156.TERAPIA CORPORAL DE MATTANÓ (2021).
156.TERAPIA CORPORAL DE MATTANÓ (2021).

TERAPIA CORPORAL DE MATTANÓ (2021):

                A Terapia Corporal de Mattanó agrega os conhecimentos do TFT,   dos chakras do corpo, do acumulador de orgone, da potência e impotência orgástica, e dos princípios da cura pela massagem, revelando que existem diferentes centros e pontos de energia, de relaxamento rápido,  redução de estresse, áreas de traumas, de problemas crônicos e recorrentes, de toxinas e sensibilidades, de bloqueios,  de problemas com a libido, a comunhão e  a segurança através dos chakras do corpo, de energização, e de liberação de energia,   e também de relaxamento e liberação de energia, de destravamento comportamental e libidinal que repercutem na comunhão e na segurança do indivíduo, melhorando sua condição corporal mediante desenvolvimento desta terapia fase a fase.

 

FASE 1: TFT

Objetivos do treinamento

Cada participante irá:

Adquirir conhecimento prático e habilidades necessárias para apresentar o TFT aos clientes e colegas, e aplicá-lo às áreas de trauma: raiva, tristeza, dores amorosas, culpa, fobias simples, redução de estresse, relaxamento rápido, ódio, problemas com fuso horário (jet lag), visualização para máximo desempenho e reversão psicológica;

Receber sugestões práticas quanto ao uso do TFT para lidar com situações e problemas mais difíceis;

Aprender sobre treinamentos posteriores, disponíveis para problemas crônicos e recorrentes, toxinas e sensibilidades.

 

 

Descrição do TFT

TFT: uma teoria em sintonia com a realidade.

Uma teoria em sintonia com a realidade deve partir da realidade. A teoria do TFT é indutiva. A indução é o processo por meio do qual se fazem generalizações que têm origem na observação. Essas generalizações são a essência das descobertas científicas. Sem elas, as pessoas não poderiam aprender pela experiência (PEIKOFF, 2002).

No contexto do TFT, isso significa que o Dr. Callahan começou suas descobertas baseado em observações sensoriais a partir de fenômenos reais. Os princípios teóricos, discutidos neste material vieram diretamente dessas observações. Isso é radicalmente diferente daquilo que muitas pessoas, treinadas tradicionalmente nas Ciências Sociais, possam ter aprendido. Geralmente, elas sofrem forte influência da filosofia de Karl Popper sobre a ciência, a qual rejeita a indução e começa pela teoria e pela conjectura (DYKES, 1999; POPPER, 1972).

Outras abordagens na Psicoterapia, de uma perspectiva histórica, têm sido dedutivas ao invés de indutivas. Os teóricos partem da teoria e, então, olham para a realidade através das lentes desta. As teorias e o trabalho de Sigmund Freud ilustram isso. Por exemplo, se um cliente não aparentava ter o complexo de Édipo, o terapeuta usava a teoria e sugeria que o cliente ou estava reprimindo suas emoções, ou estava em negação. Isso criou um argumento para a teoria, mais do que uma observação objetiva da realidade.

Ao contrário, o Dr. Callahan desenvolveu a teoria do TFT através da observação direta de experimentos de primeira mão replicáveis. Inicialmente, ele observou que quando sua cliente, Mary, fez o Tapping (pequenas batidas com as pontas dos dedos em pontos de meridianos) no ponto abaixo dos olhos, sua grave fobia de água, que a atormentara a vida toda e não respondera a nenhum tratamento anterior, foi completamente curada. Embora o Dr. Callahan tenha estudado Cinesiologia aplicada e o conceito dos meridianos de energia, ele fez essas observações sem nenhuma construção teórica preexistente sobre a terapia que ele aplicou, a qual viria ainda a ser denominada Thought Field Therapy® (Terapia do Campo do Pensamento).

Após seu sucesso com Mary, o Dr. Callahan fez tentativas de replicar isso com vários clientes; entretanto, ele observou que a maioria não respondeu a esse tratamento de um ponto para fobias. Isso não negou o que ele observou inicialmente com Mary, que claramente teve sua fobia curada como resultado do Tapping no ponto abaixo dos olhos.

O que o Dr. Callahan fez a essa altura foi descobrir outros pontos que poderiam ajudar tais pessoas. Ele também usou sua descoberta anterior sobre uma correção para o que chamou de Reversão Psicológica (RP). Quando ele aplicou essa correção para RP, sua taxa de sucesso praticamente dobrou.

O Dr. Callahan continuou fazendo mais descobertas a fim de aprimorar o TFT ainda mais. Você aprenderá muitas dessas descobertas neste treinamento. Ele fez isso por permanecer em contato com observações baseadas na realidade. Seu trabalho culminou no desenvolvimento da Voice Technology (Tecnologia de Voz), com taxa de sucesso de aproximadamente 97-98%. Esses resultados são comparáveis àqueles alcançados nas chamadas ciências exatas da Química e Física. Os algoritmos, ensinados no treinamento de TFT Algoritmos, produzirão aproximadamente 70-90% de sucesso, dependendo do tipo de cliente e do problema tratado.

Como o TFT difere de outras abordagens

À medida que você aprender mais sobre o TFT, verá que ele representa uma mudança radical em comparação com as teorias psicológicas tradicionais. É quase um consenso entre a maioria dos psicólogos tradicionais atuais que os desequilíbrios químicos no cérebro, crenças irracionais ou experiências negativas na infância são as causas dos desconfortos emocionais e problemas psicológicos.

A verdade ou precisão de uma teoria pode ser mais bem determinada pelos resultados que ela produz. O teste real para a validade de uma teoria é se ela está, ou não, em sintonia com a realidade. No desenvolvimento do TFT, o Dr. Callahan partiu da observação direta, desenvolveu princípios teóricos e conceitos e continuou experimentando e observando os resultados.

O TFT produz, numa altíssima porcentagem dos casos, a eliminação total de todos os traços do distúrbio psicológico. O TFT não faz nenhuma intervenção direta no cérebro, nem à sua bioquímica. Ele não faz nada para mudar crenças fundamentais, e não se pede às pessoas que revivam suas experiências de infância. O que o TFT faz é fornecer um código para a eliminação do distúrbio emocional na sua causa original.

Uma terapia que é verdadeiramente profunda e leva às raízes das causas dos sofrimentos psicológicos deve estar apta a produzir mudanças reais nas pessoas e, consequentemente, eliminar o problema. O TFT faz exatamente isso. E ao fazê-lo, revoluciona o campo. A melhor forma de você ver isso é começar a usar o TFT com seus clientes e observar as profundas mudanças que ocorrem, à medida que você elimina seus sofrimentos psicológicos. Ao fazê-lo, você verá que os resultados bem-sucedidos do

Thought Field Therapy® estão realmente ocorrendo no nível mais profundo e fundamental possível.

Definição Formal do Callahan Techniques® Thought Field Therapy® (TFT):

O TFT é um tratamento para distúrbios psicológicos, o qual fornece um código que, quando aplicado a um problema psicológico com o qual a pessoa está sintonizada eliminará as perturbações no campo do pensamento — a causa fundamental de todas as emoções negativas. Esse código é obtido pelo procedimento de diagnóstico causal do TFT, através do qual os algoritmos foram desenvolvidos.

A seguir, abordaremos alguns dos princípios teóricos básicos do TFT, de modo que possamos entender mais sobre como isso acontece.

Perturbações

Em essência, ao tratar um cliente com o TFT, você estará eliminando as perturbações codificadas em um campo do pensamento particular associado ao problema no qual a pessoa está se concentrando. Uma perturbação (p) é definida como “um aspecto sutil, mas claramente isolável do campo do pensamento, que é responsável por desencadear e controlar todas as emoções negativas (...) A perturbação é a estrutura geradora que determina as atividades químicas, hormonais, do sistema nervoso, cognitivo e cerebral, comumente associadas às emoções negativas. Essas atividades são uma parte intrínseca e necessária (mas não a causa fundamental) das emoções negativas”. (CALLAHAN & CALLAHAN, 2000, p. 282)

Perturbações são isoláveis

É importante observar que a perturbação é isolável. Isso significa que quando esta sofre colapso, junto com a informação causadora do problema, ela será removida. A memória da experiência, e o que foi aprendido com ela, permanecerá. Ao contrário da crença popular, não é a memória do trauma que causa problemas para a pessoa, e sim a ativação da perturbação, que desencadeia uma série de eventos bioquímicos e psicológicos para a pessoa que, a qualquer momento, voluntária ou involuntariamente, entra em sintonia com o problema. Após um tratamento bem sucedido com o TFT, essa pessoa poderá pensar sobre o evento traumático, que anteriormente a incomodava, sem nenhum traço de perturbação emocional. Em alguns casos, a memória pode ainda se tornar mais clara e detalhada do que era antes do tratamento, mas sem nenhum sofrimento.

Informação Ativa, Campos de Pensamento e Isomorfismo

Informação Ativa

As perturbações contêm “informações ativas”, que são ativadas quando o campo do pensamento é sintonizado através do ato de pensar em um problema. O problema emocional poderá, então, ser tratado através da estimulação dos pontos de energia dos meridianos. O físico teórico, David Bohm, cunhou o termo informação ativa.

