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119.TEORIA MUSICAL DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR.
119.TEORIA MUSICAL DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR.

OSNY MATTANÓ JÚNIOR

 

 

 

 

TEORIA MUSICAL SEGUNDO MATTANÓ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25/07/2019

TEORIA MUSICAL SEGUNDO MATTANÓ (2019).

 

Teoria musical ou teoria da música é o nome dado a qualquer sistema ou conjunto de sistemas destinado a analisar, classificar, compor, compreender e se comunicar a respeito da música.

Uma definição sintética seria: a descrição, em palavras, de elementos musicais e a relação entre a simbologia da música e sua performance prática.

Por extenso, teoria musical pode ser considerada qualquer enunciado, crença, ou concepção de música (Boretz, 1995).

A teoria musical tem um funcionamento ambíguo, tanto descritivo como perceptivo. Tenta-se com isso definir a prática e, posteriormente, a influência.

Osny Mattanó Júnior inclui tanto na prática quanto na influência da música a semântica e os significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

Normalmente segue-se o padrão de intencionar reduzir a prática de compor e atuar em regras e/ou ideias. Assim como em qualquer área do conhecimento, a teoria musical possui várias escolas, que podem possuir conceitos divergentes. A própria divisão da teoria em áreas de estudo não é consenso, mas de forma geral, qualquer escola possui ao menos:

 

composicional, solfejo, percepção e ditado.

  • Estética musical, que inclui a divisão da música em gêneros e a Crítica musical.
  • Notação musical, que estuda os sistemas de escrita utilizados para representar graficamente uma peça musical, permitindo que um intérprete a execute da maneira desejada pelo compositor ou arranjador, e cujas formas mais populares atualmente são a Partitura, a Cifra e a Tablatura.

Interpretação musical, que segundo Mattanó inclui o estudo da semântica e dos significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

 

 

 

Nos campos da teoria musical muitos foram os grandes analistas, destacam-se: Schonberg, Rameau, Strauss e Wagner.

O estudo acadêmico da música também é feito pela musicologia. Essa, no entanto, difere-se da teoria musical pois estuda o ponto de vista histórico e antropológico da música, estudando a notação, os instrumentos, os métodos didáticos, a acústica, a história da música e a própria teoria musical sob o ponto de vista histórico evolutivo dos instrumentos e seus músicos.

 

 

 

 

Música - Definição

 

Afim de iniciarmos este assunto, vejamos a definição de música que encontramos nos livros de teoria e em sites como wikipedia:

 

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma e arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma pré- organização ao longo do tempo, sendo considerada por diversos autores como

uma prática cultural e humana. Não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias.

Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.

                  Em função disto é que Mattanó aponta que a música e a linguagem pertencem uma a outra como geradora e financiadora de suas motivações inconscientes e conscientes, pois antes do inconsciente está o som e a música arranjando-se constantemente na mente de cada indivíduo com sua melodia e harmonia, inclusive com sua sequência harmônica que dá operância à linguagem verbal, seja ela encoberta ou manifesta, inclusive telepática; dando-se com significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

 

 

O que podemos perceber, ao longo de pesquisa em torno da resposta para a pergunta o que é música é que devido às suas fortes conotações e seu uso além do assunto em si, a música pode ser considerada, por exemplo, uma forma de arte, ao que também pode ser considerada uma construção social, ou fonte histórica, sem que haja relação necessariamente de arte e a linguagem da mente, do próprio cérebro, segundo Mattanó.

 

 

Vamos entender esses conceitos:

 

 

 

 

 

 

 

Obs: Por conta dessa variedade de definições, o estudo da música é igualmente caracterizado pela diversidade. Esses estudos podem ser do som, da vibração e/ou acústica, o estudo cognitivo da música, de teoria musical e performance prática ou ainda teoria musical na etnomusicologia, e o estudo da recepção e história da música, geralmente, chamado de musicologia.

 

  A música como Som

 

 

Uma definição comum de música é rotulá-la como simplesmente sons organizados, ou os mesmos mais sofisticados. Conceito presente na seguinte afirmação: "a brilhante organização de sons e silêncio". Essa definição é notadamente corrente em meados do século XIX em diante, quando se começou a analisar a relação entre som e percepção. Ou seja:

A combinação perfeita de ritmo, harmonia e melodia.

Podemos definir a música como a arte de produzir efeitos estéticos através de fenômenos acústicos, uma definição mais ampla e precisa. A música, como arte, é uma forma de produzir ou transmitir o que é belo. É uma forma de expressão que utiliza os sons como matéria prima, assim como a linguagem convencional utiliza palavras.

 

 

  A música como previsão

 

Não tão comum é a definição cognitiva do que seria música. Para esta concepção a música não é meramente som ou a percepção deste som, mas maneiras pelas quais percepção, ação e memória são organizadas. Essa definição é influente nas ciências cognitivas, que procuram localizar as regiões do cérebro responsáveis por relembrar e analisar os diferentes aspectos da experiência musical.

 

  • Exemplo – Filme a música nunca parou

 

  A música como construção social

 

Teorias pós-modernas concebem que a música, assim como a arte, é definida primeiramente por seu contexto social.

De acordo com essa visão, a música é o que as pessoas chamam de música, seja um período de silêncio, algum tipo de som ou sua performance. O trabalho de John Cage, 4'33", é baseado nessa concepção de música.

  • Sugestão – Filme a voz do coração.

 

  A música como fonte histórica

 

A música passa a ter um caráter de fonte histórica, quando os compositores transmitem, através das letras seus elogios ou indignações sobre determinados fatos históricos. Por exemplo: músicas que retratem a época da escravidão, ou épocas de repressão militar ou guerra.

 

  A música como manifestação estética

 

Trata-se de uma concepção amplamente difundida, na qual a Música é entendida como uma complexa organização dos fenômenos acústicos com o objetivo de alcançar um fim estético.

 

Este conceito tem como base a observação dos vários períodos históricos da música, onde em cada um deles, os músicos se apropriavam de determinados "materiais", para assim manipulamos e, chegar a uma obra artística de acordo com suas ideias estéticas.

 

Exemplos desta concepção encontraremos deste o Faux-bourdon da música Medieval até as estruturas micro-contrapontísticas de Ligeti, passando pela elaboração expressiva dos intervalos musicais no modalismo de Monteverdi até os estudos dos timbres com Debussy.

 

 

  • A música como manifestação cerebral

Trata-se de uma nova concepção, na qual a Música é entendida como uma complexa

organização de fenômenos cerebrais com o objetivo de alcançar um fim linguístico,

ou seja, produzir a linguagem.

Este conceito foi criado por Mattanó através de sua auto-observação em meio a

telepatia e a lavagem cerebral, donde formulou esta teoria pois percebeu que

havia uma voz mental que antecedia sua fala e que havia um certo sentido em

postular que poderia haver uma música determinando essa voz mental,

pois ela sempre era musicada.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 25 de julho de 2019.

 

 

 

 

Música – Elementos Constitutivos

 

Vamos concentrar o nosso estudo na definição mais comum a música, a de música como som, ou seja, a brilhante organização de sons e silêncio, para isso desenvolveremos atividades que nos ajudem a assimilar essas particularidades da música, que chamamos de Elementos Constitutivos. Após essas definições, começaremos a entender o que é o Som e o que é o Silêncio, uma vez que entendemos que a música é a organização dessas particularidades.

 

Em qualquer lugar que lermos sobre música, encontraremos a mesma definição: "a música é dividida em três elementos: melodia, harmonia e ritmo”. Vamos entender esses elementos:

 

   Melodia

*Substantivo feminino que significa o encadeamento harmonioso e bonito de sons musicais.

 

Com origem no grego meloidia, uma melodia é uma sucessão rítmica de tons em diferentes intervalos, e que é regrada pelo ritmo. Pode ser uma composição musical suave para uma voz ou coro, ou um poema que é cantado. Apesar disso, uma melodia não precisa ter acompanhamento musical, mas costuma ser algo que é agradável ao ouvido.

 

Em sentido figurado, a palavra melodia pode ser usada para expressar doçura ou suavidade na forma de ser ou de falar.

