154. A HUMANIDADE DECIFRANDO SEUS SÍMBOLOS (2025) MATTANÓ.
A HUMANIDADE DECIFRANDO SEUS SÍMBOLOS
Osny Mattanó Júnior
(Releitura da primeira parte de O Homem e os Seus
Símbolos de Carl G. Jung)
Introdução
Mattanó explica que este livro é uma interpretação e adaptação do livro O Homem e Seus Símbolos de Carl G. Jung, por isso ele pode parecer muitas vezes muito assustador, complexo, complicado ou mal-elaborado.
Mattanó explica que você pode ler a história de Chapéuzinho Vermelho ou a Branca de Neve ou os Três Porquinhos num livro ou ouvi-las de uma criança livremente, o que ela entendeu e se lembra delas, ou num sonho, não importa, mitologicamente a história é a mesma, seu significado é o mesmo. Falamos em diversas línguas mas há somente um codificador, o ser humano.
Mattanó contribui para o desenvolvimento da Psicologia Jungiana criando a Psicologia Analítica Mitológica e advertindo que o indivíduo que sonha reproduz seu inconsciente e assim pode manter uma comunicação com seu interior, se descobrir, descobrir suas mensagens, suas revelações que podem lhe indicar o caminho a seguir em função de seu inconsciente e de seu processo de individuação, do seu movimento consciente – inconsciente. Este movimento é elaborado por meio de significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, topografias e simbologias. O inconsciente e o consciente obedecem ao contexto, mas não tem símbolos definidos, seus símbolos são individuais, particulares, oriundos de seus significados e sentidos atribuídos pelo indivíduo por meio da aprendizagem e da história de vida que obedece os padrões de sua socialização. A telepatia e a lavagem cerebral contribuem para a alienação do indivíduo e da sociedade, para a despersonalização, pois sua história de vida e seu aprendizado se constroem a partir da telepatia e da lavagem cerebral, fenômenos que causam despersonalização.
Osny Mattanó Júnior
(27/07/2018)
Sobre a Influência dos Mass Mídia sobre o Mundo Atual
A humanidade ainda sofre da tirania dos artistas, que dominam o mercado através dos mass mídia, com seus papéis e personagens, com seus ritos de iniciação e de passagem, com seus modos de agir e de se comportar, de pensar em relação ao sexo e a sexualidade, em relação a moral e a espiritualidade, em relação a Deus e a santidade, quando exibem sem pudor e sem medo argumentos e imagens de desrespeito a Deus e a santidade dos Santos, mas isso é um mal de toda a humanidade, sobretudo daqueles que dominam os mais pobres e carentes, os necessitados e miseráveis, que estão expostos a culturas sexuais, onde os mass mídias investem em figurinos sensuais para robotização e tipificação, padronização da opinião pública, dominação geral de determinada camada social da população, que responde prontamente como um exército fiel e corajoso, pronto até mesmo a matar e a roubar a Deus, a Mãe de Deus e aos Santos, em nome de uma sensualidade política dominante arrogante destrutiva.
Osny Mattanó Júnior
(31/07/2018)
O Papel da Máquina na Construção da Mente e do Comportamento e das Mitologias
O papel da máquina na construção da mente e do comportamento e das mitologias se faz através do trabaho imposto neste processo de decifração de textos reorganizados por um programa de computador, programa de computador que altera a ordem, inverte letras e palavras, troca palavras e letras, aglutina palavras e letras, provocando um processo de reconstrução ou de decifração de significados e sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, topografias, relações sociais e símbolos, numa tentativa de reinterpretar a obra do autor para introduzir um novo processo analítico, o da máquina sobre o homem, sobre a mente e a consciência, sobre o inconsciente, sobre os sonhos, sobre os rituais e sobre as mitologias – se o homem falhar ou der uma programação errada em seu computador tudo será errado ou diferente, até que ponto o errado e o diferente estão ininteligíveis se podemos reorganizá-los, foi assim que surgiu a linguagem e a civilização, a humanidade, com a reorganização do ininteligível, nota-se mais uma vez que a máquina não é maior do que o ser humano, do que os seus sonhos, mente e comportamento, do que as suas relações sociais e o seu trabalho. Ela tem apenas um papel de facilitar a construção da mente e do comportamento e das mitologias no mundo contemporâneo.
Osny Mattanó Júnior
(29/07/2018)
Decifrando a importância dos sonhos
Mattanó adverte que os sentidos do homem limitam a percepção. Os sentidos humanos nunca são percebidos numa totalidade, num sentido de plenitude, mas numa gestalt, numa forma. Não percebemos dois sentidos ao mesmo tempo, selecionamos o que percebemos conforme a sua importância e necessidade para o indivíduo, conforme a organização perceptiva.
Mattanó especula que os símbolos podem indicar o significado dos seus sonhos, contudo através da decorrência dos sentidos; os símbolos podem e têm seu significado inconsciente, mas mais ainda, eles possuem um sentido inconsciente, um conceito inconsciente, um contexto inconsciente, uma funcionalidade inconsciente, um comportamento inconsciente, uma topografia inconsciente, uma simbologia inconsciente, capaz de descrever o homem como ser movido por forças inconscientes coletivas e individuais e conscientes. Que os sonhos podem construir um Episódio Onírico Completo com a completa decodificação dos seus processos, ou um Episódio Onírico Incompleto com a incompleta decodificação dos seus processos, processos estes de significação, de dar sentido, conceito, contexto, funcionalidade, comportamento, topografia e simbologia, ou seja, de interpretação dos sonhos.
(Mattanó; 27/07/2018).
Mattanó assim entende que por haver fenômenos que estão fora do alcance do entendimento e da racionalidade humana empregamos termos simbólicos a esses fenômenos, mas também empregamos significados, sentidos, conceitos, contextos, fucnionalidades e comportamentos e até avatares que nos auxiliam a assimilar e a acomodar fenômenos distantes da nossa materialidade, que estão na nossa subjetividade, que pertencem muitas vezes ao mundo dos sonhos, onde somos invadidos por imagens e Episódios Oníricos que ao serem interpretados se transformam em Episódios Oníricos Completos ou Episódios Oníricos Incompletos.
(Mattanó; 28/07/2018).