O conceito de informação ativa tem relação com a idéia de que algo em um nível micro (por ex.: a perturbação) é capaz de ter efeitos de longo alcance, que direcionam e “dão forma” ao nível macro (o distúrbio emocional do indivíduo e suas sequelas).

No livro “The Undivided Universe” (1993), os autores Bohm & Hiley elaboraram sobre o que eles queriam dizer quando usaram a palavra “informação” - “o que é crucial aqui é que estamos chamando a atenção para o significado literal da palavra; ou seja, dar forma; colocar ativamente forma em alguma coisa ou imbuir algo com forma” (p.35).

Campo do pensamento

No TFT, a expressão “campo do pensamento” pode ser frequentemente substituída pelas palavras “memória” ou “pensamento”; entretanto, para se entender a dinâmica do TFT, é útil pensar sobre a memória nos termos de um campo do pensamento, pois esses campos contêm as perturbações que foram descritas acima. Se alguém entrar em seu quarto e disser-lhe que você acabou de ganhar dez milhões de dólares na loteria, você entrará num campo do pensamento diferente do qual você se encontra agora. Seu corpo começará a secretar substâncias químicas que mudarão o que você sente.

O campo é uma estrutura invisível e não material no espaço, que tem um efeito sobre a matéria. Michael Faraday, um gênio da ciência que não teve instrução formal, introduziu o conceito de campo. O cientista chamou a atenção para o fato de que, apesar de não se poder ver, sentir ou cheirar um campo eletromagnético, é possível ver seus efeitos sobre uma limalha de ferro posicionada sobre um pedaço de papel com um ímã sobre ele. A limalha de ferro mostra, claramente, o contorno em duas dimensões do campo tridimensional.

Outro campo invisível é o campo da gravidade. Mesmo sem enxergá-lo, podemos ver seus efeitos ao jogar um pedaço de papel e observar sua queda. De fato, os campos estão todos ao nosso redor. Todo ser vivo gera um campo eletromagnético que pode ser medido a alguns metros de distância do corpo. Além disso, telefones celulares dependem de campos para funcionar, assim como os campos mantêm os planetas orbitando ao redor do Sol.

Um livro que ajuda a esclarecer o conceito de campo é o “A New Science of Life”, de Rupert Sheldrake (1995). Nele, o autor fala sobre o conceito de campos morfogenéticos.

Um ponto que Sheldrake ressalta é que os campos, em si mesmos, não são energia. Em vez disso, eles requerem energia para que a informação contida nele se torne ativa.

As perturbações são depósitos de informações altamente detalhadas e requintadas, que resultam em todas as reações do sistema nervoso, hormonais e químicas, que ocorrem nas emoções perturbadoras.

Como mostra o Dr. Callahan sugere que as perturbações dentro do campo do pensamento são as causas das alterações químicas, hormonais e cognitivas, que conduzem às mudanças emocionas e comportamentais.

Isomorfismo

Apesar de os campos de pensamento e perturbações não serem energia propriamente dita, eles requerem energia para sua ativação. O sistema de energia do corpo é ativado e começa a funcionar quando a pessoa sintoniza um problema emocional ou um aborrecimento. No TFT, uma relação um a um pode ser prontamente observada entre as perturbações no campo do pensamento e os pontos de energia dos meridianos no corpo. Esse tipo de relação é chamado de isomorfismo. Cada ponto de energia de meridiano no corpo que está sendo tratado é direcionado a uma perturbação. Como resultado, a pessoa pode ficar livre do sofrimento psicológico.

 

Com frequência, observamos mudanças fisiológicas em clientes após tratamentos bem sucedidos com o TFT, tais como:

* Cor da pele

Poderá ficar mais corada.

* Ritmo respiratório

Torna-se mais lento e profundo.

* Expressão facial

Torna-se visivelmente mais relaxada.

* Linguagem corporal

A postura muda de “fechada” para “aberta” e o corpo torna-se mais relaxado.

* Temperatura corporal

Pode aumentar ou diminuir levemente.

* Frequência do pulso

Geralmente, diminui significativamente, se estava alta.

* Pressão arterial

Geralmente , diminui significativamente, se estava alta.

 

Uso dos TFT Algoritmos

Abreviações para os pontos de tratamentos dos Algoritmos

SUD - Subjective Units of Distress - Unidades Subjetivas de Sofrimento (uma escala de 0 – 10 ou 1 – 10 para o tamanho do desconforto neste momento)

ao - Abaixo do Olho (sob a pupila, logo abaixo do rebordo do osso – o interior do segundo dedo do pé também funciona, caso a pessoa não possa fazer o Tapping no rosto).

lo – Lado externo do olho, sobre o osso

q – queixo, entre o queixo e o lábio inferior, na covinha

aa – Abaixo da Axila (cerca de 10 cm abaixo da axila; na altura da alça do sutiã para as mulheres).

c – Clavícula (2,5 cm para baixo do “V” no pescoço e 2,5 cm para ambos os lados)

is – Início da Sobrancelha ( no ponto próximo ao nariz, aonde começam as sobrancelhas – a parte externa da lateral do dedinho do pé também pode ser utilizada como substituto caso a pessoa não esteja apta a fazer o Tapping no rosto).

i – Dedo Indicador (ao lado da unha, no lado voltado ao polegar).

mí – Dedo Mínimo (ao lado da unha, no lado voltado ao polegar).

an – Abaixo do Nariz (entre o nariz e o lábio superior).

g – Ponto Gama (no dorso da mão, no vão entre os tendões dos dedos mínimo e anelar, cerca de 1 cm abaixo da base dos dedos – use 3 dedos para fazer o Tapping).

g50 – Faça o tapping por cerca de 50x no ponto gama

rc2 – Respiração da Clavícula

g9 – Gama 9: Execute o Tapping enquanto realiza as 9 ações a seguir:

  1. Feche os olhos
  2. Abra os olhos
  3. Mova os olhos para baixo e para um dos lados
  4. Mova os olhos para baixo e para o outro lado
  5. Gire os olhos em uma direção
  6. Gire os olhos na direção oposta
  7. Cantarole uma melodia (cerca de 5 notas) em voz alta com a boca fechada
  8. Conte de 1 a 5 em voz alta
  9. Cantarole novamente, com a boca fechada

 

.

RO – Técnica do Rolar dos Olhos do chão ao Teto (mantenha a cabeça ereta enquanto faz o Tapping no ponto gama . Leve o olhar para o chão e, lentamente, por volta de 10 segundos, role os olhos numa linha vertical até o teto).

 

 

Quadro dos Algoritmos Falta de jeito ou embaraço                                         anormais

1

rc²

Desejo Viciante

2

ao – aa – c – g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Desejo Viciante

3

c – ao – c – g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Desejo Viciante

4

aa – ao – c – g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Desejo Viciante

5

ao – c – aa – c – g9 – sq.

Raiva

6

mí – c – g9 – sq.

Trauma Complexo / Rejeição / Dor de Amor / Tristeza

7

is – ao – aa – c – g9 – sq.

Trauma Complexo com Raiva

8

is – ao – aa – c – mí – c–g9– sq.

Trauma Complexo com Culpa

9

is – ao – aa – c – i – c – g9 – sq.

Trauma Complexo com Raiva e Culpa

10

is–ao–aa–c– mi – c– i –c–g9–sq.

Depressão

11

g50 – c – g9 – sq.

Constrangimento / Ciúmes (NOVO)

12

an - g9 – sq.

Correção para Toxinas Ambientais

13

i – Repetir correção RP (Lado da mão 15x)

Ansiedade Generalizada / Estresse

14

ao – aa – c – g9 – sq.

Culpa

15

i – c – g9 – sq.

Jet Lag (Leste – Oeste)

16

aa – c - g9 – sq.

Jet Lag (Oeste - Leste)

17

ao – c - g9 – sq.

Obsessão/TOC

18

c – ao - c - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Obsessão/TOC

19

aa – ao - c - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Obsessão/TOC

20

ao – aa - c - g9 – sq.

Transtorno de Pânico/Ansiedade

21

is – ao – aa - c - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Pânico/Ansiedade

22

ao – aa –is - c - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Pânico/Ansiedade

23

aa – ao – is – c - mi - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Pânico/Ansiedade

24

is – aa - ao - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Pânico/Ansiedade

25

ao – is – aa - mi - g9 – sq.

- Algoritmo Alternativo Pânico/Ansiedade

26

c – ao - aa - g9 – sq.

Dor Física

27

g50 - c - g9 – sq.

Ódio

28

lo - c - g9 – sq.

Reversão de conceitos, palavras ou comportamento Autosabotador / Negativista

29

Correção para RP no nível apropriado (RPE / RPR / RPM / RP2 / RC²)

Vergonha

30

q - g9 – sq.

Fobia Simples / Medo

31

ao – aa - c - g9 – sq.

Trauma Simples / Rejeição / dor de amor / tristeza

32

is – c - g9 – sq.

Claustrofobia / Turbulência / medo de aranhas

33

aa – ao – c - g9 – sq.

SUD de 2 ou menor / Relaxamento rápido

34

ro (Rolar dos olhos do chão ao Teto)

Visualização para atingir desempenho máximo

35

aa – c - g9 – sq.

