146.OBR.COMPL.SIGM.FREUD/MATTANÓ VOL.8 (CONT.)

 

 

V - OS MOTIVOS DOS CHISTES: OS CHISTES COMO PROCESSO SOCIAL

 

Poderia parecer supérfluo falar sobre os motivos dos chistes já que o objetivo de conseguir prazer deve ser reconhecido como motivo suficiente da elaboração do chistes. Mas por um lado não se pode excluir a possibilidade de que a produção dos chistes também partilhe outros motivos e, por outro lado, tendo em mente algumas experiências familiares, devemos levantar a questão geral dos determinantes subjetivos do chiste.

Dois fatos em particular tornam essa atitude necessária. Embora a elaboração do chiste seja um excelente método de derivar prazer dos processos psíquicos, é, não obstante, evidente que nem todas as pessoas sejam capazes de utilizar tal método: a elaboração do chiste não está ao dispor de todos e apenas alguns dispõem dela consideravelmente; estes últimos são distinguidos como tendo ‘espírito’ [Witz]. O ‘espírito’ aparece nessa conexão como uma capacidade especial - mais do que como uma das velhas ‘faculdades’ mentais; parece emergir inteiramente independente das outras, tais como a inteligência, imaginação, memória etc. Devemos, portanto, presumir, nessas pessoas ‘espirituosas’, a presença de disposições especiais herdadas ou de determinantes psíquicos que permitem ou favorecem a elaboração do chiste.

Temo não ir muito longe explorando essa questão. Podemos ter sucesso em apenas algumas ocasiões ao avançar da compreensão de um chiste particular ao conhecimento dos determinantes subjetivos na mente da pessoa que o faz. É uma notável coincidência que precisamente o chiste pelo qual começamos nossas investigações da técnica dos chistes nos forneça um vislumbre dos determinantes subjetivos do chiste. Refiro-me ao chiste de Heine, também considerado por Heymans e Lipps (ver em [1]):

‘…sentei-me ao lado de Salomon Rothschild e ele tratou-me como um seu igual - bem familionariamente.’ (‘Bader von Lucca.’)

Heine põe esse comentário na boca de um personagem cômico, Hirsch-Hyacinth, um vendedor de loterias em Hamburgo, calista e valete profissional do aristocrático Barão Cristoforo Gumpelino (inicialmente Gumpel). O poeta evidentemente se compraz na criação de um Hirsch-Hyacinth extremamente loquaz em discursos os mais divertidos e ousados, permitindo-lhe mesmo mostrar a filosofia prática de um Sancho Pança. É pena que Heine, que, ao que parece, não tinha gosto pela criação dramática, abandonasse tão cedo esse delicioso personagem. Não há apenas algumas passagens em que o poeta parece estar falando de si próprio, sob um débil disfarce, através da boca de Hirsch-Hyacinth; em breve, aparece a certeza de que o personagem é simplesmente uma autoparódia. Hirsch explica as razões que o levaram a desistir de seu antigo nome fazendo-se agora chamar ‘Hyacinth’. Continua: ‘Há a ulterior vantagem de que já tenho um “H” em meu sinete, de modo que não preciso gravar um novo’. Mas Heine efetuou a mesma economia quando, em seu batismo, trocou seu primeiro nome de ‘Harry’ para ‘Heinrich’. Além disso, todos que conhecem a biografia do poeta lembrarão que Heine tinha um tio do mesmo nome em Hamburgo (lugar que fornece outra conexão com a figura de Hirsch-Hyacinth), tio que, sendo o rico da família, desempenhou papel importante em sua vida. Esse tio era também chamado ‘Salomon’ tal como o velho Rothschild que tratava Hirsch tão familionariamente. O que, na boca de Hirsch-Hyacinth não parece mais que um gracejo, revela um fundamento de grave amargura, se o atribuímos agora a seu sobrinho, Harry-Heinrich. Afinal este era da família e sabemos que nutria um ardente desejo de casar-se com a filha do tal tio; mas a prima o rejeitou e o tio sempre o tratou bem familionariamente, como a um parente pobre. Seus primos ricos de Hamburgo nunca o levaram a sério. Lembro-me de uma história contada por velha tia minha, que se casara na família de Heine, a qual, certo dia, quando era uma jovem atraente, sentada à mesa de jantar familiar, surpreendera-se com a presença de uma pessoa que lhe parecia indesejada e tratada com desprezo pelo resto dos convivas. Ela própria não encontrou nenhuma razão para mostrar-se mais afável com ele. Poucos anos depois percebeu que o negligente e negligenciado primo era o poeta Heinrich Heine. Não há pouca evidência do sofrimento de Heine devido à sua rejeição por parte de seus parentes ricos, na juventude e mesmo depois. Este o solo da emoção subjetiva que o chiste ‘familionariamente’ faz saltar.

A presença de determinantes subjetivos similares pode ser suspeitada nos chistes de algum outro grande zombador, mas não sei de nenhum outro em que isso possa ser demonstrado tão convincentemente. Por esta razão não é fácil tentar fazer asserção mais definida sobre a natureza desses determinantes pessoais. Na verdade, em geral não me inclino a reivindicar complicados determinantes para a origem de todo chiste individual. Nem são os chistes produzidos por outros homens famosos mais facilmente acessíveis a nosso exame. Temos a impressão de que os determinantes subjetivos da elaboração do chiste com freqüência não se situam muito longe daqueles determinantes das doenças neuróticas - basta considerarmos, por exemplo, Lichtenberg, homem gravemente hipocondríaco, com toda espécie de excentricidades. A grande maioria dos chistes, entretanto, em especial aqueles constantemente produzidos em conexão com os eventos do dia, circulam anonimamente: seria curioso saber de que tipo de gente se originam tais produções. Se, como médico, tem-se ocasião de travar conhecimento com uma dessas pessoas que, não sendo notáveis sob outros aspectos, são bem conhecidas em seu meio como piadistas ou inventores de muitos chistes viáveis, pode ser surpreendente descobrir que o piadista é uma personalidade dividida, propensa a doenças neuróticas. A insuficiência de evidência documentária, entretanto, decerto há de impedir que postulemos a hipótese de que uma constituição psiconeurótica desse tipo é uma condição subjetiva necessária ou habitual para a construção de chistes.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes são produzidos por prazer e experiências familiares, pelo ¨espírito¨ que é aquele que permite a elaboração do chiste e pelos determinantes pessoais  que existem nos chistes que levam a hipótese de uma constituição psiconeurótica para a construção dos chistes.