Mattanó alerta que há na nossa percepção da realidade aspectos conscientes e aspectos inconscientes, que a realidade é composta de fenômenos que são transmitidos ao cérebro e formam a mente através da percepção, da visão, da audição, da gustação, da olfação, etc., e que estes fenômenos se tornam irreconhecíveis a mente humana, pois a percepção não se organiza de tal forma que possa deslumbrar vários fenômenos ao mesmo tempo, tornando a natureza externa do fenômeno praticamente desconhecida, pois reconhecemos objetos apenas por partes que juntamos. Por isso temos uma mente inconsciente que junta todas essas informações e percepções integrando-as e favorecendo uma percepção inconsciente e total, inteligente, da realidade que também podemos observar nos sonhos.
(Mattanó; 28/07/2018).
Mattanó ensina que o estudo dos sonhos levou o homem ao conhecimento do que antes não tinha consciência e nem conhecimento, construiu a partir daí um saber e uma ciência. O que não percebíamos estava abaixo do limiar da nossa consciência, foram os sonhos e seus estudos que levaram ao estudo do inconsciente através do que não nos é revelado como uma imagem simbólica, levando os psicólogos a um conhecimento da psique humana. Mitologicamente foram os sonhos que provocaram imediato interesse pelos curiosos, estudiosos, xamãs, cientistas, psicanalistas e psicólogos, pois pareciam indicar um caminho ou uma revelação não manifestada, encoberta, mascarada como nos rituais onde os feiticeiros vestem suas máscaras para igressar e fazer passar seus membros, assim são os sonhos objetos com máscaras que ritualizam cenas e ensinam mensagens que devem ser interpretadas sob forma de significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, topografias e simbologias que nos ensinam fenômenos ligados a libido, a comunhão e a segurança.
(Mattanó; 29/07/2018).
Mitologicamente nos deslumbramos com o significado da psique, o mesmo significado da natureza, um enigma sem limites, até mesmo do universo quando abordamos os seres extraterrestres, o que torna nossa psique ainda mais enigmática e sem limitações, um universo a ser explorado como o próprio universo e os extraterrestres, no sentido de conhecermos como são suas leis e valores, como funcionam e se organizam, se existe ou não um inconsciente cósmico que vai além do inconsciente coletivo dos Homo Sapiens, que une os seres do universo, que estabelece leis e valores, princípios fundamentais sobre a vida e a existência, sobre a mente, o comportamento, as relações sociais e extraterrestres, a afetividade e o pensamento, os significados, os sentidos, os conceitos, os contextos, as funcionalidades, as toprografias alienígenas, os comportamentos, as relações sociais e alienígenas e os símbolos individuais, coletivos e cósmicos que constroem esta nova ciência mitológica.
(Mattanó; 30/07/2018).
Mattanó explica que históricamente existe muita resistência quanto à aceitação da nossa parte desconhecida da mente, do nosso inconsciente, do nosso inconsciente pessoal, coletivo e cósmico, pois como sabemos a consciência é uma parte da formação que faz muito pouco tempo que se acabou e mesmo assim ainda é ameaçada por ideologias, além de perigos que podem danificá-la como a Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995, que vão além da ¨perda da alma¨, vão além de uma ruptura da consciência, indicam que a mente humana pode sofrer facilmente despersonalização e lavagem cerebral, tortura psicológica, sexual e moral, violência e curandeirismo, ou seja, a mente se vê ameaçada por curandeiros criminosos que a prejudicam e a lesam, causando loucura no indivíduo e na sociedade, movimentos e protestos violentos e irresponsáveis de cunho imoral e de despersonalização nacional.
(Mattanó; 31/07/2018).
Mattanó escreve que a consciência tem vários níveis, tem vários estágios. Começa na vida intra-uterina, continua no nascimento e vai da meninice até a morte se constituindo de várias unidades interligadas, mesmo que distintas, como um mapa cognitivo ou GPS do Comportamento, estes fenômenos levam o homem por meio da ciência e antes mesmo já nas tribos primitivas, a um comportamento de crença em várias ¨almas¨ ou várias fases da vida isoladas na nossa mente, o que nos permite construir a ciência psicológica e psicanalítica. Mitológicamente podemos dizer que o homem possui várias ¨almas¨ como possui várias faces ou vários heróis, monstros, fantasmas, reis, deuses, súditos e escravos, ou seja, várias faces de fases que isoladas na nossa mente se sobrepõem uma a uma mas não se anulam, mas se completam e se processam de forma a se integrarem como que num processo de individuação.
(Mattanó; 31/07/2018).
Mattanó aponta que mitologicamente o controle de si mesmo ou o autocontrole suscita uma ameaça de fragmentar-se, um assalto de emoções incontidas, uma dissociação, a perda da nossa identidade, a perturbação por estados de humor, a insensatez, a incapacidade diante da memória que vem a nos faltar no momento mais importante da análise, ou seja, o autocontrole é uma das coisas mais fantásticas e extraordinárias que existem, quem o faz jamais ouvirá de um amigo ou de um inimigo coisas que jamais suspeitava escutar ou que não tinha consciência e assim não terá que chorar, sorrir, ficar ou partir por causa de si mesmo, do seu inconsciente, da sua interioridade e dos seus sonhos que também aprenderá a interpretar em seu processo de individuação.
(Mattanó; 01/08/2018).
Mattanó aponta que mitologicamente a consciência humana ainda não chegou a um nível estável ou razoável de continuidade, pois está sujeita a fragmentação e a dissociação, como prova disto temos os sonhos, os mitos e os ritos, as mitologias que retratam o contemporâneo até o primitivo numa dramatização mística, na capacidade de simbolização do ser humano que também não foge a este regra. Para Freud os sonhos indicam algo que não o acaso, associado a pensamentos e problemas conscientes como os sintomas neuróticos que são, justamente áreas dissociadas da nossa mente, mitologicamente ritualizamos nossos problemas para ultrapassarmos seus limites, até mesmo quando sonhamos, o fazemos para significar, dar sentido, conceituar, contextualizar, fazer a funcionalidade, o comportamento, a topografia e as simbologias (da libido, da comunhão e da segurança) e assim efetuarmos o processo de interpretação onírica com a análise final do Episódio Onírico Completo ou do Episódio Onírico Incompleto. Sonhamos mitologicamente para discriminar eventos encobertos a respeito dos mitos e dos ritos de nossa sociedade, de nossas mitologias, da nossa interioridade.
(Mattanó; 04/08/2018).
