248. MEU AMIGO BICHO PAPÃO (DOIS) (2024) MATTANÓ.
OSNY MATTANÓ JÚNIOR
MEU AMIGO BICHO PAPÃO (DOIS)
12/05/2024
MEU AMIGO BICHO PAPÃO (DOIS).
CAP. 1 A Psicoterapia
O meu amigo bicho papão me perguntou na sessão de psicoterapia como era a vida psíquica normal, pois a sua não era lá aquelas coisas, visto que ele pensava que o som das palavras se referia a questões relacionadas a amor e desejo sexual, e também a violência e traumas sexuais infantis, como ter sido vítima de estupro, abuso sexual, exploração sexual, corrupção de menores e pedofilia, por isso ele me perguntava se as palavras que ele ouvia falavam realmente que se tratava de tentar fazê-lo sentar numa pica e relaxar, ou que já havia dado o seu cú que isso havia sido bom, ou então, que estava perguntando ou ouvindo se queria dar o cú, ou coisas do tipo, que merda de bebê, ou então, abre e amarei, etc., certamente ele estava ouvindo na ausência da coisa falada e distorcendo a realidade por algum prazer inconsciente, motivado por um trauma recalcado de amor familiar infantil, onde reconstruía sua realidade através de delírios de amor que tomavam conta da sua mente inconsciente e consciente, controlando seu comportamento e suas relações sociais através de uma literalidade, controle e razões que poderiam controlar até mesmo contextos e permanecer atuando como controladoras de seu comportamento, até que conseguisse discriminar que ele não é seu comportamento e seus significados e sentidos, seus conceitos, comportamentos e contextos, sua funcionalidade, topografia, linguagem, inconsciente, literalidade, controle e razões, simbologia, símbolos e signos, Gestalt e insights, fantasias, chistes, piadas e humor, charges, caricaturas, lapsos de linguagem, atos falhos e esquecimentos, niilismos, argumentação e linguagem, pressupostos e subentendidos, atos ilocucionários e atos perlocucionários, o mostrar, fazer e dizer, o posto, a semântica, a alfabetização, a coerência e a incoerência, os ciclos circadianos, seus ciclos fisiológicos, morfológicos e comportamentais, mas sim, sua consciência, sua atenção e intenção, seu tempo e sua eternidade, onde sua consciência será como uma Hóstia Viva ou uma célula viva que tudo transforma através da consciência gerando liberdade, liberdade para se viver e para se aprender e ensinar a viver. Depois você experimentará seu processo de ressignificação onde também passará a dar um novo sentido as suas experiências e representações. Então firmará um compromisso de ação e de contrato com o analista onde continuará o trabalho analítico. Passando agora a trabalhar sua consciência que modelou o seu comportamento e reinventou o seu inconsciente, um inconsciente mitológico, ou seja, ativou outros núcleos e desativou outros mudando o seu comportamento, essa consciência trabalhará as fases urubórus, matriarcal, patriarcal, o ciclo de alteridade e a fase cósmica do desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo treinando, ensinando e moldando, ampliando repertórios comportamentais amparados em estruturas arquetípicas, em ritos e mitos, numa psicohigiene, institucionalização, estilo de vida, inconsciente pessoal e coletivo que ampliem suas relações sociais, de trabalho, de educação, afetivas e familiares, dentre outras, alargando sua capacidade comportamental e discriminatória das contingências ambientais que compõem a realidade e o prazer/loucura, a fim de que você se adapte, evolua, selecione e possa competir de maneira mais eficaz com seus competidores, e assim sobreviver e se reproduzir.
CAP. 2 A Mula-sem-cabeça devora seu inimigo
A Mula-sem-cabeça aparece no meio do nada e começa a rugir, ela ataca um cavalo e o engole numa única bocada, as crianças saem todas correndo de medo em busca de seus pais, então a Mula-sem-cabeça desaparece....
A Mula-sem-cabeça reaparece no meio de um teatro onde as pessoas assistiam Romeo e Julieta, ela começa a devorar o público que sai correndo desesperadamente e encontra o seu inimigo, o Tião dos 500 Réis, o velho preto velho que fazia um trabalho para qualquer um. Então ele prepara uma galinha preta de macumba e ascende uma vela numa encruzilhada e começa a dançar sua dança hipnótica, então aparece a Mula-sem-cabeça, ela avança e come o Tião dos 500 Réis e a galinha preta da macumba e desaparece. Então aparece uma criança que diz: ¨mude you like!¨ E a Mula-sem-cabeça se transformou no bicho-papão!
CAP. 3 A Chuva de Sacis sobre os verdejantes campos
Era sábado e fazia Sol, e de repente apareceu lá no alto do céu uma chuva de Sacis, que começaram a cair sobre nossas cabeças, esmagando todos nós com suas perninhas peladas descalças, e com vestes pobres e humildes, além de um capuz vermelho e um cachimbo nojento e fedorento de dar dó, mas eram tantas as perninhas que nos desciam dos céus sobre os verdejantes campos, meu amigo bicho papão me disse ¨a chuva de Sacis é um recado do mundo do folclore, dos mitos e dos sonhos, dos contos populares que têm em sua natureza todo o poder dos bichos papões!¨
CAP. 4 A Teoria da Abundância de Mattanó
Podemos especular que o desejo torna-se institucionalizado com as ideias e teorias da pulsão auditiva de Mattanó de 1995, pois ele perde o sentido, torna-se impotente diante do seu objeto de amor, levando o indivíduo a loucura através da lavagem cerebral, da despersonalização, da extorsão, da vingança, do estupro virtual, da tortura, da tentativa de reversão sexual e moral, da lascívia, do voyeurismo, da linguagem sexista, do ato obsceno, do atentado violento ao pudor, da violência sexual, da violação da intimidade e da privacidade, da perseguição, da discriminação, do ódio e da intolerância, do racismo e do preconceito, da difamação, da injúria racial, do peculato, da tentativa de roubo e de sequestro, da tentativa de chacina e de espancamentos, de provocar linchamento e queimaduras, acidentes domésticos e no trânsito, desemprego e fracasso escolar, aborto espontâneo ou gravidez de risco, tratamento médico, hospitalar ou psicológico de risco, alcoolismo e dependência de drogas, criminalidade e vítima ou ausência de culpa em questões de cidadania e justiça. O desejo institucionalizado leva a dependência psicológica e comportamental, psíquica desse indivíduo em relação as contingências ambientais de modo que privilegia o prazer e não a realidade psíquica obtida dessa relação que vai se transformando em delírios de amor num mecanismo inconsciente de expressão do conteúdo recalcado traumático familiar infantil onde busca o amor perdido e revivido nesta perda de sentido, onde o amor ou o desejo tornam-se institucionalizados por meio das ideias e teorias da pulsão auditiva de Mattanó de 1995, evento que é diverso ao voyeurismo e a linguagem sexista, mas que pode abrange-los ou contê-los em suas estruturas fenomenológicas, através da sua existência e das suas essências. O bicho papão enlouqueceu e se esqueceu que era um cara loucão...
Osny Mattanó Júnior
Londrina, 12 de maio de 2024.