Mattanó aponta que os chistes são produzidos por prazer e experiências familiares, pelo ¨espírito¨ que é aquele que permite a elaboração do chiste e pelos determinantes pessoais  que existem nos chistes que levam a hipótese de uma constituição psiconeurótica para a construção dos chistes. Os chistes são construídos pelos significados e pelos sentidos que eles representam para o comunicador e produzem no outro decodificador da mensagem chistosa, essa relação produz prazer e experiências geralmente familiares, contudo podem trazer novas experiências através da ideia ou da teoria da pulsão auditiva de Mattanó de 1995.

 

MATTANÓ

(26/03/2021)

 

 

 

 

 

Um caso mais transparente é, uma vez mais, oferecido pelos chistes de judeus que, como já mencionei (ver em [1]), são ordinariamente feitos pelos próprios judeus, enquanto as histórias sobre eles provenientes de outras fontes dificilmente ultrapassam o nível das histórias cômicas ou da derrisão brutal. O que determina a participação deles nos chistes parece ser o mesmo fator que ocorre no caso do chiste de Heine ‘familionariamente’; sua importância parece consistir no fato de que a pessoa envolvida considera difícil a crítica ou a agressividade na medida em que estas sejam diretas, sendo possível apenas ao longo de trajetos tortuosos.

Outros fatores subjetivos que determinam ou favorecem a elaboração do chiste estão menos envoltos na obscuridade. O motivo que força a produção de chistes inocentes é, não sem freqüência, uma ambiciosa vontade de mostrar a própria inteligência, exibir-se - um instinto que pode ser equiparado ao exibicionismo no campo sexual. A presença de numerosos instintos inibidos, cuja supressão reteve certo grau de instabilidade, fornecerá a disposição mais favorável à produção de chistes tendenciosos. Assim os componentes individuais da constituição sexual de uma pessoa podem, particularmente, aparecer como motivos para a construção de um chiste. Toda uma classe de chistes obscenos permite que se infira a presença de uma inclinação oculta ao exibicionismo em seus inventores; chistes tendenciosos agressivos têm melhor sorte com pessoas em cuja sexualidade é demonstrável um poderoso componente sádico, mais ou menos inibido na vida real.

O segundo fato que requer uma investigação da determinação subjetiva dos chistes é a experiência geralmente reconhecida de que ninguém se contenta em fazer um chiste apenas para si. Um impulso de contar o chiste a alguém está inextricavelmente ligado à elaboração do chiste; de fato, o impulso é tão forte que freqüentemente se processa a despeito de sérias apreensões. Também no caso do cômico, contá-lo a mais alguém produz prazer, mas a solicitação não é tão peremptória. Se alguém acha alguma coisa cômica, pode divertir-se consigo mesmo. Um chiste, pelo contrário, deve ser contado a alguém mais. O processo psíquico da construção de um chiste não parece terminado quando o chiste ocorre a alguém: permanece algo que procura, pela comunicação da idéia, levar o desconhecido processo de construção do chiste a uma conclusão.

Não podemos em primeira instância adivinhar qual possa ser a base do impulso de comunicar o chiste. Podemos, porém, constatar outra peculiaridade nos chistes que os distingue do cômico. Se encontro algo cômico, posso rir gostosamente, embora seja verdade que também me satisfaço se posso fazer alguém mais rir, contando-lhe o fato. Mas eu próprio não posso rir de um chiste que me tenha ocorrido, ou que eu tenha inventado, a despeito do inequívoco prazer que o chiste me dá. É possível que minha necessidade de comunicar o chiste a mais alguém esteja de algum modo conectada à gargalhada que produz, gargalhada esta que me é negada mas que se manifesta em outra pessoa.

Por que é então que não me rio de meu próprio chiste? Que parte nele é desempenhada pela outra pessoa?

Examinemos primeiramente a segunda questão. No caso do cômico, duas pessoas em geral são envolvidas: além de mim a pessoa em quem constato algo de cômico. Se as coisas inanimadas parecem-me cômicas, isto se deve a uma espécie de personificação que não é de ocorrência rara em nossa vida ideacional. O processo cômico se satisfaz com essas duas pessoas: o eu e a pessoa que é o objeto; uma terceira pessoa pode intervir mas não é essencial. O chiste, no estágio inicial, enquanto jogo com as palavras e pensamentos, prescinde de uma pessoa como objeto. Mas já no estágio preliminar de gracejo, se se consegue salvar o jogo e o nonsense dos protestos da razão, isso requer uma outra pessoa a quem se possa comunicar o resultado. Essa segunda pessoa no caso dos chistes não corresponde à pessoa que é o objeto, mas à terceira pessoa, à ‘outra’ pessoa no caso do cômico. É como se, no caso do gracejo, a outra pessoa transmitisse a avaliação da tarefa de elaboração do chiste - como se o eu não se sentisse, nesse ponto, seguro de seu julgamento. Também os chistes inocentes, chistes que servem para reforçar um pensamento, requerem uma outra pessoa para provar se acaso alcançaram seu objetivo. Se um chiste entra a serviço de um propósito de desnudamento ou de um propósito hostil, pode-se descrevê-lo como um processo psíquico entre três pessoas, as mesmas que participam no caso do cômico, embora seja diferente a parte desempenhada pela terceira pessoa; o processo psíquico nos chistes se cumpre entre a primeira pessoa (o eu) e a terceira (a pessoa de fora) e não, como no caso do cômico, entre o eu e a pessoa que é o objeto.

Os chistes são confrontados pelos determinantes subjetivos também no caso da terceira pessoa, podendo estes determinantes tornar inatingível sua meta de produzir excitação gratificante. Como nos lembra Shakespeare (Love’s Labour’s, Lost, V, 2):

 

A jest’s prosperity lies in the ear

Of him that hears, never in the tongue

Of him that makes it…

 

(A fortuna de um gracejo reside no ouvido

De quem o escuta, nunca na língua

De quem o faz…)

 

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes implicam num exibicionismo da própria inteligência através dos chistes obscenos que substituem os órgãos sexuais, os chistes levam ao impulso de conta-los para os outros, os chistes ocorrem num processo psíquico entre três pessoas onde a terceira pessoa é sempre a do chiste, como ocorre nas piadas e no caso cômico.

