69.A FAZENDA FAZENDO A ESPERANÇA...

Osny Mattanó Júnior

Desmond Morris

 

Mitologia, Mitologia Política, Loucura e Religião

O macaco nu

 

 

 

 

 

Fazenda fazendo a Esperança

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A MATEMÁTICA CRIATIVA EVOLUTIVA DE MATTANÓ

 

      A Matemática Criativa Evolutiva ou Etológica estuda a força das variáveis evolutivas no impacto nas mitologias através da fórmula:
n (adversidades) + n (características anatômicas) + n (características fisiológicas) + n (características morfológicas) + n (características comportamentais) + número de objetos de estudo (sujeitos evoluindo) = força de impacto nas mitologias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Existem atualmente cento e noventa e três espécies de macacos e símios. Cento e noventa e duas delas têm o corpo coberto de pêlos. A única exceção é um símio pelado que a si próprio se cognominou Homo sapiens. Esta insólita e próspera espécie passa grande parte do tempo a examinar as suas mais elevadas motivações, enquanto se aplica diligentemente a ignorar as motivações fundamentais. O bicho-homem orgulha-se de possuir o maior cérebro dentre todos os primatas, mas tenta esconder que tem igualmente o maior pênis, preferindo atribuir erradamente tal honra ao poderoso gorila. Trata-se de um símio com enormes qualidades vocais, agudo sentido de explo-ração e grande tendência a procriar, e já é mais do que tempo de examinarmos o seu comportamento básico.

Mitologicamente apreendemos que o bicho-homem se fez ritualmente a partir e para partir de sua evolução, quando se viu sem pêlos e diferente dos outros animais com os quais convivia, além de se perceber dotado de motivações e intenções psíquicas e afetivas, certamente em função da evolução e do aumento da massa de seu cérebro e de seu pênis, mas também pelas qualidades vocais e pelas novas qualidades procriativas, ritualmente ensaiado em mitos primitivos, em desenhos nas pedras, nas rochas e nas cavernas que muito provavelmente serviram-no para ritualizar suas necessidades fisiológicas, de garantia, de pertinência, de amor e de sobrevivência, o aumento do tamanho do seu pênis significou alguma mudança bio-psico-social para o bicho-homem e por conseguinte sua mitologização e ritualização, pois se tornou importante com importante significado e importante sentido pois também vieram mudanças nas práticas procriativas.

Politicamente o bicho-homem se viu dotado de relações sociais e práticas como as alimentares e procriativas, vendo-se obrigado e se autoregular, a desenvolver uma arte de bem governar a si mesmo e aos outros, a sua comunidade que foi desenvolvendo técnicas de e para a convivência, dentre elas a política a partir do aumento da massa cerebral e do aumento do pênis e pelo aumento das qualidades vocais que lhe muniram de técnicas de comunicação para sua sobrevivência e de sua comunidade, inclusive de sua política que emergiu em meio a estas descobertas.

É através das suas novas características que esta nascendo o alvorecer de um novo comportamento, a loucura, e a loucura oriunda da mitologia e da política. Com a perda dos pêlos e se vendo como diferente dos outros animais com quem convivia, inclusive com diferentes motivações que incluem afetos e pensamentos, aumento da massa cerebral e do seu pênis, aumento das qualidades vocais e procriativas que ele se vê num novo dilema, o de abandonar o velho macaco para se transformar ou viver o novo bicho-homem, ou seja, ter de aceitar sua nova condição, de ser diferente, excluído e discriminado, de ter vantagens e desvantagens comportamentais e sociais sobre os demais com quem conviviam seus ancestrais. Essa nova condição colocou-o numa possível condição de conflito negado pelos instintos animais que renunciam a psique de forma que ela não se forme e nem se manifeste, devido a sua condição de animal e não de homem. Porém existe aquela informação ancestral provada como diferente que moldou o comportamento e as sociedades de nossos ancestrais, influenciando-nos até hoje, por exemplo, na loucura.

É pela religiosidade que na Fazenda fazendo a Esperança que notamos que evolutivamente o bicho-homem iniciou sua jornada enfrentando dificuldades e transformações morfológicas, anatômicas, fisiológicas e comportamentais onde se viu constrangido pelas novas características como o novo pênis aumentado e a sua condição animal com a perda dos pelos, aumento das qualidades procriativas e vocais, não havia ainda uma religião mas havia um comportamento animal que resultou na formação e desenvolvimento do Homo Sapiens, de ritos e mitos, de deuses e de profetas e eleitos como escolhidos e povo de Deus, de uma crença em Deus e na própria encarnação do Filho de Deus no mundo, Ele, Jesus Cristo que deu como missão a Pedro iniciar sua Igreja  no mundo e assim a religião que cresce e se desenvolve sem se destruir mas continuando essencialmente pobre como o Homo Sapiens que procura a Deus sem ter como comprá-lo por que é pobre, por que é pobre de espírito, por que é pobre de formação. O papel da Fazenda fazendo a Esperança é o de levar essa identidade de santidade como pobreza que liberta como oferta e devoção a Deus, como trabalho, como forma de evolução bio-psico-social, jamais espiritual, pois a espiritualidade só evolui através da religião que foi-nos dada por Jesus Cristo. A Fazenda fazendo a Esperança tem por meta fazer e levar a esperança nossos ritos e mitos que geraram o Homo Sapiens dando ordem a originalidade humana sem destruí-la, preservando sua ancestralidade e sua religião que nos oferta Adão e Eva como nossos ancestrais, a Fazenda fazendo a Esperança não lhes rouba ou engana a esperança, muito pelo contrário, aumenta a esperança, pois lhes valoriza os ritos da caça, da agricultura, da pesca, do trabalho, da educação, da informação, da comunicação, das artes, das cerimônias religiosas, das festas e ritos, dos ritos de guerra e de luta, de defesa e de cooperação, de atividades domésticas, de liberdade e de libertação, de sexo, sexualidade e de amor, de atividades paternas e maternas, de cuidados com a terra e a água, com a higiene, com os alimentos, com a casa, com os mortos, com Deus, etc.. A Fazenda fazendo a Esperança tem por objetivo levar a guardar a história e a esperança. A história dos nossos ancestrais e a esperança em Jesus Cristo ressuscitado e no Amor de Deus, e em Maria de Nazaré e em José, na Sagrada Família de Nazaré como modelos de esperança e de salvação a serem imitados em todas as situações.

Pt. 2

Sou zoólogo e o macaco pelado é um animal. É, portanto, caça ao alcance da minha pena e recuso-me evitá-lo mais tempo, só porque algumas das suas normas de comportamento são bastante complexas e impressionantes. A minha justificativa é que, apesar de se ter tornado tão erudito, o Homo sapiens não deixou de ser um macaco pelado e, embora tenha adquirido motivações muito requintadas, não perdeu nenhuma das mais primitivas e comezinhas. Isso causa-lhe muitas vezes certo embaraço, mas os velhos instintos não o largaram durante milhões de anos, enquanto os mais recentes não têm mais de alguns milhares de anos — e não resta a menor esperança de que venha a desembaraçar-se da herança genética que o acompanhou durante toda a sua evolução. Na verdade, o Homo sapiens andaria muito menos preocupado, e sentir-se-ia muito mais satisfeito, se fosse capaz de aceitar esse fato. É talvez nesse sentido que um zoólogo pode ajudar.

Mitologicamente o macaco pelado ou o bicho-homem é um animal que ritualiza seus comportamentos, suas motivações e intenções mais profundas, se fazendo caça ao caçador, o próprio semelhante, erudito ou não erudito caça a si mesmo e não há coisa alguma que o ajude a não ser a educação e a psicoterapia ou a saúde, pois esse padrão de comportamento é determinado geneticamente por milhões de anos ou evolutivamente, ou seja, é selecionado para a nossa sobrevivência como espécie, indivíduo, cultura, espiritualidade, vida e cosmos ou universo, revelando através dessa caça uma mitologia de caça e de caçador, de amor e de ódio, de afetividade, de pensamentos e de pressentimentos, que quando estão em jogo na vida social espelham as máscaras de Deus ou as máscaras da eternidade, os mitos que nos orientam e guiam para nos salvar e cuidar, revelando-nos o caminho certo e seguro para o desfecho do ritual, marcado com a ressurreição do animal e a vida e segurança da sua comunidade.

Politicamente abordamos a caça e o caçador, o amor e o ódio, a afetividade e os pensamentos, os ritos e mitos que envolvem o nascimento de uma política que põe em jogo a vida social do bicho-homem, orientando-o e ajudando-o a se guiar em meio as adversidades ambientais e comportamentais e até psíquicas e sociais que lhe rompem a natureza de bicho para se ver como bicho-homem ou a caminho de um bicho-homem, marcado pelo aflorar de uma política que lhes favorecem autogerir e governar suas comunidades que enfrentam mudanças sociais e comportamentais, como na procriação, na alimentação e no próprio organismo com mutações que ajudam a criar um novo organismo social e o nascimento de um organismo político.

A loucura é provada com seu brotar como ao de uma planta que irá crescer numa floresta, a civilização. A loucura nasce com o conflito, caça e caçador, amor e ódio, a afetividade e os pensamentos, os mitos e os ritos do novo jogo, o jogo da vida social marcado pelas comunidades de bichos-homens que tem de lidar com os ritos e a política a nascer para gerir e administrar suas comunidades como forma de bem governar, e assim bem governar aos alimentos, a caça e os caçadores, as mudanças sociais, as mutações que melhoraram o desempenho comportamental e morfológico desses bichos-homens em suas necessidades que tinham que combater em meio as condições propícias a loucura como a guerra, o combate, a morte, as doenças, a fome, o incesto e os emergentes conflitos decorrentes dele, a procriação e a sexualidade toda em transformação, nossa sexualidade quando está em transformação e movimento gera e causa muito loucura e desordem, é provável que as mudanças e mutações sexuais tenham causado muita loucura e desordem psico-social entre os bichos-homens.

A Fazenda fazendo a Esperança visa aqui selecionar comportamentos que ajudaram o macaco pelado em suas mitologias, políticas e loucuras, como a guerra e o combate, a morte e as doenças, a fome, o incesto, a procriação e a sexualidade em transformação, como uma Fazenda tem Esperança fazendo a guerra e o combate: através da luta diária, do esforço pessoal e grupal, orientado e planejado, com um mapa que os organizem e determinem suas ações e objetivos; que são lidar com a morte e as doenças: através da religião e da fé, da oração e dos serviços de saúde e de educação, de prevenção e de elaboração do luto após a morte; lidar com a fome de forma planejada com distribuição de tarefas entre as comunidades e os indivíduos, para preparar a terra e a plantação, para saber cuidá-la e colhê-la de forma organizada e bem distribuída como forma de educação para uma boa economia e assim boa distribuição de riquezas;  lidar com o incesto sabendo se aceitar como família  e como membro de uma família maior e organizada, que essas relações trazem prejuízo bio-psico-social a comunidade e estimular a saúde sexual e o amor através da procriação e da sexualidade direcionada para seu desenvolvimento de forma natural e saudável, respeitando cada fase do desenvolvimento psicossexual da pessoa e da criança de forma individual e contextual. A Fazenda fazendo a Esperança visa desenvolver a criança e a pessoa de forma individual e social desde sua concepção até sua morte, oferecendo-lhe meios e oportunidades para se auto-atualizar e auto-realizar psicologicamente, para realizar seu processo de individuação e sua psicossexualidade adulta, para alcançar a realização na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos e no Ciclo Cosmogênico, e assim alcançar educação e trabalho que o ajude em suas escolhas e na direção de sua vida pessoal e familiar.

Pt. 3

Um dos fatos mais estranhos de todos os estudos anteriores sobre o macaco pelado é a forma sistemática como evitam focalizar o que é evidente. Os primeiros antropologistas apressaram-se a vasculhar os cantos mais escondidos do mundo, pretendendo decifrar as verdades fundamentais sobre a nossa natureza e dispersando-se pelas fontes culturais mais remotas, muitas vezes atípicas e falhadas, a ponto de se terem quase extinguido. Em seguida, regressam carregados de aterradoras informações sobre os hábitos de acasalamento mais bizarros, os sistemas de parentesco mais estranhos ou os costumes tribais mais fantásticos e usam esse material para compreender o comportamento da nossa espécie, como se ele fosse da mais transcendente importância. Sem dúvida que o trabalho desses investigadores é muitíssimo importante e valioso para mostrar o que pode acontecer quando a evolução cultural de um grupo de macacos pelados o empurra para um beco sem saída. Revela mesmo até que ponto o nosso comportamento se pode desviar do normal, sem no entanto redundar num completo fracasso social. Mas nada ficamos sabendo sobre o comportamento típico dos macacos pelados mais ou menos característicos. Isso apenas se pode conseguir examinando as normas do comportamento habitual dos membros mais vulgares, daqueles que foram mais bem sucedidos e que correspondem aos principais tipos de cultura — as principais correntes que, no seu con-junto, representam a grande maioria. Do ponto de vista biológico, essa

  • a única forma correta de abordar o problema. Os antropologistas da velha escola argumentariam que os seus grupos tribais tecnologicamente elementares estão mais próximos do fulcro da questão do que os membros das civilizações mais avançadas. Não concordo. Os grupos tribais simples que ainda hoje existem não são primitivos, mas estupidificados. Há muitos milhares de anos que não existem verdadeiras tribos primitivas. O macaco pelado é essencialmente uma espécie exploradora, e toda a sociedade que não foi capaz de avançar constitui um fracasso e "seguiu um caminho errado". Por alguma razão se manteve atrasada, algo se opôs às tendências naturais da espécie para explorar e investigar o mundo que a rodeia. É muito possível que as características que os antigos antropologistas encontraram nessas tribos sejam exatamente os fatores que impediram o respectivo progresso. Daí o grande perigo de utilizar essas informações como base para um esquema geral do comportamento da nossa espécie.

Revela-se através do estudo da mitologia que o bicho-homem é um ser explorador e que as sociedades ou civilizações que não seguiram esta regra sucumbiram e desapareceram, o avanço deve-se a exploração, o caminho se faz através da exploração, esse é o caminho correto para o bicho-homem, notamos que ritualmente o bicho-homem ritualiza aqui seu caminho de partida das florestas para as savanas e das savanas para as cidades e das cidades para o espaço, para a lua, podemos falar de um rito de partida e de exploração, que ajuda a formar mitos que expressam essa informação, essa relação do ser humano com seu caminho, com a partida e a exploração do meio ambiente, até do universo.

A política vê-se aqui como uma lança de caçador a ser montada aos poucos pelas mãos e pelas informações que lhes eram transmitidas, enquanto outras informações sobre outras técnicas de caça e de luta, de sobrevivência e de relações sociais não eram transmitidas, certamente por que não eram bem sucedidas e portanto não despertavam o reforço que mantinha esses comportamentos individuais e no grupo para sua sobrevivência, transmitindo-o como informação e conhecimento através de uma política, de uma organização social mediada por um ou vários líderes (de cada família) que se via obrigada a aprender a se bem governar se quisesse continuar no grupo, ter alimento, segurança e se reproduzir, nasce aqui o papel da política de oferecer as sociedades alimento, segurança, liberdade, paz e inviolabilidade da privacidade e da intimidade, família e afetividade, relações sociais e humanas, nasce o papel da política de proteger a vida e os indivíduos e até mesmo a saúde e a liberdade dos indivíduos como forma aprendida  de garantir a ordem e a paz, num contexto evolutivo.

Sobre a loucura vemos que seus caminhos desnudam-se também por meio da exploração, dos caminhos perdidos e dos caminhos rastreados para que compreendêssemos nossa origem e os caminhos da informação e do conhecimento na nossa origem e do que foi selecionado para ser transmitido e reproduzido sócio-históricamente, notamos que ainda hoje temos este comportamento, selecionamos informação e conhecimento, até mesmo banindo teorias como a da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995 por abordar informações e conhecimentos considerados imorais, criminosos e violentos, insanos e ilógicos, sem valor algum para a vida cotidiana, mas que também nos servem para esta análise científica. Assim nossos ancestrais provavelmente devem ter-se omitido nas informações a serem reproduzidas e transmitidas como conhecimento para seus descendentes, geração após geração, devido ao aflorar da loucura, de um sentimento de loucura e de falta de sentido, de significado, de ausência de conteúdo, de valor, de coerência para que fosse transmitido para as gerações futuras, talvez estivéssemos abordando aqui o sofrimento do nascimento de uma consciência que lutava contra sua própria organização, semelhante a loucura.

É através da Fazenda fazendo a Esperança que incentivamos o processo de descobrir do bebê, da criança, do adolescente, do jovem, do adulto e do idoso, mostrando que esse processo, de descobrir e de se descobrir é um processo típico e natural de nossos ancestrais e transmitido geneticamente para nossa espécie na forma de comportamento e de organização social, de família, de sociedade, de trabalho, de educação, de justiça, de saúde e de ciência, de navegação e de exploração do meio ambiente e do espaço, de cultura e de repertório comportamental que nos possibilita sair de nossos redutos para ir de encontro aos redutos do outro, construindo assim um ser social, um macaco social. É esse macaco social que devemos explorar, devemos aprender seus ritos, sua política e sua loucura para que possamos elaborar uma Fazenda fazendo a Esperança com regras que traduzam a realidade naturalística do Homo Sapiens, mostrando que o comportamento de descobrir e de ser um grande explorador do meio ambiente lhe faculta ritos de adaptação a realidade e ao meio ambiente que se interagem, uma política voltada para o conhecimento construído com a finalidade de proteger a vida dos seus membros, e uma loucura com a falta de significado e de sentido em seu ritos e políticas, em sua sexualidade e comunidade, por exemplo. Mas a Fazenda fazendo a Esperança deve resgatar esse significado e esse sentido nos ritos, políticas, sexualidade e na comunidade, servindo de modelo para seus beneficiados.

Pt. 4

Os psiquiatras e os psicanalistas, pelo contrário, não se afastaram tanto, concentrando-se em estudos clínicos de exemplares mais representativos. Infelizmente, uma grande parte do seu material inicial também não é adequada, embora não sofra dos mesmos pontos fracos que as informações antropológicas. Embora os indivíduos estudados pertencessem à maioria, eram, apesar de tudo exemplares aberrantes ou falhados. Porque, se esses indivíduos fossem saudáveis, bem sucedidos, e portanto típicos, não teriam procurado tratar-se — nem contribuído para enriquecer as informações colhidas pelos psiquiatras. Insisto mais uma vez que não pretendo depreciar o valor desse tipo de investigação, que nos proporcionou uma visão importante sobre a maneira como as nossas normas de comportamento podem entrar    em

colapso. Simplesmente, parece-me insensato sobre-estimar as primeiras descobertas antropológicas e psiquiátricas quando se procura discutir a natureza biológica fundamental do conjunto da nossa espécie.

(Devo dizer que tanto a antropologia como a psiquiatria se estão transformando rapidamente. Muitos dos modernos investigadores nesses domínios começam a reconhecer as limitações dos trabalhos iniciais e dedicam-se cada vez mais ao estudo de indivíduos típicos, saudáveis. Como disse recentemente um desses cientistas: "Pusemos o carro adiante dos bois. Agarramo-nos aos anormais e só agora começamos, um pouco tardiamente, a interessar-nos pelos normais".)

A mitologia permite pensar que o estudo dos psiquiatras e dos antropólogos e suas descobertas estão para os estudos e ritos dos xamãs que com seus ritos iniciavam e faziam a passagem de seus membros, conforme suas necessidades guiadas por padrões místicos e mitológicos, assim a ciência, o conhecimento e o saber foi se constituindo e se solidificando até hoje, no mundo em que vivemos.

A política foi se transformando no jogo social dos macacos pelados, talvez assim como hoje tenhamos dispensado demasiada atenção a um tipo de macaco pelado, pela sua saúde e habilidades ou características, isto é, se estava ou não adaptado ao meio ambiente e ao seu grupo devido as transformações que vinham ocorrendo e tenhamos nos desprendido de fenômenos valiosos como mutações que poderiam mudar o destino da nossa espécie, tanto morfológica, comportamental e fisiológica, como, por exemplo, a telepatia. A política teve um papel determinante na evolução, como fator decisório e educativo para seus membros que se viam em eventos característicos ou típicos que evocassem novas habilidades que eram compreendidas como hoje compreendemos o racismo. Ou seja, o racismo vem da política, pois é a política quem ensina como bem governar, e assim, um mau governo pode gerar o racismo.

A loucura foi desencadeada pelo sofrimento mental oriundo das transformações morfológicas, fisiológicas, comportamentais e sociais que tinham o papel de oferecer uma nova condição e um novo destino para suas comunidades por meio das mutações. Foram as mutações que geraram o que hoje conhecemos por racismo, ou seja, o racismo é uma espécie de loucura devido a incapacidade do sujeito compreender a realidade, atribuindo a ela pensamentos e afetos que estão mal elaborados, mal julgados e incompreendidos moralmente.

A Fazenda fazendo a Esperança entende que a religiosidade começou com os nossos ancestrais realizando os primeiros ritos de morte e de luto, de passagem, enterrando seus membros com seus pertences como vasos de cerâmica, objetos como pedras e machadinhos, etc., caracterizando a religiosidade ancestral ou dos ancestrais sem orientação da Providência Divina, a segunda etapa da religiosidade humana começou com os Homo Sapiens e a Providência Divina que elegeu profetas e seu povo para grandes obras proféticas e bíblicas, havendo agora a ação da Mão de Deus com a Providência Divina sobre a religiosidade,  e a última parte da religiosidade começou com Jesus Cristo e sua Igreja fundada através de São Pedro, nota-se aqui uma Igreja, Jesus Cristo e a Providência Divina.

Pt. 5

A perspectiva que me proponho utilizar neste livro baseia-se em material recolhido de três fontes principais: 1) as informações sobre o nosso passado desenterradas pelos paleontólogos e baseadas no estudo dos fósseis e de outros vestígios dos nossos antepassados mais remotos; 2) as informações existentes sobre o comportamento animal que foram estudadas na etologia comparada e se baseiam em observações pormenorizadas obtidas numa grande variedade de espécies animais, especialmente naquelas com que mais nos parecemos, os macacos e símios; 3) a informação que se pode coligir através da observação direta e simples das formas de comportamento que são mais básicas e comuns entre os representantes mais bem sucedidos do próprio macaco pelado que correspondem aos principais tipos de cultura contemporânea.

Dada a vastidão do assunto, será necessária certa simplificação. Vou tentar realizá-la, passando por cima dos pormenores da tecnologia e da terminologia e concentrando sobretudo a atenção nos aspectos da nossa vida que encontram fácil correspondência noutras espécies: atividades tais como alimentação, limpeza, sono, luta, acasalamento e assistência aos jovens. Como reage o macaco pelado em relação a esses problemas fundamentais? Quais as diferenças e semelhanças entre essas reações e as dos outros macacos e símios? Que características lhes são genuinamente específicas e em que medida elas se relacionam com a história da sua evolução, verdadeira-mente especial?

Ao encarar esses problemas, avalio bem quanto me arrisco a ofender certas pessoas. Muita gente não gosta de pensar que somos animais. E podem dizer que eu avilto a nossa espécie quando a descrevo em rudes termos animais. Posso apenas afirmar que não é essa a minha intenção. Outros ofender-se-ão pelo fato de um zoólogo se intrometer nos seus campos especializados. Mas admito que essa perspectiva poderá ter grande valor e que, apesar de todos os defeitos, introduzirá novos (e de certa maneira inesperados) esclarecimentos sobre a natureza complexa da nossa extraordinária espécie.

            Como mitologista me proponho a estudar o bicho-homem a partir da perspectiva mitológica, traçando paralelos entre o comportamento do animal homem e do campo da mitologia, talvez também não gostem de estudar o homem como um animal, mas somos todos iguais na natureza, filhos do mesmo Criador, não vejo problemas em encarar o homem como um animal na perspectiva da biologia mitológica, disciplina que venho criando e desenvolvendo com este trabalho.

            Na perspectiva da mitologia política tento compreender os caminhos evolutivos da política, sua gênese e desenvolvimento até hoje, seu funcionamento a partir da perspectiva etológica.

            E sobre a loucura tento entendê-la evolutivamente a partir da etologia e da biologia, da política e da mitologia, para compreender, então, sua gênese, desenvolvimento e funcionamento até hoje, ou seja, seus caminhos que separam o ser humano de sua consciência destruindo-a sem roubar-lhe, essa consciência, do seu corpo, mesmo que através da telepatia.

            E na perspectiva da Fazenda fazendo a Esperança tento desenvolver um trabalho de reapropriação do Homo Sapiens sobre sua história evolutiva bio-psico-comportamental, social, filosófica e espiritual, valorizando sua naturalidade e sua inteligência naturalística como forma  de desenvolver as outras inteligências e assim a educação e o trabalho e as sociedades humanas e civilizadas, marcando o Homo Sapiens pela sua natureza superior a do animal, pois o Homo Sapiens é batizado no Espírito Santo e faz o catecismo da Igreja para comungar o Corpo de Jesus Cristo, e confirma sua natureza espiritual com o Crisma. A espiritualidade que o Homo Sapiens aprende e desenvolve, capacita sua inteligência e sua alma que é inteligente quando não segue o mundo das sombras, mas os das luzes do Paraíso..., notamos que o ser humano é mais do que um macaco espiritual, ele é um homem e uma mulher, uma criação do divino dotada de amor e de misericórdia, ele é um filho de Adão e de Eva.

 

 

Capítulo 1

 

ORIGENS

 

Numa jaula de certo jardim zoológico lê-se o seguinte letreiro: ''Animal desconhecido da ciência". Dentro da jaula está um pequeno esquilo. Tem as patas negras e veio da África, continente onde nunca se tinham encontrado esquilos com patas negras. Não se sabe nada sobre tal esquilo. Nem sequer tem nome.

 

Esse animal constitui imediatamente um desafio aos zoólogos. De onde lhe veio essa característica desconhecida? Em que difere das outras trezentas e sessenta e seis espécies de esquilos que já foram descritas? De qualquer maneira, em determinada altura da evolução da família dos esquilos, os antepassados desse animal devem ter-se afastado dos restantes e estabelecido um ramo independente que se continuou a reproduzir. Que existiria no meio que os rodeava, para que se tenham podido isolar e constituir uma nova forma de vida? Esse novo tipo deve ter começado a diferenciar-se pouco a pouco, com um grupo de esquilos vivendo em determinado lugar, modificando-se ligeiramente e se adaptando melhor às condições locais. Nessa primeira fase, eram ainda capazes de cruzar com os parentes das redondezas. A nova forma manteria ligeiras vantagens na sua região especial, mas não constituiria mais que uma raça da espécie básica e poderia ter desaparecido em qualquer momento, reabsorvida pela linhagem principal. Se os novos esquilos fossem se aperfeiçoando com o tempo, adaptando-se melhor ao seu ambiente particular, poderiam atingir um ponto em que seria mais vantajoso se isolarem, para não serem contaminados pelos vizinhos. Então, o respectivo comportamento social e sexual teria sofrido modificações especiais, tornando pouco provável, ou mesmo impossível, qualquer cruzamento com outras espécies de esquilos. A princípio, poderiam ter sofrido modificações anatômicas que lhes permitissem uma melhor utilização da comida local, mas, mais tarde, os próprios gestos e convites para acasalamento seriam também diferentes, de modo que só atrairiam companheiros do novo tipo. Finalmente, a evolução teria originado uma nova espécie, separada e discreta, correspondendo a uma forma única de vida, a tricentésima sexagésima sétima espécie de esquilos.

Quando olhamos para o esquilo não identificado, encerrado na jaula do jardim zoológico, podemos apenas conjeturar tais coisas. O único fato positivo são as marcas de pêlo — as suas patas negras — que nos indicam tratar-se de uma forma nova. Mas isso são apenas sintomas, tal como um grupo de borbulhas permite ao médico fazer o diagnóstico de um doente. Para compreender realmente a nova espécie, esses indícios servem apenas como ponto de partida de qualquer coisa que valerá a pena prosseguir. Podíamos tentar adivinhar a história do animal, o que seria pretensioso e perigoso. Em vez disso, vamos começar humildemente por lhe dar um nome simples e evidente: nós o chamaremos esquilo africano com patas negras. Depois, devemos observar e registrar todos os aspectos do seu comportamento e da sua estrutura e avaliar em que difere dos outros esquilos ou a eles se assemelha. Assim, poderemos ir coligindo, pouco a pouco, a sua história.

A nossa grande vantagem em estudarmos esses animais é não sermos esquilos com patas negras — fato que nos impõe uma atitude de humildade que se vai transformando em investigação científica decente. Mas as coisas são muito diferentes, e de uma maneira geral desanimadoras, quando tentamos estudar o bicho-homem. O próprio zoólogo, que está habituado a chamar cada animal pelo seu nome, não deixa de ter dificuldades em evitar a petulância das implicações subjetivas. Poderemos ultrapassá-las em parte se decidirmos, modesta e deliberadamente, encarar o ser humano como se fosse qualquer outra espécie, uma estranha forma viva que aguardasse que o estudem, na mesa de dissecação. Como começar?

Da mesma forma que abordamos a mitologia primitiva, oriental, ocidental, moderna, abordamos a biologia mitológica como uma nova disciplina capaz de estudar os mitos e ritos dos animais que evoluem de forma semelhante a do ser humano, que adquirem características cognitivas, emocionais, sociais, operacionais, psicológicas, filosóficas, espirituais, biológicas, individuais, grupais, coletivas, universais, intelectuais, perceptivas, linguísticas e comunicativas, territoriais, de aprendizagem e de ensino, e habilidades que o tornam capaz de manipular o mundo reconstruindo-o, apropriando-se dele e se reapropriando dele à todo momento como meio de se inserir no mundo, pois esse estudo é uma nova ferramenta da mitologia e da biologia e só vem a contribuir com a valorização da ciência e do próprio ser humano e da humanidade.

O estudo da mitologia política também vem acrescentar dados e informações, conhecimento ao já preenchido pelas linhas dos estudos científicos conhecidos, ela vem contribuir com a percepção do bicho-homem político em sua gênese e desenvolvimento em meio ao seu meio ambiente natural, em meio a sua comunidade e as suas adversidades que ajudaram a formar através da seleção natural e da genética, trata a política como um fenômenos ambiental, evolutivo, da seleção natural e dos padrões da genética.

Já a loucura é estudada para que possamos traçar linhas de conhecimento acerca da sua gênese  e desenvolvimento etológico ou biológico e psico-social em meio ao meio ambiente e suas transformações que levaram a transformações bio-psico-sociais no bicho-homem, devido as mudanças ambientais, contextuais, seletivas e genéticas. A loucura passa a ter sua gênese nas mudanças ambientais, contextuais, evolutivas e seletivas e nos padrões comportamentais genéticos, ou seja, dos genes.

A Fazenda fazendo a Esperança dedica seu espaço para o estudo das mudanças ocorridas no meio ambiente e no contexto do bicho-homem, mudanças evolutivas e seletivas que geraram novos padrões comportamentais e novas cargas genéticas que se modificam aleatoriamente e são transmitidas seletivamente e evolutivamente para seus descendentes, revelando que a evolução não é somente sobreviver e sofrer alterações morfológicas, fisiológicas e comportamentais, mas também sofrer alterações genéticas e selecioná-las evolutivamente, oferecendo ao Homo Sapiens a habilidade comportamental e psíquica para trabalhar, educar, sobreviver, julgar, proteger, se reproduzir, se alimentar, batalhar, combater, preservar, limpar, higienizar, cuidar, tratar e sarar, orar, ritualizar, se associar, comprar e vender, informar, comunicar, falar, andar e correr, pular, voar com auxílio de instrumentos, mergulhar e sobreviver debaixo d´água com auxílio de instrumentos, explorar o cosmos e o espaço com auxílio de instrumentos e conseguir viver, explorar a telepatia com auxilio de instrumentos e conseguir viver, explorar os extraterrestres com auxílio de instrumentos e conseguir viver, explorar o mundo com auxílio de instrumentos e conseguir viver, etc..

Pt.1

Tal como aconteceu com o novo esquilo, podemos começar por compará-lo com outras espécies mais ou menos semelhantes. Em face das suas mãos, dos seus dentes, dos seus olhos e de outras características anatômicas, não temos dúvidas de que se trata de um primata, embora de uma natureza muito singular. A singularidade torna-se manifesta se dispusermos das peles correspondentes às cento e noventa e duas espécies conhecidas de macacos e símios e tentarmos arrumar a pele humana no meio dessa série, no ponto que nos pareça mais adequado. Coloque-se onde se colocar, a pele humana nos parecerá sempre deslocada. Podemos, eventualmente, ser tentados a colocá-la numa das extremidades da série, ao lado das peles dos grandes símios sem cauda, como o gorila e o chimpanzé. Ainda assim, a diferença é impressionante. As pernas são compridas demais, os braços muito curtos e os pés bastante estranhos. Essa espécie de primatas desenvolveu, sem dúvida, um tipo especial de locomoção que lhe modificou a forma. Mas outra característica nos chama a atenção: a pele não tem praticamente pêlos. Com exceção de alguns tufos de cabelos sobre a cabeça, nas axilas e em volta dos órgãos genitais, a superfície da pele é completamente pelada. Ao compará-la com a das restantes espécies, o contraste é dramático. É certo que algumas espécies de macacos e símios têm pequenas zonas peladas no traseiro, na face ou no tórax, mas nem uma só dentre as cento e noventa e duas espécies tem aspecto que se possa aproximar ao da condição humana. Nesse momento, antes de prosseguir as investigações, justifica-se que se chame "macaco pelado" a essa nova espécie. É um nome simples, descritivo, baseado numa primeira observação, e que não implica outras suposições. É mesmo possível que nos ajude a guardar o sentido das proporções e a manter objetividade.