 

Em sentido comum, é a sequência de sons que você vai cantar ou tocar. Para uma melhor compreensão, vamos pegar um exemplo, o hino nacional brasileiro. A melodia é a forma que você canta, cada música tem uma melodia diferente. Você não canta o hino nacional da mesma forma que canta a música “Garota de Ipanema”. Isso é melodia.

 

Pensamento horizontal.

 

   Harmonia

 

*Arte de encadear os sons simultaneamente, ou seja, a combinação de sons simultâneos (acordes).

 

Ao longo da história da música, a concepção de harmonia vem modificando-se, desde sua criação na Grécia antiga com Pitágoras, quando se tinha uma compreensão horizontal dela mais relacionada à melodia, até a harmonia atonal, microtonal e outras. A harmonia, desde o Renascimento, tem uma função estrutural na música

 

Pensamento Vertical.

 

 

   Ritmo

 

*Substantivo masculino com origem no grego rhythmos e que designa a sucessão regular dos tempos fortes e fracos em uma frase musical.

 

Indica o valor das notas, de acordo com a intensidade e o tempo.

 

Ritmo é o que age em função da duração do som. É a definição de quanto tempo cada parte da melodia continuará à tona. Você já percebeu que na parte “(...) margens plácidas”, o “plá” demora mais que o “cidas”? Isso é o ritmo da música.

 

Contudo Mattanó vai mais além e aponta que Música é som, silêncio, significado e sentido, assimilação e acomodação, pois a melodia, a harmonia e o ritmo envolvem som e silêncio, significado e sentido do som e do silêncio, assimilação e acomodação do som e do silêncio no mesmo fenômeno denominado por Música. Da mesma forma envolve significado e sentido, assimilação e acomodação da melodia, da harmonia e do ritmo para que se pratique a Música.

 

 

 

 

 

 

 

                   Propriedades do Som

 

 

 

O som é uma onda longitudinal, que só se propaga em meios materiais, (sólidos, líquidos ou gases) e que tem freqüência que está compreendida na faixa entre 20 hertz e 20 000 hertz. Ao contrário do que ocorre com a luz, o som não pode se propagar no vácuo, ou seja, não é possível perceber o som se não existir um meio material entre o corpo que vibra e o nosso ouvido.

 

Todos os fenômenos sonoros estão relacionados às vibrações de corpos materiais. Ou seja, todo e qualquer som que ouvimos se trata de uma vibração, quando ouvirmos um violão, ouvimos a vibração das cordas, quando ouvimos uma bateria, ouvimos a vibração das peles. Todos esses exemplos de corpos materiais são fontes emissoras de som, pois quando vibram emitem sons que se propagam no meio material, ou seja, no ar. Esses sons penetram no nosso ouvido provocando sensações sonoras.

 

Quanto as suas propriedades, são quatro, que estão ligadas e são intrínsecas e todo e qualquer som que ouvimos, logo TODO SOM QUE OUVIMOS DEVE ter necessariamente:

 

 

  • 1 – Altura

 

  • 2 – Intensidade

 

  • 3 – Timbre

 

  • 4 – Duração

 

  A altura do som

 

É a qualidade que nos permite classificar os sons em agudos ou graves. A altura do som depende da frequência da onda sonora. (quanto maior a velocidade da vibração por segundo mais agudo é o som).

 

 

 

 

  A intensidade do som

 

É a qualidade que permite classificar os sons em fortes e fracos. Está relacionada a amplitude da onda sonora, ou seja, o grau de volume sonoro.

Para música utilizamos (Piano) em sons fracos e (Forte) em sons fortes.

 

 

 

 

  O timbre

 

É a propriedade do Som que permite distinguir sons com a mesma intensidade e altura, mas provenientes de fontes sonoras diferentes.

Timbre é a identidade, qualidade ou “cor do som”. Nos permite identificar a origem do som.

 

É o “RG” musical.

 

 

A Duração do Som

É o tempo do som. Pode ser longo ou curto.

 

 

 

Claves

 

A nossa escrita musical é o resultado de séculos de evolução, numa tentativa de descrição escrita completa que pudesse, de alguma forma, agrupar todos os vários elementos da prática musical.

 

Nossa escrita ainda não é tão completa, mas ainda assim é suficientemente complexa, pois dá espaço a vários elementos como: altura, duração, intensidade, andamento, dinâmicas de arco ou mãos (de acordo com certos instrumentos), e etc... Entre esses, o que vamos dar seqüência agora, é a altura do som, ou seja, sua condição de grave e agudo.

 

É muito comum, ao falamos em altura, acontecer uma confusão com o “volume” do som, a palavra altura faz referência à freqüência do som, embora seja freqüente seu uso incorreto no senso comum. Portanto, quanto mais alta a freqüência mais agudo é o som, quanto mais baixa a freqüência, mais grave é o som.

 

Na escrita musical, para se determinar a altura de um som é necessário o uso de um sinal gráfico musical chamado “Clave”. Este sinal determina o nome da nota e sua altura na escala e deve ser colocado, a princípio, no início da pauta.

 

As claves servem para indicar ao músico como ler o pentagrama, isto é, a clave serve para dar nome, e altura a nota. Como a notação musical é relativa, cada nota pode ocupar qualquer linha ou espaço na pauta. A clave indica qual a posição de uma das notas e todas as demais são lidas em referência a essa nota. Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência. Dessa maneira, a "chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer como as notas devem ser lidas. Daí vem o termo "clave", derivado do latim "clavis", que significa "chave".

 

A figura abaixo mostra as claves mais freqüentes e as notas que elas definem. A nota destacada ao final de cada pauta é a nota de referência.

 

 

Embora já tenham existido muitas claves, só três continuam sendo usadas na notação musical moderna: a clave de sol, a de fá e a de dó. Cada uma das claves pode, teoricamente, ocupar qualquer linha na pauta, mas como apenas algumas possibilitam os melhores resultados, na prática as posições utilizadas são aquelas mostradas na figura abaixo.

  • Clave de sol

A clave de sol é escrita somente na segunda linha do pentagrama.

 

A Clave de sol juntamente com a clave de fá na quarta linha é a mais utilizada na música atual. Com a posição mostrada na figura, a nota Sol-3  ocupa a segunda linha de baixo para cima, indicada pelo início do desenho (ponta da                                                                    linha curva). Em algumas partituras antigas ou

para fins de estudo, principalmente                     na França, esta clave também pode ocupar a

primeira linha, permitindo representar                  uma tessitura ligeiramente mais aguda. A clave

de sol, também chamada de                                     ginoclave ou de clave feminina, Com o passar

do tempo, a clave de sol foi tomando                  destaque e passou a ser usada

para vozes agudasComo a escrita da              época era ornamentada, e copiada à mão pelos copistas, o desenho da clave foi evoluindo de um "G" para o formato atual.

 

 

  • Clave de fá

 

Pode ser escrita na terceira ou quarta linha do pentagrama.

 

Nesta clave, a linha de referência é indicada pelos dois pontos e assume a nota Fá-2. A posição mais frequente é a quarta linha. Com esta configuração, a nota                                                                     Dó-3 do central

do piano ocupa a primeira linha suplementar superior. Por             esta razão, costuma-se

dizer que a clave de sol começa onde a de fá termina.                   A clave de fá, também chamada de androclave ou de clave masculina

 

 

 

  • Clave de dó

 

Pode ser escrita na primeira, ou segunda ou terceira linha do pentagrama

 

A nota Dó-3 é indicada pelo centro da figura (o encontro entre os dois Cs invertidos). Originalmente a clave de dó foi     criada para representar as vozes humanas. Cada voz era escrita com a clave

de dó em                       uma das linhas. O alto era representado com a clave na terceira linha,

o tenor na                      quarta linha e o mezzo-soprano era representado com a clave de Dó na

segunda                         linha. Este uso se tornou cada vez menos frequente e esta clave foi substituída pelas de sol para as vozes mais agudas e a de fá para as mais

graves.

 

 

  • Clave Neutra

 

Clave de percussão

 

Esta clave                   não tem o mesmo uso das demais. Sua utilização não permite determinar a altura das linhas e    espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a clave será utilizada para representar instrumentos de percussão de altura não determinada, como uma bateria, um tambor ou um conjunto de congas

 

  • Pauta ou Pentagrama

Pauta ou pentagrama é o conjunto de 5 linhas horizontais, paralelas e equidistantes que formam, entre si, 4 espaços, onde são escritas as notas.

