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121.ANÁLISE DA PIADA E DO HUMOR.
121.ANÁLISE DA PIADA E DO HUMOR.

OSNY MATTANÓ JÚNIOR

 

 

 

 

 

ANÁLISE DA PIADA E DO HUMOR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

26/02/2020

ANÁLISE DA PIADA E DO HUMOR (2020):

 

Freud era dotado de um temperamento desafiador e um senso de humor mordaz e irreprimível,  ele valorizava a piada e o humor justamente por serem subversivos. Na piada, encontramos a possibilidade de expressar, de forma dissimulada, intenções eróticas e agressivas, em meio às restrições sociais. A piada é uma saída indireta, um caminho desviante, um ato de transgressão. A piada diz o que não pode ser dito.

 

É interessante notar, quanto a isso, que o efeito da censura sobre a piada não é extingui-la, mas atiçá-la. Não há melhor lenha para o humorista que a censura. A piada, então, tem dimensão de resistência, que cresce no enfrentamento das forças, sofistica-se a cada ação contra ela.

 

As considerações quanto ao humor, por sua vez, destacam a transformação do afeto. Da desgraça, extrair o prazer de uma risada. Matemática refinada, das mais elevadas, ao lado da sublimação. Se a sublimação eleva seu objeto à dignidade de coisa, o humor extrai, da indignidade de seu objeto, um prazer nobre e refinado que, se não faz desaparecer a indignidade, pelo menos a torna suportável. O humor, então, também resiste - não à censura, mas ao sofrimento e à própria morte. Enxergamos bem a ligação dessas duas figuras às raízes do humor alemão e do humor judaico. A resistência política que enfrenta o inimigo e a censura por meio da astúcia; a resistência à própria morte que enfrenta as adversidades da vida, transformando a desgraça em graça.

 

 

 

Londrina, 26 de fevereiro de 2020.

 

 

 

CASO 1 (26/02/2020)

O que tem quatro patas e um braço?

– Um pit-bull feliz.

ANÁLISE:

         A piada do caso 1 nos parece subversível e agressiva, transgressiva, uma forma de dizer o que não pode ser dito normalmente. A censura causada pelo teor agressivo e subversivo atiça ainda mais a piada reforçando-a. E o afeto transforma a ação indigna em coisa digna  tornando-a suportável e transformando a desgraça em graça. Essa desgraça, o braço arrancado, torna-se graça e felicidade para o pit-bull gerando graça e felicidade na sua comunidade por força da estimulação ambiental e do contexto transgressivo. Assim a piada pode levar o indivíduo à subversão e ao ódio e também ao contentamento ou ao encantamento pela agressão e pela violência, pelo medo, pelo sentimento de desintegração e de própria desgraça.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 26 de fevereiro de 2020.

 

 

 

CASO 2 (26/02/2020)

Qual a punição por bigamia?

– Duas sogras.

ANÁLISE:

         A piada do caso 2 nos parece mordaz, irreprimível, subversível e agressiva, transgressiva, uma forma de dizer o que não pode ser dito normalmente. A censura causada pelo teor erótico, agressivo e subversivo atiça ainda mais a piada reforçando-a como um caminho alternativo para o indivíduo. E o afeto transforma a ação indigna em coisa digna  tornando-a suportável e transformando a desgraça em graça. Essa desgraça, a bigamia, torna-se graça e felicidade para o marido gerando graça e felicidade na sua esfera pessoal por força da estimulação ambiental e do contexto transgressivo gerando dois casamentos, mas também gera desgraça e infelicidade por força dos significados e sentidos que a sogra designa, como problemas com suas esposas e problemas pessoais. Assim a piada pode levar o indivíduo à subversão e ao ódio e também ao contentamento ou ao encantamento pela agressão e pela violência, pelo medo, pelo sentimento de desintegração e de própria desgraça. Vemos que neste caso os significados e sentidos estão em uso como definidores de comportamentos, afetos e de pensamentos que gerarão graça e desgraça, de acordo com o contexto da piada e do humor.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 26 de fevereiro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CASO 3 (26/02/2020)

O que um tijolo falou pro outro?