            Mitologicamente percebemos que o objeto de estudo, o esquilo, se trata de um primata, devido as suas características anatômicas, contudo há diferenças na pele e na locomoção, pode-se chamar essa espécie de ¨macaco pelado¨, mitologicamente podemos dizer que os mitos se encontram num niilismo total, numa total ausência fenomenológica, pois abordamos um animal simples que não é dotado de inteligência, racionalidade, linguagem, cognição, inconsciente, afetividade, etc., que é em grande parte movido por condicionamentos e por padrões fixos de comportamentos.

            Politicamente esse macaco pelado ainda bastante simples, que não detém uma inteligência, racionalidade, linguagem, cognição, inconsciente, afetividade, etc., mas que é movido por condicionamentos e padrões fixos de comportamentos vê-se como detentor de uma política ou mesmo, forma de bem governar num estágio ainda bastante difuso e confuso, sem ordem e coerência, sem uma organização, vê-se como uma coletividade dotada de indiferenças e de indiferentes.

            A loucura também se torna presente pela coletividade dotada de indiferenças e de indiferentes, que torna as relações sem coesão e sem coerência, sem união pela organização mas pela indiferença que marcará o nascer e o desenvolvimento da loucura individual e social, de acordo com o contexto, a genética e a seleção natural.

            A Fazenda fazendo a Esperança aplica sua metodologia justamente no contexto em que o macaco pelado se vê sem inteligência, racionalidade, linguagem, cognição, inconsciente, afetividade, etc., mas movido por padrões fixos de comportamentos e uma rede de condicionamentos que o tornam uma coletividade dotada de indiferenças e indiferentes, reconhecendo que esse grupo vai se modificando com a união de seus membros passando de uma série para uma fusão e desta para uma organização onde terão uma coletividade organizada com um ou mais líderes que tomarão decisões pelo e para o(s) seu(s) grupo(s) a fim de que evoluam e se mantenham, se reproduzam bio-psico-socialmente com distribuição de papéis sociais e de tarefas, de trabalho  e de funções para a manutenção de sua espécie através da coleta, da caça e da pesca, do plantio e do armazenamento, das atividades domésticas e familiares, das atividades de limpeza e higiene, das atividades de proteção, cuidado, saúde e segurança, das atividades xamânicas e de guerra e morte, de cerimônias religiosas.

            Pt. 2

Continuando a observar esse estranho exemplar e tentando decifrar o significado das suas características singulares, o zoólogo tem agora de começar a estabelecer comparações. Em que outras circunstâncias não há pêlos? De qualquer maneira, não será entre os outros primatas. É preciso procurar mais longe. Uma revisão rápida de todos os mamíferos existentes vem-nos logo mostrar que quase todos têm revestimento piloso protetor e que só raras exceções, dentre quatro mil, duzentas e trinta e sete espécies existentes, se decidiram a abandoná-lo.

Ao contrário dos seus antepassados répteis, os mamíferos adquiriram a grande vantagem fisiológica de poderem conservar uma temperatura corporal elevada e constante. Isso mantém o delicado maquinismo destinado às atividades do organismo em condições de realizar os feitos mais ambiciosos. Não se trata, assim, de uma propriedade que se comprometa ou despreze tranqüilamente. Os instrumentos de regulação da temperatura têm importância vital, e a posse de um revestimento piloso, espesso e isolador, desempenha certamente um papel fundamental para impedir as perdas de calor. Por outro lado, o revestimento protege igualmente contra o calor exagerado, evitando que a pele se estrague em virtude da exposição direta aos raios solares. Quando os pêlos desaparecem, isso deve for-çosamente obedecer a razões muito poderosas. Salvo raras exceções,

essa medida drástica só foi tomada no caso de mamíferos que se instalaram num meio completamente novo. Os mamíferos voadores, ou morcegos, foram obrigados a perder os pêlos das asas, mas conservaram-nos no resto do corpo, de modo que não podem considerar-se uma espécie pelada. Alguns mamíferos escavadores — como a toupeira pelada, o oricterope sul-africano e o tatu sul-americano, por exemplo — reduziram o respectivo revestimento piloso. Os mamíferos aquáticos, como as baleias, golfinhos, porcos-marinhos, peixes-boi, dugongos e hipopótamos, também se tornaram pelados para viver na água. Mas o revestimento piloso continua a ser regra entre os mamíferos típicos, que vivem na superfície, quer corram pelo chão, quer trepem pelas árvores. Salvo os gigantes anormalmente pesados, como os rinocerontes e elefantes (com problemas de alimentação e esfriamento muito particulares), o macaco pelado é o único que não tem pêlos entre todos os milhares das espécies mamíferas terrestres, que são hirsutas, peludas ou felpudas.

            O mitologista acredita que a questão dos pêlos tem estreita ligação com a jornada interior do animal humano, a perda de pêlos foi questão fundamental para o começo da jornada do ser humano nas mitologias através de novos meios ambientes.

            A política tem relações diretas com a perda dos pêlos, pois a foi a perda dos pêlos quem ajudou ao bicho-homem se adaptar ao novo meio ambiente, e as suas novas condições fisiológicas como a regulação da temperatura corporal. Nossa temperatura corporal nos favorece adaptarmos as mais diversas regiões do globo terrestre e as suas mais diversas adversidades, fazendo de nós a espécie dominante na Terra, graças a perda dos pêlos que por sua vez fez nascer a política e a arte de bem governar os povos.

            A loucura por sua vez também pode ter relação com a perda dos pêlos e a nossa temperatura corporal, visto que variações na temperatura corporal indicam sinais de alterações psíquicas como produção de delírios e até quando dormimos quando estamos sonhando, muito provavelmente nossa temperatura corporal também mude de padrão ao qual era correspondida ao período diurno quando estávamos despertados, quanto mais evoluído o ser humano menos pêlos e mais sonhos ele terá, mais atividade onírica ele terá e mais equilíbrio em sua temperatura corporal também terá, provavelmente, menos delírios e menos problemas de saúde mental, podendo ser até mais inteligente do que os outros do seu meio.

            A Fazenda fazendo a Esperança encontra aqui a demonstração de o quando a evolução com a perda dos pêlos foi capaz de alterar o destino e o comportamento de nossa espécie, acarretando numa organização social onde se pronunciou a política e a loucura, e a esperança com base na sua própria história evolutiva, mostrando que não é fugindo de nossa história que nos reconheceremos e nem reconheceremos ao outro se continuarmos fugindo dessa nossa história ancestral. O fato é que o macaco gerou e gera o macaco, o hominídeo gerou o hominídeo e o ser humano gerou e gera o ser humano, e o que gerou o novo indivíduo como o telepath ou o primeiro hominídeo ou o primeiro ser humano foi a entropia e a neguentropia, ou seja, a reorganização (grau de desordem ou aleatoriedade) e a organização (grau de ordem ou de previsibilidade existente num sistema).

            Pt. 3

Nessa altura, o zoólogo tem de concluir que ou se trata de um mamífero escavador ou aquático, ou que existe qualquer coisa muito esquisita, e mesmo exclusivamente peculiar, na história evolutiva do macaco pelado. A primeira coisa a fazer, mesmo antes de se partir para o campo e observar o animal na sua forma atual, será debruçar-se sobre o seu passado e examinar, o mais perto possível, os seus antepassados mais chegados. Talvez consigamos obter uma certa idéia do que sucedeu a esse novo tipo de primata se examinarmos os fósseis e outros vestígios e se olharmos para os seus parentes mais próximos que ainda estão vivos.

A observação dos fósseis e dos vestígios dos antepassados desse macaco pelado leva o mitologista a entender que a mitologia se constitui e se constrói através da história evolutiva do animal estudado, neste caso o ser humano, representado em seus antepassados, macacos pelados.

A política revela-se um fenômeno que pode ser estudado a partir dos fósseis e dos vestígios dos antepassados como resultados de suas relações onde se governavam uns sobre os outros, sobretudo com a figura do líder.

A loucura pode ser investigada também através dos fósseis e dos vestígios dos antepassados onde descobrimos processos sociais, ritualísticos, mitológicos, psicológicos, afetivos, gestálticos, comportamentais, de aprendizagem e de adaptação que expressam dor e sofrimento psicológico, nos rituais de caça e de morte que traduziam os comportamentos mais animalescos dos macacos pelados, ou seja, sua instintividade e as bases da loucura.

A Fazenda fazendo a Esperança nos indica que o estudo dos antepassados, dos seus fósseis, podem indicar o caminho a seguir, pois esse estudo é capaz de revelar sucessos, vitórias e fracassos, perigos e adversidades, abundâncias e farturas, fenômenos relevantes que de outra maneira não seriam estudados pois não ficariam registrados na natureza como fósseis, que por sua vez revelaram mitos, ritos, organização social e política, caça e guerra, atividades domésticas, funerais, fenômenos sobrenaturais, sexualidade, família, liderança, xamãs, medos, derrotas e vitórias, como se alimentavam e o que bebiam, como se alimentavam, como caçavam, seus deuses primitivos, sons da natureza, etc., como tudo foi se organizando na mente e no comportamento daqueles bichos-homens e tomando forma, da mesma forma na Fazenda fazendo a Esperança podemos suscitar em nossos ¨rebanhos de ovelhas¨ um trabalho arqueológico onde  o que buscaremos não são fósseis mas sim, comportamentos perdidos que poderão servir para desencadear cadeias de comportamentos mais e mais complexas, gerando educação e trabalho, formação bio-psico-social, filosófica e espiritual aliada a formação para o trabalho. A formação bio-psico-social, filosófica e espiritual fica encarregada de alfabetizar e de inserir o indivíduo na sociedade atual oferecendo a ele apenas conteúdos atuais e que façam significado, sentido, conceito, contexto, funcionalidade, simbologia, topografia, linguagem, relações sociais, gestalt, insight e que tenham uma relação com o conteúdo lecionado na véspera para mostrar ao educando que a educação faz sentido e tem um operante, ela resolve problemas através da aprendizagem, da aprendizagem analítica, do insight proporcionado com o método do conteúdo da véspera e o atual. 

Pt. 4

Levaria muito tempo expor aqui todas as provas que foram cuidadosamente reunidas durante o século passado. Em vez de o fazer, partimos do princípio de que isso está feito e conhecido e limitamo-nos a resumir as conclusões que se podem tirar, coligindo todas as informações provenientes dos trabalhos dos paleontólogos esfomeados-de-fósseis e os fatos colecionados pelos pacientes etólogos espreitadores-de-macacos.

O grupo dos primatas, a que pertence o nosso macaco pelado, provém originalmente de um tronco insetívoro. Esses primeiros mamíferos eram criaturas insignificantes e pequenas, que se esgueiravam nervosamente pelas florestas abrigadas, ao mesmo tempo que os répteis todo-poderosos dominavam o mundo animal. Há cerca de oitenta ou cinqüenta milhões de anos após o desmoronamento da grande era dos répteis, os pequenos comedores de insetos  começaram

  • aventurar-se a explorar novos territórios. Foi então que se espalharam e cresceram sob muitas formas estranhas. Alguns tornaram-se comedores de plantas, escavando o solo para se protegerem ou desenvolvendo pernas longas, com andas, para melhor escapulirem dos inimigos. Outros transformaram-se em assassinos, com garras compridas e dentes aguçados. Embora os grandes répteis tivessem abdicado e desaparecido da cena, a natureza continuava a ser um campo de batalha.

O mitologista discerne que o macaco pelado provém originariamente do tronco insetívoro e se ramificou para explorar novos territórios, tornando-se comedor de plantas e assassino. Notamos que para a mitologia e os mitos se enraizarem em nossa espécie, nossos ancestrais ou antepassados tiveram que desenrolar uma longa linha evolutiva, transformando-se e reinventando-se de insetívoro até comedor de plantas e assassino, estes padrões de comportamentos certamente se fixaram até se tornarem modelo e contingências que se reinventaram misticamente no ser humano, revelando a nudez da mitologia, que por ventura está em sua meninice, ou seja, sua pureza, sua virgindade, estampada na Cruz de Cristo.

A política revela-se originariamente quando o animal tornou-se comedor de plantas e assassino, este fenômeno comportamental moldou a política e a arte de bem governar dos macacos pelados até hoje, passando pela Cruz de Cristo.

A loucura traduz-se na passagem de insetívoro para comedor de plantas e assassino, uma mudança radical que altera os padrões bio-psico-sociais de comportamento do macaco pelado e que pode ter lhe roubado a paz quando se viu obrigado a ter que assassinar para comer, a paz na vida social em sua comunidade se a caça não foi boa ou suficiente para todos, a paz na família se a caça foi ruim, a paz na consciência a partir do momento em que se sentiu culpado por ter que assassinar para viver, a paz nos seus ritos e mitos devido a carga emocional nos assassinatos e em suas consequências para ele e para sua comunidade, etc., todos estes conflitos podem ter gerado ou influenciado muito na produção da loucura individual e social entre os macacos pelados.

A Fazenda fazendo a Esperança ensina que do ramo de comedor de insetos e plantas tornou-se um assassino reorganizando seu modo de vida e de se comportar individualmente e em grupo, gerando alterações genéticas, morfológicas, fisiológicas, anatômicas e comportamentais que potencializaram e otimizaram as relações entre seus membros ensinando que se adaptar sempre é o melhor caminho, mesmo que venham mudanças e alterações genéticas, morfológicas, fisiológicas, anatômicas e comportamentais como as telepáticas do mundo de hoje, pois se os nossos ancestrais não tivessem valorizado e preservado suas alterações genéticas, morfológicas, fisiológicas, anatômicas e comportamentais não seríamos o que somos hoje. Ou seja, jamais devemos discriminar alterações que não sejam qualificadas ou diagnosticadas como doenças, pois todas as alterações num primeiro momento podem se manifestar de forma desestruturada e incoerente ou confusa e problemática, mas não doentia e com o desenvolvimento do indivíduo ou dos seus descendentes essa nova característica genética poderá se tornar algo ajustado e adaptado a realidade ambiental, ou seja, ao contexto promovendo integração social, como se vê na própria família do indivíduo com novas características – se a família se adapta, por que a sociedade e o mundo não se adaptam? Por que são racistas? Por que são discriminadores e violentadores? Por que não sabem lidar com o outro e suas diferenças? Por que não amam ao próximo? Por que são assassinos?

      Pt. 5

Entretanto, ainda continuavam a existir os tais bichinhos de patas pequenas, com as quais se agarravam à segurança da vegetação da floresta. Também aqui se registrou progresso. Os comedores de insetos iniciais começaram por alargar a alimentação e resolver certos problemas digestivos, devorando frutos, nozes, bagas, brotos e folhas. À medida que evoluíram no sentido das formas rudimentares dos primatas, a visão melhorou, os olhos deslocaram-se para a frente da face e as mãos transformaram-se para melhor agarrar a comida. Providos de visão tridimensional, de membros capazes de manipular e de cérebros que iam crescendo pouco a pouco, os primatas começaram a dominar cada vez mais o seu mundo das árvores.

Evolutivamente a mitologia teve seu nascimento com esses primatas que foram crescendo pouco a pouco e aprendendo novos comportamentos, o domínio do mundo das árvores pode ser para nós seres humanos uma semente do nosso interesse mitológico pelas árvores e pela Cruz, pelo eixo do mundo.

A política tem aqui novos ensinamentos, o domínio do mundo das árvores, da ecologia, e da Cruz, da religião e da espiritualidade, de Deus e de Jesus Cristo. A política se vê como alargamento, problema, deslocamento, alimento e sociedade de um mundo de árvores ou ecológico.

      A loucura também se vê como produto da ecologia, do mundo das árvores, das suas relações com o macaco pelado, do que elas lhes ensinam e transmitem, permitem fazer e extrair para sua sobrevivência, sendo elas, árvores, Cruzes, postes, edifícios, etc., o eixo do mundo que orienta e assegura a sua existência e salvação.

A Fazenda fazendo a Esperança explora o domínio do mundo natural, da ecologia, das árvores e dos seus frutos e folhas, dos seus ramos e galhos, tronco e raízes, dos seus recursos para manufatura, para a existência do próprio indivíduo e do seu grupo, bem como as relações que ai se estabelecem entre indivíduos, mercados, economia, comunicação e informação, trabalho, educação, religião, diversão, família e afetividade, cidadania e justiça, saúde e locomoção, higiene e segurança, alimentação e consumo.

Pt. 6

Há cerca de vinte e cinco ou trinta e cinco milhões de anos, esses pré-macacos já haviam iniciado a evolução no sentido de macacos propriamente ditos. Começaram a criar longas caudas, enquanto o tamanho do corpo ia aumentando consideravelmente. Alguns já se preparavam para se especializar em comer folhas, mas a maioria continuava a manter uma alimentação mista bastante variada. Com o tempo, algumas dessas criaturas macacóides tornaram-se maiores e mais pesadas. Em vez de continuarem a saltar e pular, passaram a bracejar — oscilando de mão para mão, suspensas entre os ramos. As caudas tornaram-se obsoletas. Como o tamanho lhes tornasse mais incômodo viver entre as árvores, foram perdendo o medo de uma ou outra escapada até o solo.

O mitologista percebe que agora com a passagem dos pré-macacos para macacos propriamente ditos, criaturas maiores e mais pesadas, capazes de saltar e de pular, de bracejar, foram vivendo entre as árvores até perderem o medo do solo. Notamos que falamos do domínio místico das árvores até dominarmos o solo, que marcará outra fase mística e ritualística em nossa espécie, a do semeador, onde a semente tornar-se-á a representação de renascimento, de transformação, porém as árvores continuarão como o eixo do mundo, como a Cruz de Cristo.

A política continua aqui sua concepção na transição dos modos de se governar no domínio das árvores até o domínio do solo, marcando outra fase política, a do renascimento, a do semeador, a da transformação e a do eixo do mundo, a da Cruz de Cristo.

A loucura também prossegue aqui sua jornada inicial com a crise gerada pela mudança de ambiente, das árvores até o solo, marcando a mentalidade e o comportamento com uma loucura marcada pelo comportamento motor e pelo novo, pelo semeador, pelo renascimento, pela transformação, pelo eixo do mundo, pela Cruz de Cristo que assim como a semente agregou as marcas da esperança em sua loucura como forma de luta contra sua produção, pois temos que esperar a semente brotar e a árvore crescer e florescer para dar frutos, como temos que esperar pelo resultado da crucificação de Cristo.

A Fazenda fazendo a Esperança dedica sua contribuição através da crise gerada pelo meio ambiente, pela transformação da vida nas árvores para a vida no solo determinando um novo tipo de comportamento para sua sobrevivência, como o de semear e coletar alimentos, de ter que esperar  que os alimentos brotem da terra e as árvores deem flores para darem frutos, marcando assim a loucura de nossa espécie e o comportamento de nossos antepassados que se guiaram pelo eixo do mundo e pela Cruz, onde crucificamos o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo de Nazaré.

Pt. 7

Mesmo assim, nessa fase — a fase dos macacos — ainda faltava muito para se atingir a confortável fartura da floresta do Paraíso. Esses primatas apenas se arriscavam a penetrar nos grandes espaços abertos quando o meio ambiente para lá os empurrava. Ao contrário dos primeiros mamíferos exploradores, os macacos tinham-se especializado em viver nas árvores. Tal aristocracia florestal aperfeiçoara-se no decurso de milhões de anos e se a abandonassem agora teriam de competir com aqueles que simultaneamente tinham-se desenvolvido como herbívoros e como assassinos terrestres. E assim se deixaram ficar, mascando calmamente os seus frutos, sem se preocuparem com o resto.

            A análise mitológica revela que nossos ancestrais viveram experiências que marcaram  suas espécies, dotando-os de curiosidade e de habilidades comportamentais para se arriscarem até certo ponto, sem se destruírem ou uns aos outros, tornaram-se exploradores e tiveram que conviver com assassinos terrestres. Notamos que ingressamos num estágio marcado pela exploração do novo meio ambiente cheio de adversidades, como assassinos terrestres ou a violência e a morte, o solo é marcado pela exploração e pela morte, pelo assassinato, pela violência, como vemos no mundo atual, e nos ritos e mitos dos nossos povos, como os ritos de iniciação e de passagem das tribos ou os ritos religiosos.

            A política torna-se agora sua necessidade de aprender e tornar-se um explorador no meio de um meio ambiente  cheio de adversidades, com assassinos terrestres, violência e morte, é a arte de bem governar quem o ajuda a se adaptar a esse novo meio ambiente. A política favorece a adaptação ao meio ambiente.

            A loucura o surpreende com o novo meio ambiente, cheio de adversidades, assassinos terrestres, violência e morte, devido a sua característica curiosidade e habilidades comportamentais que o colocavam em situações arriscadas, estes perigos ameaçavam sua segurança mental e comportamental, e até social, repercutindo em sofrimento bio-psico-social, que por sua vez era transferido para os ritos por causa da exploração e da morte, do sofrimento que gerava uma loucura. 

            A Fazenda fazendo a Esperança contribui com o conhecimento de que a nova jornada na terra diante de novas adversidades e novas ameaças, fez dos macacos hábeis exploradores da morte e do sofrimento, capazes de criar rituais para lidar com a morte e o sofrimento por ela gerados, indicando que rituais nos ajudam a lidar com a morte e o sofrimento, são uma grande habilidade para explorar a morte e o sofrimento e inclusive o comportamento assassino quando tinham que matar para viver ou sobreviver.

            Pt. 8

É preciso dizer que, por motivos desconhecidos, esse ramo de símios apenas se desenvolveu no Velho Mundo. Os macacos tinham-se desenvolvido separadamente como trepadores de árvores tanto no Velho como no Novo Mundo, mas o tronco americano dos primatas nunca atingiu a fase de símio. No Velho Mundo, pelo contrário, os símios primitivos continuaram a espalhar-se ao longo de uma vasta floresta que se estendia desde a África ocidental até o sudeste asiático. Existem ainda descendentes desse processo de desenvolvimento, que são os chimpanzés e gorilas africanos e os gibões e orangotangos asiá-ticos. Entre os dois extremos, o mundo de hoje já não tem mais símios peludos. Desapareceram as florestas luxuriantes.

Mitologicamente o desaparecimento de espécies pode significar ou indicar que fomos programados para desaparecer, seja através da evolução ou através da guerra, ou através das contingências do universo, com problemas com alienígenas, que buscamos repetidamente esse padrão de comportamento através dos traços dos nossos ancestrais que passaram por isso, uns morreram, outros viveram e contaram ou transmitiram a história toda para seus descendentes – só a educação, a saúde e a ciência serão ou são os meios para se reprogramar esse traço.

A política é marcada aqui pelo seu desaparecimento associado a algumas espécies que também desapareceram, porém  a evolução continuou e a política também, e só os mais adaptados ao seu meio ambiente viveram, eles transmitiram seus conhecimentos para seus descendentes, como a própria política para se bem governarem.

A loucura se destaca aqui pelo desaparecimento de algumas espécies e assim da própria loucura que se foi com elas, mas a evolução prosseguiu e a loucura e o conhecimento também, foi assim transmitindo loucura e conhecimento que nos governamos até hoje.

A Fazenda fazendo a Esperança explica que o desaparecimento de algumas espécies e de padrões de comportamentos, de sucesso e de fracasso, como a loucura e a guerra ou a morte, pode ser explicada pela seleção de nossa espécie, pela programação comportamental e ambiental através da evolução, não somente nós fomos programados mas o meio ambiente também, inclusive as demais espécies de seres vivos, animais e vegetais, e até extraterrestres, para desaparecerem ou para dominarem o mundo, para transmitirem seus conhecimentos e suas informações genéticas. Se queremos obter sucesso em nossas vidas devemos selecionar padrões de comportamentos que superem as adversidades filogenéticas, ontogenéticas, culturais, espirituais, da vida e do universo.

Pt. 9

 

Que aconteceu aos símios originais? Sabe-se que o clima começou a contrariá-los e que, há cerca de quinze milhões de anos, os seus redutos florestais foram enormemente reduzidos. Os símios primitivos foram obrigados a escolher entre dois caminhos: ou se mantiveram no que restou das florestas antigas, ou tiveram de se resignar, quase num sentido bíblico, a serem expulsos do Paraíso. Os antepassados dos chimpanzés, dos gorilas, dos gibões e dos orangotangos deixaram-se ficar, e desde então nunca mais cessaram de diminuir. Os antepassa-dos do outro símio que sobreviveu — o macaco pelado — atreveram-se a abandonar a floresta e lançaram-se na competição com os outros animais terrestres, já então eficientemente adaptados ao solo. Era uma empresa arriscada, mas que pagou juros, em termos de progresso evolutivo.

Mitologicamente, a competição com os outros animais terrestres, com o macaco pelado, o outro símio que sobreviveu, após abandonar as florestas e se arriscar em solo com os outros animais já adaptados ao solo, rendeu excelentes resultados para o macaco pelado. Notamos que novamente a exploração do novo território rendeu excelentes resultados para o macaco pelado, analiticamente podemos compreender que o homem só evolui quando explora seu ambiente, quando lança-se em  novos territórios, sobretudo o solo, pois foi o solo o maior determinante e desencadeante de mudanças e transformações morfológicas, anatômicas, fisiológicas, comportamentais e genéticas no macaco pelado. Mitologicamente o solo tem uma importância enorme para o ser humano, do qual tira o seu sustento, o seu trabalho, o seu alimento, a sua água, o seu combustível, a sua energia, a sua coragem, o seu exemplo, o seu estudo, a sua religião, a sua mitologia.

Politicamente o macaco pelado lançou-se aventurando-se pelo solo novo como governador bem intencionado nesta arte social adquirindo novos padrões de comportamento e de ritualização que se manifestaram em seus ritos e mitos políticos, como na arte de bem governar.

Podemos dizer que foi do solo que o macaco pelado também retirou sua loucura, na busca pela satisfação de suas necessidades fisiológicas, de garantia, de pertinência, de amor, de realização, foi o solo quem estendeu as mãos para o macaco pelado e lhe puxou pela contramão revelando-lhe a loucura e a insanidade ritualizada, codificada e decodificada em pinturas e cerimônias religiosas que se realizariam no decorrer da evolução dos macacos pelados.

A Fazenda fazendo a Esperança contribuirá para a civilização com a noção de que o macaco pelado tirou do solo o seu sustento, substituindo as florestas, tendo que se adaptar a vida terrestre e as suas adversidades que se transformaram em ritos e mitos, em política e em loucura, em modos de relação social dotados de intencionalidade que marcaram a vida de nossos ancestrais que reproduziram seus modos de lidar e trabalhar o solo e seu sustento, suas necessidades fisiológicas, de garantia, de segurança, de pertinência, de sobrevivência, de amor e de convivência em grupo e de desenvolvimento desse grupo para o desenvolvimento de uma cultura e sociedade orientada pela terra, pelo solo e pela sua riqueza e abundância de frutos e seres vivos, bem como de necessidades e adversidades.

Pt. 10

 É bem conhecida a história dos êxitos do macaco pelado a partir dessa altura, mas é necessário resumi-la, porque é vital não esquecer os acontecimentos que se seguiram, se pretendemos algum progresso objetivo no conhecimento do comportamento atual da nossa espécie.

Os nossos antepassados encontraram-se diante de um futuro bastante sombrio quando mudaram de ambiente. Ou se tornavam melhores assassinos que os carnívoros já experimentados, ou melhores pastadores que os herbívoros já existentes. Sabemos hoje que, de certo modo, eles foram bem sucedidos em ambos os setores; mas a agricultura tem apenas uns escassos milênios, e ainda temos de percorrer vários milhões de anos de história para lá chegar. Os nossos primeiros antepassados não tinham ainda capacidade para encarar a exploração especializada da vida vegetal em campo aberto e tinham que aguardar o desenvolvimento das técnicas avançadas dos tempos

modernos. Nem sequer possuíam um aparelho digestivo capaz de se lançar diretamente à conquista dos alimentos fornecidos pelas extensões de erva que se lhes deparavam. A alimentação de frutas e nozes que mantinham na floresta podia ser substituída pelas raízes e bulbos colhidos no solo, mas com rigorosas limitações. Em vez de colher preguiçosamente um saboroso fruto maduro no ramo de uma árvore, o macaco terrestre em busca de vegetais via-se obrigado a escarafunchar laboriosamente a terra dura para desenterrar a preciosa comida.

            Observamos que os nossos antepassados ou se tornavam melhores assassinos que os já existentes no meio ambiente ou se tornavam melhores pastadores que os herbívoros já existentes, de certo se tornou as duas coisas e as desenvolveu favorecendo o aparecimento de hábitos comportamentais e de um organismo cada vez mais especializado para as suas necessidades naquele determinado meio ambiente, isto se manifestou no nascimento das mitologias onde desencadeiam-se fenômenos de caça, morte e de alimentação de vegetais, fenômenos que se tornaram ritos religiosos e sagrados.

            Politicamente os nossos antepassados sofreram grandes transformações sociais devido as alterações em seus padrões alimentares, sendo selecionado o mais típico e adaptado para ser reproduzido e ensinado, administrado por macacos políticos que bem governavam a si mesmos com o intuito de sobreviverem as adversidades ambientais que eles enfrentavam. A política era um grande recurso comportamental, na medida que organizava suas comunidades para atividades em grupos.

            E a loucura veio com as mudanças e transformações nos padrões alimentares, com a desorganização, morte e violência que pode ter se instalado devido as necessidades, gerando comportamentos de roubo e de furto de uns contra os outros e entre outras comunidades e entre outras espécies de animais, a loucura vem e veio, justamente, de encontro a uma ou mais necessidades fundamentais não saciadas, sejam elas reais ou irreais, somos animais, nenhum animal discerne completamente a realidade, estamos sujeitos a loucura desde os nossos antepassados com seus problemas e em suas necessidades.

            A Fazenda fazendo a Esperança contribui com o saber de que os macacos tiverem que explorar as habilidades de assassinos e de pastadores por muito tempo, mas foi a atividade de coletar bulbos e raízes no solo que o aperfeiçoou, levando-o aos padrões de coletor de alimentos, de escarafunchador  do solo e da terra, a novos padrões alimentares, a novos problemas e a novas necessidades fisiológicas, comportamentais, sociais e morfológicas.

            Pt. 11

Contudo, a antiga alimentação da floresta não se limitava a frutos e nozes. As proteínas animais eram-lhe igualmente muito necessárias. No fim de contas, o macaco pelado descendia dos insetívoros primitivos e nunca tivera dificuldade em se abastecer de insetos enquanto vivera na floresta. Estava habituado a saborear ricos petiscos, como suculentos besouros, ovos, pequenos filhotes desprotegidos, rãzinhas e até alguns pequenos répteis, que nem sempre representavam problema para o seu aparelho digestivo, relativamente desenvolvido. No solo abundava igualmente esse gênero de comida, e nada o impedia de alargar mesmo a alimentação. A princípio, o macaco pelado não podia competir com os assassinos profissionais do mundo carnívoro. Até o minúsculo mangusto, para não falar num gato grande, era mais exímio em matar. Mas, ao mesmo tempo, era fácil apanhar animais jovens de todas as raças, desprotegidos ou doentes, e o primeiro passo para se tornar carnívoro não foi muito difícil. Contudo, as verdadeiras grandes presas tinham compridíssimas pernas e escapuliam a grande velocidade à primeira aproximação. Os ungulados, riquíssimos em proteínas, estavam completamente fora de alcance.

Observamos que o macaco pelado evoluiu e seu tipo de alimentação foi gradualmente sofrendo alterações, mas muito dificilmente, pois era difícil para o macaco pelado dominar o novo tipo de alimento que tinha pernas compridíssimas e escapuliam com muita velocidade à primeira aproximação, mitologicamente notamos que podemos estar falando dos processos que formaram os primeiros ritos de iniciação e de passagem do macaco pelado para que ele se tornasse um assassino, falamos do quanto é difícil a passagem do homem saudável para o homem assassino em nosso mundo contemporâneo.

Politicamente falamos dos primeiros passos que os nossos antepassados tomaram para que nós nos tornássemos assassinos, foi quando o macaco pelado se tornou um assassino e mudou seus hábitos alimentares, ainda matamos para comer, porém culturalmente muito mais desenvolvidos e evoluídos do que os nossos antepassados, vestimos máscaras para matar, uniformes de soldados para matar, assumimos padrões comportamentais estereotipados de assassinos para matar, graças a política que bem governou os povos e os seres humanos e lhe deu educação, trabalho e justiça.

