender por que Leonardo, até mesmo em seus cadernos evitou qualquer comentário direto à sua posição face ao Cristianismo. Em suas pesquisas, jamais se deixou induzir em erro por influência dos relatos sobre a Criação, contidos nas Sagradas Escrituras; pôs em dúvida, por exemplo, a possibilidade de um dilúvio universal, e em geologia fez cálculos em termos de centenas de milhares de anos sem hesitação maior do que a dos homens dos tempos modernos.

Entre as suas `profecias’ existem algumas que certamente teriam ofendido a sensibilidade de um crente cristão. Assim, por exemplo, em `Sobre o hábito de rezar defronte às imagens de santos’:

 

`Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm os olhos abertos mas que nada vêem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.’ (Segundo Herzfeld, 1906, 292.)

Ou, então, `Sobre o luto na Sexta-feira Santa’:

`Em toda a Europa, inumeráveis povos chorarão a morte de um único homem que morreu no Oriente.’ (ibid., 297.)

Sobre a arte de Leonardo, já foi dito que ele despiu as sagradas figuras de todos os vestígios de sua ligação com a Igreja, tornando-as humanas, para nelas representar grandes e belas emoções humanas. Muther o elogia por libertar-se do ambiente de decadência que prevalecia na época e por restituir ao homem o seu direito à sensualidade e à alegria de viver. Nas anotações que nos mostram Leonardo, entregue à sondagem dos grandes mistérios da natureza, há um número enorme de passagens onde ele manifesta a sua admiração pelo Criador, última causa de todos esses nobres segredos; mas nada existe que possa indicar que desejou manter relações pessoais com esse divino poder. As reflexões que encerram a profunda sabedoria dos últimos anos de sua vida exalam a conformação do homem que se entrega ao , às leis da natureza, e que nenhuma misericórdia espera da bondade ou da graça de Deus. Parece não haver dúvida de que Leonardo superou tanto a religião dogmática quanto a pessoal, e que afastou-se muito da concepção cristã do mundo, através do seu trabalho de pesquisa.

As descobertas, anteriormente mencionadas [ver a partir de [1]], que fizemos sobre o desenvolvimento da vida mental infantil, levam-nos a crer que no caso de Leonardo também as suas primeiras pesquisas na infância se orientaram para os problemas da sexualidade. Ele próprio se denuncia, sob disfarce transparente, ao relacionar sua ânsia de pesquisa à fantasia do abutre e ao destacar o problema do vôo das aves como assunto para o qual se sentia fatalmente impelido por uma série de circunstâncias. Um trecho sobremodo obscuro de suas anotações referentes ao vôo das aves, e que se assemelha a uma profecia, demonstra muito bem o grau de interesse afetivo que o fazia fixar-se na idéia de poder um dia imitar, ele próprio, esse vôo: `O grande pássaro alçará o seu primeiro vôo partindo do dorso de seu Grande Cisne; fará o mundo ficar maravilhado, será por todos descrito e será a glória eterna do ninho onde nasceu.’ Provavelmente esperava que ele próprio chegaria a voar um dia e conhecemos, pelos sonhos realizadores de desejos, que felicidade se aguarda da realização dessa esperança.

 

Mas por que será que tantas pessoas sonham sentindo-se capazes de voar? A resposta que nos dá a psicanálise é que voar, ou ser um pássaro, é somente um disfarce para outro desejo, e que mais de uma conexão, seja por meio de palavras ou de coisas, leva-nos a reconhecer esse desejo. Quando consideramos que às crianças perguntadoras dizemos que os bebês são trazidos por um grande pássaro, tal como a cegonha; quando nos lembramos de que os antigos povos representavam o falo como possuindo asas; que a expressão mais comum, em alemão, para a atividade sexual masculina é `vögeln‘ [`passarear’: `Vogel‘ é a palavra alemã para `pássaro’; que o órgão masculino é chamado de `l’uccello‘ [`o pássaro’] em italiano - vemos que todos esses dados constituem apenas uma pequena fração de um conjunto de idéias correlatas que nos mostram que, nos sonhos, o desejo de voar representa verdadeiramente a ânsia de ser capaz de realizar o ato sexual. Este é um desejo que surge nos primeiros anos da infância. Quando o adulto relembra sua infância, esta parece-lhe como tendo sido uma época feliz, na qual se gozava o momento e se encarava o futuro sem nenhum desejo; é por essa razão que ele inveja as crianças. No entanto, se as próprias crianças nos pudessem contar a sua história nessa época, elas provavelmente o fariam de modo diferente. Parece que a infância não é bem esse idílio bem-aventurado que retrospectivamente destorcemos; ao contrário, as crianças durante toda a sua infância sentem-se fustigadas pelo desejo de crescer e de fazer o que fazem os grandes. Este desejo reflete-se em todas as brincadeiras. Sempre que as crianças sentem, no curso de suas explorações sexuais, que, nesse terreno tão misterioso e tão importante para elas, existe alguma coisa maravilhosa permitida aos adultos, mas que elas estão proibidas de conhecer e de fazer, sentem um desejo violento de ser capazes de fazê-lo e sonham-no sob a forma de voar, ou preparam este disfarce de seu desejo para ser usado mais tarde em seus sonhos de voar. Assim, a aviação, que em nossos dias está finalmente conseguindo realizar esse objetivo, tem também suas raízes eróticas infantis.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci foi acusado de heresia e de apostasia contra o Cristianismo (o que, na época, significava a mesma coisa). Entre as suas `profecias’ existem algumas que certamente teriam ofendido a sensibilidade de um crente cristão. Assim, por exemplo, em `Sobre o hábito de rezar defronte às imagens de santos’:

`Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm os olhos abertos mas que nada vêem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.’ (Segundo Herzfeld, 1906, 292.)

Ou, então, `Sobre o luto na Sexta-feira Santa’:

`Em toda a Europa, inumeráveis povos chorarão a morte de um único homem que morreu no Oriente.’ (ibid., 297.)

Sobre a arte de Leonardo, já foi dito que ele despiu as sagradas figuras de todos os vestígios de sua ligação com a Igreja, tornando-as humanas, para nelas representar grandes e belas emoções humanas. Nas anotações que nos mostram Leonardo, entregue à sondagem dos grandes mistérios da natureza, há um número enorme de passagens onde ele manifesta a sua admiração pelo Criador, última causa de todos esses nobres segredos; mas nada existe que possa indicar que desejou manter relações pessoais com esse divino poder.

As descobertas, anteriormente mencionadas [ver a partir de [1]], que fizemos sobre o desenvolvimento da vida mental infantil, levam-nos a crer que no caso de Leonardo também as suas primeiras pesquisas na infância se orientaram para os problemas da sexualidade. Ele próprio se denuncia, sob disfarce transparente, ao relacionar sua ânsia de pesquisa à fantasia do abutre e ao destacar o problema do vôo das aves como assunto para o qual se sentia fatalmente impelido por uma série de circunstâncias. Um trecho sobremodo obscuro de suas anotações referentes ao vôo das aves, e que se assemelha a uma profecia, demonstra muito bem o grau de interesse afetivo que o fazia fixar-se na idéia de poder um dia imitar, ele próprio, esse vôo: `O grande pássaro alçará o seu primeiro vôo partindo do dorso de seu Grande Cisne; fará o mundo ficar maravilhado, será por todos descrito e será a glória eterna do ninho onde nasceu.’ Provavelmente esperava que ele próprio chegaria a voar um dia e conhecemos, pelos sonhos realizadores de desejos, que felicidade se aguarda da realização dessa esperança.

Parece que a infância não é bem esse idílio bem-aventurado que retrospectivamente destorcemos; ao contrário, as crianças durante toda a sua infância sentem-se fustigadas pelo desejo de crescer e de fazer o que fazem os grandes. Este desejo reflete-se em todas as brincadeiras. Sempre que as crianças sentem, no curso de suas explorações sexuais, que, nesse terreno tão misterioso e tão importante para elas, existe alguma coisa maravilhosa permitida aos adultos, mas que elas estão proibidas de conhecer e de fazer, sentem um desejo violento de ser capazes de fazê-lo e sonham-no sob a forma de voar, ou preparam este disfarce de seu desejo para ser usado mais tarde em seus sonhos de voar. Assim, a aviação, que em nossos dias está finalmente conseguindo realizar esse objetivo, tem também suas raízes eróticas infantis.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci foi acusado de heresia e de apostasia contra o Cristianismo (o que, na época, significava a mesma coisa). Entre as suas `profecias’ existem algumas que certamente teriam ofendido a sensibilidade de um crente cristão. Assim, por exemplo, em `Sobre o hábito de rezar defronte às imagens de santos’:

`Os homens falarão com homens que nada percebem, que têm os olhos abertos mas que nada vêem; falarão com eles e não terão resposta; implorarão as graças daqueles que têm orelhas mas nada ouvem; acenderão luzes para quem é cego.’ (Segundo Herzfeld, 1906, 292.)

Ou, então, `Sobre o luto na Sexta-feira Santa’:

`Em toda a Europa, inumeráveis povos chorarão a morte de um único homem que morreu no Oriente.’ (ibid., 297.)

Sobre a arte de Leonardo, já foi dito que ele despiu as sagradas figuras de todos os vestígios de sua ligação com a Igreja, tornando-as humanas, para nelas representar grandes e belas emoções humanas. Nas anotações que nos mostram Leonardo, entregue à sondagem dos grandes mistérios da natureza, há um número enorme de passagens onde ele manifesta a sua admiração pelo Criador, última causa de todos esses nobres segredos; mas nada existe que possa indicar que desejou manter relações pessoais com esse divino poder.

As descobertas, anteriormente mencionadas [ver a partir de [1]], que fizemos sobre o desenvolvimento da vida mental infantil, levam-nos a crer que no caso de Leonardo também as suas primeiras pesquisas na infância se orientaram para os problemas da sexualidade. Ele próprio se denuncia, sob disfarce transparente, ao relacionar sua ânsia de pesquisa à fantasia do abutre e ao destacar o problema do vôo das aves como assunto para o qual se sentia fatalmente impelido por uma série de circunstâncias. Um trecho sobremodo obscuro de suas anotações referentes ao vôo das aves, e que se assemelha a uma profecia, demonstra muito bem o grau de interesse afetivo que o fazia fixar-se na idéia de poder um dia imitar, ele próprio, esse vôo: `O grande pássaro alçará o seu primeiro vôo partindo do dorso de seu Grande Cisne; fará o mundo ficar maravilhado, será por todos descrito e será a glória eterna do ninho onde nasceu.’ Provavelmente esperava que ele próprio chegaria a voar um dia e conhecemos, pelos sonhos realizadores de desejos, que felicidade se aguarda da realização dessa esperança.

Parece que a infância não é bem esse idílio bem-aventurado que retrospectivamente destorcemos; ao contrário, as crianças durante toda a sua infância sentem-se fustigadas pelo desejo de crescer e de fazer o que fazem os grandes. Este desejo reflete-se em todas as brincadeiras. Sempre que as crianças sentem, no curso de suas explorações sexuais infantis, ingênuas e sem malícia provavelmente decorrentes de abuso, violência, estupro, pedofilia, corrupção de menores ou exploração sexual que, nesse terreno tão misterioso e tão importante para elas, existe alguma coisa maravilhosa permitida aos adultos, mas que elas estão proibidas de conhecer e de fazer, sentem um desejo violento de ser capazes de fazê-lo e sonham-no sob a forma de voar, ou preparam este disfarce de seu desejo para ser usado mais tarde em seus sonhos de voar. Assim, a aviação, que em nossos dias está finalmente conseguindo realizar esse objetivo, tem também suas raízes eróticas infantis. As raízes eróticas infantis estão intimamente associadas e dependentes do abuso sexual, da violência sexual, do estupro, da pedofilia, da corrupção de menores ou da exploração sexual destas crianças menores de 14 anos de idade que não possuem malícia e nem hormônios sexuais e um corpo com órgão sexual preparado para o ato sexual, nem tampouco um repertório comportamental e psíquico que lhe assegure condições para garantir uma boa gestação e um bom parto, de modo que mantenha sua responsabilidade sobre a criança e a família que se formou, sem destruir o seu futuro, de sua família, da criança e da sociedade, aprendendo a gerar e a acumular riquezas ou economias e assim distribui-las sem desperdício para que sua vida e família tenham relações otimizadas com o meio ambiente, ou seja, com menos custos e mais benefícios, isto significa legitimar sua condição, não cometer crimes e buscar a cidadania, pois cometendo crimes você estará gerando e acumulando problemas e pobreza, miséria, dificuldades e acabará distribuindo-as de alguma maneira afetando sua vida, de sua família, de sua comunidade, cidade, nação e mundo, minimizando suas relações com o meio ambiente, ou seja, aumentando os custos e diminuindo os benefícios, com dificuldade de legitimar sua vida, de sua família, seu trabalho, sua educação, sua economia, seu patrimônio, suas relações, seus direitos e sua cidadania, ou seja, você acabará se destruindo ou morrendo.

 

MATTANÓ

(22/03/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

A fé que está na leitura da Bíblia de maneira literal também está na ideia e na teoria da pulsão auditiva de Mattanó e até no voyeurismo, pois trata-se de uma maneira de ler e interpretar as palavras através do prazer e não da realidade, ou seja, por meio do tronco cerebral que imita a realidade das palavras literalmente, participando da homeostase e da equilibração da vida, da sua manutenção, antecedendo a consciência, a cultura, o conhecimento e a realidade que por sua vez auxiliam na formação dos significados e dos sentidos, do raciocínio, da linguagem, da memória, da cognição, da inteligência, da aprendizagem e do equilíbrio cognitivo, e da paranormalidade.

 

MATTANÓ

(23/03/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

Todo Homo Sapiens com mais de 14 anos de idade possui malícia e sexualidade, pois possui hormônios sexuais e mesmo depois da andropausa e da menopausa o comportamento com seu significado e sentido pode persistir ou continuar existindo na vida desse indivíduo, da mesma maneira como continuam existindo comportamentos do período sensório-motor, como investigar com os olhos e o sensorial o meio ambiente ou ter espasmos motores mediante alguma forma de estresse comportamental promovido por mudanças ambientais, ou mesmo chorar para despertar a atenção de seus pais, continuamos com estes comportamentos por toda a vida, substituindo apenas nossos pais por outros objetos de amor, isto apenas comprova que comportamentalmente o Homo Sapiens é capaz de reproduzir o que aprendeu através do reforço por toda a vida, independentemente dos hormônios sexuais, por exemplo, como vemos no caso dos comportamentos sensório-motores que foram adquiridos muito tempo antes que pudesse haver malícia, libido, hormônios sexuais e sexualidade na vida do indivíduo. Todo indivíduo com mais de 14 anos de idade é como Jesus Cristo, seus Apóstolos e o povo da Terra Santa na época de Cristo, onde Jesus acolhia e amava da mesma maneira indivíduos que tinham uma vida considerada reta e outros com uma vida cheia de pecados como Maria Madalena ou a adúltera que Jesus salvou do apedrejamento dizendo ¨que atire a primeira pedra quem não tiver pecado algum¨, mostrando para a Humanidade que temos o comportamento de nos acharmos puros e perfeitos, mas na realidade temos pecados e precisamos nos reconciliar com Deus e os nossos irmãos para termos paz, para isto devemos aceitar o encontro com Jesus e nunca atrapalhar ou impedir o encontro de outro irmão com o nosso Deus Jesus Cristo, desejando mal, criminalidade, ódio, indiferença, intolerância, medo, humilhação, vergonha, corrupção e violência, ou mesmo, tortura, lavagem cerebral, despersonalização, extorsão, vingança, estupro e estupro virtual, loucura, tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, de roubo e de assassinato, guerra e terror, e crucificação, ou mesmo, atos antidemocráticos, ou seja, periclitação da vida e da saúde.

 

MATTANÓ

(24/03/2024)

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

Somente Satanás ou um líder muito ¨burro¨ desejam que seus seguidores sejam todos iguais, ou seja, que todos tenham a mesma consciência, inconsciente, comportamento e relações sociais, pois assim ele estará desejando despersonalizar e tipificar sua gente, seus seguidores para se manter no poder, causando sofrimento bio-psico-social que pode se transformar em ansiedade, angústia e revolta, segundo determinadas contingências e contextos que devem reforçar esta atitude comportamental individual ou coletiva, onde a segurança desse indivíduo ou dessa coletividade depende da experiência dos mesmos com os eventos aversivos. Querer que todos sejam iguais num mundo onde os significados e os sentidos são diferentes de indivíduo para indivíduo trata-se de ignorância e de ingenuidade administrativa, significa que a autoridade não conhece o poder da mente humana diante das adversidades.

 

MATTANÓ

(26/03/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Quanto aos fatos de 1999 onde eu comecei a afirmar que existia telepatia e comunicação com a televisão e decidiram me medicar e eu perdi o autocontrole me agredindo violentamente por mais de 10 anos, sendo necessária a intervenção medicamentosa para me acalmar, intervenção que vem durando também mais de 10 anos, declaro que os fatos poderiam não ser insanidade ou loucura mas apenas eventos comportamentais normais decorrentes da equivalência de estímulos onde se deu uma simetria e depois uma transitividade comportamental entre estímulos e objetos do meio ambiente interno e externo, do meu repertório comportamental e do meio ambiente, do contexto que estava confuso devido medicação errada para transtorno errado em 1998 e 1999 e isto reforçou o meu comportamento devido minha história de vida que continha em meu repertório comportamental lições de paranormalidade com o livro do Padre Quevedo sobre Paranormalidade e uma fotografia de kirliangrafia que atestava que eu tinha um pouco de paranormalidade já nos anos 1990, tirada na Exposição Agropecuária de Londrina, na companhia do meu amigo Luiz Fernando G. de Souza e exibida na psicoterapia de 1992 na Clínica Psicológica da UEL para a estagiária Marcia R. Rubin. Havia e há repertório comportamental para que se faça permanentemente e intermitentemente o evento da equivalência de estímulos e até uma hipergenial equivalência de estímulos tornando-a muito mais inteligente e cognitiva, podendo alcançar a paranormalidade.

 

MATTANÓ

(26/03/2024)

 

 

 

 

 

 

Ao admitir que desde sua infância sentia-se ligado de maneira especial e pessoal ao problema do vôo, Leonardo confirma que as suas pesquisas infantis eram dirigidas para questões sexuais; e era isso exatamente o que esperávamos, de acordo com a investigação que fizemos sobre crianças de nossa época. Pelo menos esse problema escapara à repressão que mais tarde o afastaria da sexualidade. Com ligeiras variantes em seus significados, o mesmo assunto continuou a interessá-lo, desde os anos de sua infância até a época de sua plena maturidade intelectual; e é muito possível que não tivesse conseguido a destreza que desejava, quer no sentido sexual primário, quer no sentido mecânico, e que permaneceu frustrado em ambos os desejos.

Na verdade, o grande Leonardo permaneceu como uma criança durante toda a vida, sob diversos aspectos; diz-se que todos os grandes homens conservam algo de infantil. Mesmo quando adulto, continuava ele a brincar, o que constituiu mais um motivo por que freqüentemente pareceu estranho e incompreensível para seus contemporâneos. A nós não satisfaz, porém, saber que construía os mais complicados brinquedos mecânicos, que exibia em festejos da corte e recepções cerimoniosas, pois relutamos em conceber o artista usando o seu talento em coisas tão sem importância. No entanto, ele não parecia aborrecer-se em gastar assim o seu tempo pois Vasari conta-nos que fazia essas coisas mesmo sem receber encomendas: `Quando estava lá (em Roma) pegou um pedaço de cera e com ele modelou bichos muito delicados, que enchia de ar; quando soprava, eles voavam e quando o ar escapava, caíam no chão. Para um lagarto estranho, que o vinhateiro de Belvedere encontrou, fez umas asas tiradas da pele de outros lagartos e encheu-as com mercúrio, de maneira que elas se agitavam e tremiam quando o lagarto caminhava. Em seguida, fez-lhe uns olhos, uma barba e chifres, domesticou-o e o guardou numa caixa, para com ele assustar todos os seus amigos’. Tais habilidades muitas vezes serviam para exprimir pensamentos mais sérios. `Algumas vezes limpava os intestinos de um carneiro tão cuidadosamente que poderiam depois caber na concha de sua mão. Levava-os, então, para um grande quarto, ajustava-os a um fole de ferreiro situado numa sala contígua e os enchia, a ponto de virem a ocupar a sala inteira, assim forçando as pessoas que lá estavam a se refugiarem num canto. Dessa forma, ele mostrava como se tornavam transparentes à medida que se enchiam de ar; e pelo fato de que a princípio eles ocupavam pouco espaço, e que gradualmente espalhavam-se pela sala inteira, ele os comparava ao gênio.’ O mesmo prazer brincalhão de esconder coisas, fazendo-as depois reaparecer sob os mais engenhosos disfarces, encontra-se em suas fábulas e adivinhações. Estas últimas eram feitas sob a forma de `profecias’: quase todas eram ricas em idéias mas notoriamente desprovidas de espirituosidade.

Os jogos e brincadeiras com que Leonardo ocupava sua imaginação, em alguns casos, levaram os seus biógrafos, que não lhe compreendiam este lado do caráter, a interpretá-lo erroneamente. Nos manuscritos milaneses de Leonardo, existem, por exemplo, alguns rascunhos de cartas para o `Diodario de Sorio` (Síria), Vice-rei do Sagrado Sultão da Babilônia’, nas quais Leonardo se apresenta como sendo um engenheiro enviado àquelas regiões orientais para a execução de determinados trabalhos; nelas defende-se da acusação de preguiça; fornece algumas descrições geográficas de cidades e montanhas, e conclui com o relato de um fenômeno da natureza que teria acontecido quando lá se encontrava.

Em 1883, J. P. Richter tentou provar com esses documentos que Leonardo havia realmente feito todas essas observações quando em viagem a serviço do Sultão do Egito, e até mesmo adotara a religião maometana, quando no Oriente. Segundo ele, a visita deu-se antes de 1843 - isto é, antes de ter-se instalado na corte do Duque de Milão. Mas a argúcia de outros autores facilmente reconheceu a evidência do que a suposta viagem de Leonardo ao Oriente realmente significava - uma produção imaginária do jovem artista, criada para seu próprio divertimento e na qual ele encontrou expressão para um desejo de conhecer o mundo e enfrentar aventuras.

Outro provável exemplo de criação de sua imaginação encontra-se na `Academia Vincina’, que chegou a ser admitida devido a existência de cinco ou seis emblemas, com motivos laboriosamente entrelaçados, ostentando o nome da Academia. Vasari menciona esses desenhos mas não faz referência à Academia. Müntz, que reproduziu um desses emblemas na capa de seu extenso trabalho sobre Leonardo, é um dos poucos que acredita na realidade de uma `Academia Vinciana’.

É provável que o instinto brincalhão de Leonardo tenha desaparecido nos seus anos de maturidade, e que encontrasse derivativo na atividade de pesquisa que representou o último e mais alto nível de expansão de sua personalidade. A sua longa duração, no entanto, nos ensina como lentamente o indivíduo se desliga de sua infância, se nos dias infantis desfrutou a maior felicidade erótica, coisa nunca mais conseguida.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que Leonardo da Vinci desde sua infância sentia-se ligado de maneira especial e pessoal ao problema do vôo, Leonardo confirma que as suas pesquisas infantis eram dirigidas para questões sexuais; e era isso exatamente o que esperávamos, de acordo com a investigação que fizemos sobre crianças de nossa época. Pelo menos esse problema escapara à repressão que mais tarde o afastaria da sexualidade. Com ligeiras variantes em seus significados, o mesmo assunto continuou a interessá-lo, desde os anos de sua infância até a época de sua plena maturidade intelectual; e é muito possível que não tivesse conseguido a destreza que desejava, quer no sentido sexual primário, quer no sentido mecânico, e que permaneceu frustrado em ambos os desejos.

Na verdade, o grande Leonardo permaneceu como uma criança durante toda a vida, sob diversos aspectos; diz-se que todos os grandes homens conservam algo de infantil. Mesmo quando adulto, continuava ele a brincar, o que constituiu mais um motivo por que freqüentemente pareceu estranho e incompreensível para seus contemporâneos. A nós não satisfaz, porém, saber que construía os mais complicados brinquedos mecânicos, que exibia em festejos da corte e recepções cerimoniosas, pois relutamos em conceber o artista usando o seu talento em coisas tão sem importância. O mesmo prazer brincalhão de esconder coisas, fazendo-as depois reaparecer sob os mais engenhosos disfarces, encontra-se em suas fábulas e adivinhações. Estas últimas eram feitas sob a forma de `profecias’: quase todas eram ricas em idéias mas notoriamente desprovidas de espirituosidade.

Os jogos e brincadeiras com que Leonardo ocupava sua imaginação, em alguns casos, levaram os seus biógrafos, que não lhe compreendiam este lado do caráter, a interpretá-lo erroneamente.

Há indícios de que Leonardo da Vinci tinha uma produção imaginária de jovem artista, criada para seu próprio divertimento e na qual ele encontrou expressão para um desejo de conhecer o mundo e enfrentar aventuras. Um provável exemplo de criação de sua imaginação encontra-se na `Academia Vincina’.

É provável que o instinto brincalhão de Leonardo tenha desaparecido nos seus anos de maturidade, e que encontrasse derivativo na atividade de pesquisa que representou o último e mais alto nível de expansão de sua personalidade. A sua longa duração, no entanto, nos ensina como lentamente o indivíduo se desliga de sua infância, se nos dias infantis desfrutou a maior felicidade erótica, coisa nunca mais conseguida.

Mattanó aponta que Leonardo da Vinci desde sua infância sentia-se ligado de maneira especial e pessoal ao problema do vôo, Leonardo confirma que as suas pesquisas infantis eram dirigidas para questões sexuais; e era isso exatamente o que esperávamos, de acordo com a investigação que fizemos sobre crianças de nossa época, pois as crianças de sua época estavam expostas ao abuso e a exploração sexual, a pedofilia e a violência sexual, a corrupção de menores de 14 anos de idade e ao voyeurismo. Pelo menos esse problema escapara à repressão que mais tarde o afastaria da sexualidade. Com ligeiras variantes em seus significados, o mesmo assunto continuou a interessá-lo, desde os anos de sua infância até a época de sua plena maturidade intelectual; e é muito possível que não tivesse conseguido a destreza que desejava, quer no sentido sexual primário, quer no sentido mecânico, e que permaneceu frustrado em ambos os desejos.

Na verdade, o grande Leonardo permaneceu como uma criança durante toda a vida, sob diversos aspectos; diz-se que todos os grandes homens conservam algo de infantil. Mesmo quando adulto, continuava ele a brincar, o que constituiu mais um motivo por que freqüentemente pareceu estranho e incompreensível para seus contemporâneos. A nós não satisfaz, porém, saber que construía os mais complicados brinquedos mecânicos, que exibia em festejos da corte e recepções cerimoniosas, pois relutamos em conceber o artista usando o seu talento em coisas tão sem importância. O mesmo prazer brincalhão de esconder coisas, fazendo-as depois reaparecer sob os mais engenhosos disfarces, encontra-se em suas fábulas e adivinhações. Estas últimas eram feitas sob a forma de `profecias’: quase todas eram ricas em idéias mas notoriamente desprovidas de espirituosidade. Trata-se do recalcado agindo sobre suas ideias e pensamentos, de modo a conservar algo de infantil através de suas brincadeiras de esconder fazendo os objetos reaparecerem sob os mais engenhosos disfarces, fábulas e adivinhações, e profecias desprovidas de espiritualidade,

Os jogos e brincadeiras com que Leonardo ocupava sua imaginação, em alguns casos, levaram os seus biógrafos, que não lhe compreendiam este lado do caráter, a interpretá-lo erroneamente, pois não reconheceram a ação do conteúdo recalcado sobre seu comportamento, inconsciente e consciência, transformando seu universo e realidade num mundo movido pelo princípio do prazer que conservava algo de infantil através do seu comportamento lúdico e lingüístico.

Há indícios de que Leonardo da Vinci tinha uma produção imaginária de jovem artista, criada para seu próprio divertimento e na qual ele encontrou expressão para um desejo de conhecer o mundo e enfrentar aventuras. Um provável exemplo de criação de sua imaginação encontra-se na `Academia Vincina’. Provavelmente Leonardo da Vinci estivesse conhecendo sua Trajetória da Vida e dos Heróis, dos Espíritos e seu Ciclo Cosmogônico, através do lúdico como forma de luta, combate, defesa e caminho diante dos sinais, avisos, perigos e conselhos que surgem até a grande mensagem final e o retorno para sua comunidade com seu troféu, sua mensagem e sua escolha pessoal.

É provável que o instinto brincalhão de Leonardo tenha desaparecido nos seus anos de maturidade, e que encontrasse derivativo na atividade de pesquisa que representou o último e mais alto nível de expansão de sua personalidade. A sua longa duração, no entanto, nos ensina como lentamente o indivíduo se desliga de sua infância, se nos dias infantis desfrutou a maior felicidade erótica, coisa nunca mais conseguida. Muito provavelmente o homem se desliga da sua infância com a maturidade por questões hormonais que ditam a andropausa e o envelhecimento, a entrada na fase da crise final a partir dos 60 anos de idade, onde o corpo se afasta psicomotora, cognitiva, psíquica, comportamental, sexual e socialmente ainda mais da infância e pode mergulhar em doenças como a demência, o mal de Parkinson, e o mal de Alzheimer.

 

MATTANÓ

(28/03/2024)

 

 

 

 

SOBRE A PULSÃO AUDITIVA DE MATTANÓ (2024):

O problema da pulsão auditiva de Mattanó está na consciência, está entre o tronco cerebral e a linguagem, e não no inconsciente, na cognição, no raciocínio, na inteligência, na memória, mas na consciência que produz significados e sentidos para os objetos da pulsão auditiva de Mattanó.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

VI

Seria fútil tentar negar que os leitores de hoje não apreciam a patografia. Eles encobrem sua aversão alegando que a investigação patográfica de um grande homem jamais conduz à compreensão de sua importância e de seus feitos, e que, portanto, constitui uma impertinência sem sentido estudar nele aspectos que poderiam ser facilmente encontrados em qualquer outra pessoa. Mas esta crítica é de tal maneira injusta que só poderá ser compreendida se a tomamos como um pretexto ou uma desculpa. A patografia não tem como finalidade tornar inteligíveis os feitos dos grandes homens; e seguramente ninguém poderá ser censurado por não realizar algo que jamais prometeu. Os verdadeiros motivos para essa oposição são diferentes. Podemos descobri-los se nos lembrarmos de que os biógrafos se fixam em seus livros de uma maneira toda especial. Muitas vezes escolhem o herói como assunto de seu estudo porque - segundo razões de sua vida emocional pessoal - desde o começo sentiram por ele uma afeição especial. Dedicam suas energias a um trabalho de idealização, destinado a incluir o grande homem na série de seus modelos infantis - revivendo neles, talvez, a idéia infantil que faziam de seu pai. Para satisfazer este desejo, eliminam até as características fisionômicas de sua personagem; apagam as marcas das lutas de sua vida, com resistências internas e externas, e nela não toleram nenhum vestígio de fraqueza ou imperfeições humanas. Apresentam-nos, assim, uma figura ideal, fria, estranha, em vez de uma pessoa humana com a qual nos pudéssemos sentir remotamente relacionados. Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em benefício de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana.

O próprio Leonardo, com seu amor à verdade e sua sede de conhecimento, não desencorajaria qualquer tentativa de descobrir o que determinava seu desenvolvimento mental e intelectual, tomando como ponto de partida as peculiaridades triviais e os enigmas de sua natureza. Nós o homenageamos quando dele aprendemos algo. Em nada ficará diminuída sua grandeza ao fazermos um estudo dos sacrifícios que lhe custou o desenvolvimento a partir de sua infância, e se juntarmos os fatores que o marcaram com o estigma trágico do fracasso.

Devemos assinalar insistentemente que nunca classificamos Leonardo como um neurótico ou um `doente dos nervos’, conforme a denominação usual imprópria. Qualquer um que proteste contra o fato de ousarmos examiná-lo sob a luz dos conhecimentos adquiridos no campo da patologia ainda se estará apegando aos preconceito que nós já abandonamos. Não mais consideramos que a saúde e a doença, ou que os normais e os neuróticos se diferenciem tanto uns dos outros e que traços neuróticos devem necessariamente ser tomados como sendo prova de uma inferioridade geral. Hoje em dia, sabemos que os sintomas neuróticos são estruturas que funcionam como substitutos para algumas conseqüências de repressão, à qual devemos submeter-nos no curso de nosso desenvolvimento, desde a criança ao ser humano civilizado. Sabemos, também, que todos nós produzimos essas estruturas substitutivas e que somente o seu número, intensidade e distribuição nos poderá justificar na utilização do conceito prático de doença e inferir a presença de uma inferioridade constitucional. Partindo das indicações escassas que temos sobre a personalidade de Leonardo, estamos inclinados a classificá-lo como próximo ao tipo de neurótico que descrevemos como `obsessivo’; e poderíamos comparar suas pesquisas à `meditação obsessiva’ dos neuróticos e suas inibições como aquilo que chamamos de `abulias’.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que existem duas formas de se explicar os heróis hoje em dia, a primeira é a dos biógrafos que é regrada pela escolha do herói segundo uma afeição especial. Dedicam suas energias a um trabalho de idealização, destinado a incluir o grande homem na série de seus modelos infantis - revivendo neles, talvez, a idéia infantil que faziam de seu pai. Para satisfazer este desejo, eliminam até as características fisionômicas de sua personagem; apagam as marcas das lutas de sua vida, com resistências internas e externas, e nela não toleram nenhum vestígio de fraqueza ou imperfeições humanas. Apresentam-nos, assim, uma figura ideal, fria, estranha, em vez de uma pessoa humana com a qual nos pudéssemos sentir remotamente relacionados. Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em benefício de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana. A segunda é a da patologia onde não mais consideramos que a saúde e a doença, ou que os normais e os neuróticos se diferenciem tanto uns dos outros e que traços neuróticos devem necessariamente ser tomados como sendo prova de uma inferioridade geral. Hoje em dia, sabemos que os sintomas neuróticos são estruturas que funcionam como substitutos para algumas conseqüências de repressão, à qual devemos submeter-nos no curso de nosso desenvolvimento, desde a criança ao ser humano civilizado. Sabemos, também, que todos nós produzimos essas estruturas substitutivas e que somente o seu número, intensidade e distribuição nos poderá justificar na utilização do conceito prático de doença e inferir a presença de uma inferioridade constitucional. Partindo das indicações escassas que temos sobre a personalidade de Leonardo, estamos inclinados a classificá-lo como próximo ao tipo de neurótico que descrevemos como `obsessivo’; e poderíamos comparar suas pesquisas à `meditação obsessiva’ dos neuróticos e suas inibições como aquilo que chamamos de `abulias’.

Mattanó aponta que existem duas formas de se explicar os heróis hoje em dia, a primeira é a dos biógrafos que é regrada pela escolha do herói segundo uma afeição especial. Dedicam suas energias a um trabalho de idealização, destinado a incluir o grande homem na série de seus modelos infantis - revivendo neles, talvez, a idéia infantil que faziam de seu pai. Para satisfazer este desejo, eliminam até as características fisionômicas de sua personagem; apagam as marcas das lutas de sua vida, com resistências internas e externas, e nela não toleram nenhum vestígio de fraqueza ou imperfeições humanas. Apresentam-nos, assim, uma figura ideal, fria, estranha, em vez de uma pessoa humana com a qual nos pudéssemos sentir remotamente relacionados. Isto é lastimável, pois assim sacrificam a verdade em benefício de uma ilusão, e por causa de suas fantasias infantis abandonam a oportunidade de penetrar nos mais fascinantes segredos da natureza humana, acabam desprezando significados e sentidos originais para substituírem por outros falsos ideologicamente que podem distorcer a compreensão da realidade, sendo mediada pelo prazer e pela criminalidade, ou seja, pela manipulação através de argumentos substitutivos. A segunda é a da patologia onde não mais consideramos que a saúde e a doença, ou que os normais e os neuróticos se diferenciem tanto uns dos outros e que traços neuróticos devem necessariamente ser tomados como sendo prova de uma inferioridade geral. Hoje em dia, sabemos que os sintomas neuróticos são estruturas que funcionam como substitutos para algumas conseqüências de repressão, à qual devemos submeter-nos no curso de nosso desenvolvimento, desde a criança ao ser humano civilizado. Sabemos, também, que todos nós produzimos essas estruturas substitutivas e que somente o seu número, intensidade e distribuição nos poderá justificar na utilização do conceito prático de doença e inferir a presença de uma inferioridade constitucional. Partindo das indicações escassas que temos sobre a personalidade de Leonardo, estamos inclinados a classificá-lo como próximo ao tipo de neurótico que descrevemos como `obsessivo’; e poderíamos comparar suas pesquisas à `meditação obsessiva’ dos neuróticos e suas inibições como aquilo que chamamos de `abulias’, a meditação obsessiva dos neuróticos e suas inibições levam-nos para um quadro mediado por rituais obsessivos e compulsivos que distorcem a sua realidade, fazendo dela um prazer obsessivo-compulsivo mediado por rituais que descrevem sua natureza psíquica e comportamental, inclusive social, justificada no conteúdo recalcado infantil que se descortina no seu dia-a-dia, uma forma de prazer que o domina e o faz se comportar obsessivamente e compulsivamente, impedindo que ele discrimine as contingências do seu comportamento e as relações inconscientes do mesmo, mantendo-o na defensiva e regredido, isto é, sem discriminar seu comportamento e seu inconsciente como se fosse uma criança.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

O objetivo de nosso trabalho foi explicar as inibições na vida sexual e na atividade artística de Leonardo. Tendo isso em vista, podemos resumir o que conseguimos descobrir sobre o curso de seu desenvolvimento psíquico.

Não podemos conhecer direito as circunstâncias de sua hereditariedade; verificamos, por outro lado, que as circunstâncias acidentais de sua infância tiveram sobre ele um efeito profundo e perturbador. A sua origem ilegítima privou-o da influência do pai, talvez até os cinco anos, e deixou-o entregue à carinhosa sedução de uma mãe para quem ele talvez fosse o único consolo. Depois que os seus beijos lhe despertaram precocemente a madureza sexual, deve ter provavelmente atravessado uma fase de atividade sexual infantil da qual uma única manifestação foi definitivamente comprovada - a intensidade de suas pesquisas sexuais infantis. O instinto de ver e o de saber foram os mais fortemente excitados pelas impressões mais remotas de sua infância; à zona erógena da boca foi dava uma ênfase da qual nunca mais se libertou. Por sua conduta posterior, em direção oposta, assim como sua simpatia exagerada pelos animais podemos concluir pela existência de fortes indícios de traços sádicos naquele período de sua infância.

Uma poderosa onda de repressão pôs fim a esse excesso infantil e determinou as disposições que se deveriam manifestar nos anos da puberdade. O resultado mais evidente da transformação foi o afastamento de toda atividade sexual grosseira. Leonardo estava capacitado para viver em abstinência e dar a impressão de ser uma criatura assexuada. Quando ondas de excitações da puberdade chegaram ao adolescente, elas não o molestaram forçando-o a procurar formações substitutivas custosas e prejudiciais. Devido à sua tendência muito precoce para a curiosidade sexual, a maior parte das necessidades de seu instinto sexual puderam ser sublimadas numa ânsia geral de saber, escapando assim à repressão. Uma parte muito menor de sua libido continuou orientada para fins sexuais e representa a atrofiada vida sexual do adulto. Porque o amor que tinha pela mãe foi reprimido, esta parte foi levada a tomar uma atitude homossexual e manifestou-se no amor ideal por rapazes. A fixação em sua mãe e nas felizes lembranças de suas relações com ela continuou preservada no inconsciente, permanecendo, porém, inativa por algum tempo. Desse modo, a repressão, a fixação e a sublimação desempenharam sua parte absorvendo as contribuições do instinto sexual para a vida mental de Leonardo.

Leonardo surge da obscuridade de sua infância como artista, pintor e escultor devido a um talento específico que foi reforçado, provavelmente, nos primeiros anos de sua infância pelo precoce despertar do seu instinto escoptofílico. Gostaríamos enormemente de descrever o modo pelo qual a atividade artística se origina nos instintos primitivos da mente, se não fosse aqui, justamente, que falham nossas capacidades. Devemos contentar-nos em enfatizar o fato de que dificilmente se pode duvidar - de que a criação do artista proporciona, também, uma válvula de escape para seu desejo sexual; e no caso de Leonardo podemos ver, segundo a informação de Vasari [ver em [1]] que cabeças de mulheres sorridentes e de lindos rapazes - em outras palavras, a representação de seus objetos sexuais - eram freqüentes em suas primeiras tentativas artísticas. No verdor de sua mocidade, Leonardo parece trabalhar sem inibição. Assim como tomava seu pai como modelo para a conduta exterior de sua vida, também atravessou um período de masculina força criadora e produção artística quando um destino feliz o fez encontrar, em Milão, um pai substituto na figura do duque Ludovico Moro. Mas logo encontramos a confirmação de nossa experiência, isto é, que a repressão quase total de uma vida sexual real não oferece as condições mais favoráveis para o exercício das tendências sexuais sublimadas. O padrão imposto pela vida sexual termina por se impor. Sua atividade e sua capacidade de tomar rápidas decisões começam a falhar; sua tendência à indecisão e à protelação se fazem sentir como elemento perturbador na `Última Ceia’ e, influenciando sua técnica, tiveram um efeito decisivo no destino daquela grande obra. Lentamente desenvolveu-se nele um processo somente comparável às regressões nos neuróticos. O desenvolvimento que o levou a tornar-se um artista ao atingir a puberdade cedeu lugar ao processo que o tornou pesquisador e que tem suas determinantes na primeira infância. A segunda sublimação do seu instinto erótico cedeu lugar à sublimação original, cuja forma tinha sido preparada por ocasião da primeira repressão. Tornou-se um pesquisador, a princípio a serviço de sua arte, porém, mais tarde, independentemente dela e mesmo dela se afastando. Com a perda de seu patrono, substituto de seu pai, e com as sombras que, progressivamente, lhe marcavam a vida, esta substituição regressiva assumiu proporções cada vez maiores. Tornou-se `impacientissimo al pennelo‘ conforme nos conta um correspondente da condessa Isabella d’Este, que desejava ardentemente possuir um quado seu. Seu passado infantil passou a dominá-lo. Mas a pesquisa, que toma agora o lugar da criação artística, parece ter contido alguns traços que caracterizam a atividade de impulsos inconscientes; insaciabilidade, rigidez de comportamento e falta de capacidade para adaptar-se às circunstâncias reais.

Ao atingir o ápice de sua vida, quando ingressava na casa dos cinqüenta - época em que as características sexuais das mulheres já sofreram a involução, enquanto nos homens a libido, com freqüência, apresenta um enérgico surto - sofreu ele uma nova transformação. Camadas ainda mais profundas de seu conteúdo anímico tornaram-se mais uma vez ativas; mas esta nova regressão veio beneficiar a sua arte que se encontrava num processo de atrofiamento. Encontrou a mulher que lhe despertou a lembrança do sorriso feliz e sensual de sua mãe; e, influenciado por eta lembrança reaguçada, voltou a encontrar o estímulo que o guiava no princípio de suas tentativas artísticas, na época em que retratou mulheres sorridentes. Pintou a Mona Lisa, a `Sant’Ana com Dois Outros’ e a série de retratos misteriosos caracterizados pelo sorriso enigmático. Com a ajuda do mais antigo de todos os seus impulsos eróticos goza o triunfo de, uma vez mais, dominar a inibição na sua arte. Este último desenvolvimento vai-se tornando impreciso para nós, com as sombras da velhice que se aproxima. Antes disso, seu intelecto se elevara até o mais alto grau de realização formulando uma concepção do mundo que de muito ultrapassou a sua época.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica novamente a história de vida de Leonardo da Vinci e de algumas de suas obras e relacionamentos segundo sua Psicanálise até a velhice de Leonardo da Vinci quando seu intelecto formulou uma concepção de mundo que de muito ultrapassou a sua época.

Mattanó aponta novamente a história de vida de Leonardo da Vinci e de algumas de suas obras e relacionamentos segundo sua Psicanálise até a velhice de Leonardo da Vinci quando seu intelecto formulou uma concepção de mundo que de muito ultrapassou a sua época. Contudo foi através da Psicanálise Mitológica da Mattanó que podemos discriminar que o problema de Leonardo da Vinci era justamente o multiculturalismo e suas consequências como a lavagem cerebral, a despersonalização, a tortura, a loucura, a extorsão, a vingança, o estupro e o estupro virtual, as tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, a violência e a pedofilia, a corrupção de menores de 14 anos de idade, o abuso de incapazes, a exploração sexual, o tráfico de drogas, a escravidão, a pornografia, as guerras e batalhas, a criminalidade, a sujeira, a contaminação, a imundície, as doenças, as invasões e a censura imposta pela Igreja.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

 

 

Nos capítulos anteriores, já mostrei o que pode justificar este retrato do curso do desenvolvimento de Leonardo - propondo estas subdivisões de sua vida e explicando, dessa forma, sua vacilação entre a arte e a ciência. Se as afirmativas que fiz provocaram críticas, mesmo de amigos e conhecedores da psicanálise, de ter eu apenas escrito uma nova psicanalítica, responderei que jamais superestimei a certeza desses resultados. Como tantos outros, sucumbi à atração desse grande e misterioso homem, em cuja natureza podemos entrever poderosas paixões instintivas que, no entanto, somente se podem exprimir de modo tão impreciso.

Seja qual for a verdade sobre a vida de Leonardo, não podemos abandonar nossa tentativa de encontrar uma explicação psicanalítica antes de completarmos uma outra tarefa. Devemos fixar, de modo geral, os limites do que a psicanálise pode conseguir no campo da biografia: de outro modo, todo esclarecimento que não for logo comprovado será considerado como um fracasso nosso. O material de que dispõe a psicanálise para uma pesquisa consta de dados da história da vida de uma pessoa; de um lado as circunstâncias acidentais e as influências do meio e, do outro lado, as reações conhecidas do indivíduo. Baseada em seu conhecimento dos mecanismos psíquicos, propõe-se, então, estabelecer uma base dinâmica para a sua natureza, fundamentada na intensidade de suas reações, e desvendar as forças motivadoras originais de sua mente, assim como as suas transformações e desenvolvimentos futuros. Se isso tem sucesso, o comportamento de uma personalidade no curso de sua vida é explicado em termos da ação conjugada da constituição e do destino, de forças internas e poderes externos. Quando tal estudo não fornece resultados indubitáveis - e talvez suceda assim no caso de Leonardo - a culpa não está nos métodos falhos e inadequados da psicanálise, mas na incerteza e na natureza fragmentária do material com ele relacionado, e que a tradição nos legou. Portanto, somente o autor deverá ser considerado responsável pelo fracasso, por ter obrigado a psicanálise a exprimir sua opinião abalizada, apoiando-se em material tão insuficiente.

Ainda que o material histórico de que dispomos fosse muito abundante e os mecanismos psíquicos pudessem ser usados com a máxima segurança, existem dois pontos importantes onde uma pesquisa psicanalítica não nos consegue explicar por que razão é tão inevitável que a personagem estudada tenha seguido exatamente essa direção e não outra qualquer. No caso de Leonardo, tivemos de sustentar o ponto de vista de que o acaso de sua origem ilegítima e a ternura exagerada de sua mãe tiveram influência decisiva na formação de seu caráter e na sorte de seu destino, pois a repressão sexual que se estabeleceu depois dessa fase de sua infância levou-o a sublimar sua libido na ânsia de saber e estabelecer sua inatividade sexual para o resto de sua vida. Mas esta repressão após as primeiras satisfações eróticas da infância não tinha necessariamente de se estabelecer; em outra pessoa talvez não tivesse acontecido, ou talvez tivesse atingido proporções muito menores. Temos de reconhecer aqui uma margem de liberdade que não pode mais ser resolvida pela psicanálise. Assim, também, não podemos afirmar que a conseqüência dessa onda de repressão tivesse sido a única possível. É provável que uma outra pessoa não tivesse conseguido livrar da repressão a maior parte da sua libido sublimando-a numa sede de conhecimentos; sob as mesmas influências, teria sofrido perturbação permanente de sua atividade intelectual ou adquirido uma disposição incoercível para a neurose obsessiva. Deixamos, portanto, estas duas características de Leonardo que não podem ser explicadas pela psicanálise: sua tendência muito especial para a repressão dos instintos e sua extraordinária capacidade para sublimar os instintos primitivos.

Os instintos e suas transformações constituem o limite do que a psicanálise pode discernir; daí em diante cede lugar à investigação da biologia. Somos obrigados a procurar a fonte da tendência à repressão e a capacidade para a sublimação nos fundamentos orgânicos do caráter, sobre o qual se vem erigir posteriormente a estrutura mental. Já que o talento artístico e a capacidade estão intimamente ligados à sublimação, temos de admitir que a natureza da função artística também não pode ser explicada através da psicanálise. A tendência da pesquisa biológica, hoje em dia, é explicar as principais características orgânicas de uma pessoa, como o resultado da mistura das disposições masculina e feminina, baseada em substâncias [químicas]. A beleza física de Leonardo e o fato de ser canhoto poderão ser mencionadas em apoio a este ponto de vista. Não abandonaremos, no entanto, o campo da pesquisa puramente psicológica. Nosso objetivo continua a ser demonstrar a relação que existe, seguindo o caminho da atividade instintiva, entre as experiências externas de um indivíduo e suas reações. Mesmo que a psicanálise não esclareça o poder artístico de Leonardo, pelo menos torna, para nós, mais compreensíveis suas manifestações e suas limitações. Parece, em todo caso, que somente um homem que tivesse passado pelas experiências infantis de Leonardo poderia ter pintado a Mona Lisa e a Sant’Ana, ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras e ter embarcado numa carreira tão extraordinária de cientista, como se a chave para todas as suas realizações e fracassos estivesse escondida na sua fantasia infantil sobre o abutre.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o poder artístico e científico de Leonardo da Vinci tem influência de suas experiências infantis, pois sem elas jamais poderia ter pintado Mona Lisa e Sant´Ana e ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras, além de ser um extraordinário cientista, realizações e fracassos escondidos na sua fantasia infantil sobre o abutre.

Mattanó aponta que o poder artístico e científico de Leonardo da Vinci tem influência de suas experiências infantis, pois sem elas jamais poderia ter pintado Mona Lisa e Sant´Ana e ter acarretado um destino tão melancólico para suas obras, além de ser um extraordinário cientista, realizações e fracassos escondidos na sua fantasia infantil sobre o abutre. Suas experiências infantis provavelmente foram marcadas pelo multiculturalismo e por jogos de linguagem, por chistes e piadas, brincadeiras, desenhos e caricaturas envolvendo linguagem multicultural, muito provavelmente, pois sua obra artística e científica apresenta este poder multicultural infantil, também revelado nos desenhos e nas caricaturas e nos brinquedos e brincadeiras.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

 

 

 

 

Mas será que não devemos fazer objeções aos achados de uma investigação que atribui a circunstâncias acidentais, referentes à sua constelação parental, uma influência tão decisiva no destino de uma pessoa? O que, por exemplo, fez com que o destino de Leonardo viesse a depender de sua origem ilegítima e da esterilidade de sua primeira madrasta, Donna Albiera? Creio que ninguém terá o direito de fazê-lo. Se considerarmos que o acaso não pode determinar nosso destino, será apenas um retorno ao ponto de vista religioso sobre o Universo, que o próprio Leonardo estava a ponto de superar quando escreveu que o sol não se move [ver em [1]]. Sentimo-nos naturalmente decepcionados por ver que um Deus justo e uma providência bondosa não nos protegem melhor contra tais influências durante o período mais vulnerável de nossas vidas. Ao mesmo tempo, estamos sempre demasiadamente prontos a esquecer que, de fato, o que influi em nossa vida é sempre o acaso, desde nossa gênese a partir do encontro de um espermatozóide com um óvulo - acaso que, no entanto, participa das leis e necessidades da natureza, faltando-lhe apenas qualquer ligação com nossos desejos e ilusões. A distribuição dos fatores determinantes de nossa vida entre as `necessidades’ de nossa constituição e o `acaso’ de nossa infância pode ser ainda incerta em seus detalhes; mas não será mais possível duvidar precisamente da importância dos primeiros anos de nossa infância. Nós todos ainda sentimos muito pouco respeito pela natureza, que (nas palavras obscuras de Leonardo, que lembram o Hamlet) `está cheia de inúmeras razões [`ragioni’] que nunca penetram a experiência.’