 

 

A música, como regra geral, é escrita num conjunto de 5 linhas paralelas que chamamos de PAUTA ou PENTAGRAMA. Pauta é o nome do conjunto de linhas utilizado para escrever as notas musicais de uma partitura, no sistema de notação da música ocidental. Atualmente, a pauta contém 5 linhas e por isso também é chamada às vezes depentagrama. No início do uso da pauta usava-se apenas uma linha colorida, datada do século IX. Tempos depois outras linhas foram sendo acrescentadas, o pentagrama que usamos hoje, estabelecido no século XI, foi definitivamente usado a partir do século XVII.São 5 linhas e 4 espaços entre elas. As linhas e espaços são contadas de baixo para cima. (Fonte: Bucher, 2003, p.10)

 

 

 

As pautas surgiram na idade média. Foram aperfeiçoadas por Guido D'Arezzo para representar

as alturas das notas musicais, suas durações e o compasso da música, nos ensinamentos de música e

no canto gregoriano. As primeiras pautas tinham uma única linha e eram colocadas sobre a letra da canção. A altura era representada pela distância das notas em relação à linha. Como isso não era muito preciso, o sistema evoluiu gradativamente para uma pauta de quatro linhas, chamada de tetragrama.1

 

No século XV, uma quinta linha foi adicionada e esta configuração é utilizada até hoje. Os símbolos das notas podem ser escritos sobre cada uma das cinco linhas ou dentro dos quatro espaços da pauta. A altura das notas depende desta posição.

 

 

 

Se precisarmos representar notas mais graves ou agudas do que as nove notas representáveis nas linhas ou espaços do pentagrama, utilizam-se linhas e espaços suplementares abaixo ou acima da pauta:

 

 

Para definir qual nota ocupa cada linha ou espaço e a faixa das notas representadas no pentagrama, são utilizadas as claves, que permitem adaptar a escrita para as diferentes vozes ou instrumentos musicais.

Normalmente, em uma partitura, cada instrumento ou voz é representado por uma pauta. No entanto alguns instrumentos que possuem grande extensão e permitem a execução simultânea de melodia e acompanhamento, como o piano, o órgão ou o acordeão, necessitam de mais de uma pauta. Este conjunto de duas ou mais pautas é chamado de sistema. A figura abaixo é um sistema para instrumento de teclado. As duas pautas são lidas simultaneamente como se fossem uma única.

 

 

 

 

Em partituras escritas para conjuntos musicais, os sistemas também são utilizados para representar a execução simultânea de todas as vozes, como na partitura para coral mostrada a seguir.

 

 

 

 

Nota musical

É um termo empregado para designar o elemento  mínimo de um  som, formado por um único modo     de vibração do ar. Sendo assim, a cada nota corresponde uma duração e está associada uma frequência, cuja unidade mais utilizada é o hertz (Hz), a qual  descreverá em termos  físicos  se  a nota é  mais  grave  ou mais aguda.

 

Em outras palavras, Notas Musicais são sinais que representam a altura do som musical. Apesar de serem inúmeros os sons empregados na música, para representá-los bastam apenas sete notas:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

 

Origem do nome das notas

 

O nome das notas (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) tem a sua origem na música coral medieval. Foi Guido d'Arezzo, um monge italiano, que criou este sistema de nomear as notas musicais - o chamado sistema de solmização. Seis das sílabas foram tiradas das primeiras seis frases do texto de um hino a São João Baptista, em que cada frase era cantada um grau acima na escala. As frases iniciais do texto, escrito por Paolo Diacono, eram:

 

 

Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battisa Doni, um músico italiano que achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si, como abreviação de "Sancte Johannes" ("São João").

 

O conjunto das sete notas sucessivas, com a repetição da primeira, chama-se escala, que pode ser ascendente ou descendente. Por exemplo, a escala de Sol envolve as seguintes notas ascendentes: Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol e descendentes: Sol, Fá, Mi, Ré, Dó, Si, Lá, Sol.

 

Dó–ré–mi–fá–sol–Lá–si C–D–E–F–G–A–B(inglês)

C – D – E – F – G – A – H (alemão)

 

Como só o pentagrama não é suficiente para exprimir todos os sons musicais, pois nele só cabem nove notas, foram criadas as linhas suplementares, que são curtos segmentos de linha horizontal que atuam como uma extensão do pentagrama, mantendo o mesmo distanciamento das linhas da pauta normal.

 

Quando essas linhas são colocadas acima do pentagrama, elas representam os sons agudos. Abaixo do pentagrama, representarão os sons graves.

 

Mattanó aponta que se pode criar as Notas de Significado e de Sentido Aberto que são justamente as notas que são aproveitadas na sequência melódica para agregar outras sequências melódicas acrescentando novas melodias com um Novo Significado e um Novo Sentido Musical para o intérprete, seja ele instrumentista, cantor ou vocalista improvisador. Nota-se que o músico pode construir uma Música Conceitual respeitando a Teoria Musical ou uma Música Não-conceitual sem respeitar a Teoria Musical. A Música Conceitual agrega significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona. E a Música Não-conceitual agrega significados, sentidos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona, ou seja, exclui os conceitos. A Música Não-conceitual nasce com Osny Mattanó Júnior e sua obra, uma obra que ultrapassa e renova os conceitos da Música, valorizando o desvalorizado, o anticonceito, o popular, o clássico e o erudito.

 

 

 

 

 

 

     Osny Mattanó Júnior

 

                   Londrina, 25 de julho de 2019.

 

 

 

 

     Partes da nota

 

 
   

 

 

 

 

Figuras de valor positivo e negativo

 

 
   

 

 

      Quadro de Comparação de Valores

 
   

 

 

 

 

 

      Notas no Pentagrama

 

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 

 

Ligadura; Ponto de aum.; duplo ponto de aum.; fermata, ponto de dim.

 

 

  • PONTO

 

Na notação musical, o ponto é um sinal colocado próximo a uma figura e/ou pausa e que acarreta na alteração de seu valor original.

 

  • Ponto de aumento

 

O ponto de aumento é colocado à direita da figura e/ou pausa para aumentar metade de sua duração. E cada ponto adicional (se usado na mesma combinação da nota pontuada) adiciona metade do valor do ponto anterior. Por exemplo: se uma nota tem o valor de duração igual a dois tempos, um ponto a sua frente adiciona um tempo a mais à nota, dando um resultado de duração igual a três tempos. A nota pontuada equivale a uma nota ligada a outra nota de valor igual a metade dela.

O ponto de aumento pode ser:

 

  • Simples, quando há somente um ponto, o que soma ao valor original a metade de sua duração.
  • Duplo, quando há dois pontos consecutivos, o que soma ao valor original a metade e um quarto de sua duração.
  • Triplo, quando há três pontos consecutivos, o que soma ao valor original a metade, um quarto e um oitavo de sua duração

 

  • Ponto de diminuição

 

O ponto de diminuição, ou staccato, divide o valor de uma figura em som e silêncio, e é colocado sob ou sobre a nota.

 

O ponto de diminuição pode ser:

 

  • Simples (ou staccato simples) é representado por um sinal de ponto colocado sob ou sobre a nota e divide seu valor em duas metades, sendo que a primeira é de som e a segunda é de silêncio.
  • Seco ou alongado (ou staccato secco, staccatissimo, staccatogrande ou staccato martelado) é representado por um sinal em forma de triângulo que aponta para a cabeça da nota e divide seu valor em quatro partes, sendo que o primeiro quarto é de som e os outros três quartos são de silêncio.
  • Ligado ou brando (ou staccato dolce, staccato misto, meiostaccato) é representado por um sinal de ponto e um traço, sendo que o ponto fica mais próximo à cabeça da nota, e que divide o seu valor também em quatro partes, sendo que as três primeiras são de som e a última é de silêncio. Diferentemente do ponto de aumento, não existe ponto de diminuição nas

 

 
   

 

 

 Ligadura

 

Ligadura, é um símbolo que consiste numa linha curva que se usa por cima ou por baixo das notas de música a ligá-las entre si.

Assume basicamente duas funções, consoante o seu uso.