Mattanó aponta que os chistes implicam num exibicionismo da própria inteligência através dos chistes obscenos que substituem os órgãos sexuais, os chistes levam ao impulso de conta-los para os outros para que façam sentido e tenham significado, para que tenham funcionalidade, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, os chistes ocorrem num processo psíquico entre três pessoas onde a terceira pessoa é sempre a do chiste, como ocorre nas piadas e no caso cômico. Ou seja, não há como agredir a segunda pessoa com um chiste, piada ou caso cômico, pois a pulsão de  morte é canalizada para a terceira pessoa que está fora da relação chistosa ou cômica entre a primeira e a segunda pessoa em processo comunicacional.

 

MATTANÓ

(26/03/2021)

 

 

 

 

 

 

 

Uma pessoa dominada por uma disposição, voltada para pensamentos sérios, não serve para confirmar o sucesso de um gracejo na liberação do prazer verbal. Ela deve estar em um estado de ânimo eufórico, ou, ao menos, indiferente, para que possa agir como a terceira pessoa do gracejo. O mesmo obstáculo aplica-se aos chistes inocentes e tendenciosos; nos últimos há, entretanto, um obstáculo adicional: a oposição ao propósito a serviço do qual tenta-se o chiste. A terceira pessoa pode não estar pronta para rir de um excelente chiste obsceno se a desnudação aplica-se a um seu parente, altamente respeitado; diante de uma assembléia de padres e ministros, ninguém se aventuraria a reproduzir a comparação de Heine entre os clérigos católicos e protestantes e os vendedores retalhistas e os empregados de um negócio por atacado (ver em [1]); uma audiência composta de devotados amigos de um meu adversário receberiam meus felizes excertos de invectiva chistosa contra ele, não como chistes mas como invectivas e eu me defrontaria com sua indignação antes que com seu prazer. Algum grau de benevolência ou uma espécie de neutralidade, uma ausência de qualquer fator que pudesse provocar sentimentos opostos ao propósito do chiste, constituem a condição indispensável para que uma terceira pessoa colabore na completação do processo de realização do chiste.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a terceira pessoa completa o processo de realização do chiste.

Mattanó aponta que a terceira pessoa aumenta e completa o processo de realização do chiste, pois pode acrescentar mais significados e mais sentidos ao chiste em função da terceira pessoa.

 

MATTANÓ

(26/03/2021)

 

 

 

 

 

 

Onde não existem obstáculos como estes à operação do chiste, emerge o fenômeno que tomamos agora como tema de nossa investigação: o prazer que o chiste produz é mais evidente na terceira pessoa que no criador do chiste. Devemos nos contentar em dizer mais ‘evidente‘ onde nos inclinaríamos a perguntar se o prazer do ouvinte não é mais ‘intenso‘ que o do autor do chiste, já que naturalmente não dispomos de meios de medir e comparar. Vemos, entretanto, que o ouvinte evidencia seu prazer com uma explosão de riso, depois que a primeira pessoa, via de regra, propõe o chiste com uma aparência tensamente séria. Se repito o chiste que eu próprio ouvi, devo, se não quero estragar seu efeito, comportar-me contando-o exatamente como a pessoa que o fez primeiro. A questão que ora se coloca diz respeito a se devemos extrair qualquer conclusão sobre os processos psíquicos de construção de chistes a partir deste fator: o riso nos chistes.

Não podemos pretender considerar aqui tudo o que se propôs e foi publicado sobre a natureza do riso. Podemos ser demovidos de tal plano pelos comentários com que Dugas, um discípulo de Ribot, prefacia seu livro La Psychologie du Rire (1902,1): ‘Il n’est pas de fait plus banal et plus étudié que le rire; il n’en est pas qui ait eu le don d’exciter davantage la curiosité du vulgaire et celle des philosophes; il n’en est pas sur lequel on est recueilli plus d’observations et bâti plus de théories, et avec cela il n’en est pas qui demeure plus inexpliqué. On serait tenté de dire avec les sceptiques qu’il faut être content de rire et de ne pas chercher à savoir pourquoi on rit, d’autant que peut-être la réflexion tue le rire, et qu’il serait alors contradictoire que’elle en découvrît les causes’.

Por outro lado, não nos faltará a oportunidade de utilizar para nossos propósitos uma opinião sobre o mecanismo do riso que se adeqüe excelentemente a nossa linha de pensamento. Tenho em mente a tentativa de explicação feita por Herbert Spencer em seu ensaio sobre ‘The Phisiology of Laughter (A Fisiologia do Riso)’ (1860). De acordo com Spencer, o riso é um fenômeno de descarga da excitação mental a uma prova de que o emprego psíquico dessa excitação tropeça repentinamente contra um obstáculo. Descreve a situação psicológica que termina no riso com as seguintes palavras: ‘O riso resulta naturalmente apenas quando a consciência é, inesperadamente, transferida das grandes coisas para as pequenas - apenas quando há o que podemos chamar de incongruência descendente‘.

Em um sentido bastante similar autores franceses (e.g. Dugas) descrevem o riso como um ‘détente‘, um fenômeno de relaxamento da tensão. Assim também a fórmula proposta por Bain [1865, 250] - ‘o riso como liberação de uma restrição’ - parece divergir da concepção de Spencer muito menos do que algumas autoridades nos fariam acreditar.

Não obstante, sentimos necessidade de modificar a noção de Spencer, em parte para dar forma mais definitiva às idéias nela contidas e em parte para modificá-las. Devíamos dizer que o riso se dá quando uma cota de energia psíquica, usada anteriormente para a catexia de trajetos psíquicos particulares, torna-se inutilizável, de modo que essa (energia) pode encontrar descarga livre. Bem sabemos dos ‘maus espíritos’ que estamos convocando com tal hipótese, mas nos aventuraremos a citar em nossa defesa uma sentença apropriada do livro de Lipps, Komik und Humor (1898, 71), da qual deriva esclarecimento para outros assuntos que não somente o cômico e o humor: ‘Finalmente, problemas psicológicos específicos sempre levam a um aprofundamento na psicologia, de modo que, no fundo, nenhum problema psicológico pode ser tratado isoladamente’. Os conceitos de ‘energia psíquica’ e de ‘descarga’, tanto como o tratamento da energia psíquica enquanto quantidade, têm sido habituais em minhas reflexões, desde que comecei a organizar os fatos da psicopatologia filosoficamente; já em meu livro A Interpretação de Sonhos (1900a), tentei (no mesmo sentido que Lipps) estabelecer o fato de que ‘realmente efetivos psiquicamente’ são os processos psíquicos em si mesmos inconscientes, não o conteúdo da consciência. Somente qundo falo da ‘catexia dos trajetos psíquicos’ é que pareço me afastar das analogias comumente usadas por Lipps. Minhas experiências da capacidade de deslocamento da energia psíquica ao longo de certos trajetos associativos, minha experiência da quase indestrutível persistêncial de vestígios dos processos psíquicos, sugeriram-me de fato uma tentativa de figurar de uma outra forma o desconhecido. Para evitar incompreensões, devo acrescentar que não faço qualquer tentativa de proclamar que tais trajetos psíquicos são as células e fibras nervosas, ou os sistemas de neurônios que hoje estão tomando seu lugar, mesmo que fosse possível representar tais trajetos de alguma forma, ainda não indicada, através de elementos orgânicos do sistema nervoso.