Reações Alérgicas Respiratórias (NOVO)

36

me – aa – c – g9 – sq.

Congestão Nasal (NOVO)

37

an – c – g9 – sq.

 

 

 

 

 

FASE 2: OS CHAKRAS DO CORPO

 

“Roda de luz”: este é o significado da palavra “Chakra”, que vem do Sânscrito e constitui parte dos estudos e práticas orientais para equilíbrio de corpo e mente dos seres humanos.

 

Os Chakras, então, são centros energéticos que representam aspectos diferentes da nossa natureza corporal, mental, emocional e energética.

 

Apesar de haver vários desses centros de energia espalhados pelo nosso corpo, há sete principais que são conhecidos no mundo inteiro e que, quando equilibrados, podem proporcionar experiências de harmonia, paz espiritual e realização interpessoal.

 

Chakras

1 – Chakra Básico / 2 – Chakra Sacro / 3 – Chakra Plexo Solar / 4 – Chakra Cardíaco / 5 – Chakra Laríngeo / 6 – Chakra Frontal / 7 – Chakra Coronário.

 

De acordo com a tradição Hindu, os sete Chakras principais estão posicionados ao longo da nossa coluna e cada um deles é relacionado a uma cor do arco-íris que nos ajuda a nos conectar com a energia e, ainda, desbloquear as que estiverem eventualmente impedindo que as energias fluam naturalmente.

 

Vamos entender melhor esse processo de autoconsciência?

 

  1. Chakra Básico: sobrevivência.

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Este é o primeiro Chakra vital e está localizado na base da nossa coluna, na área do cóccix.  O Chakra Básico é responsável pela consciência da sobrevivência, por isso nos conecta a questões financeiras, independência e comida.

 

Os principais benefícios da abertura deste centro energético é melhorar nossa reflexão a respeito da relação que estabelecemos na nossa vida entre “ter e ser”. Ele é representado pela cor vermelha e ajuda a entender o processo de desapego.

 

Cor: Vermelho.

 

Localização: Base da coluna.

 

 

 

O que estimula: sobrevivência.

 

  1. Chakra Sacro: energia sexual, autoestima e criatividade.

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Representado pela cor laranja, está ligado à energia sexual e à nossa conexão e habilidade de aceitar pessoas e experiências novas. É normalmente ativado quando precisamos trabalhar, entender e nos libertar de mágoas passadas, a culpa e o medo.

 

Sua ação sobre os órgãos genitais nos ajuda a entender melhor nossa energia sexual e incentiva a refletir sobre nosso próprio “eu”. Fica localizado mais ou menos dois dedos abaixo do umbigo, na região abdominal.

 

Cor: Alaranjado.

 

Localização: Região abdominal.

 

O que estimula: energia sexual e autoestima.

 

  1. Chakra Plexo Solar: ego e digestão.

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Esse é um dos Chakras que acomete grande parte da população pelo excesso energético. Isso porque o Terceiro Chakra é a morada do nosso ego. É nessa região do umbigo onde concentramos nossa força individual e controlamos o egoísmo, o egocentrismo, a raiva, o ódio e tudo aquilo que temos dificuldade de “digerir”.

 

Também é no Plexo Solar que trabalhamos as funções digestivas. Doenças como gastrite e estomatite podem estar relacionadas ao bloqueio desse Chakra de cor amarela.

 

Está sentindo suas energias baixas? Trabalhe o Terceiro Chakra e permita que a luz solar faça o trabalho!

 

Cor: Amarelo.

 

Localização: Região do umbigo.

 

O que estimula: ego e sistema digestório.

 

  1. Chakra Cardíaco: o amor e o perdão.

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Este é o meu Chakra favorito. Foi por meio dele que consegui melhorar minha relação com meu pai e me permitir perdoar e ser perdoada. Mas apesar de parecer simples, o fluxo intenso de energia presente no Chakra Cardíaco também desperta ressentimentos latentes e mágoas reprimidas.

 

É preciso muita perseverança e equilíbrio de todos os outros seis Chakras para desobstruir o Quarto Chakra. Práticas orientais como Reiki, Deeksha e Yoga costumam ajudar bastante. Geralmente, a abertura desse centro energético se dá pela mentalização da sua cor – o verde – em conjunto com meditação e terapias holísticas.

 

Não tenha medo! Mesmo que pareça assustador, seu equilíbrio proporciona a capacidade de sentir genuinamente o amor, a alegria e a paz interior.

 

Cor: Verde.

 

Localização: Peito.

 

O que estimula: amor e perdão.

 

  1. Chakra Laríngeo: comunicação, autoexpressão, verdade.

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O quinto Chakra fica na região da garganta e é representado pela cor azul-claro. Ele é responsável pela nossa maneira de nos expressarmos e comunicarmos. A ele estão ligadas as relações interpessoais e problemas de comunicação – tanto para quem não costuma falar (e eventualmente guarda seus ‘monstros’ dentro de si) quanto para quem fala excessivamente sem discernimento dos contextos.

 

Para desobstruir esse Chakra pela primeira vez, passei por uma situação desesperadora: me vi tentando falar com as pessoas sem conseguir emitir o som pela boca. Minha aflição só deu lugar à paz quando finalmente percebi que é preciso tranquilidade, paciência e ponderação para falar com mais clareza e assertividade.

 

Cor: Azul-claro.

 

Localização: Garganta.

 

O que estimula: comunicação.

 

  1. Chakra Frontal: o terceiro olho.

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Posicionado entre os olhos, o Chakra frontal está relacionado ao nosso foco, nossa mente e nossa intuição. Percebe-se a dificuldade de manter seu equilíbrio principalmente nas práticas de meditação, em que precisamos “limpar” a nossa mente enquanto um turbilhão de pensamentos brotam sem parar.

 

É para se conectar a esse centro energético que alguns espiritualistas ‘enfeitam’ suas testas. De acordo com a crença, a abertura do terceiro olho leva a uma abertura de mente que nos conecta com o universo e, consequentemente, exige da nossa mente ainda mais foco para discernir nossas intuições latentes e tomar decisões.

 

Seu desequilíbrio pode provocar falta de sono, tensão, medo, pesadelos etc.

 

Cor: Azul-índigo.

 

Localização: Entre os olhos.

 

O que estimula: foco, mente e intuição.

 

  1. Chakra Coronário: conexão espiritual.

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“Ter a mente aberta” é uma expressão que faz todo o sentido quando o assunto é o Sétimo Chakra. Localizado no topo da cabeça, ele é o responsável pela nossa conexão espiritual e representa a nossa ligação íntima com o Universo, uma Energia Superior, Deus (o nome é dado de acordo com a crença de cada um).

 

 

A alienação ao processo de espiritualização é um dos principais sinais de obstrução desse Chakra. Não ser autoconsciente prejudica nossa relação com o mundo, a compreensão que temos sobre nós mesmos e resulta em falta de esperança e dificuldades de encontrar sua vocação natural.

 

Cor: Lilás, roxo.

 

Localização: Topo da cabeça.

 

O que estimula: conexão espiritual.

 

Como começar?

Se você ficou curioso sobre a influência dos Chakras no nosso dia a dia, mas não faz ideia de como começar, leia este texto sobre o que acontece com seu cérebro quando você medita e tente praticar a mentalização de cada um dos centros energéticos mentalizando suas cores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FASE 3: O Orgone e Wilhelm Reich

 

“Aviso – A utilização indevida do Acumulador de Orgone pode levar a sintomas de overdose. Por favor, saia da proximidade do acumulador e chame o seu médico imediatamente!”

 

Estas seriam as palavras do genial Dr. Wilhelm Reich, pai da energia orgone (também conhecido como chi ou energia vital) e ciência da orgonomia. Wilhelm Reich desenvolveu um dispositivo de metal revestido e o chamou de Acumulador de Orgone, acreditando que a caixa represava energia orgônica que ele poderia aproveitar em abordagens inovadoras para a psiquiatria, medicina, ciências sociais, biologia e pesquisas meteorológicas.

 

A História Oficial

 

A Energia do Orgone

 

A descoberta do Orgone por Wilhelm Reich  teve início com sua pesquisa baseada na bio-energia física para as teorias de Sigmund Freud de neurose em seres humanos. Wilhelm Reich acreditava que experiências traumáticas bloqueavam o fluxo natural da energia vital no corpo, levando à doença física e mental. Wilhelm Reich concluiu que a energia libidinal que Freud teorizava é a energia primordial da própria vida, ligada a mais do que apenas a sexualidade. O Orgone estava em toda parte e Reich mensurava esta energia em movimento sobre a superfície da terra. Ele ainda determinou que o seu movimento influencia na formação do tempo.

 

 

 

 

   

O Acumulador de Orgone

 

 

 Em 1940, Wilhelm Reich construiu o primeiro dispositivo para acumular energia orgone: uma caixa de seis lados construídos com camadas alternadas de materiais orgânicos (para atrair a energia) e materiais metálicos (a irradiar a energia para o centro da caixa). Os pacientes sentavam-se dentro do acumulador e absorviam a energia orgone através de sua pele e nos pulmões. O acumulador teve um efeito saudável no sangue e tecido do corpo, melhorando o fluxo de energia vital e pela liberação de blocos de energia.

 

 

 

Problemas com a FDA.