Mattanó mostra que os símbolos dos sonhos existem numa variedade muito grande e que consistem em fantasias e falsidades, contudo Freud mostrou que os sonhos revelam histórias que o sonhador gostaria de evitar conscientemente, por se trataremde uma experiência desagradável reprimida no seu inconsciente, revelando suas dificuldades e problemas comportamentais, a estes fenômenos chamamos de ¨complexos¨, temas emocionais reprimidos capazes de provocar distúrbios psicológicos permanentes e em outros casos, sintomas de neurose. Mitologicamente os sonhos revelam as histórias dos nossos ritos, das nossas dificuldades e dos nossos problemas quando conscientizados, mostrando o caminho da cura, da transformação psicológica mística, noite após noite.
(Mattanó; 05/08/2018).
Mattanó mostra que Jung começou a discordar de Freud quanto a livre associação para interpretar os sonhos e passou a prestar seu interesse na forma e no conteúdo do sonho. Mattanó acrescenta à forma e ao conteúdo a Gestalt, os princípios da organização perceptiva (simetria, proximidade, continuidade, semelhança, e figura/fundo, etc.), nota-se que Mattanó destaca a figura/fundo como objeto da organização perceptiva, como seu fim ou finalidade, como seu objetivo e nele se dá a interpretação da forma, da Gestalt, como forma de melhor interpretar a forma e o conteúdo sugere interpretar através da leitura dos significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, topografias, simbologias e relações sociais, através do Episódio Onírico Completo e do Episódio Onírico Incompleto. Assim temos a forma e o conteúdo dos sonhos interpretados.
(Mattanó; 05/08/2018).
Mattanó alerta que ideias e associações podem levar a complexos do paciente. Para estudá-los devemos estudar os sonhos do paciente, as imagens simbólicas, a forma e o conteúdo dos sonhos. Cada imagem pode ser representada de diferentes maneiras, ou seja, um símbolo pode ser representado de diversas maneiras, há várias imagens para cada símbolo. Cada uma dessas imagens tem potencial para levar até os complexos do indivíduo. Assim os sonhos tem algo a mais do que o conteúdo sexual, pois tem várias imagens para cada símbolo, o símbolo pode ser presentado de muitas maneiras, por outros motivos determinados, como a comunhão e o exercício da força (ou a segurança).
(Mattanó; 08/08/2018).
Mattanó fala do misoneismo quando aborda a telepatia e a lavagem cerebral, a pulsão auditiva e suas consequências na psique, no comportamento e nas relações sociais dos indivíduos, como a falsidade ideológica, o estupro virtual, o curandeirismo, o falso insight, o erro, o engano, a mentira, a tortura moral, sexual, física e psicológica, o abuso e a exploração sexual e de incapazes, a tentativa do atentado ao pudor do estelionatário, a tentativa do ato obsceno do estelionatário, o estelionato, o roubo de dados pessoais, o roubo de conhecimento, o roubo de trabalho, o roubo da educação e da vida sexual e da saúde, o roubo de partes do corpo humano, a periclitação da vida e da saúde, a discriminação, a perseguição, a violação de direitos e da cidadania, a violação da intimidade e da privacidade, as injúrias e as calúnias, as difamações, os crimes contra a imagem da pessoa, os crimes de ódio, as tentativas de execução deflagradas, etc., ainda há muito misoneismo na Psicologia e na Psicanálise, inclusive na Psiquiatria.
(Mattanó; 08/08/2018).
O passado e o futuro no inconsciente
Mattanó explica que os sonhos são o material mais acessível para o estudo da faculdade humana de produzir símbolos. Devemos encarar os sonhos a partir da forma e do conteúdo, mas sem suposições prévias a respeito dele, que ele tem um sentido, sua forma e conteúdo e que ele é uma expressão do inconsciente individual, coletivo e cósmico.
(Mattanó; 10/08/2018).
Os sonhos tem sua importância para o investigador, mesmo para o de pouca experiência que aos poucos aprende a conhecê-lo melhor e a interpretá-lo adequadamente. Os sonhos são um acontecimento normal,e tem sua causa racional, onde suas ideias, imagens, pensamentos, sensações e impressões provisoriamente ocultos e perdidos continuam a influenciar a nossa mente consciente. Assim como nossos passos são influenciados pelo nosso inconsciente até mesmo quando fechamos os olhos e continuamos a caminhar e concluímos nossa caminhada. Os sonhos também nos ajudam a concluir a nossa caminhada. Esta caminhada, a caminhada diurna e a caminhada noturna, eles nos ajudam de muitas maneiras com suas formas e conteúdos.
(Mattanó; 10/08/2018).
Mattanó aponta que aparentemente nos comportamos segundo intenções conscientes, mas quando somos indagados sobre nossas motivações descobrimos coisas bem diferentes, descobrimos motivos inconscientes, por exemplo, quando falamos mas não reconhecemos o que falamos, ou ouvimos mas não reconhecemos o que ouvimos, passamos anestesiados por estímulos. Jung comprovou que seus pacientes reconheciam estes estímulos com a técnica da hipnose lhes perguntando sobre esses estímulos que conscientemente não eram despertados ou conscientizados, discriminados. Jung ajudou a comprovar a existência do inconsciente.
(Mattanó; 10/08/2018).
Mattanó explica que o inconsciente não se trata de um funcionamento anormal da mente e assim unicamente da esfera da psicopatologia. Pois o inconsciente pertence a todos os indivíduos como fenômeno individual, coletivo e cósmico. Como já vimos suas intenções e motivos estão nos sonhos, ou seja, sua forma e conteúdo que o fazem um fenômeno filogenético (da nossa espécie, Homo Sapiens), ontogenético (de cada indivíduo), cultural (da nossa cultura como fenômeno cultuado e ritualizado místicamente), da espiritualidade (como fenômeno espiritual), da vida (como fenômeno próprio da vida) e do universo (como fenômeno do universo, do cosmos e dos contatos extraterrestres).
(Mattanó; 10/08/2018).
Mattanó explica que o ato de esquecer envolve uma gestalt, uma forma, uma figura, onde ora está a luz dos nossos olhos a imagem de uma figura ou de uma taça e noutro relance por esquecimento desta imagem temos a imagem na memória do fundo ou de um rosto, exatamente como um holofote ao iluminar uma área que deixa outra área mergulhada na escuridão. O holofote é a nossa consciência e cada área é respectivamente, uma a figura e a outra o fundo da figura. O esquecimento é o desvio da nossa atenção.
(Mattanó; 23/08/2018).