Quanto a loucura vemos que o macaco pelado se tornou um assassino na medida em que teve que adquirir outros padrões alimentares, e que hoje os macaco espacial e o macaco telepático têm que assassinar suas presas para se alimentar, e que esse jogo de assassinos é muito complexo, envolve a economia, a globalização, a comunicação, a tecnologia, a indústria, o comércio, o transporte, a justiça, a saúde, o Estado e a política, a educação, a ciência, o trabalho, etc.. É um tipo de loucura que domina os dominantes com indiferença pelos assassinados que servem a mesa e os pratos da população que serve a riqueza, ao dinheiro, ao poder, a fama, ao sexo e a materialidade, fenômenos que alimentam ainda mais a loucura no mundo de hoje.

A Fazenda fazendo a Esperança acrescenta o conhecimento de que o macaco pelado sofreu para se transformar um assassino, isto é, foi difícil se adaptar as condições do meio ambiente, as presas eram mais ágeis e maiores do que ele e isso levou muito tempo, representando que assassinar presas é muito complexo para muitos de nós, envolve sofrimento e angústia, uma luta pela vida de igual para igual ou de menor para maior, tudo isto se acumulou ao longo da evolução e ajudou a formar a nossa economia, a globalização, a comunicação, a tecnologia, a indústria, o comércio, o transporte, a justiça, a saúde, o Estado e a política, a educação, a ciência, o trabalho, etc., o modo como lidamos com o alimento e a alimentação.

Pt. 12

Assim chegamos mais ou menos ao último milhão de anos na história do macaco pelado, entrando numa série de acontecimentos desalentadores e progressivamente dramáticos. É muito importante não esquecer que aconteceram várias coisas ao mesmo tempo. Quando se contam histórias, comete-se muitas vezes o abuso de separar as diferentes partes, como se cada progresso conduzisse a outro, mas essa atitude é completamente falsa e enganadora. Os primeiros macacos terrestres possuíam já grandes cérebros de alta qualidade. Tinham bons olhos e mãos capazes de agarrar eficientemente as presas. Pelo fato de serem primatas, tinham também, inevitavelmente, um certo grau de organização social. À medida que as circunstâncias os obrigavam a aperfeiçoar-se na matança das presas, começaram a

ocorrer modificações vitais: torna-iam-se mais eretos — correndo melhor e mais rapidamente; as mãos libertaram-se das atividades locomotoras — permitindo empunhar armas com mais força e eficácia; os cérebros tornaram-se mais complexos — tomando decisões mais rápidas e inteligentes. Tudo isso não se sucedeu segundo uma ordem bem estabelecida; os vários progressos foram-se acentuando ao mesmo tempo, com pequeninos melhoramentos de uma ou outra qualidade, cada um dos quais estimulava outros aperfeiçoamentos. A pouco e pouco ia-se formando um macaco caçador, um macaco assassino.

            Pouco a pouco ia se formando um macaco assassino, com um padrão de comportamentos que o permitissem caçar e matar para comer. Pouco a pouco o macaco pelado foi adquirindo cérebros maiores e mais complexos, olhos e mãos melhores, organização social, postura mais ereta, correndo mais e melhor, tudo para que o macaco pelado pudesse caçar  e se tornar um assassino. Essas mudanças causaram e causam, mitologicamente, padrões de comportamentos e de mentalidades que levam-nos, ainda, a esse padrão mitológico de assassinos, de caçadores, de exploradores, de dominadores, de escravizadores através de nossas habilidades como a educação e o trabalho ou a justiça e a cidadania que são como instrumentos para nos mantermos no topo da cadeia animal como os animais mais evoluídos. A mitologia é outro instrumento para a caça e a exploração do ser humano desde sua concepção ou princípios com o macaco pelado.

            Politicamente a exploração do meio ambiente e o enraizamento do macaco assassino com suas mudanças comportamentais e morfológicas tornaram-no caçador e dominador, dotado de uma organização social política voltada para a caça e a dominação, para a exploração do meio ambiente.

            Já a loucura veio em meio a exploração do meio ambiente, devido as mudanças comportamentais e morfológicas que lhe deram novos padrões de comportamento, levando-o a se tornar um assassino, caçador e dominador, a loucura estava no seu contato com o solo e a não satisfação de necessidades fundamentais.

            A Fazenda fazendo a Esperança explica que a adaptação ao solo o fez desenvolver o comportamento assassino com modificações comportamentais, morfológicas, sociais e fisiológicas que determinaram o surgimento do macaco assassino, isto é, aquele que mata para comer. Notamos que o ser humano procura e quando encontra alimento e consegue extraí-lo com seu comportamento ele aprende essa técnica e a reproduz e a transmite para seus sucessores ou descendentes, foi assim nas florestas e nas savanas com a coleta de raízes e bulbos e agora o é com o comportamento assassino, este pois, é evolutivamente importante para a nossa existência no que diz respeito a nossa alimentação e manutenção da alimentação, para a nossa sobrevivência, por isso matamos animais, aves e frutos do mar para comer ainda hoje.

            Pt. 13

Pode-se objetar que essa evolução poderia ter conduzido a um progresso menos drástico, originando um assassino mais parecido com o cão ou com o gato, uma espécie de macaco-gato ou de macaco-cão, através de um processo mais simples de desenvolvimento dos dentes e das unhas em forma de armas selvagens, como as fauces e as garras. Mas isso teria colocado o macaco terrestre primitivo em competição direta com os gatos e cães que já existiam, e que eram assassinos muito especializados. Corresponderia a uma competição baseada nas condições já existentes, e o resultado não poderia deixar de ser desastroso para os primatas em questão. (Ao que se sabe, essa hipótese pode mesmo ter-se dado com tão maus resultados que nem sequer teria deixado vestígio.) Em vez disso, fez-se uma tentativa completamente nova, em que se empregaram armas artificiais em lugar de armas naturais, o que dou resultado.

A evolução muniu o macaco pelado das mesmas armas que os cães e os gatos com o desenvolvimento dos dentes e das unhas, colocando-o a lutar contra ao cães e os gatos que já existiam, mas para vencer esta luta e continuar sua caminhada o macaco pelado empregou o uso de armas artificiais. Mitologicamente esse comportamento adquire importância na medida em que enleva o espírito do homem de simples ¨meio¨ para ¨gerador de meios¨, ou seja, instrumentalizador, trabalhador, criador de instrumentos, apropriador e reapropriador do mundo e do meio ambiente. O macaco humano começa sua jornada de trabalhador com instrumentos de trabalho e de intercessão.

Politicamente o mação pelado teve que se autogovernar e aos seus grupos, pois foram surgindo modificação morfológicas, fisiológicas e comportamentais que alteraram o modelo adaptativo desses macacos pelados, levando-os as desenvolverem dentes e unhas e padrões de comportamentos e portando, se gestão e de autogestão, que incluíam o uso de armas artificiais tornando-o um instrumentador cada vez mais habilidoso e que recorria a esses instrumentos para seu trabalho e intercessão.

Através da loucura o macaco pelado se viu sofrendo modificações morfológicas, fisiológicas e comportamentais que modificaram sua adaptação, evento que pode ter proporcionado sofrimento mental para seus indivíduos e até loucura, levando-os a morte e ao fracasso comportamental na tentativa de se adaptarem as novas adversidades ambientais com suas unhas e dentes.

Pela Fazenda fazendo a Esperança o macaco pelado se viu sofrendo mudanças morfológicas, fisiológicas e comportamentais com o aparecimento de unhas e dentes que modificaram seus padrões comportamentais, revelando que o ser humano dotado de unhas e dentes, de mãos, por exemplo, pode extrair da natureza e do reino animal seu próprio sustento com auxílio de instrumentos, de tecnologias, de equipamentos, de ferramentas de trabalho para a agricultura, para a caça e a pesca, para a exploração do meio ambiente em busca de recursos, e pode se fixar formando colônias, tribos, cidades com o fim de explorar, armazenar e distribuir esses recursos controlando o meio ambiente e a si mesmo para que não se destruam.

Pt. 14

Seguiu-se a passagem da fase de utilização de instrumentos à do respectivo fabrico, ao mesmo tempo que se aperfeiçoaram as técnicas de caça, em relação tanto às armas quanto à cooperação social. Os macacos caçadores dedicavam-se à caça coletiva e, à medida que aperfeiçoavam as respectivas técnicas, aperfeiçoavam igualmente os métodos de organização social. Quando os lobos caçam, dispersam-se depois do ataque, mas o macaco caçador já tinha um cérebro muito mais desenvolvido que o do lobo, pelo que podia utilizá-lo em pro-blemas complicados, como a comunicação de grupo e a cooperação. Podia assim atrever-se a manobras cada vez mais complexas. O cérebro continuava a crescer.

O macaco pelado passou da mera utilização de instrumentos para a fabricação de instrumentos, e assim surgiram respectivas técnicas de caça em relação às armas e as atitudes do grupo, todos dedicavam-se a caça coletiva e iam aperfeiçoando suas sociedades, bem como a sua comunicação e a cooperação, tudo continuava ficando cada vez mais complexo, inclusive seu cérebro. Mitologicamente percebemos que falamos do momento em que o macaco pelado deixou de apenas utilizar instrumentos para também fabricá-los e das mudanças nos padrões comportamentais e sociais dos grupos de macacos pelados, repercutindo nos ritos e na formação dos ritos, na sua história como determinantes, que hoje se deslumbram na abundante comunicação e na abundante cooperação entre os indivíduos, grupos, povos e nações do mundo inteiro, fenômenos que levam a uma hipercomplexificação social que é ritualizada e mitologizada desde seus princípios como forma de reiniciar o ciclo mitológico. O ciclo mitológico é justamente a concepção, o nascimento, a morte e a ressurreição do mito e do rito no iniciado ou no que vive seu caminho místico levando-o ao apogeu ou a fracasso, e assim depois de ter aperfeiçoado sua sociedade com seu rito ele trará uma mensagem de vitória ou de derrota, só vence aquele que aceita sua Cruz como forma de perdoar o mundo pelo seu caráter assassino, que vem do macaco pelado, aquele que não aceita sua Cruz toma um fardo que o arrastará até seu fim causando-lhe dor e sofrimento. A Cruz liberta!

A política mostra que o macaco pelado se encontrou enfrentando novas adversidades devido sua evolução morfológica, fisiológica e comportamental, que lhe confiou o uso de instrumentos e um cérebro mais potente que o dos outros  animais assegurando-lhe certo domínio do meio ambiente, contudo se tornou um assassino e obrigado a perdoar ao próximo e ao seu mundo para ter sua mensagem de vitória e de derrota, onde o vitorioso é aquele que toma e aceita sua Cruz como meio de perdoar o mundo e o próximo pelo seu caráter assassino, que vem do macaco pelado, aquele que não aceita sua Cruz se torna um fracassado, ela se torna um fardo gerando dor e sofrimento, ou seja, a Cruz liberta do caráter assassino.

A loucura é experimentada quando o macaco assassino se descobre obrigado a ter que perdoar ao próximo e ao seu mundo, com amor  e acolhimento, para adquirir sua mensagem de vitória e de derrota, onde a vitória é de Cristo e a derrota é do maldito, ou seja, a vitória é daquele que aceita sua Cruz como meio de perdoar o mundo e ao próximo pelo seu caráter assassino, que vem do macaco pelado, onde aquele que não aceita sua Cruz se transforma num fracassado, a Cruz se torna um fardo pesado para esse assassino que sucumbe se não se libertar através da Cruz.

E a Fazenda fazendo a Esperança revela que o macaco assassino se descobre obrigado a ter que perdoar ao próximo e ao seu mundo, com amor  e acolhimento, para adquirir sua mensagem de vitória e de derrota, onde a vitória é de Cristo e a derrota é do maldito, ou seja, a vitória é daquele que aceita sua Cruz como meio de perdoar o mundo e ao próximo pelo seu caráter assassino, que vem do macaco pelado, ele percebe que o perdão tem sua funcionalidade, sua função, que reata relações e assegura o convívio entre os diferentes indivíduos que possuem diferentes concepções de mundo, mas que no fundo são assassinos, buscam crucificar o próximo, onde aquele que não aceita sua Cruz se transforma num fracassado, a Cruz se torna um fardo pesado para esse assassino que sucumbe se não se libertar através da Cruz.

Pt.15

Essencialmente, havia um grupo de machos caçadores. As fêmeas estavam já muito ocupadas em criar os filhos para poderem participar ativamente na perseguição e na captura das presas. À medida que aumentava a complexidade da caça e as expedições se tornavam mais longas, o macaco caçador teve de abandonar os caminhos sinuosos e

nômades dos seus antepassados. Era necessário ter uma base fixa, um local para onde trouxesse os despojos, onde se mantivessem as fêmeas e as crias e onde pudessem partilhar a comida. Como veremos adiante, esse passo teve uma influência profunda em muitos aspectos do comportamento dos macacos pelados, mesmo dos mais requintados que hoje existem.

Na época dos macacos pelados caçadores as fêmeas tinham que cuidar e criar seus filhos, para isto tinham que ter onde partilhar comida, e para isto os caçadores saiam cada vez mais para expedições que eram cada vez mais duradouras. Mitologicamente vemos que nascem aqui os primórdios dos ritos das longas expedições para caça e de atividades domésticas, de cuidado das crianças e da alimentação.

Politicamente as normas sociais vão aparecendo, pois o macaco pelado se reorganiza tendo que viver sem mais sair em seus caminhos sinuosos e nômades, estabelecendo-se onde pudesse partilhar comida e cuidar de seus filhos, influenciando gerações e gerações até hoje, pois vivemos, muitos, a maioria de nós, assim partilhando comida e cuidando de nossos filhos sem ter que sair de casa, mas levando recursos para dentro de nossas casas.

A loucura representada aqui começa a surgir dentro de nossas casas, pois o macaco pelado ¨se tranca em sua casa¨  para partilhar comida e cuidar de seus filhos, fenômenos que produzem a canalização da hostilidade, da agressividade e do comportamento assassino instintivo e animal para dentro de suas ¨casas¨, onde se isolam do mundo hostil para se protegerem, mas nem de tudo, pois haviam outros perigos, a mente, o comportamento, o inconsciente e as relações sociais.

A Fazenda fazendo a Esperança revela que mesmo se isolando o macaco assassino desenvolve a esperança na medida em que ele se socializa e socializa seus filhos e relações, criando organizações e instituições que o ajudam através de ritos e mitos, de hábitos e tradições, a lidar com suas adversidades jamais imaginadas por serem indiscrimináveis sem uma linguagem e racionalidade para discriminarem outros perigos, a mente, o comportamento, o inconsciente e as relações sociais. Produtoras de adversidades encobertas, manifestas e sociais, que tornam a vida cada vez e passo a passo, mais complexa.

Pt. 16

Desse modo, o macaco caçador tornou- se um macaco territorial. Todas as suas normas sexuais, familiares e sociais começaram a mudar. A antiga forma de viver, vagabunda, de apanhar frutos aqui e acolá, foi desaparecendo pouco a pouco. O jardim do Paraíso tinha, de fato, ficado para trás. Daqui para o futuro, tratava-se de um macaco com responsabilidade. Começou a preocupar-se com os equivalentes pré-históricos das máquinas de lavar e dos frigoríficos. Começou a desenvolver o conforto caseiro — fogo, despensa, abrigos artificiais. Mas temos de ficar agora por aqui, senão afastamo- nos do domínio da biologia e embrenhamo-nos no da cultura. A base biológica de todo esse progresso reside no desenvolvimento de um cérebro suficientemente grande e complexo que permitiu que o macaco caçador evoluísse. Mas a forma exata assumida por esse progresso já não depende de uma orientação genética específica. O macaco da floresta, que se tornou macaco terrestre, que se tornou macaco caçador, que se tornou macaco territorial, acabou por se tornar macaco culto e devemos parar temporariamente aqui.

O macaco da floresta se tornou macaco terrestre, que se tornou macaco caçador, que se tornou macaco territorial, que se tornou macaco culto. O macaco culto nasce necessariamente a partir das mudanças ambientais e comportamentais sofridas em sua vida sexual, familiar, social e alimentar, onde ter que cuidar de seu grupo, de sua família torna-se o centro de tudo agora, fenômeno causado pela evolução do seu cérebro. Notamos que  as mitologias, os mitos e os ritos que abordam a família o fazem devido a complexidade cerebral, devido a evolução do cérebro.

A política revela que o macaco da floresta se tornou macaco terrestre, que se tornou macaco caçador e assassino, que se tornou macaco territorial, que se tornou macaco culto devido as mudanças ambientes e comportamentais sofridas em sua vida sexual, familiar, social e alimentar, onde a família tornara-se o centro de tudo, devido a evolução do cérebro, assim a política depende das relações familiares e da sua cultura, sobretudo da evolução do cérebro.

A loucura revela-se a partir do novo centro de organização social e individual do novo macaco, o macaco culto orientado pela família e pela cultura, onde a vida sexual, familiar, social e alimentar sofrem mudanças significativas alterando a dinâmica psicológica do macaco que aos poucos vai emergindo num mundo cultural que floresce em meio à loucura de sua história e processo evolutivo.

E a Fazenda fazendo a Esperança revela que agora o macaco se tornou um macaco culto oriundo de um processo evolutivo marcado pela evolução de seu cérebro que possibilitou mudanças comportamentais em sua vida sexual, familiar, social e alimentar, inclusive em sua dinâmica psicológica em meio a sua alienação e loucura, revelando que o ser humano deve muito do que possui ao seu cérebro e a sua evolução e as mudanças comportamentais em sua vida sexual, familiar, social e alimentar, não menos hoje, em sua vida política, religiosa, esportiva, de trânsito, científica, profissional, trabalhista, jurídica, legitimada, civil e penal, constitucional, escolar, educativa, cultural, artística, moral, psicológica, etc.. Mostrando que o ser humano deve valorizar sua evolução e nunca desprezá-la ou atacá-la tentando impedi-la e bloqueá-la como no caso dos macacos telepaths. O ser humano deve saber instrumentalizar os macacos telepaths no sentido de domesticá-los e a sua telepatia e não estuprá-los e violentá-los para desequilibrar a cadeia e o processo evolutivo dessa nova espécie.

Pt. 17

Vale a pena insistir mais uma vez em que não nos interessam neste livro as explosões culturais maciças que se seguiram, das quais o macaco pelado se sente hoje tão orgulhoso — a progressão dramática que o conduziu, apenas em meio milhão de anos, da fase em que começou a fazer fogo até a construção de um foguete espacial. É, sem dúvida, uma história emocionante, mas o macaco pelado pode deslumbrar-se a tal ponto, que se arrisca a esquecer que por baixo da sua brilhantíssima aparência continua a ser, em muitos aspectos, um primata. ("Um macaco é um macaco, um velhaco é um velhaco, quer se vistam de seda ou de trapo...") Até o próprio macaco espacial precisa urinar.

Mesmo mitologicamente o ser humano, Homo Sapiens, é um macaco, o macaco espacial, capaz de chegar até a lua e de construir uma estação espacial e de lá desenvolver atividades e pesquisas, que quer chegar até Marte em breve, e que já conhece a telepatia e os extraterrestres, continuamos um macaco, agora um macaco telepático, o Homo Sapiens Telepath.

A política revela que o macaco culto continua evoluindo até hoje e se transformou no macaco espacial e até no macaco telepático e que por ser um macaco vive seus dramas e adversidades biológicos como ter que urinar, defecar, ter sede, fome desejo sexual, ciclo menstrual, fertilidade, gestação, cuidados maternais e paternais e que estas adversidades acompanham estruturas psicológicas que se desenvolvem formando estruturas sociais e políticas de autogestão, de autogoverno que se tornam fortemente marcadas pela telepatia.

A loucura torna-se aqui com o macaco culto que se transforma no macaco espacial que se transforma no macaco telepático, um meio de viver seus dramas e problemas biológicos e psicológicos que se transformam em sociais na medida em que interage com o outro, dentro ou fora da realidade, compreendendo que a realidade é muito mais do que o pensamento mas sim, o contexto dominado pela apreensão, pela aquisição do conhecimento que se põe em meio ao jogo de ideias telepáticas, onde selecionamos as que desejamos e excluímos as que não fazem significado, sentido e nem conceito para os nossos comportamentos que podem se tornar transtornos mentais como o pânico, a esquizofrenia, a depressão, a mania, a impotência, a ansiedade, o estresse, a raiva, a obsessão, a compulsão, etc.. Com o que selecionamos dominamos o outro e a comunicação verbal e não verbal, inclusive a telepática.

A Fazenda fazendo a Esperança compreende que a transformação do macaco culto em macaco espacial e depois em macaco telepático suscita viver dramas e adversidades biológicas e psicológicas que se transformam em sociais no jogo telepático com o que selecionamos a fim de dominarmos o outro e a comunicação verbal e não verbal, inclusive a telepática. Deste modo aprendemos que a linguagem e a comunicação continuam em permanente evolução e em constante mudança, porém sempre com o fim de dominação através da informação sobre o outro e sobre si mesmo, usando a comunicação verbal e não verbal, inclusive a telepática.

Pt. 18

Só poderemos adquirir uma compreensão objetiva e equilibrada da nossa extraordinária existência se lançarmos um olhar duro sobre as nossas origens e estudarmos os aspectos biológicos do atual comportamento da nossa espécie.

Se aceitamos a história da nossa evolução tal como atrás foi resumida, há um fato que se impõe com clareza: desenvolvemo-nos essencialmente como primatas de rapina. Isso torna-nos únicos entre os macacos e símios existentes, mas conhecem-se transformações semelhantes em outros grupos zoológicos. A panda gigante, por exemplo, é um caso típico do processo inverso. Enquanto passamos de vegetarianos a carnívoros, a panda passou de carnívora a vegetariana e, em muitos aspectos, é uma criatura tão extraordinária e única como nós. Isso explica-se porque uma grande transformação desse gênero produz um animal com dupla personalidade. Uma vez dobrado o limiar, assume-se o novo papel com grande energia evolutiva — tão grande, que se conservam algumas das características anteriores. Ainda não houve tempo para se libertar de todos os velhos traços, mas apressa-se a adquirir novas características. Quando os peixes primitivos conquistaram a terra seca, desenvolveram novas qualidades terrestres, ao mesmo tempo que continuavam arrastando antigas quali-dades aquáticas. Leva milhões de anos o aperfeiçoamento de um espetacular novo modelo de animal, e as formas pioneiras constituem em regra misturas muito peculiares. O macaco pelado é uma dessas misturas. Todo o seu corpo e modo de vida foram desenvolvidos para viver entre as árvores e, subitamente (subitamente em termos de evolução...), foi projetado num mundo onde apenas poderia sobreviver se se comportasse como um lobo inteligente e colecionador de armas. Assim, temos de examinar exatamente como isso repercutiu, não só no corpo do macaco pelado, mas sobretudo no seu comportamento, e como é que a influência dessa herança se manifesta hoje sobre nós.

Mitologicamente as heranças conquistadas pelo macaco pelado através da evolução significam justamente a capacidade de ritualizar e mitologizar seus comportamentos e mentalidades, suas relações sociais, seu desenvolvimento e aprendizagem, num nível cíclico que se transforma em nascimento, vida, morte e ressurreição através da Cruz, símbolo do poder e do perdão que devolve a humanidade sua capacidade de continuar sua caminhada além das savanas, agora no Paraíso, no Purgatório ou no Inferno.

A política cresce devido às heranças conquistadas pelo macaco pelado que o levou a ritualizar seus comportamentos e mentalidades, suas relações sociais, desenvolvimento e aprendizagem, transformando-o de vegetariano em carnívoro, por exemplo, num macaco assassino que transforma nascimento, vida, morte e ressurreição através de um símbolo, a Cruz, símbolo de poder e de perdão que devolve a humanidade sua paz e salvação.

A loucura cresce na medida em que ritualiza seus padrões de comportamentos transformando-o de vegetariano em carnívoro, num macaco assassino, que transforma nascimento, vida, morte e ressurreição numa Cruz, símbolo de poder e de perdão para a loucura que se instaura com a morte  na Cruz do injustiçado, é a Cruz quem devolve a consciência a humanidade.

A Fazenda fazendo a Esperança entende que usamos símbolos para lidar com o nosso sofrimento materializando-o ou cristalizando-o, condensando-o, numa forma material com um símbolo a fim de significá-lo e podermos dar um sentido e conceito, um comportamento para ele, por exemplo, através da Cruz, que soma todos os maus juízos e pecados do mundo e condensa Nela simbolizando Pureza e Salvação, Milagre, de Milagre de Jesus Cristo por Amor de Deus a humanidade, pois nos tornamos assassinos para sobrevivermos no novo meio ambiente.

Pt. 19

Uma das maneiras de o fazer será comparar a estrutura e o modo de vida de um primata frugívoro "puro" com os de um carnívoro "puro". Só depois de termos idéias bem claras sobre as diferenças fundamentais dependentes dos dois tipos opostos de alimentação, poderemos reexaminar a situação do macaco pelado e perceber o resultado da mistura.

As grandes vedetes no grupo dos carnívoros são, por um lado, os cães selvagens e os lobos, e, por outro, os grandes gatos, como os leões, tigres e leopardos. Eles são providos de órgãos dos sentidos delicadamente aperfeiçoados. Têm um ouvido muito apurado e podem desviar as orelhas, pára captar melhor os mínimos sussurros e roncos. Embora os olhos sejam relativamente pobres em relação a pormenores estáticos e à cor, reagem de maneira incrível ao menor movimento. Têm um olfato tão aperfeiçoado, que nos é difícil compreendê-lo. Devem ser capazes de sentir uma autêntica paisagem de cheiros. Não só são capazes de identificar com infalível precisão um cheiro

individual, mas igualmente de destrinçar os vários componentes de um cheiro complexo. Algumas experiências feitas com cães, em 1953, indicaram que seu olfato é um bilhão de vezes mais apurado que o nosso. Tão surpreendentes resultados foram postos em dúvida, não tendo sido confirmados por vários estudos mais cuidadosos; até mesmo os cálculos mais prudentes consideram que o olfato dos cães é cerca de cem vezes superior ao nosso.

Além desse extraordinário equipamento sensorial, os cães bravios e os grandes gatos têm uma maravilhosa constituição atlética. Os gatos especializaram-se como rapidíssimos corredores velocistas e os cães como vigorosos corredores fundistas. Quando matam, podem servir-se de mandíbulas poderosas, de aguçados dentes selvagens e, no caso dos grandes gatos, de membros anteriores muito musculosos, armados de enormes garras como pontas de punhal.

Para esses animais, a ação de matar passou a ser um verdadeiro fim. É certo que raramente assassinam de maneira arbitrária ou esbanjadora, mas, quando estão em cativeiro e lhes fornecem alimentos já mortos, o instinto caçador desses carnívoros fica longe de ser satisfeito. Sempre que um cão doméstico é levado a passear pelo dono, ou é incitado a ir buscar e trazer um pedaço de pau, a sua necessidade básica de caçar está sendo satisfeita de uma forma melhor do que quando lhe fornecem os mais variados pitéus caninos enlatados. Mesmo os gatos domésticos mais empanturrados anseiam por uma escapada noturna, na esperança de saltar em cima de algum pássaro desprevenido.

O aparelho digestivo dos carnívoros está preparado para suportar períodos de jejum relativamente longos, seguidos de fartos festins. (Um lobo, por exemplo, pode comer um quinto do seu peso numa só refeição — o que equivaleria a um de nós comer de quinze a vinte quilos de carne de uma só vez.) A alimentação dos carnívoros é altamente nutritiva, deixando poucos desperdícios. Contudo, seus excrementos são porcos e malcheirosos e a defecação implica tipos de comportamento especial. Em alguns casos, as fezes chegam a ser enterradas em lugares que são em seguida cuidadosamente cobertos. Noutros casos, os carnívoros vão defecar a uma grande distância do refúgio habitual. Quando as pequenas crias sujam o abrigo, as fezes são comidas pela mãe, o que mantém a casa limpa.

Os carnívoros costumam armazenar comida. Podem enterrar carcaças ou outros despojos, tal como o fazem os cães e certos tipos de gatos, ou podem levá-los para um refúgio no cimo das árvores, como faz o leopardo. Os períodos de intensa atividade muscular durante as fases de caça e matança intercalam-se com os de grande preguiça e relaxamento. No decurso de encontros sociais, as armas selvagens, tão importantes para a caça, constituem uma ameaça potencial para a vida e são utilizadas para resolver as mais íntimas disputas e rivalidades. Quando dois lobos ou dois leões se zangam, ambos estão tão fortemente armados, que, em questão de segundos, a luta pode originar mutilação ou morte. Isso podia ameaçar de tal ma-neira a sobrevivência das espécies, que, durante a longa evolução em que foram aperfeiçoando suas mortíferas armas de caça, os carnívoros tiveram igualmente necessidade de criar poderosas inibições quanto ao uso das armas contra os outros indivíduos da própria espécie. Tais inibições parecem ter uma base genética específica: não precisam ser aprendidas. Criaram-se posturas submissivas especiais, as quais apaziguam automaticamente um animal dominador e inibem- no de atacar. Esses sinais particulares constituem uma parte vital do modo de vida dos carnívoros "puros".

Os métodos de caça propriamente ditos variam de espécie para espécie. Para o leopardo, trata-se de esperas e emboscadas solitárias que culminam com um salto. Para a chita, trata-se de uma ronda cuidadosa que termina com uma corrida a toda velocidade. Para o leão, trata-se geralmente de uma atividade de grupo, em que a presa é assustada por um dos leões e dirigida para os locais onde os outros se escondem. Para uma matilha de lobos, pode implicar manobras de cerco, seguidas de uma verdadeira chacina. Para uma matilha de cães caçadores africanos, trata-se de uma autêntica corrida implacável, em que os cães se sucedem uns aos outros no ataque à presa, até que esta fraqueja devido à perda de sangue.

Recentes estudos feitos na África revelaram que a hiena malhada é também um animal selvagem que caça em grupo, não se alimentando passivamente de despojos, como antes se pensava. A explicação do erro reside no fato de as hienas apenas se agruparem de noite e de sempre irem aproveitando alguns despojos durante o dia. Mal anoitece, as hienas tornam-se assassinos implacáveis, tão eficientes como os cães caçadores durante o dia. Às vezes, os grupos chegam a reunir trinta caçadores, correndo mais depressa que as zebras e antílopes que perseguem, os quais não conseguem atingir as velocidades com que andam de dia. As hienas começam a dilacerar as pernas das presas, até que uma delas acaba por não poder acompanhar a manada em fuga. Todas as hienas caem sobre essa vítima e lhe dilaceram o corpo até matá-la. As hienas refugiam-se em esconderijos comuns, em que se podem agrupar entre dez e cem animais. As fêmeas não se afastam da vizinhança do esconderijo, mas os machos deslocam-se mais e podem ir explorar outras regiões. Existe uma agressividade considerável entre os diferentes "clãs" ou grupos de hienas, sobretudo se um animal isolado é apanhado fora do seu pró-prio território, mas a agressividade é muito menor entre os membros do mesmo "clã".

Sabe-se que numerosas espécies costumam partilhar a comida. Evidentemente que não há grandes problemas quando a caçada foi grande e há carne bastante para todos, mas em alguns casos a partilha vai mais longe. Os cães caçadores africanos, por exemplo, regurgitam comida de uns para os outros, quando a caçada acabou. Essa prática atinge por vezes tais limites, que se chegou a dizer que esses animais têm um "estômago comum".

Os carnívoros preocupam-se bastante com a alimentação das crias. As leoas vão caçar e trazem carne para o abrigo, ou engolem mesmo grandes pedaços, que regurgitam para as crias. Parece que os leões, às vezes, ajudam nessa tarefa, mas isso não é regra. Os lobos machos, pelo contrário, chegam a deslocar-se mais de vinte quilômetros para arranjar comida para as fêmeas e crias. Podem transportar grandes ossos suculentos para os filhos roerem ou engolir pedaços de carne, que regurgitam à entrada do abrigo.

Vimos, assim, alguns dos principais aspectos dos carnívoros especializados relacionados com o respectivo modo de vida de caçadores. Comparemo-los com os dos macacos e símios tipicamente frugívoros.

Nos primatas superiores, o equipamento sensorial é muito mais dominado pelo sentido da visão do que pelo olfato. No mundo das árvores, é muito mais importante ver bem do que cheirar bem, e o focinho reduziu-se consideravelmente, para que os olhos possam ver melhor. A cor dos frutos é um indício importante quando se procura comida, e os primatas adquiriram uma boa visão das cores, ao contrário dos carnívoros. Também têm olhos mais preparados para captar os pormenores estáticos. Comem comida estática, pelo que é menos importante perceber movimentos ínfimos do que distinguir cer-tas pequeninas diferenças de forma e de consistência. O ouvido tem importância, mas não tanta como para os assassinos exploradores, e os primatas têm orelhas menores, que não se movem como as dos carnívoros. O sentido do gosto é mais refinado. A alimentação é mais variada e muito saborosa — há muito mais coisas para apreciar. Nota-se particularmente uma forte reação positiva aos objetos com sabor doce.

Mitologicamente percebemos que o primata possui olhos melhores do que os ouvidos, muito provavelmente por causa disto que hoje tenhamos problemas com a linguagem e as línguas estrangeiras, com a alfabetização e o que conhecemos como ¨pulsão auditiva (de Mattanó)¨, pois o alimento não se movia nas árvores e nem emita sons, mas tinhas matizes de cores e brilho que os caracterizavam, também temos um refinado paladar hoje, pois a alimentação era saborosa e variada dos macacos pelados, havendo uma tendência pela alimentação de sabor doce, notamos nos mitos da mãe-universal a maternidade e a amamentação, o leite materno é doce, e muitos de nós temos uma fixação muito grande por doces durante toda a vida.