– Há um ciumento entre nós.

ANÁLISE:

         A piada do caso 3 nos parece mordaz, irreprimível, subversível e agressiva, transgressiva, uma forma de dizer o que não pode ser dito normalmente. A censura causada pelo teor erótico, agressivo e subversivo atiça ainda mais a piada reforçando-a como um caminho alternativo para o indivíduo para abordar um tema íntimo e pessoal, até mesmo do casal. E o afeto transforma a ação indigna em coisa digna  tornando-a suportável e transformando a desgraça em graça. Essa desgraça, o ciúmes, torna-se graça e felicidade para o marido gerando graça e felicidade na sua esfera pessoal por força da estimulação ambiental e do contexto transgressivo gerando ciúme no seu casamento com sua esposa, mas também gera desgraça e infelicidade por força dos significados e sentidos que há algum outro indivíduo que designa invasão em sua relação matrimonial. Assim a piada pode levar o indivíduo à subversão e ao ódio e também ao contentamento ou ao encantamento pela agressão e pela violência, pelo medo, pelo sentimento de desintegração e de própria desgraça. Vemos que neste caso os significados e sentidos estão em uso como definidores de comportamentos, afetos e de pensamentos que gerarão graça e desgraça, de acordo com o contexto da piada e do humor que aborda o ciúme de forma alegre e divertida, diminuindo a conotação agressiva e violenta sobre sua mulher e sua relação matrimonial. Esta piada e humor aborda símbolos como tijolos de construção que podem simbolizar a construção de uma casa onde refere-se à própria mente ou personalidade, comportamento do indivíduo sobre o tema, ciúme e que o ciúme une mais do que separa o casal heterossexual, pois o mantêm unido em sua construção.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 26 de fevereiro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CASO 4 (26/02/2020)

Por que o Manoel ficou duas horas olhando fixamente pra lata de suco de laranja?

– Porque estava escrito “concentrado”.

ANÁLISE:

A piada do caso 4 nos parece mordaz, irreprimível, subversível e agressiva, transgressiva, uma forma de dizer o que não pode ser dito normalmente. A censura causada pelo teor irônico, agressivo e subversivo atiça ainda mais a piada reforçando-a como um caminho alternativo para o indivíduo para abordar um tema íntimo e pessoal, até mesmo proibido, ¨um tapa na cara¨ ou ¨um balde de água gelada na cara¨ do Manoel para ele acordar e enxergar a realidade. E o afeto transforma a ação indigna em coisa digna  tornando-a suportável e transformando a desgraça em graça. Essa desgraça, o ¨tapa na cara¨ ou ¨o balde de água gelada na cara¨, torna-se graça e felicidade para o Manoel gerando graça e felicidade na sua esfera pessoal por força da estimulação ambiental e do contexto transgressivo gerando discriminação do seu meio ambiente, ou alguma intenção de que isto ocorra, mas também gera desgraça e infelicidade por força dos significados e sentidos que há algum outro motivo que designa alienação em sua relação com o mundo. Assim a piada pode levar o indivíduo à subversão e ao ódio e também ao contentamento ou ao encantamento pela agressão e pela violência, pelo medo, pelo sentimento de desintegração e de própria desgraça. Vemos que neste caso os significados e sentidos estão em uso como definidores de comportamentos, afetos e de pensamentos que gerarão graça e desgraça, de acordo com o contexto da piada e do humor que aborda a alienação de forma alegre e divertida, diminuindo a conotação agressiva e violenta sobre sua personalidade e sua relação com o mundo. Esta piada e humor aborda símbolos como ¨lata de suco de laranja¨  e o termo ¨concentrado¨ que podem simbolizar a construção de uma  relação onde refere-se à própria mente ou personalidade, comportamento do indivíduo sobre o tema, concentração, alienação, divagação e que gera comentários que une mais do que separam o indivíduo da alienação, pois o mantêm unido em sua construção.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 26 de fevereiro de 2020.