Em 1954, o FDA emitiu uma ordem de injunção (ordem expressa) contra Reich, alegando que ele tinha violado a Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, entregando  dispositivos adulterados no comércio interestadual e fazendo declarações falsas e enganosas. A FDA chamou os acumuladores uma farsa e energia orgone inexistente.

 

 

 

Um juiz emitiu uma liminar que ordenou que todos os acumuladores alugados ou de propriedade de Reich e os que ele trabalhava fossem  destruídos e toda a rotulagem referentes à energia orgone destruídas. Reich não compareceu pessoalmente no processo judicial, defendendo-se por carta . Dois anos depois, Wilhelm Reich foi preso por desacato à autoridade da liminar,  com base nas ações de um associado que não obedecera a ordem e ainda possuía um acumulador.  Em 03 de novembro de 1957, Wilhelm Reich morreu na sua cela de uma insuficiência cardíaca. Em sua última vontade e testamento, ordenou que suas obras ficassem seladas durante cinquenta anos, na esperança de que o mundo seria um dia um lugar melhor para aceitar as suas máquinas maravilhosas.

 

 

 

 

“Orgone” é o nome que o Dr. Reich deu ao que costumamos chamar de Chi, a força vital. Ele descobriu que a energia orgone é atraída para materiais orgânicos, como algodão, lã, couro, seda, água e os tecidos dos organismos vivos. Em contato com o metal, ela é imediatamente descarregada. Ocorreu-lhe que, se  metal e algodão fossem mergulhadas em uma seqüência alternada, o campo magnético da atmosfera (orgone), que está sempre presente e já interage com o sistema de meridianos, tornaria-se cada vez mais concentrado. Ele estava certo. Isso realmente acontece, e é um campo de energia natural muito agradável para o corpo a receber.

Estudos científicos mostram que a travesseiros com energia orgone são milagrosos para queimaduras e lesões de todos os tipos. Eles podem apressar a cicatrização de ossos quebrados, bem como encurtar o tempo de cura da gripe das infecções virais e bacterianas, e muitas outras coisas. O tempo de exposição varia de acordo com as necessidades da pessoa.

Reich nunca chamou esta energia de Senhor (The Lord), mas ele percebeu que essa energia libidinal estava em toda parte e foi atraída para os seres vivos, especialmente metais e cristais. O programa foi aproveitá-la e recolhê-la.

 

 

 

Reich afirmou que a vida se baseou em fenômeno bioenergético, e caracterizada pela pulsação da bioenergia, como acontece com batimentos cardíacos, respiração, e as funções da bexiga. As emoções e sexualidade, ele argumentou, também seguiram uma pulsação básica similar a da bioenergética, uma ótima saúde exigiu expressão emocional aberta e de liberação sexual periódica de bio-energia acumulada. (Muitos acreditam que este é o orgasmo e não é.)  Ele mediu assinaturas bioelétricas das experiências subjetivas afetivas-sexuais humanas utilizando medidores millivolt super sensíveis, interpretando-as como expressões de uma determinada energia de vida “bio-elétrica”. Mais tarde, ele observou e desenvolveu medidas objetivas para identificar campos energéticos em torno dos seres humanos e outras formas de vida, incluindo os micróbios, e alegou que a mesma bioenergia carregava a matéria sem vida e ela existe na forma livre na atmosfera. Ele argumentou que o “orgone” tinha uma semelhança com o antigo conceito de éter cosmológico do espaço. O acumulador de orgônio foi desenvolvido como uma forma objetiva de captar esta energia da atmosfera e, posteriormente, alegou ter dois efeitos anômalos biológicos e físicos. Reich também projetou um dispositivo chamado de “cloudbuster”, que poderia dispersar as nuvens e produzir chuva.

 

Usando poucas palavras para descrevê-lo, podemos usar estas:

O que surpreendeu o Dr. Reich foi o fato de que, por mais de dois mil anos, a presença desta energia orgone foi negligenciada ou censurada sempre que um estudioso tentava descrever o que via. O Dr. Reich descobriu que o orgone é nada menos do que a energia responsável pela pulsação biológica da vida na Terra (e possivelmente do universo).

 

Perguntas simples, respostas não tão fáceis…

Se o orgone não existisse, por que o governo federal americano se comportaria tão militantemente em suas tentativas de remover qualquer menção ao nome Orgone do mundo editorial, da imprensa e das mentes das pessoas?

Por que o governo federal deu uma sentença de morte a um homem de idade respeitadíssimo se ele insistisse em continuar seus estudos de algo que segundo eles não existia mesmo?

O governo federal usou sua autoridade para proibir muitas tecnologias viáveis e úteis. Devemos aceitar a posição do FDA que a energia orgônica não existe mesmo?

Ou é do nosso interesse ter um outro olhar para o trabalho do Dr. Reich e sua polêmica teoria da energia da vida?

Mais importante ainda, pode a energia orgone ser usada para ajudar a neutralizar as energias negativas que tanto permeiam o nosso mundo moderno?

 

Papo de professor e aluno

 

PENSAMENTO FUNCIONAL COMUM

Reprodução de uma aula de Wilhelm Reich com seus alunos no Instituto Orgone.

 

 

 

REICH: O que é o orgônio? O que queremos dizer com a palavra orgônio? O orgônio é uma abstração da mente. O que nós vemos são suas manifestações. Você nunca deve confundir a palavra com o que você vê. Como eu sei que o que vemos no telescópio é orgônio? Nós dizemos que é orgônio, mas como o sabemos? O que constitui a real descoberta? Você nunca tem uma descoberta com um fato; não vamos dizer “fato”, vamos dizer “função”. Mas quando eu vi que o movimento na atmosfera era correlacionado com To-T (a diferença entre a temperatura do ar dentro do acumulador de energia orgônica e a de fora do acumulador) e com o eletroscópio, então eu tinha algo. A descoberta consiste no entrelaçamento dos fenômenos. Você sempre tem pelo menos duas funções. No funcionalismo, você não pode pegar um problema individual e tentar resolvê-lo dentro de seu campo.

 

ALUNO: Por que o Senhor sempre procura duas funções? Por que duas?

 

 

 

REICH: Porque sempre há duas funções no Pensamento Funcional Comum, onde quer que você olhe: macho/fêmea, pólo norte/pólo sul, negativo/positivo na eletricidade. Sempre existem duas, nunca mais do que duas.

 

ALUNO: Mas não é um ou outro? Não está em Aristóteles? Eles não dizem que os opostos se atraem?

 

REICH: Claro, eles tinham dois opostos. Kant tinha isso, como Aristóteles e Marx tiveram. Mas o que é novo em nosso pensamento? É o principio de funcionamento comum. Isto nunca teve antes.

 

ALUNO: Mas por que o Senhor escolhe duas? Por que não, três?

 

REICH: Esta questão é desnecessária. Não fui eu que escolhi isso, “isso me escolheu”. Eu sei qual é o seu problema. Você vem da filosofia, aonde se chega às coisas com idéias preconcebidas, com princípios. Isto é o que a maioria das pessoas faz. Mas você não pode mudar a natureza conforme você quer. Eu diria que isto é o que está errado com a filosofia natural até agora – Eu não digo isto com maldade, mas com toda modéstia! Eles não deixam a natureza falar por si mesma. Eu tentei muito desaprovar meu raciocínio. Eu tentei encontrar onde não existiam duas funções unidas num Pensamento Funcional Comum, mas não consegui. Agora não me venha com opiniões, mas me dê um exemplo de onde existe mais do que duas.

 

ALUNO: E a estrela do mar?

 

REICH: Esse exemplo é pobre; é mecânico. Isto é forma, não é função. Eu vejo o que lhe confunde. Existem tantas coisas que parece duro acreditar que tal modo de raciocínio seja

aplicável. Quando você vai muito alto na natureza, você não pode usá-lo. Você deve ficar no básico. Pegue as emoções, nós encontramos prazer e angústia unidas num Pensamento

Funcional Comum de bioenergia. Quando vemos “angústia” num paciente, o que procuramos?

 

ALUNO: Procuramos pelo impulso.

 

REICH: Certo, e então nós vemos o que une os dois. Um bom terapeuta sempre toma um par de cada vez, ele não fica pulando de um para o outro.

 

ALUNO: Mas por que o Senhor se detém no impulso? Por que o Senhor não procura por outra coisa?

 

REICH: Porque eu devo me confundir? Isso não funciona.

 

ALUNO: A pessoa não tem que buscar a “exceção”? Se houver uma exceção, ela aparecerá.

 

REICH: Exatamente. Ela aparecerá no trabalho.

 

ALUNO: Então, esse é o seu método de estudo.

 

REICH: Não o meu método de estudo, mas meu instrumento de estudo — como uma espátula. Por que você está tão interessado no método?

 

ALUNO: Porque não podemos trabalhar sem ele.

 

ALUNO: Por falar nisso, eu vi luzes na noite passada, e nós estávamos imaginando se eram luzes de carro ou da aurora boreal. Agora… podemos achar o Pensamento Funcional Comum delas duas?

 

REICH: Sim, luminosidade. Mas elas estão muito distantes uma da outra. Temos que comparar coisas mais próximas, que estejam em contato direto entre si, como o esperma do macho e o óvulo da fêmea, ou homem e mulher. Você não pode comparar uma ameba e um ser humano. Eles estão muito distantes.