Mattanó explica que as recordações esquecidas estão recalcadas em função de sua natureza desagradável e que por isto tornam-se esquecidas. O cheiro despertou lembranças até então, esquecidas, as recordações perdidas eram muitas e estavam recalcadas. Notamos funcionalmente o Contexto (uma caminhada numa fazenda) – Sestímulo (odor ou cheiro) – Consequência (despertar de lembranças esquecidas) – NovoContexto (um sujeito inserido no meio ambiente, numa fazendo com lembranças que eram até então esquecidas e foram despertadas do seu inconsciente). A natureza da origem dessas lembranças esquecidas é algo desagradável, pois estavam recalcadas e esquecidas, vieram à tona com o cheiro na caminhada na fazenda.
(Mattanó; 24/08/2018).
Mattanó escreve que essa sugestão, por exemplo, o cheiro, explica o surgimento de lembranças esquecidas, de sintomas neuróticos e de recordaçções benignas, por exemplo, quando avistamos alguma coisa, sentimos um cheiro ou ouvimos um som como uma música que lembre circunstâncias ou eventos passados temos lembranças esquecidas. Mattanó diz que lembramos de acontecimentos esquecidos por causa do nosso mapa cognitivo e do nosso GPS do comportamento que desencadeiam rotas cognitivas e comportamentais para os estímulos que percebemos, inclusive para os estímulos que não percebemos, que estão e são inconscientes.
(Mattanó; 24/08/2018).
Mattanó explica que a mente é dividida em duas faces, a consciente e a inconsciente, a face consciente e a outra face, muitas pessoas acreditam que a outra face não tem poder sobre a face consciente tentando dominá-la através da força de vontade, da decisão e da intenção própria, mas não é bem assim, a outra face esta agindo, esta na gestalt, como forma, que de acordo com o insight e a percepção será deslumbrada, é a outra face que faz o jovem acadêmico se esquecer da resposta certa durante o exame letivo, mesmo tendo estudado exaustivamente.
(Mattanó; 02/09/2018).
Mattanó adiciona que temos vários motivos para nos esquecermos de coisas que notamos ou experimentamos, que vivemos e nos relacionamos, mas há também um número de motivos pelos quais elas podem ser relembradas , como exemplo temos a ¨recordação escondida¨, que é aquela recordação efetuada quando escrevemos algo que nunca nos envolvemos numa leitura ou audição e de repente reparamos depois, de tê-la escrito, num outro episódio de nossas vidas compará-la com a de outro autor e ver a sua enorme semelhança com o que escrevemos outrora, este é um fenômeno do inconsciente. Dependendo da história de vida do autor pode ser um fenômeno do inconsciente pessoal ou senão do inconsciente coletivo.
(Mattanó; 02/09/2018).
Mattanó adiciona que a recordação escondida pode ter ocorrido no livro de Nietzsche, Assim Falou Zaratustra, onde o autor fala de um incidente relatado num diário de bordo no ano de 1686, que por acaso já havia sido publicado no ano de 1835. Nietzsche havia lido a primeira publicação e certamente teve uma recordação escondida quando a história estruturou-se em foco em sua consciência devido a sua história de vida pessoal, revelando a influência do seu inconsciente pessoal e até do coletivo, de acordo com o contexto, o significado, o sentido, o conceito, o comportamento, a funcionalidade, a simbologia e as relações sociais, ressalta-se importante destacar se houver relações com telepatia, com alienígenas ou o universo e o cosmos estaremos abordando o inconsciente cósmico.
(Mattanó; 16/09/2018).
Mattanó aponta que o inconsciente pode trazer do passado ideias e pensamentos inteiramente novos e criadores e não somente memórias vividas. Muitos artistas, políticos e cientistas devem suas carreiras ao papel inovador e criativo do seu inconsciente, muitas vezes suas melhores ideias são inspirações que vieram de súbito do inconsciente, há estas pessoas chamamos a inteligência de genialidade pois trazem grandes contribuições artísticas, políticas e científicas para a humanidade. Importante salientar que o papel do inconsciente cósmico na inteligência é de grande importância pois traz para a humanidade a inteligência, o saber e o conhecimento das estrelas, do universo, dos alienígenas através do contato extraterrestre e da telepatia que é um fenômeno extraterrestre.
(Mattanó; 26/10/2018).
Mattanó discorre que é a vida onírica a fonte natural da maior parte de nossos símbolos e que é difícil compreender os sonhos, pois os sonhos em nada se parecem com a mente consciente, os sonhos não tem uma lógica aparente, eles tem uma lógica latente que se reveste e se traduz em seus significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, topografias, linguagens, relações sociais, insights e gestalts, revelando um aspecto fascinante ou aterrador em sua trama manifesta e latente, em seu conjunto como Episódio Onírico Completo ou Episódio Onírico Incompleto.
(Mattanó; 26/10/2018).
Mattanó concorda que o inconsciente não dispõe de regras que ditamos aos nossos pensamentos conscientes, por isso ele, o inconsciente nos parece tão distante e incompreensível, criando uma tendência a ignorá-lo e desprezá-lo pois nos confessamos confundidos por ele. Ele age nos confundindo quando é inconsciente e torna-se consciente e quando é consciente e torna-se inconsciente repentinamente, mudando a significação e o sentido psíquico, mas também a conceituação, a contextualização, a funcionalização, o comportamento, a simbolização, a linguagem, a topografia, as relações sociais, a gestalt, o insight e o conteúdo da véspera nos sonhos, perturbando o sentido convencional ao qual estávamos lidando até agora.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó comenta que os meios-tons psíquicos que variam de pessoa para pessoa são oriundos justamente dos processos de significação, de dar sentido, conceito, contextualização, comportamento, funcionalidade, simbologias, linguagem, topografias, relações sociais, gestalts, insights, conteúdos de vésperas através da socialização e da alfabetização.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó aponta que abaixo da consciência até mesmo os conceitos podem tomar um outro sentido, o seu sentido inconsciente. Da mesma forma os significados e os sentidos, os contextos, a funcionalidade, o comportamento, a linguagem, a simbologia, a topografia, as relações sociais, a gestalt, o insight e o conteúdo de véspera.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó comenta que a ¨participação mística¨ nos sonhos é um fenômeno que põe o sonhador abaixo do limite da consciência como uma pessoa profundamente inteligente e culta, certa de seus sonhos, fantasias e visões, o mundo atual ainda constrói muitas de suas relações a partir da ¨participação mística¨.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó comenta que o assim como os pacientes de Jung buscavam explicações para seus medos e fobias em doenças na medida em que eram cultos e não acreditavam em fenômenos ocultos, hoje a sociedade justifica seus medos e fobias em extraterrestres ou alienígenas, pois não há mais espaço para doenças e fenômenos ocultos, chegando ao máximo de catalogar Deus como um alienígena.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó explica que o inconsciente é um rico instrumento, tanto para o instruído quanto para o obtuso ou sem instrução, para o rico como para o pobre, para o branco, o preto, o amarelo, o vermelho e o mestiço, ele não discrimina mente ou tipo de pessoa por qualquer que seja sua discrminação, ele é universal em sua significação e pessoal em seu caráter histórico.