Segundo nossa hipótese, portanto, encontram-se no riso as condições sob as quais uma soma de energia psíquica, usada até então para a catexia, encontra livre descarga. E já que o riso - não todo o riso, é verdade, mas certamente o riso originário do chiste - é uma indicação de prazer, inclinamo-nos por relacionar este prazer com a suspensão da catexia que fora previamente apresentada. Se verificamos que o ouvinte de um chiste ri, mas que seu criador não pode rir, isto pode nos levar a dizer que no ouvinte uma despesa catéxica foi suspensa e descarregada, enquanto na construção do chiste também encontramos obstáculos tanto à suspensão quanto à possibilidade de descarga. O processo psíquico no ouvinte, a terceira pessoa do chiste, dificilmente será mais bem descrito que pela acentuação do fato de que o prazer do chiste é adquirido com muito pequena despesa de sua parte. Pode-se dizer que o chiste lhe é presenteado. As palavras do chiste por ele ouvidas trazem-lhe necessariamente a idéia ou o curso de pensamentos cuja construção sofreu a oposição de graves inibições internas. Ele teria que fazer esforço próprio para executá-lo espontaneamente como primeira pessoa: teria que utilizar, pelo menos, tanta energia psíquica quanta correspondesse à força da inibição, supressão ou repressão da idéia. Economizou, portanto, esta despesa psíquica. À base de nossas discussões anteriores (ver em [1]) dissemos que o prazer (do chiste) correspondia a essa economia. Nosso insight do mecanismo do riso leva-nos antes a dizer que, devido à introdução da idéia proscrita através da percepção auditiva, a energia catéxica usada para a inibição torna-se agora subitamente supérflua, sendo pois suspensa e portanto descarregada pelo riso. Os dois modos de exprimir os fatos concernem essencialmente à mesma coisa já que a despesa economizada corresponde exatamente à inibição tornada supérflua. Mas o segundo método de expressão é mais esclarecedor, já que nos permite dizer que o ouvinte do chiste se ri com a cota de energia psíquica liberada pela suspensão da catexia inibitória; podíamos dizer que seu riso esgota essa cota.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o riso provocado por um chiste depende da cota de energia psíquica liberada pela suspensão da catexia inibitória, então o riso se esgota quando essa cota se esgota.

Mattanó aponta que o riso provocado por um chiste depende da cota de energia psíquica liberada pela suspensão da catexia inibitória, então o riso se esgota quando essa cota se esgota. É essa energia que promove a formação dos chistes e todo o seu processo e trabalho.

 

MATTANÓ

(26/03/2021)

 

 

 

 

O CICLO DOS TESOUROS SEGUNDO MATTANÓ (2021):

  1. Nascer para os Tesouros
  2. Criar Tesouros
  3. Gerar Tesouros
  4. Fornecer Tesouros
  5. Administrar Tesouros
  6. Produzir Tesouros
  7. Trabalhar Tesouros
  8. Economizar Tesouros
  9. Partilhar Tesouros
  10. Doar Tesouros
  11. Ser generoso e egoísta com os Tesouros
  12. Ter Abundância com os Tesouros

 

  1. Nascer para os Tesouros

Nascer para os Tesouros significa se deixar perceber e ser percebido pelo que há de mais valioso no meio ambiente, já a partir do nascimento.

 

  1. Criar Tesouros

Criar Tesouros significa se deixar experimentar testar e avaliar as consequências da sua resposta para determinado valor no meio ambiente e a partir daí criar comportamentos encobertos e manifestos, relações sociais, gestalts e insights e até uma psique referente a esse Tesouro.

 

  1. Gerar Tesouros

Gerar Tesouros significa se deixar gerar valores a partir do que foi criado como comportamentos encobertos e manifestos, relações sociais, gestalts e insights e psique.

 

  1. Fornecer Tesouros

Fornecer Tesouros significa se deixar fornecer para si e os outros e para o meio ambiente, inclusive os seres vivos e a ecologia os valores gerados com os comportamentos encobertos e manifestos, relações sociais, gestalts e insights e psique.

 

  1. Administrar Tesouros

Administrar Tesouros significa se deixar controlar e administrar a entrada e a saída de valores criados, gerados e fornecidos com os comportamentos encobertos e manifestos, relações sociais, gestalts e insights, e psique.

 

  1. Produzir Tesouros

Produzir Tesouros significa se deixar produzir, fabricar, manipular, brincar, testar, quebrar, construir, planejar, inventar, discutir Tesouros e os seus valores criados, gerados e fornecidos com os comportamentos encobertos e manifestos, relações sociais, gestalts e insights, e psique.

 

  1. Trabalhar Tesouros

Trabalhar Tesouros significa se deixar trabalhar, manufaturar, maquinofaturar, produzir artesanalmente ou industrialmente seus Tesouros e valores que você criou, gerou e forneceu com sua experiência e vida.

 

  1. Economizar Tesouros

Economizar Tesouros significa se deixar poupar mais do que se gasta em relação aos seus Tesouros e valores que você criou, gerou e forneceu com sua experiência e vida.

 

  1. Partilhar Tesouros

Partilhar Tesouros significa se deixar partilhar entre os seus e os carentes, pobres, miseráveis e doentes os seus Tesouros e valores que você criou, gerou e forneceu com sua experiência e vida comportamental encoberta e manifesta, relações sociais, gestalts e insights, e psique, para que aprendam o caminho dos Tesouros.

 

  1. Doar Tesouros

Doar Tesouros significa se deixar doar como indivíduo, Tesouro e valor e como portador de Tesouros que você criou, gerou e forneceu com sua experiência e vida para os pobres, miseráveis, carentes, doentes e necessitados, para que aprendam o caminho dos Tesouros.