 

ALUNO: Ou a pessoa não pode comparar maçãs e cavalos.

 

REICH: Certo. O par deve ser próximo um do outro. E você não pode nunca examinar mais do que um par de cada vez. Esta é uma regra sagrada.

 

ALUNO: Qual é o Pensamento Funcional Comum de identidade e antítese?

 

REICH: O próprio funcionamento. Um homem pode ser pai, poeta, amante. Ele tem isso tudo nele, mas ele não pode ser isso tudo de uma vez. Ele tem que estar em uma função de cada vez, não pode ser tudo junto. Ser um cientista e um pai é totalmente diferente.

 

ALUNO: Mas eles se influenciam.

 

REICH: É… isso sim. Eles se influenciam um ao outro.

 

ALUNO: O que a maioria das pessoas faz é tentar ser tudo de uma vez.

 

REICH: As pessoas nunca seguem um assunto, uma função, porque isso as leva mais e mais fundo. Portanto, elas sempre se desviam, elas nunca seguem completamente. Você nota isso numa conversa social. Elas começam um assunto, então pulam para outro. Elas não estão realmente interessadas no assunto, mas somente em falar, em ter contato pessoal. Observando as funções sozinhas, elas não lhe dizem nada. Você tem que observar as mudanças nas funções. Por exemplo, uma pessoa me procura com uma cara simpática, parece uma boa pessoa, mas eu não sei. Eu tenho que ver ela mudar. Primeiro observação, depois abstração, depois experimentar controlar as observações e as abstrações. Não há limite para a nossa pesquisa porque a natureza é basicamente uma. A ciência mecanicista a divide; é o modo de variação. Não existem realmente coisas como física, química, biologia, psicologia. Existem sim, mas a natureza não as conhece. Nós sempre nos movemos em direção ao simples. Esta é a força da nossa terapia, nós nos movemos em direção ao núcleo energético, ao simples. Tudo que tem alguma coisa a ver com o vivo, a ciência mecanicista evita desde o começo.

 

ALUNO: Quando o Senhor começou a fazer uso do raciocínio funcional?

 

REICH: Em 1922, quando eu fiz a primeira ligação entre instinto e prazer. Eles diziam que existia um instinto aqui, lutando por prazer ali. Mas isto não me parecia certo; eu senti que a atividade  instintiva e o prazer eram uma coisa só. No entanto, eu só o fiz conscientemente em 1934. Foi na investigação do biosistema. Também, na análise do caráter, eu o tinha inconscientemente na mesma energia reprimindo e sendo reprimida (sexualidade/moralidade). Hoje nós o fazemos conscientemente. Aqui temos uma questão: durante anos nós sabemos que a aurora boreal é um fenômeno do

orgônio. Mas eu sempre me perguntei, o que excita o orgônio na atmosfera? Qual é a sua função? Nós sempre buscamos funções pareadas, não antíteses. Este é o velho pensamento hegeliano e o nosso é bem diferente. Eles nunca tiveram o Pensamento Funcional Comum no qual as funções pareadas são idênticas. Agora como devemos encontrá-las?

 

ALUNO: Conseguindo mais fatos.

 

REICH: Exatamente. Agora, quais são os fatos? Que a aurora sempre acontece na primavera e no outono. Isto é um fato. O que acontece na primavera? Tudo desabrocha. Este é outro fato. Devemos evitar a resposta. Se fizermos a pergunta certa, tudo que temos que fazer é esperar. Seja alerta e diligente, mas não saia procurando as respostas. A natureza lhe responde, se você esperar por ela. Os mecanicistas chamam isto de não-científico. Mas não é… é ciência real. Nós só temos que viver com ela.Aqui há outra questão: por que as folhas são verdes? Os mecanicistas

acham esta pergunta estúpida: azul e amarelo fazem o verde. O que é azul? Quais são as cores das folhas no outono? Amarelo e vermelho. Mas o que é vermelho?

 

ALUNO: Sangue.

 

REICH: Mas o que está no sangue? Qual é a cor do sangue no microscópio? É azul.

 

ALUNO: Talvez tenha algo a ver com a quantidade.

 

REICH: Isto é muito bom. Parece que com menos quantidade de sangue no microscópio, ele parece azul. Em grande espessura parece vermelho. O que mais é vermelho?

 

ALUNO: Me lembrei do sol, que é vermelho ao nascer e ao se pôr.

 

REICH: Este é outro fato. Mas não o considere ainda. Por que eu ainda não declarei porque as folhas são verdes? Porque eu quero ter certeza. Eu também quero saber por que elas viram vermelhas. E eu quero que esta descoberta me leve mais adiante, confirmar esta observação através de outras observações. Nós não temos que ser aceitos do dia para a noite. Nós não temos que estar no New York Times. Nós não temos que ganhar o Prêmio Nobel. Só continue observando. Você tem que ver a composição funcional da natureza. Isto leva anos. Isto é o que a maioria das pessoas não sabe; elas só falam, falam. Elas não sabem quando dizer: “Eu não sei mais”. Elas não sabem dizer: “Isso foi alguém que fez. Isto fui eu, e aquilo eu não sei”. Você tem que fundamentar cada conceito em funções antes de desenvolvê-lo mais adiante. Isto é o que eles não fazem na ciência mecanicista. Em vez de basearem o conceito em função, eles desenvolvem o conceito infinitamente. É como um sistema paranóico ou uma idéia esquizofrênica.

Eles têm um pouco da realidade, mas não a colocam num plano mais amplo. Por exemplo, eles podem fotografar o caminho de um elétron, mas eles não inserem isso em nenhum contexto. Eles explicam um desconhecido através de outro. Toda a teoria do átomo é esse tipo de superestrutura. Eles ainda não sabem o que é um átomo. Alguém protestou que a matéria formada no Experimento XX podia vir das moléculas na água. O que há de errado nisso?

 

ALUNO: Ninguém nunca viu uma molécula.

 

ALUNO: É o raciocínio completo que é dissociado da função neurótica?

 

REICH: Sim. Nós dizemos que é devido à couraça. Mas existe uma grande questão aqui. Porque diabos deveriam existir qualquer tipo de encouraçamento na natureza? Nós não sabemos.

 

ALUNO: Talvez tenha a ver com os hemisférios cerebrais.

 

REICH: Aí eu não lhe acompanho. Nós não sabemos se os hemisférios não são um efeito. Nós não sabemos.

 

ALUNO: Tem alguma coisa a ver com a inteligência?

 

REICH: Não. Os organismos mais simples são inteligentes. Suas ações têm um propósito, um significado. Eles são tão inteligentes quanto o homem em relação às atividades básicas da vida.

 

ALUNO: E o raciocínio abstrato?

 

REICH: Sem dúvida, o homem tem certas habilidades que os outros animais não têm. Mas o que o homem fez, porque se sente tão mal, foi que ele se elevou fora de proporção? Não, nós não queremos mais isto. O homem tem que ser parte da natureza. Mas não vamos nos esforçar para resolver este problema. Vamos guardá-lo no fundo de nossa mente e ver o que vem daí.A estrutura é função congelada. Você pode liberar a função — numa pedra, por exemplo — permitindo que ela inche. Nós não sabemos nada sobre este cinzeiro do jeito que ele é agora. Nós temos que ver a mudança. Nós vamos fundo, fundo, fundo na terapia. Quanto menos o paciente falar, melhor; ele revela mais expressão. Noventa por cento de toda pesquisa é uma exatidão falsa, forjada. Não diz nada. O que faz a curva do eletroscópio?

 

ALUNO: Vai para cima e para baixo. Isto é o que uma criança diria.

 

REICH: Não subestime uma criança. Uma criança sabe mais sobre a natureza do que Einstein. Tenha primeiro a impressão, depois a interpretação. Você precisa de uma base na ciência. Este é o problema com os cientistas de hoje. Eles se sentam no alto de uma chaminé, em cima de uma chaminé e então eles têm uma chaminé no alto de suas cabeças, em vez de começarem com uma base para a casa. O que é uma base em pesquisa?

 

ALUNO: Não dar respostas ou respostas erradas.

 

REICH: Qual é a sua base para suas observações do termômetro?

 

ALUNO: Não sei!

 

REICH: É sua linha zero. É com o que você compara, A base é a plataforma de onde você mede. Você faz isto o tempo todo, mas você não sabe que você sabe isto. Existem dois modos de saber um é sabendo, e o outro é saber metodicamente. Você não pode simplesmente ir de encontro às coisas; isto é o que a maioria das pessoas faz. Você tem primeiro que saber onde você está. Por exemplo, se você quiser fazer um julgamento sobre uma criança, qual é a sua base?

 

ALUNO: O que a criança faz.

 

REICH: Não. Você não pode começar com as ações da criança. Você tem que ter a sua base.

 

ALUNO: Comparar com uma criança normal?

 

REICH: Nós não sabemos o que é uma “criança normal”!

 

ALUNO: Você pode pegar a mobilidade ou a imobilidade.

 

REICH: Não. Você não pode pegar primeiro a criança.

 

ALUNO: Isto podia ser a opinião de um psicólogo.