 

No caso de notas ligadas terem a mesma altura, a ligadura diz-se de prolongação e, a sua execução consiste em executar a primeira a nota e prolongar a duração do som obtido, pelo tempo correspondente às notas que estiverem ligadas. Este uso é usado geralmente para permitir a execução de notas cuja duração não possa ser representada por uma única figura ou por uma figura pontuada ou para representar notas que se estendem de um compasso ao seguinte.

 

 

 

No caso das notas serem diferentes, a ligadura é de expressão, ou seja, o executante passa duma nota para a outra ligando-as em um mesmo som, ou seja o contrário de fazer uma pausa entre elas, mesmo muito rápida. Este tipo de execução é chamado de legato ou portamento.

 

 

  • Legato

 

O legato consiste em ligar as notas sucessivas, de modo que não haja nenhum silêncio entre elas.

Opondo-se ao Staccato, o legato é uma maneira de tocar uma frase musical, indicado por uma linha curva que se coloca acima ou abaixo de várias notas no trecho musical a ser executado ligado, sem interrupções dos sons.

 

  • Fermata

 

A Fermata, também conhecida por Suspensão em italiano, significa parada. Trata-se de um sinal colocado sobre a nota ou pausa, indicando que devemos sustentá-la em aproximadamente 1/2 do valor da figura que a antecede, embora na maior parte das vezes essa duração fique a critério do intérprete.

Usando um exemplo de compasso 4/4, se a fermata estiver em cima de uma semínima (1/4), a fermata sustentará 1/2 semínima, ou 1 semínima ligada a uma colcheia. Assim, a semínima que teria inicialmente o valor 1/4, passa a valer 1,5/4.

 

 

 

Fermata também pode ser colocada sobre a barra de compasso, indicando uma pequena interrupção entre um compasso e outro, muitas vezes utilizada para separar dois temas inclusos na mesma peça musical.

 

 

 

 

 

 

 

Compassos e Formula

Compasso, na notação musical, é uma forma de dividir quantitativamente em grupos os sons de uma composição musical, com base em pulsos e repousos.

 

Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. Os compassos são divididos na partitura a partir de linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma dos valores temporais das notas e pausas dentro de um compasso deve ser igual à duração definida pela fórmula de compasso.

 
   

 

 

 

Formula de Compasso na partitura, aparece logo em frente da clave no inicio da pauta musical. Consiste em dois números um em cima do outro. Este conjunto de números tem o nome de fórmula de compasso. Estes números indicam:

-O número de batidas ou tempos por compasso: O número de cima, diz-nos quantas batidas contém cada compasso. Se o número for quatro então cada compasso tem quatro batidas.

-Qual nota recebe a duração de um tempo: O número de baixo indica qual a nota que recebe a duração de uma batida.

1-Semibreve; 2-Mínima; 4-Semínima; 8-Colcheia; 16-Semicolcheia; 32-Fusa.

 

 
   

 

 

 

Classificação de Compasso

 

Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios:

Se levarmos em conta as notas que os compõem podemos dividi-los em simples e compostos.

Se por outro lado considerarmos a métrica, eles podem ser binários, ternários, quaternários ou complexos.

 

Compasso Simples

Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso.

Por exemplo um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de uma semínima cada. Os tipos mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador (2/2, 2/4, 3/4, 3/8, 4/4 entre outros). Mas também o compasso unário (1/4) deve fazer parte dos compassos simples.

 

 

Identificar uma fórmula de compasso simples:

 

-O número de cima da fórmula de compasso não é divisível por 3 exceto quando o número é 3:

 

Olhando para a fórmula de compasso, verifique se o número de cima é divisível por três, se não for então aplica as

características descritas em cima.

-A nota que tem a duração de uma batida não é uma nota pontuada.

 

 

Compasso Composto

 

Compasso composto é aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em três notas, cuja duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo, no compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi dividida em 8 partes (em colcheias) e o numerador indica quantas figuras preenchem o compasso, ou seja, o compasso é formado por 6 colcheias. No entanto a métrica deste compasso é binária, ou seja, dois pulsos por compasso. Por isso cada unidade de tempo não é uma colcheia, mas sim um grupo de três colcheias (ou uma

semínima pontuada). Como cada pulso é composto de três notas, esse compasso é definido como composto.

 

Identificar uma fórmula de compasso composta:

 

-O número de cima é divisível por três exceto quando o número é o próprio três:

Qualquer fórmula de compasso com o número de cima 6,9,12,15 é considerado composta.

-A nota que tem a duração equivalente a uma batida é uma nota pontuada:

 

 Compasso binário

 

Célula rítmica formada por dois tempos. O pulso é forte - fraco, ou seja, o primeiro tempo do compasso é forte e o segundo é fraco. Um ritmo binário pode ser simples ou composto.

Exemplos de binários simples são os compassos 2/8, 2/4, 2/2. Exemplos de binário composto são 6/4 6/8.

(Alguns teóricos incluem também o 4/4 como tipo binário, para eles não existem compassos quaternários, a não ser que eles tenham um só tempo forte seguido por três tempos fracos.)

O ritmo binário é utilizado em marchas, em algumas composições música erudita e de jazz, além de muitos ritmos populares, tais como frevo, baião, ska, samba, blues, polca, rumba, fado, boss nova, etc. Na forma composta, pode ser encontrado nos em muitos ritmos latinos.

 

 

 

 Compasso ternário

 

Métrica formada por três tempos. Também o ternário pode ser simples (por exemplo 3/4, 3/2) ou composto (como 9/8, 9/16, sempre em divisão ternária).

Os principais ritmos a utilizar o ternário simples é a valsa. A forma composta é usada principalmente em danças medievais, na música erudita e no jazz.

 

 

 Compasso quaternário

 

Compõe-se de quatro tempos. Pode ser formada pela aglomeração de dois binários, simples ou compostos.

A aglomeração pode ser notada quando o primeiro tempo é acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem intensidade intermediária.

São alguns exemplos de compasso quaternário simples 4/2, 4/4, 4/8, 4/16. De quaternários compostos, podemos citar 12/4, 12/8, 12/16.

 

 Compasso complexo ou compasso composto irregular

 

Uma característica auditiva não nos permite realizar compassos acima de quatro tempos sem os contar nem subdividir em outros. Por isso, os compassos acima de 4 tempos apresentam sempre uma subdivisão interna em partes menores ou iguais a 4 tempos.

Alguns compositores utilizam compassos com métricas 5/4, 5/8, 7/8, 10/8, 11/8 e várias outras, trata-se sempre de aglomerações. No 5/4, por exemplo, trata-se da justaposição de um 2/4, seguido de um 3/4 (ou vice-versa). Outro exemplo é o 7/4 que pode se formar por um 4/4 e um 3/4 e assim por diante, de tantas maneiras quanto for possível dividir em unidades binárias, ternárias e quaternárias. Também pode-se dizer compasso irregular ou alternado.

 

Unidade de Tempo e de compasso

 

Damos o nome de Unidade de Tempo à figura musical que ocupa um tempo inteiro e de Unidade de Compasso à figura musical que ocupa um compasso inteiro.

 

 

 

                   Compasso sem compasso

 

                   O compasso sem compasso que Mattanó aponta é aquele compasso do ensaio, da

                 composição, da criação de uma música; é o compasso da Música Não-conceitual

                 onde se exclui o conceito e se aproveita todos os outros elementos da análise musical,

                 das propriedades da Música segundo Mattanó.

 

 

 

                   Osny Mattanó Júnior

 

                   Londrina, 25 de julho de 2019.

 

 

Andamento e Marcação de Compassos

 

 

 

   Andamento

 

Chama-se de andamento o grau de velocidade do compasso.

 

De forma clara você que já percebeu que quando vamos para a escola ou ao trabalho não vamos todos os dias com a mesma velocidade. Quando saímos de casa e olhamos para o relógio temos logo uma reação. Se ainda falta muito para tempo, vamos mais devagar, se já estamos em cima da hora, lá vamos nós a correr para não chegar atrasado. A isto chamamos ANDAMENTO.

 

Na Música acontece o mesmo, umas vezes o Andamento é mais rápido, outras é mais lento. Então o que é o ANDAMENTO?

ANDAMENTO - É a velocidade a que se executa (toca ou canta) uma música.