Cada um de nós, seres humanos, corresponde a uma dessas inúmeras experimentações por meio das quais as `ragioni’ da natureza são compelidas a compartilhar a experiência.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a vida é produto do acaso e que participa das leis e necessidades da natureza que tem suas próprias razões que são compelidas a compartilhar a experiência de um indivíduo, sobretudo dos primeiros anos de nossa infância que são mais incertos em detalhes e ricos em acaso.

Mattanó aponta que a vida é produto do acaso e que participa das leis e necessidades da natureza que tem suas próprias razões que são compelidas a compartilhar a experiência de um indivíduo, sobretudo dos primeiros anos de nossa infância que são mais incertos em detalhes e ricos em acaso, pois não dependem de uma consciência, realidade, conhecimento ou cultura, nem tampouco, de linguagem, raciocínio, memória, cognição, significados e sentidos, interesses, habilidades e motivações. Dependem apenas de um tronco cerebral que crie um mapa cerebral capaz de imitar o meio ambiente interno e externo para que a criança possa se relacionar com o mundo e os seus objetos.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

 

AS PERSPECTIVAS FUTURAS DA TERAPÊUTICA PSICANALÍTICA (1910)

 

DIE ZÜKNFTIGEN CHANCEN DER PSYCHOANALYTISCHEN THERAPIE

 

(a)   EDIÇÕES ALEMÃS:

1910   Zbl. Psychoan., 1 (1-2), 1-9.

1913   S.K.S.N., 3, 288-298. (2ª ed. 1921.)

1924   Technik und Metapsychol., 25-36.

1925   G.S., 6, 25-36.

1943   G.W., 8, 104-115.

(b)   TRADUÇÕES INGLESAS:

`The Future Chances of Psychoanalytic Therapy’

1912   S.P.H. (2ª ed.), 207-215. (Trad. A. A. Brill.) (3ª ed. 1920.)

`The Future Prospects of Psycho-Analytic Therapy’

1924   C.P., 2, 285-296. (Trad. Joan Riviere.)

A presente tradução inglesa baseia-se na publicada em 1924.

Este trabalho foi proferido em forma de comunicação para a abertura do Segundo Congresso de Psicanálise, realizado em Nurembergue, em 30 e 31 de março de 1910. Como uma visão geral da posição contemporânea da psicanálise, pode-se compará-lo com uma conferência similar `Lines of Advance in Psycho-Analytic Therapy’ (Linhas de Desenvolvimento da Terapêutica Psicanalítica) (1919a) proferida por Freud oito anos depois no Congresso de Budapeste. Em especial, a segunda parte do presente trabalho, que trata da técnica, prefigura a terapia `ativa’ que constituiu o tema principal do último trabalho.

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira é de autoria de David Mussa. Revisão geral e técnica de Jayme Salomão (Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

AS PERSPECTIVAS FUTURAS DA TERAPÊUTICA PSICANALÍTICA

 

SENHORES, - De vez que os objetivos para os quais nos reunimos aqui, hoje, são eminentemente práticos, escolherei para minha conferência introdutória um tema clínico e solicito-lhes o interesse, não científico, mas médico. Posso imaginar seus prováveis pontos de vista sobre o resultado de nossa terapia e presumo que a maioria dos senhores já passou pelos dois estágios que atravessam todos os principiantes, o do entusiasmo pelo aumento inesperado de nossas façanhas terapêuticas e o da depressão pela magnitude das dificuldades que impedem nossos esforços. Qualquer que seja, no entanto, o grau de desenvolvimento em que cada um dos senhores possa encontrar-se, é minha intenção, hoje, mostrar-lhes que, de nenhuma maneira, chegamos ao final de nossos recursos no combate às neuroses e que podemos esperar, em pouco tempo, melhoria substancial nas nossas perspectivas terapêuticas.

Penso que este reforço virá de três direções:

(1) do processo interno,

(2) do aumento da autoridade; e

(3) da eficiência geral de nosso trabalho.

(1) Sob `progresso interno’ quero dizer os avanços: (a) em nosso conhecimento analítico, (b) em nossa técnica.

(a) Avanços em nosso conhecimento. Na verdade, estamos ainda muito longe de saber tudo o que se requer para o conhecimento dos inconsciente de nossos doentes. É evidente que cada avanço em nosso conhecimento significa um acréscimo de nosso poder terapêutico. Na medida em que nada compreendemos, nada realizamos; quanto mais compreendermos, mais alcançaremos. No início, o tratamento analítico era inexorável e exaustivo. O doente tinha de dizer tudo de si e a atividade do médico consistia em pressioná-lo, incessantemente. As coisas, hoje, possuem atmosfera mais cordial. O tratamento compõe-se de duas partes - o que o médico infere e diz ao doente, e o que o doente elabora de quanto ouviu. O mecanismo de nosso auxílio é fácil de entender; damos ao doente a idéia antecipadora consciente [a idéia do que ele espera encontrar] e, então, ele acha a idéia inconsciente reprimida, em si mesmo, no fundamento de sua similaridade com a idéia antecipadora. É esta a ajuda intelectual que lhe torna mais fácil superar as resistências entre consciente e inconsciente. A propósito, devo salientar que este não é o único mecanismo de que se faz uso no tratamento analítico; os senhores todos conhecem aquele bem mais poderoso que repousa no emprego da `transferência’. E em minha intenção, em futuro próximo, tratar desses diversos fatores, que são tão importantes para a compreensão do tratamento, em uma Allgemeine Methodik der Psychoanalyse. E, além disso, ao falar-lhes, não preciso refutar a objeção de que o valor indicativo que sustenta a correção de nossas hipóteses se obscureça, em nosso tratamento, tal como hoje o praticamos; os senhores não devem esquecer-se de que se pode encontrar essa evidência em outro lugar e de que se pode realizar um procedimento terapêutico da mesma forma que uma investigação teórica.

Permitam-me, agora, tocar em um ou dois setores em que novas coisas temos para aprender e em que, de fato, novas coisas devemos descobrir, a cada dia. Há, acima de tudo, o setor do simbolismo nos sonhos e no inconsciente - tema ardentemente contestado, como os senhores sabem. Não é pequeno o mérito de nosso colega, Wilhelm Stekel, que, imperturbado por todas as objeções levantadas por nossos opositores, empreendeu um estudo dos símbolos oníricos. Há ainda, por certo, muito a aprender aqui; a minha Interpretation of Dreams (A Interpretação de Sonhos), escrita em 1899, aguarda importante ampliação das pesquisas no simbolismo.

 

Direi algumas palavras acerca de um dos símbolos que se reconheceram recentemente. Ouvi dizer, pouco tempo atrás, que um psicólogo, cujos pontos de vista eram algo diferentes dos nossos sonhos, salientara a um de nós, que, conquanto tudo o que se disse e se fez, sem dúvida exageramos a significação sexual oculta dos sonhos: o seu próprio sonho mais comum era o de subir escadas e, por certo, não poderia haver nada de sexual naquilo. Pusemo-nos alerta no tocante a essa objeção e começamos a voltar nossa atenção para o aspecto dos degraus, escadas e escadas de mão nos sonhos e ficamos logo em posição de mostrar que as escadas (e coisas análogas) eram, inquestionavelmente, símbolos da cópula. Não é difícil descobrir a base da comparação: chegamos ao topo numa sucessão de movimentos rítmicos e com crescente perda de fôlego e, depois, com alguns saltos rápidos podemos crescer de novo. Assim, o modelo rítmico da cópula é reproduzido no subir as escadas. Nem devemos omitir em trazer à evidência o uso lingüístico. Ele nos revela que `trepar’ [em alemão `steigen‘] se usa como equivalente direto do ato sexual. Falamos de um homem como um `Steiger‘ [um `trepador’] e de `nachsteigen‘ [`correr atrás de’, literalmente `trepar’]. Em francês os degraus de uma escada chamam-se `marches‘ e `un vieux marcheur tem o mesmo sentido que o nosso `ein alter Steiger‘ [`um velho devasso’]. O material do sonho de onde tais simbolismos, recentemente reconhecidos, foram extraídos, ser-lhes-á apresentado, no devido tempo, pela comissão que estamos formando para o estudo coletivo do simbolismo. Os senhores encontrarão algumas observações sobre outro símbolo interessante, o do `salvamento’ e suas alterações em significação, no segundo volume do nosso Jahrbuch (Anuário). Mas, devo interromper aqui ou não chegarei aos meus outros objetivos.

Cada um dos senhores pode saber, de sua própria experiência, que atitude bastante diferente terá para um novo caso de enfermidade, quando certa vez se apoderou, profundamente, da estrutura de alguns casos característicos. Imaginem que tenhamos chegado a uma fórmula sucinta dos fatores que, comumente, participam da constituição das diversas formas de neurose, como aconteceu, até aqui, na estruturação dos sintomas histéricos, e considerem como isso pode estabelecer, firmemente, nosso julgamento prognóstico! Assim como um obstetra pode dizer, ao examinar a placenta, se ela foi completamente expelida ou se ainda permanecem seus fragmentos nocivos, do mesmo modo nós, independentemente do resultado e do estado do paciente, no momento, lograremos saber se nosso trabalho foi bem-sucedido ou se teremos de esperar recaídas e novas crises de enfermidade.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que sua Psicanálise tem 3 direções:

(1) do processo interno,

(2) do aumento da autoridade; e

(3) da eficiência geral de nosso trabalho.

(1) Sob `progresso interno’ quero dizer os avanços: (a) em nosso conhecimento analítico, (b) em nossa técnica.

(a) Avanços em nosso conhecimento. Na verdade, estamos ainda muito longe de saber tudo o que se requer para o conhecimento do inconsciente de nossos doentes. É evidente que cada avanço em nosso conhecimento significa um acréscimo de nosso poder terapêutico. O tratamento compõe-se de duas partes - o que o médico infere e diz ao doente, e o que o doente elabora de quanto ouviu. O mecanismo de nosso auxílio é fácil de entender; damos ao doente a idéia antecipadora consciente [a idéia do que ele espera encontrar] e, então, ele acha a idéia inconsciente reprimida, em si mesmo, no fundamento de sua similaridade com a idéia antecipadora. É esta a ajuda intelectual que lhe torna mais fácil superar as resistências entre consciente e inconsciente. A propósito, devo salientar que este não é o único mecanismo de que se faz uso no tratamento analítico; os senhores todos conhecem aquele bem mais poderoso que repousa no emprego da `transferência’.

Há, acima de tudo, o setor do simbolismo nos sonhos e no inconsciente - tema ardentemente contestado, como os senhores sabem. Nem devemos omitir em trazer à evidência o uso lingüístico. Ele nos revela que `trepar’ [em alemão `steigen‘] se usa como equivalente direto do ato sexual. Falamos de um homem como um `Steiger‘ [um `trepador’] e de `nachsteigen‘ [`correr atrás de’, literalmente `trepar’]. Em francês os degraus de uma escada chamam-se `marches‘ e `un vieux marcheur tem o mesmo sentido que o nosso `ein alter Steiger‘ [`um velho devasso’]. O material do sonho de onde tais simbolismos, recentemente reconhecidos, foram extraídos, ser-lhes-á apresentado, no devido tempo, pela comissão que estamos formando para o estudo coletivo do simbolismo.

Cada um dos senhores pode saber, de sua própria experiência, que atitude bastante diferente terá para um novo caso de enfermidade, quando certa vez se apoderou, profundamente, da estrutura de alguns casos característicos.

Mattanó aponta que sua Psicanálise Mitológica tem 3 direções:

(1) do processo interno,

(2) do aumento da autoridade; e

(3) da eficiência geral de nosso trabalho.

(1) Sob `progresso interno’ quero dizer os avanços: (a) em nosso conhecimento analítico, (b) em nossa técnica.

(a) Avanços em nosso conhecimento. Na verdade, estamos ainda muito longe de saber tudo o que se requer para o conhecimento do inconsciente de nossos doentes. É evidente que cada avanço em nosso conhecimento significa um acréscimo de nosso poder terapêutico. O tratamento compõe-se de duas partes - o que o médico infere e diz ao doente, e o que o doente elabora de quanto ouviu. O mecanismo de nosso auxílio é fácil de entender; damos ao doente a idéia antecipadora consciente [a idéia do que ele espera encontrar] e, então, ele acha a idéia inconsciente reprimida, em si mesmo, no fundamento de sua similaridade com a idéia antecipadora. É esta a ajuda intelectual que lhe torna mais fácil superar as resistências entre consciente e inconsciente. A propósito, devo salientar que este não é o único mecanismo de que se faz uso no tratamento analítico; os senhores todos conhecem aquele bem mais poderoso que repousa no emprego da `transferência’.

Há, acima de tudo, o setor do simbolismo nos sonhos e no inconsciente - tema ardentemente contestado, como os senhores sabem. Nem devemos omitir em trazer à evidência o uso lingüístico. Ele nos revela que `trepar’ [em alemão `steigen‘] se usa como equivalente direto do ato sexual. Falamos de um homem como um `Steiger‘ [um `trepador’] e de `nachsteigen‘ [`correr atrás de’, literalmente `trepar’]. Em francês os degraus de uma escada chamam-se `marches‘ e `un vieux marcheur tem o mesmo sentido que o nosso `ein alter Steiger‘ [`um velho devasso’]. O material do sonho de onde tais simbolismos, recentemente reconhecidos, foram extraídos, ser-lhes-á apresentado, no devido tempo, pela comissão que estamos formando para o estudo coletivo do simbolismo.

Para Mattanó o estudo destes símbolos depende da consciência e não da linguagem, do raciocínio, da cognição, da memória ou da inteligência, mas da consciência que produz significados e sentidos para estes símbolos que a priori são niilistas e produtos de melodias em nosso cérebro, comportamento, psique ou mente.

Cada um dos senhores pode saber, de sua própria experiência, que atitude bastante diferente terá para um novo caso de enfermidade, quando certa vez se apoderou, profundamente, da estrutura de alguns casos característicos.

 

MATTANÓ

(30/03/2024)

 

 

 

AS CIDADES E O MUNDO (2024):

 

O mundo está se tornando cada vez mais urbanizado, como informam dados do documento Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 11 da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

De acordo com o relatório, desde 2007, mais da metade da população mundial vive em cidades, e o número deve aumentar para 60% até 2030. Embora as cidades do mundo ocupem apenas 3% do planeta, elas são responsáveis por 60% a 80% do consumo de energia e 75% das emissões de carbono, explicam os dados do ODS.

 

Portanto, entre outros objetivos, a entidade propõe aumentar a urbanização inclusiva e sustentável e a capacidade de planejamento e gestão participativa; redobrar esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural; reduzir os impactos ambientais negativos per capita; e proporcionar acesso universal a espaços verdes e espaços públicos seguros, inclusivos e acessíveis.

 

Diante deste desafio, cidades inteligentes, sustentáveis e verdes podem dar uma contribuição positiva. Mas sobre o que é cada um desses conceitos e qual é a diferença entre eles?

 

Quais tipos de cidades existem?

Há três tipos de cidades quanto ao que se refere à maneira como elas podem ser estruturadas: a cidade verde, a sustentável e a inteligente. "Tratam-se de exemplos de adjetivos dados às cidades em um esforço de marca urbana para criar sua própria identidade, de forma a atrair pessoas, empresas, recursos e projetos", explica Gabriel Mazzola Poli de Figueiredo, engenheiro em sistemas eletrônicos, mestre e doutorando em planejamento urbano, pesquisador e consultor em projetos de Políticas Públicas, Cidades Inteligentes, Tecnologia e Inovação.

 

O especialista brasileiro também explica que esses conceitos não são estritamente definidos, mas que as três definições se sobrepõem. Ele comenta que cada um deles se concentra em algo específico.

 

O que é uma cidade inteligente?

Segundo a ONU, uma cidade inteligente é aquela que usa a tecnologia como ferramenta para otimizar sua eficiência e sua economia, desde que sirva para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos e proteger a natureza.

 

Na mesma linha, o pesquisador propõe que a cidade inteligente é aquela que enfatiza o uso de tecnologias de informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.

 

O que é uma cidade sustentável?

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Argentina, as cidades sustentáveis devem ser analisadas sob uma perspectiva sistêmica com uma interação dinâmica entre o sistema ambiental, social e econômico.

 

A agência argentina define essas cidades como aquelas que "alcançam a plena realização dos direitos de seus habitantes, incluindo o acesso à moradia, à água potável e ao saneamento, à segurança alimentar, à saúde, à educação, à infra-estrutura resistente, à mobilidade e ao direito a um ambiente saudável para um desenvolvimento humano harmonioso que respeite a natureza que habita e integra".

 

Além disso, a definição do órgão argentino ainda diz que as cidades sustentáveis devem ser um espaço de pertencimento cultural no qual são construídos laços intra e intergeracionais; há igualdade de gênero; e é resistente aos impactos adversos da mudança climática.

 

"Não há um tipo ideal uniforme de cidade sustentável, mas ela é moldada pelas características específicas de cada região, população e processo histórico", informa o ministério.

 

O que é uma cidade verde?

Finalmente, o especialista menciona que as cidades verdes incluem incentivos para dinâmicas urbanas verdes e locais, a fim de reduzir o impacto ambiental e melhorar a qualidade de vida.

 

Algumas dessas dinâmicas, ele acrescenta, procuram reduzir as emissões de gás carbônico, gerar menos lixo, promover um melhor uso da terra e da energia, e criar mais espaços verdes.

 

A cidade verde seria um lugar que tem como objetivo estar em equilíbrio com a natureza, como sugere o livro “Making Green Cities: Concepts, Challenges and Practice” (algo como Construindo Cidades Verdes: Conceitos, Desafios e Práticas), de autoria de Jürgen Breuste, Martina Artmann, Cristian Ioja e Salman Qureshi – e que deve chegar ao mercado brasileiro a partir de dezembro de 2022.

 

De acordo com a publicação, os organismos vivos e seus habitats, dentro da cidade verde, seriam componentes importantes e parte da infra-estrutura. "Todas as formas de natureza são respeitadas, mantidas e estendidas em benefício dos residentes da cidade", diz um trecho da publicação.

 

Segundo o Habitat da ONU, programa da Organização das Nações Unidas para  a moradia, os espaços verdes contribuem para melhorar as condições ambientais, aumentando a qualidade do ar, reduzindo o efeito estufa e seqüestrando o carbono produzido.

 

Quais são os pontos em comum entre cidades inteligentes, sustentáveis e verdes?

Embora cada tipo de cidade seja especializado em uma determinada área, os objetivos são semelhantes, diz Mazzola Poli de Figueiredo. "Em todos os casos, há a intenção de melhorar a qualidade de vida das pessoas, reduzir o impacto ambiental da dinâmica urbana, melhorar a eficácia e a eficiência dos serviços".

 

Segundo o consultor, a América Latina pode entrar neste cenário de cidades mais inteligentes, sustentáveis e verdes adaptando-o à sua realidade: "Devemos construir nossa própria abordagem a estes modelos, visando nos dedicar, especificamente, aos desafios urbanos e sociais que enfrentamos como região. Entre eles estão a desigualdade, a fome, os assentamentos precários, a privação de direitos humanos fundamentais, a falta de mobilidade urbana e o saneamento, as vulnerabilidades raciais e de gênero, e assim por diante".

 

Para isso, explica o pesquisador brasileiro, é necessário algumas tarefas, como ter uma visão sistêmica das dinâmicas urbanas e territoriais; investir em ciência e pesquisa multidisciplinar conectando engenharia, planejamento urbano, antropologia, ciências sociais, entre outras.

 

Tudo isso, diz ele, para entender melhor como elas afetam umas às outras e qual é a forma mais apropriada de trabalhar para reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

 

Além disso, "é crucial incorporar especialistas de diferentes áreas do conhecimento e também da sociedade civil no processo de concepção, implementação e avaliação dessas iniciativas".

 

Segundo Mazzola Poli de Figueiredo, este é um grande desafio, mas o trabalho de construir tais cidades "é um esforço essencial para ter cidades mais inteligentes, participativas, justas, saudáveis, inclusivas e sustentáveis no futuro".

 

Contudo para Mattanó temos mais tipos de cidades, temos as cidades pobres,  as cidades em conflito, as cidades em crise e as cidades em guerra.

As cidades pobres não oferecem infraestrutura, sustentabilidade,  um cenário verde ou inteligente para a sua população, podem ser cidades que estão sendo criadas ou morrendo, sendo extintas por vários motivos como guerras, doenças, conflitos, problemas sociais ou econômicos e até políticos, são cidades que vão sendo abandonadas aos poucos.

As cidades em conflito podem oferecer sustentabilidade, um cenário verde ou inteligente porém sua dinâmica e organização social e política permanece em conflito por motivos políticos, militares, econômicos, sociais, educacionais, religiosos, sexuais, trabalhistas, morais, físicos ou organizacionais, de modo que a sustentabilidade, o verde ou a inteligência adquire um significado e um sentido conflitantes na vida individual e social desta cidade.

As cidades em crise oferecem sustentabilidade, verde ou inteligência, porém num cenário de crise, onde o indivíduo se vê ameaçado pela sua subjetividade e pelo mundo objetivo, através da sua consciência que é mediada pela realidade, conhecimento e cultura, levando-o a desenvolver sintomas de loucura ou insanidade mediada por crises.

As cidades em guerra oferecem muito pouco, pois tem sua estrutura e infraestrutura destruída pela guerra, de modo que a sustentabilidade, o verde e a inteligência deixam de existir nestas cidades para que existam apenas armas, soldados, medo, loucura, violência, morte, destruição e guerra.

Para Mattanó estes quatro tipos de cidades problemáticas podem ser resolvidas através de uma entropia e neguentropia administrativa e social, antropológica e econômica, urbana, onde podemos absorver camadas de indivíduos e de famílias de cidades que vivem em áreas de risco e de miséria e pobreza, de fome, de desemprego, de marginalidade e violência sob domínio do tráfico de drogas, por exemplo, e realoca-las em áreas onde existe segurança, paz e ordem social para que possam viver normalmente e ter suas vidas sem o domínio do crime ou do crime organizado e das calamidades e tragédias que ocorrem todos os anos em áreas de risco de várias cidades brasileiras, buscando novas cidades, antes esquecidas e marginalizadas, mas que podem ser reorganizadas e organizadas a fim de que se tornem produtivas e rentáveis economicamente, socialmente, politicamente, organizacionalmente, urbanamente, militarmente, na segurança, na alimentação, no saneamento e nos direitos fundamentais, na justiça e na cidadania, na ordem e no progresso deste país, pois cidades que ajudam a combater problemas de desenvolvimento urbano, econômico e social, moral e sexual, trabalhista, habitacional e criminal devem ter prioridade na lista de interesses de nossos governantes e autoridades, inclusive de nossos estudiosos para que criem novos estudos e novos projetos reforçando este.

 

MATTANÓ

(31/03/2024)

 

 

 

 

A TEORIA DA ABUNDÂNCIA DE MATTANÓ (2024):

Teoria da Abundância de Mattanó que limpa a mente de todos os significados e sentidos, da literalidade, do controle e das razões, da funcionalidade, do comportamento e do inconsciente, da linguagem e da simbologia, dos símbolos e da topografia, e até dos sonhos, da argumentação e da linguagem, substituindo estes eventos pela consciência que se assemelha a uma Hóstia Viva ou célula que age milagrosamente e tudo transforma agindo através do tempo e da eternidade, da atenção e da intenção, de modo que pela liberdade para viver e para se aprender e ensinar a viver o indivíduo num estágio ulterior, o paciente ou educando volte a aprender a ressignificar e a dar sentido a sua vida psíquica e comportamental, deixando-se finalmente levar-se por um amor e acolhimento plenos que tudo aceita e tudo perdoa, numa fase chamada urubórus, para que essa pessoa possa se sentir amada e acolhida, como que pela sua própria mãe e pelo próprio pai, nas fases matriarcal e patriarcal, preparando-a para o ciclo de alteridade onde essa pessoa volta a se interessar pela educação e pelo trabalho, alcançando a fase cósmica onde experimenta a plenitude da sua energia interior, se abrindo para o mundo e para o universo onde vive relações paranormais e sobrenaturais ou super-humanas, geniais e com seres das estrelas e do universo, com seres divinos e com Deus.

 

MATTANÓ

(01/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(b) Apressar-me-ei em torno das inovações no setor da técnica, onde, na verdade, quase tudo ainda aguarda a posição final e muita coisa, somente agora, começa a esclarecer-se. Há, hoje, dois objetivos na técnica psicanalítica: poupar o esforço do médico e dar ao paciente o mais irrestrito acesso ao seu inconsciente. Como sabem, nossa técnica passou por uma transformação fundamental. À época do tratamento catártico, o que almejávamos era a elucidação dos sintomas; afastamo-nos, depois, dos sintomas e devotamo-nos, em vez disso, a desvendar os `complexos’, para usar uma palavra que Jung tornou indispensável; agora, no entanto, nosso trabalho objetiva encontrar e sobrepujar, diretamente, as `resistências’, e podemos confiar em que venham à luz, justificadamente, sem dificuldade, os complexos, tão logo se reconheçam e se removam as resistências. Alguns dos senhores têm sentido, desde então, a necessidade de que se possa fazer uma pesquisa dessas resistências e classificá-las. Pedir-lhe-ei que examinem seu material e vejam se podem confirmar a afirmação generalizada de que, nos pacientes masculinos, a maioria das resistências importantes ao tratamento parecem derivar-se do complexo paterno e expressar-se neles no medo ao pai, desobediência ao pai e desavença do pai.

As outras inovações na técnica relacionam-se com o próprio médico. Tornamo-nos cientes da `contratransferência’, que, nele, surge como resultado da influência do paciente sobre os seus sentimentos inconscientes e estamos quase inclinados a insistir que ele reconhecerá a contratransferência, em si mesmo, e a sobrepujará. Agora que um considerável número de pessoas está praticando a psicanálise e, reciprocamente, trocando observações, notamos que nenhum psicanalista avança além do quanto permitem seus próprios complexos e resistências internas; e, em conseqüência, requeremos que ele deva iniciar sua atividade por uma auto-análise e levá-la, de modo contínuo, cada vez mais profundamente, enquanto esteja realizando suas observações sobre seus pacientes. Qualquer um que falhe em produzir resultados numa auto-análise desse tipo deve desistir, imediatamente, de qualquer idéia de tornar-se capaz de tratar pacientes pela análise.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a técnica psicanalítica sofreu mudanças, começando pelo tratamento catártico onde almejávamos a elucidação dos sintomas; depois ingressamos no desvendamento dos complexos; agora, no entanto, nosso trabalho objetiva encontrar e sobrepujar, diretamente, as `resistências’, e podemos confiar em que venham à luz, justificadamente, sem dificuldade, os complexos, tão logo se reconheçam e se removam as resistências. Alguns dos senhores têm sentido, desde então, a necessidade de que se possa fazer uma pesquisa dessas resistências e classificá-las. Pedir-lhe-ei que examinem seu material e vejam se podem confirmar a afirmação generalizada de que, nos pacientes masculinos, a maioria das resistências importantes ao tratamento parecem derivar-se do complexo paterno e expressar-se neles no medo ao pai, desobediência ao pai e desavença do pai.

As outras inovações na técnica relacionam-se com o próprio médico. Tornamo-nos cientes da `contratransferência’, que, nele, surge como resultado da influência do paciente sobre os seus sentimentos inconscientes e estamos quase inclinados a insistir que ele reconhecerá a contratransferência, em si mesmo, e a sobrepujará. Agora que um considerável número de pessoas está praticando a psicanálise e, reciprocamente, trocando observações, notamos que nenhum psicanalista avança além do quanto permitem seus próprios complexos e resistências internas; e, em conseqüência, requeremos que ele deva iniciar sua atividade por uma auto-análise e levá-la, de modo contínuo, cada vez mais profundamente, enquanto esteja realizando suas observações sobre seus pacientes. Qualquer um que falhe em produzir resultados numa auto-análise desse tipo deve desistir, imediatamente, de qualquer idéia de tornar-se capaz de tratar pacientes pela análise.

Mattanó aponta que a técnica psicanalítica sofreu mudanças, começando pelo tratamento catártico onde almejávamos a elucidação dos sintomas; depois ingressamos no desvendamento dos complexos; agora, no entanto, nosso trabalho objetiva encontrar e sobrepujar, diretamente, as `resistências’, e podemos confiar em que venham à luz, justificadamente, sem dificuldade, os complexos, tão logo se reconheçam e se removam as resistências. Alguns dos senhores têm sentido, desde então, a necessidade de que se possa fazer uma pesquisa dessas resistências e classificá-las. Pedir-lhe-ei que examinem seu material e vejam se podem confirmar a afirmação generalizada de que, nos pacientes masculinos, a maioria das resistências importantes ao tratamento parecem derivar-se do complexo paterno e expressar-se neles no medo ao pai, desobediência ao pai e desavença do pai. Atualmente a técnica psicanalítica é mitológica e visa estabelecer um estado de consciência no paciente ou no educando através da Teoria da Abundância de Mattanó que limpa a mente de todos os significados e sentidos, da literalidade, do controle e das razões, da funcionalidade, do comportamento e do inconsciente, da linguagem e da simbologia, dos símbolos e da topografia, e até dos sonhos, da argumentação e da linguagem, substituindo estes eventos pela consciência que se assemelha a uma Hóstia Viva ou célula que age milagrosamente e tudo transforma agindo através do tempo e da eternidade, da atenção e da intenção, de modo que pela liberdade para viver e para se aprender e ensinar a viver o indivíduo num estágio ulterior, o paciente ou educando volta a aprender a ressignificar e a dar sentido a sua vida psíquica e comportamental, deixando-se finalmente levar-se por um amor e acolhimento plenos que tudo aceita e tudo perdoa, numa fase chamada urubórus, para que essa pessoa possa se sentir amada e acolhida, como que pela sua própria mãe e pelo próprio pai, nas fases matriarcal e patriarcal, preparando-a para o ciclo de alteridade onde essa pessoa volta a se interessar pela educação e pelo trabalho, alcançando a fase cósmica onde experimenta a plenitude da sua energia interior, se abrindo para o mundo e para o universo onde vive relações paranormais e sobrenaturais ou super-humanas, geniais e com seres das estrelas e do universo, com seres divinos e com Deus.

As outras inovações na técnica relacionam-se com o próprio médico. Tornamo-nos cientes da `contratransferência’, que, nele, surge como resultado da influência do paciente sobre os seus sentimentos inconscientes e estamos quase inclinados a insistir que ele reconhecerá a contratransferência, em si mesmo, e a sobrepujará. Agora que um considerável número de pessoas está praticando a psicanálise e, reciprocamente, trocando observações, notamos que nenhum psicanalista avança além do quanto permitem seus próprios complexos e resistências internas; e, em conseqüência, requeremos que ele deva iniciar sua atividade por uma auto-análise e levá-la, de modo contínuo, cada vez mais profundamente, enquanto esteja realizando suas observações sobre seus pacientes. Qualquer um que falhe em produzir resultados numa auto-análise desse tipo deve desistir, imediatamente, de qualquer idéia de tornar-se capaz de tratar pacientes pela análise ou pela educação, segundo Mattanó.

 

MATTANÓ

(01/04/2024)

 

 

 

Mattanó aponta que a Trajetória da Vida, dos Heróis, dos Monstros e dos Escravos é toda ela feita de sinapses e a Trajetória dos Espíritos é feita de sinapses e de energia vital.

 

MATTANÓ

(01/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

Estamos chegando, agora, também, à opinião de que se deve modificar a técnica psicanalítica, em certos setores, de acordo com a natureza da doença e das tendências instintivas predominantes no paciente. Partimos do tratamento da histeria de conversão; na histeria de angústia (fobias), devemos alterar, em certa extensão, o nosso procedimento. Pois esses pacientes não podem expressar o material necessário para resolver as suas fobias, uma vez que se sentem protegidos por obedecer à situação que se estabeleceu. Não se pode ser bem-sucedido, por certo, em persuadi-los a abandonar suas medidas protetoras e a trabalhar, sob a influência da ansiedade, desde o início do tratamento. Deve-se, portanto, auxiliá-los ao interpretar-lhes o inconsciente, até que possam tomar uma decisão, sem a proteção de sua fobia e sem que se exponham a sua ansiedade já grandemente mitigada. Somente depois de assim procederem, o material torna-se acessível, e, uma vez dominado, conduz à solução da fobia. As outras modificações da técnica, que ainda não me parecem maduras para exame, serão requeridas no tratamento das neuroses obsessivas. Nessa conexão, surgem muitas questões importantes, as quais, até aqui, não foram elucidadas: até que ponto se deve permitir, durante o tratamento, certa satisfação dos instintos que o paciente está combatendo e que diferença faz se esses impulsos são ativos (sádicos) ou passivos (masoquistas), em sua natureza.

Espero que os senhores tenham formado a impressão de que quando soubermos tudo quanto, só agora, suspeitamos e realizarmos todas as melhorias na técnica, a que nos conduz uma observação mais profunda dos pacientes, o nosso procedimento clínico alcançará grau de precisão e certeza de sucesso que se hão de encontrar em todo campo especializado da medicina.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que se deve modificar a técnica psicanalítica, em certos setores, de acordo com a natureza da doença e das tendências instintivas predominantes no paciente. Partimos do tratamento da histeria de conversão; na histeria de angústia (fobias), devemos alterar, em certa extensão, o nosso procedimento. Pois esses pacientes não podem expressar o material necessário para resolver as suas fobias, uma vez que se sentem protegidos por obedecer à situação que se estabeleceu. Não se pode ser bem-sucedido, por certo, em persuadi-los a abandonar suas medidas protetoras e a trabalhar, sob a influência da ansiedade, desde o início do tratamento. Deve-se, portanto, auxiliá-los ao interpretar-lhes o inconsciente, até que possam tomar uma decisão, sem a proteção de sua fobia e sem que se exponham a sua ansiedade já grandemente mitigada. Somente depois de assim procederem, o material torna-se acessível, e, uma vez dominado, conduz à solução da fobia. As outras modificações da técnica, que ainda não me parecem maduras para exame, serão requeridas no tratamento das neuroses obsessivas, como por exemplo: até que ponto se deve permitir, durante o tratamento, certa satisfação dos instintos que o paciente está combatendo e que diferença faz se esses impulsos são ativos (sádicos) ou passivos (masoquistas), em sua natureza.

Mattanó aponta que se deve modificar a técnica psicanalítica, em certos setores, de acordo com a natureza da doença e das tendências instintivas predominantes no paciente. Partimos do tratamento da histeria de conversão; na histeria de angústia (fobias), devemos alterar, em certa extensão, o nosso procedimento. Pois esses pacientes não podem expressar o material necessário para resolver as suas fobias, uma vez que se sentem protegidos por obedecer à situação que se estabeleceu. Não se pode ser bem-sucedido, por certo, em persuadi-los a abandonar suas medidas protetoras e a trabalhar, sob a influência da ansiedade, desde o início do tratamento. Deve-se, portanto, auxiliá-los ao interpretar-lhes o inconsciente, até que possam tomar uma decisão, sem a proteção de sua fobia e sem que se exponham a sua ansiedade já grandemente mitigada. Somente depois de assim procederem, o material torna-se acessível, e, uma vez dominado, conduz à solução da fobia. As outras modificações da técnica, que ainda não me parecem maduras para exame, serão requeridas no tratamento das neuroses obsessivas, como por exemplo: até que ponto se deve permitir, durante o tratamento, certa satisfação dos instintos que o paciente está combatendo e que diferença faz se esses impulsos são ativos (sádicos) ou passivos (masoquistas), em sua natureza. Contudo a principal mudança na técnica psicanalítica está na conversão mitológica onde adotamos a consciência e não mais o inconsciente como responsável pelas mudanças comportamentais e até inconscientes do paciente, pois a consciência depende do tronco cerebral que depende de um protosself com uma alça ressonante mantendo-o com o corpo em equilíbrio e em homeostase, é pois o tronco cerebral quem permite que se construa um mapa cerebral que imita o meio ambiente interno e externo através de um self central que organiza a sua relação com os objetos que se movem no meio ambiente, e com o self autobiográfico que organiza a sua relação com sua biografia e sua história de vida, assim constrói-se sua consciência, seu conhecimento, sua cultura e sua realidade que permitirão construir e elaborar sua memória, cognição, raciocínio, inteligência, inconsciente e linguagem e depois sua rede de significados e de sentidos que por meio da consciência cria teorias e epistemologias como a Teoria da Abundância de Mattanó, onde a pessoa ou paciente aprende que não deve seguir regras literalmente, por razões e nem por controle, ou por contextos, nem por significados e sentidos, funcionalidades, inconscientes, linguagem, simbologias, topografias, conceitos, relações sociais, vida anímica, vida onírica, argumentação e linguagem, delírios ou loucura, etc., e que deve assumir um estado de consciência onde sua atenção e intenção o dirija, o tempo e a eternidade o governem e modelem o seu comportamento através da liberdade para se viver e para se ensinar a viver, pois o que predomina é sua consciência, sua homeostase, sua realidade, sua cultura, seu conhecimento e não o inconsciente, recorrendo finalmente a uma aceitação e acolhimento de sua realidade, e às fases urubórus, matriarcal, patriarcal, ciclo de alteridade e fase cósmica que compõem o modelamento final do comportamento do paciente ou indivíduo através da sua educação.

Outra modificação na técnica psicanalítica para a mitológica é o desenvolvimento e o aumento de análises e interpretações do inconsciente e dos sonhos, incluindo significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias e símbolos, topografias, linguagens, relações sociais, Gestalt e insights, vida anímica, vida onírica, conteúdo manifesto, conteúdo latente, desejos de dormir e desejos, chistes, fantasias, charges, piadas, caricaturas e humor, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, posto, mostrar, dizer e fazer, semântica, arquétipos, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo, lapsos de linguagem, atos falhos e esquecimentos, niilismo, delírios e alucinações, alterações de comportamentos, devaneios, ilusões, paranormalidade, malícia, poder, nutrição, homeostase, ciclos circadianos, genótipo e fenótipo, condições fisiológicas, nível de glicose no sangue, oxigenação, pressão sanguínea, personalidade, caráter e temperamento, nível social e educacional, raça, religião, nacionalidade, naturalidade, idade, estado civil, orientação sexual, profissão, dinâmica familiar e social, preferência cultural e preferência esportiva, musicalidade, alfabetização, fala/escreve em mais de uma língua ou idioma, pratica alguma forma de arte e de esporte, se tem filhos e netos, se tem amigos.

 

MATTANÓ

(03/04/2024)

 

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

O poder telepático paranormal faz com que todo indivíduo Homo Sapiens, independentemente da sua personalidade responda da mesma maneira a sua estimulação paranormal, seja com dor, com loucura, com distorção, com violência, com alienação, com letargia, com problemas psicomotores, com perda da noção do tempo e do espaço, com problemas de decodificação de estímulos auditivos de modo a criar um mundo e um ambiente paralelo determinado pela pulsão auditiva ou pela lavagem cerebral, despersonalização, extorsão, vingança, estupro virtual, tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, voyeurismo e loucura. Muito provavelmente o poder telepático paranormal seja invasivo e de outra espécie de ser vivo, talvez alienígena, pois demanda um organismo com um cérebro mais evoluído e adaptado socialmente a estas novas contingências, isto é, sem causar a sua destruição, no Homo Sapiens a telepatia causa a sua destruição, causa a perda da homeostase corporal, causa sofrimento bio-psico-social, guerras e loucura, causa violência, estupro e estupro virtual, lavagem cerebral, vingança, despersonalização, extorsão e tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, causa pobreza e miséria, causa fome e doenças, pode causar pandemias e até a extinção da nossa espécie, a Homo Sapiens por uma que muito provavelmente não existe e nunca existirá, a Homo Sapiens Telepath, uma espécie criada pela especulação científica e pelo trabalho epistemológico científico do Homo Sapiens.

 

MATTANÓ

(04/04/2024)

 

 

 

 

 

 

(2) Disse que muito se tinha de esperar do aumento em autoridade, que nos adviria, na medida em que passa o tempo. Não necessito dizer-lhes muito sobre a importância da autoridade. Poucas pessoas civilizadas, apenas, são capazes de existir sem confiar em outras ou, até mesmo, de vir a ter uma opinião independente. Os senhores não podem exagerar a intensidade de carência interior de decisão das pessoas e de exigência de autoridade. O aumento extraordinário das neuroses desde que decaiu o poder das religiões pode dar-lhes uma medida disso. O empobrecimento do ego devido ao grande dispêndio de energia, na repressão, exigido de cada indivíduo pela civilização, pode ser uma das principais causas desse estado de coisas.

Até o momento, essa autoridade, com seu enorme peso de sugestão, ficou contra nós. Todos os nossos sucessos terapêuticos foram alcançados em face dessa sugestão: é surpreendente que se tenham conseguido quaisquer sucessos em tais circunstâncias. Não devo deixar que me levem a descrever minhas experiências satisfatórias durante o período em que, sozinho, representava a psicanálise. Posso dizer, apenas, que, quando assegurava a meus pacientes que sabia como aliviar-lhes, permanentemente, os sofrimentos, olhavam em torno da minha modesta sala, que refletia a ausência de fama e de título, e me consideravam como possuidor de um sistema infalível numa casa de jogo, de quem as pessoas dizem que, se pudesse fazer o que professa, pareceria bem diferente do que é. Nem realmente era agradável realizar uma operação psíquica enquanto os colegas, cujo dever seria o de assistir, se deliciassem, particularmente, em cuspir no campo operatório, quando aos primeiros sinais de sangue, ou de agitação do paciente, os seus parentes começassem por ameaçar o cirurgião. Uma operação, por certo, se destina a produzir reações; em cirurgia, estamos acostumados a isso, há muito tempo. As pessoas simplesmente não acreditavam em mim, como, até mesmo, hoje em dia, não crêem muito em qualquer de nós. Sob tais condições, não poucas tentativas destinavam-se ao fracasso. Para avaliar o aumento de nossas perspectivas terapêuticas, quando recebermos o reconhecimento geral, os senhores devem pensar na posição de um ginecologista, na Turquia e no Ocidente. Na Turquia, tudo o que ele pode fazer é sentir o pulso de um braço, que se lhe estende, através de um buraco na parede: e os alcances clínicos estão em proporção com a inacessibilidade de seu objeto. Nossos adversários, no Ocidente, querem permitir-nos mais ou menos o mesmo grau de acesso às mentes de nossos pacientes. Mas, agora que a força da sugestão social impele as mulheres doentes ao ginecologista, transformou-se ele no seu assistente e salvador. Confio em que não dirão que o fato de a autoridade de sociedade, vindo em nossa ajuda e aumentando tanto nossos êxitos, nada faria por provar a validez de nossas hipóteses - argumentando do mesmo modo que os senhores, visto que se supõe que a sugestão logre fazer qualquer coisa, os vossos sucessos seriam, então, êxitos de sugestão e não de psicanálise. A sugestão social é favorável, no presente, a tratar os pacientes nervosos pela hidropatia, dieta e eletroterapia, mas isso não capacita que tais recursos possam vencer as neuroses. O tempo há de mostrar se o tratamento psicanalítico pode realizar mais.

Agora, no entanto, devo, mais uma vez, arrefecer as expectativas dos senhores. A sociedade não terá pressa em conferir-nos autoridade. Está determinada a oferecer-nos resistência, porque adotamos em relação a ela uma atitude crítica; assinalamos-lhe que ela própria desempenha papel importante em causar neuroses. Da mesma maneira que fazemos de um indivíduo nosso inimigo pela descoberta do que nele está reprimido, do mesmo modo a sociedade não pode responder com simpatia a uma implacável exposição dos seus efeitos danosos e deficientes. Porque destruímos ilusões, somos acusados de comprometer os ideais. Poderia parecer, portanto, como se a condição de que espero tão grandes vantagens, para as nossas perspectivas terapêuticas, jamais se preencherá. E, todavia, a situação não é, no momento, tão desesperançosa quanto se poderia pensar. Embora sejam poderosos os próprios interesses e emoções dos homens, não obstante o intelecto também é um poder - um poder que se faz sentir não imediatamente, é verdade, mas, sobretudo, seguramente, no fim. As mais ásperas verdades, finalmente, são ouvidas e reconhecidas, depois que os interesses que se feriram e as emoções que se instigaram tiveram exaurido a própria fúria. Tem sido sempre assim, e as verdades indesejáveis, que nós, psicanalistas, temos de dizer ao mundo, contarão com o mesmo destino. Apenas não acontecerá muito depressa; devemos ser capazes de esperar.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica a importância da autoridade. Poucas pessoas civilizadas, apenas, são capazes de existir sem confiar em outras ou, até mesmo, de vir a ter uma opinião independente. Os senhores não podem exagerar a intensidade de carência interior de decisão das pessoas e de exigência de autoridade. O aumento extraordinário das neuroses desde que decaiu o poder das religiões pode dar-lhes uma medida disso. O empobrecimento do ego devido ao grande dispêndio de energia, na repressão, exigido de cada indivíduo pela civilização, pode ser uma das principais causas desse estado de coisas.

Todos os nossos sucessos terapêuticos foram alcançados em face da sugestão. A sugestão social é favorável, no presente, a tratar os pacientes nervosos pela hidropatia, dieta e eletroterapia, mas isso não capacita que tais recursos possam vencer as neuroses. O tempo há de mostrar se o tratamento psicanalítico pode realizar mais.

Agora, no entanto, devo, mais uma vez, arrefecer as expectativas dos senhores. A sociedade não terá pressa em conferir-nos autoridade. Está determinada a oferecer-nos resistência, porque adotamos em relação a ela uma atitude crítica; assinalamos-lhe que ela própria desempenha papel importante em causar neuroses. Da mesma maneira que fazemos de um indivíduo nosso inimigo pela descoberta do que nele está reprimido, do mesmo modo a sociedade não pode responder com simpatia a uma implacável exposição dos seus efeitos danosos e deficientes. Embora sejam poderosos os próprios interesses e emoções dos homens, não obstante o intelecto também é um poder - um poder que se faz sentir não imediatamente, é verdade, mas, sobretudo, seguramente, no fim. As mais ásperas verdades, finalmente, são ouvidas e reconhecidas, depois que os interesses que se feriram e as emoções que se instigaram tiveram exaurido a própria fúria. Tem sido sempre assim, e as verdades indesejáveis, que nós, psicanalistas, temos de dizer ao mundo, contarão com o mesmo destino. Apenas não acontecerá muito depressa; devemos ser capazes de esperar.

Mattanó aponta a importância da autoridade. Poucas pessoas civilizadas, apenas, são capazes de existir sem confiar em outras ou, até mesmo, de vir a ter uma opinião independente. Os senhores não podem exagerar a intensidade de carência interior de decisão das pessoas e de exigência de autoridade. O aumento extraordinário das neuroses desde que decaiu o poder das religiões pode dar-lhes uma medida disso. O empobrecimento do ego devido ao grande dispêndio de energia, na repressão, exigido de cada indivíduo pela civilização, pode ser uma das principais causas desse estado de coisas. Dependemos da autoridade pois crescemos e continuamos vivendo dependendo da autoridade dos nossos pais e mães, dependemos da autoridade doméstica e familiar para organizar a libido, a comunhão e a segurança em nossas vidas.

Todos os nossos sucessos terapêuticos foram alcançados em face da sugestão. A sugestão social é favorável, no presente, a tratar os pacientes nervosos pela hidropatia, dieta e eletroterapia, mas isso não capacita que tais recursos possam vencer as neuroses. O tempo há de mostrar se o tratamento psicanalítico pode realizar mais. O tratamento psicanalítico pode ser mitológico e educativo, visar trabalhar a consciência, a realidade, a cultura, o conhecimento e a homeostase do paciente ou indivíduo.

Agora, no entanto, devo, mais uma vez, arrefecer as expectativas dos senhores. A sociedade não terá pressa em conferir-nos autoridade. Está determinada a oferecer-nos resistência, porque adotamos em relação a ela uma atitude crítica; assinalamos-lhe que ela própria desempenha papel importante em causar neuroses. Da mesma maneira que fazemos de um indivíduo nosso inimigo pela descoberta do que nele está reprimido, do mesmo modo a sociedade não pode responder com simpatia a uma implacável exposição dos seus efeitos danosos e deficientes. Embora sejam poderosos os próprios interesses e emoções dos homens, não obstante o intelecto também é um poder - um poder que se faz sentir não imediatamente, é verdade, mas, sobretudo, seguramente, no fim. As mais ásperas verdades, finalmente, são ouvidas e reconhecidas, depois que os interesses que se feriram e as emoções que se instigaram tiveram exaurido a própria fúria. Tem sido sempre assim, e as verdades indesejáveis, que nós, psicanalistas, temos de dizer ao mundo, contarão com o mesmo destino. Apenas não acontecerá muito depressa; devemos ser capazes de esperar. É pois a resistência quem ensinará e assinalará o caminho a ser seguido pelo psicanalista ou psicoterapeuta, se o paciente ou indivíduo apresentar mais resistência e mais material reprimido através da autoridade do psicanalista ou psicoterapeuta, o caminho será a psicanálise ou psicoterapia, mas se demonstrar mais resistência e mais material reprimido através da autoridade do educador ou psicanalista, o caminho será a educação e o treino comportamental para o ganho de repertório comportamental. Contudo terminado um dos dois processos, o psicanalítico ou psicoterapêutico e o educativo ou de treino comportamental, o indivíduo ou paciente pode começar o outro método se houver necessidade e interesse pessoal e/ou clínico.

 

MATTANÓ

(04/04/2024)

 

 

                                     

 

 

 

 

(3) Finalmente, tenho de explicar-lhes o que quero dizer com a `eficiência geral’ de nosso trabalho e como chego a nele ter esperanças. O que temos, aqui, é uma constelação terapêutica bastante fora do comum, cuja semelhança talvez não se encontre em qualquer outra parte, e que pode parecer-lhes estranha, a princípio, até que os senhores reconheçam nela algo que a longo tempo lhes tenha sido familiar. Naturalmente, os senhores sabem que as psiconeuroses são satisfações substitutivas de algum instinto, cuja presença o indivíduo é obrigado a negar a si e aos outras. Sua capacidade de existir depende dessa distorção e da falta de reconhecimento. Quando o enigma que elas apresentam é resolvido e a solução é aceita pelos pacientes, essas doenças cessam em ser capazes de existir. Em medicina, quase nada há igual a isso, embora, em contos de fadas, os senhores ouçam falar de espíritos maus, cujo poder se rompe, tão logo possam dizer-lhes o próprio nome - o nome que eles guardaram em segredo.