(Mattanó; 26/11/2018)
Mattanó explica que sonhamos com o que nos complementa quando temos uma balança psicológica dos sonhos, o material onírico reconstitui o equilíbrio total de maneira situl. Nossa constituição psíquica leva-nos a compensar nos sonhos com planos nossas deficiências, com avisos o que rejeitamos, com voos nossas quedas. O sonho rejeitado pode causar acidentes reais, podemos cair, tropeçar, nos cortar, sofrer um desastre de carro ou de avião, podemos matar e nos tornar-mos criminosos devido aos sonhos, por isso manipular os sonhos com telepatia e hipnose perguntando sobre violência e criminalidade, sobre doenças e loucuras, torna-se algo extremamente perigoso, pois podemos causar problemas para o sonhador em sua vida despertada, em seu ambiente de trabalho, escolar, familiar, religioso, social, etc..
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó alerta que os sonhos servem para avisar-nos sobre perigos e ameaças que podem ocorrer conosco diante de determinados contextos e comportamentos, acredita que pode avisar também sobre perigos e ameaças sobre significados, sentidos, conceitos, funcionalidades, simbologias, linguagens, topografias, relações sociais, gestalts, insights e conteúdos de vésperas, antes mesmo que eles realmente aconteçam.
(Mattanó; 26/11/2018).
Mattanó comenta que os sonhos muitas vezes nos passam desapercebidos por causa das suas forças inconscientes, inclusive quando assumem uma forma de previsão. Porém o que passou desapercebido da consciência não passou desapercebido do inconsciente. As mensagens do inconsciente podem ser claras, mas podem ser também ambíguas, misteriosas, cheias de armadilhas. A extensão das mensagens depende das conquistas e dos estados primitivos e do civilizado ao qual o homem deve mostrar o saldo destes ganhos e perdas, fazendo um balanço numa balança por compensações através dos sonhos.
(Mattanó; 27/11/2018).
Mattanó comenta que o homem primitivo era governado pelos seus instintos e que os sonhos tinham uma atividade compensadora, onde o equilíbrio mental e a saúde fisiológica derivam de uma boa relação entre consciente e inconsciente, quando eles se separam aparecem os distúrbios mentais. A interpretação dos sonhos nos faz compreender a esquecida linguagem dos instintos, onde seus símbolos passam desapercebidos ou incompreendidos. A linguagem dos instintos pode assim adquirir significado, sentido, conceito, contexto, funcionalidade, comportamento, simbologia, linguagem, topografia, relações sociais, gestalt, insight e conteúdos de véspera.
(Mattanó; 27/11/2018).
Mattanó explica que há casos em que a interpretação do sonho torna-se não aconselhável, devido ao estado mental ou desequilíbrio do paciente. E avisa que não existem métodos de se uiversalizar a interpretação dos sonhos e dos seus símbolos, pois eles dependem de como o sonhador os compreende, significa, dá sentido, conceituar, contextualizar, funcionaliza e se comporta gerando o símbolo que por sua vez continua a desencadear o processo interpretativo dos sonhos com a linguagem, a topografia, as relações sociais, a gestalt, o insight e o conteúdo de véspera.
(Mattanó; 27/11/2018).
A análise dos sonhos
Mattanó comenta que descobrimos com a técnica interpretativa dos sonhos e não com a hipnótica que submete o paciente aos mandos do terapeuta, e assim a sua própria psicologia, revelando que devemos deixar e manter o analisando livre de interferências durante a sua fala, ouvindo-o com amor, para que sua psicologia se revele e seja livre e o liberte e não às interferências, deste modo compreenderemos os significados, os sentidos, os conceitos, os contextos, as funcionalidades, os comportamentos, as simbologias, as linguagens, as topografias, as relações sociais, as gestalts, os insights e os conteúdos de vésperas que o paciente traz na sessão para o terapeuta interpretar. Esta técnica ajuda a diferenciar os sinais e os símbolos. Os sinais são conscientes, são inventados por meio da atividade, da educação e do trabalho do ser humano. Já os símbolos não podem ser inventados, são produzidos nos sonhos, são inconscientes. Tanto os sinais quanto os símbolos e até os mitos são qualidades mentais e morais do ser humano que ele usa para se adaptar as adversidades do meio ambiente e evoluir gerando filogênese, ontogênese, cultura, espiritualidade, vida e universo, com base na aleatoriedade da reprodução e da genética que produz mudanças morfológicas, fisiológicas, comportamentais e genéticas nos seres humanos, assegurando a sua evolução e seleção natural.
(Mattanó; 27/11/2018).
O problema dos tipos
Mattanó acrescenta que além da divergência ou da convergência entre personalidades, notamos acentuado desenvolvimento em nossas sociedades e culturas da divergência ou da convergência de significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, topografias, linguagens, relações sociais, gestalts, insights, sonhos, aspirações, desejos, volições, amor e ódio que se projetam em arquétipos em forma de arte, trabalho, educação e religião, como forma de comunicação entre o pessoal e o coletivo, donde aprendemos a nos comportar de forma introvertida ou extrovertida, anunciando uma era em que seríamos divergentes, convergentes ou complementares aceitando as diferenças e amando uns aos outros como a nós mesmos.
(Mattanó; 11/12/2018).
Mattanó acrescenta que além dos tipos pensamento – sensação e sentimento – intuição, existem os tipos pensamento telepático passivo-autoclítico – pensamento – sensação e pensamento telepático ativo-autoclítico – pensamento – sensação, que definem o ser humano em meio as contingências telepáticas. O pensamento telepático passivo-autoclítico é aquele em que o indivíduo telepath organiza e reorganiza passivamente seu conteúdo psíquico. E o tipo pensamento telepático ativo-autoclítico é aquele onde o indivíduo organiza e reorganiza ativamente seu conteúdo psíquico, por exemplo, através da psicoterapia e da análise.