A política revela-se munida de olhos melhores do que de ouvidos, talvez em função disto não discriminemos bem os estímulos auditivos, mas apenas os visuais em nossas relações de autogestão, julgando os outros mais pelo que se vê do que pelo que se escuta, compreende mais pelo que se vê do que pelo que se escuta, repercutindo na telepatia que torna-se mais aversiva, pois ela é ver e escutar sem ver e sem escutar.

A loucura acentua-se aqui com o desenvolvimento da percepção visual e a diminuição da audição em nossas relações, prejudicando a socialização e o convívio social, gerando problemas como a ¨pulsão auditiva de Mattanó de 1995¨ que é um agravamento da não discriminação da percepção da audição em prol de um desejo contingencial onde o organismo do indivíduo se confunde com o estímulo, com a resposta, com a consequência e com a análise funcional, com o comportamento, sendo ele, o indivíduo, o próprio contexto e o organismo e a loucura a crença na percepção auditiva e visual.

A Fazenda fazendo a Esperança acredita que o desenvolvimento da socialização se dá com o desenvolvimento da percepção que passa de contingencial para contextual e pessoal, feita por um organismo que a compreende como estímulo, resposta ou consequência, como meio para a análise funcional e para o comportamento que passam a não mais determinar o contexto e nem o organismo, mas a fazer parte deles, mostrando que a percepção pode dominar o padrão contextual do organismo, e assim levá-lo a produtividade e a felicidade, a saúde e ao bem-estar, a cura e a melhora clínica.

Pt. 20

O físico do primata é bom para trepar, mas não está preparado para corridas de velocidade no solo, nem para proezas de longo fôlego. Trata-se mais de um corpo ágil de acrobata do que da envergadura de um atleta poderoso. As mãos são boas para agarrar, mas não para dilacerar ou para ferir. As mandíbulas e os dentes são razoavelmente fortes, mas nada que se compare com o maciço e esmagador aparelho preênsil dos carnívoros. O assassínio ocasional de pequenas presas insignificantes não exige grandes esforços. Na verdade, matar não é um aspecto fundamental no modo de vida dos primatas.

A análise mitológica revela-nos que o primata é bom para trepar, para correr, para fazer acrobacias, para agarrar, para morder e triturar, e é ruim para atividades que envolvem fôlego, atletismo, dilacerar e ferir, esmagar, porém é um assassino ocasional, pois isto não é seu padrão ou modo de comportamento fundamental. Assim vemos que os ritos e mitos que abordam atividades físicas como as competições entre atletas de hoje tem um sentido fenomenológico como existencial e essência dos nossos ancestrais que viveram em suas jornadas essas trajetórias na luta pelas suas vidas e hoje ritualizamos essas batalhas, por exemplo, nos Jogos Olímpicos e na Copa do Mundo de Futebol.

A política revela que o primata é bom para trepar, correr, fazer acrobacias, agarrar, morder, triturar e é ruim em atividades que envolvem  fôlego, atletismo, dilacerar e ferir, esmagar e que é um assassino ocasional, vemos que o primata é bom para fazer proezas e que estas proezas influenciaram a vida política dos nossos ancestrais, revelando o porque nossos políticos se reúnem muitas vezes trepando e fazendo acrobacias, agarrando documentos e instrumentos de trabalho, canalizando raiva mordendo os lábios, triturando petiscos em locais onde se acomodam sem ter que exigir fôlego, atletismo, luta e ódio, as um debate construtivo para a elaboração e aprovação de projetos e de leis.

A loucura revela que o primata é bom para trepar, correr, fazer acrobacias, agarrar, morder, triturar e é ruim em atividades que envolvem  fôlego, atletismo, dilacerar e ferir, esmagar e que é um assassino ocasional, vemos que o primata é bom para fazer proezas e que estas proezas influenciaram a loucura dos primatas, o seu comportamento que geralmente em nossa realidade humana é acompanhada do comportamento de trepar em objetos, de correria, acrobacias, agarramento de coisas e objetos, mordedura e trituração de objetos, a loucura ficou assim associada por instinto, aprendizagem e modelagem.

A Fazenda fazendo a Esperança revela que o primata é bom para trepar, correr, fazer acrobacias, agarrar, morder, triturar e é ruim em atividades que envolvem  fôlego, atletismo, dilacerar e ferir, esmagar e que é um assassino ocasional, vemos que o primata é bom para fazer proezas e que estas proezas influenciaram a vida de cada primata que aprendeu por instinto, condicionamento clássico, operante, vicário e modelagem do comportamento por meio do reforço que as atividades motoras e psicomotoras servem para realizar proezas e que estas proezas dão frutos e bons resultados ou boas consequências como alimento, segurança, calor, abrigo, intimidade, conforto, estabilidade, privacidade, relacionamento sexual e familiar, água, higiene, defecação, mudança de ambiente, ritos, cerimônias, ideias, linguagem, comportamento, adaptação, função, desenvolvimento e crescimento.

Pt. 21

A alimentação vai-se fazendo ao longo de grande parte do dia. Em vez de grandes festins empanturrados seguidos de longos jejuns, os macacos e símios passam a vida a mastigar — uma vida de ininterrupto petiscar. Evidentemente que há período de repouso, tipicamente no meio do dia e durante a noite, mas o contraste é, no entanto, bem evidente. A comida estática está sempre à mão, esperando que a colham e ingiram. Os animais não têm mais que se deslocar de um local de alimentação para outro, segundo os caprichos do próprio gosto ou as variedades de frutos em cada estação. Não há a necessidade de armazenar comida, exceto em alguns macacos, que o fazem, de forma muito temporária, nas bochechas.

Percebemos mitologicamente que os macacos estão agora encontrando alimento mais facilmente e que em função disto passam a maior parte do tempo mastigando, pois ficam petiscando o tempo todo. Eles não têm mais que se deslocar de um local onde há alimento para outro onde há alimento, na maioria das vezes, não há mais a necessidade de armazenar comida. Percebemos que abordamos os mitos e ritos domésticos e os mitos e ritos alimentares do macaco espacial e do macaco telepático que em sua natureza reproduzem os mesmos dos seus ancestrais macacos.

      A política centra-se no meio ambiente onde o macaco não se desloca mais para encontrar alimento, pois encontra os petiscos facilmente, deixando de haver a necessidade de armazenar o alimento. Isto faz o macaco político reorganizar sua postura diante do alimento e da sua armazenagem, pois dispõe abundantemente dele agora.

      A loucura centra-se nesta altura na reorganização da postura do macaco com seu alimento, não havendo mais a necessidade de se deslocar para localizar e para armazenar o alimento encontrado, gerando problemas bio-psico-sociais de acúmulo e de distribuição de riquezas, de alimentos, gerando pobreza e exclusão, discriminação e miséria, fome e criminalidade, gerando loucura e morte.

      A Fazenda fazendo a Esperança entende que com o macaco encontrando o seu alimento abundantemente e podendo armazená-lo gerará problemas bio-psico-sociais de acúmulo e de distribuição de riquezas como a pobreza, a exclusão, a discriminação, a miséria, a fome, a criminalidade, a loucura e a morte. Que nasce aqui a Assistência Social como meio de prevenir e intervir nos problemas de origem bio-psico-sociais, destacando-se aqui o acúmulo e a distribuição de riquezas, a Economia.

Pt. 22

As fezes não são tão malcheirosas como as dos carnívoros e não exigem quaisquer cuidados especiais, visto que caem do cimo das árvores para bem longe dos animais. Como o grupo vive em constante movimento, não há grande perigo de que a região se torne exageradamente porca ou fedorenta. Mesmo os grandes símios que se deitam em abrigos especiais fazem a cada noite a cama em lugares diferentes, pelo que não há motivos para preocupações higiênicas. (Ao mesmo tempo, é bastante curioso verificar que 99% dos ninhos de gorila abandonados numa certa região africana continham fezes e que em 73% dos casos os animais se tinham mesmo deitado em cima. Isso pode representar riscos de doenças, por aumentar as probabilidades de reinfecção, e é bom exemplo do desinteresse básico dos primatas em relação às fezes.)

Mitologicamente notamos que o macaco desenvolveu uma aversão pelas fezes, pelo mau cheiro e pelo seu aspecto físico e visual, começando um cuidado contra os riscos de doenças, ritualmente começou isto, um padrão de comportamentos relativo a defecação e ao abandono das fezes e do local onde elas foram depositadas entre os macacos, já entre os macacos espaciais e o macaco telepático também há rituais para a defecação e abandono das fezes com auxílio de instrumentos que otimizam a defecação e o abandono das fezes, com o banheiro e a privada.

A política vive agora sua aversão pelas fezes, pelo seu cheiro e pelo seu aspecto visual e físico, como forma de iniciar um cuidado contra doenças, como as infecciosas, notamos que o macaco político vive agora sua adaptação contra doenças causadas pelas suas próprias fezes, regulando, assim, sua conduta e postura diante uns dos outros e do próprio objeto de aversão, as fezes.

A loucura é vivida aqui pela aversão pelas fezes, pelo seu cheiro, aspecto físico e visual, como forma de se proteger e se cuidar contra doenças que podem causar problemas de comportamento e de relacionamento, refletindo no psicológico, levando-os a loucura e ao desequilíbrio social, a violência em função das próprias fezes.

A Fazenda fazendo a Esperança vivencia aqui a aversão pelas fezes, pelo seu cheiro, aspecto físico e visual, dando forma a comportamentos de autocuidados e de proteção de uns para com os outros contra doenças causadas pelas próprias fezes, que podem gerar problemas comportamentais, de relacionamento social e psicológico, aumentando seu sofrimento com  a loucura e a violência, revelando para os seres humanos, que o cuidado com os excrementos como as fezes deve ser eficiente e planejado, instrumentalizado, com sistemas de água e esgoto, de saneamento e tratamento do esgoto, para que não se criem problemas semelhantes aos dos nossos ancestrais, mas agora em nossas cidades, evitando proliferação de doenças e de agentes infecciosos, de loucura e de violência, de miséria e de pobreza, de discriminação e de exclusão social.

Pt.23

Como os alimentos são estáticos e abundantes, os grupos de primatas não precisam se separar para procurar comida. Os animais movem-se, fogem, descansam e dormem juntos, formando uma comunidade bem unida, em que cada membro observa os movimentos e ações de todos os outros. Em qualquer momento, cada indivíduo do grupo tem uma idéia razoável acerca do que os outros fazem. Essa conduta é tipicamente não carnívora. Mesmo nas espécies de primatas que se separam de tempos em tempos, as unidades menores nunca são constituídas por um só indivíduo. Um macaco ou um símio solitário é uma criatura vulnerável. Faltam-lhe as armas poderosas dos carnívoros, os quais facilmente o atacariam se o apanhassem isolado.

Percebe-se que os macacos vivem bem unidos e cada um observa os movimentos dos outros sem se separarem, há alimento abundantemente, sua atitude é não carnívora, é de união, os macacos solitários são presas que são facilmente atacadas, notamos mitologicamente que abordamos os mitos e ritos de gregariedade, de união, de fraternidade, de atitude não carnívora, não violenta, não assassina, protetora e estável, pois perceberam que era reforçadora a vida em grupo quando ela era estável, e que isto protegia seus indivíduos, que quando se dispersavam eram atacados como presas de assassinos, notamos outro rito, os dos grupos que se fecham para se proteger e os dos indivíduos excluídos que vão enfrentar o perigo e a morte, senão se suicidar.

A política vive aqui sua união, sua gregariedade, sua fraternidade, pois uma atitude não assassina, não carnívora, não violenta, protetora e estável reforça a vida em grupo, protege os seus indivíduos que se fecham para se protegerem e excluem aqueles que vão enfrentar o perigo e a morte, senão se suicidar. A política se mostra aqui protetora e estável, motivo para a fraternidade e autogestora.

A loucura desenvolve-se aqui com a crise dos excluídos que tem que enfrentar o perigo e a morte, ou se suicidar, pois foram excluídos do grupo de macacos por um motivo justificável aos olhos de um observador semelhante ao do grupo de macacos que desenvolveram este comportamento, que pode ser interpretado como loucura.

A Fazenda fazendo a Esperança vive aqui a crise dos excluídos que tem que enfrentar o perigo e a morte, o suicídio, como modo de relação social mediada pela loucura desenvolvida por comportamentos evolutivos que se associam e se condensam formando na mente, no comportamento e nas relações sociais do macaco um comportamento de excluído, num modo de relação onde o suicídio é tendência, pois ele se vê abandonado e fracassado, perdedor de suas lutas e combates, um indigno e inferior, vive sua crise de excluído enfrentando o perigo e a morte, o suicídio até regressar do ventre do monstro com uma mensagem de liberdade para se viver e para se ensinar a viver, ele aprende a ser um herói.

 Pt. 24

Entre os primatas, não há muito espírito cooperativo, como sucede entre outros animais — os lobos, por exemplo — que caçam em grupo. Existe sobretudo competição e dominação. Claro que em ambos os grupos existe competição na hierarquia social, mas no caso dos macacos e símios não há atividades cooperativas que a atenuem. Também não há necessidade de manobras complicadas ou coordenadas: o conjunto dos atos alimentares não tem qualquer complexidade. O primata tira muito mais rendimento do tempo, visto que lhe basta mover as mãos e a boca.

Mitologicamente notamos que a ausência de espírito cooperativo entre os macacos deve-se a competição e a dominação, como nos dias de hoje com o macaco espacial e o macaco telepático.

A política presencia aqui a ausência de espírito cooperativo entre os macacos devido a competição e a dominação, revelando que o ser humano ou o macaco espacial e o macaco telepático (aquele que reza nas missas e em casa, ora, a oração é uma telepatia do fiel para com Deus ou para com o Santo), somos todos macacos telepáticos pois rezamos e conversamos com Deus, então, nos encontramos em competição e dominação, por isso sem um espírito cooperativo e isto cria uma competição na hierarquia social que muitas vezes desencadeia criminalidade e violência, afetando até mesmo aqueles que rezam telepaticamente em silêncio com Deus e os Santos, desestruturando o espírito cooperativo.

A loucura vivida aqui é a ausência de espírito cooperativo devido a competição e a dominação, onde o macaco espacial e o macaco telepático (aquele que reza e conversa com Deus) entram em competição e dominação numa perda do espírito cooperativo em função de uma competição na hierarquia social que acaba desencadeando violência e criminalidade. A loucura é a negação do outro.

A Fazenda fazendo a Esperança vive sua realidade lutando contra a ausência do espírito cooperativo que se instala junto com a competição e a dominação, onde o ser humano ou o macaco espacial e o macaco telepático perdem o espírito cooperativo por causa da hierarquia social, gerando violência e criminalidade, gerando loucura que é a própria negação do outro como vemos no caso do macaco telepático, onde um nega o outro habilmente.

Pt. 25

Como o primata se nutre daquilo que o rodeia, não precisa de grandes deslocações. Têm-se estudado cuidadosamente os movimentos de grupos de gorilas selvagens, os maiores primatas que existem, e sabe-se que eles viajam em média cerca de meio quilômetro por dia. Por vezes, contentam-se em percorrer umas dezenas de metros. Pelo contrário, os carnívoros têm freqüentemente de viajar muitos quilômetros numa única excursão de caça. Conhecem-se casos em que a expedição atingiu mais de setenta quilômetros, ocupando vários dias antes do regresso ao abrigo. Esse hábito de regressar a um abrigo fixo é característico dos carnívoros e muito menos comum entre macacos e símios. É certo que um grupo de primatas vive em regra numa região bem delimitada, mas passará provavelmente a noite no ponto em que calhou interromper as andanças diurnas. O primata acabará por conhecer a área em que vive, porque passa a vida a vaguear através dela, mas tende a percorrê-la muito mais ao acaso. Também se nota que a agressividade entre vários grupos, assim como a atitude defensiva, é muito menos marcada que entre os carnívoros. Por definição, um território é uma área proibida, motivo pelo qual os primatas não são verdadeiramente animais territoriais.

Mitologicamente vemos que os primatas não precisam de grandes deslocações, pois o seu alimento o rodeia. Contentam-se em percorrer pequenas áreas de caça e depois retornam para o seu abrigo. Contudo os primatas não são animais territoriais, vemos aqui o nascimento das influências que ditaram os ritos domésticos e de caça, bem como territoriais, entendendo o território como distância íntima, pessoal, social e pública. O macaco telepático possui também a distância telepática que se caracteriza pela infinita distância, inclusive pontual, a que a telepatia é capaz de efetuar seu objetivo, a comunicação e a contribuição para o animal, o macaco telepático, se adapte ao meio ambiente e supere as adversidades do meio ambiente, se reproduza e obtenha e satisfaça suas necessidades.

Com a santidade o antigo primata deixa sua ancestralidade para se tornar Santo e viver sua espiritualidade, que o define como não mais um animal, mas um ser espiritual e não como um macaco espiritual, Deus transforma a árvore em madeiro e o madeiro em Cruz Azul Sobrenatural, a própria evolução do mundo, do planeta Terra.

Se o Homo Sapiens ou o ser humano ou o homem fosse realmente criação dos tempos Bíblicos, desde o início dos tempos, existiriam fósseis e resíduos arqueológicos, sítios arqueológicos e civilizações desconhecidas deixadas como legado e como testemunhos de seus tempos, como sítios arqueológicos desde a formação do mundo, seriam muitas ou milhares, mas não, não existem, nossa história é recente, data de poucos mil anos, inclusive os nossos sítios arqueológicos mais antigos e os nossos fósseis mais primitivos também são recentes, a Bíblia conta uma Verdade, a Vontade de Deus para o seu povo! Essa Vontade é a Misericórdia e o Amor!  E a Bíblia não revela a Verdade dos dinossauros e a sua extinção e se haviam seres humanos nesse período da evolução da vida do nosso planeta!

A política vive aqui sua divisão entre o fantástico e o real, onde o fantástico é o modelo de Criação do nosso mundo quando tomado literalmente, por razões e por controle e não por contexto e entendimento de que o seu organismo jamais será o mundo lá de fora, ou seja, o estímulo, a resposta, a consequência, a análise funcional e o comportamento, jamais será o livro dos Gênesis literalmente, mas será o livro dos Gênesis contextualmente em seu organismo que é único como Criação, como modelo de Criação onde as peças são postas e são tiradas, sejam elas estímulos, respostas ou consequências, análises funcionais ou comportamentos, mas você continua o mesmo, a mesma Criação, onde os organismos, os seres vivos, as estrelas, os mundos, etc., são postos e são tirados, mas você continua o mesmo, a mesma Criação, o mesmo livro do Gênesis lido contextualmente. E o real é justamente o contexto e o organismo, ou seja, o livro do Gênesis lido contextualmente, a Criação onde as estruturas são postas e são tiradas.

A loucura é vivida com o fantástico e o real, onde a Criação passa a ser o modelo de organismo e de contexto para a loucura e para a saúde mental, pois seremos loucos se acreditarmos literalmente, por controle ou mediante razões que o organismo é o estímulo, a resposta, a consequência, a análise funcional ou o comportamento, por exemplo, diante da lavagem cerebral e da pulsão auditiva de Mattanó de 1995, e seremos sadios mentalmente se discriminarmos que não somos o estímulo, a resposta, a consequência, a análise funcional e nem o comportamento diante da lavagem cerebral e da pulsão auditiva de Mattanó de 1995.

A Fazenda fazendo a Esperança percebe o fantástico e o real como eventos onde a lavagem cerebral e a pulsão auditiva de Mattanó de 1995 marcam as contingências do organismo, levando-o a mediá-las, seja por meio de acedimento, aumentamento ou rastreamento, para formular regras que otimizem a percepção de que ele não é o estímulo, a resposta, a consequência, a análise funcional e nem o comportamento nestes casos, mas sim o organismo e o contexto, ou seja, a Criação onde os elementos são depositados e retirados, são transformados por meio do comportamento que passa a fazer parte do contexto.

Pt. 26

Um pequeno pormenor, mas bastante importante, é que os carnívoros têm pulgas e os primatas não. Os macacos e símios são empestados por piolhos e outros parasitas externos, mas, contrariamente à opinião popular, nunca têm pulgas, por uma razão

 

muito simples. Para compreendê-la, é preciso estudar o ciclo evolutivo das pulgas. Esses insetos põem ovos não no corpo dos hospedeiros, mas entre os detritos que se encontram no local onde a vítima dorme. Os ovos levam três dias para chocar dando lugar a umas pequeninas larvas rastejantes, que não se alimentam de sangue, mas de substâncias acumuladas no lixo do abrigo ou da toca. Passadas duas semanas, elas tecem um casulo e permanecem no estado de pupa durante aproximadamente outro tanto tempo. Então, surgem as formas adultas, prontas a saltar para o corpo de um hospedeiro conveniente. Assim, pelo menos durante um mês, as pulgas vivem fora do hospedeiro. Daqui resulta claramente que os mamíferos nômades, tal como os macacos e símios, não são incomodados pelas pulgas. Mesmo se algumas pulgas errantes caírem em cima de um deles e se reproduzirem, os ovos ficarão abandonados quando o grupo dos primatas se deslocar, e quando as pupas chocarem já não apanharão o hospedeiro para prosseguir o convívio. Portanto, as pulgas só parasitam os animais que têm uma habitação fixa, como os carnívoros típicos. Veremos adiante o significado desse fato.

Ao comparar os diferentes modos de vida dos carnívoros e dos primatas, concentrei-me naturalmente nos típicos caçadores de campo livre, por um lado, e nos típicos apanhadores de frutas das florestas, pelo outro. Em ambos os lados há ligeiras exceções a essas regras gerais, mas temos agora de nos concentrar numa das grandes exceções

 

— o macaco pelado. Até que ponto é ele capaz de se modificar, de combinar a sua herança frugívora com os hábitos carnívoros recentemente adquiridos? Qual foi exatamente o tipo de animal que resultou?

Para começar, ele tinha um equipamento sensorial impróprio para viver no chão. O nariz era muito frágil, os ouvidos não eram suficientemente apurados. O físico era desesperadoramente inadequado para as difíceis provas de fundo e para os arranques velozes. A personalidade era mais competitiva do que cooperativa e, sem dúvida nenhuma, pouco habituada à planificação e à concentração. Tinha, felizmente, um excelente cérebro, com uma inteligência geral já mais desenvolvida do que a dos carnívoros, seus rivais. Depois de ter adotado a posição vertical, de ter modificado as mãos num sentido e os pés noutro, de aperfeiçoar ainda mais o cérebro e de puxar por ele tanto quanto podia, o macaco pelado correu o risco.

Mattanó aponta que mitologicamente as mudanças ambientais provocariam mudanças comportamentais, morfológicas, fisiológicas e contextuais. As mudanças comportamentais surgiram com as mudanças no equipamento sensorial, na locomoção e na personalidade; as mudanças morfológicas surgiram com as mudanças sensoriais e na locomoção; as mudanças fisiológicas surgiram com as mudanças sensoriais e na personalidade; e as mudanças contextuais surgiram com as mudanças de contexto, das florestas passou a habitar as savanas e então o novo contexto introduziu novos padrões de comportamentos em seu repertório comportamental.

A política dota-se aqui de mudanças, mudanças ambientais que levaram a mudanças comportamentais, morfológicas, fisiológicas e contextuais, vemos aqui como a política flui em rota com os nossos ancestrais, sobretudo como aprendemos a lidar com as mudanças, com o que adquirimos e com o que deixamos de usar e perdemos.

A loucura orienta-se que através da mudança, é na mudança que a loucura furta-se ao desprazer gerado pelo macaco em rota de mudança. Mudanças contextuais que geraram mudanças fisiológicas, comportamentais e morfológicas e padrões de loucura e de sanidade psicológica e comportamental.

A Fazenda fazendo a Esperança encontra aqui o fundamento para alicerçar a mudança como fator comportamental gerador de criatividade e de produtividade, de alterações ambientais e comportamentais, sociais e psicológicas, no sentido de ampliar ou aumentar a capacidade cognitiva e comportamental de cada indivíduo e de cada grupo gerando receita, economia, mercadoria e mercado, produtos, bens e serviços, acompanhando o mundo que está sempre em constante mudança como nos primórdios com os macacos.

Pt. 27

Tudo isso é fácil de dizer, mas demorou muito tempo a realizar e trouxe todas as espécies de repercussões aos restantes aspectos da sua vida diária, como veremos nos capítulos seguintes. No momento, preocupemo-nos apenas em saber como isso se passou e em que medida influenciou o seu comportamento caçador e alimentar.

Como a batalha havia de ser ganha com a cabeça e não com os músculos, teve de tomar dramáticas medidas evolutivas para aumentar a potência do cérebro. Aconteceu uma coisa muito estranha: o macaco caçador tornou-se um macaco infantil. Aliás, esse toque evolutivo não é único; aconteceu num certo número de casos bem distintos. Posto em termos muito simples, trata-se de um processo (chamado neotenia) pelo qual certos caracteres juvenis ou infantis são mantidos e pro-longados na vida adulta. (Um exemplo célebre é o axolotle, um tipo de salamandra que se mantém toda a vida em estado larvar, podendo mesmo reproduzir-se nessa forma.)

Mattanó aponta que mitologicamente o macaco teve que

ultrapassar os limites dos músculos e alcançar os limites da cabeça, os da potência do seu cérebro para poder ser adaptar e poder viver, se alimentar, se proteger e de reproduzir. Assim ele se tornou um macaco infantil, pelo qual seus caracteres infantis ou juvenis foram prolongados na vida adulta como forma de se adaptar e de se reproduzir.

            A política ultrapassa os limites dos músculos e alcança os limites da cabeça, da potência do seu cérebro para que possa se adaptar e viver, se alimentar, se proteger e se reproduzir. Assim aconteceu a neotenia, processo pelo qual seus caracteres infantis ou juvenis foram prolongados para a vida adulta. Construindo uma educação e uma necessidade de educar os mais jovens para a vida adulta.

            A loucura vence os limites dos músculos e alcança os limites da cabeça, se adaptando para a potência do seu cérebro para que possa viver, se alimentar, se proteger e se reproduzir. Com a neotenia seus caracteres infantis e juvenis são prolongados para a vida adulta. Elabora-se e funda-se agora uma educação e uma necessidade de educar os mais jovens para a vida adulta.

            E a Fazenda fazendo a Esperança encontra na superação dos limites dos músculos e alcance dos limites da cabeça, da potência do seu cérebro para que possa viver, se alimentar, se proteger e se reproduzir. Com a neotenia as características infantis e juvenis são prolongadas para a vida adulta. Percebemos agora a elaboração e a fundação de uma educação e de uma necessidade de educar os mais jovens para a vida adulta, pois com o prolongamento da infância eles perceberam-se fragilizados e necessitados de uma cultura para se adaptarem as suas novas necessidades e ao novo contexto, ao meio ambiente, pois filhotes são potencialmente mais frágeis e menos preparados para a vida, para se alimentarem, para se protegerem e para se reproduzirem.

            Pt. 28

Compreende-se melhor como o processo de neotenia pode ajudar o cérebro dos primatas a crescer e a desenvolver-se se considerarmos o feto de um macaco típico. Antes do nascimento, o cérebro dos macacos aumenta rapidamente de tamanho e complexidade. Quando o animal nasce, o cérebro já atingiu 70% do tamanho do cérebro do adulto. Os restantes 30% crescem também rapidamente durante os primeiros seis meses de vida. Mesmo no chimpanzé, o crescimento do cérebro completa-se antes da idade de doze meses. Pelo contrário, na nossa própria espécie, o cérebro tem à nascença apenas 23% do tamanho do cérebro do adulto. O crescimento rápido prolonga-se durante os seis anos que se seguem ao nascimento e o crescimento total não se completa antes dos vinte e três anos de idade.

Assim, em cada um de nós, o cérebro continua a crescer durante cerca de dez anos depois de termos atingido a maturidade sexual, enquanto nos chimpanzés o crescimento se completa seis ou sete anos antes de o animal se tornar reprodutoramente ativo. Isso explica muito claramente o que significa dizer-se que nos tornamos macacos infantis, mas é indispensável esclarecer a afirmação. Nós (ou melhor, os macacos caçadores, nossos antepassados) tornamo-nos infantis em certos aspectos, mas não em outros. Houve uma defasagem do ritmo de desenvolvimento das nossas diferentes aptidões. Enquanto o sistema reprodutor se acelerou, o crescimento do cérebro perdeu velocidade. O mesmo não aconteceu com vários outros elementos do organismo, alguns dos quais se tornaram muito lentos, outros menos lentos, enquanto outros não se modificaram. Em outras palavras, deu-se um processo de infantilismo diferencial. Uma vez desencadeado o processo, a seleção natural foi favorecer o retardamento da formação de todas as partes da estrutura animal que contribuíam para a respec-tiva sobrevivência no novo ambiente, hostil e difícil. O cérebro não foi a única parte afetada: a postura do corpo foi influenciada no mesmo sentido. Um feto de mamífero tem o eixo da cabeça em posição perpendicular ao eixo do tronco. Se nascesse assim, a cabeça ficaria voltada para o chão quando o mamífero se deslocasse a quatro patas; mas, antes do nascimento, a cabeça roda para trás, de forma que o seu eixo prolongue o eixo do tronco. Assim, quando o animal nasce e começa a andar, a cabeça inclina-se para a frente, da maneira conhecida. Se esse animal começasse a andar sobre as patas traseiras e em postura vertical, a cabeça apontaria para cima, olhando para o céu. Para um animal vertical, como o macaco caçador, era pois importante conservar o ângulo fetal da cabeça mantido perpendicularmente ao do corpo, de modo que a cabeça tendesse para a frente, na nova postura locomotora. Claro que assim aconteceu, constituindo mais um exemplo de neotenia, visto que o estado pré-natal se manteve na fase pós-natal e na idade adulta.

Mitologicamente o macaco caçador, nosso ancestral, sofreu os efeitos da seleção natural e a formação de todas as partes do animal sofreram retardamento marcando a evolução do sistema reprodutivo da mulher, onde ocorreu a neotenia e assim o estado pré-natal se manteve na fase pós-natal e na idade adulta. Esta fase marca o início dos ritos e objetos utilizados nos ritos, totens,  com característica pré-natal, pós-natal e de idade adulta, totens, imagens e símbolos.

A política desencadeia-se aqui como metáfora, quando os macacos sofrem ação da neotenia e o estado pré-natal se manteve na fase pós-natal e na idade adulta fornecendo características comportamentais para o macaco que desencadearam padrões comportamentais típicos de bípedes, e de um novo sistema reprodutivo marcando a idade adulta com ritos, mitos, totens, imagens e símbolos. A política se embaraça em meio a ritos e mitos, totens, imagens e símbolos neotênicos que marcarão a vida adulta.

A loucura vive aqui a fase da neotenia, onde os ritos, mitos, totens, imagens e símbolos constroem padrões comportamentais e sociais para a vida adulta que quando são frustrados geram sofrimento e dor, afastamento e isolamento, perda de contato com seu grupo e até morte, descrevendo a loucura de seu tempo.

E a Fazenda fazendo a Esperança encontra aqui na neotenia as descobertas que a ajudarão a compreender que as características pré-natais que se mantêm na fase pós-natal e na idade adulta são mantidas através da seleção natural e da evolução das espécies, e que portanto o andar bípede, o novo sistema reprodutivo, os ritos, mitos, totens, imagens e símbolos são mantidos pelas consequências, pelo reforço, pela seleção natural, pela reprodução dos mais fortes e mais aptos, dos mais capazes, por isso caminhar e se reproduzir na idade certa, ter ritos, mitos, totens, imagens e símbolos favorece nossa espécie e a nossa sobrevivência, ou seja, a nossa evolução, favorece o surgimento de novas e melhores características comportamentais e neotênicas.

Pt. 29

Muitas das outras características físicas do macaco caçador foram adquiridas dessa forma: o pescoço longo e esguio, a face achatada, os dentes pequenos e tardios, a ausência de arcadas supraciliares espessas e a não rotação do dedo grande dos pés.

O fato de tantas características embrionárias diferentes re-presentarem uma valiosa potencialidade para as novas funções do macaco caçador forneceu-lhe a saída de que ele precisava. Com um golpe neotênico adquiriu o cérebro de que necessitava e o corpo condizente. Podia, assim, correr em posição vertical, manter as mãos livres para empunhar armas e, ao mesmo tempo, foi desenvolvendo um cérebro capaz de criar armas. Além disso, não só se tornou mais desembaraçado no manejo de objetos, mas também passou a ter uma infância mais longa, durante a qual podia aprender com os adultos. Os macacos e os chimpanzés muito novos são brincalhões, curiosos e inventivos, mas essa fase passa depressa. Nesse particular, a infância dos macacos pelados foi prolongada mesmo através de uma fase já sexualmente adulta. Havia muito tempo para imitar e aprender as técnicas especiais introduzidas pelas gerações anteriores. Os seus pontos fracos como caçadores, tanto físicos como instintivos, eram amplamente compensados pela inteligência e capacidade de imitação.