Em lugar de uma simples pessoa enferma, ponhamos a sociedade - padecendo como um todo de neuroses, embora composta de membros doentes e sadios; e, em lugar da aceitação individual, naquele caso, coloquemos, nesse, o reconhecimento geral. Uma pequena reflexão lhes revelará, então, que tal substituição não pode alterar, de modo algum, o resultado. O sucesso que o tratamento pode ter com o indivíduo, deve ocorrer, igualmente, com a comunidade. As pessoas doentes não serão capazes de deixar que as suas diversas neuroses se tornem conhecidas - a sua ansiosa super ternura que tem em mira ocultar-lhe o ódio, a sua agorafobia que se relaciona com a ambição frustrada, as suas atitudes obsessivas que representam auto-censuras por más intenções e precauções contra as mesmas - se todos os seus parentes e cada estranho, dos quais desejam ocultar os seus processos mentais, conheceram o significado geral de tais sintomas, e se eles próprios souberem que, nas manifestações de sua doença, nada estão produzindo que outra pessoa, imediatamente, não possa interpretar. O efeito, no entanto, não se limitará ao encobrimento dos sintomas - o que, incidentalmente, é amiúde impossível de conseguir porque essa necessidade de encobrimento destrói a vantagem de ser doente. A revelação do segredo terá atacado, em seu ponto mais sensível, a `equação etiológica’, da qual surgem as neuroses - terá tornado ilusória a vantagem da doença; e, em conseqüência, o resultado final da situação modificada, provocada pela indiscrição do médico, só pode ser o de que a produção da doença será detida.

Se essa esperança parece, aos senhores, utópica, lembrem-se de que os fenômenos neuróticos já têm sido, de fato, dissipados, por esses meios, embora apenas em exemplos bem isolados. Pensem sobre quão comuns costumavam ser, antigamente, as alucinações da Virgem Maria entre as camponesas. Uma vez que tal fenômeno trouxesse uma multidão de crentes e pudesse levar a que se construísse uma capela, no lugar santo, o estado visionário dessas moças era inacessível a influência. Hoje em dia, nosso próprio clero modificou sua atitude com relação a tais coisas; permite que polícia e médicos examinem a visionária, e, agora, apenas muito raramente, existem em aparições da Virgem.

Ou, permitam-me examina esses desenvolvimentos, que tenho descrito como se tivessem lugar no futuro, numa situação análoga que existe em escala menor e, conseqüentemente, mais fácil de reconhecer. Suponhamos que certo número de senhoras e cavalheiros, de bom convício social, tenham planejado fazer um piquenique, em certo dia, numa hospedaria no campo. As senhoras combinaram, entre si, que se uma delas desejasse satisfazer suas necessidades fisiológicas, diria que iria colher flores. No entanto, uma pessoa maliciosa soube do segredo e mandou imprimir no programa, que se fez circular por todo o grupo: `Pede-se às senhoras que desejam retirar-se à toilette, que anunciem que vão colher flores.’ Depois disso, por certo, nenhuma mulher pensará em aproveitar-se desse pretexto florido, e, do mesmo modo, outras fórmulas similares que pudessem estabelecer ficariam seriamente comprometidas. Qual será o resultado? As senhoras admitirão, sem pejo, as suas necessidades fisiológicas e nenhum dos homens objetará.

Retornemos ao nosso caso mais sério. Certo número de pessoas, ao defrontar-se, em suas vidas, com conflitos que constataram muito difíceis de resolver, fogem para a neurose e, desse modo, retiram da doença vantagem inequívoca, embora, com o tempo, acarrete bastante prejuízo. Que terão de fazer essas pessoas, se sua fuga para a enfermidade for barrada pelas revelações indiscretas da psicanálise? Terão de ser honestas, confessar quais os instintos que nelas estão em atividade, em face do conflito, lutar por aquilo que desejam ou renunciar ao mesmo; e a tolerância da sociedade, que está fadada a seguir-se, como resultado do esclarecimento psicanalítico, ajudá-las-á em sua tarefa.

Lembremo-nos, no entanto, de que nossa atitude perante a vida não deve ser a do fanático por higiene ou terapia. Devemos admitir que a prevenção ideal de enfermidade neuróticas, que temos em mente, não seria vantajosa para todos os indivíduos. Um bom número daqueles que, hoje, fogem para a enfermidade não suportariam o conflito, sob as condições que supomos, mas sim, sucumbiriam, rapidamente, ou causariam prejuízo maior que a sua própria doença neurótica. As neuroses possuem, de fato, sua função biológica, como um dispositivo protetor, e têm sua justificação social: a `vantagem da doença’, que proporcionam, não é sempre uma vantagem puramente subjetiva. Existe alguém entre os senhores que, alguma vez, não examinou a causalidade da neurose, e não teve de admitir que esse era o mais suave resultado possível da situação? E dever-se-iam fazer tais pesados sacrifícios, a fim de erradicar as neuroses, em especial, quando o mundo está cheio de outras misérias inevitáveis?

Devemos, então, abandonar nossos esforços para explicar o significado oculto da neurose como sendo, em última instância, perigoso para o indivíduo e nocivo para as funções da sociedade? Devemos renunciar a retirar conclusões práticas de uma parte da compreensão científica? Não; penso que, apesar disso, nosso dever repousa noutra direção. A vantagem da enfermidade, que proporciona as neuroses é, não obstante, no todo, e, finalmente, prejudicial aos indivíduos e, igualmente, à sociedade. A infelicidade que nosso trabalho de esclarecimento pode causar, atingirá, afinal, apenas alguns indivíduos. A modificação, para uma atitude mais realista e respeitável, da parte da sociedade, não será comparada, a preço bastante elevado, através desses sacrifícios. Acima de tudo, porém, todas as energias que se consomem, hoje em dia, na produção de sintomas neuróticos, que servem aos propósitos do mundo da fantasia, isolado da realidade, ajudarão, mesmo que não possam ser postos de imediato em uso na vida, a fortalecer o clamor pelas modificações, em nossa civilização, através das quais, unicamente, podemos procurar o bem-estar das gerações futuras.

Desejaria, portanto, deixá-los ir com a segurança de que, ao tratarem seus pacientes psicanaliticamente, estarão cumprindo com o seu dever em mais de um sentido. Os senhores não estarão trabalhando, apenas, a serviço da ciência, ao fazer uso de uma única oportunidade, para descobrir os segredos da neuroses; estarão, não apenas, dando aos seus pacientes o remédio mais eficaz para os seus sofrimentos, de que dispõem hoje em dia; estarão contribuindo, com a sua parcela, para o esclarecimento da comunidade, através do qual esperamos alcançar a profilaxia mais radical, contra as perturbações neuróticas, ao longo do caminho indireto da autoridade social.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que as neuroses possuem, de fato, sua função biológica, como um dispositivo protetor, e têm sua justificação social: a `vantagem da doença’, que proporcionam, não é sempre uma vantagem puramente subjetiva.

Devemos, então, abandonar nossos esforços para explicar o significado oculto da neurose como sendo, em última instância, perigoso para o indivíduo e nocivo para as funções da sociedade? Devemos renunciar a retirar conclusões práticas de uma parte da compreensão científica? Não; penso que, apesar disso, nosso dever repousa noutra direção. A vantagem da enfermidade, que proporciona as neuroses é, não obstante, no todo, e, finalmente, prejudicial aos indivíduos e, igualmente, à sociedade. A infelicidade que nosso trabalho de esclarecimento pode causar, atingirá, afinal, apenas alguns indivíduos. A modificação, para uma atitude mais realista e respeitável, da parte da sociedade, não será comparada, a preço bastante elevado, através desses sacrifícios. Acima de tudo, porém, todas as energias que se consomem, hoje em dia, na produção de sintomas neuróticos, que servem aos propósitos do mundo da fantasia, isolado da realidade, ajudarão, mesmo que não possam ser postos de imediato em uso na vida, a fortalecer o clamor pelas modificações, em nossa civilização, através das quais, unicamente, podemos procurar o bem-estar das gerações futuras. Estamos caminhando para o esclarecimento da comunidade, através do qual esperamos alcançar a profilaxia mais radical, contra as perturbações neuróticas, ao longo do caminho indireto da autoridade social.

Mattanó aponta que as neuroses possuem, de fato, sua função biológica, como um dispositivo protetor, e têm sua justificação social: a `vantagem da doença’, que proporcionam, não é sempre uma vantagem puramente subjetiva.

Devemos, então, abandonar nossos esforços para explicar o significado oculto da neurose como sendo, em última instância, perigoso para o indivíduo e nocivo para as funções da sociedade? Devemos renunciar a retirar conclusões práticas de uma parte da compreensão científica? Não; penso que, apesar disso, nosso dever repousa noutra direção. A vantagem da enfermidade, que proporciona as neuroses é, não obstante, no todo, e, finalmente, prejudicial aos indivíduos e, igualmente, à sociedade. A infelicidade que nosso trabalho de esclarecimento pode causar, atingirá, afinal, apenas alguns indivíduos. A modificação, para uma atitude mais realista e respeitável, da parte da sociedade, não será comparada, a preço bastante elevado, através desses sacrifícios. Acima de tudo, porém, todas as energias que se consomem, hoje em dia, na produção de sintomas neuróticos, que servem aos propósitos do mundo da fantasia, isolado da realidade, ajudarão, mesmo que não possam ser postos de imediato em uso na vida, a fortalecer o clamor pelas modificações, em nossa civilização, através das quais, unicamente, podemos procurar o bem-estar das gerações futuras. Estamos caminhando para o esclarecimento da comunidade, através do qual esperamos alcançar a profilaxia mais radical, contra as perturbações neuróticas, ao longo do caminho indireto da autoridade social. A autoridade social é construída através de um longo caminho que começa na seriação onde os indivíduos estão todos dispersos e depois se fundem criando uma coletividade de indiferentes, depois organizam-se formando organizações, estruturas mais complexas, com juramentos e atravessamentos morais que os unem numa coletividade organizacional que define a autoridade social, depois se tornam instituições onde surge o sentimento de impotência diante da autoridade social, e finalmente se burocratizam, aumentando o sentimento de impotência, de modo que a autoridade social tenha esta característica. Seja qual for à autoridade social, organizacional, institucional ou burocrática, ela é uma justificação social, ou uma vantagem da doença, não apenas subjetiva, mas também objetiva ou social.

 

MATTANÓ

(04/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A SIGNIFICAÇÃO ANTITÉTICA DAS PALAVRAS PRIMITIVAS (1910)

 

ÜBER DEN GEGENSINN DER URWORTE

 

(a)   EDIÇÕES EM ALEMÃO:

1910   Jb. psychoana., psychopath. Forsch., 2, (1), 178-184.

1913   S.K.S.N., 3, 280-287. (2ª.ed. 1921.)

1924   G.S., 10, 221-228.

1943   G.W., 8, 214-221.

(b)   TRADUÇÃO INGLESA:

“O Sentido Antitético de Palavras Primitivas”

1925   C.P., 4, 184-191. (Trad. de M. N. Searl.)

A presente tradução inglesa com um título modificado, “A Significação Antitética de Palavras Primitivas”, é uma nova tradução de Alan Tyson.

Conta-nos Ernest Jones (1955, 347) que Freud tomou conhecimento do panfleto de Abel no outono de 1909. Experimentou uma satisfação particular com a descoberta, como se vê das muitas referências que a ela fez em seus escritos. Em 1911, por exemplo, acrescentou uma nota de rodapé a respeito dela, em The Interpretation of Dreams (A Interpretação de Sonhos) (1900a), ver em [1], e a resume com certa extensão, em duas passagens de suas Introductory Lectures (Conferências Introdutórias) (1916-17), nas Conferências XI e XV. O leitor deve ter em mente o fato de que o panfleto de Abel foi publicado em 1884 e não seria surpresa se algumas de suas descobertas não fossem aceitas por filólogos ulteriores. Isso é principalmente verdade para seus comentários egiptológicos, que foram feitos antes que Erman tivesse colocado a filologia egípcia, pela primeira vez, em base científica. As citações de Abel que aqui se fazem foram traduzidas sem qualquer modificação da ortografia de seus exemplos.

 

A SIGNIFICAÇÃO ANTITÉTICA DAS PALAVRAS PRIMITIVAS

 

EM MINHA The Interpretation of Dreams (A Interpretação de Sonhos) fiz uma afirmação acerca de uma das descobertas de meu trabalho analítico, que eu, naquela época, não entendi. Repito-a aqui à guisa de prefácio a esta crítica:

`O modo pelo qual os sonhos tratam a categoria de contrários e contradições é bastante singular. Eles simplesmente a ignoram. O “não” parece não existir, no que se refere aos sonhos. Eles mostram uma preferência particular para combinar os contrários numa unidade ou para representá-los como uma e mesma coisa. Os sonhos tomam, além disso, a liberdade de representar qualquer elemento, por seu contrário de desejo; não há, assim, maneira de decidir, num primeiro relance, se determinado elemento que se apresenta por seu contrário está presente nos pensamentos do sonho como positivo ou negativo.’

Os intérpretes de sonhos da antiguidade parecem ter feito uso mais extenso da noção de que uma coisa num sonho pode significar seu oposto. Esta possibilidade também tem sido de vez em quando reconhecida pelos modernos estudiosos de sonhos, na medida em que admitem que os sonhos têm uma significação e podem ser interpretados. Não acho que serei contraditado ao pressupor que todos aqueles que me acompanharam no interpretar sonhos em bases científicas tenham encontrado uma confirmação da assertiva acima citada.

Eu não conseguia entender a tendência singular do trabalho do sonho para desconhecer a negação e empregar os mesmos meios de representação para expressar os contrários até que me aconteceu, por acaso, ler um trabalho do filólogo Karl Abel, publicado em 1884, em panfleto separado e, no ano seguinte, incluído nos Sprachwissenschaftliche Abhbandlungen [Ensaios Filológicos] do autor. O assunto é de interesse suficiente para justificar que eu cite aqui o texto completo das passagens cruciais do artigo de Abel (omitida, no entanto, a maioria dos exemplos). Delas obtemos a informação surpreendente que o comportamento do trabalho do sonho que acabei de descrever é idêntico a uma peculiaridade das línguas mais antigas que conhecemos.

 

Depois de acentuar a antiguidade da língua egípcia que deve ter-se desenvolvido muito tempo antes das primeiras inscrições hieroglíficas, Abel continua (1884,4):

`Atualmente na língua egípcia, esta relíquia única de um mundo primitivo, há um bom número de palavras com duas significações, uma das quais é o oposto exato da outra. Suponhamos, se é que se pode imaginar um exemplo tão evidente de absurdo, que em alemão a palavra “forte” signifique ao mesmo tempo “forte” e “fraco”; que em Berlim o substantivo “luz” se use para significar ao mesmo tempo “luz” e “escuridão”; que um cidadão de Munique chame cerveja de “cerveja”, enquanto outro use a mesma palavra para falar de água: nisto é que importaria o surpreendente costume usado regularmente pelos antigos egípcios em sua linguagem. Como incriminar-se alguém que, incrédulo, abane a cabeça?…’ (Omitem-se os exemplos.)

(Ibid., 7): `Em vista destes e de muitos casos similares de significação antitética (veja-se o Apêndice) está fora de dúvida que numa língua, pelo menos, havia um grande número de palavras que designavam, ao mesmo tempo, uma coisa e seu oposto. Por surpreendente que seja, estamos diante do fato e temos de reconhecê-lo.’

O autor prossegue, rejeitando uma explicação destas circunstâncias que sugere podem acontecer, por acaso, que duas palavras tenham o mesmo som, e repudiando, com igual firmeza, a tentativa de referi-la ao baixo nível de desenvolvimento mental do Egito:

(Ibid., 9): `Mas o Egito não tinha nada de terra do absurdo. Pelo contrário, foi um dos berços do desenvolvimento da razão humana… Ele reconheceu uma moral pura e digna e formulou uma grande parte dos Dez Mandamentos numa época em que os povos em cujas mãos a civilização hoje repousa tinham o hábito de imolar vítimas humanas em sacrifício a ídolos sedentos de sangue. Um povo que acendeu a tocha da justiça e da cultura numa era tão sombria não pode por certo ter sido completamente estúpido na linguagem e no pensamento de cada dia … Homens que foram capazes de fazer o vidro e erguer e movimentar, por máquinas, blocos imensos devem, pelo menos, ter possuído senso suficiente para não considerar uma coisa como sendo simultaneamente ela e seu oposto. Como iremos então conciliar isso com o fato de que os egípcios se permitiam uma linguagem tão estranhamente contraditória?… que eles usassem dar um e mesmo veículo fonético aos pensamentos mais reciprocamente desavindos, e usassem ligar numa espécie de união indissolúvel coisas que estavam na mais forte oposição uma com a outra?

Antes de tentar qualquer explicação, deve-se também mencionar um estágio ulterior desse comportamento ininteligível da língua egípcia. `De todas as excentricidades do vocabulário egípcio, talvez a característica mais extraordinária seja que, excetuando inteiramente as palavras que aliam significações antitéticas, ele possui outras palavras compostas em que dois vocábulos de significações antitéticas se unem de modo a formar um composto que tem a significação de um apenas de seus dois componentes. Assim, nesta extraordinária língua há não só palavras significando igualmente “forte” ou “fraco”, e “comandar” ou “obedecer”; mas há também compostos com “velho-jovem”, “longe-perto”, “ligar-cortar”, “fora-dentro”… que, apesar de combinarem os extremos de diferença, significam somente “jovem”, “perto”, “ligar” e “dentro” respectivamente… Desse modo, nessas palavras compostas, conceitos contraditórios se combinaram de modo inteiramente intencional, não de maneira a produzirem um terceiro conceito, como às vezes acontece no chinês, mas apenas de modo a usar o composto para exprimir a significação de uma de suas partes contraditórias - uma parte que teria tido a mesma significação só por si…’

O enigma é, no entanto, mais fácil de solucionar do que parece. Nossos conceitos devem sua existência a comparações. `Se sempre houvesse luz, não seríamos capazes de distinguir a luz da escuridão, e conseqüentemente não seríamos capazes de ter nem o conceito de luz nem a palavra para ele…’ `É claro que tudo neste planeta é relativo e tem uma existência independente apenas na medida em que se diferencia quanto a suas relações com as outras coisas…’ `De vez que todo conceito é dessa maneira o gêmeo de seu contrário, como poderia ele ser de início pensado e como poderia ele ser comunicado a outras pessoas que tentavam concebê-lo, senão pela medida do seu contrário…? (Ibid., 15): `De vez que o conceito de força não se podia formar exceto com um contrário de fraqueza, a palavra designando “forte” continha uma lembrança simultânea de “fraco”, como coisa por meio da qual ele, de início, ganhou existência. Na realidade, esta palavra não designava nem “forte” nem “fraco”, mas a relação e a diferença entre os dois, que criou a ambos igualmente…’ `O homem não foi, de fato, capaz de adquirir seus conceitos mais antigos e mais simples a não ser como os contrários dos contrários, e só gradativamente aprendeu a separar os dois lados de uma antítese e a pensar em um deles sem a comparação consciente com os outros.

De vez que a linguagem serve não só para expressar os próprios pensamentos, mas, essencialmente, para comunicá-los a outrem, pode-se levantar a questão de como foi que o `egípcio primitivo’ fez seu próximo entender `que pólo do conceito geminado ele significava numa ocasião particular qualquer.’ Na linguagem escrita, isso se fazia com o auxílio dos chamados sinais “determinativos” que, colocados depois dos sinais alfabéticos, lhes atribuíam sua significação e não eram para ser pronunciados. (Ibid., 18): `Se a palavra egípcia “ken” devia significar “forte”, seu som, que fosse alfabeticamente escrito, seguia-se da figura de um homem em pé, armado; se a mesma palavra tinha de expressar “fraco”, as letras que representavam o som se seguiam de figura de um corcunda, coxo. A maioria das outras palavras com duas significações similarmente e acompanhavam de figuras explicativas.’ Abel acha que, no falar, a significação desejada da palavra dita se indicava pelo gesto.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que `o modo pelo qual os sonhos tratam a categoria de contrários e contradições é bastante singular. Eles simplesmente a ignoram. O “não” parece não existir, no que se refere aos sonhos. Eles mostram uma preferência particular para combinar os contrários numa unidade ou para representá-los como uma e mesma coisa. Os sonhos tomam, além disso, a liberdade de representar qualquer elemento, por seu contrário de desejo; não há, assim, maneira de decidir, num primeiro relance, se determinado elemento que se apresenta por seu contrário está presente nos pensamentos do sonho como positivo ou negativo.’

Os intérpretes de sonhos da antiguidade parecem ter feito uso mais extenso da noção de que uma coisa num sonho pode significar seu oposto. Obtemos a informação surpreendente que o comportamento do trabalho do sonho que acabei de descrever é idêntico a uma peculiaridade das línguas mais antigas que conhecemos. nesta extraordinária língua há não só palavras significando igualmente “forte” ou “fraco”, e “comandar” ou “obedecer”; mas há também compostos com “velho-jovem”, “longe-perto”, “ligar-cortar”, “fora-dentro”… que, apesar de combinarem os extremos de diferença, significam somente “jovem”, “perto”, “ligar” e “dentro” respectivamente… Desse modo, nessas palavras compostas, conceitos contraditórios se combinaram de modo inteiramente intencional, não de maneira a produzirem um terceiro conceito, como às vezes acontece no chinês, mas apenas de modo a usar o composto para exprimir a significação de uma de suas partes contraditórias - uma parte que teria tido a mesma significação só por si…’

O enigma é, no entanto, mais fácil de solucionar do que parece. Nossos conceitos devem sua existência a comparações. `Se sempre houvesse luz, não seríamos capazes de distinguir a luz da escuridão, e conseqüentemente não seríamos capazes de ter nem o conceito de luz nem a palavra para ele…’ `É claro que tudo neste planeta é relativo e tem uma existência independente apenas na medida em que se diferencia quanto a suas relações com as outras coisas…’ `De vez que todo conceito é dessa maneira o gêmeo de seu contrário, como poderia ele ser de início pensado e como poderia ele ser comunicado a outras pessoas que tentavam concebê-lo, senão pela medida do seu contrário…?

`Se a palavra egípcia “ken” devia significar “forte”, seu som, que fosse alfabeticamente escrito, seguia-se da figura de um homem em pé, armado; se a mesma palavra tinha de expressar “fraco”, as letras que representavam o som se seguiam de figura de um corcunda, coxo. A maioria das outras palavras com duas significações similarmente e acompanhavam de figuras explicativas.’ Abel acha que, no falar, a significação desejada da palavra dita se indicava pelo gesto.

Mattanó aponta que `o modo pelo qual os sonhos tratam a categoria de contrários e contradições é bastante singular. Eles simplesmente a ignoram. O “não” parece não existir, no que se refere aos sonhos. Eles mostram uma preferência particular para combinar os contrários numa unidade ou para representá-los como uma e mesma coisa. Os sonhos tomam, além disso, a liberdade de representar qualquer elemento, por seu contrário de desejo; não há, assim, maneira de decidir, num primeiro relance, se determinado elemento que se apresenta por seu contrário está presente nos pensamentos do sonho como positivo ou negativo.’

Os intérpretes de sonhos da antiguidade parecem ter feito uso mais extenso da noção de que uma coisa num sonho pode significar seu oposto. Obtemos a informação surpreendente que o comportamento do trabalho do sonho que acabei de descrever é idêntico a uma peculiaridade das línguas mais antigas que conhecemos. nesta extraordinária língua há não só palavras significando igualmente “forte” ou “fraco”, e “comandar” ou “obedecer”; mas há também compostos com “velho-jovem”, “longe-perto”, “ligar-cortar”, “fora-dentro”… que, apesar de combinarem os extremos de diferença, significam somente “jovem”, “perto”, “ligar” e “dentro” respectivamente… Desse modo, nessas palavras compostas, conceitos contraditórios se combinaram de modo inteiramente intencional, não de maneira a produzirem um terceiro conceito, como às vezes acontece no chinês, mas apenas de modo a usar o composto para exprimir a significação de uma de suas partes contraditórias - uma parte que teria tido a mesma significação só por si…’

O enigma é, no entanto, mais fácil de solucionar do que parece. Nossos conceitos devem sua existência a comparações. `Se sempre houvesse luz, não seríamos capazes de distinguir a luz da escuridão, e conseqüentemente não seríamos capazes de ter nem o conceito de luz nem a palavra para ele…’ `É claro que tudo neste planeta é relativo e tem uma existência independente apenas na medida em que se diferencia quanto a suas relações com as outras coisas…’ `De vez que todo conceito é dessa maneira o gêmeo de seu contrário, como poderia ele ser de início pensado e como poderia ele ser comunicado a outras pessoas que tentavam concebê-lo, senão pela medida do seu contrário…?

`Se a palavra egípcia “ken” devia significar “forte”, seu som, que fosse alfabeticamente escrito, seguia-se da figura de um homem em pé, armado; se a mesma palavra tinha de expressar “fraco”, as letras que representavam o som se seguiam de figura de um corcunda, coxo. A maioria das outras palavras com duas significações similarmente e acompanhavam de figuras explicativas.’ Abel acha que, no falar, a significação desejada da palavra dita se indicava pelo gesto.

No caso da Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó as palavras adquirem várias significações que geralmente dependem da cultura, da sociedade e da história de vida de cada indivíduo, o que nos mostra que as várias significações dependem de contingências para existirem e se complexificarem, ou evoluírem e se tornarem multiculturais, gerando o Multiculturalismo que tem suas raízes na significação antitética das palavras primitivas.

 

MATTANÓ

(04/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

Segundo Abel, é nas `raízes mais antigas’ que se vê ocorrerem as significações duplas antitéticas. No curso subseqüente do desenvolvimento da linguagem, esta ambigüidade desapareceu e, no Antigo Egito, pelo menos, todos os estágios intermediários se podem acompanhar, até a não-ambigüidade dos vocabulários modernos. `Uma palavra que originariamente comportava duas significações separa-se, na linguagem ulterior, em duas palavras com significações individuais, num processo pelo qual cada uma das duas significações opostas sofre uma “redução” (modificação) fonética particular da raiz original.’ Assim, por exemplo, nos hieróglifos, a palavra “ken”, “forte-fraco”, já se divide em “ken, “forte” e “kan”, “fraco”. Em outras palavras, conceitos a que só se poderia chegar por meio de uma antítese tornaram-se, no curso do tempo, suficientemente familiares às mentes dos homens, possibilitando uma existência independente, para cada uma de suas duas partes, e, em conseqüência, permitindo a formação de um representante fonético separado para cada parte.’

Uma prova da existência de significações primitivas contraditórias, que facilmente se estabelece em egípcio, estende-se segundo Abel, também às línguas semita e indo-européia. `Até que ponto isto pode acontecer em outros grupos lingüísticos está por ver; pois, embora a antítese deva ter estado presente, de início, nas mentes pensantes de cada raça, não precisou necessariamente ter-se tornado reconhecível ou ter sido mantida por toda parte nas significações de palavras.’

Abel em seguida chama a atenção para o fato de que o filósofo Bain, aparentemente sem conhecimento de que o fenômeno de fato existia, sustentou essa dupla significação de palavras sobre fundamentos puramente teóricos, como uma necessidade lógica. A passagem em questão começa com estas frases:

`A relatividade essencial de todo conhecimento, pensamento ou consciência, não se pode mostrar a não ser na linguagem. Se tudo que podemos conhecer é visto como transição de alguma outra coisa, toda experiência deve ter dois lados; e, ou cada nome deve ter uma significação dupla, ou,então, para cada significação deve haver dois nomes.’

Do `Apêndice de Exemplos de Significações Antitéticas Egípcias, Indo-Germânicas e Árabes’ selecionei alguns exemplos que podem impressionar mesmo aqueles de nós que não somos especialistas em filologia. Em latim `altus‘ significa `alto’ e `profundo’, `sacer‘ `sagrado’ e `maldito’; aqui por conseguinte temos a antítese completa de significação sem qualquer modificação do som da palavra. A alteração fonética para distinguir os contrários se ilustra por exemplos como `clamare‘ (`gritar’) … `clam‘ (`suavemente’, `secretamente’); `siccus‘ (`seco’) - `succus‘ (`suco’). Em alemão `Boden‘ (`sótão’ ou `solo’) ainda significa o mais alto bem como o mais baixo da casa. Nosso `bös‘ (`mau’ em alemão) se casa com a palavra `bass‘ (`melhor’ em alemão); em saxão antigo `bat‘ (`bom’) corresponde ao inglês `bad‘ (`mau’) e o inglês `to lock‘ (`fechar’) ao alemão `Lücke‘, `Loch’ (`vazio’, `buraco’). Podemos comparar o alemão `kleben‘ (`espetar’) com o inglês `to cleave‘ (no sentido de `cindir’); as palavras alemãs `stumm‘ (`mudo’) com `Stimme‘ (`voz’), e assim por diante. Desse modo, mesmo a derivação etimológica bastante risível de lucus a non lucendo teria em si algum sentido.

Em seu ensaio sobre `A Origem da Linguagem’ Abel (1885, 305) chama a atenção para traços outros de antigas dificuldades do pensar. Mesmo hoje o homem inglês para exprimir `ohne‘ (`sem’ em alemão) diz `without‘ (`mitohne isto é “com-sem” em alemão) e o prussiano oriental faz o mesmo. A própria palavra `with‘ (`com’ em inglês), que hoje corresponde ao `mit’ (`com’ em alemão) originariamente significava `without‘ (`sem’ em inglês) e ao mesmo tempo `with‘ como se pode reconhecer em `withdraw‘ (`retirar’ em inglês) e `withhold (`reter’ em inglês). A mesma transformação pode ser vista em `wider‘ (`contra’ em alemão) e `wieder‘ (`junto com’ em alemão).

Para uma comparação com o trabalho do sonho há outra característica extremamente estranha da antiga língua egípcia que é significativa. `Em egípcios, as palavras podem - diremos de início, aparentemente - inverter seu som bem como seu sentido. Suponhamos que a palavra alemã `gut‘ [“bom”] fosse egípcia: ela poderia então significar `mau’ do mesmo modo que `bom’, e ser pronunciada `tug‘ do mesmo modo que `gut‘. Numerosos exemplos de tais inversões de som, que são demasiado freqüentes para se explicarem como ocorrências fortuitas, se podem igualmente extrair das línguas ariana e semita. Limitando-nos a princípio às línguas germânicas podemos assinalar: Topf - pot (`pote’ em alemão e `pote’ em inglês); boat - tub (`barco’ em inglês e `banheira’ em inglês); wait - täuwen (`esperar’ em inglês e `esperar’ em alemão); hurry - Ruhe (`pressa’ em inglês e `descanso’ em alemão); care - reck (‘cuidar’ em inglês e `importar-se’ em inglês); Balken - klobe, club (`viga’ em alemão e `cepo’ em alemão e `cepo’ em inglês). Se tomamos as outras línguas indo-germânicas em consideração, o número de exemplos relevantes cresce em conseqüência; por exemplo, capere - packen (`tomar’ em latim e `agarrar’ em alemão); ren - Niere (`rim’ em latim e `rim’ em alemão); leaf - folium (`folha’ em inglês e `folha’ em latim); dum-a,  - mêdh, mûdha, Mut (`pensamento’ em russo, `espírito’ ou `coragem em grego e `mente’ em sânscrito, `coragem’ em alemão); rauchen - kur-ít (`fumar’ em alemão e `fumar em russo); kreischen - to shriek (`gritar` em alemão e `gritar’ em inglês) etc.

Abel tenta explicar o fenômeno de inversão de som como um dobrar ou uma repudiação da raiz. Aqui encontraríamos certa dificuldade em seguir o filólogo. Relembramos nesta conexão o quanto as crianças gostam de brincar de inverter o som de palavras e quão freqüentemente o trabalho do sonho faz uso da inversão do material representativo para várias finalidades. (Aqui não são mais as letras mas as imagens cuja ordem se inverte.) Deveríamos, portanto, nos inclinar mais a fazer provir a inversão de som de um fator de origem mais profunda.

Na correspondência entre a peculiaridade do trabalho do sonho mencionado no início do artigo e a prática descoberta pela filologia nas línguas mais antigas, devemos ver uma confirmação do ponto de vista que formamos acerca do caráter regressivo, arcaico da expressão de pensamentos em sonhos. E nós, psiquiatras, não podemos escapar à suspeita de que melhor entenderíamos e traduziríamos a língua dos sonhos se soubéssemos mais sobre o desenvolvimento da linguagem.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que é nas `raízes mais antigas’ que se vê ocorrerem as significações duplas antitéticas. No curso subseqüente do desenvolvimento da linguagem, esta ambigüidade desapareceu e, no Antigo Egito, pelo menos, todos os estágios intermediários se podem acompanhar, até a não-ambigüidade dos vocabulários modernos. `Uma palavra que originariamente comportava duas significações separa-se, na linguagem ulterior, em duas palavras com significações individuais, num processo pelo qual cada uma das duas significações opostas sofre uma “redução” (modificação) fonética particular da raiz original.’ Assim, por exemplo, nos hieróglifos, a palavra “ken”, “forte-fraco”, já se divide em “ken, “forte” e “kan”, “fraco”. Em outras palavras, conceitos a que só se poderia chegar por meio de uma antítese tornaram-se, no curso do tempo, suficientemente familiares às mentes dos homens, possibilitando uma existência independente, para cada uma de suas duas partes, e, em conseqüência, permitindo a formação de um representante fonético separado para cada parte.’

`A relatividade essencial de todo conhecimento, pensamento ou consciência, não se pode mostrar a não ser na linguagem. Se tudo que podemos conhecer é visto como transição de alguma outra coisa, toda experiência deve ter dois lados; e, ou cada nome deve ter uma significação dupla, ou,então, para cada significação deve haver dois nomes.’

Para uma comparação com o trabalho do sonho há outra característica extremamente estranha da antiga língua egípcia que é significativa. `Em egípcios, as palavras podem - diremos de início, aparentemente - inverter seu som bem como seu sentido. Suponhamos que a palavra alemã `gut‘ [“bom”] fosse egípcia: ela poderia então significar `mau’ do mesmo modo que `bom’, e ser pronunciada `tug‘ do mesmo modo que `gut‘. Numerosos exemplos de tais inversões de som, que são demasiado freqüentes para se explicarem como ocorrências fortuitas, se podem igualmente extrair das línguas ariana e semita.

Abel tenta explicar o fenômeno de inversão de som como um dobrar ou uma repudiação da raiz. Aqui encontraríamos certa dificuldade em seguir o filólogo. Relembramos nesta conexão o quanto as crianças gostam de brincar de inverter o som de palavras e quão freqüentemente o trabalho do sonho faz uso da inversão do material representativo para várias finalidades. (Aqui não são mais as letras mas as imagens cuja ordem se inverte.) Deveríamos, portanto, nos inclinar mais a fazer provir a inversão de som de um fator de origem mais profunda.

Na correspondência entre a peculiaridade do trabalho do sonho mencionado no início do artigo e a prática descoberta pela filologia nas línguas mais antigas, devemos ver uma confirmação do ponto de vista que formamos acerca do caráter regressivo, arcaico da expressão de pensamentos em sonhos. E nós, psiquiatras, não podemos escapar à suspeita de que melhor entenderíamos e traduziríamos a língua dos sonhos se soubéssemos mais sobre o desenvolvimento da linguagem.

Mattanó aponta que é nas `raízes mais antigas’ que se vê ocorrerem as significações duplas antitéticas. No curso subseqüente do desenvolvimento da linguagem, esta ambigüidade desapareceu e, no Antigo Egito, pelo menos, todos os estágios intermediários se podem acompanhar, até a não-ambigüidade dos vocabulários modernos. `Uma palavra que originariamente comportava duas significações separa-se, na linguagem ulterior, em duas palavras com significações individuais, num processo pelo qual cada uma das duas significações opostas sofre uma “redução” (modificação) fonética particular da raiz original.’ Assim, por exemplo, nos hieróglifos, a palavra “ken”, “forte-fraco”, já se divide em “ken, “forte” e “kan”, “fraco”. Em outras palavras, conceitos a que só se poderia chegar por meio de uma antítese tornaram-se, no curso do tempo, suficientemente familiares às mentes dos homens, possibilitando uma existência independente, para cada uma de suas duas partes, e, em conseqüência, permitindo a formação de um representante fonético separado para cada parte.’ Isto provavelmente ocorre em função dos eventos da argumentação e da linguagem, como coerência, pressupostos e subentendidos, atos ilocucionários e atos perlocucionários, mostrar, dizer e fazer, e o posto, significados e sentidos, a semântica, os fenômenos da alfabetização, a equivalência de estímulos e a funcionalidade.

`A relatividade essencial de todo conhecimento, pensamento ou consciência, não se pode mostrar a não ser na linguagem. Se tudo que podemos conhecer é visto como transição de alguma outra coisa, toda experiência deve ter dois lados; e, ou cada nome deve ter uma significação dupla, ou,então, para cada significação deve haver dois nomes.’

Para uma comparação com o trabalho do sonho há outra característica extremamente estranha da antiga língua egípcia que é significativa. `Em egípcios, as palavras podem - diremos de início, aparentemente - inverter seu som bem como seu sentido. Suponhamos que a palavra alemã `gut‘ [“bom”] fosse egípcia: ela poderia então significar `mau’ do mesmo modo que `bom’, e ser pronunciada `tug‘ do mesmo modo que `gut‘. Numerosos exemplos de tais inversões de som, que são demasiado freqüentes para se explicarem como ocorrências fortuitas, se podem igualmente extrair das línguas ariana e semita. Os eventos de inversão são como os de aglutinação, troca e omissão de letras que produzem sons diferentes ou aglutinados, trocados e omitidos, em função da alfabetização.

Abel tenta explicar o fenômeno de inversão de som como um dobrar ou uma repudiação da raiz. Aqui encontraríamos certa dificuldade em seguir o filólogo. Relembramos nesta conexão o quanto as crianças gostam de brincar de inverter o som de palavras e quão freqüentemente o trabalho do sonho faz uso da inversão do material representativo para várias finalidades. (Aqui não são mais as letras mas as imagens cuja ordem se inverte.) Deveríamos, portanto, nos inclinar mais a fazer provir a inversão de som de um fator de origem mais profunda. A raíz da inversão de som está justamente no processo de alfabetização desse indivíduo que por sua vez cria palavras com suas inversões.

Na correspondência entre a peculiaridade do trabalho do sonho mencionado no início do artigo e a prática descoberta pela filologia nas línguas mais antigas, devemos ver uma confirmação do ponto de vista que formamos acerca do caráter regressivo, arcaico da expressão de pensamentos em sonhos. E nós, psiquiatras, não podemos escapar à suspeita de que melhor entenderíamos e traduziríamos a língua dos sonhos se soubéssemos mais sobre o desenvolvimento da linguagem. Provavelmente o desenvolvimento dos sonhos acompanhem o desenvolvimento da alfabetização e da aprendizagem.

 

MATTANÓ

(04/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UM TIPO ESPECIAL DE ESCOLHA DE OBJETO FEITA PELOS HOMENS (CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA DO AMOR I) (1910)

 

 

BEITRÄGE ZUR PSICHOLOGIE DES LIEBESLEBENS I

ÜBER EINEN BESONDEREN TIPUS DER OBJEKTWAHL BEIM MANNE

 

(a)   EDIÇÕES ALEMÃS:

1910   Jb. psychoan. psychopath. Forsch., 2 (2), 389-97. (`Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens’ 1.)

1918   S.K.S.N., 4, 200-12 (2ª ed. 1922.)

1924   G.S., 5, 186-978.

1924   Em Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens, Leipzig, Viena e Zurique: Internationaler Psychoanalytischer Verlag. (Pp. 3-14.)

1931   Sexualtheorie und Traumlehre, 69-80.

1943   G.W., 8, 66-77.

(b)   TRADUÇÃO INGLESA:

`Contributions to the Psychology of Love:A Special Type of Choice of Object made by Men’

1925   C.P., 4, 192-202. (Tr. Joan Riviere.)

 

 

A presente tradução inglesa é uma nova feita por Alan Tyson.

Este trabalho, os dois seguintes, embora tenham sido escritos e publicados durante o período de alguns anos, foram reunidos, por Freud, na quarta série de seus ensaios maus curtos (S.K.S.N., 4, 1918) sob o título geral acima impresso. Soubemos, através de Ernest Jones (1955, 333), que Freud anunciara sua intenção de escrever um trabalho desta natureza para uma reunião da Sociedade Psicanalítica de Viena, em 28 de novembro de 1906. A essência deste trabalho foi apresentada perante a mesma sociedade em 19 de maio de 1909 e comentada uma semana depois. Mas não foi escrita, realmente, senão no começo do verão do ano seguinte.

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira é da autoria de Clotilde da Silva Costa. Revisão geral e técnica de Jayme Salomão (Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

UM TIPO ESPECIAL DE ESCOLHA DE OBJETO FEITA PELOS HOMENS (CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA DO AMOR 1)

 

ATÉ AQUI deixamos ao escritor de ficção descrever-nos as condições necessárias ao amor’ que determinam a escolha de um objeto feita pelas pessoas e a maneira pela qual elas conduzem as exigências de sua imaginação em harmonia com a realidade. O escritor pode, realmente, valer-se de certas qualidades que o habilitam a realizar essa tarefa: sobretudo, de sensibilidade que lhe permite perceber os impulsos ocultos nas mentes de outras pessoas e de coragem para deixar que a sua própria, inconsciente, se manifeste. Há, entretanto, uma circunstância que diminui o valor comprobatório do que ele tem a dizer. Os escritos estão submetidos à necessidade de criar prazer intelectual e estético, bem como certos efeitos emocionais. Por essa razão, eles não podem reproduzir a essência da realidade tal como é, se não que devem isolar partes da mesma, suprimir associações perturbadoras, reduzir o todo e completar o que falta. Esses são os privilégios do que se convencionou chamar `licença poética’. Além disso, eles podem demonstrar apenas ligeiro interesse pela origem e pelo desenvolvimento dos estados psíquicos que descrevem em sua forma completa. Torna-se, pois, inevitável que a ciência deva, também, se preocupar com as mesmas matérias, cujo tratamento, pelos artistas, há milhares de anos, vem deleitando tanto a humanidade, muito embora seu trato seja mais tosco e proporcione menos prazer. Essas observações, esperamos, servirão para nos justificar, de modo amplo, o tratamento estritamente científico que damos ao campo do amor humano. A ciência, é, afinal, a renúncia mais completa ao princípio de prazer de que é capaz nossa atividade mental.

No curso do tratamento psicanalítico, há amplas oportunidades para colher impressões sobre a maneira como os neuróticos se comportam em relação ao amor; conquanto possamos evocar, ao mesmo tempo, tendo observado ou ouvido falar de comportamento semelhante em pessoas de saúde normal ou mesmo naquelas de qualidades excepcionais. Quando acontece que o material é favorável e conduz, assim, à acumulação dessas impressões, surgem mais claramente tipos definidos. Começarei aqui pela descrição de um desses tipos de escolha de objeto - que ocorre no homem - já que se caracteriza por uma série de `condições necessárias ao amor’, cuja combinação é ininteligível, e até desconcertante, e visto que admite uma explicação simples de contexto psicanalítico.

 

(1) A primeira dessas precondições para o amor pode ser descrita como positivamente específica: onde quer que ela se manifeste, pode-se procurar a presença de outras características desse tipo. Pode-se designá-la a precondição de que deva existir `uma terceira pessoa prejudicada’; estipula que a pessoa em questão nunca escolherá uma mulher sem compromisso, como seu objeto amoroso - isto é uma moça solteira ou uma mulher casada livre - mas, apenas, aquela sobre a qual outro homem possa reivindicar direitos de posse, como marido, noivo ou amigo. Em alguns casos, essa precondição evidencia-se de modo tão convincente que a mulher pode ser ignorada ou mesmo rejeitada, desde que não pertença a qualquer homem, mas torna-se objeto de sentimentos apaixonados, tão logo estabeleça um desses relacionamentos com outro homem.

(2) A segunda precondição é talvez menos freqüente, mas não menos digna de nota. Deve-se encontrar em conjunção com a primeira para que o tipo se configure, enquanto a primeira precondição parece ocorrer muito amiúde, também, independentemente. Consiste a segunda precondição no sentido de que a mulher casta e de reputação irrepreensível nunca exerce atração que a possa levar à condição de objeto amoroso, mas apenas a mulher que é, de uma ou outra forma, sexualmente de má reputação, cuja fidelidade e integridade estão expostas a alguma dúvida. Esta última característica pode variar dentro de limites substanciais, do leve murmúrio de escândalo a respeito de uma mulher casada que não seja avessa a namoricos, até o modo de vida francamente promíscuo de uma cocotte ou uma profissional na arte do amor; mas os homens que pertencem ao tipo que descrevemos não ficarão satisfeitos sem algo desta espécie. Pode-se designar esta a segunda condição necessária, de maneira um tanto crua, `amor à prostituta.’

Enquanto a primeira precondição fornece a oportunidade para gratificar impulsos de rivalidade e hostilidade em direção ao homem de quem a mulher é arrebatada, a segunda, a da mulher se assemelhar a uma prostituta, se relaciona à experiência do ciúme, que parece ser uma necessidade para os amantes desse tipo. Sua paixão só atinge o apogeu e a mulher só adquire pleno valor quando, apenas, conseguem sentir ciúmes e eles nunca deixam de aproveitar a ocasião que lhes permita experimentar essas emoções tão poderosas. O incomum é que se torna alvo desse ciúme não o possuidor legítimo da pessoa amada, mas estranhos que fazem seu aparecimento pela primeira vez, em relação aos quais a amada pode ser induzida sob suspeita. Em casos evidentes, o amante não demonstra qualquer desejo de posse exclusiva da mulher e parece sentir-se perfeitamente à vontade na situação triangular. Um de meus pacientes, que sofrera terrivelmente com as escapadelas de sua amada, não fazia qualquer objeção a que ela se casasse e fez todo o possível para que tal acontecesse; e nos anos que se seguiram nunca demonstrou o menor sinal de ciúme do marido. Outro paciente típico havia tido, é verdade, muito ciúme do marido no seu primeiro caso amoroso e proibira a mulher de ter relações maritais; porém, nos seus numerosos casos subseqüentes comportou-se como os demais integrantes desse tipo e já não mais considerava o marido legítimo como um entrave.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que esses tipos de escolha de objeto - que ocorre no homem - já que se caracteriza por uma série de `condições necessárias ao amor’, cuja combinação é ininteligível, e até desconcertante, e visto que admite uma explicação simples de contexto psicanalítico.

  • A primeira dessas precondições para o amor pode ser descrita como positivamente específica: onde quer que ela se manifeste, pode-se procurar a presença de outras características desse tipo. Pode-se designá-la a precondição de que deva existir `uma terceira pessoa prejudicada’; estipula que a pessoa em questão nunca escolherá uma mulher sem compromisso, como seu objeto amoroso - isto é uma moça solteira ou uma mulher casada livre - mas, apenas, aquela sobre a qual outro homem possa reivindicar direitos de posse, como marido, noivo ou amigo.
  • Consiste a segunda precondição no sentido de que a mulher casta e de reputação irrepreensível nunca exerce atração que a possa levar à condição de objeto amoroso, mas apenas a mulher que é, de uma ou outra forma, sexualmente de má reputação, cuja fidelidade e integridade estão expostas a alguma dúvida. Esta última característica pode variar dentro de limites substanciais, do leve murmúrio de escândalo a respeito de uma mulher casada que não seja avessa a namoricos, até o modo de vida francamente promíscuo de uma cocotte ou uma profissional na arte do amor; mas os homens que pertencem ao tipo que descrevemos não ficarão satisfeitos sem algo desta espécie. Pode-se designar esta a segunda condição necessária, de maneira um tanto crua, `amor à prostituta.’

Enquanto a primeira precondição fornece a oportunidade para gratificar impulsos de

rivalidade e hostilidade em direção ao homem de quem a mulher é arrebatada, a segunda, a da mulher se assemelhar a uma prostituta, se relaciona à experiência do ciúme, que parece ser uma necessidade para os amantes desse tipo. Sua paixão só atinge o apogeu e a mulher só adquire pleno valor quando, apenas, conseguem sentir ciúmes e eles nunca deixam de aproveitar a ocasião que lhes permita experimentar essas emoções tão poderosas. Em casos evidentes, o amante não demonstra qualquer desejo de posse exclusiva da mulher e parece sentir-se perfeitamente à vontade na situação triangular. Um de meus pacientes, que sofrera terrivelmente com as escapadelas de sua amada, não fazia qualquer objeção a que ela se casasse e fez todo o possível para que tal acontecesse; e nos anos que se seguiram nunca demonstrou o menor sinal de ciúme do marido. Outro paciente típico havia tido, é verdade, muito ciúme do marido no seu primeiro caso amoroso e proibira a mulher de ter relações maritais; porém, nos seus numerosos casos subseqüentes comportou-se como os demais integrantes desse tipo e já não mais considerava o marido legítimo como um entrave.

            Mattanó aponta que esses tipos de escolha de objeto - que ocorre no homem - já que se caracteriza por uma série de `condições necessárias ao amor’, cuja combinação é ininteligível, e até desconcertante, e visto que admite uma explicação simples de contexto psicanalítico.

(1)       A primeira dessas precondições para o amor pode ser descrita como positivamente específica: onde quer que ela se manifeste, pode-se procurar a presença de outras características desse tipo. Pode-se designá-la a precondição de que deva existir `uma terceira pessoa prejudicada’; estipula que a pessoa em questão nunca escolherá uma mulher sem compromisso, como seu objeto amoroso - isto é uma moça solteira ou uma mulher casada livre - mas, apenas, aquela sobre a qual outro homem possa reivindicar direitos de posse, como marido, noivo ou amigo.

(2)       Consiste a segunda precondição no sentido de que a mulher casta e de reputação irrepreensível nunca exerce atração que a possa levar à condição de objeto amoroso, mas apenas a mulher que é, de uma ou outra forma, sexualmente de má reputação, cuja fidelidade e integridade estão expostas a alguma dúvida. Esta última característica pode variar dentro de limites substanciais, do leve murmúrio de escândalo a respeito de uma mulher casada que não seja avessa a namoricos, até o modo de vida francamente promíscuo de uma cocotte ou uma profissional na arte do amor; mas os homens que pertencem ao tipo que descrevemos não ficarão satisfeitos sem algo desta espécie. Pode-se designar esta a segunda condição necessária, de maneira um tanto crua, `amor à prostituta.’