(Mattanó; 11/12/2018).
Mattanó destaca que o lado que não aceitamos e que normalmente atribuímos como sendo responsabilidade e culpa dos outros é a nossa sombra, e que a dificuldade de aceitar isto deve-se a uma resistência do analisando que se encontra incapacitado de compreender sua realidade naquele momento, por isso projeta-a nos outros por meio do arquétipo sombra. O arquétipo sombra segundo Mattanó tem seus significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, linguagens, topografias, relações sociais, gestalts, insights e conteúdos de vésperas no caso dos sonhos. Mattanó acrescenta que todos os arquétipos são assim interpretados segundo suas teorias.
(Mattanó; 11/12/2018).
Mattanó acrescenta que a compensação, o mecanismo de censura e o ¨desejo incompatível¨ (como um ¨disfarce¨) dos sonhos também tem seus significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, topografias, simbologias, linguagens, relações sociais, gestalts, insights e conteúdos de vésperas.
(Mattanó; 11/12/2018).
Mattanó explica que além da capacidade técnica do analista de interpretar aos sonhos do analisando ele deve também ter boa relação com o analisando, para desenvolver boa empatia e sentimento de amor e de confiança, de segurança, de credibilidade no trabalho do analista que terá em suas mãos o material onírico e assim inconsciente do analisando para trabalhar e interpretar e devolver para a paciente. Mas deve ele saber que deve ter conhecimento também da realidade atual do paciente, dos seus contextos, da sua vida atual, de como ele vive e se sente, de como vão seus relacionamentos, para não prejudicá-lo como interpretações equivocadas ou inadequadas para o contexto, inclusive referentes aos significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, linguagens, topografias, relações sociais, gestalts, insights e conteúdos de vésperas, pois o bem-estar do paciente é o seu maior patrimônio.
(Mattanó; 11/12/2018).
O arquétipo no simbolismo do sonho
Mattanó aponta que o sonho é um processo psíquico e neurológico normal, que transmite à consciência reações e informações inconscientes ou impulsos espontâneos e involuntários. Que os sonhos são interpretados com o auxílio do sonhador que providencia todas as associações e explorações. Mas que existem casos onde aparecem ¨resíduos arcaicos¨, que são formas primitivas e inatas que representam uma herança do espírito humano, da nossa ancestralidade e dos nossos antepassados. Que os sonhos e os resíduos arcaicos têm um ou, geralmente, mais de um, significado, sentido, conceito, contexto, comportamento, funcionalidade, simbologia, topografia, linguagem, relações sociais, gestalt, insight, pensamento e conteúdo de véspera, desejos e desejo de dormir, história de vida, conteúdo manifesto, conteúdo latente, conclusão e interpretação final.
(Mattanó: 28/04/2019).
Mattanó aponta que o ser humano possui desde o início de seu processo evolutivo uma mente animal e que foi se tornando próxima à dos animais, ou seja, uma mente primitiva que evoluiu e se torna progressivamente, por meio da evolução, próxima dos animais e nunca distante ou diferente da mente dos animais em termos científicos. O que nos torna próximos psicológicamente aos animais é justamente a mente e as faculdades psíquicas conscientes e inconscientes, coletivas e individuais, e de desenvolvimento da personalidade.
(Mattanó; 29/04/2019).
Mattanó aponta que os arquétipos fazem parte da mente coletiva de todos nós, são imagens simbólicas que se repetem em qualqer época e lugar do mundo, sem explicação genética ou nem pela aprendizagem, nem através da psicosexualidade e nem pelo condicionamento.
(Mattanó; 29/04/2019)
Mattanó aponta que muitas vezes os sonhos causam aflição, medo, dor psicológica, terror, angústica, pânico tanto no conteúdo manifesto e nada podemos fazer, como no conteúdo latente e na interpretação do sonho, nos pensamentos do sonho e o que podemos fazer é a dessensibilização do sonho, compreendendo que não devemos interpretá-lo literalmente, não devemos manter sobre ele um controle e nem dar razões sobre ele, mas compreender o contexto, isto é, que era um sonho e que você estava dormindo, e então deixar a sonho ¨passar¨ como um desfile militar com soldados que passam por você e vão e vão e vão cada vez mais e mais longe de você, até que você não se vê mais sobre a influência ou domínio desse sonho. Se você não tiver como analisá-lo esta pode ser a melhor prática para lidar com os sonhos em geral, não somente com os que causam sofrimento.
(Mattanó; 29/04/2019).
Mattanó mostra que a produção de arquétipos tem outra função muito importante, a de educar as crianças, os deficientes, os psicóticos, os neuróticos, os transtornados, os adultos e os idosos, os doentes, os internados em hospitais e manicômios, os que correm perigo, etc., cada ser humano em situações onde o herói seja ele, e em que condição bio-psico-social estiver, pois a figura do herói existe há tempos e a tradição fez dele um arquétipo que facilita, desencadeia e opera mudanças e aprendizagem comportamental, psicológica e social, oferecendo as regras do jogo conforme a tradição, como nos rituais de iniciação, de passagem, de casamento e de morte.
(Mattanó; 29/04/2019).
Mattanó acrescenta que as crianças em seus sonhos apresentam o que aprenderam associado a sua criatividade imprevisível dos sonhos e das próprias crianças, pois não há nenhum conhecimento formado tradicionalmente na mente e no inconsciente pessoal das crianças.
(Mattanó; 28/05/2019).
Mattanó aponta que os sonhos mostram a aprendizagem das crianças, seus valores morais e o conflito deles com sua base biológica sexual, que para Mattanó é o motivo para o conflito no mundo real, onírico e simbólico da criança que sugere uma relatividade de valores morais, pois ela só adquirirá uma certa relatividade dos valores morais a partir dos 10 anos de idade quando passar pelo período de construção da cognição que lhe facultará comportamento para relativizar moralmente de forma hipotética e dedutiva e também após os 10 anos quando ela passar pela fase da autonomia moral que lhe possibilitará independeência para significar, dar sentido, conceituar e contextualizar moralmente seus valores em tranformação moral.
(Mattanó; 28/05/2019).