 

Mas, uma coisa interessante é que na Música, as palavras não são escritas em português, mas sim em italiano, por que?

 

A escrita da Música foi criada e iniciada, como vimos nos primeiros capítulos por um monge italiano de nome Guido d'Arezzo, que queria uma maneira mais rápida e eficaz de ensinar os seus alunos, já que até ali a única maneira de ensinar era através da oralidade. Pensava que todas as músicas que ele sabia e todos os conhecimentos que tinha e que ainda não tinha ensinado aos seus alunos, se não as deixasse escrito, elas morreriam com ele.

 

Claro que é óbvio que o monge sendo italiano iria escrever em italiano. É por isso que cerca de 90% das palavras são nessa língua.

 

Então, aqui estão alguns dos Andamentos utilizados. À esquerda em italiano, ao centro sua velocidade e à direita o seu significado em português.

 

 

 

Andamento

bpm

Definição

Larghissimo

19para baixo

Extremamente lento

Grave

20-40

lento e solene

Lento

40-45

lentamente

Largo

45-50

amplamente

Larghetto

50-55

Mais amplo que o Largo

 

Adagio

 

55-65

 

Suave, vagaroso e Imponente

 

Adagietto

 

65-69

Vagarosamente, pouco mais rápido que Adagio

 

Andantino

 

78-83

 

pouco mais lento que o Andante,

 

Marcia Moderato

 

83-85

 

moderamente, á maneira de uma marcha

 

Andante

 

85-90

 

Em ritmo do andar humano, agradável e compassado

 

Andante Moderato

 

90-100

 

Entre o andante e o moderato

 

Moderato

 

100-112

 

Moderadamente (nem rápido, nem lento)

Allegro Moderato

112-116

moderamente rápido

 

 

Allegretto

 

 

116-120

 

Não tão ligeiro como o Allegro; também chamado de Allegro ma non troppo

Allegro

120-160

Ligeiro e alegre

Vivace

152-168

Rápido e vivo

 

Vivacissimo

 

168-180

 

Mais rápido e vivo que o Vivace; também chamado de molto vivace

Alegricissimo

168-177

Rápido e animado

Presto

180-200

extremamente rápido

 

Prestissimo

 

200 ou mais

 

Muito rapidamente, com toda a velocidade e presteza

 

 

 

Visto que existem marcações de Andamento em Português, pesquise nomes, velocidades e significados:

 

 

    Nas músicas de dança, cujos andamentos são conhecidos universalmente, às indicações são feitos são da seguinte maneira:

 

 

Tempo de Valsa Tempo de Mazuerka

Tempo de Márcia Tempo de Munuetto

Tempo de Polaca ou Polonaise

 

 

    Os andamentos podem ainda sofrer modificações no decorrer de um trecho musical; as palavras que servem para indicar a execução mais rápida de uma passagem são as seguintes:

 

 

Expressões

Abreviaturas

Accellerando

Accel.

Stringendo

String.

Affrettando

Affret.

Stretto

Stretto

 

 

 

    E, as que indicam a execução mais lenta:

 

 

Expressões

Abreviaturas

Rallentando

Rall.

Ritenuto

Rit.

Smorzando

Smorz.

Allargando

Allarg.

Ritardando

Ritard.

 

 

 

    No caso de uma dessas modificações, retoma-se o andamento primitivo onde estiverem as palavras in tempo ou 1º tempo.

 

 

 

 

Rubato

 

    O andamento, segundo Mattanó, agrega seus significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, intensidade, frequência, magnitude, latência, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona. Modificações no andamento geram modificações nestas estruturas psicológicas e comportamentais da Música no músico e no ouvinte, no público.

 

 

 

 

 

Marcação de Compasso

A marcação do compasso é usada no estudo de solfejo e na regência de coros, orquestras e bandas.

A finalidade é dividir os compassos rigorosamente em tempos iguais. Mas antes de aprendermos estas marcações, precisamos aprender a definir, classificar e analisar os compassos dentro de uma música.

 

 

 Classificação de Compasso

 

Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios:

 

Se levarmos em conta as notas que os compõem podemos dividi-los em simples e compostos.

Se por outro lado considerarmos a métrica, eles podem ser binários, ternários, quaternários ou complexos.

 

 

 
   


Compasso Simples – Um compasso recebe a denominação de Compasso Simples, quando sua Unidade de Tempo for representada por um Valor Simples, ou seja, notas musicais sem pontuação de aumento. Veja bem, estamos falando de Unidade de Tempo apenas.

 

 

 

 

 
   


Compasso Composto – Um compasso recebe a denominação de Compasso Composto, quando tem sua Unidade de Tempo formada por um Valor Composto, ou seja, por uma nota que possua uma pontuação para aumento do seu valor original.

 

 

 

 

 

Note nos exemplos acima, que não importa quantas notas você use em cada tempo do compasso, desde que a soma total dessas mesmas notas seja igual ao valor da Unidade de Tempo. Some os valores das notas de cada tempo de cada compasso e verá que para cada tempo o valor é igual ao da Unidade de Tempo. Se tiver dificuldade na soma dos valores, reveja os capítulos anteriores e confira os valores das notas.

 

Signos de Compasso – Cada compasso a ser usado é indicado através de uma fórmula que representa uma fração da semibreve. Por quê? Porque por ser o maior valor usado, ela é considerada uma unidade, ou seja, o inteiro. Na escrita musical, estes algarismos que indicam o compasso devem ser colocados logo depois da clave. Estes signos são representados por frações ordinárias, sinais ou apenas por um número. Também é comum colocar-se uma figura no lugar do denominador.

 

 
   

 

 

 

    ( lê-se C ) representa o compasso 4/4

 
   

 

    ( lê-se C cortado ) representa o compasso 2/2

 

A leitura destas fórmulas é: Quatro por quatro, dois por dois, etc.

 

 

 

 

NUMERADOR E DENOMINADOR

 

 

Quando o signo de compasso é representado por uma fração ordinária, o numerador e o denominador determinam o seguinte:

 

COMPASSO SIMPLES

 

Numerador – Representa a quantidade de tempos de cada compasso. Os numeradores dos compassos simples são 2, 3, 4, 5 e 7.

Denominador – Determina a qualidade da figura que preenche cada tempo, no compasso simples.

 

Estes valores são representados pelos seguintes números:

 

 
   

 

 

COMPASSO COMPOSTO

 

Numerador – Indica o total das notas em que se subdivide a unidade de tempo no compasso. Os numeradores dos compassos compostos são 6, 9, 12, 15 e 21.

Denominador – Representa a nota em que é subdividida cada Unidade de Tempo, baseado nas figuras musicais que conhecemos e seus valores, a exceção é que terão um ponto de aumento.

 

Exemplo de divisão:

 

 
   

 

 

 

 

 

COMPASSOS CORRESPONDENTES

 

Ocorrem quando o compasso simples e o compasso composto têm o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, sendo esta simples no compasso simples, e pontuada no compasso composto.

 

Exemplo:

 

 
   

 

 

 

Para encontrar o compasso correspondente do compasso que tivermos em mãos, existe uma fórmula muito simples:

 

 
   


Do simples para o Composto Tendo-se um compasso simples, encontra-se o correspondente composto multiplicando o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:

 

 

 
   


Do composto para o Simples Tendo-se um compasso composto, encontra-se o correspondente simples dividindo o numerador por 3 e o denominador por 2, como se mostra no exemplo abaixo:

 

ANALISANDO UM COMPASSO

 

Tendo-se uma fórmula de compasso, conhece-se o número de tempos e a unidade de tempos da seguinte maneira:

 

1) Toma-se o número superior: sendo 2, 3, 4, 5 ou 7 o compasso é simples;

 

Relembrando: Os Compassos cujo denominador é 5 ou 7 são chamados de Compassos Simples Alternativos, pois têm origem na união de compassos simples: 2+3 ou 3+2 no caso do compasso de 5 tempos, 3+4 ou 4+3 no caso do de 7.

 

Sendo 6, 9, 12, 15 ou 21 o compasso é composto.

 

Se o compasso é simples, o número superior indica o número de tempos e o inferior a unidade de tempo.