Enquanto a primeira precondição fornece a oportunidade para gratificar impulsos de

rivalidade e hostilidade em direção ao homem de quem a mulher é arrebatada, a segunda, a da mulher se assemelhar a uma prostituta, se relaciona à experiência do ciúme, que parece ser uma necessidade para os amantes desse tipo. Sua paixão só atinge o apogeu e a mulher só adquire pleno valor quando, apenas, conseguem sentir ciúmes e eles nunca deixam de aproveitar a ocasião que lhes permita experimentar essas emoções tão poderosas. Em casos evidentes, o amante não demonstra qualquer desejo de posse exclusiva da mulher e parece sentir-se perfeitamente à vontade na situação triangular. Um de meus pacientes, que sofrera terrivelmente com as escapadelas de sua amada, não fazia qualquer objeção a que ela se casasse e fez todo o possível para que tal acontecesse; e nos anos que se seguiram nunca demonstrou o menor sinal de ciúme do marido. Outro paciente típico havia tido, é verdade, muito ciúme do marido no seu primeiro caso amoroso e proibira a mulher de ter relações maritais; porém, nos seus numerosos casos subseqüentes comportou-se como os demais integrantes desse tipo e já não mais considerava o marido legítimo como um entrave. Notamos que para a relação amorosa despertar rivalidade ou um amor à prostituta depende de como o homem constrói e elabora os seus significados e sentidos dessa relação, inclusive seus conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, linguagem, topografia, relações sociais, Gestalt e insights, argumentação e linguagem, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, posto, mostrar, dizer e fazer, semântica, arquétipos, lapsos de linguagem, atos falhos e esquecimentos, niilismo, desejos, vida onírica, e vida anímica, conteúdo manifesto dos sonhos e conteúdo latente dos sonhos, análise e interpretação dos sonhos e do inconsciente, fantasias, chistes, charges, caricaturas, piadas e humor, delírios, alucinações, alterações do pensamento, afetividade, agressividade, pulsão de vida e pulsão de morte, ciclos circadianos, nutrição, fertilidade, genótipo e fenótipo, oxigenação, pressão arterial, psicomotricidade, exames clínicos e de laboratório, anamnese, história de vida, dinâmica familiar, dinâmica institucional e profissional, religião e vida religiosa, sexualidade, nível sócio-econômico, nível cultural, nível escolar, quociente intelectual, personalidade, caráter e temperamento, desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento moral, teledependência, desenvolvimento sexual, capacidade para solucionar problemas bio-psico-sociais, econômicos, filosóficos, científicos, administrativos, políticos, familiares, escolares, acadêmicos e de locomoção, mobilidade, transporte, vida, saúde e existência, de combate a loucura, ao perigo, as adversidades e a criminalidade.

 

            MATTANÓ

            (05/04/2024)

 

 

 

 

            ARQUEOLOGIA DA LINGUAGEM (2024):

            Um bom exemplo de linguagem primitiva é a linguagem paradoxal, feita de opostos, a linguagem antitética, que se assemelha a linguagem dos sonhos pois une opostos e paradoxos num mesmo símbolo ou representação inconsciente, temos por exemplo, o que Osny Mattanó Júnior especulou em 1995 convertendo o número ¨seis¨ na palavra ou símbolo oral ¨seios¨ e a explicação para isto está no paradoxo da representação inconsciente que propõe um absurdo, uma loucura, como a do mundo dos sonhos, mas isto não termina ainda, pois Deus fez o homem e a mulher em ¨seis¨ dias, ou seja, com o símbolo paradoxal homofônico da loucura, do voyeurismo, da pulsão de vida, da pulsão auditiva, do imaginário, do simbólico, da consciência, do conhecimento, da cultura e da realidade propostas pelo mapa cerebral sediado pelo tronco cerebral, e muito antes de tudo isto, favorecido pela homeostase, pela regulação da vida, que é anterior ao surgimento do pensamento, da cultura, do conhecimento e da realidade, da linguagem e da linguagem primitiva e paradoxal ou feita de opostos, inclusive anterior a linguagem dos sonhos, Deus fez o homem e a mulher com o símbolo paradoxal da loucura por causa da linguagem e de como a interpretamos, dando a ela significados e sentidos, gerando saúde-mental ou transtorno mental, depende do que aprendemos.

 

            MATTANÓ

            (06/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É o suficiente para as condições que se exigem do objeto amoroso. Os seguintes pontos descrevem o comportamento do amante em relação ao objeto que escolheu.

(3) No amor normal, o valor da mulher é aferido por sua integridade sexual, e é reduzido em vista de qualquer aproximação com a característica de ser semelhante a prostituta. Por conseguinte, o fato de que as mulheres com essa característica sejam consideradas pelos homens do tipo em questão como objetos amorosos do mais alto valor parece constituir acentuável desvio do normal. Seus relacionamentos amorosos com essas mulheres exigem-lhes enorme dispêndio de energia mental, com exclusão de todos os demais interesses; elas são sentidas como as únicas pessoas a quem é possível amar, e a exigência de fidelidade que o amante faz a si próprio repete-se, sempre e sempre, não obstante quantas vezes, na realidade, seja transgredida. Essas características de relacionamentos amorosos, que ora descrevo, revelam, muito claramente, sua natureza compulsiva, conquanto seja algo que, até certo ponto, ocorra a qualquer pessoa que se apaixone. Mas a fidelidade e a intensidade que caracterizam a relação não nos devem levar a esperar que um único relacionamento amoroso dessa espécie possa constituir toda a vida erótica da pessoa em questão, ou ocorrer, apenas, uma vez na vida. Ao contrário, os relacionamentos apaixonados desse tipo repetem-se com as mesmas peculiaridades - cada qual uma réplica exata dos outros - sempre e sempre, nas vidas do homem desse tipo; de fato, devido a ocorrências externas, como mudança de residência e de ambiente, os objetos amorosos podem substituir uns aos outros, tão amiúde, que se forma uma extensa série dos mesmos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que no amor normal, o valor da mulher é aferido por sua integridade sexual, e é reduzido em vista de qualquer aproximação com a característica de ser semelhante a prostituta. Contudo são as prostitutas quem despertam o desejo sexual do homem com mais intensidade e devido a ocorrências externas, como mudança de residência e de ambiente, os objetos amorosos podem substituir uns aos outros, tão amiúde, que se forma uma extensa série dos mesmos.

Mattanó aponta que no amor normal, o valor da mulher é aferido por sua integridade sexual, e é reduzido em vista de qualquer aproximação com a característica de ser semelhante a prostituta. Contudo são as prostitutas quem despertam o desejo sexual do homem com mais intensidade e devido a ocorrências externas, como mudança de residência e de ambiente, os objetos amorosos podem substituir uns aos outros, tão amiúde, que se forma uma extensa série dos mesmos. O valor da mulher pode mudar, do normal para o de uma prostituta, devido os significados e os sentidos que os homens e a sociedade lhes empregam e oferecem, devido a sua história de vida que pode incluir traumas sexuais que criam delírios de amor, que criam redes de significados e de sentidos que tomam conta do comportamento literalmente, por razões ou através de controle, gerenciando contextos que determinarão respostas as contingências verbais ambientais, de modo até mesmo a programar o seu cérebro através da herança genética, da paranormalidade e dos arquétipos que são transmitidos por meio do inconsciente coletivo.

 

MATTANÓ

(07/04/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Creio que possam existir doenças que nunca tenham cura medicamentosa, mesmo doenças virais como a da AIDS, sugiro uma cura comportamental através da Psicanálise Mitológica e da Psicanálise do Amor. Esta cura comportamental está sediada na consciência, na cultura, no conhecimento e na realidade e não no prazer e na vida instintiva sexual, mas na educação e na moralidade, no contingenciamento da vida sexual, a fim de eliminar o vírus da AIDS do nosso mundo, através do mapa cerebral que faça uma imitação do meio ambiente através de um self central e de um self autobiográfico que permita o controle da vida sexual, com métodos mais eficazes de controle e prevenção de contágio e propagação dessa doença até agora incurável pela farmacologia, mas extinguível pela Psicologia e pela Psicanálise Mitológica e pela Psicanálise do Amor de Osny Mattanó Júnior.

 

MATTANÓ

(07/04/2024)

 

 

 

 

PSICOLOGIA DA MÚSICA (2024):

Músicos que imitam estilos e composições de outros artistas roubando suas composições e estilos musicais atenuam e diminuem a expressão dos significados e dos sentidos através da arte, pois estão apenas seguindo regras e não conseguem discriminar sua afetividade, pensamento, cognição e criatividade, motivação, habilidades e interesses, seus comportamentos e motivos inconscientes que o levaram a compor determinada música ou canção, até porque acabam faltando com a verdade quando são investigados a respeito do processo autoral de determinadas obras musicais, de certa maneira incentivando este comportamento na sociedade e no mercado de trabalho, como forma de corrupção e de violência, de falsidade ideológica e de fraude, de roubo de arte, mediante um processo psíquico que empobrece a produção de significados e de sentidos, por isso as autoridades se calam e se omitem, negligenciam esta modalidade de crime, tanto criminalmente quanto politicamente em suas legislações, pois não conseguem discriminar a realidade e mergulham na imundície do prazer deixado pelo som e pela sonoridade roubada associada a beleza e a sedução dos artistas que se prostituem moralmente e outros até sexualmente e economicamente para terem suas carreiras e o seu sucesso, e ganhos como o poder, o dinheiro, o patrimônio e a violência, fica muito evidente que estamos abordando marginais e não artistas, pois artistas não se comportam assim sem uma moralidade, dignidade e respeito para com o próximo, suas obras e a verdade! Ainda mais se a verdade oculta uma luta desesperada de uma família contra o crime, o terror, o tráfico, a loucura, o estupro, o roubo, o sequestro, a vingança, a extorsão, a lavagem cerebral, a despersonalização, o envenenamento, o espancamento, o incêndio, o latrocídio, o assassinato, a chacina, a reversão de sexualidade e da moralidade, a pedofilia, o estupro virtual, o estupro coletivo, a pobreza, a miséria, a fome, as doenças e a guerra, ou seja, quem está roubando estas vítimas deseja tudo isto que existe no mundo de crueldade e de crime, para elas, pois está roubando o futuro delas com a sua falta de educação e de vontade de trabalhar.

 

MATTANÓ

(08/04/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

A ¨psicanálise¨ do meu irmão Marcelo é uma ¨psicanálise social e a ¨psicanálise¨ da minha tia Luiza Rita é uma ¨psicanálise operante¨, mas o que significa isto? Significa que o Marcelo é controlado por eventos sociais e a Luiza Rita é controlada por eventos operantes, pela aprendizagem, que o Marcelo é influenciado por relações sociais e pela família, pelo matrimônio, e que a Luiza Rita é influenciada por técnicos, professores, pais e mães, por profissionais, que ela segue regras e que o Marcelo segue regras e por estar sendo modelado pelo meio ambiente altamente sugestionável.

 

MATTANÓ

(08/04/2024)

 

 

 

 

MENSAGEM DE PÁSCOA DE JESUS CRISTO E DE NOSSA SENHORA PARA O MUNDO ENTRE 01 E 07 DE ABRIL DE 2024 EM LONDRINA/PR/BRASIL:

 

¨A Cruz não Salva e nem a Crucificação, o que Salva é o Amor do Pai.

Jesus Cristo não gosta desse tipo de gente e de Igreja que mata para ficar no poder.

A morte não é o final, por isso lute pela vida até o final.

Lutar pela vida traz felicidade, não desista nunca!

Você deve começar outra Igreja a partir da Igreja Católica Apostólica Romana, você será o meu novo Pedro, e terá que evangelizar o Amor de Deus, de Jesus e de Maria e não mais o Sacrifício de Jesus Cristo¨.

 

Como prova desta mensagem a Virgem Maria ou Nossa Senhora disse que o meu irmão Marcelo Mattanó iria sobreviver e se recuperar da doença que até então era gravíssima e que poderia mata-lo, depois que a Nossa Senhora disse que ele iria sobreviver e seria curado me pedindo para escrever as palavras ¨A morte não é final, por isso lute pela vida até o final¨. Depois disso Nossa Senhora disse que meu irmão Marcelo seria chamado Santo e que a mesma coisa aconteceria com minha mãe Luiza Aparecida da Silva e Nossa Senhora voltou a dizer que o Marcelo iria sobreviver e seria curado, veja só, já de tarde ele melhorou e no outro dia voltou a fazer coisas que antes estava incapacitado pela dengue como abrir e fechar as mãos, suas mãos ficaram duras e paralisadas pela dengue, e depois que Nossa Senhora interferiu ele melhorou rapidamente, inclusive seus exames clínicos que nunca indicavam doença alguma, e hoje, 08 de abril de 2024, revelaram na prova do laço que ele esta com dengue, mais de 10 dias depois de tudo isto ter começado com ele, o milagre com meu irmão, segundo Nossa Senhora foi feito para que o Papa Francisco acredite que ele e minha mãe também são Santos e não apenas eu Osny Mattanó Júnior. Nossa Senhora me pediu para não escrever e nem postar mensagem alguma desde o dia 01 de abril de 2024, ela não quis me dizer o porquê, mas me disse que no final eu entenderia. É uma mensagem sobre a Páscoa, a Paixão e Morte de Cruz de Jesus Cristo, o Papa Francisco e minha família, mais especificamente, meu irmão Marcelo Mattanó e minha mãe Luiza Aparecida da Silva que estão sofrendo com a Páscoa de Jesus Cristo.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 08 de abril de 2024.

 

MATTANÓ

(08/04/2024)

 

 

 

 

 

(4) O que é mais espantoso, para o observador de amantes desse tipo, é a ânsia que demonstram de `salvar’ a mulher amada. O homem se convence de que ela precisa dele, que sem ele perderá todo o controle moral e, rapidamente descerá para um nível lamentável. Salva-a, portanto, por não a abandonar. Em certos casos individuais, a idéia de ter de salvá-la pode ser justificadas por alusão à sua inconstância sexual e aos perigos de sua posição social: mas não é menos evidente quando isto, na realidade, não possui base. Um homem do tipo que estou descrevendo, que sabia como conquistar suas mulheres, com métodos inteligentes de sedução e argumentos engenhosos, não media esforços, no decorrer dessas aventuras, para manter a mulher, pela qual estava apaixonado no momento, no caminho da `virtude’, emprestando-lhe traços de sua própria constituição.

Se examinarmos as diferentes características do quadro aqui apresentado - as condições que se impõem ao homem, de que sua amada não deve ser desimpedida e deve ser semelhante a prostituta, o alto valor que lhe atribui, sua necessidade de sentir ciúmes, sua fidelidade que, não obstante, é compatível em ser transgredida, em uma longa série de circunstâncias, e a ânsia de salvar a mulher - parecerá pouco provável que todas decorram de uma única fonte. No entanto, a investigação psicanalítica da biografia de homens deste tipo tem revelado, facilmente, que não há uma fonte única. A escolha de objeto, que é tão estranhamente condicionada, e esta maneira extremamente singular de se comportar no amor, tem a mesma origem psíquica que encontramos nos amores das pessoas normais. Derivam da fixação infantil de seus sentimentos de ternura pela mãe e representam uma das conseqüências dessa fixação. No amor normal, apenas sobrevivem algumas características que revelam, de maneira inconfundível, o protótipo materno da escolha de objeto, como, por exemplo, a preferência demonstrada pelos homens jovens por mulheres mais maduras; o destacamento da libido da mãe efetuou-se de maneira relativamente rápida. No tipo que descrevemos, por outro lado, a libido permaneceu ligada à mãe por tanto tempo, mesmo depois do início da puberdade, que as características maternas permanecem impressas nos objetos amorosos que são escolhidos mais tarde, e todas elas se transformam em substitutos facilmente reconhecíveis da mãe. A comparação com a maneira em que é formado o crânio de um recém-nascido vem logo à mente neste ponto: depois de um parto prolongado ele toma sempre a forma do molde da parte estreita da pelve materna.

Vamos agora demonstrar a plausibilidade de nossa afirmação de que os traços característicos do tipo que descrevemos - suas condições para amar e seu comportamento no amor - realmente decorrem da constelação psíquica relacionada à mãe. Isto pareceria ser mais fácil no que diz respeito à primeira precondição - a condição de que a mulher deve ser desimpedida, ou de que haja uma terceira pessoa injuriada. É, de imediato, evidente que, para a criança que está crescendo no círculo familiar, o fato de que a mãe, ao pertencer ao pai, torna-se parte inseparável da essência da mãe, e que a terceira pessoa injuriada não é outra senão o próprio pai. Pode-se observar a característica de supervalorizar a pessoa amada, e de considerá-la como única e insubstituível, por recair, também, naturalmente no contexto da experiência da criança, pois ninguém possui mais de uma mãe, e a relação com ela baseia-se em um acontecimento que não pode ser exposto a qualquer dúvida e nem pode ser repetido.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o homem acredita que deve salvar a mulher, pois ela está numa condição moral que depende de ajuda para se manter a salvo. Em certos casos individuais, a idéia de ter de salvá-la pode ser justificada por alusão à sua inconstância sexual e aos perigos de sua posição social: mas não é menos evidente quando isto, na realidade, não possui base. Um homem do tipo que estou descrevendo, que sabia como conquistar suas mulheres, com métodos inteligentes de sedução e argumentos engenhosos, não media esforços, no decorrer dessas aventuras, para manter a mulher, pela qual estava apaixonado no momento, no caminho da `virtude’, emprestando-lhe traços de sua própria constituição.

Se examinarmos as diferentes características do quadro aqui apresentado - as condições que se impõem ao homem, de que sua amada não deve ser desimpedida e deve ser semelhante a prostituta, o alto valor que lhe atribui, sua necessidade de sentir ciúmes, sua fidelidade que, não obstante, é compatível em ser transgredida, em uma longa série de circunstâncias, e a ânsia de salvar a mulher - parecerá pouco provável que todas decorram de uma única fonte. No entanto, a investigação psicanalítica da biografia de homens deste tipo tem revelado, facilmente, que não há uma fonte única. A escolha de objeto, que é tão estranhamente condicionada, e esta maneira extremamente singular de se comportar no amor, tem a mesma origem psíquica que encontramos nos amores das pessoas normais. Derivam da fixação infantil de seus sentimentos de ternura pela mãe e representam uma das conseqüências dessa fixação. No amor normal, apenas sobrevivem algumas características que revelam, de maneira inconfundível, o protótipo materno da escolha de objeto, como, por exemplo, a preferência demonstrada pelos homens jovens por mulheres mais maduras; o destacamento da libido da mãe efetuou-se de maneira relativamente rápida. No tipo que descrevemos, por outro lado, a libido permaneceu ligada à mãe por tanto tempo, mesmo depois do início da puberdade, que as características maternas permanecem impressas nos objetos amorosos que são escolhidos mais tarde, e todas elas se transformam em substitutos facilmente reconhecíveis da mãe.

É, de imediato, evidente que, para a criança que está crescendo no círculo familiar, o fato de que a mãe, ao pertencer ao pai, torna-se parte inseparável da essência da mãe, e que a terceira pessoa injuriada não é outra senão o próprio pai, estas são suas condições para amar e seu comportamento no amor - realmente decorrem da constelação psíquica relacionada à mãe. Isto pareceria ser mais fácil no que diz respeito à primeira precondição - a condição de que a mulher deve ser desimpedida, ou de que haja uma terceira pessoa injuriada, o pai.

Mattanó aponta que o homem acredita que deve salvar a mulher, pois ela está numa condição moral que depende de ajuda para se manter a salvo. Em certos casos individuais, a idéia de ter de salvá-la pode ser justificada por alusão à sua inconstância sexual e aos perigos de sua posição social: mas não é menos evidente quando isto, na realidade, não possui base. Um homem do tipo que estou descrevendo, que sabia como conquistar suas mulheres, com métodos inteligentes de sedução e argumentos engenhosos, não media esforços, no decorrer dessas aventuras, para manter a mulher, pela qual estava apaixonado no momento, no caminho da `virtude’, emprestando-lhe traços de sua própria constituição.

Se examinarmos as diferentes características do quadro aqui apresentado - as condições que se impõem ao homem, de que sua amada não deve ser desimpedida e deve ser semelhante a prostituta, o alto valor que lhe atribui, sua necessidade de sentir ciúmes, sua fidelidade que, não obstante, é compatível em ser transgredida, em uma longa série de circunstâncias, e a ânsia de salvar a mulher - parecerá pouco provável que todas decorram de uma única fonte. No entanto, a investigação psicanalítica da biografia de homens deste tipo tem revelado, facilmente, que não há uma fonte única. A escolha de objeto, que é tão estranhamente condicionada, e esta maneira extremamente singular de se comportar no amor, tem a mesma origem psíquica que encontramos nos amores das pessoas normais. Derivam da fixação infantil de seus sentimentos de ternura pela mãe e representam uma das conseqüências dessa fixação. No amor normal, apenas sobrevivem algumas características que revelam, de maneira inconfundível, o protótipo materno da escolha de objeto, como, por exemplo, a preferência demonstrada pelos homens jovens por mulheres mais maduras; o destacamento da libido da mãe efetuou-se de maneira relativamente rápida. No tipo que descrevemos, por outro lado, a libido permaneceu ligada à mãe por tanto tempo, mesmo depois do início da puberdade, que as características maternas permanecem impressas nos objetos amorosos que são escolhidos mais tarde, e todas elas se transformam em substitutos facilmente reconhecíveis da mãe.

É, de imediato, evidente que, para a criança que está crescendo no círculo familiar, o fato de que a mãe, ao pertencer ao pai, torna-se parte inseparável da essência da mãe, e que a terceira pessoa injuriada não é outra senão o próprio pai, estas são suas condições para amar e seu comportamento no amor - realmente decorrem da constelação psíquica relacionada à mãe. Isto pareceria ser mais fácil no que diz respeito à primeira precondição - a condição de que a mulher deve ser desimpedida, ou de que haja uma terceira pessoa injuriada, o pai.

O amor pela mulher e a distorção através da prostituição se dão através dos significados e sentidos que o homem aprendeu durante sua vida e sua experiência, sua aprendizagem, com sua relação com sua mãe que se tornou inseparável do seu comportamento por meio do recalque, criando uma constelação psíquica relacionada à mãe que cria uma precondição, há de que haja uma terceira pessoa injuriada, o pai, na relação de seu filho com sua mãe. Eventos que ocorrem devido os significados e os sentidos aprendidos e desenvolvidos na dinâmica familiar.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)

 

 

 

 

 

 

Se quisermos entender os objetos amorosos escolhidos pelo tipo que descrevemos como sendo, sobretudo, substitutos da mãe, então a formação de uma série deles, que parece contradizer tão positivamente a condição de ser fiel a um, pode também, agora, ser compreendida. Aprendemos pela psicanálise, em outros exemplos, que a noção de algo insubstituível, quando é ativa no inconsciente, muitas vezes surge como subdividida em uma série infindável: infindável pelo fato de que cada substituto, não obstante, deixa de proporcionar a satisfação desejada. É esta a explicação do desejo insaciável de fazer perguntas, demonstrado pelas crianças de certa idade: têm apenas uma simples pergunta a fazer, mas nunca chegam a formulá-la. Explica também a garrulice de certas pessoas atingidas pela neurose; vêem-se sob a pressão de um segredo que estão ansiosos por divulgar, mas que, apesar de todas as tentações, nunca revelam.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os objetos amorosos onde existem fidelidade se descrevem como substitutos da mãe e que a noção de insubstituível acaba por deixar de proporcionar a satisfação desejada.

Mattanó aponta que os objetos amorosos onde existem fidelidade se descrevem como substitutos da mãe e que a noção de insubstituível acaba por deixar de proporcionar a satisfação desejada. Isto em função dos significados e sentidos apreendidos e acomodados da relação, que podem causar uma mesmice ou rotina que vai tornando a relação cada vez mais sem significado e sem sentido, de modo que não mais proporcione a satisfação desejada.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)  

 

 

 

Por outro lado, a segunda precondição para amar - a condição de que o objeto escolhido deva se assemelhar a uma prostituta - parece se opor, energicamente, à derivação do complexo materno. O pensamento consciente do adulto apraz-se em considerar a mãe como uma pessoa de pureza moral inatacável; e poucas idéias são para ele tão ofensivas, quando partem de outros, ou sente como tão atormentadoras, quando surgem de sua própria mente, como a que proclama esse aspecto de sua mãe. No entanto, exatamente essa relação do contraste agudo entre a `mãe’ e a `prostituta’ nos animará a investigar a história do desenvolvimento desses dois complexos e da relação inconsciente entre os mesmos, já que, há muito tempo, descobrimos que o que, no consciente, se encontra dividido entre dois opostos, muitas vezes ocorre no inconsciente como uma unidade. A investigação leva-nos, então, de volta a uma época na vida do menino em que ele adquire conhecimento mais ou menos completo das relações sexuais entre os adultos, aproximadamente em torno dos anos da pré-puberdade. Partes brutais de informação que são indiscriminadamente destinadas a suscitar desprezo e rebeldia, agora, lhe comunicam o segredo da vida sexual e destroem a autoridade dos adultos, que parece incompatível com a revelação de suas atividades sexuais. O aspecto dessas descobertas, que afetam mais profundamente a criança recém-instruída, é a maneira em que são aplicadas a seus próprios pais. Essa aplicação é, muitas vezes, francamente rejeitada por ela, mais ou menos nestas palavras: `Seus pais e outras pessoas podem fazer coisas como esta entre si, mas meus pais, possivelmente, não podem fazê-las.’

Como um corolário praticamente invariável desse esclarecimento sexual, o menino adquire, ao mesmo tempo, o conhecimento da existência de certas mulheres que praticam relações sexuais como um meio de vida e, que, por esse motivo, são mantidas no desprezo geral. O menino, ele próprio, se encontra, evidentemente, longe de sentir esse desprezo: tão logo aprende que ele também pode ser iniciado por essas infelizes na vida sexual, que até então ele aceitava como estando exclusivamente reservadas para `a gente grande’, ele, apenas, as considera como um misto de desejo e horror. Quando, depois disto, já não pode mais nutrir qualquer dúvida que tornem seus pais uma exceção às normas universais e odiosas da atividade sexual, diz-se a si próprio, com lógica cínica, que a diferença entre sua mãe e uma prostituta não é afinal tão grande, visto que, em essência, fazem a mesma coisa. A informação esclarecedora que recebeu, despertou, de fato, traços de lembrança das impressões e desejos de sua tenra infância que, por sua vez, levaram à reativação de certos impulsos psíquicos. Ele começa a desejar a mãe para si mesmo, no sentido com o qual, há pouco, acabou de se inteirar, e a odiar, de nova forma, o pai como um rival que impede esse desejo; passa, como dizemos, ao controle do complexo de Édipo. Não perdoa a mãe por ter concedido o privilégio da relação sexual, não a ele, mas a seu pai, e considera o fato como um ato de infidelidade. Se esses impulsos não desaparecem rapidamente, não há outra saída para os mesmos, senão seguir seu curso através de fantasias que têm por tema as atividades sexuais da mãe, nas mais diversas circunstâncias; e a tensão conseqüente leva, de maneira particularmente rápida; a buscar alívio na masturbação. Como resultado da ação combinada, constante, de duas forças impulsivas, desejo e sede de vingança, as fantasias acerca da infidelidade da mãe são, de longe, as que prefere; o amante com o qual ela comete o ato de infidelidade, quase sempre exibe as feições do próprio ego do menino, ou, mais extamente, de sua própria personalidade idealizada, adulta e, assim, elevada ao nível do pai. O que, em outra parte descrevi como o `romance familiar’ comprende as várias ramificações dessa atividade imaginativa e a maneira pela qual elas se entrelaçam com os diversos interesses egoístas desse período da vida.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a segunda precondição para amar - a condição de que o objeto escolhido deva se assemelhar a uma prostituta - parece se opor, energicamente, à derivação do complexo materno. O pensamento consciente do adulto apraz-se em considerar a mãe como uma pessoa de pureza moral inatacável; e poucas idéias são para ele tão ofensivas, quando partem de outros, ou sente como tão atormentadoras, quando surgem de sua própria mente, como a que proclama esse aspecto de sua mãe. No entanto, exatamente essa relação do contraste agudo entre a `mãe’ e a `prostituta’ nos animará a investigar a história do desenvolvimento desses dois complexos e da relação inconsciente entre os mesmos, já que, há muito tempo, descobrimos que o que, no consciente, se encontra dividido entre dois opostos, muitas vezes ocorre no inconsciente como uma unidade. O menino, ele próprio, se encontra, evidentemente, longe de sentir esse desprezo: tão logo aprende que ele também pode ser iniciado por essas infelizes na vida sexual, que até então ele aceitava como estando exclusivamente reservadas para `a gente grande’, ele, apenas, as considera como um misto de desejo e horror. Quando, depois disto, já não pode mais nutrir qualquer dúvida que tornem seus pais uma exceção às normas universais e odiosas da atividade sexual, diz-se a si próprio, com lógica cínica, que a diferença entre sua mãe e uma prostituta não é afinal tão grande, visto que, em essência, fazem a mesma coisa. A informação esclarecedora que recebeu, despertou, de fato, traços de lembrança das impressões e desejos de sua tenra infância que, por sua vez, levaram à reativação de certos impulsos psíquicos. Ele começa a desejar a mãe para si mesmo, no sentido com o qual, há pouco, acabou de se inteirar, e a odiar, de nova forma, o pai como um rival que impede esse desejo; passa, como dizemos, ao controle do complexo de Édipo. Como resultado da ação combinada, constante, de duas forças impulsivas, desejo e sede de vingança, as fantasias acerca da infidelidade da mãe são, de longe, as que prefere; o amante com o qual ela comete o ato de infidelidade, quase sempre exibe as feições do próprio ego do menino, ou, mais extamente, de sua própria personalidade idealizada, adulta e, assim, elevada ao nível do pai. O que, em outra parte descrevi como o `romance familiar’ comprende as várias ramificações dessa atividade imaginativa e a maneira pela qual elas se entrelaçam com os diversos interesses egoístas desse período da vida.

Mattanó aponta que a segunda precondição para amar - a condição de que o objeto escolhido deva se assemelhar a uma prostituta - parece se opor, energicamente, à derivação do complexo materno. O pensamento consciente do adulto apraz-se em considerar a mãe como uma pessoa de pureza moral inatacável; e poucas idéias são para ele tão ofensivas, quando partem de outros, ou sente como tão atormentadoras, quando surgem de sua própria mente, como a que proclama esse aspecto de sua mãe. No entanto, exatamente essa relação do contraste agudo entre a `mãe’ e a `prostituta’ nos animará a investigar a história do desenvolvimento desses dois complexos e da relação inconsciente entre os mesmos, já que, há muito tempo, descobrimos que o que, no consciente, se encontra dividido entre dois opostos, muitas vezes ocorre no inconsciente como uma unidade. O menino, ele próprio, se encontra, evidentemente, longe de sentir esse desprezo: tão logo aprende que ele também pode ser iniciado por essas infelizes prostitutas na vida sexual, que até então ele aceitava como estando exclusivamente reservadas para `a gente grande’, ele, apenas, as considera como um misto de desejo e horror – trata-se do medo de ser violentado e abusado sexualmente, de ser estuprado e de ser vítima de pedofilia, de ser vítima de corrupção de menores de 14 anos de idade e de exploração sexual. Quando, depois disto, já não pode mais nutrir qualquer dúvida que tornem seus pais uma exceção às normas universais e odiosas da atividade sexual, diz-se a si próprio, com lógica cínica, que a diferença entre sua mãe e uma prostituta não é afinal tão grande, visto que, em essência, fazem a mesma coisa. A informação esclarecedora que recebeu, despertou, de fato, traços de lembrança das impressões e desejos de sua tenra infância que, por sua vez, levaram à reativação de certos impulsos psíquicos. Ele começa a desejar a mãe para si mesmo, no sentido com o qual, há pouco, acabou de se inteirar, e a odiar, de nova forma, o pai como um rival que impede esse desejo, em função do medo de ser violentado e abusado sexualmente, de ser estuprado e de ser vítima de pedofilia, de ser vítima de corrupção de menores de 14 anos de idade e de exploração sexual; passa, como dizemos, ao controle do complexo de Édipo. Como resultado da ação combinada, constante, de duas forças impulsivas, desejo e sede de vingança, as fantasias acerca da infidelidade da mãe são, de longe, as que prefere; o amante com o qual ela comete o ato de infidelidade, quase sempre exibe as feições do próprio ego do menino, ou, mais extamente, de sua própria personalidade idealizada, adulta e, assim, elevada ao nível do pai. O que, em outra parte descrevi como o `romance familiar’ compreende as várias ramificações dessa atividade imaginativa e a maneira pela qual elas se entrelaçam com os diversos interesses egoístas desse período da vida. Contudo o desejo do menino pela sua mãe não é libidinoso e nem sexual, mas apenas vital ou energético e comportamental, pois a criança menor de 14 anos de idade não tem hormônios sexuais e assim não possui malícia e nem tampouco entendimento sexual e libidinoso, mas apenas ingênuo e infantil, ou puro, e sua linguagem sexual ou o seu repertório verbal sexual tende a ser imitativo até a puberdade, pois não tem malícia em seu vocabulário.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)

 

 

 

 

 

 

Agora que adquirimos a compreensão dessa parte do desenvolvimento psíquico, já não podemos mais considerar contraditório e incompreensível que a precondição de que a pessoa amada se assemelhe a prostituta derive diretamente do complexo materno. O tipo de amor masculino que descrevemos tem os traços dessa evolução e é fácil de compreender como uma fixação das fantasias formadas pelo menino na puberdade - fantasias que, afinal, mais tarde, encontraram vazão na vida real. Não é difícil admitir que a prática assídua da masturbação durante os anos da puberdade desempenhou seu papel na fixação das fantasias.

A ânsia de salvar a pessoa amada parece conduzir a uma relação, apenas, vaga e superficial, e plenamente explicada por motivos conscientes, com essas fantasias que acabaram por dominar o amor do homem na vida real. Devido a sua propensão a ser volúvel e infiel, a pessoa amada se coloca em situações perigosas e, assim, é compreensível que o amante tenha de se esforçar para protegê-la contra esses perigos, vigiando-lhe a virtude e combatendo-lhe as tendências más. Entretanto, o estudo das lembranças encobridoras das pessoas, fantasias e sonhos noturnos, revela que deparamos, aqui, com uma `racionalização’ especialmente oportuna de um motivo inconsciente, um processo que pode ser comparado à elaboração secundária bem- sucedida de um sonho. No fato real, o `tema-salvamento’ tem um significado e um histórico próprios, e é um derivativo independente do complexo materno ou, mais exatamente, do complexo parental. Quando a criança ouve dizer que deve sua vida aos pais, ou que sua mãe lhe deu a vida, seus sentimentos de ternura aliam-se a impulsos que lutam pelo poder e pela independência, e geram o desejo de retribuir essa dádiva aos pais e de compensá-los com outra de igual valor. É como se o desafio do menino o fizesse dizer: `Não quero nada de meu pai; devolver-lhe-ei tudo quanto gastou comigo. Ele cria, então a fantasia de salvar o pai de perigo e de proteger-lhe a vida; desse modo ajusta as contas com ele. Essa fantasia, via de regra, é muito deslocada em direção a um imperador, rei ou outro grande homem; depois de haver sido assim destorcida torna-se admissível à consciência, e pode até ser utilizada pelos escritores de ficção. Nessa aplicação ao pai do menino, o sentido desafiador da idéia de salvamento é de longe o mais importante; no que diz respeito à mãe, o mais importante é, geralmente, o sentido da ternura. A mãe deu à criança a vida, e não é fácil encontrar um substituto de igual valor para essa dádiva sem par. Com uma ligeira modificação do significado, tal como é facilmente realizado no inconsciente, e é comparável à maneira pela qual os conceitos da consciência se diluem uns nos outros, salvar a mãe adquire o significado de lhe dar uma criança ou de lhe fazer uma criança - é supérfluo dizer, uma igual a ele. Isso não se afasta muito do sentido original o salvamento, e a mudança de significado não é arbitrária. Sua mãe lhe deu a vida - sua própria vida - e, em troca, ele lhe dá uma outra vida, a de uma criança que tem com ele a maior semelhança. O filho demonstra sua gratidão desejando ter, com sua mãe, um filho igual a ele próprio; em outras palavras, na fantasia de salvamento ele está se identificando completamente com o pai. Todos os seus instintos, os de ternura, gratidão, lascívia, desafio e independência encontram satisfação no desejo único de ser o próprio pai. Mesmo o elemento de perigo não se perdeu na modificação de significado; pois o próprio ato do nascimento é o perigo de que foi salvo pelos esforços da mãe. O nascimento é tanto o primeiro de todos os perigos de sua vida, como o protótipo de todos os subseqüentes que nos levam a sentir ansiedade, e a experiência do nascimento, provavelmente, nos legou a expressão de afeto que chamamos de ansiedade. Macduff, da lenda escocesa, que não nasceu de sua mãe mas lhe foi arrancado do ventre, por esse motivo não conhecia a ansiedade.

Artemidoro, o intérprete dos sonhos da antiguidade, estava certamente com razão ao afirmar que a significação de um sonho depende de quem venha a ser a pessoa que sonha. De acordo com as leis que regem a expressão dos pensamentos inconscientes, o significado de salvamento pode variar, dependendo de o autor da fantasia ser homem ou mulher. Pode igualmente significar (no caso de um homem) fazer uma criança, isto é, causar seu nascimento, ou (no caso de uma mulher) dar à luz uma criança. Esses vários significados do salvamento nos sonhos e fantasias podem ser reconhecidos de maneira especialmente clara, quando são encontrados em conexão com a água. Um homem que salva uma mulher da água, em um sonho, quer dizer que a torna mãe, o que, do ponto de vista do comentário acima, equivale a fazer dela sua própria mãe. Uma mulher que salva alguma outra pessoa (uma criança) da água, reconhece ser a mãe que a gerou, como a filha do Faraó na lenda de Moisés (Rank, 1909). Às vezes, existe também um significado de ternura contido nas fantasias de salvamento em relação ao pai. Nestes casos, visam a expressar o desejo da pessoa de ter o pai como seu filho - isto é, de ter um filho igual ao pai.

 

É devido a todas essas conexões entre o tema-salvamento e o complexo parental que a ânsia de salvar a pessoa amada constitui uma característica importante do tipo de amor que vimos estudando.

Não creio necessário justificar meu método de trabalho sobre este assunto; como na minha apresentação a respeito do erotismo anal [Freud 1908b], também aqui procurei, em primeiro lugar, destacar, do material observado, os tipos extremos e claramente definidos. Em ambos os casos, encontramos um número muito maior de indivíduos nos quais apenas algumas características do tipo podem ser identificadas, ou apenas características que não são nitidamente acentuadas, e é evidente que não será possível avaliar adequadamente esses tipos enquanto todo o contexto a que pertencem não for investigado.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a ânsia de salvar a pessoa amada parece conduzir a uma relação, apenas, vaga e superficial, e plenamente explicada por motivos conscientes, com essas fantasias que acabaram por dominar o amor do homem na vida real. Devido a sua propensão a ser volúvel e infiel, a pessoa amada se coloca em situações perigosas e, assim, é compreensível que o amante tenha de se esforçar para protegê-la contra esses perigos, vigiando-lhe a virtude e combatendo-lhe as tendências más. Entretanto, o estudo das lembranças encobridoras das pessoas, fantasias e sonhos noturnos, revela que deparamos, aqui, com uma `racionalização’ especialmente oportuna de um motivo inconsciente, um processo que pode ser comparado à elaboração secundária bem- sucedida de um sonho. No fato real, o `tema-salvamento’ tem um significado e um histórico próprios, e é um derivativo independente do complexo materno ou, mais exatamente, do complexo parental. Quando a criança ouve dizer que deve sua vida aos pais, ou que sua mãe lhe deu a vida, seus sentimentos de ternura aliam-se a impulsos que lutam pelo poder e pela independência, e geram o desejo de retribuir essa dádiva aos pais e de compensá-los com outra de igual valor. A mãe deu à criança a vida, e não é fácil encontrar um substituto de igual valor para essa dádiva sem par. Com uma ligeira modificação do significado, tal como é facilmente realizado no inconsciente, e é comparável à maneira pela qual os conceitos da consciência se diluem uns nos outros, salvar a mãe adquire o significado de lhe dar uma criança ou de lhe fazer uma criança - é supérfluo dizer, uma igual a ele. Isso não se afasta muito do sentido original o salvamento, e a mudança de significado não é arbitrária. Sua mãe lhe deu a vida - sua própria vida - e, em troca, ele lhe dá uma outra vida, a de uma criança que tem com ele a maior semelhança. O filho demonstra sua gratidão desejando ter, com sua mãe, um filho igual a ele próprio; em outras palavras, na fantasia de salvamento ele está se identificando completamente com o pai. Todos os seus instintos, os de ternura, gratidão, lascívia, desafio e independência encontram satisfação no desejo único de ser o próprio pai. Mesmo o elemento de perigo não se perdeu na modificação de significado; pois o próprio ato do nascimento é o perigo de que foi salvo pelos esforços da mãe. O nascimento é tanto o primeiro de todos os perigos de sua vida, como o protótipo de todos os subseqüentes que nos levam a sentir ansiedade, e a experiência do nascimento, provavelmente, nos legou a expressão de afeto que chamamos de ansiedade.

Artemidoro, o intérprete dos sonhos da antiguidade, estava certamente com razão ao afirmar que a significação de um sonho depende de quem venha a ser a pessoa que sonha. De acordo com as leis que regem a expressão dos pensamentos inconscientes, o significado de salvamento pode variar, dependendo de o autor da fantasia ser homem ou mulher.

É devido a todas essas conexões entre o tema-salvamento e o complexo parental que a ânsia de salvar a pessoa amada constitui uma característica importante do tipo de amor que vimos estudando.

Mattanó aponta que a ânsia de salvar a pessoa amada parece conduzir a uma relação, apenas, vaga e superficial, e plenamente explicada por motivos conscientes, com essas fantasias que acabaram por dominar o amor do homem na vida real. Devido a sua propensão a ser volúvel e infiel, a pessoa amada se coloca em situações perigosas e, assim, é compreensível que o amante tenha de se esforçar para protegê-la contra esses perigos, vigiando-lhe a virtude e combatendo-lhe as tendências más. Entretanto, o estudo das lembranças encobridoras das pessoas, fantasias e sonhos noturnos, revela que deparamos, aqui, com uma `racionalização’ especialmente oportuna de um motivo inconsciente, um processo que pode ser comparado à elaboração secundária bem- sucedida de um sonho. No fato real, o `tema-salvamento’ tem um significado e um histórico próprios, e é um derivativo independente do complexo materno ou, mais exatamente, do complexo parental. Quando a criança ouve dizer que deve sua vida aos pais, ou que sua mãe lhe deu a vida, seus sentimentos de ternura aliam-se a impulsos que lutam pelo poder e pela independência, e geram o desejo de retribuir essa dádiva aos pais e de compensá-los com outra de igual valor. A mãe deu à criança a vida, e não é fácil encontrar um substituto de igual valor para essa dádiva sem par. Com uma ligeira modificação do significado, tal como é facilmente realizado no inconsciente, e é comparável à maneira pela qual os conceitos da consciência se diluem uns nos outros, salvar a mãe adquire o significado de lhe dar uma criança ou de lhe fazer uma criança - é supérfluo dizer, uma igual a ele. Isso não se afasta muito do sentido original o salvamento, e a mudança de significado não é arbitrária. Sua mãe lhe deu a vida - sua própria vida - e, em troca, ele lhe dá uma outra vida, a de uma criança que tem com ele a maior semelhança. O filho demonstra sua gratidão desejando ter, com sua mãe, um filho igual a ele próprio; em outras palavras, na fantasia de salvamento ele está se identificando completamente com o pai. Todos os seus instintos, os de ternura, gratidão, lascívia, desafio e independência encontram satisfação no desejo único de ser o próprio pai. Mesmo o elemento de perigo não se perdeu na modificação de significado; pois o próprio ato do nascimento é o perigo de que foi salvo pelos esforços da mãe. O nascimento é tanto o primeiro de todos os perigos de sua vida, como o protótipo de todos os subseqüentes que nos levam a sentir ansiedade, e a experiência do nascimento, provavelmente, nos legou a expressão de afeto que chamamos de ansiedade.

Artemidoro, o intérprete dos sonhos da antiguidade, estava certamente com razão ao afirmar que a significação de um sonho depende de quem venha a ser a pessoa que sonha. De acordo com as leis que regem a expressão dos pensamentos inconscientes, o significado de salvamento pode variar, dependendo de o autor da fantasia ser homem ou mulher.

É devido a todas essas conexões entre o tema-salvamento e o complexo parental que a ânsia de salvar a pessoa amada constitui uma característica importante do tipo de amor que vimos estudando.

O amor depende justamente dos seus significados e sentidos marcados e arranjados desde o nascimento da criança até a crise final, conforme cada período da vida. Cada fase tem suas marcas que prevalecem e que dão significado e sentido ao seu comportamento através da sua linguagem que estrutura o seu inconsciente, que por sua vez depende do desenvolvimento da consciência, do conhecimento, da cultura e da realidade, eventos sediados pelo tronco cerebral que imita o meio ambiente através do self central através dos objetos que se movimentam, e do self autobiográfico, através da sua biografia pessoal, o tronco cerebral produz a consciência e o tronco cerebral depende do protosself que depende do corpo que está ligado ao protosself por meio da alça ressonante que no caso de doenças cerebrais ou de morte, ela se rompe, a consciência depende também do tálamo e do córtex cerebral.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SOBRE A TENDÊNCIA UNIVERSAL À DEPRECIAÇÃO NA ESFERA DO AMOR

(CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA DO AMOR II) (1912)

 

 

BEITRÄGE ZUR PSYCHOLOGIE DES LIEBESLEBENS II

ÜBER DIE ALLGEMEINSTE ERNIEDRIGUNG

DES LIEBESLEBENS

 

 

(a)   EDIÇÕES ALEMÃS:

1912   Jb. psychoan. psychopath. Forsch., 4 (1), 40-50 (`Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens’ II.)

1918   S.K.S.N., 4, 213-28 (2ª ed. 1922.)

1924   G.S., 5, 198-211.

1924   In Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens. Leipzig, Viena e Zurique: International Psychoanalytischer Verlag. (Págs. 15-28.)

1931   Sexualtheorie und Traumlehre, 80-95.

1943   G.W., 8, 78-91

 (b)   TRADUÇÕES INGLESAS:

`Contribuitions to the Psychology of Love: The Most Prevalent Form of Degradation in Erotic Life’

1925   C.P., 4, 203-16. (Trad. Joan Riviere.)

 A tradução inglesa atual, feita por Alan Tyson, é inteiramente nova e com um título diferente `On the Universal Tendenty of Debasement in the Sphere of Love’ (Sobre a Tendênia Universal à Depreciação na Esfera do Amor).

A discussão das duas correntes sexuais na primeira parte deste trabalho é, na realidade, um suplemento ao Three Essays on the Theory of Sexuality (1905d) (Três Ensaios sobre a Teoria da sexualidade), edição de 1915, na qual está, de fato, incluído um pequeno resumo desta (ver em [1]). A análise da impotência psíquica que ocupa a parte central deste trabalho é a contribuição mais importante de Freud nesta matéria. A última parte do trabalho é uma das suas longas séries de elaborações no tema do antagonismo entre a civilização e a vida instintiva, do qual mostra um outro exemplo em Five Lectures (Cinco Lições), ver em [2]. Seu argumento mais completo neste assunto pode ser encontrado no trabalho sobre `“Civilized” Sexual Ethics and Modern Nervous Illness’ (1908d) (`Ética Sexual “Civilizada” e Enfermidade Nervosa Moderna’) e no livro escrito muito mais tarde, Civilization and its Discontents (1930a) (O Mal-Estar na Civilização).

 

 

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira é da autoria de Jayme Salomão (Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

SOBRE A TENDÊNCIA UNIVERSAL À DEPRECIAÇÃO NA ESFERA DO AMOR

(CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA DO AMOR II)

 

 

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Se o psicanalista clínico indagar a si mesmo qual perturbação leva as pessoas com maior freqüência a o procurarem em busca de auxílio, ele será compelido a responder - deixando de lado as diversas formas de ansiedade - que consiste na impotência psíquica. Esta singular perturbação atinge homens de natureza intensamente libidinosa e se manifesta como uma recusa dos órgãos executores da sexualidade de levar a cabo o ato sexual, conquanto antes e depois eles possam demonstrar-se como íntegros e capazes de praticá-lo e conquanto apresentem forte propensão psíquica a realizá-lo. A primeira chave para a compreensão do seu estado se obtém do próprio paciente, ao efetuar-se a descoberta de que um malogro dessa espécie só surge quando a tentativa se realiza com determinadas pessoas, enquanto com outras nunca há qualquer cogitação de tal insucesso. Ele se dá conta, então, de que constitui alguma característica do objeto sexual que dá origem à inibição de sua potência masculina e, às vezes, declara que possui a sensação de um obstáculo dentro dele, a sensação de uma vontade contrária que interfere vitoriosamente com a sua intenção consciente. No entanto, é incapaz de se representar que obstáculo interno é esse e que característica do objeto sexual o põe em funcionamento. Se a experiência do malogro se repetiu, é provável que atribua ao processo habitual de `conexão errônea,’ de que a recordação da primeira ocasião evocava a idéia de ansiedade perturbadora, e assim motivava que o malogro se repetisse todas as vezes; conquanto atribua a primeira ocasião em si a alguma impressão `fortuita’.

Os estudos psicanalíticos da impotência já foram realizados e publicados por vários autores. Todo analista pode confirmar as explicações por eles fornecidas, através de sua própria experiência clínica. Trata-se, de fato, de uma questão da influência inibitória de certos complexos psíquicos que são removidos do conhecimento do indivíduo. Uma fixação incestuosa na mãe ou na irmã, que nunca foi superada, desempenha um papel importante nesse material patogênico e constitui o seu conteúdo mais universal. Além disso, existe a influência, a se considerar, das impressões penosas acidentais relacionadas à atividade sexual infantil, e também aqueles fatores que, de maneira geral, reduzem a libido que se deve dirigir ao objeto sexual feminino.

Quando se investigam, exaustivamente, casos marcantes de impotência psíquica pela psicanálise, obtém-se a seguinte informação sobre os processos psicossexuais ativos nos mesmos. Aqui de novo - como muito provavelmente em todas as perturbações neuróticas - a origem da perturbação é determinada por uma inibição na história do desenvolvimento da libido antes que esta assuma a forma que tomamos como sua terminação normal. Nos casos que estamos considerando, duas correntes cuja união é necessária para assegurar um comportamento amoroso completamente normal, falharam em se combinar. Podem-se distinguir as duas como a corrente afetiva e a corrente sensual.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a impotência sexual é causada pelo incesto, quando a criança dirige sua libido e seu desejo sexual para sua mãe ou para sua irmã, no caso dos meninos, antes que assuma uma terminação normal em sua vida psíquica.