 

REICH: Sim. O que mais você pode pegar? Você pode pegar o ponto-de-vista da nossa sociedade, ou o ponto-de-vista do exército, ou o ponto-de-vista da igreja.

 

ALUNO: Você pode pegar o reflexo do orgasmo.

 

REICH: Sim, esta é a nossa base. Nós observamos a criança do ponto-de-vista da biologia. Então nós a comparamos com o resto da natureza. Podemos ver se está encouraçada ou não.

 

ALUNO: Podemos compará-la com outros animais.

 

REICH: Sim, aí nós vemos que a couraça não é uma coisa natural. Mas você não vê isso, se você observa a criança do ponto-de-vista da sociedade ou da igreja. A União Soviética, por exemplo, vê a criança inteiramente como um assunto de estado. Não é porque eles são maus ou maliciosos. É por causa da base que eles têm. Quando as pessoas não entendem nosso trabalho, é porque elas o vêem de um ângulo diferente, uma base diferente. De onde nós observamos um paciente?

 

ALUNO: Nós observamos um paciente como um organismo vivo.

 

REICH: Exatamente, como um organismo vivo, do ponto-de-vista da biologia. Se nós o olhássemos do ponto-de-vista da família, nós veríamos uma coisa bem diferente. Mas nós vemos tudo em termos da expansão e contração orgásticas. Qual é a base da medicina de hoje, ao julgar a doença?

 

ALUNO: Germens.

 

REICH: Sim, mas basicamente eles observam o paciente como uma “máquina físico-química, elétrica”. Se eu olhasse especificamente para alguém e um bioquímico também o olhasse, nós veríamos duas coisas completamente diferentes. Dentro do quadro deles, eles estão certos em suas observações. Mas eles não conhecem suas próprias bases… e eles não reconhecem nenhuma outra. Eu sei qual é a base do Einstein e eu a respeito. É com abstrações. Ele eliminou completamente o ser humano, a realidade. Ele está errado, mas eu o respeito. Sua base é a razão, a razão absoluta.

 

ALUNO: Mas Einstein não enfatizou o observador mais do que qualquer outro cientista?

 

REICH: Sim, eu entendo o que você quer dizer. Depois que ele tirou todas as emoções do observador, ele o trouxe de volta.

 

ALUNO: Sim, é sempre um “Observador Imaginário”.

 

ALUNO: Qual foi a sua base quando o Senhor começou? O Senhor tinha uma base quando começou?

 

REICH: Sim, minha base sempre foi a energia. Eu gostava do raciocínio natural-científico, mas quando eu tentava aplicar o que eu tinha aprendido em física e química ao psíquico, às emoções, isto simplesmente não funcionava. Então tive que desenvolver a minha base. Como você encontra a sua base? Você tenta uma coisa, depois outra até você encontrar algo que funcione.

 

ALUNO: Como é que o Senhor encontrou a base para o eletroscópio? Quando o Senhor usou pela primeira vez o eletroscópio?

 

REICH: Na primeira vez que eu quis diferenciar eletricidade de energia orgônica. Nos experimentos de prazer/angústia (a investigação bioelétrica da sexualidade e da angústia), nossa

base era o milivolt. Mas era inconcebível que as energias gigantescas do ser humano pudessem somente ser contadas em milivolts. Nossa base estava errada, a base para a eletricidade é muitorestrita. Então eu comecei a usar o eletroscópio. Na época, o eletroscópio não tinha base. Ele descarregava, mas ninguém sabia o porquê, e o conhecimento físico simplesmente o admitia; eles diziam “vazamento natural”, mas isso não explicava nada. Quando eu descobri que ele descarregava mais lentamente em maiores concentrações de orgônio, então eu tinha a minha base. Sua base é o que você ganha em cada nova observação, mas em cada nova observação você tem que lembrar: “De onde ela vem?”. Sua base continua crescendo. A pesquisa começa com a observação, mas suas conclusões são alcançadas como um resultado de sua base.Quando você tiver que mudar sua base, então você fez uma descoberta inteiramente nova. Por exemplo, você não teve que mudar a sua base para ir da máquina a vapor para um automóvel? Da mesma forma quando tive que investigar a energia orgônica, tive que mudar a minha base. Freud mudou a base na psicologia do consciente para o inconsciente, do indeterminismo para o determinismo.Vamos pegar o “operário”. De que base pode ser observado o operário?

 

ALUNO: Do cultural.

 

REICH: Sim, este trabalho é uma necessidade desagradável, mas alguém tem que fazê-lo. A “cultura” necessita da “incultura”; este é o ponto-de-vista aristocrático. Ou você poderia observá-lo do ponto-de-vista econômico. Ou você poderia observá-lo do ponto-de-vista do estado. Como o estado o observa?

 

ALUNO: Se ele serve ou não.

 

REICH: Exatamente. Agora, como nós o observamos? Nós olhamos o operário do ponto-de-vista biológico, como um organismo vivo dentro de um sistema social. Então nós perguntamos qual é a sua função e sua influência no sistema. O elemento da responsabilidade vem espontaneamente. Se ele parar de trabalhar, o organismo vai para o inferno, e isto é o que tem acontecido neste século. Como Truman olha para o operário?

 

ALUNO: Pelos votos.

 

REICH: Não pense superficialmente. Você tem que considerar todos seriamente. Truman significa o que ele diz. Ele vê o operário como alguém que se deve ter piedade; ele quer fazer tudo para ele. Os votos são secundários. A pesquisa cientifica é uma técnica. Não é só olhar para as coisas ou medi-las. É muito excitante. A maioria das pessoas não sabe qual é a sua base? Eu acho que são muito poucas. A maioria só fala. Você tem que ensiná-los a conhecer as suas bases.

 

ALUNO: Sim, eu acho que as pessoas poderiam entender a nossa base, se nós a apresentássemos simplesmente.

 

REICH: Não! Nós é que temos de entender a base deles. Muito raramente alguém com uma base diferente aceita a sua base; isto significa que eles têm que desistir da deles. Este é o porquê deles rejeitarem a minha teoria. Se eles aceitassem, eles seriam forçados a agir; e eles não podem agir. Este é um motivo racional porque eles a rejeitam; isto os mantém unidos. Pegue uma mulher que foi casada 20 anos e está emaranhada numa situação familiar infeliz. O que aconteceria se você apresentasse a teoria do orgasmo para ela? Isto seria um crime.

 

 ALUNO: Bem, e sobre os bebês que eu ouço os gritos do meu apartamento? Eu não devia dizer às mães para fazerem diferente?

 

REICH: Não. Se você tiver seu próprio bebe, crie-o do modo certo. Mostre para eles um modo melhor. Mostre para eles como seu bebê não chora e não tem os distúrbios alimentares usuais.

 

ALUNO: E os amigos do seu filho? Ele vai acabar entrando imediatamente na neurose.

 

REICH: Dê-lhe uma boa base de modo que ele não vá ao encontro dessas coisas. E isso não é tão fácil fazer como falar.

 

ALUNO: Então o Senhor não deveria tentar publicar um artigo sobre auto-regulação numa revista popular?

 

REICH: Não, não está na base deles. Comece a sua própria revista. Nós não escrevemos para qualquer pessoa. É claro que tentamos escrever simplesmente, mas nós só fazemos o nosso trabalho. Aprenda o funcionamento do To-T, aprenda o funcionamento do eletroscópio, aprenda o movimento atmosférico… e então você tem alguma coisa. Se você tentar persuadir, você se torna ideológico, não funciona e acaba como um bom-para-nada. Simplesmente faça o seu trabalho.

Siga o seu próprio caminho. Não é fácil. É uma coisa que todo mundo neste Instituto tem que aprender. Nós não trabalhamos para pessoas. Nós trabalhamos em coisas.

 

 

 

 

 

 

Esta discussão entre Wilhelm Reich e seus alunos ocorreu entre 08 e 12/08/1950. Tradução livre de Orgonomic Functionalism, vol 1/Spring 1990.

 

 

 

 

 

 

 

 

FASE 4: A impotência orgástica do homem

Fábio Veronesi

 

Wilhelm Reich, cuja vida e obra são o marco fundador da Psicologia Somática, em seu livro A Função do Orgasmo, apresentou à sociedade científica o conceito de potência orgástica.

 

Antes disso, somente impotência eretiva, frigidez, anorgasmo ou ninfomania eram considerados disfunções sexuais. Com a concepção da potência orgástica, Reich mostra que mesmo havendo orgasmo pode haver disfunção sexual. Há diferentes níveis ou intensidades de orgasmo e muitos orgasmos não são plenos.

 

A potência orgástica está diretamente relacionada à capacidade de entrega amorosa. Orgasmo pleno é sinônimo de amar plenamente.

 

Evocamos essas concepções reichianas com o intuito de mostrar como o machismo rouba dos homens a possibilidade de satisfação plena, impedindo que o homem machista seja orgasticamente potente e, em paralelo, dando demasiado valor à potência masculina. Isso coloca o homem na situação de “cachorro que corre atrás do próprio rabo”, ou seja, buscando desesperadamente o que é impossível alcançar e fechado em si mesmo nessa inconsciência.