 

  • 5 tempos

 

16      a unidade de tempo é representada pela semicolcheia

 

Se o compasso é composto, acha-se o correspondente simples: o composto terá o mesmo número de tempos e a mesma unidade de tempo, com a diferença que essa unidade de tempo será pontuada.

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 

 

 

MARCAÇÃO DOS TEMPOS

 

Algo muito importante para quem estuda música, para trabalho ou mesmo lazer, é a marcação dos tempos do compasso. Eles podem ser marcados com a mão, sem necessidade de se utilizar uma batuta ou régua, ou qualquer outra coisa. Os movimentos da mão podem ser batidos na mesa ou no ar, da seguinte maneira:

 

 
   

 

 

 

  • A marcação do compasso é usada no estudo de solfejo e na regência de coros, orquestras e A finalidade é dividir os compassos rigorosamente em tempos iguais.

 

  • Todos os compassos de mesma espécie devem ter a mesma duração, não importando o número de figuras contidas em cada um

 

  • Quando o andamento (velocidade) da música é muito rápido, pode ser necessário juntar os tempos na marcação. Nesse caso, cada movimento valeria dois

 

 

 

 

                   Quanto aos compassos, eles devem ter a mesma duração, seja qual for o exemplo, segundo Mattanó, não importando o número de figuras contidas em cada um deles, porém ressalta-se que ocorrem fenômenos na Música como os significados e os sentidos, a assimilação e a acomodação, e assim o desequilíbrio cognitivo que é capaz de causar eventos imprevisíveis no desempenho teórico e/ou prático de um músico; nota-se que o desequilíbrio cognitivo pertence ao som, pois é este quem o desencadeia espontâneamente e inconscientemente gerando valores que agregam significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

 

 

 

         Osny Mattanó Júnior

         Londrina, 27 de julho de 2019.

 

 

 

Contratempo, Síncopa e Quiálteras

 

 

CONTRATEMPO

 

Contratempo é quando executamos as notas nos tempos fracos ou nas partes fracas de tempo, deixando que os tempos fortes ou as partes fortes dos tempos sejam preenchidas por pausas. Este recurso produz um contraste bem diferente no ritmo.

 

 

O contratempo pode ser Regular ou Irregular:

 

 
   

 

 

 

 

 

 

SÍNCOPA (ou SÍNCOPE)

 

Basicamente a síncopa é um som que se inicia em tempo fraco ou parte fraca do tempo e se prolonga até o tempo forte ou parte forte do tempo seguinte. Com isto ela produz um deslocamento da acentuação métrica natural existente nos compassos.

 

Vejamos alguns exemplos mais comuns:

 

 
   

 

 

 

A síncopa pode se apresentar de dois modos:

 

 

Síncopa Regular – Quando as notas “sincopadas” possuem a mesma duração

 

 
   

 

 

 

 

Síncopa Irregular – Quando as notas “sincopadas” possuem durações diferentes

 

 

 
   

 

 

 

QUIÁLTERAS

 

São pequenos grupos de notas que possuem a quantidade de figuras alteradas, ou em outras palavras, são grupos de figuras musicais que desobedecem a métrica regular dos compassos, sendo constituídos por mais ou menos figuras que o permitido matematicamente.

As quiálteras podem ser formadas por figuras de diferentes durações e também por uma mistura de notas e pausas.

Para tanto, acima ou abaixo das quiálteras, se faz necessário a colocação do número correspondente à quantidade de figuras que foram alteradas, destacando-as. Este número pode vir ou não acompanhado com uma chave ou uma ligadura abrangendo todo o grupo alterado. Observe o exemplo a seguir:

 
   

 

 

Como já dissemos, estes grupos não obedecem a proporção matemática existente em cada compasso, no entanto eles podem ser alterados de duas maneiras:

 

Quiálteras Aumentativas – Quando o grupo alterado possui mais figuras do que a divisão natural do compasso permite. Observe o exemplo:

 

 
   

 

 

 

Quiálteras Diminutivas – Quando o grupo alterado possui menos figuras do que deveria existir na divisão natural do compasso. Observe o exemplo:

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 
   

 

 

 

 

              O contratempo, a síncompa e as quiálteras são, respectivamente, um contraste no ritmo, duração do tempo e divisão do natural do compasso. Estes fenômenos participam da criação da Música ou da composição musical que é criado com o som, o silêncio, o ritmo, a melodia e a harmonia, a semântica, o desequilíbrio cognitivo, os significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 31 de julho de 2019.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acentuação

A acentuação, em música, constitui um dos elementos de expressão musical. Tal como se acontece na linguagem, onde certas frases, palavras ou sílabas devem ser ditas ou escritas de determinada maneira para expressar diferentes sentidos, na música determinadas notas na frase musical deverão ser acentuadas para conseguir efeitos particulares, segundo o disponha a obra.

 

Basicamente trata-se de produzir alguns sons mais fortes que outros.

 

A nota acentuada é aquela sobre a qual recai um peso distinto da intensidade: na notação musical, um acento é uma marca que indica que uma nota deverá ser reproduzida com maior intensidade que outras (ou seja, que audivelmente deverá ser destacada das notas não acentuadas). Por consequência, também pode designar-se como acento a nota acentuada em si.

 

 

Acentos métricos

 

É o que é inerente à organização rítmica da música. Cai sobre o primeiro tempo de cada compasso.

Por seu lado, dentro do compasso há subacentos que se situam no início de cada tempo.

 

 
   

 

 

 

 

 

 

Acentos expressivos ou dinâmicos

 

São sons mais fortes que não coincidem necessariamente com o acento métrico e que o compositor situa livremente. Estes escrevem-se com diversos sinais na partitura acima ou abaixo da nota

 

 

São representados em cima da nota com:> . e -

 
   

 

Terminologia

 

São palavras, em italiano, que indicam ao executante a intenção ou o sentido que o compositor quis colocar na sua obra. Da devida atenção a estes términos se dará à execução da obra a expressão correspondente:

 

 

Termo

Abreviatura

Significado

 

Piano forte

 

Pf

 

Débil a primeira nota, forte a seguinte

 

Forte piano

 

Fp

Forte a primeira nota, débil a seguinte

Marcato

Marc.

Marcado

Rinforzando

Rinf ou Rfz

Reforçar o som

Pesante

Pes.

Pesado

Sforzando

Sfz

Força repentina

 

Fermata

Fermata, também conhecida por Suspensão em italiano, significa parada. Trata-se de um sinal colocado sobre a nota ou pausa, indicando que devemos sustentá-la em aproximadamente 1/2 do valor da figura que a antecede, embora na maior parte das vezes essa duração fique a critério do intérprete.

Usando um exemplo de compasso 4/4, se a fermata estiver em cima de uma semínima (1/4), a fermata sustentará 1/2 semínima, ou 1 semínima ligada a uma colcheia. Assim, a semínima que teria inicialmente o valor 1/4, passa a valer 1,5/4

 

A Fermata também pode ser colocada sobre a barra de compasso, indicando uma pequena interrupção entre um compasso e outro, muitas vezes utilizada para separar dois temas inclusos na mesma peça musical.

 
   

 

 

 

Legato

O legato consiste em ligar as notas sucessivas, de modo que não haja nenhum silêncio entre elas O legato não é uma técnica, mas um conjunto de maneiras de tocar as notas, de acordo com o instrumento. É indicado na partitura por uma linha curva, colocada acima ou abaixo das notas, ou pela palavra "legato". O resultado a ser obtido é sempre uma ligação de notas sucessivas num movimento contínuo.

Os instrumentistas de sopro e os cantores devem se abster de inspirar ou expirar, no meio de uma frase, enquanto os instrumentistas de arco deverão efetuar um único movimento contínuo com o arco.

No piano, não se deve largar uma tecla enquanto a outra não for acionada. No violão, no caso de as notas estarem na mesma corda, o legato é feito exclusivamente com a mão esquerda, martelando ou pinçando a corda, se o movimento for, respectivamente, ascendente ou descendente.

 
   

 

 

Ligadura

Ligadura, na notação musical padrão, é um símbolo que consiste numa linha curva que se usa por cima ou por baixo das notas de música a ligá-las entre si.