Mattanó aponta que a impotência sexual é causada pelo incesto, quando a criança dirige sua libido e seu desejo sexual para sua mãe ou para sua irmã, no caso dos meninos, antes que assuma uma terminação normal em sua vida psíquica e comportamental, podendo se estender até a sua vida social e doméstica, privada e íntima, e até profissional, espiritual e familiar, alcançando os eventos da comunhão e da segurança, da mesma forma que alcança os eventos da libido, mas de acordo com suas características. Na comunhão o objetivo é conviver fraternalmente e na segurança o objetivo é viver seguro e a salvo das adversidades do mundo interior e exterior. A impotência sexual e libidinal pode otimizar a comunhão e a segurança, tanto psíquica quanto comportamentalmente.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)

 

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que eu Osny Mattanó Júnior havia ¨morrido¨ psicologicamente para minha família, já desde 1992, quando começaram os problemas com a Clínica Psicológica da UEL e a ex-estágiária M. R. R., já falecida, ela contaminou minha família a partir de minha mãe e depois de meus irmãos e primos, alcançando tios e tias, pai e amigos e amigas, inclusive de infância, como o L. F. G. de S., também, já falecido, pois bem meus amigos e amigas também acabaram ¨morrendo¨ para mim não restando ninguém, inclusive profissionais de saúde, que eu pudesse confiar e desenvolver um relacionamento saudável. E depois em 1999 tudo ¨morreu outra vez¨ com a invasão de intimidade e de privacidade, de domicílio, a perda total de saúde-mental, o surto na UEL e depois no Hospital Psiquiátrico e em casa por mais de 10 anos, criando um buraco profundo onde me lançaram e me abandonaram sem me explicar o porquê? Esse buraco profundo começou justamente depois dos meus 4 anos de idade quando fui estuprado pela primeira vez, por uma empregada doméstica e eu mesmo ¨me matei¨ para a minha família e para os meus amigos e amigas, inclusive para os professores e autoridades, negando auxílio e ajuda, socorro para o meu sofrimento indiscriminável diante do meu repertório comportamental que também alienava os adultos e a sociedade, causando constrangimento, dor, ameaças e loucura, hoje sei que o melhor para isto e para mim é ressignificar utilizando a Teoria da Abundância de Mattanó, mesmo que suscintamente com expressões do tipo ¨eu não sou o que eu estou pensando e sentindo¨, ¨isso não me domina, não me controla, não cria razões e nem literalidade, não cria justificativas e nem contextos que possam manter este comportamento¨, ¨eu estou livre¨, ¨eu nasci livre e morrerei livre um dia¨, ¨tudo depende do tempo e da eternidade¨, ¨tudo depende da atenção e da intenção¨, ¨eu sou minha consciência¨, ¨eu sou minha realidade, conhecimento e cultura¨, ¨eu sou minha informação e minha formação¨, ¨eu estou livre para fazer o que eu quiser¨, ¨agora eu posso aceitar ajudar ao próximo como a mim mesmo por identidade¨, ¨agora eu tenho novos significados e novos sentidos para os meus pensamentos e expressões¨, ¨agora eu posso ser o que eu sou e continuar minha vida com saúde-mental, pois domino o que me domina¨.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)

 

 

 

 

A corrente afetiva é a mais antiga das duas. Constitui-se nos primeiros anos da infância; forma-se na base dos interesses do instinto de autopreservação e se dirige aos membros da família e aos que cuidam da criança. Desde o início, leva consigo contribuições dos instintos sexuais - componentes de interesse erótico - que já se podem observar, de maneira mais ou menos clara, mesmo na infância, e que se descobrem de algum modo mais tarde nos neuróticos através da psicanálise. Corresponde à escolha de objeto, primária, da criança. Aprendemos, assim, que os instintos sexuais encontram seus primeiros objetos ao se apegarem às apreciações feitas pelos instintos do ego, precisamente no momento em que as primeiras satisfações sexuais são experimentadas em ligação com as funções necessárias à preservação da vida. A `afeição’ demonstrada pelos pais da criança e pelos que dela cuidam, que raramente deixa de delatar sua natureza erótica (`a criança é um brinquedo erótico’), concorre, em grande parte, para erigir as contribuições feitas pelo erotismo às catexias de seus instintos do ego e para incrementá-la numa medida em que se compele a desempenhar um papel em seu desenvolvimento ulterior, principalmente quando algumas outras circunstâncias emprestam seu suporte.

Essas fixações afetivas da criança persistem por toda a infância e continuamente conduzem consigo o erotismo, que, em conseqüência, se desvia de seus objetivos sexuais. Então, com a puberdade, elas se unem através da poderosa corrente `sensual’, a qual já não se equivoca mais em seus objetivos. Evidentemente, jamais deixa de seguir os mais primitivos caminhos e catexizar os objetos da escolha infantil primária com cotas de libidos, que são agora muito mais poderosas. Neste ponto, no entanto, defronta-se com obstáculos que, nesse meio tempo, foram erigidos pela barreira contra o incesto; em conseqüência, se esforçará por transpor esses objetos que são, na realidade, inadequados, e encontrar um caminho, tão breve quanto possível, para outros objetos estranhos com os quais se possa levar uma verdadeira vida sexual. Esses novos objetos ainda serão escolhidos ao modelo (imago) dos objetos infantis, mas com o correr do tempo, atrairão para si a afeição que se ligava aos mais primitivos. Um homem deixará seu pai e sua mãe - segundo o preceito bíblico - e se apegará à sua mulher; então, se associam afeição e sensualidade. O máximo de intensidade de paixão sensual trará consigo a mais alta valorização psíquica do objeto - sendo esta a supervalorização normal do objeto sexual por parte do homem.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que nos primeiros anos da infância; forma-se na base dos interesses do instinto de autopreservação e se dirige aos membros da família e aos que cuidam da criança. Os instintos sexuais encontram seus primeiros objetos ao se apegarem às apreciações feitas pelos instintos do ego, precisamente no momento em que as primeiras satisfações sexuais são experimentadas em ligação com as funções necessárias à preservação da vida. A `afeição’ demonstrada pelos pais da criança e pelos que dela cuidam, que raramente deixa de delatar sua natureza erótica (`a criança é um brinquedo erótico’).

Essas fixações afetivas da criança persistem por toda a infância e continuamente conduzem consigo o erotismo, que, em conseqüência, se desvia de seus objetivos sexuais. Então, com a puberdade, elas se unem através da poderosa corrente `sensual’, a qual já não se equivoca mais em seus objetivos. Evidentemente, jamais deixa de seguir os mais primitivos caminhos e catexizar os objetos da escolha infantil primária com cotas de libidos, que são agora muito mais poderosas. Neste ponto, no entanto, defronta-se com obstáculos que, nesse meio tempo, foram erigidos pela barreira contra o incesto; em conseqüência, se esforçará por transpor esses objetos que são, na realidade, inadequados, e encontrar um caminho, tão breve quanto possível, para outros objetos estranhos com os quais se possa levar uma verdadeira vida sexual. Esses novos objetos ainda serão escolhidos ao modelo (imago) dos objetos infantis, mas com o correr do tempo, atrairão para si a afeição que se ligava aos mais primitivos. Um homem deixará seu pai e sua mãe - segundo o preceito bíblico - e se apegará à sua mulher; então, se associam afeição e sensualidade. O máximo de intensidade de paixão sensual trará consigo a mais alta valorização psíquica do objeto - sendo esta a supervalorização normal do objeto sexual por parte do homem.

Mattanó aponta que nos primeiros anos da infância; forma-se na base dos interesses do instinto de autopreservação e se dirige aos membros da família e aos que cuidam da criança. Os instintos sexuais encontram seus primeiros objetos ao se apegarem às apreciações feitas pelos instintos do ego, precisamente no momento em que as primeiras satisfações sexuais são experimentadas em ligação com as funções necessárias à preservação da vida. A `afeição’ demonstrada pelos pais da criança e pelos que dela cuidam, que raramente deixa de delatar sua natureza erótica (`a criança é um brinquedo erótico’).

Essas fixações afetivas da criança persistem por toda a infância e continuamente conduzem consigo o erotismo, que, em conseqüência, se desvia de seus objetivos sexuais. Então, com a puberdade, elas se unem através da poderosa corrente `sensual’, a qual já não se equivoca mais em seus objetivos. Evidentemente, jamais deixa de seguir os mais primitivos caminhos e catexizar os objetos da escolha infantil primária com cotas de libidos que no entendimento de Mattanó não existem, pois a criança não tem malícia e nem hormônios sexuais até a puberdade, somente na puberdade que são agora muito mais poderosas. Neste ponto, no entanto, defronta-se com obstáculos que, nesse meio tempo, foram erigidos pela barreira contra o incesto; em conseqüência, se esforçará por transpor esses objetos que são, na realidade, inadequados, e encontrar um caminho, tão breve quanto possível, para outros objetos estranhos com os quais se possa levar uma verdadeira vida sexual. Esses novos objetos ainda serão escolhidos ao modelo (imago) dos objetos infantis, mas com o correr do tempo, atrairão para si a afeição que se ligava aos mais primitivos. Um homem deixará seu pai e sua mãe - segundo o preceito bíblico - e se apegará à sua mulher; então, se associam afeição e sensualidade. O máximo de intensidade de paixão sensual trará consigo a mais alta valorização psíquica do objeto - sendo esta a supervalorização normal do objeto sexual por parte do homem. A supervalorização normal do objeto sexual por parte do homem se dá em função da malícia e dos hormônios sexuais que aparecem com a puberdade e permanecem até a andropausa quando se extinguem, durante este processo constroem-se redes de significados e de sentidos sobre a supervalorização normal do objeto sexual por parte do homem, alcançando conceitos, contextos, comportamentos, linguagem, simbologias e símbolos, relações sociais, topografias, desejos, vida anímica e vida onírica, vida paranormal, chistes, piadas, humor, caricaturas e charges, fantasias, argumentação e linguagem, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, mostrar, dizer e fazer, posto, sua semântica, os arquétipos, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo, a mitologia e a arqueologia da linguagem, da pornografia, da sexualidade, da violência e da evolução, da seleção e da competição entre espécies e indivíduos, a programação cerebral e as equações químicas como meio de determinação dos eventos psicológicos e comportamentais, dos ciclos circadianos, da nutrição, da fertilidade, da oxigenação, da pressão arterial, da taxa de glicose no sangue, da taxa de gordura no sangue, do funcionamento da bílis, do funcionamento renal, do funcionamento cardíaco, do funcionamento pulmonar, do funcionamento cerebral, do funcionamento motor e psicomotor, do funcionamento digestivo, do metabolismo corporal, da homeostase corporal, da percepção e do sistema sensorial, da saúde cutânea ou da pele e dos pêlos e unhas, da saúde dos ossos e do sangue, da saúde bocal e da higiene e condições físicas, morais, sexuais, de massa, sociais, familiares, econômicas, espirituais, profissionais e de cidadania do objeto sexual selecionado por parte do homem, uma mulher.

 

MATTANÓ

(09/04/2024)  

 

 

 

 

 

Dois fatores decidirão se esse avanço no caminho do desenvolvimento da libido pode falhar. Em primeiro lugar, há a quantidade de frustração da realidade que se opõe à nova escolha de objeto e reduz seu valor para a pessoa em questão. Afinal não há qualquer sentido em decidir-se por uma escolha de objeto se nenhuma escolha será de todo permitida ou se não há nenhuma perspectiva de ser capaz de escolher alguma coisa adequada. Em segundo lugar, há a quantidade de atração que são capazes de exercer os objetos infantis, que deverão ser abandonados, e que existe em proporção às catexias eróticas que se ligam a eles na infância. Se esses dois fatores forem suficientemente fortes, o mecanismo geral, por meio do qual se estruturam as neuroses, entra em funcionamento. A libido afasta-se da realidade, é substituída pela atividade imaginativa (o processo de introversão), fortalece as imagens dos primeiros objetos sexuais e se fixa nos mesmos. O obstáculo erguido contra o incesto, entretanto, compele a libido, que se transferiu para esses objetos, a permanecer no inconsciente. A atividade masturbatória levada a efeito pela corrente sensual, que agora é parte do inconsciente, faz sua própria contribuição, ao fortalecer essa fixação. Nada se altera nesse estado de coisas, se o avanço, que é abortado na realidade, se completa agora na fantasia e se nas situação que levam à satisfação masturbatória os objetos sexuais originais são substituídos por objetos diferentes. Em conseqüência dessa substituição, as fantasias se tornam admissíveis à consciência, mas não se faz qualquer progresso na localização da libido na realidade. Deste modo, pode acontecer que a totalidade da sensualidade de um jovem se ligue a objetos incestuosos no inconsciente, ou para colocar em outras palavras, se fixe em fantasias incestuosas inconscientes. O resultado, então, é a impotência total que, talvez, mais tarde se reforce pelo início simultâneo de um real debilitamento dos órgãos que realizam o ato sexual.

Necessita-se de condições menos graves para dar origem ao estado conhecido especificamente como impotência psíquica. Neste caso, o destino da corrente sensual não deve ser o de que sua carga total tenha de se ocultar atrás da corrente afetiva; ela deve ter permanecido suficientemente forte ou desinibida para assegurar vazão parcial à realidade. A atividade sexual dessas pessoas apresenta sinais muito evidentes, entretanto, de que não possui a força impulsiva psíquica total do instinto por trás dela. É caprichosa, facilmente perturbada, muitas vezes não propriamente executada e não acompanhada de muito prazer. Mas, acima de tudo, é forçada a evitar a corrente afetiva. A restrição, assim, se colocou na escolha do objeto. A corrente sensual, que permaneceu ativa, procura apenas objetos que não rememorem as imagens incestuosas que lhe são proibidas; se alguém causa uma impressão que pode levar à sua alta estima psíquica, essa impressão não encontra escoamento em nenhuma excitação sensual, exceto na afeição que não possui efeito erótico. Toda a esfera do amor, nessas pessoas, permanece dividida em duas direções personificadas na arte do amar tanto sagrada como profana (ou animal). Quando amam, não desejam, e quando desejam, não podem amar. Procuram objetos que não precisem amar, de modo a manter sua sensualidade afastada dos objetos que amam; e, de acordo com as leis da `sensibilidade complexiva’ e do retorno do reprimido, o estranho malogro, demonstrado na impotência psíquica, faz seu aparecimento sempre que um objeto, que foi escolhido com a finalidade de evitar o incesto, relembra o objeto proibido através de alguma característica, freqüentemente imperceptível.

A principal medida protetora contra essa perturbação a que os homens recorrem nessa divisão de seu amor consiste na depreciação do objeto sexual, sendo reservada a supervalorização, que normalmente se liga ao objeto sexual para o objeto incestuoso e seus representantes. Logo que se consuma a condição de depreciação, a sensualidade pode se expressar livremente e podem se desenvolver importantes capacidades sexuais e alto grau de prazer. Há um outro fator que contribui para esta conseqüência. As pessoas nas quais não houve a confluência apropriada das corrente afetiva e sensual geralmente não demonstram muito refinamento nas suas formas de comportamento amoroso; elas retiveram suas finalidades sexuais perversas, cuja não-realização é sentida como uma grave perda de prazer e cuja realização, por outro lado, só parece possível com um objeto sexual depreciado e desprezado.

Podemos agora compreender os motivos ocultos sob as fantasias do menino, mencionadas na primeira dessas `Contribuições’ (ver em [1]), que degradam a mãe ao nível de uma prostituta. São esforços para transpor a distância entre as duas correntes amorosas, pelo menos em fantasia e, pela depreciação da mãe, adquiri-la como objeto de sensualidade.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que dois fatores decidirão se esse avanço no caminho do desenvolvimento da libido pode falhar. Em primeiro lugar, há a quantidade de frustração da realidade que se opõe à nova escolha de objeto e reduz seu valor para a pessoa em questão. Afinal não há qualquer sentido em decidir-se por uma escolha de objeto se nenhuma escolha será de todo permitida ou se não há nenhuma perspectiva de ser capaz de escolher alguma coisa adequada. Em segundo lugar, há a quantidade de atração que são capazes de exercer os objetos infantis, que deverão ser abandonados, e que existe em proporção às catexias eróticas que se ligam a eles na infância. Se esses dois fatores forem suficientemente fortes, o mecanismo geral, por meio do qual se estruturam as neuroses, entra em funcionamento. A libido afasta-se da realidade, é substituída pela atividade imaginativa (o processo de introversão), fortalece as imagens dos primeiros objetos sexuais e se fixa nos mesmos. O obstáculo erguido contra o incesto, entretanto, compele a libido, que se transferiu para esses objetos, a permanecer no inconsciente. A atividade masturbatória levada a efeito pela corrente sensual, que agora é parte do inconsciente, faz sua própria contribuição, ao fortalecer essa fixação. Nada se altera nesse estado de coisas, se o avanço, que é abortado na realidade, se completa agora na fantasia e se nas situação que levam à satisfação masturbatória os objetos sexuais originais são substituídos por objetos diferentes. Em conseqüência dessa substituição, as fantasias se tornam admissíveis à consciência, mas não se faz qualquer progresso na localização da libido na realidade. Deste modo, pode acontecer que a totalidade da sensualidade de um jovem se ligue a objetos incestuosos no inconsciente, ou para colocar em outras palavras, se fixe em fantasias incestuosas inconscientes. O resultado, então, é a impotência total que, talvez, mais tarde se reforce pelo início simultâneo de um real debilitamento dos órgãos que realizam o ato sexual.

Dois fatores decidirão se esse avanço no caminho do desenvolvimento da libido pode falhar. Em primeiro lugar, há a quantidade de frustração da realidade que se opõe à nova escolha de objeto e reduz seu valor para a pessoa em questão. Afinal não há qualquer sentido em decidir-se por uma escolha de objeto se nenhuma escolha será de todo permitida ou se não há nenhuma perspectiva de ser capaz de escolher alguma coisa adequada. Em segundo lugar, há a quantidade de atração que são capazes de exercer os objetos infantis, que deverão ser abandonados, e que existe em proporção às catexias eróticas que se ligam a eles na infância. Se esses dois fatores forem suficientemente fortes, o mecanismo geral, por meio do qual se estruturam as neuroses, entra em funcionamento. A libido afasta-se da realidade, é substituída pela atividade imaginativa (o processo de introversão), fortalece as imagens dos primeiros objetos sexuais e se fixa nos mesmos. O obstáculo erguido contra o incesto, entretanto, compele a libido, que se transferiu para esses objetos, a permanecer no inconsciente. A atividade masturbatória levada a efeito pela corrente sensual, que agora é parte do inconsciente, faz sua própria contribuição, ao fortalecer essa fixação. Nada se altera nesse estado de coisas, se o avanço, que é abortado na realidade, se completa agora na fantasia e se na situação que levam à satisfação masturbatória os objetos sexuais originais são substituídos por objetos diferentes. Em conseqüência dessa substituição, as fantasias se tornam admissíveis à consciência, mas não se faz qualquer progresso na localização da libido na realidade. Deste modo, pode acontecer que a totalidade da sensualidade de um jovem se ligue a objetos incestuosos no inconsciente, ou para colocar em outras palavras, se fixe em fantasias incestuosas inconscientes. O resultado, então, é a impotência total que, talvez, mais tarde se reforce pelo início simultâneo de um real debilitamento dos órgãos que realizam o ato sexual.

A principal medida protetora contra essa perturbação a que os homens recorrem nessa divisão de seu amor consiste na depreciação do objeto sexual, sendo reservada a supervalorização, que normalmente se liga ao objeto sexual para o objeto incestuoso e seus representantes. Logo que se consuma a condição de depreciação, a sensualidade pode se expressar livremente e podem se desenvolver importantes capacidades sexuais e alto grau de prazer. Há um outro fator que contribui para esta conseqüência. As pessoas nas quais não houve a confluência apropriada das corrente afetiva e sensual geralmente não demonstram muito refinamento nas suas formas de comportamento amoroso; elas retiveram suas finalidades sexuais perversas, cuja não-realização é sentida como uma grave perda de prazer e cuja realização, por outro lado, só parece possível com um objeto sexual depreciado e desprezado.

Podemos agora compreender os motivos ocultos sob as fantasias do menino, mencionadas na primeira dessas `Contribuições’ (ver em [1]), que degradam a mãe ao nível de uma prostituta. São esforços para transpor a distância entre as duas correntes amorosas, pelo menos em fantasia e, pela depreciação da mãe, adquiri-la como objeto de sensualidade.

Mattanó aponta que dois fatores decidirão se esse avanço no caminho do desenvolvimento da libido pode falhar. Em primeiro lugar, há a quantidade de frustração da realidade que se opõe à nova escolha de objeto e reduz seu valor para a pessoa em questão. Afinal não há qualquer sentido em decidir-se por uma escolha de objeto se nenhuma escolha será de todo permitida ou se não há nenhuma perspectiva de ser capaz de escolher alguma coisa adequada. Em segundo lugar, há a quantidade de atração que são capazes de exercer os objetos infantis, que deverão ser abandonados, e que existe em proporção às catexias eróticas que se ligam a eles na infância. Se esses dois fatores forem suficientemente fortes, o mecanismo geral, por meio do qual se estruturam as neuroses, entra em funcionamento. A libido afasta-se da realidade, é substituída pela atividade imaginativa (o processo de introversão), fortalece as imagens dos primeiros objetos sexuais e se fixa nos mesmos. O obstáculo erguido contra o incesto, entretanto, compele a libido, que se transferiu para esses objetos, a permanecer no inconsciente. A atividade masturbatória levada a efeito pela corrente sensual, que agora é parte do inconsciente, faz sua própria contribuição, ao fortalecer essa fixação. Nada se altera nesse estado de coisas, se o avanço, que é abortado na realidade, se completa agora na fantasia e se na situação que levam à satisfação masturbatória os objetos sexuais originais são substituídos por objetos diferentes. Em conseqüência dessa substituição, as fantasias se tornam admissíveis à consciência, mas não se faz qualquer progresso na localização da libido na realidade. Deste modo, pode acontecer que a totalidade da sensualidade de um jovem se ligue a objetos incestuosos no inconsciente, ou para colocar em outras palavras, se fixe em fantasias incestuosas inconscientes. O resultado, então, é a impotência total que, talvez, mais tarde se reforce pelo início simultâneo de um real debilitamento dos órgãos que realizam o ato sexual. Isto em função da regressão do indivíduo que assim torna admissível à sua consciência fantasias incestuosas, que se fixam através do seu inconsciente, no seu comportamento substituindo a realidade normal, por uma realidade incestuosa.

Dois fatores decidirão se esse avanço no caminho do desenvolvimento da libido pode falhar. Em primeiro lugar, há a quantidade de frustração da realidade que se opõe à nova escolha de objeto e reduz seu valor para a pessoa em questão. Afinal não há qualquer sentido em decidir-se por uma escolha de objeto se nenhuma escolha será de todo permitida ou se não há nenhuma perspectiva de ser capaz de escolher alguma coisa adequada. Em segundo lugar, há a quantidade de atração que são capazes de exercer os objetos infantis, que deverão ser abandonados, e que existe em proporção às catexias eróticas que se ligam a eles na infância. Se esses dois fatores forem suficientemente fortes, o mecanismo geral, por meio do qual se estruturam as neuroses, entra em funcionamento. A libido afasta-se da realidade, é substituída pela atividade imaginativa (o processo de introversão), fortalece as imagens dos primeiros objetos sexuais e se fixa nos mesmos. O obstáculo erguido contra o incesto, entretanto, compele a libido, que se transferiu para esses objetos, a permanecer no inconsciente. A atividade masturbatória levada a efeito pela corrente sensual, que agora é parte do inconsciente, faz sua própria contribuição, ao fortalecer essa fixação. Nada se altera nesse estado de coisas, se o avanço, que é abortado na realidade, se completa agora na fantasia e se na situação que leva à satisfação masturbatória os objetos sexuais originais são substituídos por objetos diferentes. Em conseqüência dessa substituição, as fantasias se tornam admissíveis à consciência, mas não se faz qualquer progresso na localização da libido na realidade. Deste modo, pode acontecer que a totalidade da sensualidade de um jovem se ligue a objetos incestuosos no inconsciente, ou para colocar em outras palavras, se fixe em fantasias incestuosas inconscientes. O resultado, então, é a impotência total que, talvez, mais tarde se reforce pelo início simultâneo de um real debilitamento dos órgãos que realizam o ato sexual. A quantidade de frustração e a quantidade de atração que o objeto de amor pode desencadear depende do recalcado e dos seus significados e sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias e símbolos, linguagens, argumentação e linguagem, Gestalt e insights, história de reforçamento, de punição, esquiva, extinção, discriminação e generalização, de comportamento reflexo e comportamento operante, equivalência de estímulos, aprendizagem, sexualidade, cultura, espiritualidade, ontogênese, genótipo e fenótipo, fisiologia e hormônios sexuais, sociedade e família, educação, socialização e convivência, poder, estilo de vida e sentimento de inferioridade ou de superioridade, economia, trabalho e profissão, nível sócio-econômico, nível cultural, personalidade, caráter e temperamento, da sua consciência que manobra todas estas variáveis em função da frustração e da atração que um objeto de amor pode desencadear.

A principal medida protetora contra essa perturbação a que os homens recorrem nessa divisão de seu amor consiste na depreciação do objeto sexual, sendo reservada a supervalorização, que normalmente se liga ao objeto sexual para o objeto incestuoso e seus representantes. Logo que se consuma a condição de depreciação, a sensualidade pode se expressar livremente e podem se desenvolver importantes capacidades sexuais e alto grau de prazer. Há um outro fator que contribui para esta conseqüência. As pessoas nas quais não houve a confluência apropriada das corrente afetiva e sensual geralmente não demonstram muito refinamento nas suas formas de comportamento amoroso; elas retiveram suas finalidades sexuais perversas, cuja não-realização é sentida como uma grave perda de prazer e cuja realização, por outro lado, só parece possível com um objeto sexual depreciado e desprezado. O objeto de amor acaba sendo dividido em objeto de depreciação e objeto de supervalorização que se liga ao objeto incestuoso e seus representantes. A depreciação pode desencadear a sensualidade e esta causar bastante prazer devido suas capacidades sexuais, é pois o objeto depreciado aquele que torna possível a realização do prazer sexual daqueles que não tiveram refinamento nas suas formas de comportamento amoroso. Então o objeto de amor acaba sendo dividido em objeto de depreciação e em objeto de supervalorização que se liga ao objeto incestuoso e seus representantes. Eventos que se dão devido aos significados e    sentidos e a história de vida desse indivíduo, pois o mesmo indivíduo pode apresentar outras formas de comportamentos como depreciar o objeto de amor sexual, adotando a impotência sexual como sua amiga e parceira, e supervalorizar sua família em função de um contexto de perigo e ameaça de terrorismo, guerra, loucura, violência, prisão e vida ou morte injustas.

Podemos agora compreender os motivos ocultos sob as fantasias do menino, mencionadas na primeira dessas `Contribuições’ (ver em [1]), que degradam a mãe ao nível de uma prostituta. São esforços para transpor a distância entre as duas correntes amorosas, pelo menos em fantasia e, pela depreciação da mãe, adquiri-la como objeto de sensualidade. Trata-se, pois, do desenvolvimento normal de psique e da personalidade, onde o menino degrada sua mãe inconscientemente ao nível de uma prostituta para poder adquiri-la como objeto de sensualidade, devido o incesto e seus significados e sentidos, sua marca, arranjo, o que prevalece na mente inconsciente do menino, o conflito entre ideal e real, e o seu imaginário que produz ideias e uma consciência versus o seu simbólico que produz símbolos e ferramentas, um inconsciente. É nessa luta entre consciência e inconsciente que o menino aprende a depreciar sua mãe e a adquiri-la como objeto de supervalorização e de sensualidade.

 

MATTANÓ

(10/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

                                                     2

 No capítulo anterior, abordamos o estudo da impotência psíquica do ângulo médico-psicológico, ao qual o título deste trabalho não faz alusão. Tornar-se-á evidente, no entanto, que esta introdução foi por nós requerida para proporcionar acesso a nosso tema propriamente dito.

Reduzimos a impotência psíquica à falha em se combinar as correntes afetivas e sensual no amor e se explicou essa inibição do desenvolvimento, por sua vez, como se devendo a influências de poderosas fixações infantis e da subseqüente frustração da realidade através da intervenção da barreira contra o incesto. Há uma objeção principal à teoria que desenvolvemos: oferece demasiado. Explica por que certas pessoas padecem de impotência psíquica, mas nos deixa frente ao mistério aparente de como outras foram capazes de escapar a essa perturbação. Visto que devemos reconhecer que todos os fatores relevantes que conhecemos - a forte fixação infantil, a barreira ao incesto e a frustração nos anos de desenvolvimento depois da puberdade - podem ser encontrados em praticamente todos os seres humanos civilizados, deve-se justificar a perspectiva da impotência psíquica como uma condição universal da civilização e não uma perturbação circunscrita a alguns indivíduos.

Seria fácil fugir a esta conclusão apontando para o fator quantitativo na motivação da doença - para o maior ou menor grau da contribuição feita pelos vários elementos que determinam se resulta ou não uma enfermidade reconhecível. Conquanto, porém, eu aceite esta resposta como correta, não é minha intenção transformá-la no motivo para rejeitar a própria conclusão. Ao contrário, apresentarei o conceito de que a impotência psíquica está muito mais difundida do que se supõe e que certa extensão desse comportamento caracteriza, de fato, o amor do homem civilizado.

Se se ampliar o conceito da impotência psíquica e não se restringir o malogro em realizar o ato do coito, em circunstâncias em que esteja presente o desejo de obter prazer e o aparelho genital esteja intacto, podemos, em primeiro lugar, acrescentar todos aqueles homens que são descritos como psicanestésicos: homens que nunca falham no ato, mas que o realizam sem dele derivar qualquer prazer especial - um estado de coisas que é muito mais comum do que se pensa. O exame psicanalítico desses casos revela os mesmos fatores etiológicos encontrados na impotência psíquica no seu sentido mais estrito, sem antes encontrar qualquer explicação para a diferença entre seus sintomas. Uma analogia facilmente justificável nos leva desses homens anestésicos para o imenso número de mulheres frígidas; e não há melhor maneira de descrever ou compreender seu comportamento amoroso do que comparando-o à perturbação manifesta da impotência psíquica nos homens.

Se, no entanto, voltarmos nossa atenção, não para a extensão do conceito de impotência psíquica mas para as gradações em sua sintomatologia, não poderemos fugir à conclusão de que o comportamento amoroso dos homens, no mundo civilizado de hoje, de modo geral traz o selo da impotência psíquica. Existe apenas um pequeno número de pessoas educadas em que as duas correntes, de afeição e de sensualidade, se fundiram adequadamente; o homem quase sempre sente respeito pela mulher, que atua como restrição à sua atividade sexual, e só desenvolve potência completa quando se acha com um objeto sexual depreciado; e isto, por sua vez, é causado, em parte, pela entrada de componentes perversos em seus objetivos sexuais, os quais não ousa satisfazer com a mulher que ele respeita. Assegura-se de prazer sexual completo apenas quando se pode dedicar sem reserva a obter satisfação, o que, com sua mulher bem educada, por exemplo, não se atreve a realizar. É esta a origem de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, de uma mulher eticamente inferior, a quem não precise atribuir escrúpulos estéticos, que não o conheça em seu outro círculo de relações sociais e que ali não o possa julgar. É a esta mulher que prefere dedicar sua potência sexual, mesmo quando toda sua afeição pertença a uma mulher de natureza superior. Também é possível que a tendência a escolher uma mulher de classe mais baixa para sua amante permanente ou mesmo para sua esposa, tão freqüentemente observada nos homens das classes mais altas da sociedade, nada mais seja que a conseqüência de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, a quem se vincule psicologicamente a possibilidade de completa satisfação sexual.

Não vacilo em admitir que os dois fatores em atividade na impotência psíquica, no sentido estrito - os fatores de intensa fixação incestuosa, na infância, e a frustração devida à realidade, na adolescência - respondam também por esta característica extremamente comum do amor dos homens civilizados. Parece não só desagradável mas também paradoxal, que deva, não obstante, afirmar que alguém, para ser realmente livre e feliz no amor, tem de sobrepujar seu respeito pelas mulheres e aceitar a idéia do incesto com sua mãe ou irmã. Qualquer pessoa que se sujeite a uma séria introspecção a respeito dessa necessidade certamente se convencerá ao descobrir que considera o ato sexual, basicamente, algo degradante, que conspurca e polui mais do que simplesmente o corpo. A origem dessa vil opinião, que ele certamente não reconhecerá de boa-vontade, deve ser procurada no período de sua infância em que a corrente sensual nele existente já estava grandemente desenvolvida, mas sua satisfação com um objeto fora da família era quase tão absolutamente proibida como o era com um objeto incestuoso.

No nosso mundo civilizado, as mulheres estão sob a influência de um efeito residual, semelhante, de sua educação e, além disso, de sua reação ao comportamento dos homens. É, naturalmente, tão desvantajoso para uma mulher se um homem a procura sem sua potência plena como o é se a supervalorização inicial dela, quando enamorado, dá lugar a uma subvalorização depois de possuí-la. No caso das mulheres, há pouca indicação da necessidade de depreciar seu objeto sexual. Isto se liga, sem dúvida, com a ausência nelas, geralmente, de nada semelhante à supervalorização que se encontra nos homens. Porém, sua longa contenção de sexualidade e seu anseio de sensualidade em fantasia, tem para elas outra conseqüência importante. São, muitas vezes, subseqüentemente, incapazes de desfazer a conexão entre a atividade sensual e a proibição, tornando-se psiquicamente impotentes, isto é, frígidas, quando tal atividade, finalmente, lhes é permitida. Esta é a origem do empenho realizado por muitas mulheres de manter secretas, por certo tempo, mesmo suas relações legítimas; e da capacidade de outras mulheres para a sensação normal, tão logo a condição de proibição se restabeleça devido a uma relação amorosa secreta: infiéis a seus maridos, são capazes de manter um segunda espécie de finalidade em relação a seus amantes [cf. em [1]].

A condição de proibitividade na vida erótica das mulheres é comparável, creio eu, à necessidade da parte dos homens de depreciar seu objeto sexual. Ambas são conseqüências de um longo período de demora, que é exigida pela educação, por razões culturais, entre a maturidade sexual e a atividade sexual. Ambas tendem a abolir a impotência psíquica que resulta do malogro de se fundirem os impulsos afetuosos e sensuais. O fato de que o efeito das mesmas causas seja tão diferente nos homens e nas mulheres pode talvez ser atribuído a outra diferença no comportamento dos dois sexos. As mulheres civilizadas geralmente não transgridem a proibição de atividade sexual durante o período em que têm de esperar e, assim, estabelecem a ligação íntima entre proibição e sexualidade. Os homens geralmente desrespeitam essa proibição se podem satisfazer a condição de depreciar o objeto e, em conseqüência, mantêm essa condição em seu amor mais tarde, na vida.

Em vista dos esforços extenuantes que se fazem hoje, no mundo civilizado, para reformar a vida sexual, será supérfluo advertir que a pesquisa psicanalítica está tão isenta de tendenciosidade quanto qualquer outra espécie de pesquisa. Não há nenhum outro objetivo em vista além de derramar alguma luz sobre as coisas, ao procurar que se revele o que está oculto. Será bastante satisfatório se as reformas fizerem uso dessas descobertas para substituir o que é prejudicial por algo mais vantajoso; mas não se pode predizer se outras instituições não redundarão em outros sacrifícios, talvez mais sérios.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que reduzimos a impotência psíquica à falha em se combinar as correntes afetivas e sensual no amor e se explicou essa inibição do desenvolvimento, por sua vez, como se devendo a influências de poderosas fixações infantis e da subseqüente frustração da realidade através da intervenção da barreira contra o incesto.

Explica por que certas pessoas padecem de impotência psíquica, mas nos deixa frente ao mistério aparente de como outras foram capazes de escapar a essa perturbação. Visto que devemos reconhecer que todos os fatores relevantes que conhecemos - a forte fixação infantil, a barreira ao incesto e a frustração nos anos de desenvolvimento depois da puberdade - podem ser encontrados em praticamente todos os seres humanos civilizados, deve-se justificar a perspectiva da impotência psíquica como uma condição universal da civilização e não uma perturbação circunscrita a alguns indivíduos. Apresentarei o conceito de que a impotência psíquica está muito mais difundida do que se supõe e que certa extensão desse comportamento caracteriza, de fato, o amor do homem civilizado.

Uma analogia facilmente justificável nos leva desses homens anestésicos para o imenso número de mulheres frígidas; e não há melhor maneira de descrever ou compreender seu comportamento amoroso do que comparando-o à perturbação manifesta da impotência psíquica nos homens.

Existe apenas um pequeno número de pessoas educadas em que as duas correntes, de afeição e de sensualidade, se fundiram adequadamente; o homem quase sempre sente respeito pela mulher, que atua como restrição à sua atividade sexual, e só desenvolve potência completa quando se acha com um objeto sexual depreciado; e isto, por sua vez, é causado, em parte, pela entrada de componentes perversos em seus objetivos sexuais, os quais não ousa satisfazer com a mulher que ele respeita. Assegura-se de prazer sexual completo apenas quando se pode dedicar sem reserva a obter satisfação, o que, com sua mulher bem educada, por exemplo, não se atreve a realizar. É esta a origem de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, de uma mulher eticamente inferior, a quem não precise atribuir escrúpulos estéticos, que não o conheça em seu outro círculo de relações sociais e que ali não o possa julgar. É a esta mulher que prefere dedicar sua potência sexual, mesmo quando toda sua afeição pertença a uma mulher de natureza superior. Também é possível que a tendência a escolher uma mulher de classe mais baixa para sua amante permanente ou mesmo para sua esposa, tão freqüentemente observada nos homens das classes mais altas da sociedade, nada mais seja que a conseqüência de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, a quem se vincule psicologicamente a possibilidade de completa satisfação sexual.

Não vacilo em admitir que os dois fatores em atividade na impotência psíquica, no sentido estrito - os fatores de intensa fixação incestuosa, na infância, e a frustração devida à realidade, na adolescência - respondam também por esta característica extremamente comum do amor dos homens civilizados. Qualquer pessoa que se sujeite a uma séria introspecção a respeito dessa necessidade certamente se convencerá ao descobrir que considera o ato sexual, basicamente, algo degradante, que conspurca e polui mais do que simplesmente o corpo.

No caso das mulheres, há pouca indicação da necessidade de depreciar seu objeto sexual. Isto se liga, sem dúvida, com a ausência nelas, geralmente, de nada semelhante à supervalorização que se encontra nos homens. São, muitas vezes, subseqüentemente, incapazes de desfazer a conexão entre a atividade sensual e a proibição, tornando-se psiquicamente impotentes, isto é, frígidas, quando tal atividade, finalmente, lhes é permitida. Esta é a origem do empenho realizado por muitas mulheres de manter secretas, por certo tempo, mesmo suas relações legítimas; e da capacidade de outras mulheres para a sensação normal, tão logo a condição de proibição se restabeleça devido a uma relação amorosa secreta: infiéis a seus maridos, são capazes de manter uma segunda espécie de finalidade em relação a seus amantes [cf. em [1]].

A condição de proibitividade na vida erótica das mulheres é comparável, creio eu, à necessidade da parte dos homens de depreciar seu objeto sexual. Ambas são conseqüências de um longo período de demora, que é exigida pela educação, por razões culturais, entre a maturidade sexual e a atividade sexual. Ambas tendem a abolir a impotência psíquica que resulta do malogro de se fundirem os impulsos afetuosos e sensuais. O fato de que o efeito das mesmas causas seja tão diferente nos homens e nas mulheres pode talvez ser atribuído a outra diferença no comportamento dos dois sexos. As mulheres civilizadas geralmente não transgridem a proibição de atividade sexual durante o período em que têm de esperar e, assim, estabelecem a ligação íntima entre proibição e sexualidade. Os homens geralmente desrespeitam essa proibição se podem satisfazer a condição de depreciar o objeto e, em conseqüência, mantêm essa condição em seu amor mais tarde, na vida.

Mattanó aponta que reduzimos a impotência psíquica à falha em se combinar as correntes afetivas e sensual no amor e se explicou essa inibição do desenvolvimento, por sua vez, como se devendo a influências de poderosas fixações infantis e da subseqüente frustração da realidade através da intervenção da barreira contra o incesto. A barreira contra o incesto foi determinada por leis comportamentais que explicam sua funcionalidade para a construção das fixações infantis e da realidade, portanto, da consciência, do conhecimento e da cultura através de um tronco cerebral que imite a realidade ambiental através do self central que mapeia os movimentos dos objetos e do self autobiográfico que mapeia a sua biografia para a formação da sua consciência, e assim, das fixações infantis e da barreira contra o incesto.

Explica por que certas pessoas padecem de impotência psíquica, mas nos deixa frente ao mistério aparente de como outras foram capazes de escapar a essa perturbação. Visto que devemos reconhecer que todos os fatores relevantes que conhecemos - a forte fixação infantil, a barreira ao incesto e a frustração nos anos de desenvolvimento depois da puberdade - podem ser encontrados em praticamente todos os seres humanos civilizados, deve-se justificar a perspectiva da impotência psíquica como uma condição universal da civilização e não uma perturbação circunscrita a alguns indivíduos. Apresentarei o conceito de que a impotência psíquica está muito mais difundida do que se supõe e que certa extensão desse comportamento caracteriza, de fato, o amor do homem civilizado. A impotência psíquica torna-se assim um comportamento selecionado naturalmente num meio ambiente competitivo entre indivíduos e espécies que competem entre si para evoluírem como espécie e se adaptarem, se reproduzirem e sobreviverem como espécie, indivíduo, cultura, mundo virtual, espiritualidade, vida e universo.

Uma analogia facilmente justificável nos leva desses homens anestésicos para o imenso número de mulheres frígidas; e não há melhor maneira de descrever ou compreender seu comportamento amoroso do que comparando-o à perturbação manifesta da impotência psíquica nos homens.

Existe apenas um pequeno número de pessoas educadas em que as duas correntes, de afeição e de sensualidade, se fundiram adequadamente; o homem quase sempre sente respeito pela mulher, que atua como restrição à sua atividade sexual, e só desenvolve potência completa quando se acha com um objeto sexual depreciado; e isto, por sua vez, é causado, em parte, pela entrada de componentes perversos em seus objetivos sexuais, os quais não ousa satisfazer com a mulher que ele respeita. Assegura-se de prazer sexual completo apenas quando se pode dedicar sem reserva a obter satisfação, o que, com sua mulher bem educada, por exemplo, não se atreve a realizar. É esta a origem de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, de uma mulher eticamente inferior, a quem não precise atribuir escrúpulos estéticos, que não o conheça em seu outro círculo de relações sociais e que ali não o possa julgar. É a esta mulher que prefere dedicar sua potência sexual, mesmo quando toda sua afeição pertença a uma mulher de natureza superior. Também é possível que a tendência a escolher uma mulher de classe mais baixa para sua amante permanente ou mesmo para sua esposa, tão freqüentemente observada nos homens das classes mais altas da sociedade, nada mais seja que a conseqüência de sua necessidade de um objeto sexual depreciado, a quem se vincule psicologicamente a possibilidade de completa satisfação sexual. A mulher educada e a mulher depreciada são construídas a partir dos mesmos processos que formam os significados e os sentidos na consciência do homem, que formam a cultura e a realidade na mente e na consciência, no pensamento do homem através do tronco cerebral.

Não vacilo em admitir que os dois fatores em atividade na impotência psíquica, no sentido estrito - os fatores de intensa fixação incestuosa, na infância, e a frustração devida à realidade, na adolescência - respondam também por esta característica extremamente comum do amor dos homens civilizados. Qualquer pessoa que se sujeite a uma séria introspecção a respeito dessa necessidade certamente se convencerá ao descobrir que considera o ato sexual, basicamente, algo degradante, que conspurca e polui mais do que simplesmente o corpo. O homem civilizado tende a impotência sexual assim como tende a significar e dar sentido ao ato sexual como algo que conspurca e polui mais do que simplesmente o corpo, pois causa frustração e sofrimento psíquico.

No caso das mulheres, há pouca indicação da necessidade de depreciar seu objeto sexual. Isto se liga, sem dúvida, com a ausência nelas, geralmente, de nada semelhante à supervalorização que se encontra nos homens. São, muitas vezes, subseqüentemente, incapazes de desfazer a conexão entre a atividade sensual e a proibição, tornando-se psiquicamente impotentes, isto é, frígidas, quando tal atividade, finalmente, lhes é permitida. Esta é a origem do empenho realizado por muitas mulheres de manter secretas, por certo tempo, mesmo suas relações legítimas; e da capacidade de outras mulheres para a sensação normal, tão logo a condição de proibição se restabeleça devido a uma relação amorosa secreta: infiéis a seus maridos, são capazes de manter uma segunda espécie de finalidade em relação a seus amantes [cf. em [1]]. As mulheres certamente não conseguem supervalorizar os homens em função dos seus hormônios sexuais, o estrógeno, a progesterona e o FSH (hormônio folículo-estimulante), e a ocitocina (o hormônio do amor), que formam a libido da mulher desencadeando reações diferentes dos homens que tem outro hormônio sexual, a testosterona, que forma a libido masculina ou do homem que responde de maneira diferente ao da mulher, nas atividades de estímulo, desejo, excitação e orgasmo, nota-se que o comportamento verbal e social também inclui respostas sexuais ou eróticas e libidinosas que são distintas para os homens e para as mulheres. Faz-se importante destacar que não existem hormônios sexuais para outros gêneros sexuais, ou somos homens ou mulheres, desde a certidão de nascimento. Os outros gêneros sexuais são aprendidos, não são respostas fisiológicas, são produtos de condicionamentos comportamentais onde a fisiologia entorpece o organismo com falsas motivações que são aprendidas ideologicamente ou traumaticamente, por reforço, marca e aprendizagem, inconscientemente, alterando a função de nossa morfologia original que visa a reprodução e a perpetuação de nossa espécie através do sexo e da reprodução, das leis filogenéticas e não das leis ontogenéticas que visam a sobrevivência do indivíduo ou das leis da cultura que visam a sobrevivência de uma cultura, ou das leis do mundo virtual que visam a sobrevivência do mundo virtual, ou das leis da espiritualidade que visam a sobrevivência da espiritualidade e da religião, ou da vida que visam a sobrevivência da vida, ou do universo que visam a sobrevivência do universo. A partir deste estudo podemos especular se eu posso viver e me reproduzir como indivíduo e família, por exemplo.

A condição de proibitividade na vida erótica das mulheres é comparável, creio eu, à necessidade da parte dos homens de depreciar seu objeto sexual. Ambas são conseqüências de um longo período de demora, que é exigida pela educação, por razões culturais, entre a maturidade sexual e a atividade sexual. Ambas tendem a abolir a impotência psíquica que resulta do malogro de se fundirem os impulsos afetuosos e sensuais. O fato de que o efeito das mesmas causas seja tão diferente nos homens e nas mulheres pode talvez ser atribuído a outra diferença no comportamento dos dois sexos. As mulheres civilizadas geralmente não transgridem a proibição de atividade sexual durante o período em que têm de esperar e, assim, estabelecem a ligação íntima entre proibição e sexualidade. Os homens geralmente desrespeitam essa proibição se podem satisfazer a condição de depreciar o objeto e, em conseqüência, mantêm essa condição em seu amor mais tarde, na vida. Os homens se comportam de modo a proibirem a vida sexual das mulheres como se todas pudessem ter uma vida de prostitutas, ocasionando o depreciamento do seu objeto sexual. Tal depreciamento decorre de diferenças comportamentais que se justificam através dos hormônios sexuais masculinos e femininos, que são diferentes e despertam comportamentos e reações diferentes para os estímulos no meio ambiente, de modo a causar diferentes consequências e gerar mudanças no meio ambiente e social, inclusive sexual e moral, criando leis que estabelecem uma relação íntima entre proibição e de sexualidade. Contudo os homens desrespeitam estas leis e violam a moral recorrendo a prostitutas para satisfazerem seus impulsos e instintos sexuais, enquanto que as mulheres se guardam e se calam, se escondendo em suas casas ou residências, pois não conseguem supervalorizar seus maridos e desenvolvem frigidez mediada pela proibição de se comportarem como os homens e suas prostitutas.

 

MATTANÓ

(10/04/2024)

 

 

 

 

 

 

                                                      3

O fato de que a restrição feita ao amor pela civilização envolva uma tendência universal a depreciar os objetos sexuais pode conduzir-nos, talvez, a desviar nossa atenção do objeto para os instintos em si. O prejuízo causado pela frustração inicial do prazer sexual se evidencia no fato de que a liberdade mais tarde concedida a esse prazer, no casamento, não proporcione satisfação completa. Mas, ao mesmo tempo, se não se limita a liberdade sexual desde o início, o resultado não é melhor. Pode-se verificar, facilmente, que o valor psíquico das necessidades eróticas se reduz, tão logo se tornem fáceis suas satisfações. Para intensificar a libido, se requer um obstáculo; e onde as resistências naturais à satisfação não foram suficientes, o homem sempre ergueu outros, convencionais, a fim de poder gozar o amor. Isto se aplica tanto aos indivíduos como às nações. Nas épocas em que não havia dificuldades que impedissem a satisfação sexual, como, talvez, durante o declínio das antigas civilizações, o amor tornava-se sem valor e a vida, vazia; eram necessárias poderosas formações reativas para restaurar os valores afetivos indispensáveis. Nessa conexão, pode-se afirmar que a corrente ascética da Cristandade criou valores psíquicos para o amor que a antiguidade pagã nunca fôra capaz de lhe conferir. Essa corrente adquiriu sua maior importância através dos monges ascéticos, cujas vidas foram quase exclusivamente dedicadas a combater a tentação libidinosa.

Nosso primeiro impulso consiste, sem dúvida, em retraçar as dificuldades aqui reveladas às características universais de nossos instintos orgânicos. Por certo também é verdade que, em geral, a importância psíquica de um instinto cresce em proporção a sua frustração. Suponhamos que uma série de pessoas, totalmente diferentes, fossem todas igualmente sujeitas à fome. À medida que sua necessidade imperiosa de alimentos crescesse, todas as diferenças individuais desapareceriam e, em seu lugar, observar-se-iam manifestações uniformes do único instinto não-saciado. Mas, será também verdade que, com a satisfação de um instinto, seu valor psíquico sempre cai na mesma proporção? Consideremos, por exemplo, a relação de um beberrão com o vinho. Não é verdade que o vinho sempre proporciona ao beberrão a mesma satisfação tóxica que, na poesia, tem sido tão freqüentemente comparada à satisfação erótica - uma comparação que também é igualmente aceitável do ponto de vista científico? Alguém já ouviu falar de que o beberrão seja obrigado a trocar constantemente de bebida, porque logo enjoa de beber a mesma coisa? Ao contrário, o hábito constantemente reforça o vínculo que prende o homem à espécie de vinho que ele bebe. Alguém já ouviu falar de um beberrão que precise ir a um país em que o vinho seja mais caro ou em que seja proibido beber, de modo que, erguendo obstáculos, ele possa aumentar a satisfação decrescente que obtém? De maneira nenhuma. Se atentarmos para o que dizem os grandes alcoólatras, como Böcklin, a respeito de sua relação com o vinho, ela aparece como a mais harmoniosa possível, um modelo de casamento feliz. Por que a relação do amante com seu objeto sexual será tão profundamente diferente?

Por mais estranho que pareça, creio que devemos levar em consideração a possibilidade de que algo semelhante na natureza do próprio instinto sexual é desfavorável à realização da satisfação completa. Se considerarmos a longa e difícil história do desenvolvimento do instinto, nos virão à mente, imediatamente, dois fatores que podem ser julgados os responsáveis por essa dificuldade. Primeiramente, em conseqüência da irrupção bifásica da escolha de objeto, e da interposição da barreira contra o incesto, o objeto final do instinto sexual nunca mais será o objeto original, mas apenas um sub-rogado do mesmo. A psicanálise revelou-nos que quando o objeto original de um impulso desejoso se perde em conseqüência da repressão, ele se representa, freqüentemente, por uma sucessão infindável de objetos substitutos, nenhum dos quais, no entanto, proporciona satisfação completa. Isto pode explicar a inconstância na escolha de objetos, o `anseio pela estimulação’ que tão amiúde caracterizam o amor dos adultos.

Em segundo lugar, sabemos que o instinto sexual é, originalmente, dividido em grande número de componentes - ou melhor, desenvolve-se desses componentes - alguns dos quais não podem integrar o instinto em sua forma final, mas têm de ser suprimidos ou destinados a outros empregos em uma fase anterior. São eles, principalmente, os componentes instintivos coprófilos, que demonstraram ser incompatíveis com nossos padrões estéticos de cultura, provavelmente porque, em conseqüência de havermos adotado a postura ereta, erguemos do chão nosso órgão do olfato. O mesmo se aplica a uma grande parte dos impulsos sádicos que constituem parte da vida erótica. Mas todos esses processos do desenvolvimento só atingem as camadas mais superiores de estrutura complexa. Os processos fundamentais que produzem excitação erótica permanecem inalterados. O excrementício está todo, muito íntima e inseparavelmente, ligado ao sexual; a posição dos órgãos genitais - inter urinas et faeces - permanece sendo o fator decisivo e imutável. Poder-se-ia dizer neste ponto, modificando um dito muito conhecido do grande Napoleão: `A anatomia é o destino.’ Os órgãos genitais propriamente ditos não participaram do desenvolvimento do corpo humano visando à beleza: permaneceram animais e, assim, também o amor permaneceu, em essência, tão animal como sempre foi. Os instintos do amor são difíceis de educar; sua educação ora consegue de mais, ora de menos. O que a civilização pretende fazer deles parece inatingível, a não ser à custa de uma ponderável perda de prazer: a persistência dos impulsos que não puderam ser utilizados pode ser percebida na atividade sexual, sob a forma de não-satisfação.