 

  1. Ser generoso e egoísta com os Tesouros

Ser generoso e egoísta com os Tesouros significa se deixar ser generoso em determinados contextos e ser egoísta em outros contextos com os seus Tesouros e os Tesouros do próximo, de modo que se promova a liberdade para viver e para se aprender a viver libertando a consciência do niilismo e gerando comportamento e psique para estes momentos, gerando relações sociais para estas situações e eventos.

  1. Ter Abundância com os Tesouros

Ter Abundância com os Tesouros significa se deixar evitar o controle, a literalidade, as razões, os contextos, os significados e os sentidos, o S – R – C, estímulo – resposta – consequência, funcionalidade, comportamento, inconsciente, simbologia, relações sociais, gestalts e insights, análises e interpretações, e passar a se orientar pela consciência, pela atenção e pela intenção que movimentam a consciência como que um milagre de uma Hóstia Viva ou o de uma célula biológica no corpo, você não é mais a sua funcionalidade e nem o seu comportamento e inconsciente ou sua análise e interpretação, você é sua consciência que se movimenta através da liberdade para viver e aprender e da liberdade para se viver e se aprender a aprender.

A Abundância com os Tesouros termina com a aquisição de novos comportamentos e uma nova psique, de novas relações sociais, de novas gestalts e insights, que são adquiridos com  a consciência e a conscientização da Abundância dos Tesouros que você criou, gerou e forneceu com sua experiência e vida.

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 27 de março de 2021.

 

MATTANÓ

(27/03/2021)

 

 

 

 

 

Se a pessoa em quem o chiste se forma não pode rir, esse fato, como já dissemos (ver em [1]), indica uma divergência com aquilo que acontece na terceira pessoa: isto é, ou a suspensão da catexia inibitória ou a possibilidade de sua descarga. Mas a primeira dessas alternativas não se verificará, como constataremos imediatamente. A catexia inibitória deve ter sido suspensa também na primeira pessoa, ou o chiste não viria à tona já que sua formação visava precisamente superar uma resistência desse tipo; por outro lado, seria também impossível para a primeira pessoa sentir prazer no chiste, prazer que nos obrigamos a referir precisamente à suspensão da inibição. Tudo que perdura, então, é a outra alternativa, a saber, que a primeira pessoa não pode rir embora sinta prazer, porque há uma interferência com a possibilidade de descarga. Uma tal interferência com a possibilidade de descarga, necessária precondição do riso, pode proceder de que a energia catéxica liberada seja imediatamente aplicada a outra utilização endopsíquica. É bom que nossa atenção tenha-se desviado para tal possibilidade, na qual em breve ocuparemos nosso interesse. Entretanto, uma outra condição, que leva ao mesmo resultado, pode ser percebida na primeira pessoa do chiste. É possível que nenhuma cota de energia, capaz de tornar-se manifesta, possa ser liberada a despeito da suspensão da catexia inibitória. Na primeira pessoa de um chiste executa-se a elaboração do chiste, à qual deve corresponder certa cota de nova despesa psíquica. Assim a própria primeira pessoa produz a força que suspende a inibição. Isso, sem dúvida, resulta em prazer para si e mesmo, no caso dos chistes tendenciosos, um prazer bem considerável, já que o prazer preliminar obtido pela elaboração do chiste toma a seu cargo a suspensão de outras inibições; mas a despesa na elaboração do chiste é, em qualquer caso, deduzida da produção (do prazer) resultante da suspensão da inibição - uma despesa que é idêntica à evitada pelo ouvinte do chiste. O que acabei de dizer pode ser confirmado pela observação de que um chiste perde seu efeito de riso, mesmo em uma terceira pessoa, tão logo requeira uma despesa ou um trabalho intelectual conexo. As alusões feitas em um chiste devem ser óbvias e as omissões facilmente preenchíveis; um despertar do interesse intelectual consciente usualmente impossibilita o efeito do chiste. Há aqui uma importante distinção entre os chistes e os enigmas. Talvez a constelação psíquica não seja favorável à livre descarga do que se ganhou durante a elaboração do chiste. Parece que não estamos em condições de ir além desse ponto; conseguimos maior êxito em lançar luz sobre uma parte de nosso problema - porque ri a terceira pessoa - do que em esclarecer outra parte - porque a primeira pessoa não ri.

Contudo, se aceitamos firmemente essa concepção dos determinantes do riso e do processo psíquico na terceira pessoa, estamos agora em condições de prover uma explicação satisfatória de toda uma classe de peculiaridades dos chistes que não têm sido bem compreendidas. Se uma cota da energia catéxica capaz de descarga vai ser liberada na terceira pessoa, há várias condições que devem ser preenchidas ou que seria desejável fazer operar como encorajamentos: (1) Deve ser assegurado que a terceira pessoa esteja realmente fazendo esta despesa catéxica. (2) É necessário evitar que a despesa catéxica, quando liberada, encontre algum outro uso psíquico em vez de se oferecer para a descarga motora. (3) É muito vantajoso que a catexia liberada na terceira pessoa seja previamente intensificada, elevada a uma maior altura. Todos esses objetivos são servidos por métodos particulares de elaboração do chiste, que podem ser classificados como técnicas auxiliares ou secundárias:

[1] A primeira destas condições constitui-se em uma das qualificações necessárias à terceira pessoa enquanto ouvinte do chiste. É essencial que esta esteja em suficiente acordo psíquico com a primeira pessoa quanto a possuir as mesmas inibições internas, superadas nesta última pela elaboração do chiste. Uma pessoa receptiva ao smut será incapaz de derivar qualquer prazer dos espirituosos chistes de desnudamento; os ataques de Herr N. não serão entendidos por pessoas sem cultura, acostumadas a dar livre trânsito a seu desejo de insultar. Assim todo chiste requer seu próprio público: partilhar o riso diante dos mesmos chistes evidencia uma abrangente conformidade psíquica. Aqui, além disso, chegamos a um ponto que nos capacita adivinhar ainda mais precisamente o que ocorre na terceira pessoa. Esta deve poder, por força do hábito, erigir em si mesma aquela inibição que o chiste da primeira pessoa superou, de modo que, tão logo escute um chiste, a disposição para a inibição seja compulsiva ou automaticamente despertada. Esta disposição à inibição, que devo considerar como despesa real, análoga à mobilização no campo militar, será neste mesmo momento reconhecida como supérflua ou tardia, e portanto descarregada in statu nascendi pelo riso.