Podia ser ensinado pelos adultos de uma forma que nenhum outro animal o fora anteriormente.

Mitológicamente o macaco caçador foi adquirindo através dos seus ritos e mitos: o pescoço longo e esguio, a face achatada, os dentes pequenos e tardios, a ausência de arcadas supraciliares espessas e a não rotação do dedo grande dos pés. Com um golpe neotênico adquiriu o cérebro de que necessitava e o corpo condizente. Podia, assim, correr em posição vertical, manter as mãos livres para empunhar armas e, ao mesmo tempo, foi desenvolvendo um cérebro capaz de criar armas. Além disso, não só se tornou mais desembaraçado no manejo de objetos, mas também passou a ter uma infância mais longa, durante a qual podia aprender com os adultos. Os macacos e os chimpanzés muito novos são brincalhões, curiosos e inventivos, mas essa fase passa depressa. Nesse particular, a infância dos macacos pelados foi prolongada mesmo através de uma fase já sexualmente adulta. Havia muito tempo para imitar e aprender as técnicas especiais introduzidas pelas gerações anteriores.

A política cria e gera padrões de relações sociais entre seus indivíduos onde as normas suscitam imitar e aprender as técnicas das gerações anteriores para se adaptarem e superarem as adversidades do meio ambiente e continuarem evoluindo.

A loucura é combatida onde se criam e se geram padrões de comportamentos entre seus indivíduos que lhes assegurem certa ordem e segurança, saúde e bem-estar, socialização e convivência, os comportamentos que desviassem dos padrões poderiam estar normatizando e reproduzindo, transmitindo a loucura entre eles.

E a Fazenda fazendo a Esperança estabelece que através de seus ritos e mitos o macaco pelado conseguiu em seu processo evolutivo adquirir características neotênicas que o muniram de comportamentos e de repertórios comportamentais adquiridos por meio de aprendizagem transmitida através dos macacos pelados adultos para seus filhotes que adquiriam cada vez mais inteligência por meio de um cérebro cada vez mais evoluído, capacitando-os para a imitação, manuseio de instrumentos e criação de armas.

Pt. 30

Mas o ensino, só por si, não era suficiente, sem ajuda genética. O processo tinha de acompanhar-se de alterações biológicas essenciais na natureza do macaco caçador. Se simplesmente se tomasse um primata típico, daqueles acima descritos, que se alimentavam dos frutos colhidos nas árvores onde viviam, e se lhe desse um grande cérebro e um corpo adaptado a caçar, ser-lhe-ia difícil desembaraçar-se como macaco caçador sem outras modificações. Teria um tipo de comportamento básico defeituoso. O primata poderia ser capaz de pensar coisas e de as planejar com muita esperteza, mas as suas necessidades animais fundamentais seriam erradas. O ensino atuaria contra as suas tendências naturais, não só quanto ao comportamento alimentar, mas também quanto ao comportamento geral, social, agressivo e sexual e quanto a todos os outros aspectos básicos do comportamento relacionados com sua anterior existência de primata. Se não ocorressem igualmente alterações geneticamente reguladas, a nova educação do macaco caçador jovem seria uma tarefa impossível. O treino cultural pode conseguir muita coisa, mas, por muito brilhante que seja o funcionamento dos centros superiores do cérebro, estes necessitam de um apoio considerável das outras regiões do organismo.

Mitológicamente o macaco caçador tem de evoluir e adquirir novos caracteres físicos e cerebrais, tem de se hipercomplexificar cerebralmente progressivamente, para que possa adquirir novos padrões de comportamento, como o ensino de geração para geração, isto agora por meio de rituais mais desenvolvidos ou discriminados, percebidos, compreendidos pelos macacos.

A política mostra que o macaco caçador tem de evoluir para transmitir seu conhecimento e continuar existindo no meio ambiente hostil e perigoso, ele tem que hipercomplexificar seu cérebro progressivamente, aumentar seu cérebro, sua massa cerebral e seu crânio, para que possa agir politicamente e aprender a bem governar suas comunidades transmitindo seus conhecimentos de forma mais evoluída, através do ensino.

A loucura revela que o macaco caçador tem de evoluir para existir e para transmitir seu conhecimento para as gerações futuras, pois o meio ambiente é hostil, desagradável e perigoso, quem não se adaptar enfrentará dificuldades e problemas comportamentais que podem ser os primórdios da loucura que por sua vez será transmitida de geração para geração por meio do ensino e da aprendizagem e da genética.

E a Fazenda fazendo a Esperança explica que o macaco caçador por si só não teria evoluído tanto se não tivessem tido outros comportamentos de natureza alimentar, social, agressiva e sexual que provocaram alterações genéticas que asseguraram a nova educação do macaco caçador. Seu cérebro e outras regiões do seu organismo sofreram alterações que asseguraram os novos padrões de comportamento do macaco caçador. Mitologicamente os rituais sofrerem algumas alterações de natureza educacional, para transmissão de conhecimentos de natureza alimentar, social, agressiva e sexual. A Fazenda fazendo a Esperança ensina que o ensino é a solução como pode ter sido para esses macacos caçadores, que a evolução e a hipercomplexificação cerebral tem vantagens e desvantagens; vantagens quando seleciona repertórios comportamentais que mantenham o grupo e o indivíduo vivo e com saúde, com bem-estar bio-psico-social e desvantagens quando seleciona repertórios comportamentais que mantenham o grupo e o indivíduo em guerra, doente ou com mal-estar incurável  bio-psico-social, contudo a evolução através da entropia e da neguentropia tende a resolver estas questões através da organização e da reorganização de suas características. Um animal mais evoluído pode sofrer entropia e neguentropia diversas vezes em sua vida, seja psíquica, comportamental, social, bio-psico-social, filosófica, espiritual, cósmica, física, química, extraterrestre, cognitiva, afetiva.

Pt. 31

Se revirmos agora as diferenças entre os carnívoros tipicamente "puros" e os primatas tipicamente "puros", poderemos compreender como as coisas se devem ter passado. O carnívoro desenvolvido separa a ação de procurar comida (caçar e matar) da ação de comer. Ambos correspondem a dois diferentes sistemas de motivações, apenas parcialmente interdependentes. Isso aconteceu porque a respectiva seqüência é longa e árdua. O ato de comer é tão retardado que a ação de matar tem de constituir uma recompensa por si mesma. Estudos feitos em gatos mostraram que o processo é ainda mais dividido. Agarrar a presa, matá-la, prepará-la (dilacerando -a) e comê-la são atos sucessivos, cada um com seus sistemas de motivação parcialmente independentes. Se um desses tipos de comportamento é satisfeito, os restantes não são automaticamente saciados.

Com o primata frugívoro a situação é inteiramente diferente. Cada seqüência alimentar, incluindo a simples busca da comida e a sua ingestão imediata, é comparativamente tão curta, que não necessita de sistemas de motivação separados. Esse é um dos aspectos que teve de ser mudado, de forma radical, no caso do macaco caçador. A caça tinha de oferecer a sua própria recompensa, pois não bastaria tratar-se

de um aperitivo que precedesse a refeição. Talvez, como nos gatos, os atos de caçar, de matar e de preparar a comida tenham criado, qualquer deles, os seus objetivos, os quais teriam passado a constituir fins de certo modo independentes. Cada um teria então encontrado a sua expressão, não indo a satisfação de um ato interferir nos outros. Se examinarmos — como faremos em capítulo ulterior — o comporta-mento alimentar dos macacos pelados atuais, veremos que há numerosas provas de que se passa qualquer coisa desse gênero.

Mattanó explica que mitologicamente o comportamento alimentar do macaco frugívoro é diferente dos gatos. Os atos são diferentes, os gatos, caçam, matam e preparam a comida; o macaco frugívoro inclui uma busca simples e uma ingestão imediata do alimento, não necessita de sistemas de motivação. E os macacos caçadores adquiriram o comportamento de caçar, matar e preparar a comida. Os macacos pelados, o macaco espacial e o macaco telepático também compartilham deste comportamento de caçar, matar e preparar a comida, mas têm também o comportamento de ingerir rápida e imediatamente o alimento, como o macaco frugívoro, falamos do macaco industrial que industrializa seu próprio alimento.

A política prepara ou macaco frugívoro como um ingestor imediato de alimento como forma de se auto-governar; o macaco caçador como um que se comporta caçando, matando e preparando a comida como forma de se auto-governar; o macaco pelado, o macaco espacial e o macaco telepático como aquele que prepara sua própria comida e também ingere seu alimento de forma rápida e imediata, indistrualizada como forma de se auto-governar.

A loucura diz respeito ao sofrimento mental gerado na luta e na busca pelo alimento, na forma de preparo e de ingestão, que levou cada macaco a um padrão diferente de comportamento, como características definidas e próprias que produzem loucura e sofrimento se são desrespeitas em seus rituais  ou despersonalizadas.

E a Fazenda fazendo a Esperança leva-nos a compreender que cada tipo de macaco tem suas próprias regras e características que o identificam e o selecionam como único e diferente um do outro na forma de se alimentar, de caçar, de preparar seu alimento e de ingerir seu alimento, em seus ritos e mitos que servem para mostrar a que cada povo, cada indivíduo Homo Sapiens pode aprender a se comportar como um macaco frugívoro, como um macaco caçador, como um macaco pelado, como um macaco espacial e como um macaco telepático em seu padrão alimentar, de forma a amplificar e potencializar sua rede de seleção alimentar, e não diminuindo suas habilidades se especializado num padrão alimentar comportamental, seja filogeneticamente, ontogeneticamente, culturalmente, espiritualmente, pela vida e/ou pelo universo.

Pt. 32

 Além disso, o macaco caçador, quando se tornou um assassino biológico (biológico, por oposição a cultural), teve igualmente de modificar o horário do seu comportamento alimentar. Tinha-se acabado o petiscar a toda hora, instituindo-se refeições intervaladas. Iniciou-se o armazenamento de comida. O sistema de comportamento também teve de aceitar a tendência para manter habitação fixa. Foi preciso aperfeiçoar o sentido de orientação e os cuidados domésticos. A defecação teve de tornar-se um tipo de comportamento organizado no espaço, uma atividade privada (como nos carnívoros), em vez de uma atividade comum (como nos primatas).

Mattanó explica que mitologicamente o macaco caçador teve que mudar seu horário de se alimentar, antes petiscava à todo momento, agora introduziu o armazenamento do alimento e o sistema  de habitação fixa, levando a um sentido de orientação e de cuidados domésticos, inclusive suas necessidades fisiológicas tornaram-se organizadas, a defecação tornou-se organizada para o sucesso da sua comunidade. Os ritos sofreram uma mudança, adquiriram uma habitação fixa e uma comunidade, cuidados domésticos (ou seja, ritos), defecação organizada (ritualmente organizada) e sentido de orientação como consequência ou resposta aos novos ritos adquiridos pela sua nova forma de organização social.

A política derivou-se de seus novos padrões comportamentais, das mudanças de horário de se alimentar e da reorganização de alguns comportamentos que tornaram seus hábitos mais elaborados como ter que armazenar alimento que criou a necessidade de refeições intervaladas e ter uma habitação fixa, e ter controle sobre suas necessidades fisiológicas que gerou a necessidade de se ter cuidados privados, cuidados domésticos e uma nova forma de organização social que foi criando uma forma de se cuidar bem de todos.

A loucura foi se tornando função dos novos padrões comportamentais, das mudanças de horário de se alimentar e da reorganização de alguns de seus comportamentos que deixaram seus hábitos mais elaborados como ter que armazenar alimento que geraram necessidades de intervalar as refeições e ter uma habitação fixa, e ter controle sobre suas necessidades fisiológicas que começaram a criar necessidades privadas, cuidados domésticos e uma nova forma de organização social que foi criando uma forma de se cuidar bem de todos.

A Fazenda fazendo a Esperança foi se elaborando na medida em que novos padrões comportamentais trouxeram novos ritos e novas características para a comunidade, através das mudanças de horário de se alimentar e da reorganização de alguns de seus comportamentos que deixaram seus hábitos mais elaborados como ter que armazenar alimento e fazer refeições intervaladas e ter uma habitação fixa, e ter controle sobre suas necessidades fisiológicas e ter que ter cuidados privados, cuidados domésticos e uma nova forma de organização social que foi criando uma forma de se cuidar bem de todos.

Pt. 33

Mencionei atrás que uma das conseqüências de se manter habitação fixa é a possibilidade de se apanhar pulgas. Disse também que os carnívoros têm pulgas e os primatas não. Desde que o macaco caçador passou a ser o único primata com casa fixa, não podemos esperar outra coisa senão a quebra da regra enunciada. Sabemos que a nossa espécie é atualmente parasitada por pulgas, e até temos o nosso tipo especial de pulgas — pertencente a uma espécie diferente das restantes e que evoluiu conosco. Se a pulga teve tempo suficiente para formar uma nova espécie, quer dizer que nos acompanha há muito tempo, a ponto de a podermos considerar uma companhia indesejável que se arrasta desde os nossos primeiros tempos de macacos caçadores.

Mattanó adiciona que mitologicamente o macaco caçador passou a adquirir pulgas e que elas evoluiriam com o macaco até hoje, nos acompanhando desde aqueles tempos em função do macaco caçador se manter em habitação fixa. Mitologicamente a habitação fixa proporcionou novos hábitos e padrões de comportamentos e de vida bio-psico-social para o macaco caçador, gerando padrões comportamentais ritualísticos de limpeza e de controle de pulgas que se reproduziram de geração em geração até os dias de hoje.

A política adicionou ao repertório do macaco caçador que foi convivendo com suas pulgas que evoluíram com ele, até hoje,  e manteram a habitação fixa, isto gerou padrões de comportamento de limpeza e de controle de pulgas e até de outras infestações, assim a política adquiriu o comportamento de cuidar da limpeza e da higiene, da saúde de suas famílias e comunidades.

A loucura adicionou ao repertório do macaco caçador, juntamente com suas pulgas até hoje, que evoluíram com ele e geraram e manteram a habitação fixa para o controle da limpeza e das pulgas e infestações da saúde, em função disto a insanidade gera descontrole da limpeza e das infestações e da saúde, da higiene.

E a Fazendo a Esperança adicionou ao repertório do macaco caçador que foi evoluindo com suas pulgas até hoje, a habitação fixa que por sua vez manteve e elaborou o comportamento de limpeza e de controle de infestações, de higiene e de saúde, revelando que a desesperança tem relações de vizinhança com a loucura que gera infestações, sujeira e descontrole da saúde e da higiene pessoal e familiar, inclusive comunitária e social.

Pt. 34

Sob o aspecto social, o macaco caçador aumentou a sua ne-cessidade de comunicar e cooperar com os companheiros. Impôs-se tornar mais complicadas as expressões faciais e vocais. Desde que começou a manejar novas armas, viu-se coagido a criar sinais eficientes que inibissem os ataques no seio do grupo social. Por outro lado, tendo uma habitação fixa a defender, teve de acentuar certas respostas agressivas em relação aos grupos rivais.

Mattanó mostra que mitologicamente o macaco caçador aumentou sua necessidade de se comunicar e de cooperar para transmitir seus conhecimentos, para isto começou a usar expressões faciais e vocais e criou sinais que inibissem o ataque no seio do grupo social, como também teve que aumentar as estratégias agressivas em relação aos outros grupos rivais. Mitologicamente vemos nascer a comunicação e os ritos de proteção e de guerra, de ataque e de violência, de grupos que atacam outros grupos por causa de suas necessidades fisiológicas e sociais.

A política revela que o macaco caçador agora tinha a necessidade de cooperar e de se comunicar, para transmitir seus conhecimentos, para isto usou por meio do reforço, expressões faciais e vocais, criou sinais, e criou estratégias agressivas em relação aos outros grupos rivais, politicamente, nasce a arte de bem-governar a comunicação, a proteção, a luta e a guerra, o ataque e a violência em função de suas necessidades fisiológicas e sociais.

A loucura revela que o macaco caçador agora cooperando e se comunicando para transmitir seus conhecimentos, por meio do reforço, expressões faciais e vocais, acabou criando também, sinais e estratégias agressivas em relação aos outros grupos rivais, a loucura se declarava por meio da comunicação e do conhecimento, da agressividade e das estratégias agressivas em relação aos outros grupos rivais.

A Fazenda fazendo a Esperança revela que o macaco caçador agora é capaz de cooperar e de se comunicar para transmitir seus conhecimentos, por meio do reforço, das expressões faciais e vocais, dos sinais e das estratégias agressivas em relação aos outros grupos rivais, revela que o reforço é importante para a construção do social e do conhecimento, da comunicação e da agressividade, das estratégias de agressividade, das expressões faciais e vocais e dos sinais, da cooperação, revela que o reforço desencadeia, mantêm e desenvolve comunidades gerando desenvolvimento e crescimento delas, gerando sobrevivência e esperança.

Pt. 35

Em virtude das exigências do novo modo de vida, teve de dominar o poderoso instinto primata de nunca se afastar do grosso do grupo.

Como resultado da cooperação estabelecida e do caráter irregular do aprovisionamento de comida, teve de começar a partilhar os alimentos. Tal como os lobos paternais atrás referidos, os macacos caçadores machos também tinham de trazer comida para o abrigo, para alimentar as fêmeas ocupadas com as crias, que iam crescendo tão lentamente. Esse tipo de comportamento paternal teve de ser uma nova aquisição, porque a regra geral entre os primatas atribui às fêmeas todos os cuidados com os jovens. (Somente os primatas sábios, como o nosso macaco caçador, conhecem realmente o próprio pai.)

 

Mattanó explica que em virtude da cooperação resultante houve um comportamento tipicamente irregular de aprovisionamento de comida, para partilha dela com seus membros de sua comunidade que se detinham em atividades domésticas e parentais, notadamente o nosso macaco caçador adquiriu o comportamento de reconhecer seu próprio pai, comportamento característico dos primatas sábios. Mitologicamente a comida começou a ser ritualizada em sua aquisição, caça, coleta, partilha e distribuição e até consumo como fonte de ritos e padrões comportamentais que estabeleceram modos de vida para suas comunidades, criando famílias e comportamentos parentais, notadamente a comida era um dos objetos centrais dos ritos das suas comunidades.

A política explica que em virtude da cooperação resultante houve um comportamento tipicamente irregular de aprovisionamento de comida, para partilha dela com seus membros de sua comunidade que se detinham em atividades domésticas e parentais, notadamente o nosso macaco caçador adquiriu o comportamento de reconhecer seu próprio pai, comportamento característico dos primatas sábios. O comportamento de governar sua comunidade e a si mesmo passa a sofrer determinação das contingências alimentares, domésticas e parentais.

A loucura explica que em virtude da cooperação resultante houve um comportamento tipicamente irregular de aprovisionamento de comida, para partilha dela com seus membros de sua comunidade que se detinham em atividades domésticas e parentais, notadamente o nosso macaco caçador adquiriu o comportamento de reconhecer seu próprio pai, comportamento característico dos primatas sábios. O comportamento de governar sua comunidade e a si mesmo passa a sofrer determinação das contingências alimentares, domésticas e parentais. Então a loucura parece se demonstrar nas suas relações alimentares, domésticas e parentais devido a influência destas atividades na sua rotina e nas necessidades de sobrevivência que dependiam delas como novos padrões comportamentais que asseguravam a sua sobrevivência e a do seu grupo.

E a Fazenda fazendo a Esperança explica que em virtude da cooperação resultante houve um comportamento tipicamente irregular de aprovisionamento de comida, para partilha dela com seus membros de sua comunidade que se detinham em atividades domésticas e parentais, notadamente o nosso macaco caçador adquiriu o comportamento de reconhecer seu próprio pai, comportamento característico dos primatas sábios, comportamento provavelmente reforçado pelo aprovisionamento do alimento e das suas  novas relações sociais e alimentares. O comportamento de governar sua comunidade e a si mesmo passa a sofrer determinação das contingências alimentares, domésticas e parentais. Então a loucura parece se demonstrar nas suas relações alimentares, domésticas e parentais devido a influência destas atividades na sua rotina e nas necessidades de sobrevivência que dependiam delas como novos padrões comportamentais que asseguravam a sua sobrevivência e a do seu grupo. A esperança está em recuperar a noção de que o alimento favorece a formação familiar e social, o trabalho e a educação, a socialização e a convivência, o desenvolvimento e o progresso, promoveu nos macacos a evolução e vem promovendo até hoje a mesma evolução da nossa espécie, saber aprovisionar, plantar, extrair, colher, subtrair, processar e industrializar alimentos gera evolução e formação familiar e social, gera humanização e humanidade, gera civilização, ordem e desenvolvimento social, gera vida e perpetuação, sobrevivência individual e grupal, hoje, mundial, amanhã, cósmica e universal.

Pt.36

Em vista do período extremamente longo em que os filhos são dependentes e mantêm grandes exigências, as fêmeas deixavam-se ficar quase permanentemente na habitação. Nesse sentido, o novo modo de vida do macaco caçador criou um problema especial, que não existia entre os típicos carnívoros "puros": o papel de cada sexo tornou-se mais diferenciado. Os grupos de caça, ao contrário dos carnívoros "puros", tiveram de passar a ser exclusivamente formados por machos. E não podia haver nada mais contrário aos hábitos primatas. Não havia notícia de que um primata macho e viril partisse em excursão alimentar, deixando as fêmeas à mercê dos atrevimentos de quaisquer outros machos que pudessem aparecer. Não havia treino cultural capaz de modificar a situação. Tratava-se de qualquer coisa que exigia uma grande reviravolta no comportamento social.

 

A resposta para isso foi a criação de uniões aos pares. Os macacos caçadores machos e fêmeas tiveram de se apaixonar e manter-se reciprocamente fiéis. Essa tendência é normal em muitos outros grupos de animais, mas raríssima entre os primatas. Resolvia três problemas de uma só vez. Por um lado, as fêmeas mantinham-se unidas aos respectivos machos e guardavam-lhes fidelidade enquanto eles estivessem fora, na caça. Por outro lado, reduziam-se as rivalidades sexuais entre os machos, o que contribuía para reforçar a cooperação. Para terem êxito nas caçadas em conjunto, tanto os machos fracos como os fortes tinham seu papel a desempenhar. Aos fracos cabia igualmente um papel importante, e não podiam ser postos a margem, como acontece em tantas espécies de primatas. E, ainda por cima, com as novas armas artificiais e mortais, o macaco caçador vivia sob uma forte pressão, para reduzir qualquer fonte de discórdia no seio da tribo. Em terceiro lugar, a instituição de uma unidade procriadora constituída por um macho e uma fêmea significava que os descendentes também seriam beneficiados. A pesada tarefa de criar e treinar jovens, que ainda por cima se desenvolviam com tanta lentidão, exigia uma firme unidade familiar. Em outros grupos de animais, como nos peixes, aves ou mamíferos, observam-se fortes ligações aos pares sempre que um dos membros tenha de suportar sozinho uma grande carga, e o macho e a fêmea mantêm-se unidos durante a estação destinada à procriação. Foi o que aconteceu também no caso dos macacos caçadores. Dessa maneira, as fêmeas tinham certeza de que os respectivos machos as manteriam e podiam dedicar-se aos deveres maternais. Os machos estavam seguros da lealdade das suas fêmeas, podiam deixá-las para ir caçar, e evitavam lutar uns contra os outros. E a descendência recebia os maiores cuidados e atenções. Embora isso pareça a solução ideal, implicava uma mudança fundamental no comportamento sócio-sexual dos primatas, e, como veremos mais tarde, o método nunca chegou realmente a ser perfeito. Vê-se bem, pelo comportamento atual da nossa espécie, que o problema não está completamente resolvido e que os nossos primitivos instintos de primatas continuam a manifestar-se de maneiras mais atenuadas.

 

            Notamos que os nossos primatas modificaram sua relação sócio-sexual em função da necessidade também sócio-sexual, quando se viram obrigados a se unirem em grupos de machos para irem caçar e de repente suas fêmeas expostas a ataques desenvolveram neles o comportamento sócio-sexual de se agruparem em casais, reduzindo as rivalidades entre os primatas e levando-os a cuidarem de suas próprias crias.

            Mitologicamente os nossos primatas modificaram sua relação sócio-sexual em função da necessidade também sócio-sexual, quando se viram obrigados a se unirem em grupos de machos para irem caçar e de repente suas fêmeas expostas a ataques desenvolveram neles o comportamento sócio-sexual de se agruparem em casais, reduzindo as rivalidades entre os primatas e levando-os a cuidarem de suas próprias crias, os ritos eram de cuidados domésticos e parentais, de cuidados conjugais e muito menos de rivalidade e de hostilidade, eram ritos de transmissão de cultura e de conhecimento para suas habilidades primatas de sobrevivência e adaptação.

            A política fez os nossos primatas modificaram sua relação sócio-sexual em função da necessidade também sócio-sexual, quando se viram obrigados a se unirem em grupos de machos para irem caçar e de repente suas fêmeas expostas a ataques desenvolveram neles o comportamento sócio-sexual de se agruparem em casais, reduzindo as rivalidades entre os primatas e levando-os a cuidarem de suas próprias crias, os ritos eram de cuidados domésticos e parentais, de cuidados conjugais e muito menos de rivalidade e de hostilidade, eram ritos de transmissão de cultura e de conhecimento para suas habilidades primatas de sobrevivência e adaptação, o governo e o autogoverno eram centrados nos casais e nas famílias, nos cuidados parentais para a sobrevivência e adaptação bio-psico-social.

            A loucura fez os nossos primatas modificaram sua relação sócio-sexual em função da necessidade também sócio-sexual, quando se viram obrigados a se unirem em grupos de machos para irem caçar e de repente suas fêmeas expostas a ataques desenvolveram neles o comportamento sócio-sexual de se agruparem em casais, reduzindo as rivalidades entre os primatas e levando-os a cuidarem de suas próprias crias, os ritos eram de cuidados domésticos e parentais, de cuidados conjugais e muito menos de rivalidade e de hostilidade, eram ritos de transmissão de cultura e de conhecimento para suas habilidades primatas de sobrevivência e adaptação onde a loucura era vivida como material dos ritos, como psique e comportamentos, como relações entre indivíduos e grupos que se transformavam em elementos de alienação e de desligamento da realidade ou mesmo de prazer, e o governo e o autogoverno eram centrados nos casais e nas famílias, nos cuidados parentais para a sobrevivência e adaptação bio-psico-social quando a loucura era convertida em realidade por força dos eventos bio-psico-sociais.

            E a Fazenda fazendo a Esperança converte em Esperança o que fizeram os nossos primatas modificando sua relação sócio-sexual em função da necessidade também sócio-sexual, quando se viram obrigados a se unirem em grupos de machos para irem caçar e de repente suas fêmeas expostas a ataques desenvolveram neles o comportamento sócio-sexual de se agruparem em casais, reduzindo as rivalidades entre os primatas e levando-os a cuidarem de suas próprias crias, os ritos eram de cuidados domésticos e parentais, de cuidados conjugais e muito menos de rivalidade e de hostilidade, eram ritos de transmissão de cultura e de conhecimento para suas habilidades primatas de sobrevivência e adaptação onde a loucura era vivida como material dos ritos, como psique e comportamentos, como relações entre indivíduos e grupos que se transformavam em elementos de alienação e de desligamento da realidade ou mesmo de prazer, e o governo e o autogoverno eram centrados nos casais e nas famílias, nos cuidados parentais para a sobrevivência e adaptação bio-psico-social quando a loucura era convertida em realidade por força dos eventos bio-psico-sociais. Aprendemos que a Esperança vem da organização social e familiar, que toda família é responsável pela ordem social, pois constitui a célula da sociedade que é alimentada pelas forças instintivas e dinâmicas de nossa espécie que incluem as forças herdadas dos nossos ancestrais primatas, ou seja, a Esperança é a família que cuida e organiza a sociedade, regulando o fluxo de indivíduos, de educação, de trabalho, de justiça e de economias, ou seja, de cidadania.

Pt. 37

 

Foi assim que o macaco caçador assumiu o papel de um carnívoro assassino, adaptando-lhe os seus hábitos de primata. Sugeri acima que houve mudanças biológicas fundamentais, e não apenas culturais, e que a nova espécie também se modificou geneticamente. O leitor pode não concordar. Pode mesmo pensar — tal é o poder da doutrinação cultural — que as modificações podem ter resultado de treino e de criação de novas tradições. Duvido. É preciso observar o comportamento atual da nossa espécie para o verificar. O desenvolvimento cultural proporcionou-nos progressos tecnológicos cada vez mais impressionantes, mas que encontram forte resistência sempre que se opõem às nossas propriedades biológicas fundamentais. Os tipos básicos de comportamento estabelecidos nos nossos primeiros tempos de macacos caçadores ainda se manifestam através de toda a nossa atividade, por mais requintada que ela seja. Se a organização das nossas atividades mais básicas — alimentação, medo, agressão, sexo, cuidados familiares — se tivesse desenvolvido exclusivamente através de meios culturais, teríamos quase seguramente conseguido controlá-las com mais eficiência, de forma a estarmos hoje em melhores condições de responder às extraordinárias exigências impostas pelo nosso avanço tecnológico. Mas assim não sucedeu. Teimamos em continuar a baixar a cabeça perante a nossa condição animal e a admitir tacitamente a existência da besta complexa que se agita dentro de cada um de nós. Se formos honestos, teremos de reconhecer que ainda serão precisos vários milhões de anos para transformar essa besta, através do mesmo processo genético de seleção natural que a conservou dentro de nós. Entretanto, as nossas civilizações incrivelmente complicadas somente conseguirão prosperar se nós as concebermos de forma que não combatam, nem tentem suprimir, as nossas profundas exigências animais. Infelizmente o nosso cérebro pensante nem sempre está de acordo com o nosso cérebro emocional. Numerosos exemplos ilustram de que modo as coisas se desorientaram, em certas sociedades humanas que ruíram ou se tornaram estupidificadas.

 

Nos capítulos seguintes, procuraremos analisar como isso aconteceu, mas temos primeiro de responder a uma pergunta — à pergunta apresentada no início deste capítulo. A primeira vez que observamos essa estranha espécie notamos-lhe um pormenor que sobressaía imediatamente, quando se colocava um exemplar entre uma longa fila de primatas. Esse pormenor era a pele glabra, que me conduziu, como zoólogo que sou, a chamar "macaco pelado" à criatura. Desde então, vimos que o poderíamos ter designado por variadíssimos nomes, todos adequados: macaco vertical, macaco ferramentista, macaco cerebral, macaco territorial, etc. Mas essas características não são as primeiras que se notam. Encarado simplesmente como exemplar zoológico num museu, o que salta à vista é a falta de pêlos, fato que justifica que lhe conservemos o nome, quanto mais não seja para comparação com outros estudos zoológicos e para não esquecermos que o estamos encarando sob um aspecto particular. Mas qual é o significado desse estranho pormenor? Por que o macaco caçador se tornou um macaco pelado?

Infelizmente, os fósseis não nos podem ajudar quando se traía de diferenças de pele e de cabelo, pois que ninguém sabe ao certo quando se deu a grande queda do pêlo. Não se deu certamente antes de os nossos antepassados terem abandonado as florestas. Trata-se de um fato tão singular, que parece muito mais provável que tenha ocorrido no decurso das grandes transformações processadas nas planícies descobertas. Mas quando aconteceu exatamente e como contribuiu para a sobrevivência do macaco que então se esboçava?

 

Esse problema tem, desde há muito, intrigado os especialistas e originado inúmeras teorias fantasiosas. Uma das mais prometedoras sugere que a queda dos pêlos corresponda a mais um aspecto do processo de neotenia. De fato, os chimpanzés recém-nascidos têm bastantes pêlos na cabeça, mas o corpo quase pelado. Se o animal adulto mantivesse esse estado por um fenômeno de neotenia, o aspecto piloso do chimpanzé adulto seria muito parecido com o nosso. O curioso que a supressão neotênica do crescimento piloso não tenha sido completamente perfeita na nossa espécie. O feto começa a desenvolver-se com o crescimento piloso característico dos mamíferos, pois entre o sexto e o oitavo mês de vida intra-uterina está quase completamente coberto de uma penugem. Esse revestimento fetal designa-se lanugem e só cai pouco antes do nascimento. Os bebês prematuros vêm, por vezes, ao mundo cobertos de lanugem, com grande escândalo dos pais, mas, salvo muito raras exceções, aquela não tarda a cair. Apenas se conhecem trinta casos de famílias cujos descendentes adultos tinham o corpo completamente coberto de pêlos.

Mesmo assim, alguns membros adultos da nossa espécie têm numerosos pêlos no corpo — por vezes mesmo mais do que os nossos parentes chimpanzés. Na verdade, não perdemos todos os pêlos, mas apenas nos crescem os mais insignificantes. (A propósito, esse fato não se aplica a todas as raças — a ausência de pêlos nos negros é tanto aparente como real.) Por esse motivo, alguns anatomistas afirmam que não nos podemos considerar uma espécie pelada ou glabra, e um dos mais autorizados especialistas no assunto chegou mesmo a dizer que "o qualificativo de 'menos peludo de todos os primatas' não corresponde à verdade, pelo que nem sequer se justifica a necessidade das inúmeras teorias bizarras que se têm inventado para explicar essa imaginária ausência de pêlos". Isso é uma pura asneira. É como se pretendêssemos que um homem cego não é cego pelo fato de ter um par de olhos. Funcionalmente, somos completamente pelados e a nossa pele está inteiramente exposta ao mundo exterior. E o fato ainda não foi satisfatoriamente explicado, afora o número de pêlos finos que se possam contar sob uma lupa.