Assim, talvez tenhamos de ser forçados a nos reconciliar com a idéia de que é absolutamente impossível harmonizar os clamores de nosso instinto sexual com as exigências da civilização: de que, em conseqüência de seu desenvolvimento cultural, a renúncia e o sofrimento, bem como o perigo de extinção no futuro mais remoto, não podem ser evitados pela raça humana. Este sombrio prognóstico repousa, é verdade, na simples conjectura de que a não-satisfação inerente à civilização é conseqüência necessária de certas peculiaridades que o instinto sexual adotou sob a pressão da cultura. A própria incapacidade do instinto sexual de produzir satisfação completa, tão logo se submete às primeiras exigências da civilização, torna-se a fonte, no entanto, das mais nobres realizações culturais que são determinadas pela sublimação cada vez maior de seus componentes instintivos. Pois, que motivo teria o homem para colocar as forças instintivas sexuais a outros serviços se, com qualquer distribuição dessas forças, eles poderiam conseguir prazer completamente satisfatório? Não renunciariam nunca a esse prazer e jamais realizariam qualquer outro progresso. Parece, portanto, que a diferença irreconciliável entre as exigências dos dois instintos - o sexual e o egoísta - tornou os homens capazes de realizações cada vez melhores, conquanto sujeitos, é verdade, a um perigo constante, ao qual, sob a forma de neurose, sucumbem hoje os mais fracos.

O objetivo da ciência não é atemorizar ou consolar. Mas, de minha parte, estou pronto a admitir que conclusões importantes, como as que inferi, deveriam apoiar-se em fundamento mais amplos, e que, talvez, desenvolvimentos em outras direções possam permitir à humanidade corrigir os resultados dos desenvolvimentos que aqui venho considerando isoladamente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o fato de que a restrição feita ao amor pela civilização envolva uma tendência universal a depreciar os objetos sexuais pode conduzir-nos, talvez, a desviar nossa atenção do objeto para os instintos em si. O prejuízo causado pela frustração inicial do prazer sexual se evidencia no fato de que a liberdade mais tarde concedida a esse prazer, no casamento, não proporcione satisfação completa. Mas, ao mesmo tempo, se não se limita a liberdade sexual desde o início, o resultado não é melhor. Pode-se verificar, facilmente, que o valor psíquico das necessidades eróticas se reduz, tão logo se tornem fáceis suas satisfações. Para intensificar a libido, se requer um obstáculo; e onde as resistências naturais à satisfação não foram suficientes, o homem sempre ergueu outros, convencionais, a fim de poder gozar o amor.

Nosso primeiro impulso consiste, sem dúvida, em retraçar as dificuldades aqui reveladas às características universais de nossos instintos orgânicos. Por certo também é verdade que, em geral, a importância psíquica de um instinto cresce em proporção a sua frustração. Suponhamos que uma série de pessoas, totalmente diferentes, fossem todas igualmente sujeitas à fome. À medida que sua necessidade imperiosa de alimentos crescesse, todas as diferenças individuais desapareceriam e, em seu lugar, observar-se-iam manifestações uniformes do único instinto não-saciado. Mas, será também verdade que, com a satisfação de um instinto, seu valor psíquico sempre cai na mesma proporção?

Por mais estranho que pareça, creio que devemos levar em consideração a possibilidade de que algo semelhante na natureza do próprio instinto sexual é desfavorável à realização da satisfação completa. Se considerarmos a longa e difícil história do desenvolvimento do instinto, nos virão à mente, imediatamente, dois fatores que podem ser julgados os responsáveis por essa dificuldade. Primeiramente, em conseqüência da irrupção bifásica da escolha de objeto, e da interposição da barreira contra o incesto, o objeto final do instinto sexual nunca mais será o objeto original, mas apenas um sub-rogado do mesmo. A psicanálise revelou-nos que quando o objeto original de um impulso desejoso se perde em conseqüência da repressão, ele se representa, freqüentemente, por uma sucessão infindável de objetos substitutos, nenhum dos quais, no entanto, proporciona satisfação completa. Isto pode explicar a inconstância na escolha de objetos, o `anseio pela estimulação’ que tão amiúde caracterizam o amor dos adultos.

Em segundo lugar, sabemos que o instinto sexual é, originalmente, dividido em grande número de componentes - ou melhor, desenvolve-se desses componentes - alguns dos quais não podem integrar o instinto em sua forma final, mas têm de ser suprimidos ou destinados a outros empregos em uma fase anterior. São eles, principalmente, os componentes instintivos coprófilos, que demonstraram ser incompatíveis com nossos padrões estéticos de cultura, provavelmente porque, em conseqüência de havermos adotado a postura ereta, erguemos do chão nosso órgão do olfato. O mesmo se aplica a uma grande parte dos impulsos sádicos que constituem parte da vida erótica. Mas todos esses processos do desenvolvimento só atingem as camadas mais superiores de estrutura complexa. Os processos fundamentais que produzem excitação erótica permanecem inalterados. Os órgãos genitais propriamente ditos não participaram do desenvolvimento do corpo humano visando à beleza: permaneceram animais e, assim, também o amor permaneceu, em essência, tão animal como sempre foi.

Assim, talvez tenhamos de ser forçados a nos reconciliar com a idéia de que é absolutamente impossível harmonizar os clamores de nosso instinto sexual com as exigências da civilização: de que, em conseqüência de seu desenvolvimento cultural, a renúncia e o sofrimento, bem como o perigo de extinção no futuro mais remoto, não podem ser evitados pela raça humana. Este sombrio prognóstico repousa, é verdade, na simples conjectura de que a não-satisfação inerente à civilização é conseqüência necessária de certas peculiaridades que o instinto sexual adotou sob a pressão da cultura. A própria incapacidade do instinto sexual de produzir satisfação completa, tão logo se submete às primeiras exigências da civilização, torna-se a fonte, no entanto, das mais nobres realizações culturais que são determinadas pela sublimação cada vez maior de seus componentes instintivos. Pois, que motivo teria o homem para colocar as forças instintivas sexuais a outros serviços se, com qualquer distribuição dessas forças, eles poderiam conseguir prazer completamente satisfatório? Não renunciariam nunca a esse prazer e jamais realizariam qualquer outro progresso. Parece, portanto, que a diferença irreconciliável entre as exigências dos dois instintos - o sexual e o egoísta - tornou os homens capazes de realizações cada vez melhores, conquanto sujeitos, é verdade, a um perigo constante, ao qual, sob a forma de neurose, sucumbem hoje os mais fracos.

Mattanó aponta que o fato de que a restrição feita ao amor pela civilização envolva uma tendência universal a depreciar os objetos sexuais pode conduzir-nos, talvez, a desviar nossa atenção do objeto para os instintos em si. O prejuízo causado pela frustração inicial do prazer sexual se evidencia no fato de que a liberdade mais tarde concedida a esse prazer, no casamento, não proporcione satisfação completa. Mas, ao mesmo tempo, se não se limita a liberdade sexual desde o início, o resultado não é melhor. Pode-se verificar, facilmente, que o valor psíquico das necessidades eróticas se reduz, tão logo se tornem fáceis suas satisfações. Para intensificar a libido, se requer um obstáculo; e onde as resistências naturais à satisfação não foram suficientes, o homem sempre ergueu outros, convencionais, a fim de poder gozar o amor. Os obstáculos podem se intensificar se houver amor entre o casal e um sentimento de permanência, um sentimento de descoberta de seus significados e sentidos, conceitos, comportamento, contextos, funcionalidades, linguagens, topografias, relações sociais, Gestalt e insights, vida onírica e vida anímica, argumentação e linguagem, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, mostrar, dizer e fazer e o posto, a sua semântica, os arquétipos, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo, a consciência e o subconsciente, os atos falos, os esquecimentos e os lapsos de linguagem, o niilismo, os chistes, as piadas, o humor, a caricatura, as charges, as fantasias, a mitologia e a arqueologia da linguagem, da pornografia, da sexualidade, da violência e da evolução, da seleção e da competição entre espécies e indivíduos, a programação cerebral e as equações químicas como meio de determinação dos eventos psicológicos e comportamentais, dos ciclos circadianos, da nutrição, da fertilidade, da oxigenação, da pressão arterial, da taxa de glicose no sangue, da taxa de gordura no sangue, do funcionamento da bílis, do funcionamento renal, do funcionamento cardíaco, do funcionamento pulmonar, do funcionamento cerebral, do funcionamento motor e psicomotor, do funcionamento digestivo, do metabolismo corporal, da homeostase corporal, da percepção e do sistema sensorial, da saúde cutânea ou da pele e dos pêlos e unhas, da saúde dos ossos e do sangue, da saúde bocal e da higiene e condições físicas, morais, sexuais, de massa, sociais, familiares, econômicas, espirituais, profissionais e de cidadania do objeto sexual selecionado por parte do homem, a mulher.

Nosso primeiro impulso consiste, sem dúvida, em retraçar as dificuldades aqui reveladas às características universais de nossos instintos orgânicos. Por certo também é verdade que, em geral, a importância psíquica de um instinto cresce em proporção a sua frustração. Suponhamos que uma série de pessoas, totalmente diferentes, fossem todas igualmente sujeitas à fome. À medida que sua necessidade imperiosa de alimentos crescesse, todas as diferenças individuais desapareceriam e, em seu lugar, observar-se-iam manifestações uniformes do único instinto não-saciado. Mas, será também verdade que, com a satisfação de um instinto, seu valor psíquico sempre cai na mesma proporção? Temos um exemplo recente com o instinto de autopreservação quando criamos a pergunta sobre a Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó em 1995, acabamos criando uma necessidade imperiosa de inteligência intrapessoal e interpessoal fundamentada na lavagem cerebral e na despersonalização, na loucura.

Por mais estranho que pareça, creio que devemos levar em consideração a possibilidade de que algo semelhante na natureza do próprio instinto sexual é desfavorável à realização da satisfação completa. Se considerarmos a longa e difícil história do desenvolvimento do instinto, nos virão à mente, imediatamente, dois fatores que podem ser julgados os responsáveis por essa dificuldade. Primeiramente, em conseqüência da irrupção bifásica da escolha de objeto, e da interposição da barreira contra o incesto, o objeto final do instinto sexual nunca mais será o objeto original, mas apenas um sub-rogado do mesmo. A psicanálise revelou-nos que quando o objeto original de um impulso desejoso se perde em conseqüência da repressão, ele se representa, freqüentemente, por uma sucessão infindável de objetos substitutos, nenhum dos quais, no entanto, proporciona satisfação completa. Isto pode explicar a inconstância na escolha de objetos, o `anseio pela estimulação’ que tão amiúde caracterizam o amor dos adultos. O instinto sexual é naturalmente incapaz de ser totalmente satisfeito em função da escolha bifásica do objeto, ou seja, pai e mãe, e da barreira do incesto que sucede-se de infindáveis objetos substitutos que representam o amor dos adultos, ou seja, o significado e o sentido do amor adulto.

Em segundo lugar, sabemos que o instinto sexual é, originalmente, dividido em grande número de componentes - ou melhor, desenvolve-se desses componentes - alguns dos quais não podem integrar o instinto em sua forma final, mas têm de ser suprimidos ou destinados a outros empregos em uma fase anterior. São eles, principalmente, os componentes instintivos coprófilos, que demonstraram ser incompatíveis com nossos padrões estéticos de cultura, provavelmente porque, em conseqüência de havermos adotado a postura ereta, erguemos do chão nosso órgão do olfato. O mesmo se aplica a uma grande parte dos impulsos sádicos que constituem parte da vida erótica. Mas todos esses processos do desenvolvimento só atingem as camadas mais superiores de estrutura complexa. Os processos fundamentais que produzem excitação erótica permanecem inalterados. Os órgãos genitais propriamente ditos não participaram do desenvolvimento do corpo humano visando à beleza: permaneceram animais e, assim, também o amor permaneceu, em essência, tão animal como sempre foi. O instinto sexual é composto de olfato e de uma postura ereta que mantêm os órgãos sexuais desempenhando sua funcionalidade animal e instintiva, de maneira que se criem significados e sentidos, fantasias sexuais, sonhos e delírios de amor em função de traumas, violência sexual, pedofilia, abuso e exploração sexual, estupro, estupro coletivo e estupro virtual.

Assim, talvez tenhamos de ser forçados a nos reconciliar com a idéia de que é absolutamente impossível harmonizar os clamores de nosso instinto sexual com as exigências da civilização: de que, em conseqüência de seu desenvolvimento cultural, a renúncia e o sofrimento, bem como o perigo de extinção no futuro mais remoto, não podem ser evitados pela raça humana. Este sombrio prognóstico repousa, é verdade, na simples conjectura de que a não-satisfação inerente à civilização é conseqüência necessária de certas peculiaridades que o instinto sexual adotou sob a pressão da cultura. A própria incapacidade do instinto sexual de produzir satisfação completa, tão logo se submete às primeiras exigências da civilização, torna-se a fonte, no entanto, das mais nobres realizações culturais que são determinadas pela sublimação cada vez maior de seus componentes instintivos. Pois, que motivo teria o homem para colocar as forças instintivas sexuais a outros serviços se, com qualquer distribuição dessas forças, eles poderiam conseguir prazer completamente satisfatório? Não renunciariam nunca a esse prazer e jamais realizariam qualquer outro progresso. Parece, portanto, que a diferença irreconciliável entre as exigências dos dois instintos - o sexual e o egoísta - tornou os homens capazes de realizações cada vez melhores, conquanto sujeitos, é verdade, a um perigo constante, ao qual, sob a forma de neurose, sucumbem hoje os mais fracos. A civilização para existir teve que abrir mão de seu instinto sexual e adotar o desenvolvimento cultural como forma de satisfação e de equilíbrio psíquico e comportamental, inclusive social, tão mais fraco o homem quanto tão mais susceptível ao seu instinto sexual, e tão mais forte e culto, capaz e desenvolvido o homem quanto menos susceptível ao seu instinto sexual, pois uma civilização não se constrói estuprando individualmente, estuprando coletivamente ou estuprando virtualmente seus cidadãos, muito pelo contrário, protegendo-os com leis e decretos, prendendo pedófilos do esporte brasileiro e das comunicações, do meio político, artístico e empresarial e social brasileiro, pois isso é apostar na civilização e não na destruição da civilização, das cidades, do patrimônio público e privado, da economia, do trabalhador, da justiça, da política e da cidadania.

 

MATTANÓ

(10/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

O TABU DA VIRGINDADE (1918 [1917])

(CONTRIBUIÇÃO À PSICOLOGIA DO AMOR III)

 

 

BEITRÄGE ZUR PSYCHOLOGIE DES LIEBESLEBENS III

DAS TABU DER VIRGINITÄT

 

 

(a)    EDIÇÕES ALEMÃES:

(1917   Lido como uma comunicação à Sociedade Psicanalítica de Viena, 12 de dezembro de 1917.)

1918   S.K.S.N., 4, 229-51. (`Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens’ III. 2ª ed., 1922.)

1924   G.S., 5, 212-31.

1924   Em Beiträge zur Psychologie des Liebeslebens., Leipzig, Viena e Zurique: Internationaler Psychoanalytischer Verlag. (Págs. 29-48.)

1931   Sexualtheorie und Traumlehre, 95-115.

1947   G.W., 12, 161-80.

(b)   TRADUÇÃO INGLESA:

`Contributions to the Psychology of Love: The Taboo of Virginity’

1925   C.P., 4, 217-35. (Trad. Joan Riviere.)

A presente tradução inglesa, completamente nova, é de Angela Richards.

Este artigo foi escrito em setembro de 1917, mas só foi publicado no ano seguinte. Apesar do espaço de vários anos que separa este artigo dos dois precedentes, pareceu acertado reuni-los, visto que o próprio Freud os juntou sob o mesmo título. Totem and Taboo (Totem e Tabu)(1912-13) aparecera no meio tempo, já que o segundo artigo da série, e este terceiro, sob certo ponto de vista, podem ser considerados como acréscimo ao segundo ensaio dessa obra. Por outro lado, entretanto, inclui o exame do problema clínico da frigidez nas mulheres e, sob este aspecto, é o equivalente do estudo da impotência nos homens, no segundo artigo da série (vide [1]).

 

O TABU DA VIRGINDADE

(CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA DO AMOR III)

 

POUCAS particularidades da vida sexual dos povos primitivos são tão estranhas aos nossos próprios sentimentos quanto a valorização da virgindade, o estado de intocabilidade da mulher. O alto valor que o pretendente atribui à virgindade da mulher parece-nos tão fortemente enraizado, tão natural, que ficaremos quase perplexos se tivermos de oferecer razões para justificar essa opinião. A exigência de que a moça leve para seu casamento com determinado homem qualquer lembrança de relações sexuais com outro nada mais é, realmente, que a continuação lógica do direito à posse exclusiva da mulher, que constitui a essência da monogamia, a extensão desse monopólio para incluir o passado.

Partindo deste ponto, não temos dificuldade em justificar o que a princípio parecia um preconceito, quando nos referimos a nossos pontos de vista sobre a vida erótica das mulheres. Seja quem for o primeiro a satisfazer o desejo de amor de uma virgem, longa e penosamente refreado, e que ao fazê-lo vence as resistências que nela foram criadas através das influências de seu meio e de sua educação, este será o homem que a prenderá num relacionamento duradouro, possibilidade esta que jamais se oferecerá a qualquer outro homem. Essa experiência cria, na mulher, um estado de sujeição que garante que sua posse permanecerá imperturbada e que a torna capaz de resistir a novas impressões e tentações estranhas.

A expressão `sujeição sexual’ foi escolhida, por von Krafft-Ebing, (1892) para descrever o fenômeno de uma pessoa adquirir um grau de dependência, invulgarmente alto, e carente de autoconfiança em relação a outra pessoa com quem mantém um relacionamento sexual. Esta sujeição pode, em certa circunstância, estender-se bastante, ir até a perda de toda vontade independente e até fazer a pessoa sofrer os maiores sacrifícios de seus próprios interesses; o autor, no entanto, não deixa de salientar que certa proporção dessa dependência `é absolutamente necessária, se o laço for destinado a durar um período de tempo razoável. Certa medida de sujeição sexual é, de fato, indispensável para a manutenção do casamento civilizado e para manter afastadas as tendências à poligamia que o ameaçam e, em nossas comunidades sociais, este fator é comumente levado em consideração.

Segundo von Krafft-Ebing a formação da sujeição sexual decorre da associação de um `grau invulgar da condição de estar amando e da franqueza de caráter’ de uma pessoa, e do egoísmo sem limites da outra. A experiência analítica, no entanto, não pode nos deixar satisfeitos com este simples esforço de explicação. Podemos observar, antes, que o fator decisivo é a proporção de resistência sexual que é vencida e, além disso, o fato de que o processo de vencer a resistência se concentra e ocorre apenas uma vez. Este estado de sujeição é, em conseqüência, muito mais freqüente e mais intenso nas mulheres que nos homens, conquanto seja verdade que ocorra nos últimos muito mais amiúde hoje que antigamente. Sempre que se nos ofereceu a oportunidade de estudar a sujeição sexual nos homens, esta se revelou como resultante da superação de impotência psíquica, por meio de determinada mulher a quem, subseqüentemente, o homem em questão permaneceu sujeito. Muitos casamentos estranhos e não poucos acontecimentos trágicos - alguns mesmo de amplas conseqüências - parecem ser explicados por essa origem.

Voltando à atitude dos povos primitivos, é incorreto descrevê-la afirmando que não atribuíam valor à virgindade e oferecer como prova disto o fato de que realizam o defloramento das moças fora do casamento e antes do primeiro ato de relação sexual marital. Ao contrário, o defloramento, para eles, parece que também é um ato significativo; tornou-se, porém, matéria de tabu - de uma proibição que se pode descrever como religiosa. Em lugar de reservá-la para o noivo da moça e futuro companheiro no casamento, o costume determina que ele se absterá de executá-la.

Não é parte de minha intenção fazer uma compilação completa da evidência literária de que existe esse costume da proibição, aprofundar sua distribuição geográfica e enumerar todas as formas em que ela se manifesta. Limitar-me-ei, portanto, a declarar o fato de que a prática da ruptura do hímen dessa maneira, fora do casamento subseqüente, é muito disseminada entre as raças primitivas que vivem ainda hoje. Como diz Crawley, `Essa cerimônia do casamento consiste na perfuraçãodo hímen por uma pessoa designada que não o marido; é muito comum nos estágio mais baixos de cultura, especialmente na Austrália.’ (Crawley, 1902, 347.)

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica por meio de suas palavras e de outros autores que a vida sexual dos povos primitivos são tão estranhas aos nossos próprios sentimentos quanto a valorização da virgindade, o estado de intocabilidade da mulher. O alto valor que o pretendente atribui à virgindade da mulher parece-nos tão fortemente enraizado, tão natural, que ficaremos quase perplexos se tivermos de oferecer razões para justificar essa opinião. A exigência de que a moça leve para seu casamento com determinado homem qualquer lembrança de relações sexuais com outro nada mais é, realmente, que a continuação lógica do direito à posse exclusiva da mulher, que constitui a essência da monogamia, a extensão desse monopólio para incluir o passado.

Partindo deste ponto, não temos dificuldade em justificar o que a princípio parecia um preconceito, quando nos referimos a nossos pontos de vista sobre a vida erótica das mulheres.

A expressão `sujeição sexual’ foi escolhida, por von Krafft-Ebing, (1892) para descrever o fenômeno de uma pessoa adquirir um grau de dependência, invulgarmente alto, e carente de autoconfiança em relação a outra pessoa com quem mantém um relacionamento sexual. Esta sujeição pode, em certa circunstância, estender-se bastante, ir até a perda de toda vontade independente e até fazer a pessoa sofrer os maiores sacrifícios de seus próprios interesses; o autor, no entanto, não deixa de salientar que certa proporção dessa dependência `é absolutamente necessária, se o laço for destinado a durar um período de tempo razoável. Certa medida de sujeição sexual é, de fato, indispensável para a manutenção do casamento civilizado e para manter afastadas as tendências à poligamia que o ameaçam e, em nossas comunidades sociais, este fator é comumente levado em consideração.

Segundo von Krafft-Ebing a formação da sujeição sexual decorre da associação de um `grau invulgar da condição de estar amando e da franqueza de caráter’ de uma pessoa, e do egoísmo sem limites da outra.

Voltando à atitude dos povos primitivos, é incorreto descrevê-la afirmando que não atribuíam valor à virgindade e oferecer como prova disto o fato de que realizam o defloramento das moças fora do casamento e antes do primeiro ato de relação sexual marital. Ao contrário, o defloramento, para eles, parece que também é um ato significativo; tornou-se, porém, matéria de tabu - de uma proibição que se pode descrever como religiosa. Em lugar de reservá-la para o noivo da moça e futuro companheiro no casamento, o costume determina que ele se absterá de executá-la.

Mattanó aponta que por meio de suas palavras e de outros autores que a vida sexual dos povos primitivos são tão estranhas aos nossos próprios sentimentos quanto a valorização da virgindade, o estado de intocabilidade da mulher. O alto valor que o pretendente atribui à virgindade da mulher parece-nos tão fortemente enraizado, tão natural, que ficaremos quase perplexos se tivermos de oferecer razões para justificar essa opinião. A exigência de que a moça leve para seu casamento com determinado homem qualquer lembrança de relações sexuais com outro nada mais é, realmente, que a continuação lógica do direito à posse exclusiva da mulher, que constitui a essência da monogamia, a extensão desse monopólio para incluir o passado. Trata-se do significado e do sentido do matrimônio, do conceito do matrimônio, de como deve ser o seu contexto, a sua funcionalidade, comportamento, linguagem, topografia, Gestalt e insights, relações sociais, argumentação e linguagem, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, posto, mostrar, dizer e fazer, sua semântica, seus arquétipos, sua consciência, sua linguagem subconsciente, seu poder, sua filogênese, sua ontologia, seu mundo virtual, sua cultura, sua espiritualidade, sua vida, sua relação com o universo, sua mitologia e sua arqueologia da linguagem, da pornografia, da sexualidade, da violência e da evolução, da seleção e da competição entre espécies e indivíduos, a programação cerebral e as equações químicas como meio de determinação dos eventos psicológicos e comportamentais, dos ciclos circadianos, da nutrição, da fertilidade, da oxigenação, da pressão arterial, da taxa de glicose no sangue, da taxa de gordura no sangue, do funcionamento da bílis, do funcionamento renal, do funcionamento cardíaco, do funcionamento pulmonar, do funcionamento cerebral, do funcionamento motor e psicomotor, do funcionamento digestivo, do metabolismo corporal, da homeostase corporal, da percepção e do sistema sensorial, da saúde cutânea ou da pele e dos pêlos e unhas, da saúde dos ossos e do sangue, da saúde bocal e da higiene e condições físicas, morais, sexuais, de massa, sociais, familiares, econômicas, espirituais, profissionais e de cidadania do objeto sexual selecionado por parte do homem, a mulher, bem como do objeto selecionado pela mulher, o homem, contudo para a dependência da mulher nesse relacionamento que se condensa na virgindade da mulher antes do casamento.

Partindo deste ponto, não temos dificuldade em justificar o que a princípio parecia um preconceito, quando nos referimos a nossos pontos de vista sobre a vida erótica das mulheres.

A expressão `sujeição sexual’ foi escolhida, por von Krafft-Ebing, (1892) para descrever o fenômeno de uma pessoa adquirir um grau de dependência, invulgarmente alto, e carente de autoconfiança em relação a outra pessoa com quem mantém um relacionamento sexual. Esta sujeição pode, em certa circunstância, estender-se bastante, ir até a perda de toda vontade independente e até fazer a pessoa sofrer os maiores sacrifícios de seus próprios interesses; o autor, no entanto, não deixa de salientar que certa proporção dessa dependência `é absolutamente necessária, se o laço for destinado a durar um período de tempo razoável. Certa medida de sujeição sexual é, de fato, indispensável para a manutenção do casamento civilizado e para manter afastadas as tendências à poligamia que o ameaçam e, em nossas comunidades sociais, este fator é comumente levado em consideração.

Segundo von Krafft-Ebing a formação da sujeição sexual decorre da associação de um `grau invulgar da condição de estar amando e da franqueza de caráter’ de uma pessoa, e do egoísmo sem limites da outra.

Voltando à atitude dos povos primitivos, é incorreto descrevê-la afirmando que não atribuíam valor à virgindade e oferecer como prova disto o fato de que realizam o defloramento das moças fora do casamento e antes do primeiro ato de relação sexual marital. Ao contrário, o defloramento, para eles, parece que também é um ato significativo; tornou-se, porém, matéria de tabu - de uma proibição que se pode descrever como religiosa. Em lugar de reservá-la para o noivo da moça e futuro companheiro no casamento, o costume determina que ele se absterá de executá-la.

Podemos falar que se estrutura e se condensa no inconsciente uma forma de se comportar e agir sexualmente se sujeitando a regras de poder sexual onde o homem domina a mulher e a controla escravizando-a em casa através da vida doméstica e familiar, submetendo-a a padrões de comportamento regrados desde o casamento pautado na sua pureza e virgindade.

 

MATTANÓ

(10/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

No entanto, se o defloramento não é para ser conseqüência do primeiro ato de relação sexual marital, então, é porque deve ter sido executado antecipadamente - não importa de que maneira nem por quem. Transcreverei algumas passagens do livro de Crawley, acima mencionado, que fornecem informações sobre esses pontos, mas que também dão vaza a algumas observações críticas.

(Ibid., 191.) `Assim na tribo Dieri e em suas vizinhas (na Austrália) é costume universal perfurar o hímen da menina quando ela atinge a puberdade (Journal of Royal Anthropological Institute, 24, 169). Nas tribos Portland e Glenelg isto é feito à noiva por uma mulher idosa; e, às vezes, com essa finalidade são solicitados homens brancos para deflorar as moças (Brough Smith, [1878], 2, 319).’

(Ibid, 307) `A ruptura artificial do hímen, às vezes, ocorre na infância, mas, geralmente, na puberdade... É freqüentemente acompanhada, como na Austrália, por um ato cerimonial de relações sexuais.’

(ibid., 348) (A respeito das tribos australianas entre as quais vigoram as conhecidas restrições ao casamento exógamo, segundo Spencer e Gillen [1899]:) `O hímen é perfurado artificialmente e, então, os homens da assistência têm acesso (cerimonial, bem entendido) à moça em ordem determinada.... O ato se realiza em duas partes, perfuração e relação sexual.’

(Ibid., 349.) `Uma preliminar importante do casamento entre os Masai (da África Equatorial) é a execução dessa operação na menina (J. Thomson, [1887], 2, 258). Esse defloramento é efetuado pelo pai da noiva entre os Sakais (Malásia), os Battas (Sumatra) e os Alfoers das Celebes (Ploss e Bartels, [1891], 2, 490). Nas Filipinas, havia determinados homens cuja profissão era deflorar noivas, caso o hímen não houvesse sido perfurado na infância por uma mulher idosa, às vezes contratada para esse fim (Featherman, [1885-91], 2, 474). O defloramento da noiva entre certas tribos Esquimós era confiado ao angekok, ou sacerdote (ibid, 3, 406).

As observações críticas a que me referi dizem dizem respeito a dois pontos. Em primeiro lugar, é lamentável que nessas comunicações não se tenha estabelecido uma distinção mais cuidadosa entre a simples ruptura do hímen sem relação sexual, e a relação sexual com finalidade de efetuar a ruptura. Há apenas uma passagem que nos dá conta, expressamente, de que o procedimento se faz em dois atos: o defloramento (efetuado à mão ou por meio de algum instrumento) e o ato da relação sexual que se lhe segue. O material em Ploss e Bartels 91891), sob outros aspectos tão rico, é quase inútil para nosso propósito, porque em sua apresentação a importância psicológica do ato do defloramento é completamente deslocado em favor de suas conseqüências anatômicas. Em segundo lugar, gostaríamos de saber de que maneira o `cerimonial’ do coito (puramente formal, ritual ou oficial), que ocorre nessas ocasiões, difere da relação sexual comum. Os autores a que tive acesso, ou se sentiram muito acanhados para comentar o assunto, ou mais uma vez subestimaram a importância psicológica desses pormenores sexuais. Resta-nos esperar que os relatos de primeira mão de viajantes e missionários possam ser mais completos e menos ambíguos; visto que a literatura sobre esta matéria, em sua maior parte estrangeira, é, no momento, inacessível, nada posso afirmar de definitivo sobre o assunto. Além do mais, poderemos contornar o problema que surgiu em relação a este segundo ponto, se levarmos em conta o fato de que um cerimonial de coito simulado poderia afinal apenas representar o substituto, e, talvez, de modo geral, a recomposição de um ato que anos antes teria sido completamente levado a cabo.

Vários fatores podem ser acrescentados para explicar esse tabu da virgindade, os quais enumerarei e considerarei brevemente. Quando uma virgem é deflorada, de maneira geral, sangra: a primeira tentativa de explicação baseia-se, pois, no horror ao sangue entre as raças primitivas que consideram sangue como a origem da vida. Observa-se esse tabu do sangue em numerosos tipos de práticas que nada têm que ver com a sexualidade; está claramente relacionado com a proibição de assassinar e constitui uma medida de proteção contra a primitiva sede de sangue, o prazer primevo do homem ao matar. De acordo com esta concepção, o tabu da virgindade se relaciona com o tabu da menstruação, que é quase universalmente conservado. Os povos primitivos não podem dissociar esse estranho fenômeno do fluxo mensal de sangue de idéias sádicas. A menstruação, especialmente, na primeira vez que aparece, é interpretada como a mordedura do espírito de um animal, talvez como um sinal de relação sexual com este espírito. Ocasionalmente, alguma informação fornece fundamentos para reconhecer o espírito como o de um antepassado e, então, apoiados em outras descobertas, chegamos à conclusão de que a menina que menstrua é tabu porque constitui propriedade desse espírito ancestral.

Outras considerações, no entanto, advertem-nos a não superestimar a influência de um fator como o horror ao sangue. Afinal ele não foi assim tão forte para impedir práticas tais como a circuncisão de meninos e seu equivalente ainda mais cruel nas meninas (excisão do clitóris e dos pequenos lábios), que são, em certa extensão, costume nessas mesmas raças, nem para abolir a prevalência de outras cerimônias que envolvem derramamento de sangue. Portanto, também não seria surpreendente se este horror fosse sobrepujado em benefício do marido na ocasião da primeira coabitação.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica seus estudos sobre o defloramento. A primeira explicação é a de que o defloramento, o procedimento se faz em dois atos: o defloramento (efetuado à mão ou por meio de algum instrumento) e do ato da relação sexual que se lhe segue.  Um cerimonial de coito simulado poderia afinal apenas representar o substituto, e, talvez, de modo geral, a recomposição de um ato que anos antes teria sido completamente levado a cabo.

Vários fatores podem ser acrescentados para explicar esse tabu da virgindade, os quais enumerarei e considerarei brevemente. Quando uma virgem é deflorada, de maneira geral, sangra: a primeira tentativa de explicação baseia-se, pois, no horror ao sangue entre as raças primitivas que consideram sangue como a origem da vida. Observa-se esse tabu do sangue em numerosos tipos de práticas que nada têm que ver com a sexualidade; está claramente relacionado com a proibição de assassinar e constitui uma medida de proteção contra a primitiva sede de sangue, o prazer primevo do homem ao matar. De acordo com esta concepção, o tabu da virgindade se relaciona com o tabu da menstruação, que é quase universalmente conservado. Os povos primitivos não podem dissociar esse estranho fenômeno do fluxo mensal de sangue de idéias sádicas. A menstruação, especialmente, na primeira vez que aparece, é interpretada como a mordedura do espírito de um animal, talvez como um sinal de relação sexual com este espírito. Ocasionalmente, alguma informação fornece fundamentos para reconhecer o espírito como o de um antepassado e, então, apoiados em outras descobertas, chegamos à conclusão de que a menina que menstrua é tabu porque constitui propriedade desse espírito ancestral.

Outras considerações, no entanto, advertem-nos a não superestimar a influência de um fator como o horror ao sangue. Afinal ele não foi assim tão forte para impedir práticas tais como a circuncisão de meninos e seu equivalente ainda mais cruel nas meninas (excisão do clitóris e dos pequenos lábios), que são, em certa extensão, costume nessas mesmas raças, nem para abolir a prevalência de outras cerimônias que envolvem derramamento de sangue. Portanto, também não seria surpreendente se este horror fosse sobrepujado em benefício do marido na ocasião da primeira coabitação.

Mattanó aponta seus estudos sobre o defloramento. A primeira explicação é a de que o defloramento, o procedimento se faz em dois atos: o defloramento (efetuado à mão ou por meio de algum instrumento) e do ato da relação sexual que se lhe segue.  Um cerimonial de coito simulado poderia afinal apenas representar o substituto, e, talvez, de modo geral, a recomposição de um ato que anos antes teria sido completamente levado a cabo.

Para alguns autores pode existir o defloramento virtual ou psicológico e encoberto que ao meu ver não passa de imaginação, da ação do imaginário e do simbólico que produzem ideias conscientes e símbolos de valor inconsciente, juntamente com o mundo ideal e o mundo real que contribuem para colocar o individuo num cenário de prazer inconsciente ou de realidade consciente, todos estes eventos compõem o mundo virtual, e assim o defloramento virtual que ao meu ver não otimiza o comportamento humano e nem as suas relações sociais e familiares, muito pelo contrário, minimiza e oferece muitos problemas de ordem bio-psico-social para os envolvidos, pois prejudica a homeostase ou a regulação da vida de qualquer indivíduo, causando desequilíbro homeostático e cognitivo.

Vários fatores podem ser acrescentados para explicar esse tabu da virgindade, os quais enumerarei e considerarei brevemente. Quando uma virgem é deflorada, de maneira geral, sangra: a primeira tentativa de explicação baseia-se, pois, no horror ao sangue entre as raças primitivas que consideram sangue como a origem da vida. Observa-se esse tabu do sangue em numerosos tipos de práticas que nada têm que ver com a sexualidade; está claramente relacionado com a proibição de assassinar e constitui uma medida de proteção contra a primitiva sede de sangue, o prazer primevo do homem ao matar. De acordo com esta concepção, o tabu da virgindade se relaciona com o tabu da menstruação, que é quase universalmente conservado. Os povos primitivos não podem dissociar esse estranho fenômeno do fluxo mensal de sangue de idéias sádicas. A menstruação, especialmente, na primeira vez que aparece, é interpretada como a mordedura do espírito de um animal, talvez como um sinal de relação sexual com este espírito. Ocasionalmente, alguma informação fornece fundamentos para reconhecer o espírito como o de um antepassado e, então, apoiados em outras descobertas, chegamos à conclusão de que a menina que menstrua é tabu porque constitui propriedade desse espírito ancestral.

Outras considerações, no entanto, advertem-nos a não superestimar a influência de um fator como o horror ao sangue. Afinal ele não foi assim tão forte para impedir práticas tais como a circuncisão de meninos e seu equivalente ainda mais cruel nas meninas (excisão do clitóris e dos pequenos lábios), que são, em certa extensão, costume nessas mesmas raças, nem para abolir a prevalência de outras cerimônias que envolvem derramamento de sangue. Portanto, também não seria surpreendente se este horror fosse sobrepujado em benefício do marido na ocasião da primeira coabitação.

Vemos que o tabu da virgindade se constrói a partir da natureza feminina da adolescente que menstrua pela primeira vez e descobre que isso produz horror e sede de sangue no homem, ou seja, desejo inconsciente de matar, assim o tabu da virgindade está intimamente relacionado ao horror e ao desejo inconsciente de matar que é produzido pelo sangue da primeira relação sexual no adolescente homem que também interpreta que há algo de horror naquele sangue da sua parceira.

 

MATTANÓ

(11/04/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que muito provavelmente a ex-estagiária M. R. R. da Clínica Psicológica da UEL, do Curso de Psicologia de 1993 e a Rede Globo de Televisão estavam estudando o meu caso e este texto de Sigmund Freud sobre o Tabu da Virgindade, pois tem tudo a haver com a minha vida e o meu caso clínico e o contexto da UEL e da televisão em 1992 onde compreendi que:

O tabu da virgindade se constrói a partir da natureza feminina da adolescente que menstrua pela primeira vez e descobre que isso produz horror e sede de sangue no homem, ou seja, desejo inconsciente de matar, assim o tabu da virgindade está intimamente relacionado ao horror e ao desejo inconsciente de matar que é produzido pelo sangue da primeira relação sexual no adolescente homem que também interpreta que há algo de horror naquele sangue da sua parceira.

Eu buscava a minha primeira relação sexual e as pessoas da UEL sabiam que eu era e ainda sou virgem e usam isto contra mim até hoje manipulando meu inconsciente de maneira cruel, sem que eu possa me defender e pedir ajuda e socorro – a responsabilidade por tantos estupros virtuais iguais aos das Noivas de Copacabana ou de outro filme ou tragédia é de quem me controla e controla minha família desde quando isto começou, por isso JUSTIÇA e CADEIA!!!!!

 

MATTANÓ

(11/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há uma segunda explicação, que também não leva em conta a sexualidade, que tem, no entanto, alcance muito mais geral que a primeira. Sugere que o homem primitivo é vítima de perpétua apreensão secreta, tal como, na teoria psicanalítica das neuroses, afirmamos ser o caso das pessoas que sofrem de neurose de angústia. Esta apreensão se manifestará de forma mais intensa em todas as ocasiões que diferem de qualquer forma do habitual, que envolvam alguma coisa nova ou inesperada, algo não compreensível ou misterioso. É esta, também, a origem das práticas de cerimoniais, amplamente adotadas por religiões subseqüentes, relativas ao início de qualquer novo empreendimento, ao começo de cada novo período de tempo, aos primeiros frutos da vida humana, animal ou vegetal. Os perigos que o homem ansioso acredita que o ameaçam nunca parecem tão vívidos em sua expectativa como no limiar de uma situação perigosa e, também, é a única ocasião em que se proteger contra os mesmos produz alguma ajuda. O primeiro ato de relação sexual, no casamento, pode certamente requerer, em ordem de importância, ser precedido dessas medidas de precaução. Estas duas tentativas de explicação, baseadas no horror ao sangue e no medo dos primeiros acontecimentos, não se contradizem mas, ao contrário, se reforçam. A primeira ocasião de relação sexual é, certamente, um ato perigoso, sobretudo se implica fluxo de sangue.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que uma segunda explicação sugere que o homem primitivo é vítima de perpétua apreensão secreta, tal como, na teoria psicanalítica das neuroses, afirmamos ser o caso das pessoas que sofrem de neurose de angústia. Esta apreensão se manifestará de forma mais intensa em todas as ocasiões que diferem de qualquer forma do habitual, que envolvam alguma coisa nova ou inesperada, algo não compreensível ou misterioso. É esta, também, a origem das práticas de cerimoniais, amplamente adotadas por religiões subseqüentes, relativas ao início de qualquer novo empreendimento, ao começo de cada novo período de tempo, aos primeiros frutos da vida humana, animal ou vegetal. Os perigos que o homem ansioso acredita que o ameaçam nunca parecem tão vívidos em sua expectativa como no limiar de uma situação perigosa e, também, é a única ocasião em que se proteger contra os mesmos produz alguma ajuda. O primeiro ato de relação sexual, no casamento, pode certamente requerer, em ordem de importância, ser precedido dessas medidas de precaução. Estas duas tentativas de explicação, baseadas no horror ao sangue e no medo dos primeiros acontecimentos, não se contradizem mas, ao contrário, se reforçam. A primeira ocasião de relação sexual é, certamente, um ato perigoso, sobretudo se implica fluxo de sangue.

Mattanó aponta que uma segunda explicação sugere que o homem primitivo é vítima de perpétua apreensão secreta, tal como, na teoria psicanalítica das neuroses, afirmamos ser o caso das pessoas que sofrem de neurose de angústia. Esta apreensão se manifestará de forma mais intensa em todas as ocasiões que diferem de qualquer forma do habitual, que envolvam alguma coisa nova ou inesperada, algo não compreensível ou misterioso. É esta, também, a origem das práticas de cerimoniais, amplamente adotadas por religiões subseqüentes, relativas ao início de qualquer novo empreendimento, ao começo de cada novo período de tempo, aos primeiros frutos da vida humana, animal ou vegetal. Os perigos que o homem ansioso acredita que o ameaçam nunca parecem tão vívidos em sua expectativa como no limiar de uma situação perigosa e, também, é a única ocasião em que se proteger contra os mesmos produz alguma ajuda. O primeiro ato de relação sexual, no casamento, pode certamente requerer, em ordem de importância, ser precedido dessas medidas de precaução. Estas duas tentativas de explicação, baseadas no horror ao sangue e no medo dos primeiros acontecimentos, não se contradizem mas, ao contrário, se reforçam. A primeira ocasião de relação sexual é, certamente, um ato perigoso, sobretudo se implica fluxo de sangue. Trata-se de ato cerimonial ou ritualístico onde o não compreensível e misterioso se comunicam através da relação conjugal ou através do ato sexual deixando vívido o que é perigoso e adverso ou abominável, repugnante, para que a relação conjugal estabilize as diferentes fontes de prazer e de sofrimento mental, com as da realidade interna e externa, ou seja, seu self autobiográfico e seu self central, que atuam com uma consciência que instrumentaliza o ato cerimonial ou ritualístico, o ato sexual, através da imitação do meio ambiente interno e externo por meio do tronco cerebral que tem esta propriedade e se liga ao protosself que se liga ao corpo, que se liga com uma alça ressonante ao protosself, e através das doenças cerebrais e da morte constata-se que a alça ressonante se rompe.

 

MATTANÓ

(11/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

A terceira explicação - a que Crawley prefere - chama a atenção para o fato de que o tabu da virgindade é parte de uma grande soma que abrange a totalidade da vida sexual. Não é, apenas, o primeiro coito com uma mulher que constitui tabu e sim a relação sexual de um modo geral; quase se pode dizer que a mulher inteira é tabu. A mulher não é unicamente tabu em situações especiais decorrentes de sua vida sexual, tais como a menstruação, a gravidez, o parto e o puerpério; além dessas situações, as relações sexuais com as mulheres estão sujeitas a restrições tão solenes e numerosas que temos muitas razões para duvidar da suposta liberdade sexual dos selvagens. É verdade que, em ocasiões especiais, a sexualidade do homem primitivo pode sobrepujar todas as inibições; mas, de maneira geral, parece ser mais fortemente dominada por proibições do que o é nas camadas mais altas da civilização. Sempre que o homem se lança em um empreendimento especial, como partir para uma expedição, para uma caça ou uma campanha, é obrigado a se afastar da mulher e, principalmente, da relação sexual com a mesma; pois, de outra forma, ela pode lhe paralisar a força e lhe trazer má sorte. Nos costumes da vida diária, há, igualmente, uma tendência inequívoca para manter os sexos separados. As mulheres vivem com mulheres, os homens, com homens; a vida de família, como a entendemos, parece quase não existir em muitas tribos primitivas. Esta separação vai às vezes tão longe que não se permite a um sexo pronunciar em voz alta os nomes próprios dos membros do outro sexo e as mulheres criam uma linguagem com um vocabulário especial. As necessidades sexuais podem, de tempos a tempos, derrubar novamente essas barreiras de separação mas, em algumas tribos, mesmo os encontros entre marido e mulher têm de se realizar fora de casa e às escondidas.

Toda vez que o homem primitivo tem de estabelecer um tabu, ele teme algum perigo e não se pode contestar que um receio generalizado das mulheres se expressa em todas essas regras de evitação. Talvez este receio se baseie no fato de que a mulher é diferente do homem, eternamente incompreensível e misteriosa, estranha, e, portanto, aparentemente hostil. O homem teme ser enfraquecido pela mulher, contaminado por sua feminilidade e, então, mostra-se ele próprio incapaz. O efeito que tem o coito de descarregar tensões e causar flacidez pode ser o protótipo do que o homem teme; e a representação da influência que a mulher adquire sobre ele através do ato sexual, a consideração que ela em decorrência do mesmo lhe exige pode justificar a ampliação desse medo. Em tudo isso, não há nada obsoleto, nada que não permaneça ainda vivo em nós mesmos.

Muitos estudiosos das raças primitivas, que ainda vivem hoje, formularam a teoria de que seus impulsos no amor são relativamente fracos e nunca atingem o grau de intensidade que estamos acostumados a encontrar nos homens civilizados. Outros observadores contestaram esta opinião, mas, de qualquer modo, a prática de tabus, que descrevemos, testemunha a existência de uma força que se opõe ao amor pela rejeição de mulheres por serem estranhas e hostis.

Crawley, numa linguagem que difere apenas ligeiramente da terminologia habitual da psicanálise, afirma que cada indivíduo é separado dos demais por um `tabu de isolamento pessoal’ e que constitui precisamente as pequenas diferenças em pessoas que, quanto ao resto, são semelhantes, que formam a base dos sentimentos de estranheza e hostilidade entre eles. Seria tentador desenvolver essa idéia e derivar desse `narcisismo das pequenas diferenças’ a hostilidade que em cada relação humana observamos lutar vitoriosamente contra os sentimentos de companheirismo e sobrepujar o mandamento de que todos os homens devem amar ao seu próximo. A psicanálise acredita que descobriu grande parte do que fundamenta a rejeição narcísica das mulheres pelos homens, a qual está tão entremeada com o desprezo por elas, ao chamar a atenção para o complexo da castração e sua influência sobre a opinião em que são tidas as mulheres.

Podemos ver, no entanto, que estas últimas considerações nos levaram a pesquisar muito além do nosso tema. O tabu geral das mulheres não deita nenhuma luz sobre as regras especiais em relação ao primeiro ato sexual com a virgem. No que lhes diz respeito, não fomos além das duas primeiras explicações, baseadas no horror ao sangue e no medo das primeiras ocorrências e, mesmo estas, devemos assinalar, não vão ao âmago do tabu em questão. É perfeitamente claro que a intenção que motiva este tabu é negar ou repudiar precisamente o futuro marido, o que não pode ser dissociado do primeiro ato sexual, muito embora, de acordo com nossas observações preliminares, exatamente essa relação levaria a mulher a se tornar especialmente ligada a esse único homem.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a terceira explicação - a que Crawley prefere - chama a atenção para o fato de que o tabu da virgindade é parte de uma grande soma que abrange a totalidade da vida sexual. Não é, apenas, o primeiro coito com uma mulher que constitui tabu e sim a relação sexual de um modo geral; quase se pode dizer que a mulher inteira é tabu. A mulher não é unicamente tabu em situações especiais decorrentes de sua vida sexual, tais como a menstruação, a gravidez, o parto e o puerpério; além dessas situações, as relações sexuais com as mulheres estão sujeitas a restrições tão solenes e numerosas que temos muitas razões para duvidar da suposta liberdade sexual dos selvagens.

Toda vez que o homem primitivo tem de estabelecer um tabu, ele teme algum perigo e não se pode contestar que um receio generalizado das mulheres se expressa em todas essas regras de evitação. Talvez este receio se baseie no fato de que a mulher é diferente do homem, eternamente incompreensível e misteriosa, estranha, e, portanto, aparentemente hostil. O homem teme ser enfraquecido pela mulher, contaminado por sua feminilidade e, então, mostra-se ele próprio incapaz. O efeito que tem o coito de descarregar tensões e causar flacidez pode ser o protótipo do que o homem teme; e a representação da influência que a mulher adquire sobre ele através do ato sexual, a consideração que ela em decorrência do mesmo lhe exige pode justificar a ampliação desse medo. Em tudo isso, não há nada obsoleto, nada que não permaneça ainda vivo em nós mesmos.

Podemos ver, no entanto, que estas últimas considerações nos levaram a pesquisar muito além do nosso tema. O tabu geral das mulheres não deita nenhuma luz sobre as regras especiais em relação ao primeiro ato sexual com a virgem. No que lhes diz respeito, não fomos além das duas primeiras explicações, baseadas no horror ao sangue e no medo das primeiras ocorrências e, mesmo estas, devemos assinalar, não vão ao âmago do tabu em questão. É perfeitamente claro que a intenção que motiva este tabu é negar ou repudiar precisamente o futuro marido, o que não pode ser dissociado do primeiro ato sexual, muito embora, de acordo com nossas observações preliminares, exatamente essa relação levaria a mulher a se tornar especialmente ligada a esse único homem.

Mattanó aponta que a terceira explicação - a que Crawley prefere - chama a atenção para o fato de que o tabu da virgindade é parte de uma grande soma que abrange a totalidade da vida sexual. Não é, apenas, o primeiro coito com uma mulher que constitui tabu e sim a relação sexual de um modo geral; quase se pode dizer que a mulher inteira é tabu. A mulher não é unicamente tabu em situações especiais decorrentes de sua vida sexual, tais como a menstruação, a gravidez, o parto e o puerpério; além dessas situações, as relações sexuais com as mulheres estão sujeitas a restrições tão solenes e numerosas que temos muitas razões para duvidar da suposta liberdade sexual dos selvagens. A mulher é um conjunto de significados e de sentidos que se complexificam conforme o homem cresce e amadurece, ganha experiência e sabedoria, ganha consciência, conhecimento, cultura e realidade.