[2] A segunda condição que possibilita a livre descarga - o impedimento de que a energia liberada seja utilizada de algum outro modo - parece de longe a mais importante. Ela fornece a explicação teórica da incerteza quanto ao efeito dos chistes quando os pensamentos expressos pelo chiste suscitam no ouvinte idéias poderosamente excitantes; neste caso, a concordância ou discordância entre os propósitos do chiste e o círculo de pensamentos dominante no ouvinte decidirá se a sua atenção permanecerá no processo chistoso ou lhe será retirada. De interesse teórico ainda maior é uma classe de técnicas auxiliares que claramente servem à finalidade de deslocar do processo chistoso a atenção do ouvinte e permitir que tal processo siga seu curso automaticamente. Digo deliberadamente ‘automática’ em vez de ‘inconscientemente’ porque a última caracterização seria enganosa. Trata-se aqui apenas da manutenção de uma catexia aumentada da atenção, derivada do processo psíquico quando o chiste é escutado; a utilidade dessas técnicas auxiliares leva-nos diretamente a suspeitar que precisamente a catexia da atenção partilhe grande parte da tarefa de supervisão e novo emprego da energia catéxica liberada.

Bem pouco fácil parece ser evitar o emprego endopsíquico das catexias tornadas supérfluas pois em nossos processos mentais temos o freqüente hábito de substituir tais catexias de um trajeto a outro sem perder qualquer parte da energia a ser descarregada. Os chistes utilizam os seguintes métodos visando aquele propósito. Primeiro, tentam abreviar sua expressão tanto quanto possível, de modo a oferecer à atenção mínimos pontos de ataque. Em segundo lugar, observam a condição da facilidade de entendimento (ver em [1]); tão logo requeressem trabalho intelectual demandariam uma escolha entre diferentes trajetos de pensamento, arriscando-se assim não apenas a um inevitável dispêndio de pensamento como também a um despertar da atenção. Mas além disso empregam o artifício de distrair a atenção, apresentando na forma da expressão do chiste algo que a capte, de modo que a liberação da catexia inibitória e sua descarga possam, nesse ínterim, ser completadas sem interrupção. Este objetivo já é satisfeito pelas omissões na verbalização do chiste; estas oferecem um estímulo ao preenchimento das lacunas, conseguindo assim subtrair da atenção o processo chistoso. Aqui, a técnica dos enigmas, que atrai a atenção (ver em [1]), é convocada ao serviço da elaboração do chiste. Mesmo muito mais efetivas são as fachadas que encontramos especialmente em alguns grupos de chistes tendenciosos (ver em [2]). As fachadas silogísticas preenchem admiravelmente o papel de prender a atenção, fornecendo-lhe uma tarefa. Enquanto começamos a imaginar o que há de errado com a réplica, já estamos rindo; nossa atenção é apanhada desprevenida e a descarga da catexia inibitória liberada se completa. O mesmo é verdade para os chistes com uma fachada cômica, onde o cômico vem em ajuda da técnica do chiste. Uma fachada cômica encoraja a efetividade de um chiste por mais de uma maneira; não apenas possibilita o automatismo do processo chistoso, prendendo a atenção, mas também facilita a descarga pelo chiste, remetendo-a a uma descarga do tipo cômico. O cômico opera aqui exatamente como um prazer preliminar subornador e podemos, desta forma, compreender como é que alguns chistes podem renunciar inteiramente ao prazer preliminar produzido pelos métodos ordinários, utilizando apenas o cômico como prazer preliminar. Entre as técnicas do chiste propriamente ditas, são particularmente o deslocamento e a representação por algo absurdo que, além de suas outras qualificações, suscitam também uma distração da atenção desejável para o curso automático do processo chistoso.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes têm e dependem de seu contexto para serem produzidos e interpretados ou compreendidos. Os chistes utilizam os seguintes métodos visando aquele propósito. Primeiro, tentam abreviar sua expressão tanto quanto possível, de modo a oferecer à atenção mínimos pontos de ataque. Em segundo lugar, observam a condição da facilidade de entendimento; tão logo requeressem trabalho intelectual demandariam uma escolha entre diferentes trajetos de pensamento, arriscando-se assim não apenas a um inevitável dispêndio de pensamento como também a um despertar da atenção. Mas além disso empregam o artifício de distrair a atenção, apresentando na forma da expressão do chiste algo que a capte, de modo que a liberação da catexia inibitória e sua descarga possam, nesse ínterim, ser completadas sem interrupção. Este objetivo já é satisfeito pelas omissões na verbalização do chiste; estas oferecem um estímulo ao preenchimento das lacunas, conseguindo assim subtrair da atenção o processo chistoso.

Mattanó aponta os chistes têm e dependem de seu contexto para serem produzidos e interpretados ou compreendidos. Que os seus significados e os seus sentidos dependem do contexto para serem codificados e decodificados. Os chistes utilizam os seguintes métodos visando aquele propósito. Primeiro, tentam abreviar sua expressão tanto quanto possível, de modo a oferecer à atenção mínimos pontos de ataque. Em segundo lugar, observam a condição da facilidade de entendimento; tão logo requeressem trabalho intelectual demandariam uma escolha entre diferentes trajetos de pensamento, arriscando-se assim não apenas a um inevitável dispêndio de pensamento como também a um despertar da atenção. Mas além disso empregam o artifício de distrair a atenção, apresentando na forma da expressão do chiste algo que a capte, de modo que a liberação da catexia inibitória e sua descarga possam, nesse ínterim, ser completadas sem interrupção. Este objetivo já é satisfeito pelas omissões na verbalização do chiste; estas oferecem um estímulo ao preenchimento das lacunas, conseguindo assim subtrair da atenção o processo chistoso. Estas omissões produzem entropia e neguentropia, ou seja, organização e reorganização no processo chistoso ocasionando demanda temporal e espacial que afeta a lógica da construção linguística e semântica, ou seja, levando ao chiste.