 

O machismo age desde cedo sobre a capacidade do homem sensibilizar-se, entregar-se ao descontrole de suas emoções amorosas, bloqueando o caminho para o orgasmo pleno. Os homens confundem ejaculação com orgasmo e são inconscientes dessa condição de meros ejaculadores. O orgasmo pleno não é uma sensação apenas peniana. O orgasmo pleno toma conta de todo corpo e o submete a poderosas vibrações energéticas, movimentos involuntários e descontrolados, capazes de proporcionar prazeres e emoções dificilmente mensuráveis.

 

O segmento pélvico dos homens é visivelmente encouraçado – resposta coletiva à opressão do machismo sobre os homens, um dos elementos da repressão sexual moralista – os homens são socialmente castrados de expressar todos os movimentos pélvicos que promovam abertura das nádegas e maior exposição do ânus. Como se houvesse um trauma coletivo ocasionado pelo medo de ser penetrado ‘por trás’ a qualquer instante. A postura geral do homem é de ‘ânus para dentro’. Não admira que também seja epidêmico entre os homens, quando envelhecem, o câncer de próstata, glândula que se localiza na região onde fica estagnada a energia sexual devido a cronicidade dessa postura. O “rebolado” do quadril, consequência natural do modo como o ser humano caminha, é contido no homem adulto.

 

 

A liberdade de movimentos do segmento pélvico é fundamental para uma sexualidade sadia. Quanto mais encouraçado for esse segmento, menor a capacidade orgástica do homem.

 

Também é visível a contenção dos segmentos cervical e torácico nos homens em geral. Os pescoços são duros, os ombros são inexpressivos, cotovelos e pulsos são contidos.

 

O homem não “desmunheca”. Isso retira uma infinidade de possibilidades expressivas que surgem de movimentos de “quebra” do pescoço, dos ombros, cotovelos e pulsos, de abandono ao próprio peso da cabeça, dos braços ou das mãos. Instaura também uma tensão crônica, uma “força a mais” sempre necessária para manter as mãos sustentadas, os braços armados, a cabeça fixa. Os segmentos cervical e torácico-escapular são a sede dos sentimentos. A livre expressão desses segmentos é fundamental para uma sexualidade sadia e também está relacionada à capacidade orgástica.

 

A contenção cotidiana dessa expressividade instaura nos homens a incapacidade crônica de viver orgasmos plenos, por conseguinte uma insatisfação também crônica. Por isso há tantos homens insatisfeitos mesmo “comendo” muito, presos num círculo vicioso onde quanto mais “comem”, menos se sentem satisfeitos, permanecendo desnutridos. Essa insatisfação crônica também pode ser uma das gêneses da violência sexual patológica de alguns homens.

 

Os movimentos do “homem-comedor” clássico, aquele dos filmes pornográficos, são de alguém que mexe os quadris num ritmo constante e unidirecional (para frente e para trás) enquanto mantém o pescoço e os ombros duros, imóveis. O “orgasmo” dos homens de filme pornográfico é tão controlado que na imensa maioria dos roteiros desses filmes cabe ao homem se segurar para ejacular no rosto da mulher. Interessante analisar que à mulher é permitido, esperado e incentivado que se descontrole. Basta ver o quanto gemem as mulheres comparado aos homens nas relações de filme pornográfico. Em geral, essas são falsas manifestações, fingimentos de orgasmo, mas caso ela queira entregar-se ao descontrole de um orgasmo não será interrompida. O homem será! Inclusive é praxe que ele assine um contrato garantindo que fornecerá uma ejaculação visível aos produtores do filme. Essa importância dada à ejaculação se explica por ser ela, em meio a tanta falsidade, a única prova material de que algum orgasmo aconteceu.

 

 

O conceito de potência orgástica, sua distinção das potências eretiva e ejaculatória, faz cair por terra a farsa pornográfica, a concepção de que nesse modelo há sexo sem preconceito, quando na verdade há falta quase absoluta de espontaneidade, prazer e potência orgástica. A única prova material de que há algum tipo de prazer sexual nesse modelo se torna falsa quando percebemos que os homens, mesmo ejaculando, tem orgasmos tão falsos quanto aqueles das mulheres que fingem tê-lo. Por fim se revela o ponto que buscamos com insistência: à mulher cabe ao menos a possibilidade de saber que está fingindo enquanto ao homem resta a ilusão de achar que isso é orgasmo.

 

Nesse momento vale muito trazer as impressões de um dos principais roteiristas da Europa, Jean-Claude Carrière, em seu livro A linguagem secreta do cinema[tradução Fernando Albagli, Benjamim Albagli – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995]. Ele, em um capítulo entitulado “A realidade em fuga”, em determinado ponto (pág. 83 a 85) fala sobre o sexo (não se refere aos filmes pornográficos) apresentado pelo cinema, como as cenas são falsas e idealizadas:

 

 «Os resultados são quase sempre deploráveis e notavelmente pouco convincentes. Nas cenas supostamente suaves (ou “eróticas”, para distingui-las da verdadeira pornografia), onde o membro masculino não é mostrado em plena ereção, a penetração (fora de cena) é sempre efetuada com incrível facilidade, aparentemente sem que ambos tirem as calças, sem uma olhadela para baixo ou uma mão tateando para ajudar, sem um segundo de hesitação. Além disso, o êxtase ocorre para os parceiros após meramente uma dúzia de estocadas precisas. Neste caso também, como no dos táxis e telefones, a ênfase é na pressa. Assim, os filmes de hoje são um monte de ejaculações precoces, a não ser que, como no teatro, estas representem uma experiência em estilo, em sugestão. Mas neste caso, para que chegar às vias de fato? Todos sabem que as imagens mais fortemente eróticas, do tipo que encontramos ocasionalmente no cinema ou em qualquer outro lugar, muito frequentemente provém da estimulação, da sugestão, da promessa no lugar do desempenho. Então por que essa mania de mostrar sexo malfeito?»

 

Na sequência ele fala dos filmes pornográficos, tratando-os como a pior parte dessa falsidade porque eles supostamente apresentam sexo livre, desprovido de moral:

 

E tampouco é mais convincente a demonstração nos filmes pornográficos. Nestes, a representação do ato de amor é na verdade ainda menos honesta, por parecer mais real. Eles certamente parecem estar fazendo amor selvagem e desinibido nestes filmes, e em todas as posições concebíveis. Tudo o que fazem na verdade é isso: um órgão penetrar no outro, o orgasmo visível [aqui ele tenta fazer a primeira distinção entre tipos diferentes de orgasmo]. O do homem pelo menos; sua visibilidade faz parte até do contrato do ator, com a ejaculação acontecendo na tela, fartamente iluminada, sem qualquer receptáculo à vista, para provar que o prazer do homem não foi simulado. Daí a estranha mania de coitus interruptus [toca na essência das questões que trabalhamos] por parte de machos da pesada, que ejaculam fora das parceiras.

 

 

Mas eles ejaculam, sim. Eu vi, não posso negar, e São Tomé concordaria comigo (adicionando seus próprios gritos escandalizados). Talvez estes não sejam orgasmo s ideias [aqui a segunda tentativa de distinção entre orgasmos de tipo diferente], mas não tenho nada a ver com isso.

 

Para a mulher, por outro lado, a mentira é total. Fingir é a palavra de ordem. (…) Tudo, dos gemidos aos desmaios, é completamente falso. Isto dá um mau exemplo, não por tolas razões morais (que não são da minha conta), mas simplesmente porque essa mentira específica poderia levar casais desinformados a acreditarem que as coisas acontecem e devem acontecer desta forma, resultando numa noção de amor totalmente equivocada [grifo meu].

 

Em Nova York, nos anos 60, estive presente à realização de um filme pornográfico. Havia um homem e duas mulheres numa casa em Greenwich Village. Uma equipe reduzida. Um diretor e um operador de câmera. Passei dez minutos sentado numa cadeira, educadamente, observando tudo. Percebia-se logo o tom ordinário, melancolicamente profissional, banal:

 

– Vire-se um pouco assim, Lisa… Sim, mais um pouco… Levante este joelho alguns centímetros… Ok, mais um pouco…

 

Onde está o prazer nisto? Ninguém falou de amor – mas prazer?

 

 

Nesse dia pensei numa observação de André Breton, na qual ele definia o erotismo como “uma suntuosa cerimônia numa passagem subterrânea”.

 

Esse tipo de filme nos engana. O que nos lega de cerimônia, de sensualidade, de sombrio subterfúgio?

 

E quanto ao realismo? O orgasmo sob medida da mulher é obviamente um embuste; além disso, o orgasmo masculino não acontece tão facilmente quanto se crê, apesar das aparências [aqui a terceira tentativa de distinção]. Na verdade, tudo, nesta repetitiva e estupidamente previsível sequência de rotinas ensaiadas, é cortado, emendado e editado [grifo meu – diz respeito exato ao tipo de orgasmo do homem], como se faz para um filme. A continuidade essencial ao amor desaparece.”