Toda vez que o homem primitivo tem de estabelecer um tabu, ele teme algum perigo e não se pode contestar que um receio generalizado das mulheres se expressa em todas essas regras de evitação. Talvez este receio se baseie no fato de que a mulher é diferente do homem, eternamente incompreensível e misteriosa, estranha, e, portanto, aparentemente hostil. O homem teme ser enfraquecido pela mulher, contaminado por sua feminilidade e, então, mostra-se ele próprio incapaz. O efeito que tem o coito de descarregar tensões e causar flacidez pode ser o protótipo do que o homem teme; e a representação da influência que a mulher adquire sobre ele através do ato sexual, a consideração que ela em decorrência do mesmo lhe exige pode justificar a ampliação desse medo. Em tudo isso, não há nada obsoleto, nada que não permaneça ainda vivo em nós mesmos. A representação infantil da mulher e do coito deve-se a incapacidade do homem compreender sua consciência, conhecimento, cultura e realidade e assim resignifica-las, de modo a superar a sua atual incapacidade.

Podemos ver, no entanto, que estas últimas considerações nos levaram a pesquisar muito além do nosso tema. O tabu geral das mulheres não deita nenhuma luz sobre as regras especiais em relação ao primeiro ato sexual com a virgem. No que lhes diz respeito, não fomos além das duas primeiras explicações, baseadas no horror ao sangue e no medo das primeiras ocorrências e, mesmo estas, devemos assinalar, não vão ao âmago do tabu em questão. É perfeitamente claro que a intenção que motiva este tabu é negar ou repudiar precisamente o futuro marido, o que não pode ser dissociado do primeiro ato sexual, muito embora, de acordo com nossas observações preliminares, exatamente essa relação levaria a mulher a se tornar especialmente ligada a esse único homem. O tabu da virgindade cria normas e regras literais, de controle de cria razões, cria contextos que devem ser seguidos pelo homem e pela mulher se eles quiserem viver em paz, com segurança, com liberdade, com dinheiro e trabalho, com economias e respeito, com dignidade, com responsabilidade, com honra e com educação, com moralidade, com uma família, em comunhão com Deus e a sociedade, cria uma cultura, consciência, conhecimento, realidade e cria uma civilização.

 

MATTANÓ

(11/04/2024)

 

 

 

 

 

Não nos cabe nesta oportunidade examinar a origem e a significação definitiva das observâncias de tabus. Fi-lo em meu livro Totem and Taboo (Totem e Tabu) [1912-13], em que dediquei a devida consideração ao papel desempenhado pela ambivalência primitiva na determinação da formação de tabus e em que delineei a gênese dos mesmos nos acontecimentos pré-históricos que levaram à fundação da família humana. Já não podemos mais reconhecer uma significação original desta espécie nos tabus observados entre tribos primitivas de nossos dias. Esquecemos tudo muito facilmente, na expectativa de encontrar alguma coisa que, mesmo os povos mais primitivos existentes em uma cultura muito distante daquela dos tempos primevos, a qual é tão velha quanto a nossa própria cultura, do ponto de vista do tempo e, como a nossa, corresponde a um estágio de desenvolvimento posterior, embora diferente.

Hoje, encontramos, entre os povos primitivos, tabus já elaborados em um sistema complicado exatamente da mesma espécie dos que os neuróticos de nosso meio desenvolvem com suas fobias e observamos velhos temas substituídos por novos que se adaptam uns aos outros de forma harmoniosa. Deixando de lado esses problemas genéticos, então, podemos voltar ao conceito de que o homem primitivo institui um tabu quando teme algum perigo. De modo geral, esse perigo é de natureza física, pois o homem primitivo, a essa altura, não é impelido a estabelecer duas distinções que, para nós, não podem ser ignoradas. Ele não separa o perigo material do psíquico, nem o real do imaginário. Em sua concepção animista do universo consistentemente aplicada, todo perigo decorre da intenção hostil de algum ser dotado de alma como ele próprio, e isto se aplica tanto aos perigos que o ameaçam, procedentes de alguma força natural, como aos perigos procedentes de outros seres humanos ou animais. Mas, por outro lado, ele está acostumado a projetar seus próprios impulsos internos de hostilidade no mundo exterior, isto é, a atribuí-los aos objetos que sente como desagradáveis ou mesmo, meramente, estranhos. Desta maneira, as mulheres também são consideradas como sendo desses perigos, e o primeiro ato sexual com a mulher destaca-se como um perigo de especial intensidade.

Eu, por exemplo, acredito que encontraremos alguma indicação sobre o que é esse perigo intensificado e por que ele ameaça, precisamente, o futuro marido, se examinarmos mais detidamente o comportamento, nas mesmas circunstâncias, de mulheres de nosso próprio estágio atual de civilização. Submeter-me-ei antecipadamente como resultado desse exame, que tal perigo realmente existe, de modo que, no caso do tabu da virgindade, o homem primitivo está se defendendo de um perigo corretamente pressentido, apesar de psíquico.

Consideramos como reação normal que a mulher, em subseqüência à introdução do pênis, abrace o homem, apertando-o contra ela no auge da satisfação, e observamos essa atitude como expressão de sua gratidão e prova de sujeição duradoura. Mas sabemos que não é regra, de maneira alguma, que a primeira ocasião do ato sexual conduza a esse comportamento; muito freqüentemente significa apenas desapontamento para mulher, que permanece fria e insatisfeita e, geralmente, requer bastante tempo e freqüente repetição do ato sexual, antes que também comece a encontrar satisfação no mesmo. Há uma sucessão ininterrupta dos casos de simples frigidez inicial que logo desaparece, até a triste manifestação de permanente e obstinada frigidez que nenhum esforço carinhoso da parte do marido pode vencer. Acredito que essa frigidez nas mulheres ainda não é suficientemente compreendida e, exceto para aqueles casos que devem ser atribuídos à potência insuficiente do homem, clama por elucidação, possivelmente através de fenômenos coligados.

Não quero introduzir, a esta altura, as tentativas - que são freqüentes - de fugir da primeira ocasião de relação sexual, porque estão abertas a diversas interpretações e são, na maioria das vezes, conquanto nem sempre, compreendidas como expressão da tendência geral feminina a tomar uma atitude defensiva. Em oposição a este conceito, acredito que se pode esclarecer o enigma da frigidez da mulher por determinados casos patológicos nos quais, depois da primeira, e por certo, depois de cada experiência repetida de relação sexual, a mulher dá expressão manifesta de sua hostilidade para com o homem, injuriando-o, levantando a mão contra ele ou, realmente, batendo-lhe. Em um caso muito evidente deste tipo, o qual logrei submeter a uma análise completa, isto aconteceu, embora a mulher amasse muito o homem, costumasse exigir relações sexuais com ele e, inequivocamente, encontrasse nas mesmas grandes satisfação. Penso que esta reação, estranha e contraditória, é conseqüência dos mesmos impulsos que, comumente, só podem encontrar expressão na forma de frigidez - isto é, que podem deter a reação de ternura sem, ao mesmo tempo, lograrem eles próprios se colocar em ação. No caso patológico, encontramos separados, por assim dizer, em seus dois componentes, o que no exemplo bastante comum de frigidez se une para produzir um efeito inibidor, tal qual o processo que há muito reconhecemos nos chamados `sintomas bifásicos’ da neurose obsessiva. O perigo que assim se levanta pelo defloramento de uma mulher consiste em atrair sua hostilidade para si próprio, e o marido em perspectiva é exatamente a pessoa que teria toda razão para evitar tal inimizade.

Desde que a análise nos permite inferir sem dificuldade quais os impulsos que, nas mulheres, tomam parte na realização desse comportamento paradoxal eu espero encontrar a explicação da frigidez. O primeiro ato sexual mobiliza uma série de impulsos que estão deslocados na atitude feminina do desejo, alguns dos quais, incidentemente, não necessitam tornar a suceder nas relações sexuais subseqüentes. Em primeiro lugar, pensamos na dor que o defloramento causa à virgem e estamos, talvez mesmo, inclinados a considerar este fator como decisivo e a abandonar a procura de outros. Mas não podemos atribuir tanta importância a essa dor; temos, antes, de substituí-la pela injúria narcísica que decorre da destruição de um órgão e que é mesmo representada de forma racionalizada no conhecimento de que a perda da virgindade leva à diminuição do valor sexual. Os costumes do casamento entre povos primitivos, no entanto, contêm uma advertência contra a superestimação deste fato. Soubemos que, em alguns casos, o rito recai em duas fases; depois que se rompeu o hímen (com a mão ou algum instrumento), segue-se o ato cerimonial do coito ou do ato sexual simulado com os representantes do marido e isto nos prova que a finalidade da observância do tabu não é cumprida ao se evitar o defloramento anatômico, e que o marido deve ser poupado de alguma outra coisa, bem como da reação da mulher à lesão dolorosa.

Encontramos outra razão para o desapontamento experimentado no primeiro ato sexual no fato de que, pelo menos com as mulheres civilizadas, a satisfação pode não corresponder às expectativas. Antes disto, a relação sexual fora associada, da maneira mais decisiva possível, às proibições; a relação sexual legítima e permissível não é, portanto, sentida como a mesma coisa. Quão íntima pode ser esta associação se demonstra, de forma quase cômica, através dos esforços de tantas moças prestes a se casar para conservar seu novo relacionamento amoroso em segredo de todas as outras pessoas, e de certo até mesmo de seus pais, quando não há necessidade real de fazê-lo e de onde se pode esperar qualquer objeção. As moças freqüentemente dizem abertamente que seu amor perde o valor para elas se as outras pessoas souberem dele. De vez em quando, este sentimento pode se tornar dominante e impedir completamente o desenvolvimento de qualquer capacidade para o amor do casamento. A mulher só recupera sua susceptibilidade aos sentimentos de ternura em um relacionamento ilícito que tenha de se manter secreto, e no qual só ela sabe com certeza que sua própria vontade não é influenciada [cf. em [1]].

No entanto, também este motivo não conduz a um aprofundamento suficiente; além do mais, sendo limitado por condições civilizadas, falha em prover uma conexão satisfatória com as circunstâncias entre os povos primitivos. Tanto mais importante, portanto constitui o próximo fator, que se baseia na evolução da libido. Aprendemos, das investigações analíticas, quão universais e quão poderosas são as distribuições iniciais da libido. Nelas nos preocupamos com os desejos sexuais infantis a que estão apegados (na mulher geralmente a fixação da libido localiza-se no pai ou em um irmão que o substitui) - desejos que, muito freqüentemente, estavam dirigidos para outras coisas que a relação sexual ou que a incluía, apenas, como um objetivo vagamente percebido. O marido é, quase sempre, por assim dizer, apenas um substituto, nunca o homem certo; é outro homem - nos casos típicos o pai - que primeiro tem direito ao amor da mulher, o marido quando muito ocupa o segundo lugar. Depende de quão intensa seja essa fixação e de quão obstinadamente ela seja conservada, quer ou não o substituto seja rejeitado como insatisfatório. A frigidez inclui-se, assim, entre os determinantes genéticos das neuroses. Quanto mais poderoso o elemento psíquico na vida sexual de uma mulher, maior será a capacidade de resistência demonstrada por sua distribuição da libido à revolta contra o primeiro ato sexual, e menos esmagador será o efeito que sua posse corporal pode produzir. A frigidez pode, então, se estabelecer como uma inibição neurótica ou fornecer a base para o desenvolvimento de outras neuroses e, até mesmo, uma pequena diminuição da potência no homem contribuirá grandemente para influir nesse processo.

Os costumes dos povos primitivos parecem levar em consideração esse tema do desejo sexual precoce, confiando a tarefa do defloramento a um ancião, sacerdote ou homem santo, isto é, a um substituto do pai (vide [1]). Parece-me que existe um caminho direto que leva desse costume para a questão muito debatida do jus primae noctis do senhor do castelo dos tempos medievais. A. J. Storfer (1911) apresentou o mesmo conceito e, além disso, como o fizera Jung (1909) antes dele, interpretou a difundida tradição das `noites de Tobias’ (o costume da continência durante as três primeiras noites do casamento) como o reconhecimento do privilégio do patriarca. Ele, portanto, concorda com nossas suposições quando encontramos imagens de deuses incluídas entre os sub-rogados do pai incumbidos do defloramento. Em algumas regiões da Índia, a mulher recém-casada era obrigada a sacrificar seu hímen à linga de madeira e, segundo Santo Agostinho, o mesmo costume era observado na cerimônia de casamento dos romanos (de seu tempo?), porém modificado de maneira que a jovem esposa tinha apenas de sentar-se no gigantesco falo de pedra de Príapo.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o homem primitivo institui um tabu quando teme algum perigo. De modo geral, esse perigo é de natureza física, pois o homem primitivo, a essa altura, não é impelido a estabelecer duas distinções que, para nós, não podem ser ignoradas. Ele não separa o perigo material do psíquico, nem o real do imaginário.

Acredito que encontraremos alguma indicação sobre o que é esse perigo intensificado e por que ele ameaça, precisamente, o futuro marido, se examinarmos mais detidamente o comportamento, nas mesmas circunstâncias, de mulheres de nosso próprio estágio atual de civilização. Submeter-me-ei antecipadamente como resultado desse exame, que tal perigo realmente existe, de modo que, no caso do tabu da virgindade, o homem primitivo está se defendendo de um perigo corretamente pressentido, apesar de psíquico. Consideramos como reação normal que a mulher, em subseqüência à introdução do pênis, abrace o homem, apertando-o contra ela no auge da satisfação, e observamos essa atitude como expressão de sua gratidão e prova de sujeição duradoura. Mas sabemos que não é regra, de maneira alguma, que a primeira ocasião do ato sexual conduza a esse comportamento; muito freqüentemente significa apenas desapontamento para mulher, que permanece fria e insatisfeita e, geralmente, requer bastante tempo e freqüente repetição do ato sexual, antes que também comece a encontrar satisfação no mesmo. Há uma sucessão ininterrupta dos casos de simples frigidez inicial que logo desaparece, até a triste manifestação de permanente e obstinada frigidez que nenhum esforço carinhoso da parte do marido pode vencer.

Não quero introduzir, a esta altura, as tentativas - que são freqüentes - de fugir da primeira ocasião de relação sexual, porque estão abertas a diversas interpretações e são, na maioria das vezes, conquanto nem sempre, compreendidas como expressão da tendência geral feminina a tomar uma atitude defensiva. Em oposição a este conceito, acredito que se pode esclarecer o enigma da frigidez da mulher por determinados casos patológicos nos quais, depois da primeira, e por certo, depois de cada experiência repetida de relação sexual, a mulher dá expressão manifesta de sua hostilidade para com o homem, injuriando-o, levantando a mão contra ele ou, realmente, batendo-lhe.

O primeiro ato sexual mobiliza uma série de impulsos que estão deslocados na atitude feminina do desejo, alguns dos quais, incidentemente, não necessitam tornar a suceder nas relações sexuais subseqüentes. Em primeiro lugar, pensamos na dor que o defloramento causa à virgem e estamos, talvez mesmo, inclinados a considerar este fator como decisivo e a abandonar a procura de outros. Mas não podemos atribuir tanta importância a essa dor; temos, antes, de substituí-la pela injúria narcísica que decorre da destruição de um órgão e que é mesmo representada de forma racionalizada no conhecimento de que a perda da virgindade leva à diminuição do valor sexual. Os costumes do casamento entre povos primitivos, no entanto, contêm uma advertência contra a superestimação deste fato. Soubemos que, em alguns casos, o rito recai em duas fases; depois que se rompeu o hímen (com a mão ou algum instrumento), segue-se o ato cerimonial do coito ou do ato sexual simulado com os representantes do marido e isto nos prova que a finalidade da observância do tabu não é cumprida ao se evitar o defloramento anatômico, e que o marido deve ser poupado de alguma outra coisa, bem como da reação da mulher à lesão dolorosa.

Encontramos outra razão para o desapontamento experimentado no primeiro ato sexual no fato de que, pelo menos com as mulheres civilizadas, a satisfação pode não corresponder às expectativas. Antes disto, a relação sexual fora associada, da maneira mais decisiva possível, às proibições; a relação sexual legítima e permissível não é, portanto, sentida como a mesma coisa.

Aprendemos, das investigações analíticas, quão universais e quão poderosas são as distribuições iniciais da libido. Nelas nos preocupamos com os desejos sexuais infantis a que estão apegados (na mulher geralmente a fixação da libido localiza-se no pai ou em um irmão que o substitui) - desejos que, muito freqüentemente, estavam dirigidos para outras coisas que a relação sexual ou que a incluía, apenas, como um objetivo vagamente percebido. O marido é, quase sempre, por assim dizer, apenas um substituto, nunca o homem certo; é outro homem - nos casos típicos o pai - que primeiro tem direito ao amor da mulher, o marido quando muito ocupa o segundo lugar. Depende de quão intensa seja essa fixação e de quão obstinadamente ela seja conservada, quer ou não o substituto seja rejeitado como insatisfatório. A frigidez inclui-se, assim, entre os determinantes genéticos das neuroses.

Mattanó aponta que o homem primitivo institui um tabu quando teme algum perigo. De modo geral, esse perigo é de natureza física, pois o homem primitivo, a essa altura, não é impelido a estabelecer duas distinções que, para nós, não podem ser ignoradas. Ele não separa o perigo material do psíquico, nem o real do imaginário.

Acredito que encontraremos alguma indicação sobre o que é esse perigo intensificado e por que ele ameaça, precisamente, o futuro marido, se examinarmos mais detidamente o comportamento, nas mesmas circunstâncias, de mulheres de nosso próprio estágio atual de civilização. Submeter-me-ei antecipadamente como resultado desse exame, que tal perigo realmente existe, de modo que, no caso do tabu da virgindade, o homem primitivo está se defendendo de um perigo corretamente pressentido, apesar de psíquico. Consideramos como reação normal que a mulher, em subseqüência à introdução do pênis, abrace o homem, apertando-o contra ela no auge da satisfação, e observamos essa atitude como expressão de sua gratidão e prova de sujeição duradoura. Mas sabemos que não é regra, de maneira alguma, que a primeira ocasião do ato sexual conduza a esse comportamento; muito freqüentemente significa apenas desapontamento para mulher, que permanece fria e insatisfeita e, geralmente, requer bastante tempo e freqüente repetição do ato sexual, antes que também comece a encontrar satisfação no mesmo. Há uma sucessão ininterrupta dos casos de simples frigidez inicial que logo desaparece, até a triste manifestação de permanente e obstinada frigidez que nenhum esforço carinhoso da parte do marido pode vencer. A frigidez pode ter começo no perigo corretamente pressentido, um evento psíquico e comportamental, onde a mulher apresenta o comportamento de fuga da relação sexual, por meio do reforço negativo, que indiscriminadamente mantem este comportamento com sua funcionalidade.

Não quero introduzir, a esta altura, as tentativas - que são freqüentes - de fugir da primeira ocasião de relação sexual, porque estão abertas a diversas interpretações e são, na maioria das vezes, conquanto nem sempre, compreendidas como expressão da tendência geral feminina a tomar uma atitude defensiva. Em oposição a este conceito, acredito que se pode esclarecer o enigma da frigidez da mulher por determinados casos patológicos nos quais, depois da primeira, e por certo, depois de cada experiência repetida de relação sexual, a mulher dá expressão manifesta de sua hostilidade para com o homem, injuriando-o, levantando a mão contra ele ou, realmente, batendo-lhe. A mulher que foge da relação sexual por meio do reforço negativo pode por obra da intensidade e magnitude do estímulo de reforço responder com raiva ou fúria diante do seu assediador ou agressor, pois o valor do estímulo de reforço negativo tem esta propriedade comportamental, por isso a mulher frígida se torna vítima de tantos crimes como o feminicídio, o estupro, a lavagem cerebral, a despersonalização, a tortura, a vingança e a violência.

O primeiro ato sexual mobiliza uma série de impulsos que estão deslocados na atitude feminina do desejo, alguns dos quais, incidentemente, não necessitam tornar a suceder nas relações sexuais subseqüentes. Em primeiro lugar, pensamos na dor que o defloramento causa à virgem e estamos, talvez mesmo, inclinados a considerar este fator como decisivo e a abandonar a procura de outros. Mas não podemos atribuir tanta importância a essa dor; temos, antes, de substituí-la pela injúria narcísica que decorre da destruição de um órgão e que é mesmo representada de forma racionalizada no conhecimento de que a perda da virgindade leva à diminuição do valor sexual. Os costumes do casamento entre povos primitivos, no entanto, contêm uma advertência contra a superestimação deste fato. Soubemos que, em alguns casos, o rito recai em duas fases; depois que se rompeu o hímen (com a mão ou algum instrumento), segue-se o ato cerimonial do coito ou do ato sexual simulado com os representantes do marido e isto nos prova que a finalidade da observância do tabu não é cumprida ao se evitar o defloramento anatômico, e que o marido deve ser poupado de alguma outra coisa, bem como da reação da mulher à lesão dolorosa.

Encontramos outra razão para o desapontamento experimentado no primeiro ato sexual no fato de que, pelo menos com as mulheres civilizadas, a satisfação pode não corresponder às expectativas. Antes disto, a relação sexual fora associada, da maneira mais decisiva possível, às proibições; a relação sexual legítima e permissível não é, portanto, sentida como a mesma coisa.

Aprendemos, das investigações analíticas, quão universais e quão poderosas são as distribuições iniciais da libido. Nelas nos preocupamos com os desejos sexuais infantis a que estão apegados (na mulher geralmente a fixação da libido localiza-se no pai ou em um irmão que o substitui) - desejos que, muito freqüentemente, estavam dirigidos para outras coisas que a relação sexual ou que a incluía, apenas, como um objetivo vagamente percebido. O marido é, quase sempre, por assim dizer, apenas um substituto, nunca o homem certo; é outro homem - nos casos típicos o pai - que primeiro tem direito ao amor da mulher, o marido quando muito ocupa o segundo lugar. Depende de quão intensa seja essa fixação e de quão obstinadamente ela seja conservada, quer ou não o substituto seja rejeitado como insatisfatório. A frigidez inclui-se, assim, entre os determinantes genéticos das neuroses. A frigidez destaca-se por manter o comportamento substitutivo da mulher em relação ao homem e ao ato sexual, mediante a fuga do mesmo, que produz uma flacidez no homem e uma neurose na mulher, retida e criada por substituição e fixação da libido num objeto insatisfatório, que é modelada pelo reforço negativo, eventos que são mantidos devidos aos seus significados e sentidos, conceitos, e contextos, comportamento e funcionalidades, linguagem, topografia, relações sociais, Gestalt e insights, inconsciente, consciência, e subconsciente, arquétipos, argumentação e linguagem, cultura, ontogênese e filogênese, mundo virtual, espiritualidade, vida e relações com o universo, poder, cognição, afetividade, musicalidade, repertório verbal e comportamental, processos fisiológicos, comportamentais e morfológicos, ou seja, de adaptação as adversidades do meio ambiente.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

 

Há outro motivo, que penetra ainda mais fundo, que pode ser demonstrado como o principal responsável pela reação paradoxal em relação ao homem e que, na minha opinião, além disso, exerce influência na frigidez da mulher. O primeiro ato de relação sexual ativa na mulher outros impulsos antigos, que como os já descritos, e este estão em absoluta oposição a seu papel feminino e à sua função.

Aprendemos das análises de muitas mulheres neuróticas que elas passam, em sua infância, por uma fase em que invejam nos irmãos o seu símbolo de masculinidade e se sentem em desvantagem e humilhadas devido à falta dele em si mesmas (na verdade devido à sua proporção diminuta). Incluímos essa `inveja do pênis’ no `complexo de castração’. Se compreendemos `masculino’ como noção que inclui o desejo de ser masculino, então a designação `protesto masculino’ se adapta a esse comportamento: a expressão foi cunhada por Adler [1910] com a intenção de proclamar este fator como o responsável pelas neuroses em geral. Durante essa fase, as meninas, geralmente, não fazem segredo de sua inveja, nem da hostilidade para com seus irmãos favoritos dela decorrente. Tentam até urinar de pé, como seus irmãos, a fim de provar a igualdade a que aspiram. No caso já descrito [ver em [1]] no qual a mulher costumava mostrar, depois da relação sexual, uma agressividade incontrolável dirigida contra o marido, que aliás amava, consegui provar que essa fase existira antes da fase da escolha de objeto. Só mais tarde, foi a libido da menina dirigida para seu pai e, então, em vez de desejar ter um pênis, desejou - um filho.

Não deveria me surpreender se, em outros casos, a ordem em que esses impulsos ocorreram fosse invertida e essa parte do complexo de castração só se tornasse efetiva depois que a escolha de objeto se houvesse realizado com êxito. Mas a fase masculina na menina, na qual ela inveja o menino por seu pênis é, em qualquer caso, desenvolvimentalmente a anterior e está mais próxima do narcisismo original do que o objeto de amor.

Há algum tempo tive a oportunidade de obter a compreensão (insight) através de um sonho de uma mulher recém-casada, em que era reconhecível a reação à perda de sua virgindade. Delatava, espontâneamente, o desejo da mulher de castrar seu jovem marido e guardar o pênis dele para ela. Evidentemente, também havia lugar para uma interpretação mais inocente de que o que ela desejava era o prolongamento e a repetição do ato, mas vários pormenores do sonho não se enquadradavam nesse significado e, tanto o caráter como o comportamento subseqüente da mulher que teve o sonho evidenciaram em favor do aspecto mais grave. Por trás dessa inveja do pênis, manifesta-se a amarga hostilidade da mulher contra o homem, que nunca desaparece completamente nas relações entre os sexos e que está claramente indicada nas lutas e na produção literária das mulheres `emancipadas’. Em uma especulação paleobiológica, Ferenczi atribuiu a origem dessa hostilidade das mulheres - não sei se foi ele o primeiro a fazê-lo - à época em que os sexos se tornavam diferenciados. A princípio, em sua opinião, a cópula realizou-se entre dois indivíduos semelhantes, um dos quais, no entanto, transformou-se no mais forte e forçou o mais fraco a se submeter à união sexual. Os sentimentos de amargura decorrentes dessa sujeição ainda persistem na disposição das mulheres hoje em dia. Não creio que haja qualquer inconveniente em utilizar essa especulações desde que não se empreste a elas demasiado valor.

Depois desta enumeração dos motivos da reação paradoxal das mulheres ao defloramento, cujos traços ainda persistem na frigidez, podemos resumir dizendo que a sexualidade imatura de uma mulher descarrega-se no homem que primeiro lhe faz conhecer o ato sexual. Assim sendo, o tabu da virgindade é bastante razoável e podemos compreender a regra que decreta que exatamente o homem que deve ingressar numa vida em comum com essa mulher evite esse perigos. Nos estágios mais altos da civilização, a importância atribuída a esse perigo diminui em face de sua promessa de sujeição e, sem dúvida, de outros motivos e persuasões; a virgindade é considerada uma propriedade a que o marido não é solicitado a renunciar. Mas, a análise de casamento infelizes nos ensina que os motivos que procuram levar a mulher a se vingar do seu defloramento não estão completamente extintos, mesmo na vida psíquica das mulheres civilizadas. Creio que deve chamar a atenção do observador o número extraordinariamente elevado de casos em que a mulher permanece frígida e se sente infeliz em um primeiro casamento, ao passo que, depois que este se dissolveu, ela se torna uma esposa meiga, capaz de fazer feliz o seu segundo marido. A reação arcaica esgotou-se, por assim dizer, no primeiro objeto.

O tabu da virgindade, no entanto, mesmo independentemente disto, não desapareceu em nossa existência civilizada. É conhecido da crença popular e oportunamente os escritores têm-se utilizado desse material. Uma comédia da autoria de Anzengruber mostra como um simples camponês é dissuadido de casar com sua noiva pretendida porque ela é `uma rapariga que lhe cobrará primeiro a vida’. Por esse motivo, ele concorda em que ela case com outro homem e está disposto a aceitá-la quando ficar viúva e não for mais perigosa. O título da peça, Das Jungferngift [`O Veneno da Virgem’], traz-nos à lembrança o hábito dos encantadores de serpentes que, primeiro, fazem as cobras venenosas morderem um pedaço de pano a fim de, depois, lidarem com elas sem perigo.

 

O tabu da virgindade, e alguma coisa sobre sua motivação, foi representado, da maneira mais vigorosa, por uma conhecida caracterização dramática, a de Judite, na tragédia de Hebbel, Judith und Holofernes (Judite e Holofernes), Judite é uma dessas mulheres cuja virgindade é protegida por um tabu. Seu primeiro marido foi paralisado na noite nupcial por uma misteriosa ansiedade e nunca mais ousou tocá-la. `Minha beleza é como a beladona’, diz ela `Seu deleite traz a loucura e a morte.’ Quando o general assírio está cercando sua cidade, ela concebe o plano de seduzi-lo com sua beleza e de destruí-lo, usando assim um motivo patriótico, para esconder outro, sexual. Depois de haver sido deflorada por esse homem poderoso, que se gaba de seu vigor e de sua insensibilidade, ela encontra forças em sua fúria para lhe cortar a cabeça, tornando-se assim a libertadora de seu povo. A decapitação é nossa conhecida como símbolo substituto da castração; Judite é, assim, a mulher que castra o homem que a deflorou, o que constitui justamente o desejo da mulher recém-casada, expresso no sonho que comuniquei. É claro que Hebbel sexualizou intencionalmente a narrativa patriótica do Apócrifo do Velho Testamento, pois, nela, Judite pode se gabar, depois ao voltar, que não foi violada, e nem existe no texto bíblico qualquer menção de sua misteriosa noite nupcial. Mas, provavelmente, com a fina percepção de poeta, ele percebeu o velho motivo, que se havia perdido na narrativa tendenciosa, e apenas restituiu seu primitivo conteúdo ao material.

Sadger (1912) demonstrou, em uma análise penetrante, como Hebbel foi influenciado em sua escolha do material por seu próprio complexo paterno, e como chegou a tomar a defesa da mulher tão freqüentemente, na luta entre os sexos, e a sentir seu caminho nos impulsos mais ocultos de sua mente. Ele também transcreve os motivos que o próprio poeta dá para as alterações que fez no material, e corretamente considera-as artificiais e como se pretendessem justificar exteriormente algo de que o poeta, ele próprio, não tem consciência, ao passo que no fundo o esconde. Não pretendo contestar a explicação que Sadger dá ao fato de Judite, que segundo a narrativa da Bíblia é uma viúva, ter de se transformar em uma viúva virgem. Ele se refere à finalidade encontrada nas fantasias infantis de negar as relações sexuais dos pais e de transformar a mãe em uma virgem ilesa. Mas eu acrescento: depois que o poeta provou a virgindade de sua heroína, sua sensível imaginação frisa-se na reação hostil desencadeada pela violação de sua virgindade.

Podemos então dizer, em conclusão, que o defloramento não tem apenas a única e civilizada conseqüência de amarrar a mulher permanentemente ao homem; desencadeia, também, a reação arcaica de hostilidade para com ele, que pode assumir formas patológicas, bastante freqüentemente expressas no aparecimento de inibições no lado erótico da vida marital, e às quais poderemos atribuir o fato de que segundos casamentos tantas vezes dêem mais certo que o primeiro. O tabu da virgindade, que nos parece tão estranho, o horror com que, entre os povos primitivos, o marido evita o ato do defloramento, são plenamente justificados por essa reação hostil.

É interessante que, em nossa condição de analista, possamos encontrar mulheres em quem as reações opostas de sujeição e hostilidade encontrem, ambas, expressão e permaneçam intimamente associadas entre si. Há mulheres dessa espécie que parecem ter-se desavindo completamente com seus maridos e que mesmo assim só podem fazer esforços vãos para se libertar. Tantas vezes quantas queiram endereçar seu amor a qualquer homem, a imagem do primeiro, conquanto não seja mais amado, intervém com efeito inibitório. A análise, portanto, nos ensina que essas mulheres, de fato, ainda se sentem ligadas a seus primeiros maridos em estado de sujeição, mas não mais por afeição. Não se podem afastar deles, porque ainda não completaram sua vingança contra eles e, em casos mais acentuados, nem mesmo trouxeram os impulsos de vingança para a consciência.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o primeiro ato de relação sexual ativa na mulher outros impulsos antigos, que como os já descritos, e este estão em absoluta oposição a seu papel feminino e à sua função.

Aprendemos das análises de muitas mulheres neuróticas que elas passam, em sua infância, por uma fase em que invejam nos irmãos o seu símbolo de masculinidade e se sentem em desvantagem e humilhadas devido à falta dele em si mesmas (na verdade devido à sua proporção diminuta). Incluímos essa `inveja do pênis’ no `complexo de castração’.

Sadger (1912) demonstrou, em uma análise penetrante, como Hebbel foi influenciado em sua escolha do material por seu próprio complexo paterno, e como chegou a tomar a defesa da mulher tão freqüentemente, na luta entre os sexos, e a sentir seu caminho nos impulsos mais ocultos de sua mente. Ele também transcreve os motivos que o próprio poeta dá para as alterações que fez no material, e corretamente considera-as artificiais e como se pretendessem justificar exteriormente algo de que o poeta, ele próprio, não tem consciência, ao passo que no fundo o esconde. Não pretendo contestar a explicação que Sadger dá ao fato de Judite, que segundo a narrativa da Bíblia é uma viúva, ter de se transformar em uma viúva virgem. Ele se refere à finalidade encontrada nas fantasias infantis de negar as relações sexuais dos pais e de transformar a mãe em uma virgem ilesa. Mas eu acrescento: depois que o poeta provou a virgindade de sua heroína, sua sensível imaginação frisa-se na reação hostil desencadeada pela violação de sua virgindade.

Podemos então dizer, em conclusão, que o defloramento não tem apenas a única e civilizada conseqüência de amarrar a mulher permanentemente ao homem; desencadeia, também, a reação arcaica de hostilidade para com ele, que pode assumir formas patológicas, bastante freqüentemente expressas no aparecimento de inibições no lado erótico da vida marital, e às quais poderemos atribuir o fato de que segundos casamentos tantas vezes dêem mais certo que o primeiro. O tabu da virgindade, que nos parece tão estranho, o horror com que, entre os povos primitivos, o marido evita o ato do defloramento, são plenamente justificados por essa reação hostil.

É interessante que, em nossa condição de analista, possamos encontrar mulheres em quem as reações opostas de sujeição e hostilidade encontrem, ambas, expressão e permaneçam intimamente associadas entre si. Há mulheres dessa espécie que parecem ter-se desavindo completamente com seus maridos e que mesmo assim só podem fazer esforços vãos para se libertar. Tantas vezes quantas queiram endereçar seu amor a qualquer homem, a imagem do primeiro, conquanto não seja mais amado, intervém com efeito inibitório. A análise, portanto, nos ensina que essas mulheres, de fato, ainda se sentem ligadas a seus primeiros maridos em estado de sujeição, mas não mais por afeição. Não se podem afastar deles, porque ainda não completaram sua vingança contra eles e, em casos mais acentuados, nem mesmo trouxeram os impulsos de vingança para a consciência.

Mattanó aponta que o primeiro ato de relação sexual ativa na mulher outros impulsos antigos, que como os já descritos, e este estão em absoluta oposição a seu papel feminino e à sua função.

Aprendemos das análises de muitas mulheres neuróticas que elas passam, em sua infância, por uma fase em que invejam nos irmãos o seu símbolo de masculinidade e se sentem em desvantagem e humilhadas devido à falta dele em si mesmas (na verdade devido à sua proporção diminuta). Incluímos essa `inveja do pênis’ no `complexo de castração’. Provavelmente essa inveja do pênis nada terá de malícia até os seus 14 anos de idade, pois antes desta idade é ingênua e não compreende a sexualidade de maneira maliciosa, ou seja, invejando o pênis do menino pelo o que ele é e significa, seu sentido, suas funções, a menina na época do complexo de Édipo ou de Electra não possui cognição para significar e dar sentido para suas representações neste período de sua vida que vai dos 4 aos 6 anos de idade, ela justamente começa a significar e dar sentido a partir dos 6 ou 7 anos de idade, no período de operações concretas, por isso a inveja do pênis pode ser um comportamento imitativo, discriminativo, de atenção ou vindo de algum tipo de ordem, ou seja, de repertórios básicos de comportamentos.

Sadger (1912) demonstrou, em uma análise penetrante, como Hebbel foi influenciado em sua escolha do material por seu próprio complexo paterno, e como chegou a tomar a defesa da mulher tão freqüentemente, na luta entre os sexos, e a sentir seu caminho nos impulsos mais ocultos de sua mente. Ele também transcreve os motivos que o próprio poeta dá para as alterações que fez no material, e corretamente considera-as artificiais e como se pretendessem justificar exteriormente algo de que o poeta, ele próprio, não tem consciência, ao passo que no fundo o esconde. Não pretendo contestar a explicação que Sadger dá ao fato de Judite, que segundo a narrativa da Bíblia é uma viúva, ter de se transformar em uma viúva virgem. Ele se refere à finalidade encontrada nas fantasias infantis de negar as relações sexuais dos pais e de transformar a mãe em uma virgem ilesa. Mas eu acrescento: depois que o poeta provou a virgindade de sua heroína, sua sensível imaginação frisa-se na reação hostil desencadeada pela violação de sua virgindade.

Podemos então dizer, em conclusão, que o defloramento não tem apenas a única e civilizada conseqüência de amarrar a mulher permanentemente ao homem; desencadeia, também, a reação arcaica de hostilidade para com ele, que pode assumir formas patológicas, bastante freqüentemente expressas no aparecimento de inibições no lado erótico da vida marital, e às quais poderemos atribuir o fato de que segundos casamentos tantas vezes dêem mais certo que o primeiro. O tabu da virgindade, que nos parece tão estranho, o horror com que, entre os povos primitivos, o marido evita o ato do defloramento, são plenamente justificados por essa reação hostil. O defloramento cria e desenvolve uma rede de significados e de sentidos que podem se modificar segundo a história de vida, a cultura e o zeitgeist de determinado meio, contudo modelam o tabu da virgindade na psique e no comportamento do Homo Sapiens.

É interessante que, em nossa condição de analista, possamos encontrar mulheres em quem as reações opostas de sujeição e hostilidade encontrem, ambas, expressão e permaneçam intimamente associadas entre si. Há mulheres dessa espécie que parecem ter-se desavindo completamente com seus maridos e que mesmo assim só podem fazer esforços vãos para se libertar. Tantas vezes quantas queiram endereçar seu amor a qualquer homem, a imagem do primeiro, conquanto não seja mais amado, intervém com efeito inibitório. A análise, portanto, nos ensina que essas mulheres, de fato, ainda se sentem ligadas a seus primeiros maridos em estado de sujeição, mas não mais por afeição. Não se podem afastar deles, porque ainda não completaram sua vingança contra eles e, em casos mais acentuados, nem mesmo trouxeram os impulsos de vingança para a consciência. As mulheres podem desenvolver inconscientemente um impulso de vingança que atinge a sua consciência e o seu comportamento em relação aos seus maridos, que este impulso de vingança pode se dirigir a qualquer outro homem numa tentativa de se libertarem de relações de sujeição e de hostilidade encontradas em seus primeiros maridos, de maneira que os seus significados e sentidos fiquem marcados com esta condição e assim se comportem diante de qualquer homem.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

A CONCEPÇÃO PSICANALÍTICA DA PERTURBAÇÃO PSICOGÊNICA DA VISÃO (1910)

 

 

DIE PSYCHOGENE SEHSTÖRUNG IN

PSYCHOANALYTISCHER AUFFASSUNG

 

(a)   EDIÇÕES ALEMÃES:

1910   Ärziliche Fortbildung, suplemento de de Ärztiliche Standeszeitung, 9, (9), 42-4 (1º de maio).

1913   S.K.S.N., 3, 314-21. (2ª ed., 1921.)

1924   G.S., 5, 301-9.

1943   G.W., 8, 94-102.

(b)   TRADUÇÃO INGLESA:

`Psychogenic Visual Disturbance according to Psycho-Analytical Conceptions’

1924   C.P., 2, 105-12. (Trad. E. Colburn Mayne.)

A atual tradução inglesa, com o título diferente, `The Psicho-Analytic View of Psychogenic Disturbance of Vision’, é completamente nova, feita por James e Alex Strachey.

Este trabalho é uma contribuição a uma Festschrift em homenagem a Leopold Königstein, conhecido oftamologista vienense e um dos mais antigos amigos de Freud. Descreveu-o, em carta a Ferenczi, escrita em 12 de abril de 1910, como sendo simplesmente uma pièce d’ocassion, sem nenhum valor (Jones, 1955, 1955, 274). Contém, no entanto, pelo menos uma passagem de interesse muito especial. Pois foi nele que pela primeira vez empregou o termo `instintos do ego’, identificou-os, explicitamente, com os instintos de autopreservação e atribui-lhes papel vital na função da repressão. Certas consideração a respeito do desenvolvimento das concepções de Freud sobre os instintos será encontrada na Nota do Editor a `Instincts and their Vicissitudes’ (Os Intintos e suas Vicissitudes) (1915c), volume XIV da Standard Ed. Também vale a pena notar que nos últimos parágrafos deste trabalho (ver a partir de [1]). Freud expressa, com firmeza especial, sua convicção de que os fenômenos psíquicos se baseiam definitivamente nos físicos.

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira é da autoria de Paulo Dias Corrêa (Presidente da Sociedade Brasileira de Psicoterapia de Grupo do Rio de Janeiro. Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro).

 

 

 

A CONCEPÇÃO PSICANALÍTICA DA PERTURBAÇÃO PSICOGÊNICA DA VISÃO

 

SENHORES, - Proponho tomar o exemplo da perturbação psicogênica da visão a fim de lhes mostrar as modificações que se operam em nossa concepção da gênese dos distúrbios dessa espécie, sob a influência dos métodos de investigação psicanalítica. Como sabem, a cegueira histérica é considerada um tipo de perturbação psicogênica visual. Acredita-se, de modo geral, como resultado das pesquisas da Escola Francesa (inclusive homens da categoria de Charcot, Janet e Binet), que a gênese desses casos já é conhecida. Pois estamos em condições de provocar, experimentalmente, uma cegueira dessa espécie, se dispusermos de alguém susceptível ao sonambulismo. Se o submetermos a hipnose profunda e lhe sugerirmos a idéia de que ele nada vê com um de seus olhos, ele realmente se comportará como se tivesse ficado cego daquele olho, como o histérico que, espontaneamente, desenvolveu uma perturbação visual. Podemos, portanto, armar o mecanismo das perturbações histéricas, espontâneas, da visão, baseados apenas no modelo de sugestão hipnótica. No histérico, a idéia de estar cego surge, não da insinuação do hipnotizador, mas espontaneamente - pela auto-sugestão, como se diz; e em ambos os casos, a idéia é tão poderosa que se converte em realidade, exatamente como uma alucinação ou paralisia etc., sugerida.

Isto parece perfeitamente lógico e satisfará qualquer pessoa que não leve em consideração os numerosos enigmas que se escondem por trás dos conceitos da hipnose, da sugestão e da auto-sugestão. A auto-sugestão, em particular, levanta outras dúvidas. Como e em que condições torna-se uma idéia tão poderosa a ponto de atuar como sugestão e de se converter facilmente em realidade? Uma investigação mais aprofundada nos revelou que não podemos responder a essa pergunta sem nos valermos do concurso do conceito de `inconsciente’. Muitos filósofos rebelam-se contra a admissão de um inconsciente mental dessa natureza, porque não tomaram conhecimento dos fenômenos que nos obrigam a tal admissão. Os psicopatologistas chegaram à conclusão de que não podem evitar trabalhar com elementos tais como processos psíquicos inconscientes, idéias inconcientes e assim por diante.

Experiências apropriadas demonstraram que as pessoas que ficam cegas em virtude de histeria vêem, não obstante, em certo sentido, mas não completamente. As excitações no olho cego podem provocar certas conseqüência psíquicas (por exemplo, podem provocar emoções) muito embora não se tornem conscientes. Assim, as pessoas histericamente cegas só o são no que diz respeito à consciência; em seu inconsciente elas vêem. São observações como estas que nos levam a distinguir os processos mentais conscientes dos inconscientes.

Como podem essas pessoas desenvolver a `auto-sugestão’ inconsciente de que estão cegas, quando, não obstante, vêem em seu inconsciente? A resposta apresentada pelas pesquisas francesas pretende explicar que, nos pacientes predispostos à histeria, há uma tendência inerente à dissociação - a uma desagregação das conexões em seu campo psíquico - em conseqüência da qual certos processos inconscientes não prosseguem até o consciente. Deixamos de lado, completamente, o valor que essa tentativa de explicação possa ter no que diz respeito à compreensão dos fenômenos em questão, e encaremos o problemas de outro ângulo. Como vêem, senhores, a identidade da cegueira histérica com a cegueira provocada pela sugestão, a que a princípio se deu tanta importância, foi agora descartada. O paciente histérico fica cego, não em conseqüência de uma idéia auto-sugestiva de que ele não pode ver, mas como resultado de uma dissociação entre os processos inconscientes e conscientes no ato de ver; sua idéia de que não vê é a expressão bem fundada da condição psíquica e não sua causa.

Mas, se os senhores se queixarem da obscuridade desta exposição, não me será fácil defendê-la. Procurei dar-lhes uma síntese dos conceitos de diferentes pesquisadores e, ao fazê-lo, talvez os tenha associado muito intimamente. Desejei condensar em forma sintética todos os conceitos apresentados, a fim de tornar inteligível as perturbações psicogênicas - sua origem das idéias excessivamente poderosas, a diferença entre processos mentais conscientes e inconscientes e a admissão de dissociação psíquica. E não fui mais bem-sucedido, em minha tentativa, do que o foram os escritores franceses, encabeçados por Pierre Janet. Espero, portanto, que me perdoem não só a falta de clareza como a inexatidão da minha exposição e que me permitam explicar-lhes como a psicanálise nos levou a uma concepção das perturbações psicogênicas da visão mais lógica e, talvez, mais de acordo com os fatos.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a cegueira histérica é considerada um tipo de perturbação psicogênica visual. No histérico, a idéia de estar cego surge, não da insinuação do hipnotizador, mas espontaneamente - pela auto-sugestão, como se diz; e em ambos os casos, a idéia é tão poderosa que se converte em realidade, exatamente como uma alucinação ou paralisia etc., sugerida.

Experiências apropriadas demonstraram que as pessoas que ficam cegas em virtude de histeria vêem, não obstante, em certo sentido, mas não completamente. As excitações no olho cego podem provocar certas conseqüência psíquicas (por exemplo, podem provocar emoções) muito embora não se tornem conscientes. Assim, as pessoas histericamente cegas só o são no que diz respeito à consciência; em seu inconsciente elas vêem. São observações como estas que nos levam a distinguir os processos mentais conscientes dos inconscientes.

Como podem essas pessoas desenvolver a `auto-sugestão’ inconsciente de que estão cegas, quando, não obstante, vêem em seu inconsciente? A resposta apresentada pelas pesquisas francesas pretende explicar que, nos pacientes predispostos à histeria, há uma tendência inerente à dissociação - a uma desagregação das conexões em seu campo psíquico - em conseqüência da qual certos processos inconscientes não prosseguem até o consciente. O paciente histérico fica cego, não em conseqüência de uma idéia auto-sugestiva de que ele não pode ver, mas como resultado de uma dissociação entre os processos inconscientes e conscientes no ato de ver; sua idéia de que não vê é a expressão bem fundada da condição psíquica e não sua causa.

Mattanó aponta que a cegueira histérica é considerada um tipo de perturbação psicogênica visual. No histérico, a idéia de estar cego surge, não da insinuação do hipnotizador, mas espontaneamente - pela auto-sugestão, como se diz; e em ambos os casos, a idéia é tão poderosa que se converte em realidade, exatamente como uma alucinação ou paralisia etc., sugerida.

Experiências apropriadas demonstraram que as pessoas que ficam cegas em virtude de histeria vêem, não obstante, em certo sentido, mas não completamente. As excitações no olho cego podem provocar certas conseqüência psíquicas (por exemplo, podem provocar emoções) muito embora não se tornem conscientes. Assim, as pessoas histericamente cegas só o são no que diz respeito à consciência; em seu inconsciente elas vêem. São observações como estas que nos levam a distinguir os processos mentais conscientes dos inconscientes.

Como podem essas pessoas desenvolver a `auto-sugestão’ inconsciente de que estão cegas, quando, não obstante, vêem em seu inconsciente? A resposta apresentada pelas pesquisas francesas pretende explicar que, nos pacientes predispostos à histeria, há uma tendência inerente à dissociação - a uma desagregação das conexões em seu campo psíquico - em conseqüência da qual certos processos inconscientes não prosseguem até o consciente. O paciente histérico fica cego, não em conseqüência de uma idéia auto-sugestiva de que ele não pode ver, mas como resultado de uma dissociação entre os processos inconscientes e conscientes no ato de ver; sua idéia de que não vê é a expressão bem fundada da condição psíquica e não sua causa. A dissociação entre os processos inconscientes e conscientes pode ocorrer por motivos psíquicos, comportamentais, sociais, escolares, familiares, trabalhistas, afetivos, comunitários, institucionais, esportivos, morais, lúdicos, sexuais ou clínicos e hospitalares, mas em função do conteúdo paralelo recalcado e infantil que é o responsável pela dissociação entre os processos inconscientes e conscientes na vida de determinado indivíduo, essa dissociação pode causar a cegueira perceptiva ou de conhecimento que chamamos de delírios.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

A psicanálise também aceita as hipóteses da dissociação e do inconsciente, porém as relacionamos de modo mutuamente diferente. O conceito psicanalítico é dinâmico e atribui a origem da vida psíquica a uma interação entre forças que favorecem ou inibem uma à outra. Se, em qualquer circunstância, um grupo de idéias permanece no inconsciente, a psicanálise não infere desse fato, de que há uma incapacidade constitucional para a síntese que se evidencia nessa determinada dissociação, mas sustenta que o isolamento e o estado de inconsciência desse grupo de idéias foram causados por uma oposição ativa de parte de outros grupos. O processo, devido ao qual teve esse destino, é conhecido como `repressão’ e o consideramos algo análogo a um julgamento condenatório nos domínios da lógica. A psicanálise ressalta que as repressões dessa espécie desempenham um papel extraordinariamente importante em nossa vida psíquica, mas que podem também, muitas vezes, falhar e que essas falhas da repressão constituem a precondição da formação de sintomas.

Então, se, como aprendemos, as perturbações psicogênicas da visão dependem de certas idéias relacionadas com a visão ser suprimida da consciência, teremos de admitir, do ponto de vista psicanalítico, que essas idéias entraram em oposição a outras idéias, mais poderosas, em relação às quais adotamos o conceito coletivo do `ego’ - um conjunto que é constituído de maneira heterogênea, em épocas diferentes - e, por esse motivo, se encontram sob repressão. Mas qual pode ser a origem dessa oposição que provoca a repressão entre o ego e os vários grupos de idéias? Sem dúvida terão notado que não foi possível elaborar essa pergunta antes do advento da psicanálise, pois nada se sabia anteriormente a respeito de conflito psíquico e repressão. Nossas pesquisas, no entanto, nos colocaram em posição de nos dar a resposta desejada. Nossa atenção foi atraída para a importância dos instintos na vida ideacional. Descobrimos que cada instintos procura tornar-se efetivo por meio de idéia ativantes que estejam em harmonia como seus objetivos. Estes instintos nem sempre são compatíveis entre si; seus interesses amiúde entram em conflito. A oposição entre as idéias é apenas uma expressão das lutas entre os vários instintos. Do ponto de vista de nossa tentativa de explicação, uma parte extremamente importante é desempenhada pela inegável oposição entre os instintos que favorecem a sexualidade, a consecução da satisfação sexual, e os demais instintos que têm por objetivo a autopreservação do indivíduo - os instintos do ego.