 

MATTANÓ

(29/03/2021)

 

 

 

 

 

 

Como já podemos adivinhar, e como depois constataremos mais claramente, descobrimos na condição da distração da atenção um traço que não é, em absoluto, supérfluo ao processo psíquico no ouvinte de um chiste. Em conexão com essa há ainda outras coisas que podemos entender. Em primeiro lugar, a questão de por que dificilmente identificamos o que causa riso em um chiste, embora isso se possa descobrir pela investigação analítica. O riso é, de fato, o produto de um processo automático tornado possível apenas pelo descarte de nossa atenção consciente. Em segundo lugar, somos capazes de compreender o peculiar fato de que os chistes só produzem efeito integral no ouvinte se forem novidade para este, se lhes chegam como uma surpresa. Esta característica dos chistes (que determina a brevidade de suas vidas e estimula sua constante renovação) deve-se evidentemente ao fato de que a própria natureza do ato de surpreender alguém ou pegá-lo desprevenido implica que não se possa ter êxito uma segunda vez. Quando um chiste é repetido, a atenção retrocede à primeira ocasião em que o escutou, tal como esta procede de memória. Daí nos encaminhamos para a compreensão do impulso de contar a alguém mais, que ainda não o conheça, um chiste já ouvido. Provavelmente recobra-se da impressão que o chiste faz em um recém-vindo algo da possibilidade de prazer, perdida devido a sua falta de novidade. Pode ser que seja esse o mesmo motivo que leva o criador do chiste, em primeira instância, a contá-lo a mais alguém.

[3] Em terceiro lugar devo apresentar - agora, não mais como condição necessária mas apenas como encorajamento ao processo chistoso - os métodos técnicos auxiliares de elaboração do chiste, calculados para aumentar a cota que obtém a descarga, intensificando assim o efeito do chiste. Em sua maior parte, aumentam também a atenção que é prestada ao chiste, mas tornam esse efeito inócuo, uma vez mais, pela simultânea retenção e inibição de sua mobilidade. Qualquer coisa que provoque interesse e desconcertamento opera nestas duas direções - assim, particularmente, o nonsense e a contradição, e também o ‘contraste de idéias’ (ver em [1]), que algumas autoridades tentaram tornar a característica essencial dos chistes, mas que considero apenas como recursos intensificadores de seu efeito. Tudo que desconcerta suscita no ouvinte o estado de distribuição de energia que Lipps denominou ‘estancamento psíquico’ (ver em [2]); sem dúvida ele supõe corretamente que quanto mais poderosa a descarga, mais alto o precedente estancamento. A exposição de Lipps, de fato, não se relaciona especificamente ao chiste, mas ao cômico em geral; podemos, porém, considerar também como mais provável nos chistes a descarga de uma catexia inibitória, similarmente aumentada pela altura do estancamento.

Começa agora a raiar em nós a suspeita de que a técnica dos chistes seja em geral determinada por duas espécies de propósitos - aqueles que possibilitam a construção do chiste na primeira pessoa e aqueles que pretendem garantir ao chiste um efeito maximamente agradável na terceira pessoa. Pertencem ao primeiro destes propósitos tanto o dúplice (como Jânus) caráter dos chistes, que protege sua produção original de prazer dos ataques da razão crítica, quanto o mecanismo do prazer preliminar; a ulterior complicação da técnica pelas condições enumeradas no presente capítulo ocorre em função da terceira pessoa do chiste. O chiste é assim um velhaco hipócrita, servidor, a um só tempo, de dois amos. Tudo que nos chistes objetiva a obtenção de prazer, é calculado visando a terceira pessoa como se houvesse na primeira pessoa obstáculos internos intransponíveis. Isso nos dá uma inteira impressão de quanto é indispensável a terceira pessoa para a complementação do processo chistoso. Mas enquanto podemos obter um insight bastante bom sobre a natureza deste processo na terceira pessoa, o processo correspondente na primeira pessoa parece ainda velado em obscuridade. Das duas questões que colocamos (ver a partir de [1]), ‘Por que não conseguimos rir de um chiste feito por nós próprios?’ e ‘Por que somos levados a contar nosso próprio chiste a mais alguém?’, a primeira escapou até aqui de nossa resposta. Podemos apenas suspeitar que haja uma íntima conexão entre os dois fatos explicados: somos compelidos a contar nosso chiste para mais alguém porque somos incapazes de rir dele, nós mesmos. Nos insight das condições de obtenção e descarga de prazer que prevalecem na terceira pessoa nos capacita a inferir, no que concerne à primeira pessoa, que nesta faltam as condições de descarga, sendo cumpridas apenas parcialmente as condições relativas à obtenção de prazer. Sendo assim, não se pode negar que suplementemos nosso prazer atingindo o riso que nos é impossível através de um desvio: através da impressão que nos causa a pessoa que fazemos rir. Como afirma Dugas, rimos como se fora ‘par ricochet [por ricochete]’. O riso está entre as expressões de estados psíquicos mais altamente contagiosas. Quando faço alguma pessoa rir, contando-lhe meu chiste, estou de fato utilizando-a para suscitar meu próprio riso e é possível, de fato, observar que a pessoa que começou a contar o chiste, com a face séria, reúne-se depois à gargalhada do outro com um riso moderado. Conseqüentemente, contar meu chiste a outra pessoa serviria a vários propósitos: primeiro, dar-me a certeza objetiva de que a elaboração do chiste foi bem-sucedida; segundo, completar meu próprio prazer pela reação que provoco na outra pessoa; terceiro - onde entra a questão da repetição de um chiste que não foi produzido pelo próprio narrador -, compensar-se da perda de prazer causada pela falta de novidade do chiste.

 