Assume basicamente duas funções, consoante o seu uso. No caso das notas ligadas terem a mesma altura, a ligadura diz-se de prolongação e, a sua execução consiste em executar a primeira a nota e prolongar a duração do som obtido, pelo tempo correspondente às notas que estiverem ligadas. Este uso é usado geralmente para permitir a execução de notas cuja duração não possa ser representada por uma única figura ou por uma figura pontuada ou para representar notas que se estendem de um compasso ao seguinte.

 
   

 

 

Marcato

 

Marcato ('marcado' em italiano), em notação musical, é um sinal de articulação que indica que uma nota, acorde ou passagem deve soar mais forte, destacando-se das notas ou acordes próximos. É representado por um V invertido, acima da nota

 
   

 

 

Staccato

O staccato ou «destacado» — designa um tipo de fraseio ou de articulação no qual as notas e os motivos das frases musicais devem ser executadas com suspensões entre elas, ficando as notas com curta duração. É uma técnica de execução instrumental ou vocal que se opõe ao legato.

 
   

 

 

PIZZICATO

pizzicato - é o modo de tocar os instrumentos de corda (geralmente os

de arco) pinçando as cordas com os dedos.

 

TENUTO

 

Tenuto (italiano, particípio passado de Tenere, "para prender") é uma

instrução usada em notação musical.

O significado preciso de tenuto é ambíguo, podendo significar tanto segurar a nota em questão o seu comprimento, ou tocar a nota um pouco mais forte. Em outras palavras, a marca tenuto podem alterar tanto a dinâmica ou a duração de uma nota. De qualquer forma, a

marcação indica que uma nota deve receber ênfase.

 

 

 

 

              Mattanó aponta que a acentuação, isto é, tempos de compassos, umas fortes, outras fracas, constitui o acento métrico, que podemos reconhecer pelo ouvido, se o compasso é binário, ternário ou quaternário. A acentuação também  produz os significados, sentidos, conceitos, comportamentos, contextos, análise funcional, simbologia, topografia, linguagem, relação social, gestalt, insights, desejos, conteúdos manifestos e conteúdos latentes que a música produz, fantasias, chistes, lapsos de linguagem, esquecimentos, omissões, alterações, conclusões e interpretações que a música proporciona.

 

 

 

 

 

                   Osny Mattanó Júnior

 

                   Londrina, 02 de agosto de 2019.

 

 

 

 

 

Sinais de Dinâmica e Expressão

 

Dinâmica musical (do grego dynamos = força) refere-se à indicação que um compositor faz

na partitura da intensidade sonora com que ele quer que uma nota ou um trecho musical inteiro sejam executados.

Fisicamente, um som musical tem três características: altura, intensidade e timbre. Altura é a frequência do som, indicada pelo compositor pela posição da nota no pentagrama. Timbre é a característica que nos permite distinguir entre uma nota de mesma altura e intensidade produzida por diferentes instrumentos, como, por exemplo, por uma flauta ou por um violino. A intensidade sonora refere-se à energia com que a onda sonora atinge nossos ouvidos. Para indicar a intensidade sonora com que ele quer que uma nota ou trecho musical seja executado, o compositor utiliza uma gradação que vai desde o molto

 
   


pianissimo (intensidade sonora mínima, quase inaudível) até o molto fortissimo (o máximo de intensidade sonora que se pode obter sem danificar a voz ou o instrumento). As gradações dinâmicas mais frequentes são (da mais fraca para a mais intensa):

Assim, se uma letra p aparece sobre (ou sob) a nota, isso significa que o compositor quer que a nota seja executada delicadamente; um f significa mais vigor na execução da nota.

 

 Variação de intensidade                                                                                                                             

As variações de intensidade são indicadas por símbolos gráficos na partitura ou através de textos:

 

 

Sforzando

Esta marca, colocada abaixo de uma nota na partitura, denota um aumento súbito de intensidade ao longo de uma única nota.

Crescendo

Um crescimento gradual do volume. Essa marca pode ser estendida ao longo de muitas notas, sob a pauta para indicar que o volume cresce gradualmente ao longo da frase musical.

Diminuendo

Uma diminuição gradual do volume. Essa marca, colocada sob a pauta, pode ser estendida por várias notas como o crescendo.

 

A indicação dinâmica crescendo aplicada a um trecho musical significa intensidade sonora que aumenta gradativamente desde piano até forte, ou desde pianissimo até fortissimo; o contrário é diminuendo.

 

A Variação de Intensidade segundo Mattanó pode ocorrer conforme o músico significa, dá sentido ou conceitua a composição, e até mesmo se comporta, simboliza, contextualiza e funcionaliza, forma sua linguagem, relações, gestalts e insights, conclui e interpreta-a.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 05 de janeiro de 2020.

 

Expressão

 

Em música, é o conjunto de todas as características de uma composição musical que podem variar de acordo com a interpretação. Em geral, a expressão engloba variações de andamento (cinética musical) e de intensidade (dinâmica musical), bem como a forma com que as notas são tocadas individualmente (acentuação - staccatto,tenuto, legato) ou em conjunto (articulação ou fraseado). Em geral, o compositor da obra musical fornece na partitura todas as indicações da execução esperada, mas dois intérpretes nunca executarão a música da mesma forma. Mesmo entre duas execuções pelo mesmo intérprete, podem ocorrer pequenas variações. Essas variações não são falhas; ao contrário, são esperadas, e é a expressão que diferencia uma execução mecânica, excessivamente precisa, de uma boa interpretação, que consegue transmitir as emoções planejadas pelo compositor e também as do próprio intérprete.

 

A Expressão segundo Mattanó decorre de como o intérprete significa, dá sentido, conceitua, se comporta, contextualiza, funcionaliza, simboliza, faz sua linguagem, faz sua topografia, sua Gestalt e insight, suas relações sociais, sua conclusão e sua interpretação da música.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 05 de janeiro de 2020.

 

 

 Marcas de expressão                                                                                                                                  

 

Na notação musical existe um conjunto de indicações de expressão que, combinadas, permitem ao intérprete conhecer a intenção do compositor ao criar determinada peça musical. Obviamente, o intérprete pode ignorar essas indicações e executar a música de outra forma, mas as marcas são bastante úteis quando se deseja conseguir a interpretação mais próxima do original. Geralmente, as indicações de expressão são utilizadas junto à indicação de andamento no início da composição, do movimento ou de uma seção, e fornecem uma indicação genérica do clima que deve dominar a execução. Essas indicações são apresentadas freqüentemente junto à indicação de andamento, mas também podem ocorrer isoladamente. Como a maior parte dos termos da notação musical, as marcas de expressão são grafadas em italiano.

Embora qualquer combinação de andamento e expressão seja possível, certas combinações são mais freqüentes e são indicadas na tabela abaixo:

 

 

Termo

Significado

Andamentos mais freqüentes

Affettuoso

com afeto, com sentimento

andante, adagio, largo

Con brio ou Con Spirito

com vigor, com espírito

allegro, moderato, andante

Cantabile

cantando, lírico, leve

allegro, moderato, andante

Vivace

vivo (leve e rápido)

allegro

Maestoso

majestoso (notas bem marcadas)

andante, adagio

Dolce

doce (leve e com sentimento)

moderato, andante, adagio

Agitato

agitado (rápido e dramático)

presto, allegro, allegretto

Animato

animado

presto, allegro

Bruscamente

brusco (muito marcado)

allegro, presto

Con amore

com amor

moderato, andante, adagio

Con fuoco

com fogo (vivo e agressivo)

allegro, presto

Scherzando

brincando

allegro, andante

 

 

 

                        Mas as Marcas de Expressão também sofrem influência do significado, do sentido, do conceito, do contexto, do

 

                        Comportamento, da funcionalidade, da simbologia, da linguagem, da topografia, das relações sociais, da

 

                        Gestalt e dos insights, da conclusão e da interpretação das marcas de expressão pelo intérprete.

 

 

 

                        Osny Mattanó Júnior

 

                        Londrina, 05 de janeiro de 2020.

 


Notas:

 

  1. Em alguns casos, o andamento pode ser omitido e a expressão será usada com o andamento mais freqüente. Por exemplo, vivace pode ser usado em vez de allegro vivace; ou maestoso, em vez

de andante maestoso.