A explicação neotênica apenas sugere como o processo se podia ter desenrolado. Mas nada nos diz sobre a importância da nudez como uma nova característica que tenha contribuído para a sobrevivência do macaco pelado num ambiente hostil. Poderá dizer-se que o fato não tem importância, que é conseqüência de outras alterações neotênicas mais vitais, como do desenvolvimento cerebral. Mas já vimos que o processo de neotenia consiste no retardamento de certos mecanismos de desenvolvimento, alguns dos quais se atrasam mais do que outros — o ritmo de crescimento defasa-se. É portanto muito improvável que uma característica infantil tão potencialmente perigosa como a ausência de pêlos pudesse manter-se apenas devido ao retardamento de outras alterações. Isso teria sido rapidamente resolvido por seleção natural, a não ser que tivesse alguma importância especial para a nova espécie.

 

Como é que a ausência de pêlos poderia influenciar a sobre-vivência? Uma possível explicação seria o fato de o macaco caçador ter trocado a vida nômade pelos abrigos fixos, os quais passaram a constituir um importante reservatório de parasitas da pele. O hábito de dormir todas as noites no mesmo local deve ter facilitado o crescimento de uma infinidade de carrapatos, traças, pulgas e percevejos, a ponto de constituir um grave risco de doenças. Ao desfazer-se do seu revestimento piloso, os habitantes desses abrigos ficavam em melhores condições para encarar o problema.

 

Notamos que a queda dos pelos devido a neotenia causou benefícios no macaco caçador como ter menos parasitas da pele como carrapatos, traças, pulgas e percevejos que geravam um grave risco de doenças no seu novo modo de habitar e se relacionar em grupos, dormindo e vivendo em comunidades fixas ou em abrigos que por sua vez desencadearam respostas neotênicas no macaco caçador.

Mitológicamente percebe-se que a neotenia predominou e beneficiou o macaco caçador na queda dos seus pelos para ter menos parasitas da pele como carrapatos, traças, pulgas e percevejos que geravam um grave risco de doenças no seu novo modo de habitar e se relacionar em grupos, dormindo e vivendo em comunidades fixas ou em abrigos que por sua vez desencadearam respostas neotênicas no macaco caçador. Isto influenciou seus ritos e mitos domésticos e de higiene.

A política percebe-se que a neotenia predominou e beneficiou o macaco caçador na queda dos seus pelos para ter menos parasitas da pele como carrapatos, traças, pulgas e percevejos que geravam um grave risco de doenças no seu novo modo de habitar e se relacionar em grupos, dormindo e vivendo em comunidades fixas ou em abrigos que por sua vez desencadearam respostas neotênicas no macaco caçador. Isto influenciou seus ritos e mitos domésticos e de higiene que por sua vez gerou modos de se autogovernar e governar suas comunidades.

A loucura percebe-se que a neotenia predominou e beneficiou o macaco caçador na queda dos seus pelos para ter menos parasitas da pele como carrapatos, traças, pulgas e percevejos que geravam um grave risco de doenças no seu novo modo de habitar e se relacionar em grupos, dormindo e vivendo em comunidades fixas ou em abrigos que por sua vez desencadearam respostas neotênicas no macaco caçador. Isto influenciou seus ritos e mitos domésticos e de higiene que por sua vez gerou modos de se autogovernar e governar suas comunidades, isto foi influenciando e desencadeando padrões de comportamento que se ajustavam e que não se ajustavam as práticas sociais e domésticas, fenômenos que geraram loucura e desvios de comportamentos causando sofrimento e problemas de adaptação.

E a Fazenda fazendo a Esperança percebe-se que a neotenia predominou e beneficiou o macaco caçador na queda dos seus pelos para ter menos parasitas da pele como carrapatos, traças, pulgas e percevejos que geravam um grave risco de doenças no seu novo modo de habitar e se relacionar em grupos, dormindo e vivendo em comunidades fixas ou em abrigos que por sua vez desencadearam respostas neotênicas no macaco caçador. Isto influenciou seus ritos e mitos domésticos e de higiene que por sua vez gerou modos de se autogovernar e governar suas comunidades, isto foi influenciando e desencadeando padrões de comportamento que se ajustavam e que não se ajustavam as práticas sociais e domésticas, fenômenos que geraram loucura e desvios de comportamentos causando sofrimento e problemas de adaptação. A Esperança estava, pois, na neotenia e na adaptação, na seleção natural e na superação das adversidades com a perpetuação de suas espécies e de suas culturas e modos de viver, ou seja, a Esperança estava na filogênese, na ontogênese e na cultura como modos de reprodução bio-psico-social.

 

Pt. 38

 

 

Talvez essa hipótese tenha certo fundamento, mas só dificilmente poderia ter tido uma importância capital. Dentre várias centenas de espécies de mamíferos que vivem em abrigos, apenas um escasso número delas deram tal passo. No entanto, se a ausência de pêlos se processou por outros motivos, facilitou também a remoção dos incômodos parasitas cutâneos, tarefa que ainda hoje ocupa grande parte do tempo dos primatas peludos.

Outra hipótese semelhante relaciona-se com os pouquíssimos hábitos alimentares do macaco caçador, que lhe sujariam o revestimento piloso, a ponto de constituir igualmente um perigo de doenças. Invoca-se como argumento que os abutres, que mergulham a cabeça e o pescoço em carcaças ensangüentadas, perderam as penas nessas partes do corpo; e sugere-se que o mesmo se tenha passado com os macacos caçadores, mas atingindo todo o corpo. Contudo é pouco provável que esses macacos não tenham começado a utilizar instrumentos para limpar os próprios pêlos, antes mesmo de se servirem de instrumentos para matar e esfolar a caça. O próprio chimpanzé selvagem usa às vezes folhas de árvores como papel higiênico, quando tem dificuldade em defecar.

Outra explicação seria que a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo. O macaco caçador apenas sentiria frio durante a noite, e, depois de ter adquirido o luxo de se sentar em volta da fogueira, podia dispensar os pêlos e suportar melhor o calor durante o dia.

 

Outra teoria, ainda mais engenhosa, admite que o macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador. Ter-se-ia aproximado primeiro dos litorais tropicais

 

em busca de comida e encontrado abundantes mariscos e outros animais do litoral, que lhe proporcionaram uma alimentação muito mais rica e saborosa do que a da planície. A princípio, os macacos teriam se agrupado em torno das poças das rochas e das águas pouco profundas, mas, a pouco e pouco, teriam começado a nadar e a mergulhar para apanhar comida. Admite-se que tenham assim perdido o pêlo, como aconteceu a outros mamíferos que regressaram ao mar. Apenas a cabeça, que se mantinha fora da água, teria conservado o cabelo, que a protegia dos efeitos diretos do sol. Mais tarde, quando arranjou ferramentas (originalmente obtidas de pedaços de conchas) suficientemente aperfeiçoadas, teria voltado a se afastar do litoral e se dirigido para os espaços descobertos, tornando-se caçador.

 

Essa teoria explica igualmente por que somos hoje tão ágeis na água, enquanto os nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, são tão desastrados e se afogam com a maior facilidade. O nosso perfil esguio e a própria postura vertical teriam se desenvolvido enquanto nos aventurávamos a penetrar em águas cada vez mais profundas. A teoria esclarece também um estranho pormenor da nossa distribuição pilosa. De fato, uma observação mais cuidadosa revela que os finos pêlos que ainda conservamos nas costas têm orientação muito diferente da dos outros macacos. No nosso caso, esses pêlos dirigem-se diagonalmente para trás e para dentro, em relação à espinha. Isso segue a direção da corrente de água sobre um corpo que nada e indica que, no caso de o pêlo ter sofrido modificações antes de cair, se modificou de forma a diminuir a resistência durante a natação. Também se salienta que somos os únicos primatas que têm uma espessa camada de gordura subcutânea. Esta foi interpretada como um equivalente do óleo de baleia ou de foca, que é um dispositivo isolador compensatório. Até agora, não se encontraram outras explicações para esse pormenor da nossa anatomia. O próprio tipo sensitivo das nossas mãos tem sido invocado para apoiar a teoria aquática. De fato, uma mão relativamente tosca pode empunhar um pau ou uma pedra, mas só uma mão muito mais delicada e sensível pode perceber a presença de comida debaixo da água. É possível que o macaco terrestre original tenha adquirido assim a sua supermão, que depois transmitiu já pronta para usar ao macaco caçador. Finalmente, a teoria aquática espicaça os tradicionais caçadores de fósseis, que jamais conseguiram desenterrar as peças fundamentais que poderiam esclarecer certos lapsos do nosso passado, insinuando que, se eles já se tivessem dado ao incômodo de pesquisar em volta dos pontos que

 

constituíam o litoral africano há cerca de um milhão de anos, talvez tivessem encontrado grandes surpresas.

            Notamos que o nosso macaco suscita diversas teorias sobre a queda de seus pêlos e que a teoria aquática ainda não encontrou bases verdadeiramente sólidas, contudo as teorias que especulam que o macaco perdeu seus pêlos para facilitar a remoção dos incômodos parasitas cutâneos, pois constituíam igualmente um perigo de doenças, a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo. O macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador.

            Mitológicamente o nosso macaco suscita diversas teorias sobre a queda de seus pêlos e que a teoria aquática ainda não encontrou bases verdadeiramente sólidas, contudo as teorias que especulam que o macaco perdeu seus pêlos para facilitar a remoção dos incômodos parasitas cutâneos através de comportamentos que se tornaram hábitos e depois ritos, pois constituíam igualmente um perigo de doenças, a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo, comportamento que gerou uma série de ritos. O macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador.

            A política fez o nosso macaco suscitar diversas teorias sobre a queda de seus pêlos e que a teoria aquática ainda não encontrou bases verdadeiramente sólidas, contudo as teorias que especulam que o macaco perdeu seus pêlos para facilitar a remoção dos incômodos parasitas cutâneos através de comportamentos que se tornaram hábitos e depois ritos, e assim modos de se governar e auto-governar ou política pois constituíam igualmente um perigo de doenças, a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo, comportamento que gerou uma série de ritos que influenciou no comportamento político causando lutas e combates. O macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador.

            A loucura fez o nosso macaco suscitar diversas teorias sobre a queda de seus pêlos e que a teoria aquática ainda não encontrou bases verdadeiramente sólidas, contudo as teorias que especulam que o macaco perdeu seus pêlos para facilitar a remoção dos incômodos parasitas cutâneos através de comportamentos que se tornaram hábitos e depois ritos, e assim modos de se governar e auto-governar ou política, que geraram loucura individual e social, pois constituiam igualmente um perigo de doenças, a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo, comportamento que gerou uma série de ritos que influenciou no comportamento político causando lutas e combates, disputas pelo poder e pelo fogo, causando loucura. O macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador.

            E a Fazenda fazendo a Esperança fez o nosso macaco suscitar diversas teorias sobre a queda de seus pêlos e que a teoria aquática ainda não encontrou bases verdadeiramente sólidas, contudo as teorias que especulam que o macaco perdeu seus pêlos para facilitar a remoção dos incômodos parasitas cutâneos através de comportamentos que se tornaram hábitos e depois ritos, e assim modos de se governar e auto-governar ou política, que geraram loucura individual e social, pois constituiam igualmente um perigo de doenças, a queda do revestimento piloso tivesse resultado do uso do fogo, comportamento que gerou uma série de ritos que influenciou no comportamento político causando lutas e combates, disputas pelo poder e pelo fogo, causando loucura. O macaco terrestre inicial tenha atravessado uma longa fase aquática antes de se tornar macaco caçador. Aprendemos que cuidar do nosso corpo e dos pêlos do nosso corpo produz bem-estar e melhora a vida individual e social, prolonga a vida e desenvolve hábitos e padrões comportamentais saudáveis, gera e desenvolve ritos e a política como forma de auto-governar e de governar a sua comunidade ou nação e combate a loucura, já que aparar os pêlos diminui o perigo de doenças e o surgimento de parasitas que trazem doenças.

 

Pt. 39

 

 

Infelizmente, isso ainda não se fez e, apesar das mais tentadoras provas indiretas, a teoria aquática não encontrou bases verdadeiramente sólidas. Embora possa explicar claramente um certo número de pormenores, essa teoria implica a existência de uma importante fase evolutiva que nunca foi cabalmente demonstrada. (Mesmo que essa teoria um dia possa vir a provar-se como verdadeira, não trará grandes contradições ao quadro geral da evolução do macaco caçador originado a partir do macaco terrestre. Ensinará apenas que este último passou por uma salutar cerimônia de batismo.)

 

Outros argumentos, baseados numa orientação completamente diferente, sugerem que a perda de pêlos, em vez de depender de uma resposta ao ambiente físico, constitui um verdadeiro progresso social. Isto é, que ela surgiu hão como um processo mecânico, mas como um distintivo. Em numerosas espécies primatas observam-se áreas peladas que, em alguns casos, funcionam como sinais de identificação da espécie, permitindo que os macacos ou símios se reconheçam entre si como pertencendo à mesma ou a diferentes espécies. A ausência de pêlos no macaco caçador seria assim uma característica, escolhida ao acaso, que teria sido adotada como emblema distintivo da espécie. É indiscutível que a nudez completa facilita incrivelmente a identificação do macaco pelado, mas há formas muito menos drásticas de atingir o mesmo fim sem sacrificar um valioso revestimento isolador.

 

Outra sugestão mais ou menos semelhante admite que a ausência de pêlos faz parte do equipamento sexual. Lembra-se que os mamíferos machos são geralmente mais peludos que as fêmeas e que, exagerando essa diferença sexual, a macaca pelada se tornaria sexualmente mais atraente para o macho. Este também teria tendência para perder pêlos, mas em menores proporções e mantendo certas zonas de contraste, como a barba.

Essa última hipótese pode, de fato, explicar as diferenças sexuais quanto à distribuição pilosa, mas também aqui parece que a perda de um poderoso isolador térmico constitui um preço muito elevado para pagar por um simples adorno sexual, apesar de compensado com uma nova camada de gordura subcutânea. Há ainda uma ligeira variante dessa mesma idéia, que sustenta que a importância sexual dependia muito mais da sensibilidade ao tato do que do aspecto exterior. Pode-se apoiar essa opinião acrescentando que tanto o macho quanto a fêmea se tornariam mais sensíveis aos estímulos eróticos durante os encontros sexuais quando se mostravam mutuamente as respectivas peles nuas. Isso poderia ter aumentado a excitação das atividades sexuais e intensificado as recompensas carnais, fortalecendo os laços entre os casais de uma espécie que estava se tornando cada vez mais acasaladora.

 

            Notamos que o nosso macaco  foi sendo modelado para ficar com características definidas em função de seus pêlos como regiões com pêlos e regiões sem pêlos, manutenção de barba em macacos machos e em fêmeas a perda da barba, características sexuais que tornam a macaca mais atraente para o macaco como ela ter menos pêlos do que ele e isso permitir carícias e maior contato sexual, contato físico, fortalecendo os laços entre os casais de uma espécie que aos poucos vinha se tornando cada vez mais acasaladora.

            Politicamente o nosso macaco  foi sendo modelado para ficar com características definidas em função de seus pêlos como regiões com pêlos e regiões sem pêlos, manutenção de barba em macacos machos e em fêmeas a perda da barba, características sexuais que tornam a macaca mais atraente para o macaco como ela ter menos pêlos do que ele e isso permitir carícias e maior contato sexual, contato físico, fortalecendo os laços entre os casais de uma espécie que aos poucos vinha se tornando cada vez mais acasaladora. Estas características modelaram e criaram regras para a construção de uma política ou forma de se auto-governar e de governar a sua família e sua comunidade que geraram rivalidade e disputa pelo poder na família e entre famílias, entre líderes e pela liderança dos grupos, quem era o mais forte e mais apto para se reproduzir com a macaca em disputa, e isso marcou a evolução da nossa espécie politicamente.

            A loucura fez o nosso macaco  ser modelado para ficar com características definidas em função de seus pêlos como regiões com pêlos e regiões sem pêlos, manutenção de barba em macacos machos e em fêmeas a perda da barba, características sexuais que tornam a macaca mais atraente para o macaco como ela ter menos pêlos do que ele e isso permitir carícias e maior contato sexual, contato físico, fortalecendo os laços entre os casais de uma espécie que aos poucos vinha se tornando cada vez mais acasaladora. Estas características modelaram e criaram regras para a construção de uma política ou forma de se auto-governar e de governar a sua família e sua comunidade que geraram rivalidade e disputa pelo poder na família e entre famílias, entre líderes e pela liderança dos grupos, quem era o mais forte e mais apto para se reproduzir com a macaca em disputa, e isso marcou a evolução da nossa espécie politicamente. Isto, pois, a loucura já era presente em suas relações e participava dos modos de relação social entre os macacos e suas comunidades e escolhas, disputas e relações, inclusive na vida individual de cada macaco. A loucura modelou a mente e o comportamento dos macacos e da nossa espécie até os dias de hoje em todas as nossas relações, sobretudo as sexuais e afetivas, e sociais.

            A Fazenda fazendo a Esperança fez o nosso macaco  ser modelado para ficar com características definidas em função de seus pêlos como regiões com pêlos e regiões sem pêlos, manutenção de barba em macacos machos e em fêmeas a perda da barba, características sexuais que tornam a macaca mais atraente para o macaco como ela ter menos pêlos do que ele e isso permitir carícias e maior contato sexual, contato físico, fortalecendo os laços entre os casais de uma espécie que aos poucos vinha se tornando cada vez mais acasaladora. Estas características modelaram e criaram regras para a construção de uma política ou forma de se auto-governar e de governar a sua família e sua comunidade que geraram rivalidade e disputa pelo poder na família e entre famílias, entre líderes e pela liderança dos grupos, quem era o mais forte e mais apto para se reproduzir com a macaca em disputa, e isso marcou a evolução da nossa espécie politicamente. Isto, pois, a loucura já era presente em suas relações e participava dos modos de relação social entre os macacos e suas comunidades e escolhas, disputas e relações, inclusive na vida individual de cada macaco. A loucura modelou a mente e o comportamento dos macacos e da nossa espécie até os dias de hoje em todas as nossas relações, sobretudo as sexuais e afetivas, e sociais. A Fazenda fazendo a Esperança leva a aprender que as relações políticas e de loucura que a sexualidade e da vida sexual dos macacos produziram levaram a experiência de constrangimento e de loucura, de dor e de aflição, de sofrimento e de prazer e de aprimoramento do comportamento de acasalamento, revelando que na vida naturalística a sexualidade e o sexo tornam-se fonte de prazer e de sofrimento em vista da castração e da moralidade que geram uma divisão entre a consciência e a inconsciência e os instintos do Homo Sapiens que visam à busca de prazer e aprimoramento do comportamento de acasalamento, e a consciência do Homo Sapiens na sua vida naturalística, busca o sofrimento e a moralidade, o constrangimento e a segurança, mostrando que a ordem e o progresso, o desenvolvimento só vem do constrangimento e da moralidade, da segurança que se apoiam na consciência do Homo Sapiens ou do macaco industrial, macaco do espaço, macaco telecomunicacional.

 

Pt. 40

 

Talvez a explicação mais aceita da condição pelada seja a que a considera como mecanismo de esfriamento. Quando o macaco caçador abandonou as florestas sombrias, começou a expor-se a temperaturas muito superiores àquelas a que estava habituado, admitindo -se que se tenha desfeito do revestimento piloso para se proteger do calor exagerado. Aparentemente, isso é bastante lógico. Nós próprios não hesitamos em tirar o casaco nos dias quentes de verão. Mas a hipótese não resiste a urna crítica mais cuidadosa. Em primeiro lugar, nenhum dos outros animais (de tamanho comparável ao nosso) adotou tais medidas. Se a coisa fosse tão simples como parece, era de prever que existissem leões e chacais pelados; contudo, estes, pelo contrário, têm pêlos curtos, mas espessos. A exposição da pele nua ao ar livre aumenta com certeza as perdas de calor, mas ao mesmo tempo também aumenta o seu ganho, tornando possíveis os danos causados pelos raios solares, como é do conhecimento geral. Estudos feitos no deserto demonstraram que o uso de roupa ligeira pode reduzir a perda de calor, diminuindo a evaporação de água, mas reduz a absorção daquele a partir do ambiente, numa proporção de 55%, comparado com a quantidade de calor obtida quando se está completamente nu. Quando a temperatura é muito elevada, as roupas pesadas e largas, do tipo utilizado nos países árabes, constituem melhor proteção do que a roupa muito ligeira. Reduz-se a absorção de calor, ao mesmo tempo que se permite a circulação de ar em volta do corpo e se facilita o efeito refrescante da evaporação do suor.

 

Claro que a situação é mais complicada do que parece. São muito importantes os níveis exatos da temperatura ambiente e o grau de exposição solar direta. Mesmo partindo do princípio de que o clima fosse favorável à perda de pêlos — quer dizer, um clima moderado, mas não exageradamente quente —, ainda se teria de explicar por que é que os outros carnívoros que habitam nas planícies não são pelados como os macacos caçadores.

A única explicação plausível talvez responda melhor do que qualquer outra a todos os problemas da nossa ausência de pêlos. A diferença fundamental entre o macaco caçador e os seus rivais carnívoros reside nas condições físicas, que não favorecem muito nem grandes corridas de velocidade nem corridas de fundo, embora ele tivesse de se adaptar a esse tipo de atividade. Conseguiu-o em virtude de ter um cérebro mais desenvolvido, que lhe permitiu efetuar manobras mais inteligentes e utilizar armas mais eficazes, mas, apesar de tudo, tinha de despender um enormíssimo esforço físico. A caça era tão importante, que o macaco caçador não teve outro remédio senão adaptar-se, mesmo que tal atividade lhe produzisse um considerável aumento de temperatura. Era, pois, fundamental encontrar maneira de o reduzir, mesmo que isso implicasse outros sacrifícios. Tratava-se de uma questão de sobrevivência. E esse deve ter sido o principal fator que levou à transformação do macaco caçador peludo em macaco pelado. A solução era viável através de um processo neotênico que implicaria igualmente outras vantagens secundárias atrás mencionadas. Ao mesmo tempo que perdia o revestimento piloso e aumentava o número de glândulas sudoríparas em toda a superfície do corpo, conseguia um esfriamento considerável — sobretudo nos momentos culminantes da caça — com produção de um abundante líquido refrescante que se ia evaporando sobre os membros e o tronco expostos.

 

Claro que ó método não daria resultado num clima de-masiadamente quente, onde a pele sofreria grandes estragos, mas permitiria suportar ambientes moderadamente quentes. É curioso que esse processo se tenha acompanhado do desenvolvimento de uma camada de gordura subcutânea, o que indica que em outras ocasiões era necessário conservar o corpo quente. Se esse fator parece compensar de certo modo a perda do revestimento piloso, deve-se lembrar que a camada adiposa ajuda a conservar o calor do corpo quando faz frio, sem perturbar a evaporação do suor quando a temperatura aumenta. A combinação da redução dos pêlos, do aumento das glândulas sudoríparas e da camada adiposa subcutânea parece ter proporcionado aos nossos extraordinariamente ativos antepassados exatamente aquilo que eles precisavam, visto que a caça era um dos aspectos mais importantes do seu modo de vida.

 

Assim, aqui está o nosso macaco pelado, vertical, caçador, colecionador de armas, territorial, neotênico e cerebral, primata de origem e carnívoro por adoção, preparado para conquistar o mundo. Mas ele é ainda um modelo novo e experimental, e os protótipos têm muitas vezes defeitos. Nesse caso, as principais complicações dependerão do fato de os seus progressos culturais ultrapassarem

muitas vezes os genéticos. Os genes atrasaram-se e ele nunca esquecerá que, apesar de todas as modificações que introduza o ambiente, continua, bem no fundo, a ser um macaco pelado.

 

Mitologicamente o macaco pelado passa a perder seus pêlos devido possivelmente a gordura no organismo, na pele, que por sua vez melhorou ou otimizou o comportamento de correr em velocidade para caçada e fuga; a temperatura corporal manteve-se com a gordura no corpo e na pele, e tornou-se ele mais resfriado sem os seus pêlos quando praticava corrida; os mitos começaram a se organizar através de novos ritos voltados para um novo modelo comportamental orientado pela perda dos pêlos e pela aquisição de gordura corporal e na pele, ritos de higiene e de autocuidados, de cuidados com o outro e cuidados parentais voltados para a dimensão do calor e do resfriamento, por exemplo, quando corriam, estes ritos construíram relações sociais e vínculos entre os macacos pelados.   

Politicamente o macaco pelado passa a perder seus pêlos devido possivelmente a gordura no organismo, na pele, que por sua vez melhorou ou otimizou o comportamento de correr em velocidade para caçada e fuga; a temperatura corporal manteve-se com a gordura no corpo e na pele, e tornou-se ele mais resfriado sem os seus pêlos quando praticava corrida; os mitos começaram a se organizar através de novos ritos voltados para um novo modelo comportamental orientado pela perda dos pêlos e pela aquisição de gordura corporal e na pele, ritos de higiene e de autocuidados, de cuidados com o outro e cuidados parentais voltados para a dimensão do calor e do resfriamento, por exemplo, quando corriam, estes ritos construíram relações sociais e vínculos entre os macacos pelados. Estes ritos foram moldando formas de cuidar e de auto-governar suas comunidades, de modo que foram construindo suas políticas.

A loucura faz o macaco pelado passar a perder seus pêlos devido possivelmente a gordura no organismo, na pele, que por sua vez melhorou ou otimizou o comportamento de correr em velocidade para caçada e fuga; a temperatura corporal manteve-se com a gordura no corpo e na pele, e tornou-se ele mais resfriado sem os seus pêlos quando praticava corrida; os mitos começaram a se organizar através de novos ritos voltados para um novo modelo comportamental orientado pela perda dos pêlos e pela aquisição de gordura corporal e na pele, ritos de higiene e de autocuidados, de cuidados com o outro e cuidados parentais voltados para a dimensão do calor e do resfriamento, por exemplo, quando corriam, estes ritos construíram relações sociais e vínculos entre os macacos pelados. Estes ritos foram moldando formas de cuidar e de auto-governar suas comunidades, de modo que foram construindo suas políticas. A loucura já instalada torna-se modelo de relações entre os macacos pelados através das relações com o calor e o resfriamento.

A Fazenda fazendo a Esperança faz compreender que o macaco pelado passar a perder seus pêlos devido possivelmente a gordura no organismo, na pele, que por sua vez melhorou ou otimizou o comportamento de correr em velocidade para caçada e fuga; a temperatura corporal manteve-se com a gordura no corpo e na pele, e tornou-se ele mais resfriado sem os seus pêlos quando praticava corrida; os mitos começaram a se organizar através de novos ritos voltados para um novo modelo comportamental orientado pela perda dos pêlos e pela aquisição de gordura corporal e na pele, ritos de higiene e de autocuidados, de cuidados com o outro e cuidados parentais voltados para a dimensão do calor e do resfriamento, por exemplo, quando corriam, estes ritos construíram relações sociais e vínculos entre os macacos pelados. Estes ritos foram moldando formas de cuidar e de auto-governar suas comunidades, de modo que foram construindo suas políticas. A loucura já instalada torna-se modelo de relações entre os macacos pelados através das relações com o calor e o resfriamento. Fica a aprendizagem de que o calor e o resfriamento do corpo geram mitos e ritos, geram políticas e geram loucura e que esses eventos são marcados por contingências que moldam o comportamento individual e social de qualquer comunidade, podendo causar o seu sucesso  e a sua reprodução ou o seu fracasso e a sua extinção, ou até mesmo novos comportamentos e novos modelos de comunidades através da evolução do macaco pelado.

 

Pt. 41

 

Nesta altura, vamos deixar o passado e ver como o macaco pelado se comporta hoje. Como resolve ele os eternos problemas de se alimentar, lutar, reproduzir-se e criar os descendentes? Até que ponto

 

  • seu cérebro-computador foi capaz de reorganizar os seus instintos mamíferos? É possível que tenha feito mais concessões do que gostaria de admitir. Vamos ver.

 

 

Capítulo

 

II SEXO

 

O macaco pelado encontra-se hoje numa situação sexual bastante confusa. De natureza primata, carnívoro por adoção e membro de uma comunidade requintadamente civilizada, debate-se assim entre três diferentes orientações.

 

Para começar, o macaco pelado deve as suas características sexuais básicas aos antepassados que comiam frutas e viviam na floresta. Essas características foram depois drasticamente modificadas pela vida de caçador em campo aberto. Embora isso já fosse suficientemente difícil, as coisas não ficaram por aqui, visto que teve de se adaptar em seguida ao rápido desenvolvimento de uma certa estrutura social progressivamente complexa e culturalmente organizada.

 

A primeira transformação, de comedor de fruta sexual em caçador sexual, demorou muito tempo e teve um êxito relativo. A segunda mudança não foi tão bem sucedida. Além de muito mais rápida, obedeceu mais à inteligência e às proibições impostas do que a alterações biológicas resultantes da seleção natural. Pode-se mesmo dizer que o comportamento sexual moderno foi menos influenciado pelo progresso da civilização do que esta foi influenciada pelo comportamento sexual. Se a afirmação parece discutível, deixem-me explicá-la até o fim do capítulo.

 

Mitológicamente o macaco pelado devia suas características sexuais aos seus antepassados e elas foram drasticamente modificadas pelos novos repertórios comportamentais em novos meios ambientes, tornando-se caçador em campo aberto, e teve que se adaptar a uma certa estrutura social e cultural, graças a sua inteligência que moldou o seu comportamento sexual – seus ritos e mitos eram de iniciação, de estruturação, de formação social e cultural, de formação intelectual ou de inteligência e de comportamento sexual.

Politicamente o macaco pelado devia suas características sexuais aos seus antepassados e elas foram drasticamente modificadas pelos novos repertórios comportamentais em novos meios ambientes, tornando-se caçador em campo aberto, e teve que se adaptar a uma certa estrutura social e cultural, graças a sua inteligência que moldou o seu comportamento sexual – seus ritos e mitos eram de iniciação, de estruturação, de formação social e cultural, de formação intelectual ou de inteligência e de comportamento sexual. Sua política e modos de se governar e auto-governar eram adotivos, herdados de seus antepassados e modificados pelo meio ambiente, pelos novos repertórios comportamentais e pelas novas características físicas e anatômicas, pela estrutura social e cultural e pela inteligência que se organizava organizando o comportamento sexual.

A loucura levou o macaco pelado e suas características sexuais de seus antepassados,  elas foram drasticamente modificadas pelos novos repertórios comportamentais em novos meios ambientes, tornando-se caçador em campo aberto, e teve que se adaptar a uma certa estrutura social e cultural, graças a sua inteligência que moldou o seu comportamento sexual – seus ritos e mitos eram de iniciação, de estruturação, de formação social e cultural, de formação intelectual ou de inteligência e de comportamento sexual. Sua política e modos de se governar e auto-governar eram adotivos, herdados de seus antepassados e modificados pelo meio ambiente, pelos novos repertórios comportamentais e pelas novas características físicas e anatômicas, pela estrutura social e cultural e pela inteligência que se organizava organizando o comportamento sexual. A loucura foi produto da herança de seus antepassados e da evolução, das necessidades ambientes e comportamentais, das necessidades individuais e das comunidades, do impacto da formação social e cultural sobre a inteligência e sobre o comportamento sexual que era herdado de seus antepassados e evoluía com eles em suas comunidades.

A Fazenda fazendo a Esperança compreendeu o macaco pelado e suas características sexuais de seus antepassados,  que elas foram drasticamente modificadas pelos novos repertórios comportamentais em novos meios ambientes, tornando-se caçador em campo aberto, e teve que se adaptar a uma certa estrutura social e cultural, graças a sua inteligência que moldou o seu comportamento sexual – seus ritos e mitos eram de iniciação, de estruturação, de formação social e cultural, de formação intelectual ou de inteligência e de comportamento sexual. Sua política e modos de se governar e auto-governar eram adotivos, herdados de seus antepassados e modificados pelo meio ambiente, pelos novos repertórios comportamentais e pelas novas características físicas e anatômicas, pela estrutura social e cultural e pela inteligência que se organizava organizando o comportamento sexual. A loucura foi produto da herança de seus antepassados e da evolução, das necessidades ambientes e comportamentais, das necessidades individuais e das comunidades, do impacto da formação social e cultural sobre a inteligência e sobre o comportamento sexual que era herdado de seus antepassados e evoluía com eles em suas comunidades. A Esperança está justamente em compreender que as heranças de nossos antepassados nos auxiliam a nos adaptarmos mais facilmente ao meio ambiente e quanto ocorre entropia e neguentropia e modificação delas, devemos nos adaptar fisiológica, morfológica e comportalmente a uma estrutura social e cultural que é dotada de práticas sexuais que também evoluem e se modificam.