Mattanó aponta que a mente e os arquétipos que podem ou não serem incorporados a experiência pessoal e coletiva, desde que mantenham-se conscientes e num espaço psíquico e comportamental lúdico, pois é através do lúdico que podemos lidar com o niilismo no processo de individuação e assim experimentarmos uma total ausência de significados e de sentidos em nossas representações, relações, arquétipos e em nosso processo de individuação, sobretudo que hoje, através das artes, do cinema introjetamos arquétipos com novos significados e novos sentidos, que não escolhemos, pois não conhecemos a trama dos filmes e os introjetamos em nosso processo de individuação, como por exemplo, em filmes de super-heróis e alienígenas onde nossa experiência psíquica se vê em ¨trevas¨ e orgulhosa das proezas e maravilhas comportamentais desses personagens, a saída para lidar com isto é o niilismo!
(Mattanó; 05/04/2020).
Mattanó aponta que o sonho não tem apenas valores morais ou lúdicos, mas também afetivos e xamãnicos, que aborda o tema da morte, da ressurreição ou restituição, da origem do mundo e da gênese, da criação do mundo e do homem, da criação da vida e da relatividade dos valores e que eles quando interpretados num nível pessoal representam uma invencível dificuldade ministrada pelos poderes do coletivo e das imagens coletivas coletadas, por exemplo, através das experiências das tribos primitivas. Foi a partir daqui que se originou e se desenvolveu o processo de atribuir significado, sentido, conceito, comportamento, funcionalidade, simbologia, topografia, linguagem, relações sociais, Gestalt, insights, sonhos e interpretações dos sonhos, efeito despertador do sonho, dramatização e ritualização, mitificação, historicidade, história de vida, de grupo e de coletividade, pressupostos e subentendidos, conclusão e interpretação final dos sonhos e finalmente, cura através dos sonhos.
(Mattanó; 05/04/2020).
Mattanó aponta que assim como a vida o sonho é tão curto quando ela e retrata a vida e a morte, inclusive a ressurreição e os rituais de sacrifício e de transformação da morte em vida, por exemplo, os sonhos com Igrejas, pois a tradição histórica, religiosa e filosófica, antropológica e psicológica trata e retrata a vida e a morte a partir de diversas especulações que os sonhos lançam no seu curto espaço de manifestação onírico e de vida para a elaboração e cura dos traumas da vida e da morte.
(Mattanó; 05/04/2020).
Jung chama aos arquétipos de instintos e os instintos de percepções, mas Mattanó chama os arquétipos de formações do inconsciente, formações instintivas que nada tem de relação com a consciência, a não ser o motivo para desencadear suas respostas inconscientes e arquetípicas. Os arquétipos são construções da nossa mente inconsciente que prevalecem sobre a psique individual e sobre o meio ambiente, inclusive sendo desencadeados em forma de diversas línguas, mas com o mesmo significado e o mesmo sentido, com o mesmo conceito, variando à consciência e a realidade, mas não ao prazer.
(MATTANÓ; 17/07/2022).
Para Jung a psique não desconhece os vestígios da nossa evolução e eles aparecem em nossos sonhos, avisando-nos, por exemplo, de desastres, tragédias e da morte. Para Mattanó a psique é produto da evolução e carrega consigo os vestígios dela, tanto funcionalmente, quanto fisiologicamente, morfologicamente e comportamentalmente, pois herdamos estas características de nossos antepassados e de nossos ancestrais que foram se descobrindo e tendo a experiência dos sonhos em meio a tragédias, desastres e mortes sem explicações, mas que com o conhecimento e a sabedoria adquiriram outro significado e outro sentido, tornando-se janela do mundo inconsciente para o mundo consciente e comportamental.
(MATTANÓ; 17/07/2022).
Os sonhos servem para prognóstico e para nos avisar de alguma doença, conforme seus significados e sentidos e sua simbologia.
Os arquétipos servem para criar mitos, civilizações e nações, conforme seus significados e sentidos, conceitos, contextos, comportamentos e relações, e suas simbologias.
(MATTANÓ; 17/07/2022).
Os arquétipos foram construídos através dos seus significados e dos seus sentidos ao longo da história evolutiva do Homo Sapiens.
(MATTANÓ; 17/07/2022).
A alma do homem
Vemos que o homem costuma separar seus problemas da mesma forma que separa seus objetos e valores, em compartimentos, neste caso, psíquicos e virtuais, de modo a ajudá-lo a manobrar questões e assuntos delicados como a Cortina de Ferra e as guerras, numa atitude arquetípica que o ajuda a nomear todo este vasto e complexo sistema de valores e de comportamentos conscientes e inconscientes, tantos pessoais quanto coletivos. Este conjunto de contingências leva o homem a competir econômicamente, militarmente, politicamente e moralmente, gerando sofrimento e desgaste da máquina planetária, ou seja, da globalização, de modo que pode causar pandemias e doenças devastadoras como a da pulsão auditiva de Mattanó ou do covid 2019, e até guerras como a da Ucrância com a Rússia e da Palestina com Israel, dentre outras.
Temos dois mundos, o comunista e o nosso capitalista. O mundo comunista se esconde no mito e no arquétipo da Idade do Ouro tentando mascarar com uma ideologia rica em valores as diferenças individuais, levando-as a igualdade de valores e de riquezas, porém valiosas como o ouro. E o capitalismo vive o mito e o arquétipo do Estado de Providência onde as pessoas tem suas propriedades com base nos direitos e deveres administrados pelo Estado que assim Providencia os recursos e os bens para os indivíduos consumirem conforme suas riquezas e suas gerações e acúmulo, distribuição de riquezas, ou seja, economias. O mundo capitalista prevê a economia enquanto que o mundo comunista não endossa a economia.
Jung nos ensina que o homem tem apreço pelos pensamentos que não consegue provar, mas quando eles tem origem de algum idiota ele, o homem, se revolta e os ignora, até mesmo quando se tratam de crenças religiosas. Mas quando o idiota e suas idiotices estão santificadas o homem as seguem pois se identifica com a santidade e a idiotice, pois esse comportamento é infantil, dom
éstico e familiar.
A consciência tem o papel de formatar o seu papel na história, ou seja, o que você é e acredita, sua cultura, seu conhecimento e sua realidade, sua missão nesta vida e o seu futuro diante das demais gerações, transmitindo significados e sentidos que se perpetuarão enquanto essa mensagem tiver valor, significado e sentido para as gerações futuras.
O mito de homem-deus através de Jesus Cristo foi somente tornado vivo e realidade, pois já existia como Palavra e mito em outras tradições religiosas como as primitivas que tinham a deusa-mãe ou a egípcia que tinhas os faraós como deuses.