  1. Todas essas expressões podem ser reforçadas ou abrandadas pelas seguintes marcas:

Molto - muito (ex.: allegro molto cantabile - rápido muito cantado)

Assai - muito (ex.: allegro assai - muito rápido)

Poco - um pouco (ex.: allegro poco agitato - rápido, um pouco agitado)

ma non troppo - mas não muito - em geral se usa com allegro: rápido, mas não muito.

 

 Cinética                                                                                                                                               

 

Muitas composições são feitas para ser executadas em um ritmo constante e preciso, com uma pulsação imutável do início ao fim da peça. Isso era comum, por exemplo, no período barroco. Peças compostas para dança também não podem sofrer grandes variações de andamento para que os dançarinos não percam o passo. No entanto, em músicas feitas para a audição pura, como, por exemplo, o jazz, a música erudita, ou a música dramática, como a ópera e as trilhas sonoras, as variações de tempo ao longo da execução são elementos expressivos importantes. Em geral, trechos mais rápidos transmitem mais alegria, enquanto que andamentos mais lentos podem transmitir sentimentos

mais melancólicos. Variações ao longo da música ajudam a transmitir mudanças de humor. São indicadas pelas expressões:

Accelerando ou, abreviadamente, accel. - acelera o andamento. A música se torna gradativamente mais rápida ao longo dessa marca (em geral, a duração da alteração é indicada por uma chave ou por uma seqüência de pontos sob a pauta (accel. . . . . . .). Ao final, pode ser estabelecido um novo andamento (por exemplo, de andante pode acelerar até allegro e permanecer no novo andamento).

 

Ritardando ou rallentando - diminui o andamento. A música se torna gradativamente mais lenta ao longo dessa marca (em geral, a duração da alteração é indicada por uma chave ou por uma seqüência de pontos sob a pauta (rall. . . . . . .). Ao final, pode ser estabelecido um novo andamento (por exemplo, de allegro pode ralentar atéandante).

 

A tempo ou Tempo primo - o andamento volta ao pulso inicial da música ou movimento.

 

 

Tempo rubatto - literalmente, tempo roubado. A música é executada com pequenas variações de andamento ao longo do fraseado. O intérprete escolhe a extensão da variação de acordo com o efeito desejado.

 

Mattanó  aponta que a Cinética da Música passa pelo significado, pelo sentido, pelo conceito, pelo contexto, pelo comportamento, pela funcionalidade, pela linguagem, pela simbologia, pela topografia, pelas relações sociais, pela Gestalt e pelos insights, pelos sonhos e pelo desejo, pelos chistes, pelas fantasias e pelos atos falhos, pelos lapsos de linguagem, pelo conteúdo latente e manifesto dos sonhos, pela história de vida do músico, pela conclusão da música e pela interpretação da música.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 05 de janeiro de 2020.

 

 

 

 

Sinais de Alteração

 

Os sinais de alteração ou acidentes, como também são chamados, são pequenos símbolos na notação musical utilizados para modificar a entoação das notas, ou em outras palavras, modificam a altura dos sons. Abaixo demonstraremos quais são estes sinais e qual a função de cada um no discurso musical:

 

 
   

 

Tanto os sustenidos quanto os bemóis obedecem a uma sequência sistemática que NUNCA se altera.

Vejamos estas sequências na ilustração abaixo:

 
   

 

 

Os sinais de alteração podem se apresentar das seguintes maneiras:

 

 

Acidentes Fixos – Dizemos que estes acidentes constituem a “armadura da clave”, ou seja, são colocados sempre após o sinal da clave e antes da fórmula de compasso. Indica que todas as notas constantes na armadura da clave serão alteradas do início ao fim da música.

 

 
   

 

 

 

 

 
   

 

 

 

Acidentes de Precaução – Como o nome já diz, são acidentes utilizados para prevenir eventuais erros de leitura, geralmente em execuções muito rápidas em que certos trechos tendem a levar o músico a uma leitura equivocada de determinada nota. É habitual grafar estes acidentes entre parênteses.

 
   

 

 

 

O que é um tom?

 

Um tom é uma distância de dois sustenidos (ou de dois bemóis). Ou a distância de 2 semitons

O que é um semitom?

 

Um semitom é uma distância de um sustenido (ou de um bemol). Por exemplo, a distância entre dó e ré é de um tom, pois entre dó e ré há uma distância de dois sustenidos (de dó para dó# e de dó# para ré). Simples, não?! Para ficar ainda mais claro, nada melhor do que uns exercícios:

Qual a distância entre as notas sol e si? Vamos conferir quantos sustenidos (semitons) há entre sol e si:

 
   

 

 

Logo, há 4 sustenidos de distância, totalizando 2 tons. Agora que você já sabe dizer a distância entre as notas, tente encontrar a distância entre ré e fá.

 

Introdução e escala maior

 

Em música, escala maior é uma escala diatônica de sete notas em modo maior, um dos modos musicais utilizados atualmente na música tonal. A sequência de tons e semitons dessa escala obedece à seguinte ordem:

Tom - Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Semitom

 

A partir da escala maior é que são formados os acordes maiores. A escala fundamental do modo maior é a escala de Dó maior, uma vez que a relação de intervalos desse modo pode ser obtida nesta escala sem a necessidade de nenhuma alteração de altura. Veja na figura abaixo as notas dessa escala e sua sequência de intervalos na sequência de intervalos:

 

mi

sol

si

V

V

V

V

V

V

V

tom

tom

semitom

tom

tom

tom

semitom

 

Para formar escalas maiores iniciadas por outra nota é necessário acrescentar alterações de altura a algumas notas, a fim de manter a mesma seqüencia de intervalos. Em uma escala de Sol maior, por exemplo, para seguir estes intervalos, as notas serão:

 

sol

si

mi

fá#

sol

V

V

V

V

V

V

V

tom

tom

semitom

tom

tom

tom

semitom

 

A nota fá não pode ser utilizada nesta sequência pois o intervalo entre mi e fá é de um semitom e entre fá e sol é de um tom. Para que a escala obedeça à ordem dos intervalos é preciso aumentar a nota fá em meio tom e torná-la um fá sustenido (fá#). Em outras escalas, para manter a relação de intervalos, é necessário reduzir a altura de algumas notas em meio tom (bemol). O ciclo das quintas define a ordem em que os sustenidos ou bemois são adicionados às escalas.

 

 
   

 

 

Quadro com a escala maior:

 

 

 

 

 
   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                CONCLUSÃO

 

                ¨Quando o compositor compõe uma música ou o instrumentista executa uma peça, ou mesmo o cantor canta sua obra eles estão elaborando e estruturando sua linguagem e seu inconsciente, seu comportamento e suas relações sociais, suas vivências sócio-históricas e familiares, suas marcas e fazendo arranjos inconscientes que estruturam seu trabalho e sua musicalidade através da atividade cerebral e mental, comportamental, fisiológica e morfológica, ou seja, adaptativa através de seu mapa cognitivo, que leva a superação das adversidades do meio ambiente, objeto e objetivo da música com a linguagem, superação, superação de inferioridades e de limites, transgredir socialmente e participar ativamente da civilização e da humanidade com inteligência, criatividade, afetividade, semântica, o novo e a novidade!¨

 

        Osny Mattanó Júnior

        Londrina, 27 de julho de 2019.

 

 

Bibliografia: Wikipedia, Exercícios de Teoria Elementar da Música, Como ler Uma Partitura, Notas Introdutórias, Elementos Básicos da Música

 

 

Bibliografia

 

 

  • LACERDA, Osvaldo; Compendio de Teoria Elementar da Música. São Paulo: Ricordi,

 

  • PRIOLLI, Maria Luisa de Mattos; Princípios Básicos da Música para a Rio de Janeiro: Casa Oliveira de Músicas Ltda, 1986.

 

  • MED, Bohumil; Teoria da Música. Brasília: Musimed,

 

  • Site Wikipedia

 

  • LACERDA, Osvaldo; exercícios de Teoria Elementar da Música, São Paulo: Ricordi,

 

  • BENNEDIT, ROY; Como ler uma partitura, Rio de Janeiro: Jorge Zahar

 

  • BENNEDIT, ROY; Elementos Básicos da Música, Rio de Janeiro: Jorge Zahar

 

  • JACCHIERI, HERMES; Notas introdutórias, São Paulo: Theophilo Pinto, 2007.