 

Pt. 42

 

Devemos começar por averiguar exatamente como se comporta o macaco pelado atual quando movido pelo sexo. A coisa não é tão simples como parece, porque há enorme variabilidade, tanto entre as diferentes sociedades como no seio de cada uma delas. A única solução é colher os resultados médios obtidos em amostras representativas das sociedades mais florescentes. As sociedades pequenas, atrasadas e mal sucedidas podem ser em grande parte desprezadas. Talvez tenham hábitos sexuais fascinantes e bizarros, mas, em termos biológicos, não representam a principal corrente evolutiva. Pode até acontecer que os seus hábitos sexuais pouco comuns tenham contribuído para a respectiva falência biológica como grupos sociais.

 

A maioria das informações pormenorizadas que possuímos provém de vários estudos recentes escrupulosamente coligidos nos Estados Unidos e baseados em grande parte nos hábitos daquele país. Trata-se, felizmente, de uma cultura biologicamente muito rica e próspera, que pode considerar-se representativa do macaco pelado moderno, sem receio de más interpretações.

O comportamento sexual atravessa, na nossa espécie, três fases características: formação de pares, atividade pré-copulatória e cópula, que seguem geralmente, mas não necessariamente, essa ordem. A fase de formação de pares, chamada vulgarmente namoro, é consideravelmente longa em termos zoológicos, visto durar semanas ou mesmo meses. Como sucede em muitas outras espécies, essa fase caracteriza- se por um comportamento experimental ambivalente, que depende de conflitos entre o medo, a agressão e a atração sexual. O nervosismo e a agitação reduzem-se se as manifestações sexuais mútuas forem suficientemente fortes. Estas compreendem complexas expressões faciais, posturas do corpo e vocalizações. As últimas constituem os sinais sonoros da fala, altamente especializados e simbólicos, mas que oferecem à pessoa do outro sexo um tom de vocalização distinto, o que também tem muita importância. É freqüente dizer que um par de namorados murmura doces tolices e esta frase mostra que o significado do tom de voz é mais importante do que aquilo que se diz.

Depois das fases iniciais de exibição visual e vocal, iniciam-se contatos corporais simples. Estes acompanham-se geralmente de locomoção, que hoje aumenta consideravelmente quando o par está junto. Os contatos entre mãos e entre braços são seguidos de contatos boca-face e boca-boca. Dão-se beijos mútuos, tanto parados como andando. Registram-se vulgarmente acessos de correria, de perseguição, de saltos e de dança, podendo reaparecerem manifestações de brincadeiras infantis.

Uma grande parte dessa fase de formação de pares pode desenrolar-se em público, mas quando se passa para a fase pré-copulatória procura-se um ambiente privado e as manifestações de comportamento que se seguem são realizadas o mais longe possível dos outros membros da espécie. Na fase pré-copulatória tende-se manifestamente para a posição horizontal. Os contatos corpo-corpo aumentam tanto em força quanto em duração. As posturas lado-lado de pequena intensidade repetem-se tanto, que originam contatos face-face muito intensos. Essas posições podem manter -se vários minutos ou mesmo horas, durante as quais as manifestações visuais e vocais se tornam gradativamente menos importantes, enquanto as manifestações táteis são cada vez mais freqüentes. Estas incluem pequenos movimentos e pressões variáveis de todas as partes do corpo, mas particularmente dos dedos, mãos, lábios e língua. As roupas são parcial ou totalmente eliminadas e a estimulação tátil pele-pele alarga-se a uma região tão extensa quanto possível.

 

Os contatos boca-boca atingem freqüência e duração máximas durante essa fase e a pressão exercida pelos lábios pode variar desde a extrema suavidade à extrema violência. No decurso das respostas muito intensas, os lábios abrem-se e a língua penetra na boca do companheiro. Surgem então movimentos ativos da língua, para estimular a mucosa sensitiva do interior da boca. Os lábios e a língua vão também tocar muitas outras regiões do corpo do companheiro, especialmente os lobos das orelhas, o pescoço e os órgãos genitais. O macho dá atenção especial às mamas e mamilos da fêmea e os contatos dos lábios e da língua nessa região assumem formas mais elaboradas. O mesmo tipo de ação pode atingir os órgãos sexuais, depois que estes são tocados. Quando isso acontece, o macho concentra-se sobretudo no clitóris da fêmea e esta no pênis do macho, embora em ambos os casos sejam também envolvidas outras regiões.

 

Além de beijar, a boca pode também morder várias regiões do corpo do companheiro com intensidade variável. Não passam geralmente de dentadas ligeiras, mas às vezes as mordeduras são fortes e dolorosas.

 

Os acessos de estimulação oral do corpo do companheiro in-tercalam-se e/ou acompanham-se de variadas manipulações da pele. As mãos e os dedos exploram toda a superfície do corpo, concentrando-se especialmente na face e, com maior intensidade, nas nádegas e região genital. Como sucede com os contatos orais, o macho presta atenção particular às mamas e mamilos da fêmea. Seja em que região for, os dedos apalpam e acariciam repetidamente. De vez em quando agarram-se com muita força e as unhas das mãos podem arranhar a pele e penetrar bastante fundo. A fêmea pode agarrar o pênis do macho, ou agitá-lo ritmicamente, imitando os movimentos da cópula, e o macho pode estimular da mesma forma os órgãos genitais da fêmea, especialmente o clitóris, também muitas vezes, com movimentos rítmicos.

 

Além desses contatos de boca, mãos e corpo, há ainda tendência, durante a atividade pré-copulatória mais intensa, para esfregar ritmicamente os órgãos genitais contra o corpo do companheiro. Existe igualmente bastante entrelaçamento de pernas e braços, às vezes com fortes contrações musculares, de forma que os corpos se unem intensamente, para depois se relaxarem.

Esses são pois os estímulos sexuais dirigidos ao companheiro durante os períodos de atividade pré-copulatória, os quais produzem excitação fisiológica suficiente para que se dê a cópula. Esta começa pela introdução do pênis do macho na vagina da fêmea. Em regra, o ato se realiza com os dois companheiros virados um para o outro, o macho sobre a fêmea, ambos em posição horizontal, a fêmea com as pernas afastadas. Como veremos adiante, há muitas variantes dessa posição, mas a que descrevemos é a mais simples e a mais típica. O macho inicia então uma série de movimentos pélvicos, os quais podem variar de força e rapidez, mas que, quando não há inibições, costumam ser bastante rápidos e profundamente penetrantes. À medida que a cópula prossegue, há tendência para diminuir os contatos orais e manuais, ou, pelo menos, para os simplificar. No entanto, essas formas de estimulação mútua, que são agora secundárias, não se interrompem por completo durante praticamente toda a seqüência da cópula.

 

A fase copulatória é tipicamente muito mais curta que a fase pré-copulatória. Na maioria dos casos, o macaco atinge em poucos minutos a ejaculação culminante de esperma, a não ser que empregue deliberadamente táticas retardatárias. As outras fêmeas primatas não parecem atingir orgasmo sexual, mas a macaca pelada é única nesse aspecto. Se o macaco prolonga a cópula, a fêmea também pode acabar por atingir um momento culminante, experimentando um orgasmo explosivo, tão violento e aliviante como o do macho, ao qual se assemelha fisiologicamente em todos os aspectos, com a óbvia exceção da ejaculação de esperma. Algumas fêmeas podem atingir muito rapidamente esse momento, outras nunca o atingem, mas a maioria atinge-o entre dez e vinte minutos após o início da cópula.

É estranho que exista tal discrepância entre macho e fêmea quanto ao tempo que demoram para atingir o auge sexual e o alívio da tensão. Discutiremos essa questão mais pormenorizadamente quando encararmos o significado funcional dos vários tipos de comportamento sexual. Basta agora dizer que o macho é capaz de superar o fator tempo e provocar o orgasmo da fêmea, quer prolongando e intensifi-cando a estimulação pré-copulatória de forma que ela já esteja muito excitada antes da introdução do pênis, quer utilizando táticas auto-inibidoras durante a cópula de forma a atrasar o seu próprio orgasmo, quer continuando a cópula imediatamente após a ejaculação e antes de perder a ereção, quer, ainda, descansando um pouco e copulando depois uma segunda vez. No último caso, o seu desejo sexual reduzido retardará automaticamente o orgasmo, de forma que a fêmea terá dessa vez tempo suficiente para atingir o dela.

Depois de ambos os companheiros terem experimentado o orgasmo, segue-se em regra um período bastante longo de esgotamento, relaxamento, repouso e muitas vezes sono.

 

Vamos agora passar dos estímulos sexuais para as respostas a esses estímulos. Como reage o corpo a toda essa intensa estimulação? Em ambos os sexos se verifica aumento marcado do número de pulsações, da pressão arterial e da respiração. Essas alterações começam durante as atividades pré-copulatórias e atingem o máximo durante o orgasmo. As pulsações, normalmente entre setenta e oitenta por minuto, passam a noventa e cem durante as primeiras fases de excitação sexual, sobem a cento e trinta quando esta é mais intensa e atingem a cento e cinqüenta no momento do orgasmo. A pressão arterial parte de cerca de doze e chega a vinte ou mesmo vinte e cinco quando surge o orgasmo. A respiração torna-se mais profunda e mais rápida à medida que a excitação aumenta e quando o orgasmo se aproxima torna-se arfante e muitas vezes acompanhada de gemidos e grunhidos rítmicos. No momento do orgasmo, a face pode estar contorcida, com a boca muito aberta e as narinas dilatadas, como acontece num atleta atingindo o limite do esforço, ou em alguém com falta de ar.

Outra alteração importante verificada durante a fase de excitação sexual é um desvio dramático na distribuição do sangue, que passa das regiões mais profundas para as partes do corpo mais superficiais. Esse aumento generalizado de sangue na pele produz vários efeitos impressionantes. Há não só um aumento da temperatura cutânea que se percebe por palpação — ardor ou fogo sexual —, mas também várias alterações específicas em diversas áreas especializadas. Quando a excitação atinge grande intensidade, aparece o característico rubor sexual. Este vê-se principalmente na fêmea, onde em regra começa pela pele que cobre o estômago e o abdome superior, espalhando-se depois à parte superior das mamas. A face e o pescoço podem ser igualmente atingidos. Nas fêmeas que respondem muito intensamente, o rubor pode ainda estender-se ao abdome inferior, aos ombros, aos cotovelos e, na altura do orgasmo, às coxas, nádegas e costas. Em certos casos, pode mesmo cobrir quase toda a superfície do corpo, fenômeno que chegou a ser descrito como uma erupção semelhante ao sarampo e interpretado como sinal sexual visual. Mais raramente, pode também aparecer no macho, começando igualmente pelo abdome superior, espalhando-se pelo peito e depois pelo pescoço e face, e, ocasionalmente, pelos ombros, antebraços e coxas. Depois de se atingir o orgasmo, o rubor sexual desaparece rapidamente, seguindo ordem inversa àquela pela qual apareceu.

 

Além do rubor sexual e da vasodilatação generalizada, há também marcada congestão vascular de vários órgãos extensíveis. Essa congestão sangüínea produz-se porque as artérias injetam sangue nesses órgãos com uma rapidez maior do que aquela com que as veias o removem. A situação pode manter-se durante bastante tempo, porque a própria acumulação de sangue nos órgãos contribui para comprimir as veias que tentam esvaziá-lo. Isso acontece nos lábios, no nariz, nos lobos das orelhas, nos mamilos e nos órgãos genitais de ambos os sexos e também nas mamas da fêmea. Os lábios incham, tor-nando-se mais vermelhos e salientes do que normalmente. As partes moles do nariz também se tumefazem e as narinas dilatam-se. Os lobos das orelhas igualmente se espessam e incham. Os mamilos tornam-se maiores e eretos em ambos os sexos, sobretudo nas fêmeas. (Isso não resulta apenas da congestão vascular, mas também da contração dos músculos dos mamilos.) O mamilo da fêmea chega a aumentar um centímetro em comprimento e meio centímetro em diâ-metro. A região areolar de pele pigmentada que rodeia o mamilo também incha e fica mais escura na fêmea, mas não no macho. As mamas da fêmea aumentam outrossim consideravelmente de volume. Quando a fêmea atinge o orgasmo, a mama costuma aumentar cerca de 25% em relação às dimensões normais. Torna-se mais rija, mais arredondada e mais saliente.

Os órgãos genitais dos dois sexos modificam-se bastante quando excitados. As paredes da vagina da fêmea congestionam-se uniformemente, provocando lubrificação do tubo vaginal. Em alguns casos, isso pode acontecer alguns segundos após o início da atividade pré-copulatória. Há igualmente alongamento e distensão dos dois terços internos do tubo vaginal, de modo que o comprimento total da vagina chega a atingir dez centímetros na fase de maior excitação sexual. Antes do orgasmo, o terço externo do tubo vaginal incha, e durante o orgasmo há contração espasmódica dos músculos dessa região, que dura de dois a quatro segundos, seguida de contrações rítmicas com intervalos de oito décimos de segundo. Em cada orgasmo, dão-se- entre três e quinze dessas contrações rítmicas.

 

Durante a excitação, os órgãos genitais externos da fêmea incham consideravelmente. Os grandes lábios abrem-se e dilatam-se, podendo atingir duas ou três vezes o volume normal. Os pequenos lábios internos também se distendem, chegando a ter diâmetro duas ou três vezes superior ao normal, aproximando-se da parede dos grandes lábios, acrescentando um centímetro adicional ao comprimento total da vagina. À medida que a excitação aumenta, os pequenos lábios tornam-se congestionados e salientes, mudam de cor e ficam vermelhos, muito vivos.

 

O clitóris (que corresponde na fêmea ao pênis do macho) também se dilata e torna mais saliente quando a excitação começa, mas, à medida que esta aumenta, deixa de se ver, escondido pela dilatação labial. Nessa fase avançada, o clitóris não pode ser diretamente estimulado pelo pênis do macho, mas, como se mantém inchado e sensível, continua a ser estimulado, indiretamente, pelas pressões rítmicas exercidas nessa região pelos movimentos do macho.

 

O pênis do macho modifica-se espetacularmente com a excitação sexual. Passa de um estado mole e flácido a um estado dilatado, rígido e ereto, devido à intensa congestão vascular. O seu comprimento habitual, de nove centímetros e meio, aumenta sete ou oito centímetros. O diâmetro também aumenta consideravelmente, de modo que a ereção dos macacos pelados origina um pênis maior do que o de qualquer outra espécie de primatas atuais.

Na ocasião do orgasmo sexual do macho há várias poderosas contrações musculares do pênis, que expulsam o líquido seminal para o tubo vaginal. As primeiras contrações são as mais fortes e sucedem-se a intervalos de oito décimos de segundo — ritmo semelhante ao das contrações vaginais da fêmea.

Durante a excitação, a pele do escroto do macho contrai-se, ao mesmo tempo que se reduz a mobilidade dos testículos. Estes elevam-se devido ao encurtamento dos cordões espermáticos (como também sucede em caso de frio, medo ou cólera) e são mantidos firmemente contra o corpo. A congestão vascular dessa região produz um aumento do tamanho dos testículos que atinge 50% ou mesmo 100%.

 

Acabamos de ver as principais modificações que ocorrem nos corpos do macho e da fêmea durante a atividade sexual. Após o orgasmo, essas alterações se esfumam rapidamente e o indivíduo volta depressa ao estado fisiológico de tranqüilidade normal. Vale a pena referir à resposta final que se segue ao orgasmo. Tanto o macho como a fêmea podem transpirar abundantemente logo a seguir ao orgasmo, independentemente do grau de esforço físico despendido nas precedentes atividades sexuais. Contudo, embora isso não dependa do desgaste físico total, também não se relaciona com a intensidade do próprio orgasmo. A camada de suor aparece nas costas, nas coxas e na parte superior do peito. Pode escorrer suor das axilas. Nos casos intensos, a sudação pode estender-se a todo o tronco, desde os ombros às coxas. As palmas das mãos e as plantas dos pés também transpiram e, nos casos em que a face desenvolveu rubor sexual, pode haver transpiração na testa e no lábio superior.

 

Este curto resumo dos estímulos sexuais na nossa espécie e das respostas correspondentes pode servir-nos agora como base da discussão sobre o significado do nosso comportamento sexual em relação aos nossos antepassados e ao nosso modo de vida geral. Antes disso, vale a pena salientar que os vários estímulos e respostas mencionados não ocorrem todos com a mesma freqüência. Embora alguns surjam obrigatoriamente sempre que um macho e uma fêmea se reúnem para exercer atividade sexual, outros fenômenos só ocorrem em certo número de casos. Mesmo assim, a respectiva freqüência é ainda suficientemente elevada para serem considerados "caracte-rísticos da espécie". O rubor sexual ocorre em 75% das fêmeas e em cerca de 25% dos machos. A ereção dos mamilos é constante nas fêmeas e observa-se em 60% dos machos. A sudação intensa após o orgasmo verifica-se em 33% dos animais de ambos os sexos. Fora esses casos específicos, a maioria das outras respostas citadas aplica-se a todos os casos, embora variem evidentemente de intensidade e duração de acordo com as circunstâncias.

 

Outro aspecto que se deve esclarecer é a distribuição das atividades sexuais no decurso da vida de um indivíduo. Durante a primeira década de vida, não pode haver verdadeira atividade sexual em qualquer dos sexos. Entre as crianças mais pequenas podem ser observadas muitas das chamadas "brincadeiras sexuais", mas é evidente que não há comportamento sexual funcional antes que a fêmea comece a ovular e o macho a ejacular. Algumas fêmeas começam a ter menstruação aos dez anos de idade, e por volta dos catorze anos 80% das fêmeas têm menstruações ativas. Aos dezenove anos, todas as fêmeas são menstruadas. O crescimento de pêlos púbicos, o alargamento das ancas e o crescimento das mamas acompanham e precedem mesmo essa fase. O crescimento geral do corpo segue ritmo mais lento e não se completa antes dos vinte e dois anos.

 

Nos machos, a primeira ejaculação não surge geralmente antes dos onze anos, pelo que eles começam a vida sexual um pouco mais tarde do que as fêmeas. (A ejaculação mais precoce que se conhece ocorreu num rapaz de oito anos, mas isso é absolutamente excepcional.) Aos doze anos, 25% dos machos já tiveram a primeira ejaculação, e, aos catorze, 18%. (Nessa idade, os rapazes já estão a par das mulheres.) A idade média da primeira ejaculação é treze anos e dez meses. Tal como nas fêmeas, existem outras características que acompanham o desenvolvimento sexual. Crescem pêlos, sobretudo na região púbica e na face. Em regra, o aparecimento dos pêlos dá-se nesta ordem: púbis, axilas, lábio superior, bochechas, queixo e depois, de forma muito mais lenta, peito e outras regiões do corpo. Em vez de alargamento das ancas, há alargamento dos ombros. A voz torna-se mais grossa. Esta última característica também ocorre nas mulheres, mas em menor grau. Há igualmente aceleração do crescimento dos órgãos sexuais em ambos os sexos.

 

Quando se mede a capacidade de resposta sexual em termos da freqüência do orgasmo, é curioso verificar que o macho atinge o máximo muito mais rapidamente que a mulher. Apesar de os machos iniciarem o processo de maturação sexual cerca de um ano mais tarde que as fêmeas, ainda atingem a máxima freqüência de orgasmos antes dos vinte anos, enquanto as fêmeas apenas a atingem pelos vinte e poucos ou mesmo trinta anos. De fato, as fêmeas da nossa espécie têm de chegar aos vinte e nove anos para atingir uma freqüência de orgasmo semelhante à de um macho de quinze anos. Apenas 23% das fêmeas de quinze anos experimentaram orgasmo e a porcentagem sobe apenas para 53% aos vinte anos. Por volta dos trinta e cinco já atinge 90%.

Em regra, o macho adulto tem uma média de três orgasmos por semana e mais de 7% têm uma ou mais ejaculações diárias. A freqüência do orgasmo nos machos é em geral mais elevada entre os quinze e trinta anos, decrescendo depois gradualmente até a velhice. A capacidade de ter múltiplas ejaculações reduz-se, diminuindo igualmente o ângulo formado entre o pênis ereto e o corpo. A ereção pode ser mantida em média durante cerca de uma hora por volta dos vinte anos e desce progressivamente, até atingir uns escassos sete minutos pelos setenta. Contudo, 70% dos machos são ainda sexual-mente ativos aos setenta anos.

 

Na fêmea, a sexualidade também se vai reduzindo à medida que aumenta a idade. A interrupção mais ou menos brusca da ovulação por volta dos cinqüenta anos não reduz muito o grau de capacidade de resposta sexual, quando se considera o conjunto da população. Existem, no entanto, enormes variações individuais nesse aspecto.

 

A maior parte de toda a atividade sexual atrás descrita exerce-se quando os companheiros estão unidos aos pares. Isso pode assumir a forma de casamento oficialmente reconhecido ou de outro gênero de ligação. A elevada incidência de atividade copulatória não conjugal que se verifica não deve ser interpretada como promiscuidade de acaso. Na maioria dos casos envolve um comportamento típico de namoro e formação de pares, mesmo se a ligação não é muito duradoura. Cerca de 90% da população acasala-se formalmente, mas 50% das fêmeas e 84% dos machos já tinham copulado antes do casamento. Por volta dos quarenta anos, 26% das fêmeas casadas e 50% dos machos casados já experimentaram copulação extraconjugal. As uniões oficiais também se rompem completamente e são abandonadas num certo número de casos (0,9% em 1956, nos Estados Unidos, por exemplo). Assim, apesar de o mecanismo de formação de pares ser muito poderoso na nossa espécie, está longe de atingir a perfeição.

 

Agora, de posse de todos esses elementos, podemos começar a fazer perguntas. Como é que o nosso comportamento sexual nos ajuda a sobreviver? Por que nos comportamos nós como nos comportamos, e não de outra maneira? Facilitaremos as respostas se fizermos uma terceira pergunta: como se pode comparar o nosso comportamento sexual com o dos outros primatas existentes?

Torna-se evidente que a atividade sexual é muito mais intensa na nossa espécie do que em qualquer outra espécie de primatas, incluindo aquelas que nos estão mais próximas. Entre estas não existe a prolongada fase de namoro. Não há praticamente macacos ou símios que se acasalem de forma durável. A atividade pré-copulatória é de curta duração e, em regra, não vai além de algumas expressões faciais e vocalizações simples. A própria copula também dura muito pouco tempo. (Os monos, por exemplo, não levam mais de sete a oito segundos para ejacular, após terem executado um máximo de quinze movimentos pélvicos.) As fêmeas não parecem experimentar qualquer tipo de orgasmo. Se existe alguma coisa comparável, seria uma resposta completamente ridícula em relação à das fêmeas da nossa espécie.

 

O período de receptividade sexual das macacas e das símias é mais restrito. Em regra, dura apenas uma semana, ou pouco mais, dentro de cada ciclo mensal. Mesmo isso já é um grande avanço em relação aos outros mamíferos, em que tal período se limita rigorosamente ao período da ovulação; na nossa espécie, a tendência dos primatas para prolongar o período de receptividade foi levada ao extremo, visto que a fêmea é realmente receptiva em qualquer ocasião. Quando uma macaca ou símia engravida, ou quando amamenta, deixa de ter atividade sexual. Mais uma vez a nossa espécie estendeu as atividades sexuais mesmo a esses períodos, visto que só não copula durante um curto período imediatamente anterior e posterior ao parto.

Não há dúvida de que o macaco pelado é o mais sensual de todos os primatas vivos. Para compreender as razões, é preciso remontar de novo às suas origens. Que aconteceu? Antes de tudo, o macaco pelado tinha de caçar, para sobreviver. Em seguida, precisava ter. um cérebro mais desenvolvido, para suprir a sua inferioridade física na caça. Em terceiro lugar, tinha de viver uma infância muito mais longa, para crescer e educar um cérebro maior. Em quarto lugar, as fêmeas tinham de dedicar-se de corpo e alma aos bebês, enquanto os machos iam à caça. Em quinto lugar, os machos tinham de cooperar entre si durante a caça. Em sexto lugar, tinham de manter-se em pé e de usar armas para caçar. Não quero dizer que essas modificações tivessem sucedido pela ordem indicada; pelo contrário, elas se processaram, sem dúvida, gradual e simultaneamente, pois cada nova modificação ia interferindo nas restantes. Limito-me a enumerar as seis mudanças básicas, fundamentais, que se deram na evolução do macaco pelado. E acredito que essas mudanças contêm os ingredientes necessários para a elaboração da nossa atual complexidade sexual.

 

Para começar, os machos queriam contar com a fidelidade das fêmeas enquanto as deixavam sozinhas para irem caçar. Assim, estas tiveram de criar uma certa tendência para o acasalamento. Como os machos mais fracos também tinham de cooperar na caça, foram-lhes dados mais direitos sexuais. As fêmeas tinham de ser mais repartidas, passando a organização sexual a ser democrática, menos tirânica. Por seu lado, cada macho necessitava igualmente de uma tendência mais forte para acasalamento. Os machos ainda dispunham de armas mortais e as rivalidades sexuais tornavam-se muito mais perigosas: mais uma razão para que cada macho se contentasse em possuir uma única fêmea. Além de tudo isso, os jovens cresciam muito mais devagar, exigindo uma cuidadosa atenção da parte dos adultos. Foi necessário criar um tipo de comportamento paternal, com deveres partilhados entre a mãe e o pai: mais uma boa razão para um acasalamento bem caracterizado.

 

 

Mitologicamente a evolução do comportamento sexual humano nos homens e nas mulheres é um processo seletivo e natural que foi reforçado pelos mais aptos e adaptados, mais capazes e fortes, mais hábeis e motivados, mais interessados, que demonstraram maior habilidade na dialética macaco pelado-meio ambiente que produz seleção natural e evolução comportamental, fisiológica e morfológica, foram estas modificações que levaram o macaco pelado a adquirir repertório comportamental sexual na formação de pares, na fase pré-copulatória, e na fase copulatória com toda a sua riqueza de eventos fisiológicos e comportamentais, psíquicos e sociais, reforçando a tendência para o casamento e a união dos pares em nossa espécie, até mesmo como fuga de adversidades comportamentais e sociais e aquisição de novos padrões de comportamento e de dinâmica familiar, foi assim que foram se construindo os ritos e os mitos da sexualidade humana, nas fases sexuais da formação de pares, da pré-copulatória e da copulatória, com ritos de iniciação e de passagem em todas as sociedades de nosso mundo, das mais primitivas até as mais avançadas.  

Politicamente a evolução do comportamento sexual humano nos homens e nas mulheres é um processo seletivo e natural que foi reforçado pelos mais aptos e adaptados, mais capazes e fortes, mais hábeis e motivados, mais interessados, que demonstraram maior habilidade na dialética macaco pelado-meio ambiente que produz seleção natural e evolução comportamental, fisiológica e morfológica, foram estas modificações que levaram o macaco pelado a adquirir repertório comportamental sexual na formação de pares, na fase pré-copulatória, e na fase copulatória com toda a sua riqueza de eventos fisiológicos e comportamentais, psíquicos e sociais, reforçando a tendência para o casamento e a união dos pares em nossa espécie, até mesmo como fuga de adversidades comportamentais e sociais e aquisição de novos padrões de comportamento e de dinâmica familiar, foi assim que foram se construindo os ritos e os mitos da sexualidade humana, nas fases sexuais da formação de pares, da pré-copulatória e da copulatória, com ritos de iniciação e de passagem em todas as sociedades de nosso mundo, das mais primitivas até as mais avançadas, com padrões de auto-governo e de governo de suas comunidades por meio desses ritos e mitos que simbolizavam os limites comportamentais, psíquicos e sociais para suas comunidades e indivíduos em suas relações sociais.

A loucura na evolução do comportamento sexual humano nos homens e nas mulheres é um processo seletivo e natural que foi reforçado pelos mais aptos e adaptados, mais capazes e fortes, mais hábeis e motivados, mais interessados, que demonstraram maior habilidade na dialética macaco pelado-meio ambiente que produz seleção natural e evolução comportamental, fisiológica e morfológica, foram estas modificações que levaram o macaco pelado a adquirir repertório comportamental sexual na formação de pares, na fase pré-copulatória, e na fase copulatória com toda a sua riqueza de eventos fisiológicos e comportamentais, psíquicos e sociais, reforçando a tendência para o casamento e a união dos pares em nossa espécie, até mesmo como fuga de adversidades comportamentais e sociais e aquisição de novos padrões de comportamento e de dinâmica familiar, foi assim que foram se construindo os ritos e os mitos da sexualidade humana, nas fases sexuais da formação de pares, da pré-copulatória e da copulatória, com ritos de iniciação e de passagem em todas as sociedades de nosso mundo, das mais primitivas até as mais avançadas, com padrões de auto-governo e de governo de suas comunidades por meio desses ritos e mitos que simbolizavam os limites comportamentais, psíquicos e sociais para suas comunidades e indivíduos em suas relações sociais, onde a loucura era produto do sofrimento mental, comportamental e social ou comunitário, gerado pelos padrões sexuais adquiridos que quando não eram aceitos e nem vividos por algum membro da sua comunidade produziam sofrimento mental e assim loucura e ritos e mitos característicos para esse evento, como lutas, combates, expulsões, etc..

A Fazenda fazendo a Esperança na evolução do comportamento sexual humano nos homens e nas mulheres entende que o comportamento sexual é um processo seletivo e natural que foi reforçado pelos mais aptos e adaptados, mais capazes e fortes, mais hábeis e motivados, mais interessados, que demonstraram maior habilidade na dialética macaco pelado-meio ambiente que produz seleção natural e evolução comportamental, fisiológica e morfológica, foram estas modificações que levaram o macaco pelado a adquirir repertório comportamental sexual na formação de pares, na fase pré-copulatória, e na fase copulatória com toda a sua riqueza de eventos fisiológicos e comportamentais, psíquicos e sociais, reforçando a tendência para o casamento e a união dos pares em nossa espécie, até mesmo como fuga de adversidades comportamentais e sociais e aquisição de novos padrões de comportamento e de dinâmica familiar, foi assim que foram se construindo os ritos e os mitos da sexualidade humana, nas fases sexuais da formação de pares, da pré-copulatória e da copulatória, com ritos de iniciação e de passagem em todas as sociedades de nosso mundo, das mais primitivas até as mais avançadas, com padrões de auto-governo e de governo de suas comunidades por meio desses ritos e mitos que simbolizavam os limites comportamentais, psíquicos e sociais para suas comunidades e indivíduos em suas relações sociais, onde a loucura era produto do sofrimento mental, comportamental e social ou comunitário, gerado pelos padrões sexuais adquiridos que quando não eram aceitos e nem vividos por algum membro da sua comunidade produziam sofrimento mental e assim loucura e ritos e mitos característicos para esse evento, como lutas, combates, expulsões, etc.. A esperança está justamente em aceitar as transformações sexuais e no comportamento sexual, na sua adaptação comportamental, fisiológica e morfológica que é produto de uma entropia e de outra neguentropia, ou seja, de uma organização e de outra reorganização, que moldou e produziu comportamentos e padrões sexuais para a fase de formação de pares, pré-copulatória e copulatória através de ritos e mitos que são geralmente seguidos fielmente como modelo para desencadear o comportamento sexual humano e a sua satisfação ou desejo que tem por objetivo o orgasmo e o alívio da tensão produzida pelo comportamento sexual, seguir regras no comportamento sexual facilita e otimiza a discriminação do que geralmente não é verbalizado ou é difícil de expressar com palavras por muitos motivos psicológicos, comportamentais e sociais.

 

Pt. 43

 

 

Partindo dessa situação, podemos imaginar agora como o resto se teria desenvolvido. O macaco pelado teve de criar capacidade para se apaixonar, para se ligar sexualmente a um companheiro fixo, para se acasalar. Ponha-se o problema como se puser, vem tudo dar no mesmo. Como é que isso se fez? Que fatores intervieram? Sendo primata, o macaco pelado tinha já tendência para criar ligações que duravam algumas horas, ou mesmo alguns dias, mas era preciso intensificar e prolongar o hábito. Um fator importante deve ter sido o prolongamento da infância. Durante os longos dias da fase de crescimento havia mais probabilidades de se estabelecerem profundas relações pessoais com os progenitores, muito mais poderosas e duradouras do que as existentes entre os outros macacos. A quebra desses laços familiares quando sobrevinha a maturação e a independência criaria uma "falta de relações" — um vazio que precisava ser preenchido. Haveria, assim, um terreno preparado para se desenvolverem novos laços igualmente fortes, que substituíssem as relações com os pais.

Mesmo que isso fosse suficiente para intensificar a necessidade de formar novo acasalamento, era preciso que a união se mantivesse prolongada, pelo menos durante o período indispensável para criar uma família. Depois de se apaixonar, era preciso continuar apaixonado. O primeiro objetivo podia ser alcançado através de uma prolongada e excitante fase de namoro, mas era preciso mais alguma coisa. O método mais simples e direto era complicar e aumentar as recompensas das atividades do par. Noutras palavras, aperfeiçoar o sexo.