O mito tem suas origens no primitivo e foi aqui que ele já percebeu que não se tratava de realidade, mas de fantasias, de histórias como as que vieram depois com os filósofos e os contadores de histórias.
Os símbolos, assim como os afetos apresentam uma formação diferente da formação consciente em nossa mente, pois tem formações inconscientes que os identificam como símbolos e afetos.
Eis que para se compreender estes fenômenos teremos que compreender a vida, pois é esta a grande formadora de emoções e ideias simbólicas.
(MATTANÓ; 05/09/2025).
Jung esclarece que a prática clínica é bastante diferente da teórica que ainda é incompleta e insuficiente diante da grande realidade psíquica humana.
As imagens que produzimos em nossos sonhos são interpretadas segundo nossa maturidade, é esta quem produz significados e sentidos para os nossos símbolos e imagens oníricas.
(MATTANÓ; 05/09/2025).
A interpretação dos sonhos requer intelectualização, isto é, educação e formação profissional, já que demanda compreender a história de vida, do sonho e dos símbolos desse sonho quando for, então realizar o trabalho de interpretação.
Para realizar este trabalho incluo a cultura e a educação como formadoras da história desse indivíduo e da sua vida que parece ter significado e sentido ainda maior que apenas cultural e educativo. De fato, Mattanó inclui a filogênese, a ontogênese, o mundo virtual, a espiritualidade, a vida e o universo a cultura como formadoras de uma personalidade e de individualidade, passíveis de interpretação.
Contudo o caminho permite que utilizemos também a imaginação e a intuição, acredito que a sensibilidade também é pertinente quando abordamos a paranormalidade, desta forma o Homo Sapiens continua sua Trajetória da Vida e dos Heróis com a ajuda dos seus arquétipos, sendo que a imaginação, a intuição e a sensibilidade justificam-se como parte do seu mapa cerebral e dos seus caminhos cognitivos, ou seja, têm amparo cerebral, comportamental, fisiológico e morfológico, isto é, adaptativo.
A intuição pode ajudar na interpretação dos símbolos oníricos, mas por outro lado pode criar uma relação que Jung nomeou de ¨sonho mútuo¨ em função do ¨palpite¨ do analista, que para Mattanó se assemlha a uma relação onde o paciente e o analista se contaminam em seu investimento e contra-investimento inconsciente, que foge da realidade e do conteúdo do sonho, buscando outros conteúdos associados, que por exemplo, através da associação livre, podem construir redes de associações e de investimentos que apenas contaminarão a análise e a interpretação dos sonhos, indicando inabilidade e inexperiência do analista, ou mesmo incapacidade para realizar este trabalho.
Jung aconselha que toda teoria psicológica ou psicanalítica tenta explicar a mente e o comportamento humanos e que estão sujeitas a imperfeições e refutações, somente o trabalho acadêmico e científico podem garantir futuro destas teorias, pois as atualizam e as fiscalizam atentamente.
(MATTANÓ; 06/09/2025).
A função dos símbolos
Jung explica que temos dois tipos de símbolos, os símbolos naturais e os símbolos culturais. Os primeiros são herdados das imagens arquetípicas essenciais, do nosso inconsciente, das sociedades primitivas, enquanto que os símbolos culturais derivam da história da nossa civilização, eles funcionam como uma magia que desenvolve preconceitos, que ao serem negligenciados podem causar grandes problemas psicológicos para o indivíduo. Estas tendências comportamentais e psicológicas formam o que chamamos de ¨sombra¨ que representam os demônios para muitas culturas, religiões a tradições. Então as tradições sociais e culturais do homem moderno se desintegraram e hoje vivemos uma dissociação cultural, lingüística, da informação, do direito e das comunicações. Esta dissociação continua nas religiões através dos líderes religiosos que desprezam as ciências nomeando-as de demoníacas, mesmo salvando e curando muito mais do que as religiões.
Hoje em dia os objetos do mundo perderam seu poder simbólico, mas ao contrário os sonhos prevaleceram na vida psíquica e comportamental das pessoas como fonte incomensurável de riqueza simbólica para eles, favorecendo a crença em absurdos como monstros, fantasmas, lobisomens, bruxas, demônios, feitiçeiras, duendes, que são apenas substituições inconscientes. Temos tabus, projeções, ilusões, superstições, imagens e emoções que configuram arquétipos que nos comunicam modos de expressar a crença nestes absurdos simbólicos.
A numinosidade dos objetos, ou seja, seu significado e seu sentido apresentam-se conforma seu contexto e sua forma de analisa-los e interpretá-los, conforme sua linguagem que carrega consigo sua própria numinosidade a partir da socialização e do desenvolvimento cognitivo da criança que passa a atribuir significação aos objetos do seu mundo por volta dos 5 anos de idade.
È durante os sonhos que o indivíduo revive sua infância ou sua história com elementos dela em seus sonhos, aqui se processa o ¨processo de individuação¨ que reorganiza a mente do indivíduo com seus elementos arquetípicos conflitantes, de modo que se arrangem e se organizagem, gerando uma mensagem cósmica para esse indivíduo. Eis que a Psicologia deve estudar e compreender todos estes fenômenos e eventos físicos e psíquicos, comportamentais e culturais, naturais, evolutivos, seletivos e competitivos para dar uma boa explicação para sua comunidade científica. (MATTANÓ; 06/09/2025).
Curando a dissociação
Mattanó aponta que o homem desenvolveu um cérebro e um corpo capaz de criarem máquinas e tecnologias que geram dependência psicológica, emocional e comportamental delas em relação ao Homo Sapiens em suas habilidades, motivações e interesses, contudo foram também investidas de perigo para a humanidade.
O ¨homem conquistou a natureza¨ ou mais uma vez está sendo conquistado por ela? O homem conquistou Deus ou mais outras vez, Deus conquistou o homem? O homem conquistou o espaço e o universo ou será que o espaço e o universo estão conquistando o homem? O homem conquistou a tecnologia, ou será que a tecnologia conquistou o homem?
O homem conquistou o mundo ou o mundo conquistou o homem? Ou o homem conquistou o comportamento verbal e acabou sendo dominado e conquistado por este por causa das suas grandes obras e realizações, mantidas através do reforço e pelas suas consequências?! (MATTANÓ; 06/09/2025).
Osny Mattanó Júnior
Londrina, 06 de setembro de 2025.