 

Como disse o poeta, todos os instintos orgânicos que atuam em nossa mente podem ser classificados como `fome’ ou `amor’. Delineamos o `instinto sexual’ desde suas primeiras manifestações nas crianças, até sua forma final, que é descrita como `normal’. Descobrimos que é constituído por numerosos `instintos componentes’ que se relacionam com as excitações de partes do corpo; e chegamos a observar que esse instintos separados têm de passar por um desenvolvimento complicado, antes de poderem servir eficazmente aos objetivos da reprodução. A luz projetada pela psicologia sobre a evolução de nossa civilização mostrou-nos que ela se origina, principalmente, à custa dos instintos sexuais componentes e que estes têm de ser suprimidos, restringidos, transformados e dirigidos para objetivos mais elevados, a fim de que de que se possam estabelecer as construções psíquicas da civilização. Conseguimos reconhecer como um resultado valioso dessa pesquisa algo que nossos colegas ainda não estão prontos para aceitar, isto é, que os padecimentos humanos conhecidos como `neuroses’ se derivam das maneiras muito diversas em que esses processos de transformação dos instintos sexuais componentes podem malograr. O `ego’ sente-se ameaçado pelas exigências dos intintos sexuais e os desvia através de repressões; estas, no entanto, nem sempre produzem o resultado esperado, mas levam à formação de substitutos perigosos para o reprimido e a reações incômodas por parte do ego. Dessas duas classes de fenômenos, tomadas como um todo, emergem o que chamamos os sintomas da neurose.

Desviamos-nos aparentemente de nosso problema, muito embora ao fazê-lo, tenhamos tocado na maneira pela qual as condições patológicas da neurose se relacionam como nossa vida psíquica em geral. Retornemos, porém, à questão mais restrita. Tanto os instintos sexuais como os instintos do ego, têm, em geral, os mesmos órgãos e sistemas de órgãos à sua disposição. O prazer sexual não está apenas ligado à função dos genitais. A boca serve tanto para beijar como para comer e para falar; os olhos percebem não só alterações no mundo externo, que são importantes para a preservação da vida, como também as características dos objetos que os fazem ser escolhidos como objetos de amor - seus encantos. Confirma-se, assim, o adágio segundo o qual não é fácil para alguém servir a dois senhores ao mesmo tempo. Quanto mais estreita a relação em que um órgão, uma função dupla desta espécie, contra com um dos principais instintos, tanto mais ele se retrai do outro. Este princípio não pode deixar de provocar conseqüências patológicas, caso os dois instintos fundamentais estejam desunidos e caso o ego mantenha a repressão do instinto sexual componente em questão. Isto pode ser facilmente aplicados ao olho e à visão. Suponhamos que o instinto sexual componente que se utiliza do olhar - o prazer sexual em olhar em olhar - o prazer sexual em olhar [escoptofilia] - atraiu sobre si a ação defensiva dos instintos do ego, em conseqüência de suas exigências excessivas, de maneira que as idéias através das quais seus desejos se expressam sucumbam à repressão e sejam impedidas de se tornar conscientes; nesse caso haverá uma perturbação geral da relação do olho e do ato de ver com o ego e a consciência. O ego perderia seu domínio sobre o órgão, que ficaria, então, totalmente à disposição do instintos sexual reprimido. É como se a repressão houvesse sido exagerada pelo ego, como se tivesse despejado a criança com a água do banho: o ego se recusa a ver outra coisa qualquer, agora que o interesse sexual em ver se tornou tão predominante. Mas o quadro alternativo parece mais importante. Este atribui o papel ativo em vez disso ao prazer reprimido de ver. O instinto reprimido vinga-se por ter sido impedido de maior expansão psíquica, tornando-se capaz de ampliar seu domínio sobre o órgão que está a seu serviço. A perda do domínio consciente sobre o órgão é o substituto prejudicial para a repressão que malogrou e que só se tornou possível a esse preço.

Essa relação de um órgão com uma dupla exigência sobre ele - sua relação com o ego consciente e com a sexualidade reprimida - pode ser encontrada de maneira ainda mais evidente nos órgãos motores do que no olho: como, por exemplo, a mão que procurou executar um ato de ataque sexual e ficou paralisada histericamente é incapaz, depois da inibição do ato, de fazer outra coisa - como se estivesse insistindo obstinadamente em efetuar uma enervação reprimida; ou como os dedos de pessoas que renunciaram à masturbação se recusam a aprender os movimentos delicados indispensáveis para tocar piano ou violino. Quanto ao olho, estamos acostumados a interpretar os obscuros processos psíquicos implicados na repressão da escoptofilia sexual e no desenvolvimento da perturbação psicogênica da visão, como se uma voz punitiva estivesse falando de dentro do indivíduo e dizendo: `Como você tentou utilizar mal seu órgão para prazeres sensuais perversos, é justo que você nunca mais veja nada’, e como se, desta maneira, estivesse aprovando o resultado do processo. A idéia da pena de talião está implícita nisto e, de fato, nossa explicação da perturbação visual psicogênica coincide com o que sugerem os mitos e as lendas. A bela lenda de Lady Godiva nos conta como todos os habitantes da cidade se esconderam por trás de suas venezianas fechadas, a fim de tornar mais fácil a tarefa da senhora de cavalgar nua pelas ruas, em pleno dia, e como o único homem que espreitou pelas venezianas os seus encantos descobertos foi punido com a cegueira. E este não é o único exemplo que sugere que a enfermidade neurótica também possui a chave secreta da mitologia.

Senhores, a psicanálise é injustamente acusada de apresentar teorias puramente psicológicas para problema patológicos. A ênfase que ela coloca no papel patogênico da sexualidade, que, afinal, não é certamente um fator exclusivamente psíquico, deveria por si própria defendê-la contra essa acusação. Os psicanalistas nunca se esquecem de que o psíquico se baseia no orgânico, conquanto seu trabalho só os possa conduzir até essa base e não além. A psicanálise está, portanto, pronta a admitir, e mesmo a postular, que nem todas as perturbações da visão devem ser psicogênicas, como as que são provocadas pela repressão da escoptofilia erótica. Se um órgão que serve a duas espécie de instintos aumenta seus papel erógeno, é de se esperar, em geral, que tal não ocorra sem a excitabilidade e a inervação do órgão, passivo das alterações que se manifestarão na forma de perturbação de suas funções a serviço do ego. De fato, se descobrirmos que um órgão que serve normalmente à finalidade da percepção sensorial começa a se comportar como um genital real quando se intensifica seu papel erógeno, não nos parecerá improvável que nele também estejam ocorrendo alterações tóxicas. Na falta de outra melhor, temos de conservar a velha e inadequada expressão, perturbações `neuróticas’ para as duas classes de perturbações funcionais - as de origem fisiológica e as de origem tóxica - que decorrem do aumento do fator erógeno. De maneira geral, as perturbações neuróticas da visão apresentam a mesma relação com as psicogênicas que as `neuroses atuais’ têm com as psiconeuroses: as perturbações visuais psicogênicas, sem dúvida, dificilmente se manifestam sem as neuróticas, porém estas últimas podem surgir sem as primeiras. Estes sintomas neuróticos, infelizmente, são pouco reconhecidos e compreendidos, mesmo hoje em dia; porque não são diretamente acessíveis à psicanálise e, além disso, outros métodos de pesquisa não levaram em consideração o ponto de vista da sexualidade.

Há ainda mais uma linha de pensamento que se estende aos ramos da pesquisa orgânica provenientes da psicanálise. Podemos indagar de nós mesmos se a supressão dos instintos sexuais componentes, que é determinada por influências do ambiente, é suficiente, em si mesma, para provocar perturbações funcionais nos órgãos, ou se devem estar presentes condições constitucionais especiais, para que os órgãos sejam levados à exageração de seu papel erógeno;, procurando, conseqüentemente, a repressão dos instintos. Teríamos de observar essas condições como a parte constitucional da disposição para adoecer de perturbações psicogênicas e neuróticas. Este é o fator ao qual, quando aplicado a histeria, dei o nome provisório de `submissão somática’.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a psicanálise também aceita as hipóteses da dissociação e do inconsciente, porém as relacionamos de modo mutuamente diferente. O conceito psicanalítico é dinâmico e atribui a origem da vida psíquica a uma interação entre forças que favorecem ou inibem uma à outra. Se, em qualquer circunstância, um grupo de idéias permanece no inconsciente, a psicanálise não infere desse fato, de que há uma incapacidade constitucional para a síntese que se evidencia nessa determinada dissociação, mas sustenta que o isolamento e o estado de inconsciência desse grupo de idéias foram causados por uma oposição ativa de parte de outros grupos. O processo, devido ao qual teve esse destino, é conhecido como `repressão’ e o consideramos algo análogo a um julgamento condenatório nos domínios da lógica. A psicanálise ressalta que as repressões dessa espécie desempenham um papel extraordinariamente importante em nossa vida psíquica, mas que podem também, muitas vezes, falhar e que essas falhas da repressão constituem a precondição da formação de sintomas.

Então, se, como aprendemos, as perturbações psicogênicas da visão dependem de certas idéias relacionadas com a visão ser suprimida da consciência, teremos de admitir, do ponto de vista psicanalítico, que essas idéias entraram em oposição a outras idéias, mais poderosas, em relação às quais adotamos o conceito coletivo do `ego’ - um conjunto que é constituído de maneira heterogênea, em épocas diferentes - e, por esse motivo, se encontram sob repressão.

A oposição entre as idéias é apenas uma expressão das lutas entre os vários instintos. Do ponto de vista de nossa tentativa de explicação, uma parte extremamente importante é desempenhada pela inegável oposição entre os instintos que favorecem a sexualidade, a consecução da satisfação sexual, e os demais instintos que têm por objetivo a autopreservação do indivíduo - os instintos do ego.

Como disse o poeta, todos os instintos orgânicos que atuam em nossa mente podem ser classificados como `fome’ ou `amor’. Delineamos o `instinto sexual’ desde suas primeiras manifestações nas crianças, até sua forma final, que é descrita como `normal’. Descobrimos que é constituído por numerosos `instintos componentes’ que se relacionam com as excitações de partes do corpo; e chegamos a observar que esse instintos separados têm de passar por um desenvolvimento complicado, antes de poderem servir eficazmente aos objetivos da reprodução. A luz projetada pela psicologia sobre a evolução de nossa civilização mostrou-nos que ela se origina, principalmente, à custa dos instintos sexuais componentes e que estes têm de ser suprimidos, restringidos, transformados e dirigidos para objetivos mais elevados, a fim de que de que se possam estabelecer as construções psíquicas da civilização. Conseguimos reconhecer como um resultado valioso dessa pesquisa algo que nossos colegas ainda não estão prontos para aceitar, isto é, que os padecimentos humanos conhecidos como `neuroses’ se derivam das maneiras muito diversas em que esses processos de transformação dos instintos sexuais componentes podem malograr. O `ego’ sente-se ameaçado pelas exigências dos instintos sexuais e os desvia através de repressões; estas, no entanto, nem sempre produzem o resultado esperado, mas levam à formação de substitutos perigosos para o reprimido e a reações incômodas por parte do ego. Dessas duas classes de fenômenos, tomadas como um todo, emergem o que chamamos os sintomas da neurose.

Tanto os instintos sexuais como os instintos do ego, têm, em geral, os mesmos órgãos e sistemas de órgãos à sua disposição. O prazer sexual não está apenas ligado à função dos genitais. A boca serve tanto para beijar como para comer e para falar; os olhos percebem não só alterações no mundo externo, que são importantes para a preservação da vida, como também as características dos objetos que os fazem ser escolhidos como objetos de amor - seus encantos. O instinto reprimido vinga-se por ter sido impedido de maior expansão psíquica, tornando-se capaz de ampliar seu domínio sobre o órgão que está a seu serviço. A perda do domínio consciente sobre o órgão é o substituto prejudicial para a repressão que malogrou e que só se tornou possível a esse preço.

Essa relação de um órgão com uma dupla exigência sobre ele - sua relação com o ego consciente e com a sexualidade reprimida - pode ser encontrada de maneira ainda mais evidente nos órgãos motores do que no olho: como, por exemplo, a mão que procurou executar um ato de ataque sexual e ficou paralisada histericamente é incapaz, depois da inibição do ato, de fazer outra coisa - como se estivesse insistindo obstinadamente em efetuar uma enervação reprimida; ou como os dedos de pessoas que renunciaram à masturbação se recusam a aprender os movimentos delicados indispensáveis para tocar piano ou violino.

De maneira geral, as perturbações neuróticas da visão apresentam a mesma relação com as psicogênicas que as `neuroses atuais’ têm com as psiconeuroses: as perturbações visuais psicogênicas, sem dúvida, dificilmente se manifestam sem as neuróticas, porém estas últimas podem surgir sem as primeiras.

Há ainda mais uma linha de pensamento que se estende aos ramos da pesquisa orgânica provenientes da psicanálise. Podemos indagar de nós mesmos se a supressão dos instintos sexuais componentes, que é determinada por influências do ambiente, é suficiente, em si mesma, para provocar perturbações funcionais nos órgãos, ou se devem estar presentes condições constitucionais especiais, para que os órgãos sejam levados à exageração de seu papel erógeno;, procurando, conseqüentemente, a repressão dos instintos. Teríamos de observar essas condições como a parte constitucional da disposição para adoecer de perturbações psicogênicas e neuróticas. Este é o fator ao qual, quando aplicado a histeria, dei o nome provisório de `submissão somática’.

Mattanó aponta que a psicanálise também aceita as hipóteses da dissociação e do inconsciente, porém as relacionamos de modo mutuamente diferente. O conceito psicanalítico é dinâmico e atribui a origem da vida psíquica a uma interação entre forças que favorecem ou inibem uma à outra. Se, em qualquer circunstância, um grupo de idéias permanece no inconsciente, a psicanálise não infere desse fato, de que há uma incapacidade constitucional para a síntese que se evidencia nessa determinada dissociação, mas sustenta que o isolamento e o estado de inconsciência desse grupo de idéias foram causados por uma oposição ativa de parte de outros grupos. O processo, devido ao qual teve esse destino, é conhecido como `repressão’ e o consideramos algo análogo a um julgamento condenatório nos domínios da lógica. A psicanálise ressalta que as repressões dessa espécie desempenham um papel extraordinariamente importante em nossa vida psíquica, mas que podem também, muitas vezes, falhar e que essas falhas da repressão constituem a precondição da formação de sintomas.

Então, se, como aprendemos, as perturbações psicogênicas da visão dependem de certas idéias relacionadas com a visão ser suprimida da consciência, teremos de admitir, do ponto de vista psicanalítico, que essas idéias entraram em oposição a outras idéias, mais poderosas, em relação às quais adotamos o conceito coletivo do `ego’ - um conjunto que é constituído de maneira heterogênea, em épocas diferentes - e, por esse motivo, se encontram sob repressão.

A oposição entre as idéias é apenas uma expressão das lutas entre os vários instintos. Do ponto de vista de nossa tentativa de explicação, uma parte extremamente importante é desempenhada pela inegável oposição entre os instintos que favorecem a sexualidade, a consecução da satisfação sexual, e os demais instintos que têm por objetivo a autopreservação do indivíduo - os instintos do ego.

Como disse o poeta, todos os instintos orgânicos que atuam em nossa mente podem ser classificados como `fome’ ou `amor’. Delineamos o `instinto sexual’ desde suas primeiras manifestações nas crianças, até sua forma final, que é descrita como `normal’. Descobrimos que é constituído por numerosos `instintos componentes’ que se relacionam com as excitações de partes do corpo; e chegamos a observar que esse instintos separados têm de passar por um desenvolvimento complicado, antes de poderem servir eficazmente aos objetivos da reprodução. A luz projetada pela psicologia sobre a evolução de nossa civilização mostrou-nos que ela se origina, principalmente, à custa dos instintos sexuais componentes e que estes têm de ser suprimidos, restringidos, transformados e dirigidos para objetivos mais elevados, a fim de que de que se possam estabelecer as construções psíquicas da civilização. Conseguimos reconhecer como um resultado valioso dessa pesquisa algo que nossos colegas ainda não estão prontos para aceitar, isto é, que os padecimentos humanos conhecidos como `neuroses’ se derivam das maneiras muito diversas em que esses processos de transformação dos instintos sexuais componentes podem malograr. O `ego’ sente-se ameaçado pelas exigências dos instintos sexuais e os desvia através de repressões; estas, no entanto, nem sempre produzem o resultado esperado, mas levam à formação de substitutos perigosos para o reprimido e a reações incômodas por parte do ego. Dessas duas classes de fenômenos, tomadas como um todo, emergem o que chamamos os sintomas da neurose.

Tanto os instintos sexuais como os instintos do ego, têm, em geral, os mesmos órgãos e sistemas de órgãos à sua disposição. O prazer sexual não está apenas ligado à função dos genitais. A boca serve tanto para beijar como para comer e para falar; os olhos percebem não só alterações no mundo externo, que são importantes para a preservação da vida, como também as características dos objetos que os fazem ser escolhidos como objetos de amor - seus encantos. O instinto reprimido vinga-se por ter sido impedido de maior expansão psíquica, tornando-se capaz de ampliar seu domínio sobre o órgão que está a seu serviço. A perda do domínio consciente sobre o órgão é o substituto prejudicial para a repressão que malogrou e que só se tornou possível a esse preço.

Essa relação de um órgão com uma dupla exigência sobre ele - sua relação com o ego consciente e com a sexualidade reprimida - pode ser encontrada de maneira ainda mais evidente nos órgãos motores do que no olho: como, por exemplo, a mão que procurou executar um ato de ataque sexual e ficou paralisada histericamente é incapaz, depois da inibição do ato, de fazer outra coisa - como se estivesse insistindo obstinadamente em efetuar uma enervação reprimida; ou como os dedos de pessoas que renunciaram à masturbação se recusam a aprender os movimentos delicados indispensáveis para tocar piano ou violino.

De maneira geral, as perturbações neuróticas da visão apresentam a mesma relação com as psicogênicas que as `neuroses atuais’ têm com as psiconeuroses: as perturbações visuais psicogênicas, sem dúvida, dificilmente se manifestam sem as neuróticas, porém estas últimas podem surgir sem as primeiras.

Há ainda mais uma linha de pensamento que se estende aos ramos da pesquisa orgânica provenientes da psicanálise. Podemos indagar de nós mesmos se a supressão dos instintos sexuais componentes, que é determinada por influências do ambiente, é suficiente, em si mesma, para provocar perturbações funcionais nos órgãos, ou se devem estar presentes condições constitucionais especiais, para que os órgãos sejam levados à exageração de seu papel erógeno;, procurando, conseqüentemente, a repressão dos instintos. Teríamos de observar essas condições como a parte constitucional da disposição para adoecer de perturbações psicogênicas e neuróticas. Este é o fator ao qual, quando aplicado a histeria, dei o nome provisório de `submissão somática’.

Contudo a submissão somática aplicada à histeria pode ser consequência do desenvolvimento moral dessa pessoa, pois cada indivíduo possui um desenvolvimento moral que define suas escolhas e atitudes morais, inclusive se ele vai ser submisso, dominador ou livre e libertador, ou seja, completamente dependente, parcialmente dependente ou plenamente autônomo e livre.

Para Jean Piaget o desenvolvimento da moral abrange três fases, denominadas:

 

- anomia (crianças até 5 anos): geralmente a moral não se coloca, com as normas de conduta sendo determinadas pelas necessidades básicas. Porém, quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que se é certo ou errado. Um bebê que chora até que seja alimentado é um exemplo dessa fase.

 

- heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade): O certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não corresponde a uma atitude correta. Um homem pobre que roubou um remédio da farmácia para salvar a vida de sua esposa está tão errado quanto um outro que assassinou a esposa, seguindo o raciocínio heteronômico.

 

- autonomia: legitimação das regras. O respeito a regras é gerado por meio de acordos mútuos. É a última fase do desenvolvimento da moral.

 

Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição anomia - heteronomia, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual.

 

 

QUADRO I - NÍVEIS E ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MORAL, SEGUNDO KOHLBERG, 1969.

 

NÍVEL - Pré-convencional O valor moral localiza-se nos acontecimentos externos, "quase" físicos, em atos maus ou em necessidades "quase" físicas, mais do que em pessoas ou padrões.

Estágio 1 - orientação para a obediência e castigo. Deferência egocêntrica, sem questionamento, para o poder ou prestígio superior ou tendência para evitar aborrecimentos.

Estágio 2 - orientação ingenuamente egoísta. A ação correta é a que satisfaz instrumentalmente às próprias necessidades e, eventualmente, às de outrem. Consciência do relativismo do valor relativo das necessidades e perspectivas de cada um. Igualitarismo  ingênuo e orientação para troca e reciprocidade.

NÍVEL II - Convencional O valor moral localiza-se no desempenho correto de papéis, na manutenção da ordem convencional e em atender às expectativas dos outros.

Estágio 3 - orientação do bom menino e boa menina. Orientação para obtenção de aprovação e para agradar aos outros. Conformidade com imagens estereotipadas ou papéis naturais e julgamento em função de intenções.

Estágio 4 - orientação de manutenção da autoridade e ordem social. Orientação para cumprir o dever e demonstrar respeito para com a autoridade e para a manutenção da ordem social como um fim em si mesmo. Consideração pelas expectativas merecidas dos outros.

NÍVEL III - Pós-convencional, autônomo ou nível de princípios O valor moral localiza-se na conformidade para consigo mesmo, com padrões, direitos e deveres que são ou podem ser compartilhados.

Estágio 5 - orientação contratual legalista. Reconhecimento de um elemento ou ponto de partida arbitrário nas regras , no interesse do acordo. O dever é definido em termos de contrato ou de evitar, de forma geral, a violação dos direitos dos outros e da vontade e bem-estar da maioria.

Estágio 6 - orientação de consciência ou princípios. Orientação não apenas para regras sociais realmente prescritas, mas para princípios de escolha que envolvem apelo à universalidade lógica e consistência. Orientação para consciência, como agente dirigente, e segundo respeito e confiança mútua.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

PSICANÁLISE SILVESTRE (1910)

 

ÜBER WILDE PSYCHOANALYSE

 

(a)   EDIÇÕES ALEMÃS:

1910   Zbl. Psychoan., 1 (3), 91-5.

1913   S.K.S.N., 3, 299-305. (2ª ed. 1921.)

1924   Technik und Metapsychol., 37-44.

1924   G.S., 6, 37-44.

1943   G.W., 8, 118-25.

(b)   TRADUÇÃO INGLÊSAS:

‘Concerning “Wild” Psychoanalysis’

1912   S.P.H., (2ª ed.), 201-6. (Trad. A.A. Brill.) (3ª ed. 1920.)

‘Observations on “Wild” Psycho-Analysis’

1924   C.P., 2, 297-304. (Trad. Joan Riviere.)

A presente tradução inglesa, com o título modificado ‘ “Wild” Psycho-Analysis’ baseia-se na publicada em 1924.

O tema essencial deste artigo (publicado em dezembro de 1910) já tinha sido tratado por Freud, cerca de seis anos antes, numa conferência sobre psicoterapia (1905a), ver em [1]. Além de seu tema principal, o artigo é digno de atenção por conter uma das raras últimas alusões de Freud às ‘neuroses atuais’, aliada ao lembrete da importância de se distinguir a neurose de angústia da histeria da angústia (ver a partir de [2]).

 

NOTA DO EDITOR BRASILEIRO

 

A presente tradução brasileira é da autoria de Paulo Dias Corrêa (Presidente da Sociedade Brasileira de Psicoterapia de Grupo do Rio de Janeiro, Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Membro da Associação Psiquiátrica do Rio de Janeiro).

 

PSICANÁLISE SILVESTRE

 

HÁ POUCOS dias, uma dama de meia-idade, sob a proteção de uma amiga, veio à minha consulta, queixando-se de estados ansiosos. Ela estava na segunda metade de sua década dos quarenta, razoavelmente bem conservada e, obviamente, não tinha ainda encerrado a sua condição de mulher. A causa precipitante da irrupção de seus estados ansiosos fora o divorciar-se de seu último marido; mas a ansiedade tinha-se tornado consideravelmente mais intensa, conforme seu relato, desde que consultara um jovem médico no subúrbio onde morava, porque ele a havia informado de que a causa de sua ansiedade era a sua falta de satisfação sexual. Disse-lhe que ela não poderia tolerar a falta de relações sexuais com o marido e, assim, havia apenas três maneiras pelas quais ela poderia recuperar a saúde - ela devia ou voltar para o marido, ou ter um amante, ou obter satisfação consigo mesma. Desde então, tinha ela estado convencida de que era incurável, pois não voltaria para o marido, e as outras duas alternativas eram repugnantes aos seus sentimentos morais e religiosos. Tinha vindo a mim, todavia, porque o médico dissera que esta era uma nova descoberta pela qual eu era responsável, e que ela teria apenas de vir e me solicitar que confirmasse o que ele lhe dissera, e eu falaria que esta e nada mais era a verdade. A amiga que estava com ela, uma mulher mais velha, ressequida e de aspecto doentio, implora-me então que assegure à paciente que o médico estava enganado; não era possível que fosse verdade, porque ela própria tinha ficado viúva há muitos anos e permanecia apesar disso respeitável, sem sofrer de ansiedade.

Não me deterei na desconcertante situação em que estive colocado por esta consulta, mas considerarei ao invés a conduta do clínico que enviou esta senhora a mim. Primeiro, no entanto, suportemos uma restrição mental que talvez possa não ser supérflua - em verdade, assim o esperamos. Longos anos de experiência me ensinaram - como podem ensinar a qualquer outro - a não aceitar de imediato como verdade o que os pacientes, especialmente os pacientes nervosos, relatam acerca de seus médicos. Não apenas facilmente se torna o especialista em doenças nervosas o objeto de muitos dos sentimentos hostis de seus pacientes, qualquer que seja o método de tratamento que empregue; ele deve também, muitas vezes, resignar-se a aceitar, por uma espécie de projeção, a responsabilidade pelos desejos reprimidos ocultos de seus pacientes nervosos. É um fato melancólico, mas significativo, que tais acusações em nenhum outro lugar encontrem crédito mais prontamente do que entre os outros médicos.

Tenho, por conseguinte, razão para esperar que essa dama me forneceu uma narração tendenciosamente distorcida do que seu médico havia dito, e que faço a um homem, que me é desconhecido, uma injustiça, por vincular minhas observações acerca da psicanálise ‘silvestre’ com esse incidente. Mas, ao fazer isso, talvez eu possa evitar que outros causem dano a seus pacientes.

Suponhamos, pois, que o doutor falou à paciente exatamente como aludiu. Qualquer pessoa adiantaria imediatamente a crítica de que, se um médico julga necessário discutir a questão da sexualidade com uma mulher, ele deve fazer isso com tato e consideração. Submeter-se a esta exigência, todavia, coincide com a prática de certas regras técnicas de psicanálise. Ademais, o médico em questão ignorou certo número das teorias científicas de psicanálise ou as apreendeu mal, e assim mostrou quão pouco ele havia penetrado na compreensão da natureza e finalidade dela.

Comecemos pelos últimos, os erros científicos. O conselho do doutor à dama mostra claramente em que sentido ele entende a expressão ‘vida sexual’ - no sentido popular, ou seja, em que por necessidades sexuais nada se significa senão a necessidade do coito ou de atos análogos produtores de orgasmo e emissão das substâncias sexuais. Ele não deve ter ficado esquecido, no entanto, de que a psicanálise é comumente censurada por haver estendido o conceito do que é sexual muito além de sua posição vulgar. O fato é incontestável; não discutirei aqui se ele pode ser judiciosamente usado como um reproche. Em psicanálise, o conceito do que é sexual abrange bem mais; ele vai mais abaixo e também mais acima do que seu sentido popular. Essa extensão se justifica geneticamente; nós reconhecemos como pertencentes à ‘vida sexual’ todas as atividades dos sentimentos ternos que têm os impulsos sexuais primitivos como fonte, mesmo quando esse impulsos se tornaram inibidos com relação a seu fim sexual original, ou tiveram de trocar esse fim por outro que não é mais sexual. Por essa razão, preferimos falar em psicossexualidade, colocando assim ênfase sobre o ponto de que o fator mental na vida sexual não deve ser desdenhado ou subestimado. Usamos a palavra ‘sexualidade’ no mesmo sentido compreensivo que aquele em que a língua alemã usa a palavra lieben [‘amar’]. Temos desde muito sabido também que a ausência mental de satisfação, com todas as sua conseqüências, pode existir quando não há falta de relações sexuais normais; e, como terapeutas, sempre temos em mente que as tendências sexuais insatisfeitas (cujas satisfações substitutivas na forma de sintomas nervosos nós combatemos) podem amiúde encontrar apenas uma derivação muito inadequada no coito ou em outros atos sexuais.

Quem quer que não partilhe desde ponto de vista de psicossexualidade não tem o direito de expor teses psicanalíticas tratando da importância etiológica da sexualidade. Ao acentuar exclusivamente o fator somático da sexualidade, ele, sem dúvida, simplifica grandemente o problema, mas ele apenas deverá carregar a responsabilidade por aquilo que ele faz.

Uma segunda e igualmente grande incompreensão se distingue por trás do conselho do médico.

É verdade que a psicanálise apresenta a ausência de satisfação sexual como a causa de distúrbios nervosos. Mas não diz ela mais do que isso? Deve-se ignorar seu ensinamento por ser assaz complicado quando ela afirma que os sintomas nervosos se originam de um conflito entre duas forças - de um lado a libido (que, de regra, se torna excessiva) e de outro uma rejeição da sexualidade ou uma repressão que é sobremodo intensa? Ninguém que se recorde desde segundo fator, que não é de modo algum secundário, em importância, jamais poderá acreditar que a satisfação sexual, só por si, constitua um remédio de universal eficácia para os sofrimentos dos neuróticos. Um bom número nessas pessoas, de fato, tanto em suas circunstâncias presentes, como de um modo geral, não é capaz de se satisfazer. Se o fosse, se estivessem livres de suas resistências internas, a força do próprio instinto lhes indicaria o caminho da satisfação, ainda que nenhum médico o aconselhasse. Qual o benefício, pois, de conselho médico tal como o que se admite tenha sido dado a esta senhora?

Ainda que ele pudesse cientificamente se justificar, este não é conselho que ela possa seguir. Se ela não tivesse tido resistências internas contra a masturbação ou contra uma ligação amorosa, naturalmente que já teria adotado, de há muito, uma dessas medidas. Será que o médico acha que uma mulher com mais de quarenta anos não se dá conta de que pode ter um amante ou será que superestima ele tanto sua influência a ponto de julgar que ela nunca chegaria a se decidir sobre tal passo sem aprovação médica?

Tudo isso parece muito claro, e não obstante deve-se admitir a existência de um fator que, amiúde, torna difícil formar uma opinião. Certos estados nervosos que chamamos de ‘neuroses atuais’, tais como a neurastenia típica e a neurose de angústia simples, obviamente dependem do fator somático da vida sexual, enquanto não temos, até agora, um quadro nítido do papel neles desempenhado pelo fator psíquico e pela repressão. Em tais casos, é natural que o médico deva considerar primeiro certa terapêutica ‘atual’, certa alteração da atividade sexual somática da paciente, e ele assim o faz com plena justificativa se o seu diagnóstico estiver certo. A dama que consultou o jovem doutor queixava-se, sobretudo, de estado de ansiedade e, assim, ele provavelmente supôs que ela vinha sofrendo de uma neurose de angústia, e se sentiu justificado em recomendar-lhe uma terapêutica somática. Outra vez uma cômoda incompreensão! Uma pessoa padecendo de ansiedade não está por essa razão necessariamente sofrendo de neurose de angústia; semelhante diagnóstico não se pode fundamentar sobre a designação [do sintoma]; tem-se de saber que sinais constituem uma neurose de angústia e ser capaz de distingui-la de outros estados patológicos que também se manifestam por ansiedade. Minha impressão foi que a dama em causa estava sofrendo de Histeria de angústia, e todo o valor de tais distinções nosográficas - um que perfeitamente as justifica - está no fato de que elas indicam uma etiologia diferente e um tratamento diferente. Ninguém que levasse em consideração a possibilidade de histeria de angústia nesse caso teria caído no erro de negligenciar os fatores mentais, como este médico fez com suas três alternativas.

Estranhamente bastante, as três alternativas terapêuticas desse assim chamado psicanalista não deixam lugar para a… psicanálise! Esta mulher, aparentemente, só se podia curar de sua ansiedade pela volta do marido, ou pela satisfação de suas necessidades através da masturbação ou com um amante. E onde entra o tratamento analítico, tratamento que consideramos o remédio principal dos estados de ansiedade?

Isto nos conduz aos erros técnicos que se vêem no comportamento do doutor neste caso citado. É idéia há muito superada, e que se funda em aparência superficiais, a de que o paciente sofre de uma espécie de ignorância, e que se alguém consegue remover esta ignorância dando a ele a informação (acerca da conexão causal de sua doença com sua vida, acerca de suas experiência de meninice, e assim por diante) ele deve recuperar-se. O fator patológico não é esse ignorar propriamente, mas estar o fundamento dessa ignorância em suas resistências internas; foram elas que primeiro produziram esse ignorar e elas ainda o conservam agora. A tarefa do tratamento está no combate a essas resistências. O informar ao paciente aquilo que ele não sabe porque ele reprimiu é apenas um dos preliminares necessários ao tratamento. Se o conhecimento acerca do inconsciente fosse tão importante para o paciente, como as pessoas sem experiência de psicanálise imaginam, ouvir conferências ou ler livros seria suficiente para curá-lo. Tais medidas, porém, têm tanta influência sobre os sintomas da doença nervosa, como a distribuição de cardápios numa época de escassez de víveres tem sobre a fome. A analogia vai mesmo além de sua aplicação imediata; pois, informar o paciente sobre seu inconsciente redunda, em regra, numa intensificação do conflito nele e numa exacerbação de seus distúrbios.

De vez, no entanto, que a psicanálise não pode abster-se de dar essa informação, prescreve que isto não se poderá fazer antes que duas condições tenham sido satisfeitas. Primeiro, o paciente deve, através de preparação, ter alcançado ele próprio a proximidade daquilo que ele reprimiu e, segundo, ele deve ter formado uma ligação suficiente (transferência) com o médico para que seu relacionamento emocional com este torne uma nova fuga impossível.

Somente quando estas condições forem satisfeitas se torna possível reconhecer e dominar as resistências que conduziram à repressão e à ignorância. A intervenção, portanto, requer de maneira absoluta um período bastante longo de contacto com o paciente. As tentativas de surpreendê-lo na primeira consulta, inopinadamente lhe contando os segredos que foram descobertos pelo médico, são tecnicamente inadmissíveis. E elas, as mais das vezes, trazem sua própria punição por produzirem uma franca inimizade pelo médico da parte do paciente, e por impedi-lo de ter qualquer influência ulterior.

Ao lado de tudo isto, a gente pode algumas vezes fazer uma suposição errônea, e nunca se está numa posição de descobrir a verdade toda. A psicanálise fornece essas regras técnicas definidas para substituir o indefinível ‘tato médico’ que se considera como um dom especial.

Não é bastante, pois, para um médico saber alguns dos achados da psicanálise; ele deve também estar familiarizado com a técnica se ele deseja que seu procedimento profissional se oriente por um ponto de vista psicanalítico. Esta técnica não pode no entanto ser adquirida nos livros, e ela por certo não pode ser descoberta independentemente, sem grandes sacrifícios de tempo, de cansaço e de sucesso. Como outras técnicas médicas, ela tem de ser aprendida com aqueles que já são experimentados nela. É tema de alguma significação, pois, ao formar um julgamento sobre o incidente que tomei como ponto de partida para estes comentários, que não conheço o médico que se supõe ter dado semelhante conselho à dama e nunca ouvi falar em seu nome.

Nem eu nem meus amigos e colaboradores achamos agradável reclamar um monopólio desse modo no uso de uma técnica médica. Mas, em face dos perigos para os pacientes e para a causa da psicanálise inerentes à prática que se pode antever de uma psicanálise ‘silvestre’, não tivemos outra escolha. Na primavera de 1910, fundamos uma International Psycho-Analytical Association (Associação Internacional de Psicanálise), a que seus membros declararam aderir, pela publicação de seus nomes, de maneira a serem capazes de repudiar a responsabilidade por aquilo que é feito pelos que não pertencem a nós e no entanto chamam a seu procedimento ‘psicanálise’. Pois, em verdade, os analistas ‘silvestres’ desta espécie causam mais dano à causa da psicanálise do que aos pacientes individualmente. Tenho amiúde encontrado que um procedimento inepto desses, mesmo se a princípio produzia uma exacerbação da condição do paciente, conduzia a uma recuperação ao final. Nem sempre, mas muito amiúde. Quando ele já insultou bastante o médico e se sente suficientemente distanciado de sua influência, seus sintomas cedem, ou ele se decide a tomar alguma iniciativa que vai no caminho da recuperação. A melhoria final então advém ‘por si’ ou é atribuída a certo tratamento totalmente neutro por algum outro doutor para quem o paciente tenha mais tarde se voltado. No caso da senhora cuja queixa contra seu médico ouvimos, eu devia dizer que, apesar de tudo, o psicanalista ‘silvestre’ fez mais por ela do que alguma autoridade altamente respeitada que lhe tivesse dito que ela estava sofrendo de uma ‘neurose vasomotora’. Ele forçou a atenção dela para a verdadeira causa de seu distúrbio, ou nessa direção, e não obstante toda a oposição dela, essa sua intervenção não pode ter ficado sem resultados favoráveis. Mas ele causou dano a si próprio e ajudou a intensificar as prevenções que os pacientes sentem, devido a suas resistências afetivas naturais, contra os métodos da psicanálise. E isto pode ser evitado.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica novamente sua técnica psicanalítica e sua ética moral que deve ser preservada, tanto no ensino e na aprendizagem quanto nos consultórios médicos e psicanalíticos, atentando que as resistências afetivas naturais contra os métodos da psicanálise devem ser evitadas.

Mattanó aponta que Freud ensina novamente sua técnica psicanalítica e sua ética moral que deve ser preservada, tanto no ensino e na aprendizagem quanto nos consultórios médicos e psicanalíticos, atentando que as resistências afetivas naturais contra os métodos da psicanálise devem ser evitadas, pois todo o processo de descobertas e construção de sua teoria e obra, de suas epistemologias, foram extremamente difíceis, pois demandaram e exigiram muito sacrifício e investimento, tempo e dedicação, leitura e reflexão, análise e interpretação, uma releitura da obra original de Sigmund Freud.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

 

BREVES ESCRITOS (1910)

 

CONTRIBUIÇÕES PARA UMA DISCUSSÃO ACERCA DO SUICÍDIO

 

  1. OBSERVAÇÕES INTRODUTÓRIAS

Senhores. Todos vós ouvistes com muita satisfação o arrazoado feito por um educador que não admitirá que uma acusação injusta se levante contra a instituição que lhe é tão cara. Mas eu sei que, de todo modo, não estais inclinados a dar fácil crédito à acusação de que as escolas impelem seus alunos ao suicídio. Não nos deixemos levar demasiado longe, no entanto, por nossa simpatia pela parte que foi injustamente tratada nesse caso. Nem todos os argumentos apresentados pelo iniciador da discussão me parecem sustentáveis. Se é o caso que o suicídio de jovens ocorre não só entre os aluno de escolas secundárias, mas também entre aprendizes e outros, este fato não absolve as escolas secundárias; isto deve talvez ser interpretado como significando que no, concernente a seus alunos, a escola secundária toma o lugar dos traumas com que outros adolescentes se defrontam em outras condições de vida. Mas uma escola secundária deve conseguir mais do que não impelir seus alunos ao suicídio. Ela deve lhes dar o desejo de viver e devia oferecer-lhes apoio e amparo numa época da vida em que as condições de seu desenvolvimento os compelem a afrouxar seus vínculos com a casa dos pais e com a família. Parece-me indiscutível que as escolas falham nisso, e a muitos respeitos deixam de cumprir seu dever de proporcionar um substituto para a família e de despertar o interesse pela vida do mundo exterior. Esta não é a ocasião oportuna para uma crítica às escolas secundárias em sua forma presente; mas talvez eu possa acentuar um simples ponto. A escola nunca deve esquecer que ela tem de lidar com indivíduos imaturos a quem não pode ser negado o direito de se demorarem em certos estágios do desenvolvimento e mesmo em alguns um pouco desagradáveis. A escola não pode ajudicar-se o caráter de vida: ela não deve pretender ser mais do que uma maneira de vida.

  1. OBSERVAÇÕES FINAIS

Senhores. Tenho a impressão de que, a despeito de todo o valioso material que nos foi exposto, nesta discussão, não chegamos a uma decisão sobre o problema que nos interessa. Estávamos ansiosos sobretudo em saber como seria possível subjugar-se ao extraordinariamente poderoso instinto da vida: isto pode apenas acontecer com o auxílio de uma libido desiludida, ou se o ego pode renunciar à sua autopreservação, por seus próprios motivos egoístas. Pode ser que tenhamos deixado de responder a esta indagação psicológica porque não temos meios adequado para abordá-la. Podemos, eu acredito, apenas tomar como nosso ponto de partida a condição de melancolia, que nos é tão familiar clinicamente, e uma comparação entre ela e o afeto do luto. Os processos afetivos na melancolia, entretanto, e as vicissitudes experimentadas pela libido nessa condição nos são totalmente desconhecidos. Nem chegamos a uma compreensão psicanalítica do afeto crônico do luto. Deixemos em suspenso nosso julgamento até que a experiência tenha solucionado este problema.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a escola em sua época era desencadeadora e fonte de comportamento suicida entre os seus alunos, sobretudo entre os secundaristas que estavam em época de saída de casa e formação de grupos para convivência, e que a escola deveria se preocupar com o instinto de vida, ser, justamente, mais do que uma maneira de vida melancólica e imatura.

Mattanó aponta que a escola na época de Freud era desencadeadora e fonte de comportamento suicida entre os seus alunos, sobretudo entre os secundaristas que estavam em época de saída de casa e formação de grupos para convivência, e que a escola deveria se preocupar com o instinto de vida, ser, justamente, mais do que uma maneira de vida melancólica e imatura. Mas que ainda hoje, temos este tipo de escola em nosso meio, a escola do tipo de educação bancária que se opõe a de educação libertadora que trabalha, justamente, estes processos psíquicos e comportamentais conflituosos dos seus alunos e professores, inclusive pais e mães e equipe-técnica.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

A CARTA AO DR. FRIEDRICH S. KRAUSS

SOBRE A ANTHROPOPHYTEIA

 

MEU PREZADO DR. KRAUSS,

Você me pergunta que valor científico, em minha opinião, podem apresentar as coleções de piadas, de chistes, de anedotas etc., de natureza erótica. Sei que você não experimentou a menor dúvida de poder justificar haver reunido tais coleções. Você simplesmente me pede o testemunho, do ponto de vista do psicólogo, para o fato de que material dessa natureza não só é útil mas indispensável.

Há dois pontos, sobre que, principalmente, eu gostaria de insistir. Quando já tudo se disse e se fez, as sátiras e anedotas cômicas eróticas, que você colecionou e publicou em Anthropophyteia, só foram produzidas e repetidas porque elas causaram prazer tanto a seus narradores quanto a seus ouvintes. Não é difícil adivinhar que componentes instintivos da sexualidade (composta como é de tantos elementos) encontram satisfação dessa maneira. Essas histórias nos dão informação direta quanto a que instintos parciais da sexualidade se retêm num dado grupo de pessoas por serem especialmente eficientes na produção de prazer; e dessa maneira eles fornecem a confirmação mais nítida das descobertas conseguidas pelo exame psicanalítico de neuróticos. Permita-me indicar o exemplo mais importante desta natureza. A psicanálise nos levou a afirmar que a região anal - normalmente e não apenas nos indivíduos pervertidos - é a sede de uma sensibilidade erógena, e que a certos respeitos, ela se comporta exatamente como um órgão genital. Médicos e psicólogos, quando informados de que há um erotismo anal e um caráter anal dele derivado, ficam altamente indignados. Neste ponto, a Anthropophyteia vem em auxílio da psicanálise, mostrando quão universalmente as pessoas se demoram com prazer sobre essa parte do corpo, suas atividades e mesmo no produto das funções dela. Se isto assim não fosse, todas essas anedotas estariam fadadas a produzir desagrado em seus ouvintes, ou então toda a massa da população teria de ser `pervertida’ no significado em que se usa a palavra nos trabalhos a respeito da `psicopatia sexual’, de tom moralizador. Não seria difícil dar outros exemplos de como o material colecionado pelos autores da Anthropophyteia tem sido de valor para as pesquisas de psicologia sexual. Seu valor poderia mesmo aumentar, talvez, pela circunstância (não uma vantagem em si) de que os colecionadores nada sabem das descobertas teóricas da psicanálise e reuniram o material sem quaisquer princípios diretivos.

Outra vantagem de um caráter mais amplo se apresenta em particular nos chistes eróticos, em senso estrito, exatamente como nos chistes em geral. Mostrei em meu estudo sobre os chistes (1905c) que a revelação do que normalmente é o elemento inconsciente reprimido na mente pode, sob certos arranjos, tornar-se uma fonte de prazer e, assim, uma técnica para a construção de chistes. Em psicanálise, hoje, descrevemos um encadeamento de idéias e seus efeitos associados como um `complexo’; e estamos preparados para afirmar que muitos dos chistes mais apreciados são os chistes `complexivos’ e que devem seu efeito hilariante e alegre à engenhosa revelação do que, em regra, são complexos reprimidos. Levar-me-ia demasiado longe se eu fosse apresentar aqui exemplos como prova desta tese, mas posso afirmar que o resultado de tal exame da evidência é que os chistes, tanto os eróticos como os de outras espécies, que circulam popularmente, fornecem um excelente auxiliar de investigação da mente humana inconsciente - da mesma maneira que o fazem os sonhos, os mitos e as lendas, em cuja exploração a psicanálise já está ativamente empenhada.

Podemos, pois, por certo esperar que a importância psicológica do folclore seja cada vez mais claramente reconhecida, e que as relações entre esse ramo de estudo e a psicanálise logo se tornem mais estreitas.

Subscrevo-me, prezado Dr. Krauss, muito cordialmente,

FREUD

 

26 de junho de 1910

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica e comenta o valor dos chistes e piadas eróticas, o material colecionado pelos autores da Anthropophyteia, que vem em auxílio a psicanálise e a psicologia sexual, de modo a comprovar suas teorias acerca dos chistes e piadas em relação ao inconsciente que também se manifesta através dos sonhos, dos mitos e lendas, e do folclore.

Mattanó aponta o que Freud explica e comenta sobre o valor dos chistes e piadas eróticas, sobre o material colecionado pelos autores da Anthropophyteia, que vem em auxílio a psicanálise e a psicologia sexual, de modo a comprovar suas teorias acerca dos chistes e piadas em relação ao inconsciente que também se manifesta através dos sonhos, dos mitos e lendas, e do folclore. A psicanálise toma posse desse material assim como o próprio inconsciente.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

 

DOIS EXEMPLOS DE FANTASIAS PATOGÊNICAS REVELADAS PELOS PRÓPRIOS PACIENTES

 

A

HÁ POUCO tempo, examinei um paciente com cerca de vinte anos de idade, que apresentava um quadro inconfundível (confirmado por outras opiniões) de demência precoce (hebefrenia). Durante os estágios iniciais de sua doença, ele manifestara mudanças periódicas de humor e experimentara considerável melhoria. Enquanto estava nessa condição favorável, foi removido da instituição pelos pais e, durante cerca de uma semana, regalaram-no com distrações de toda espécie para celebrar seu suposto restabelecimento. A recidiva seguiu-se imediatamente a essa semana de festividades. Quando foi levado de volta à instituição, ele disse que seu médico assistente o aconselhara a `flertar um pouco com a mãe’. Não pode haver dúvida de que, nesta paramnesia delirante, ele estava dando expressão à excitação que provocara nele o fato de estar em companhia da mãe e que foi a provocação imediata de sua recaída.

                                                  B

Há mais de dez anos, numa época em que as descobertas e hipóteses da psicanálise eram conhecidas apenas por poucas pessoas, os seguintes acontecimentos me foram referidos por fonte fidedigna. Uma jovem, que era filha de médico, adoeceu de histeria com sintomas localizados. O pai negou que fosse histeria e providenciou que se iniciassem vários tratamentos somáticos que trouxeram pouca melhoria. Certo dia, uma amiga da paciente disse a ela: `Você nunca pensou em consultar o Dr. F.?’ Ao que a paciente replicou: `Que benefício teria isso? Sei o que ele iria me dizer: “Você alguma vez já teve idéia de relação sexual com seu pai?” - Parece-me desnecessário afirmar explicitamente que nunca foi meu costume, e nem é meu costume hoje, fazer tais perguntas. Mas é digno de nota que muito do que os pacientes nos contam das palavras e das ações de seus médicos pode ser entendido como revelações de suas próprias fantasias patogênicas.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que muito do que os pacientes nos contam das palavras e das ações de seus médicos pode ser entendido como revelações de suas próprias fantasias patogênicas.

Mattanó aponta que muito do que os pacientes nos contam das palavras e das ações de seus médicos pode ser entendido como revelações de suas próprias fantasias patogênicas, pois eles não têm contato com a realidade, não discriminam os estímulos satisfatoriamente e perderam a lucidez.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

CRÍTICAS ÀS CARTAS A UMA MULHER NEURÓTICA,DE WILHELM NEUTRA

 

Deve tomar-se como um sinal auspicioso do interesse crescente pela psicoterapia que uma segunda edição desse livro tenha sido necessária tão depressa. Infelizmente, nós não podemos saudar o próprio livro como um fenômeno auspicioso. Seu autor, que é médico assistente do instituto hidropático de Gainfarn, perto de Viena, valeu-se da forma das Psychotherapeutische Briefe (Cartas Psicoterápicas) de Oppenheim, e deu a esta forma um conteúdo psicanalítico. Isto é, em certo sentido, uma deturpação, de vez que a psicanálise não se pode satisfatoriamente combinar com a técnica da `persuasão’ de Oppenheim (ou, caso se prefira, de Dubois); ela busca seus resultados terapêuticos ao longo de caminhos inteiramente outros. O que é mais importante, porém, é o fato de que o autor não atinge os méritos de seu modelo - tato e seriedade moral - e em sua apresentação da teoria psicanalítica, ele, amiúde, descai para a retórica vazia, e é também culpado de algumas afirmações inexatas. Não obstante, muito do que ele escreve, expressa-o clara e convenientemente; e o livro se pode aceitar como um trabalho para consumo popular. Numa exposição séria, científica do assunto, o autor deveria ter indicado as fontes de suas opiniões e afirmativas com maior escrúpulo.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud comenta a carta que recebeu e escreve que não partilha dos mesmos interesses que o seu autor, nem clinicamente, nem terapeuticamente ou teoricamente, para Freud apenas o seu método basta.

Mattanó aponta que Freud comenta a carta que recebeu e escreve que não partilha dos mesmos interesses que o seu autor, nem clinicamente, nem terapeuticamente ou teoricamente, para Freud apenas o seu método basta, pois não é invasivo e nem violento, e nem tampouco torturante para o seu paciente que já sofre com sua doença mental, trata-se de saber ouvir e oferecer amor como forma de ressignificação no tratamento psicanalítico.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)