 

Em sua crítica bem elaborada e precisa sobre o sexo retratado no cinema e principalmente o sexo pornográfico, auxiliaria muito a Carrièrre o conceito de potência orgástica. Ele aborda esse conceito o tempo todo em sua narrativa, estabelece distinções entre ejaculação e orgasmo, mas não com precisão. De certa forma, os trata como sinônimos – “Mas eles ejaculam, sim. Eu vi não posso negar” – e, ao fazê-lo, já o faz questionando a qualidade dessa associação – “Talvez não sejam orgasmos ideiais”. O mesmo se percebe quando ele chama a ejaculação que aparece nesses filmes de “orgasmo visível” – somente para que o outro veja, não verdadeiramente sentido, longe de ser um ato de amor, entrega e prazer. Ou quando conclui: “E quanto ao realismo? O orgasmo sob medida da mulher é obviamente um embuste; além disso o orgasmo masculino não acontece tão facilmente quanto se crê, apesar das aparências”.

 

A partir da constatação dessa associação entre modelo de comportamento sexual pornográfico e impotência orgástica, percebemos que o caminho para retomada da potência orgástica está no homem que se desmancha na mulher, se mistura a ela, promove além do contato pélvico o contato torácico, pulsa em baixo e em cima, entrega-se ao amor, ao descontrole de suas emoções e de seu orgasmo.

 

 

O reflexo do orgasmo é um fenômeno orgânico de ondulações verticais que promovem uma conexão harmônica entre os segmentos pélvico e torácico. Uma consequência da criação machista é a contenção da expressão corporal tanto de um quanto de outro segmento.

 

O problema não está só no fato da imensa maioria dos homens não viver a plenitude de sua sexualidade. O que assusta é o fato de se encontrarem inconscientes disso e incapazes de modificar essa situação.

 

Com estes escritos quero atingir a fundação desse alicerce – a “virilidade” machista, que continua a esconder suas impotências e ejaculações precoces à base de Viagra, fugindo da conscientização dos reais motivos que geram essa situação.

 

É fundamental trazer a concepção reichiana de que a impotência orgástica gera o desejo de poder como compensação para falta de desejo de potência. A impotência orgástica é o solo fértil onde a ideologia capitalista dissemina sua cultura do poder, onde ter é mais importante do que ser ou, em outras palavras, a capacidade de possuir substitui a incapacidade de sentir.

 

Isso explica muito do que há por trás da competição e constante luta por maior poder financeiro. É essa insatisfação que mantém todos sempre querendo ficar mais ricos, ter poder de compra, explica o consumismo que assola populações, resultando no consumo do planeta.

 

Finalmente, essa é uma das explicações para o envolvimento dos homens com guerras. A guerra é obra dos homens, generais e soldados – comando e execução. Historicamente e ainda hoje, “guerra” é sinônimo de homem matando homem e estuprando mulheres. O que é isso? Como se explica vindo de seres ditos humanos? Como pode se perder a humanidade a tal ponto? Mesmo onde não há guerra oficial, há guerra urbana, extraoficial. Essa guerra também é comandada e executada por homens. Que papel é esse, homem? Por que estamos gastando tanta energia com isso? O que estamos construindo? Estamos construindo? Ou simplesmente compensando a falta de potência? – O cultivo do ódio compensando a falta de capacidade de amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FASE 5: PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO PELA MASSAGEM

 

 

 

 

 

 

 

 

A massagem não é apenas uma forma de relaxamento, podemos tratar as mais diversas  doenças através do toque terapêutico.
O tratamento pela massagem desenvolveu-se gradativamente entre os trabalhadores da China mediante longo processo de prática, vivência e luta com a doença. É simples e de uso fácil; sua particular eficiência no tratamento de certas doenças comuns conseguiu grande aceitação entre os trabalhadora .
Como a massagem cura a doença?

Considera-se em geral que o tratamento pela massagem tem a capacidade de regular a função nervosa, aumentar a resistência corporal à doença, depurar os tecidos, melhorar a circulação sanguínea e tornar as articulações mais flexíveis.

 

 

Princípios do tratamento pela massagem

 

Benefícios da massoterapia:
- Regulação da função nervosa
O sistema nervoso liga todas as partes do corpo, influenciando a função de  cada órgão. A função nervosa alterada, o aumento do estímulo ou inibição nervosa pode causar o mau funcionamento de certos órgãos, dando em resultado a doença. O uso das técnicas de tratamento pela massagem tem efeito reflexo sobre as funções nervosas, fazendo com que os processos estimulantes e inibidores do sistema nervoso atinjam um relativo equilibrio . Este por sua vez, produz um efeito medicinal.


- Fortalecimento da resistência orgânica à doença
O tratamento pela massagem pode melhorar o estado físico geral e aumentar a resistência do organismo proporcionando a prevenção e a cura da doença. A massagem terapêutica mobiliza as defesas internas do organismo contra a doença.
acelera o metabolismo e provoca dilatação dos vasos periféricos, aumenta a circulação sanguinea e reforça a resistência contra a invasão por parte de agentes nocivos.


- Esvaziamento sanguineo dos tecidos e aumento da circulação sanguinea, maior flexibilidade das articulações
O efeitos da massagem são percebidos com facilidade externamente no tratamento de doenças localizadas. Por exemplo, para estiramento de membros e dor local por hematoma, a massagem pode retirar rapidamente o sangue dos tecidos melhorando a circulação do sangue, substituindo as células sanguíneas extravasadas por outras, removendo completamente a acumulação localizada de sangue extravasado e fazendo com que a dor e a inchação cesse.
Em todos os tipos de paralisia resultante de atrofia muscular, a massagem pode acelerar o restabelecimento do tono muscular normal e fortalecer os músculos. Isso é conhecido como: Desinibição do sistema energético e fortalecimento dos músculos e ossos. Também em casos de enrijecimento muscular devido a várias causas, a massagem pode aumentar  diretamente o grau de atividade das articulações enrijecidas.

(A Massagem Chinesa -  Compilado no Hospital Escola de Medicina Anhui de Pequim)

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 21 de setembro de 2021.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UM CASO TEÓRICO (2021):

                                                                                                                                                              

 

 

Exemplificaremos um caso de Trauma Simples / Rejeição / dor de amor / tristeza com TFT na FASE 1 onde o Dr. Callahan sugere que as perturbações dentro do campo do pensamento são as causas das alterações químicas, hormonais e cognitivas, que conduzem às mudanças emocionas e comportamentais, depois na FASE 2 o Chakra Sacro: energia sexual, autoestima e criatividade. Representado pela cor laranja, que deverá ser mentalizada, está ligado à energia sexual e à nossa conexão e habilidade de aceitar pessoas e experiências novas. É normalmente ativado quando precisamos trabalhar, entender e nos libertar de mágoas passadas, a culpa e o medo. Sua ação sobre os órgãos genitais nos ajuda a entender melhor nossa energia sexual e incentiva a refletir sobre nosso próprio “eu”. Fica localizado mais ou menos dois dedos abaixo do umbigo, na região abdominal. Então a FASE 3, com Reich e o Orgônio onde o pensamento funcional comum explica que não sabemos explicar os objetos e relações do nosso mundo de modo funcional, ou seja, claro, coerente e objetivo, elaborado e estruturado, organizado e encadeado, sem fugir para outros assuntos e outros temas que nada tem de relação com o tema abordado, e que o Orgônio é tudo, é o próprio universo e as suas estruturas e massa, a sua energia, a sua vida, o Orgônio nos ajuda a entender melhor nossa energia sexual e incentiva a refletir sobre nosso próprio ¨eu¨. Passamos agora para a FASE 4, onde analisamos a impotência orgástica do homem, assim a libido mal  canalizada e mal vasada pode causar guerras e loucuras devido a impotência orgástica do homem e da mulher, pode atrapalhar a comunhão e arruinar a segurança causando problemas e desordens, movimentos e protestos, tumultos e violência, muita insegurança que se transforma em caos social e problemas bio-psico-sociais, podendo ir além, para os filosóficos e espirituais, transtornando toda a vida das pessoas e dos grupos humanos, desemprego e caos na economia, fome e guerra, conflitos, loucura, destruição, desejo de se armar para combater algum inimigo que é a sua impotência sexual, a solução é se adaptar a impotência sexual e ao amor sem se destruir e sem destruir ao mundo ao seu redor devido ao ódio e pela frustração gerada pela sua impotência sexual, é encontrar amor e prazer em sua condição atual, entendendo que ela é hormonal, e que a sociedade pouco sabe de ciências biológicas, ou seja, que uma condição hormonal é fruto do seu amadurecimento, crescimento e desenvolvimento, e que existem diferentes fases para a libido, o estrogênio  e a testosterona no ser humano, que existe a puberdade quando a libido e os hormônios sexuais aumentam e a menopausa e a andropausa quando a libido e os hormônios sexuais baixam e que estes eventos determinam a sua resposta e comportamento sexuais, aumentando a impotência orgástica que já é pressentida na vida sexual de muitos homens e mulheres que não atingem o orgasmo em suas relações sexuais, e finalmente a FASE 5 onde fazemos um tratamento pela massagem e vamos redescobrindo que o toque humano é capaz de curar, de relaxar e de operar milagres, de fechar feridas e de construir novos caminhos para novos investimentos a partir da saúde e do bem-estar proporcionado pelo tratamento pela massagem  que ativa a sensação e a percepção, o sistema nervoso, o tônus muscular, o sistema ósseo, os órgãos do nosso corpo, a pele e a comunicação, produzindo bem-estar psicológico, comportamental e físico.

 

 

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 22 de setembro de 2021.