Como foi isso feito? De todas as maneiras possíveis, parece a resposta mais apropriada. Se revirmos o comportamento do atual macaco pelado, podemos notar como as coisas foram tomando forma. O aumento de receptividade da fêmea não pode ser explicado apenas em termos de aumento de natalidade. É certo que, pelo fato de estar pronta a copular mesmo durante a fase maternal, a fêmea aumenta a natalidade. Dado o longo período de dependência, seria mesmo um desastre se não o fizesse. Mas isso não explica por que é que a fêmea está apta a receber o macho e a excitar-se sexualmente durante todo o período cíclico. A ovulação só se dá num dado momento do ciclo, de modo que a cópula nos restantes momentos não tem função procriadora. A grande importância da cópula na nossa espécie relaciona-se manifestamente não com a descendência, mas com a consolidação da ligação entre os pares, através das recompensas mútuas entre os dois companheiros sexuais. Neste caso, a obtenção repetida da satisfação sexual num par unido não é um vício decadente e requintado da civilização moderna, mas uma sensata tendência evolutiva da nossa espécie, que tem profundas raízes biológicas.

 

Mesmo quando se interrompem os ciclos mensais — isto é, quando engravida —, a fêmea continua a responder ao macho. Isso também tem importância particular, porque com o sistema de um macho-uma fêmea seria perigoso deixar o macho frustrado durante tanto tempo. Constituiria perigo para a estabilidade do casal.

 

Além de ter aumentado o período durante o qual pode haver atividades sexuais, estas também se tornaram mais elaboradas. A vida de caça, que nos deu corpos pelados e mãos mais sensíveis, alargou-nos também as possibilidades de estimulações corpo a corpo, que têm papel fundamental durante a atividade pré-copulatória. Entre nós, afagos, pressões e carícias são muito mais abundantes do que entre os outros primatas. Temos ainda vários órgãos especializados, como lábios, lobos das orelhas, mamilos, mamas e órgãos genitais, com numerosas terminações nervosas e que se tornaram intensamente sensíveis à estimulação erótica. Os lobos das orelhas parecem mesmo ter-se desenvolvido exclusivamente para esse fim. Os anatomistas descrevem-nos freqüentemente como apêndices inúteis e gordos. Em gíria comum, os lobos das orelhas são mesmo referidos como "vestígios" dos tempos em que tínhamos grandes orelhas. Mas, se olharmos para as outras espécies primatas, verificaremos que não possuem lobos de orelhas carnudas. Parece pois que, em vez de se tratar de "vestígios", são, pelo contrário, elementos novos e, quando descobrimos que se ingurgitam de sangue e se tornam hipersensíveis durante a excitação sexual, restam poucas dúvidas de que se desenvolveram para proporcionar outra região erógena. (O humilde lobo da orelha tem sido curiosamente desprezado neste contexto, mas vale a pena referir que se conhecem casos de machos e fêmeas que atingem o orgasmo após a estimulação exclusiva dos respectivos lobos.) Ê curioso notar que o nariz protuberante, carnudo, da nossa espécie, é outro fato único e misterioso que os anatomistas também não conseguem explicar. Um deles chamou-o "simples variante saliente, sem significado funcional". É difícil acreditar que um aspecto tão positivamente distinto dos apêndices dos primatas tenha evoluído sem qualquer função. Depois de se saber que as paredes laterais do nariz contêm tecido erétil e esponjoso, o qual produz dilatação e aumento do nariz devido à congestão vascular no decurso da excitação sexual, começa-se a duvidar.

 

A par de toda a gama de melhoramentos táteis, existem alguns fenômenos visuais bastante originais. Aqui, as complexas expressões faciais desempenham um papel importante, embora tais fenômenos se tenham desenvolvido em relação com vários outros aspectos de uma comunicação melhor. Dentre todo o grupo dos primatas, a nossa espécie é a que possui a musculatura facial mais complexa. Temos, mesmo, a expressão facial mais sutil e complicada de todos os animais

 

que hoje existem. Através de ligeiros movimentos das estruturas que rodeiam a boca, o nariz, os olhos, as sobrancelhas e a testa, e de diferentes combinações desses movimentos, somos capazes de exprimir uma grande variedade de complicadíssimas mudanças de humor. Durante os encontros sexuais, especialmente durante a primeira fase de namoro, essas expressões têm importância fundamental. (Os respectivos pormenores serão discutidos noutro capítulo.) A pupila também se dilata durante a excitação sexual e, embora se trate de uma alteração bastante pequena, talvez tenha mais influência do que pensamos. A superfície dos olhos também brilha no decurso da atividade sexual.

Tal como os lobos das orelhas e o nariz saliente, os lábios da nossa espécie são um fenômeno único, que não se encontra nos outros primatas. Claro que todos os primatas têm lábios, mas que não se viram para fora, como os nossos. Um chimpanzé pode mover os lábios para fora e para dentro em arremedos exagerados, expondo a mucosa que normalmente se esconde dentro da boca. Mas os lábios são man-tidos nessa posição apenas durante um curto período, e o animal volta a ter a sua face normal, com 'lábios finos". Nós, pelo contrário, temos os lábios permanentemente virados para fora. Aos olhos do chimpanzé, devemos fazer um arremedo permanente. Se o leitor tiver alguma vez oportunidade de ser beijado por um amigo chimpanzé, notará que o beijo vigoroso que ele lhe poderá aplicar no pescoço não lhe deixará qualquer dúvida sobre a possibilidade de o chimpanzé provocar sinais táteis com os lábios. Para o chimpanzé, isso é mais um sinal de saudação do que sexual, mas, na nossa espécie, o beijo é usado com ambos os significados e torna-se mesmo particularmente freqüente e prolongado durante a fase pré-copulatória. A esse respeito, era possivelmente mais conveniente manter as superfícies mucosas sensíveis permanentemente expostas, de modo que não fossem necessárias contrações musculares especiais da região bucal durante os beijos prolongados. Mas isso é apenas parte da história, visto que os lábios mucosos e expostos evoluíram com uma forma característica e bem definida, demarcando-se muito bem da pele que os rodeia. Dessa forma, podem também constituir importantes sinais de atração visual. Já vimos que a excitação sexual provoca inchaço e vermelhidão dos lábios, e a nítida demarcação dessa região intervém claramente no refinamento dos sinais, tornando mais evidentes as mudanças mais sutis no aspecto dos lábios. Sem dúvida que os lábios são sempre mais vermelhos que a pele vizinha, mesmo fora de período de excitação sexual, e constituem, em qualquer momento, verdadeiros cartazes publicitários que chamam a atenção para a presença de uma estrutura tátil sexual.

 

Embaraçados com o significado dos nossos lábios mucosos especiais, os anatomistas afirmaram que a respectiva evolução k'não está ainda completamente esclarecida" e sugeriram que talvez se relacione com o esforço de sugar exercido pelas crianças na amamentação. Mas os chimpanzés jovens também exercem grande atividade sugadora e têm mesmo lábios mais musculosos e preênseis, pelo que até devem estar melhor preparados para tal tarefa. Esse argumento também não explica a formação de uma margem bem marcada entre os lábios e a pele em volta. Nem explica as diferenças acentuadas entre os lábios das populações com pele clara e pele escura. Se, por outro lado, se encararem os lábios como sinais de atração visual, essas diferenças serão compreendidas mais facilmente. Se as condições climáticas exigem uma pele mais escura, reduz-se a capacidade de atração visual dos lábios, por se reduzir o contraste de cores. E, se os lábios são realmente importantes atrativos visuais, pode-se esperar uma certa compensação através de um maior desenvolvimento dos lábios. É o que sucede precisamente nos lábios negróides, que se mantêm bem visíveis por serem mais grossos e salientes. Ganharam em volume e forma aquilo que perderam em cor. As margens dos lábios negróides são igualmente mais demarcadas. As "costuras dos lábios" das raças mais pálidas tornam-se, nos negróides, mais salientes e de cor mais clara que o resto da pele. Anatomicamente, essas características negróides não parecem ser primitivas, mas, pelo contrário, um avanço positivo na especialização da região labial.

 

Existem outros atrativos sexuais visuais bem evidentes. Como já dissemos, na puberdade o desenvolvimento é marcado por aparecimento de pêlos, especialmente na região genital e nas axilas, e, no macho, na face. Na fêmea, as mamas crescem rapidamente. A forma do corpo também se transforma, alargando-se os ombros dos machos e as ancas das fêmeas. Essas mudanças não só diferenciam o indivíduo sexualmente maduro do imaturo, mas igualmente o macho maduro da fêmea madura. Não só indicam que o sistema sexual funciona, mas também que se trata de uma fêmea ou de um macho.

 

As mamas desenvolvidas das fêmeas são em regra encaradas como excrescências mais maternais do que sexuais, mas isso não encontra grandes argumentos favoráveis. Outras espécies de primatas fornecem abundante quantidade de leite aos descendentes e não têm grandes mamas, marcadamente hemisféricas. A fêmea da nossa espécie é o único exemplar de primata com tais características. O desenvolvimento dessas mamas salientes e com forma típica parece ser outro exemplo de atrativo sexual. Essa evolução teria sido favorecida e encorajada pela ausência de pêlos. Nas fêmeas peludas, as mamas grandes não seriam tão visíveis, mas, uma vez desaparecido o pêlo, elas são bem evidentes. Além da forma bem específica, têm ainda os mamilos para chamar a atenção, os quais ainda se evidenciam mais durante a excitação sexual por causa da ereção. A zona pigmentada que rodeia o mamilo, que escurece durante a excitação sexual, também tem ação comparável.

 

A ausência de pêlos permite certos sinais de atração relacionados com mudança de cor. Em outros animais que só têm algumas pequenas zonas peladas, eles ocorrem em áreas limitadas, mas tornam-se mais extensos na nossa própria espécie. Durante as primeiras fases de namoro aparece sobretudo o rubor e, em fases mais avançadas, surge a erupção característica da atividade sexual. (Mais uma vez, essa forma de atração é sacrificada às exigências climáticas nas raças de pele escura. Mas sabe-se que tais alterações se dão, apesar de tudo, porque, embora sejam pouco visíveis, há importantes modificações na textura da pele, reveladas por uma observação mais cuidadosa.)

 

Antes de terminar esta revisão dos sinais sexuais visuais, temos de encarar um aspecto bastante especial da respectiva evolução. Para fazê-lo, temos de comparar certas bizarrias observadas nos corpos de alguns dos nossos mais humildes primos primatas, os macacos. Recentes investigações alemãs revelaram que certas espécies começaram a exagerar certos atrativos visuais. Os exemplos mais espetaculares são o mandril e a babuína gelada. O mandril macho tem um pênis vermelho- vivo com manchas escrotais azuis de ambos os lados. Esse arranjo de cores repete-se na face, onde o nariz é inchado e vermelho -vivo e as bochechas nuas, intensamente azuis. Acontece como se a face do animal imitasse a região genital, com semelhante distribuição de cores. Quando o mandril macho se aproxima de outros animais, a região genital é encoberta pela postura do corpo, mas pode aparentemente transmitir as mensagens vitais, exibindo a sua máscara fálica. A babuína gelada usa o mesmo mecanismo de réplica corporal. Em volta dos órgãos genitais há uma mancha vermelho-viva, rodeada de papilas brancas. No centro da região sobressaem os lábios da vulva, mais escuros, mais ricos em sangue. Esse modelo visual repete-se no peito, onde se encontra uma mancha de pele vermelha sem pêlos rodeada do mesmo tipo de papilas brancas. No centro dessa mancha do peito, os mamilos vermelho-escuros aproximaram-se tanto, que se assemelham aos lábios da vulva. (De fato, estão tão próximos um do outro, que os filhos mamam nos dois ao mesmo tempo.) Tal como uma verdadeira mancha genital, a mancha do peito varia intensamente de cor, no decurso das diferentes fases do ciclo sexual mensal.

 

A conclusão inevitável é que o mandril e a babuína gelada colocaram os seus sinais genitais em posição frontal por uma razão comum. Conhecemos mal a vida dos mandris em liberdade para que possamos especular sobre as razões desse estranho fenômeno, mas sabemos que as geladas selvagens passam muito mais tempo sentadas em posição vertical do que a maioria dos outros macacos. Se essa postura lhes é mais típica, sucede que podem exibir mais facilmente aos outros membros do grupo os atrativos sexuais que têm no peito do que se apenas tivessem esses sinais na parte traseira. Muitas espécies de primatas têm os órgãos genitais vivamente corados, mas é raro encontrar-se esse tipo de atrativo frontal.

A nossa própria espécie modificou radicalmente a sua típica postura corporal. Tal como as babuinas geladas, passamos grande parte do tempo sentados em posição vertical. Também nos mantemos de pé e virados uns para os outros durante os contatos sociais. Será que também adquirimos um tipo semelhante de auto-imitação? Terá a nossa postura vertical influenciado os nossos atrativos sexuais? Nesse aspecto, a resposta parece certamente positiva. Em todos os outros primatas, a postura sexual típica é o macho colocado por detrás da fêmea. Esta eleva o traseiro e volta-o para o macho. A região genital da fêmea apresenta-se assim ao macho, que a vê, a ela se dirige e monta nas costas da fêmea. Não há contatos corporais frontais durante a cópula, porque a região genital do macho se comprime contra o traseiro da fêmea. Na nossa espécie, a situação é muito diferente. Não só há uma fase pré-copulatória prolongada, em posição face-face, mas a própria cópula se executa sobretudo em posição frontal.

 

Têm havido grandes discussões sobre esse último ponto. É uma idéia antiga que a posição face-face é biologicamente natural da nossa espécie, e que as restantes posições devem ser consideradas como variantes mais ou menos degradantes. Recentemente, a idéia tem sido rebatida por grandes sumidades, que dizem que no nosso caso existe postura básica. Acham que qualquer posição do corpo pode servir para a nossa atividade sexual e que, pelo fato de sermos uma espécie inventiva, é natural que experimentemos todas as posições que nos agradem — quanto mais, melhor, porque, na verdade, assim se aumentarão a complexidade do ato sexual e as novidades e se permitirá evitar o tédio em casais constituídos de longa data. Esse argumento é perfeitamente válido no contexto em que o apresentam, mas vai talvez longe demais. Os defensores dessa opinião insurgem-se sobretudo contra a idéia de que todas as variantes da postura básica são "pecaminosas". Para combater essa noção, as referidas sumidades salientaram a importância dessas variantes, o que está muito certo, pelas razões indicadas. Todo o aumento das compensações sexuais é evidentemente importante para os membros de um casal constituído, reforçando a ligação. Isso é biologicamente sensato para a nossa espécie. Mas, no decurso dessa discussão, as sumidades desprezaram um fato que é, no entanto, básico: a posição sexual natural da nossa espécie é a posição face-face. Praticamente, todos os atrativos sexuais e as zonas erógenas se situam na frente do corpo — as expressões faciais, as mamas da fêmea, o pêlo púbico, os próprios órgãos genitais, as principais zonas de rubor. Poderia dizer-se que esses atrativos atuariam perfeitamente nas primeiras fases, em que se mantém a posição face-face, mas que na cópula propriamente dita, com ambos os companheiros completamente excitados, o macho poderia muito bem colocar-se por detrás da fêmea e empreender a cópula nessa posição, ou, conforme o caso, em qualquer outra posição que lhe agradasse. Isso é completamente verdade e possível, como meio de inovação, mas implica certas desvantagens. Para começar, a identidade do companheiro sexual é muito mais importante para uma espécie como a nossa em que existe acasalamento. A posição frontal permite que os atrativos sexuais e as recompensas se mantenham intimamente ligados com os sinais de identificação do companheiro. O sexo executado face-face é um "sexo personalizado". Além disso, a estimulação tátil pré-copulatória das zonas erógenas frontais pode prolongar-se mesmo durante a cópula, quando esta se realiza face-face. Muitas dessas estimulações são impossíveis em outras posições. A posição frontal também conduz à estimulação máxima do clitóris da fêmea durante os movimentos pélvicos do macho. É certo que tal estimulação é passiva, devido aos movimentos do macho, inde-pendentemente da posição do corpo deste em relação ao da fêmea, mas na cópula face-face existe ainda a pressão rítmica direta exercida pela região púbica do macho sobre a região do clitóris, que será assim muito mais estimulada. Finalmente, existe a anatomia do tubo vaginal da fêmea, cujo ângulo se desviou marcadamente para a frente, em comparação com os restantes primatas. Esse desvio é nitidamente superior ao que seria de se esperar como simples resultado da passagem da espécie à postura vertical. Se fosse importante que a fêmea da nossa espécie oferecesse a sua região genital ao macho pelo lado traseiro, a seleção natural teria sem dúvida facilitado essa tendência e as fêmeas teriam hoje um tubo vaginal muito mais dirigido para trás.

 

Parece assim plausível admitir que a cópula face-face é básica na nossa espécie. Claro que existem numerosas variantes que não eliminam o elemento frontal, mas a posição mais usada e mais eficiente é a horizontal. Os investigadores americanos avaliam que, no respectivo país, 70% da população emprega essa posição. Mesmo aqueles que variam de postura ainda adotam a posição básica grande parte das vezes. Menos de 10% utiliza posição de acesso traseiro. Num inquérito de conjunto, abrangendo cerca de duzentas sociedades diferentes espalhadas por todo o mundo, concluiu-se que a copulação em que o macho penetra a fêmea por detrás nunca aparece como prática habitual em qualquer das sociedades estudadas.

 

 

Mitologicamente encaramos o aperfeiçoamento do sexo, do comportamento sexual do macaco pelado, que foi marcado por uma diversidade de comportamentos, de erros e acertos, que tiveram como comportamentos selecionados ter mais filhos e a criação da fase de namoro, o aumento da receptividade da fêmea, para não frustrar o macho, através de modificações anatômicas, que levaram a complexas expressões faciais, que desenvolveram um conjunto de sinais por meio do reforço e do condicionamento, que levaram a perda de pêlos em determinadas regiões e presença de pêlos em outras regiões do corpo como a pubiana, desencadeando o rubor em indivíduos de pele clara, pois os de pele escura ocultavam o rubor, também desenvolveram a posição frontal para o sexo através da auto-imitação, a posição sexual face-face, e continuaram desenvolvendo sua criatividade sexual alcançando o comportamento de ser importante a identidade do companheiro para o sexo.

Politicamente encaramos o aperfeiçoamento do sexo, do comportamento sexual do macaco pelado, que foi marcado por uma diversidade de comportamentos, de erros e acertos, que tiveram como comportamentos selecionados ter mais filhos e a criação da fase de namoro, o aumento da receptividade da fêmea, para não frustrar o macho, através de modificações anatômicas, que levaram a complexas expressões faciais, que desenvolveram um conjunto de sinais por meio do reforço e do condicionamento, que levaram a perda de pêlos em determinadas regiões e presença de pêlos em outras regiões do corpo como a pubiana, desencadeando o rubor em indivíduos de pele clara, pois os de pele escura ocultavam o rubor, também desenvolveram a posição frontal para o sexo através da auto-imitação, a posição sexual face-face, e continuaram desenvolvendo sua criatividade sexual alcançando o comportamento de ser importante a identidade do companheiro para o sexo. Estes comportamentos levaram a um modo de se auto-governar determinado pelo prazer sexual, pela criação de seus filhos, pela formação de pares e do casamento, de uma intimidade e privacidade que administrou até mesmo a formação de práticas como a da identidade e a da identificação ou documentação.

A loucura permaneceu no aperfeiçoamento do sexo, do comportamento sexual do macaco pelado, que foi marcado por uma diversidade de comportamentos, de erros e acertos, que tiveram como comportamentos selecionados ter mais filhos e a criação da fase de namoro, o aumento da receptividade da fêmea, para não frustrar o macho, através de modificações anatômicas, que levaram a complexas expressões faciais, que desenvolveram um conjunto de sinais por meio do reforço e do condicionamento, que levaram a perda de pêlos em determinadas regiões e presença de pêlos em outras regiões do corpo como a pubiana, desencadeando o rubor em indivíduos de pele clara, pois os de pele escura ocultavam o rubor, também desenvolveram a posição frontal para o sexo através da auto-imitação, a posição sexual face-face, e continuaram desenvolvendo sua criatividade sexual alcançando o comportamento de ser importante a identidade do companheiro para o sexo. Estes comportamentos levaram a um modo de se auto-governar determinado pelo prazer sexual, pela criação de seus filhos, pela formação de pares e do casamento, de uma intimidade e privacidade que administrou até mesmo a formação de práticas como a da identidade e a da identificação ou documentação. A loucura foi permanecendo e se desenvolvendo aqui através do comportamento sexual quando começou a aperfeiçoar o sexo e discriminou os que não alcançavam esse limiar sexual para o grupo ou sobrevivência do grupo, prejudicando a relação com a reprodução e a formação de pares, também foi se instalando entre as comunidades entre as relações de receptividade das fêmeas, as que não atendiam as expectativas eram provavelmente discriminadas, relações que prevalecem até hoje, inclusive a da identidade do companheiro como coisa essencial para o sexo não produzir loucura. Ou seja, fazer sexo com alguém que você não deseja provoca loucura.

A Fazenda fazendo a Esperança permaneceu no aperfeiçoamento do sexo, do comportamento sexual do macaco pelado, que foi marcado por uma diversidade de comportamentos, de erros e acertos, que tiveram como comportamentos selecionados ter mais filhos e a criação da fase de namoro, o aumento da receptividade da fêmea, para não frustrar o macho, através de modificações anatômicas, que levaram a complexas expressões faciais, que desenvolveram um conjunto de sinais por meio do reforço e do condicionamento, que levaram a perda de pêlos em determinadas regiões e presença de pêlos em outras regiões do corpo como a pubiana, desencadeando o rubor em indivíduos de pele clara, pois os de pele escura ocultavam o rubor, também desenvolveram a posição frontal para o sexo através da auto-imitação, a posição sexual face-face, e continuaram desenvolvendo sua criatividade sexual alcançando o comportamento de ser importante a identidade do companheiro para o sexo. Estes comportamentos levaram a um modo de se auto-governar determinado pelo prazer sexual, pela criação de seus filhos, pela formação de pares e do casamento, de uma intimidade e privacidade que administrou até mesmo a formação de práticas como a da identidade e a da identificação ou documentação. A loucura foi permanecendo e se desenvolvendo aqui através do comportamento sexual quando começou a aperfeiçoar o sexo e discriminou os que não alcançavam esse limiar sexual para o grupo ou sobrevivência do grupo, prejudicando a relação com a reprodução e a formação de pares, também foi se instalando entre as comunidades entre as relações de receptividade das fêmeas, as que não atendiam as expectativas eram provavelmente discriminadas, relações que prevalecem até hoje, inclusive a da identidade do companheiro como coisa essencial para o sexo não produzir loucura. Ou seja, fazer sexo com alguém que você não deseja provoca loucura. A Esperança repousa justamente na compreensão de que o comportamento sexual é um comportamento evolutivo e instintivo oriundo da seleção natural e que determina a seleção de pares e a formação de famílias e a reprodução do meio bio-psico-social, cultural, espiritual, político, econômico, judiciário, artístico, esportivo, educacional, científico, literário e trabalhista, genético e comportamental de toda a humanidade, e que foi justamente o aperfeiçoamento do comportamento sexual tornando-o mais íntimo e privado, seletivo e seguro, regido por leis familiares, sociais e espirituais, que favoreceu o desenvolvimento do mesmo e da civilização, da humanidade, das cidades e das nações, com suas riquezas e grandezas patrimoniais.

 

Pt. 44

 

 

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Voltemos à questão inicial da auto-imitação. Se a fêmea da nossa espécie desviasse o interesse do macho para a frente do corpo, a evolução teria alguma coisa a ver com a criação de mais fontes de estimulação na região frontal. Numa dada altura do nosso passado, devíamos estar habituados ao acesso por trás. Suponhamos que nessa fase a fêmea utilizasse o traseiro para chamar a atenção do macho, mediante um par de nádegas carnudas, hemisféricas (que não se encontram em nenhum outro primata), e com um par de lábios genitais vermelho-vivos. Admitamos que o macho criara uma poderosa resposta sexual a esses sinais específicos. Suponhamos que, nessa altura, a espécie se tornou progressivamente vertical, com tendência para contatos sociais em posição frontal. Em virtude disso, poderíamos esperar que aparecesse um tipo de auto-imitação frontal semelhante ao que se observa na babuína gelada. Olhando para as regiões frontais das fêmeas da nossa espécie, encontraremos algumas estruturas que correspondam a uma imitação dos primitivos atrativos sexuais, as nádegas hemisféricas e os lábios vermelhos? A resposta é evidente, à medida que a fêmea floresce. As mamas salientes, hemis-féricas, são decerto réplicas das nádegas carnudas, e os lábios vermelhos, bem definidos, em volta da boca, são réplicas dos lábios vulvares. {Lembremo-nos de que, durante a excitação sexual intensa, tanto os lábios da boca como os vulvares se tornam vermelhos e inchados, de modo que ficam ainda mais parecidos, è que passam pelas mesmas alterações durante a excitação sexual.) Se o macho da nossa espécie já se encontrava preparado para responder sexualmente aos atrativos genitais da retaguarda, estava decerto predisposto para a eles reagir se fossem reproduzidos na frente do corpo da fêmea. E parece que foi justamente o que sucedeu, com as fêmeas portadoras de réplicas das nádegas e dos lábios vulvares nos respectivos peitos e bocas. (Imediatamente nos lembramos do uso de batons e sutiãs, mas estes devem ser deixados para mais tarde, quando tratarmos das técnicas sexuais especiais da civilização moderna.)

 

Além dos importantíssimos atrativos visuais, há ainda certos estímulos olfativos com função sexual. O nosso olfato tem-se reduzido apreciavelmente durante a evolução, mas é razoavelmente eficiente e mais agudo durante a atividade sexual do que se pensa. Sabemos que existem diferenças entre o cheiro do corpo nos dois sexos, e chegou-se

a aventar que uma parte do processo de acasalamento — o início da paixão — implique um componente olfativo, uma fixação específica para o cheiro individual do corpo do companheiro. Com isso se relaciona a intrigante descoberta de que na puberdade se registra uma mudança marcada das preferências olfativas. Antes da puberdade, há fortes preferências para cheiros de doces e frutas, mas com a maturidade sexual essas preferências diminuem, para dar lugar a cheiro de flores, oleosos e almiscarados. Isso se aplica a ambos os sexos, mas o aumento de resposta ao almíscar é mais acentuado no macho que na fêmea. Diz-se mesmo que os macacos pelados adultos podem perceber a presença de almíscar, mesmo quando diluído na proporção de uma parte para oito milhões de partes de ar, e é significativo que essa substância desempenhe /um papel dominante na atração olfativa de muitas espécies de mamíferos, visto ser produzida por glândulas perfumadoras especiais. Embora nós próprios não tenhamos glândulas perfumadoras desenvolvidas, temos grande número de pequenas glândulas — as glândulas apócrinas — que se assemelham às glândulas sudoríparas vulgares, mas cuja secreção contém grande proporção de substâncias sólidas. Essas glândulas dis-tribuem-se em várias partes do corpo, mas concentram-se sobretudo nas axilas e na região genital. Os pêlos que crescem nessas zonas funcionam sem dúvida como importantes armadilhas perfumadas. Tem-se dito que a secreção de odores nessas áreas se eleva no decurso da excitação sexual, mas o fenômeno nunca foi devidamente analisado. Sabemos, contudo, que, na nossa espécie, a fêmea tem 75% mais glândulas apócrinas do que o macho, sendo interessante referir que durante os encontros sexuais entre mamíferos inferiores o macho costuma cheirar mais a fêmea do que a fêmea cheirar o macho.

 

A localização dos nossos órgãos produtores de cheiros parece ser mais uma adaptação à posição frontal dos contatos sexuais. Se não é estranha a localização genital, comum a muitos outros mamíferos, a localização axilar é bastante inesperada. Parece estar relacionada com a tendência geral da nossa espécie para colocar novos centros de estimulação sexual na parte anterior do corpo, devido ao aumento de contatos face-face. Nesse caso particular, seria resultante do fato de que o nariz do companheiro se mantém próximo da principal zona produtora de cheiros durante grande parte da atividade pré-copulatória e copulatória.

 

 

Mitológicamente vemos que o sexo entre o macho e a fêmea foi reforçado para ter um encontro e desenvolvimento a partir da posição que leva ao acesso por trás, através de glândulas e de cheiros que reforçam esse comportamento produzindo prazer olfativo durante o contato sexual, desenvolvendo na fêmea lábios vaginais vermelhos e glúteos mais salientes que desencadeiem mais prazer e atração nos machos, marcando o comportamento sexual da nossa espécie com mitos e ritos que estão se transformando em comportamentos virtuais que alguns insistem em chamar de sexuais e outros de não-sexuais, como eu, Osny Mattanó Júnior, pois o sexo virtual não produz contato com a estimulação olfativa e visual das genitálias, dos lábios da vagina da fêmea e de outras glândulas, nem tampouco é capaz de produzir a concepção de uma nova vida ou o zigoto e a embriogênese, para mim a evolução do sexo leva ao Amor e não para a sua fragmentação virtual e telepática, mesmo que criminológica e judiciária ou política.

Políticamente vemos que o sexo entre o macho e a fêmea foi reforçado para ter um encontro e desenvolvimento a partir da posição que leva ao acesso por trás, através de glândulas e de cheiros que reforçam esse comportamento produzindo prazer olfativo durante o contato sexual, desenvolvendo na fêmea lábios vaginais vermelhos e glúteos mais salientes que desencadeiem mais prazer e atração nos machos, marcando o comportamento sexual da nossa espécie com mitos e ritos que estão se transformando em comportamentos virtuais que alguns insistem em chamar de sexuais e outros de não-sexuais, como eu, Osny Mattanó Júnior, pois o sexo virtual não produz contato com a estimulação olfativa e visual das genitálias, dos lábios da vagina da fêmea e de outras glândulas, nem tampouco é capaz de produzir a concepção de uma nova vida ou o zigoto e a embriogênese, para mim a evolução do sexo leva ao Amor e não para a sua fragmentação virtual e telepática, mesmo que criminológica e judiciária ou política. Nem tampouco é capaz de produzir uma união estável em cartório determinada pela política e pelas suas relações de governo.

Na loucura vemos que o sexo entre o macho e a fêmea foi reforçado para ter um encontro e desenvolvimento a partir da posição que leva ao acesso por trás, através de glândulas e de cheiros que reforçam esse comportamento produzindo prazer olfativo durante o contato sexual, desenvolvendo na fêmea lábios vaginais vermelhos e glúteos mais salientes que desencadeiem mais prazer e atração nos machos, marcando o comportamento sexual da nossa espécie com mitos e ritos que estão se transformando em comportamentos virtuais que alguns insistem em chamar de sexuais e outros de não-sexuais, como eu, Osny Mattanó Júnior, pois o sexo virtual não produz contato com a estimulação olfativa e visual das genitálias, dos lábios da vagina da fêmea e de outras glândulas, nem tampouco é capaz de produzir a concepção de uma nova vida ou o zigoto e a embriogênese, para mim a evolução do sexo leva ao Amor e não para a sua fragmentação virtual e telepática, mesmo que criminológica e judiciária ou política. Nem tampouco é capaz de produzir uma união estável em cartório determinada pela política e pelas suas relações de governo. Produzindo loucura através do seu distanciamento e indiferença marcada pela fusão dos modos de relação social onde o macho e a fêmea se encontram dispersos e apenas localizados num meio que os arrebanhem, construindo essa relação de loucura.

Na Fazenda fazendo a Esperança vemos que o sexo entre o macho e a fêmea foi reforçado para ter um encontro e desenvolvimento a partir da posição que leva ao acesso por trás, através de glândulas e de cheiros que reforçam esse comportamento produzindo prazer olfativo durante o contato sexual, desenvolvendo na fêmea lábios vaginais vermelhos e glúteos mais salientes que desencadeiem mais prazer e atração nos machos, marcando o comportamento sexual da nossa espécie com mitos e ritos que estão se transformando em comportamentos virtuais que alguns insistem em chamar de sexuais e outros de não-sexuais, como eu, Osny Mattanó Júnior, pois o sexo virtual não produz contato com a estimulação olfativa e visual das genitálias, dos lábios da vagina da fêmea e de outras glândulas, nem tampouco é capaz de produzir a concepção de uma nova vida ou o zigoto e a embriogênese, para mim a evolução do sexo leva ao Amor e não para a sua fragmentação virtual e telepática, mesmo que criminológica e judiciária ou política. Nem tampouco é capaz de produzir uma união estável em cartório determinada pela política e pelas suas relações de governo. Produzindo loucura através do seu distanciamento e indiferença marcada pela fusão dos modos de relação social onde o macho e a fêmea se encontram dispersos e apenas localizados num meio que os arrebanhem, construindo essa relação de loucura. A Esperança surge como comportamento que traduz o mundo virtual em Amor através da ressignificação desse mundo virtual, agregando a ele realidade e comportamento, funcionalidade e permanência, durabilidade e renúncia pelo seu par, que sustenta o conceito de Amor, convivendo com o mundo virtual ao mesmo tempo em que se processa o mundo real, sem dispensá-lo, pois se desejarmos evoluir a partir do mundo virtual, o nosso mundo se transformará todo virtual, telepático, conhecimento, loucura, sonho, delírio, devaneio, memória, é a lei do uso e do desuso de Lamarc, se passarmos a usar mais o mundo virtual do que o mundo real o nosso mundo e as nossas relações se transformarão em virtuais.

 

Pt. 45