       Como conclusão das discussões dos processos psíquicos nos chistes, enquanto estes se passam entre duas pessoas, podíamos reconsiderar o fator economia, cuja importância para chegar a uma concepção psicológica dos chistes nos tem aparecido desde a primeira explicação de sua técnica. Já há muito abandonamos a concepção mais simples e óbvia dessa economia - evitar a despesa psíquica em geral, tal como a envolveria a maior restrição possível ao uso de palavras e ao estabelecimento de nexos de pensamento. Mesmo nesse estágio dissemos que não bastaria ser conciso ou lacônico para fazer um chiste (ver em [1]). A brevidade do chiste é de espécie peculiar - brevidade ‘chistosa’. É verdade que a produção original de prazer, obtida pelo jogo de palavras e pensamentos, derivava de simples economia na despesa; mas, com o desenvolvimento do jogo em chiste, a tendência à economia teve também que alterar seus objetivos, pois o montante que se economizava pelo uso da mesma palavra ou pela redundância diante de uma nova maneira de reunir idéias não valeria nada, se comparado ao imenso dispêndio de energia em nossa atividade intelectual. Posso talvez me aventurar a uma comparação entre a economia psíquica e um empreendimento comercial. Na medida em que o movimento do negócio é pequeno, o que importa é que a despesa em geral se mantenha baixa, os custos administrativos reduzidos a um mínimo. A economia se refere ao valor absoluto da despesa. Mais tarde, quando o negócio se expande, a importância do custo administrativo diminui; a altura alcançada pelo montante da despesa não é o mais importante, desde que o movimento e os lucros sejam suficientemente aumentados. Redundaria em sovinice, e mesmo em positivo prejuízo, manter-se conservador quanto à despesa na administração do negócio. Entretanto, erraríamos em admitir que diante de uma despesa absolutamente grande não houvesse mais lugar para tendência à economia. A mente do gerente, se inclinada à economia, se voltaria agora para a economia nos detalhes. Ele sentirá satisfação se certo trabalho for executado a custo menor que anteriormente, ainda que a economia pareça pequena em comparação às dimensões da despesa total. De modo bastante análogo em nosso complexo negócio psíquico, também a economia nos detalhes persiste como fonte de prazer, o que se pode verificar pelos acontecimentos cotidianos. Quem quer que tivesse sua casa iluminada a gás e tem agora a instalação elétrica perceberá, por algum tempo, um definido sentimento de prazer ao acender a luz elétrica; tal sentimento assomará enquanto for revivida a lembrança das complexas manobras exigidas para obtenção da luz a gás. Do mesmo modo, as economias na despesa psíquica inibitória operadas pelo chiste - embora pequenas comparativamente à totalidade de nossa despesa psíquica - permanecerão para nós uma fonte de prazer porque nos poupam uma despesa particular a que estávamos acostumados e que já nos preparávamos para fazer também naquela ocasião. O fator de expectativa e preparação para a despesa move-se inequivocamente em primeiro plano.

Uma economia localizada, tal como a que estamos considerando, não deixará de nos proporcionar um prazer momentâneo, mas não acarretará um alívio duradouro na medida em que o que é poupado neste ponto pode ser reutilizado em outra parte. Somente quando essa disposição é evitada, a economia especializada transforma-se em um alívio geral da despesa psíquica. Assim, quando chegamos a uma melhor compreensão dos processos psíquicos do chiste, o fator alívio toma o lugar da economia. É óbvio que o primeiro fornece um maior sentimento de prazer. O processo de chiste na primeira pessoa produz prazer pela suspensão da inibição e diminuição da despesa local; não parece entretanto chegar ao fim senão por intermédio de uma terceira pessoa interpolada, obtendo o alívio geral através da descarga.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a economia psíquica depende da despesa psíquica e que esta chega ao fim pela suspensão da inibição e diminuição da despesa local, por intermédio de uma terceira pessoa interpolada, que produz o alívio geral através da descarga através do chiste.

Mattanó aponta que a economia psíquica depende da despesa psíquica e que esta chega ao fim pela suspensão da inibição e diminuição da despesa local, por intermédio de uma terceira pessoa interpolada, que produz o alívio geral através da descarga através do chiste. Que os significados e os sentidos dependem da economia de palavras para que façam efeito no chiste e a despesa psíquica chegue ao fim pela suspensão da inibição e diminuição da despesa local, por intermédio de uma terceira pessoa interpolada, que produz o alívio geral através da descarga através do chiste.

 

MATTANÓ

(29/03/2021)

 

 

 

            O DIVÓRCIO DA REALIDADE DE MATTANÓ (2021):

Mattanó se divorcia da realidade, pois esta é criação do Homo Sapiens....

            A realidade é um divórcio da razão em si mesma, pois não retrata a realidade, mas apenas a sua natureza biopsíquica, do próprio Homo Sapiens codificador e decodificador de mensagens ou realidades, o seu cérebro, funcionalmente, que se divorciou do mundo para se reproduzir individualmente.

 

  1. Psicologia Dialética de Mattanó

 

 

            Esta Psicologia especula que o que determina as escolhas e a história de vida de cada indivíduo e grupo social, inclusive a família, é a dialética, o movimento da: consciência-alienação, que determina o que escolhemos em cada momento de nossas vidas, em cada contexto, assim, por exemplo, um indivíduo pobre e forte, pedreiro, sonha e busca a riqueza e a tranquilidade e o descanso, e um indivíduo rico e fraco, milionário, sonha e busca, acaba invejando um indivíduo pobre e forte quando ele se vê doente e fraco, como seu ideal onde não tem os problemas que tem em sua consciência devido a alienação e ao conflito dialético tomado em sua unidade entre o real e o ideal.

            Esta dialética esclarece que jamais estaremos satisfeitos com o comportamento, mente, organismo e relações sociais, pois existe para cada evento o seu oposto que cria e gera mantendo o conflito tomado em sua unidade que movimenta o indivíduo e os grupos, a humanidade.

            É resignificando os opostos que buscamos a arte de discutir, a dialética, a arte do diálogo pelo qual o ser, o pensamento e a afetividade se desenvolvem por contradições superadas.

            Platão disse  ¨aquele que conhece a arte de interrogar e responder, tu chamas de outro modo que dialético?¨ Também disse que ser dialético é chegar a essência de cada coisa. Podemos dizer que o Psicoterapia é um processo dialético, segundo Platão, pois envolve perguntas e respostas em seu processo analítico de cura.

 Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude crítica diante do seu papel de interrogador em relação à estimulação ambiental, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

 

 

  1. Psicofilosofia de Mudança de Destino

 

 

            A Psicofilosofia de Mudança de Destino  prega que através da linguagem o ser humano pode mudar o seu destino, alterando o significado,  o sentido e assim conflitando o conceito dos objetos do mundo real e ideal, de modo que até mesmo a Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995 e suas consequências como a lavagem cerebral, a pedofilia, a violência, o racismo, a perseguição e o bullying dentre outros fenômenos como o erro e a mentira, a ilusão e a falsidade, o delírio, se tornam curáveis ou amenizáveis através da resignificação.

            Alterar significados, sentidos intencionalmente pode, sim, levar a loucura permanente e incurável, mas como epistemologista é uma área nova de conhecimento que desperta interesse e atenção para as suas emergências e problemas, limites e valores.

            Até que ponto o ser humano tolera mudanças de significado e sentido? Quando isto passa a se tornar loucura? Quando isto passa a se tornar crime? Há cura ou tratamento para isto hoje em dia? O que devemos estudar e pesquisar para o bem da humanidade? Podemos sair por aí mudando o destino das pessoas intencionalmente?

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude crítica em relação a estimulação ambiental que promove a mudança de destino através da linguagem, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

 

 

  1. Psicologia do Humor

 

A Psicologia do Humor entende que o humor é a expressão verbal, corporal, territorial, telepática ou qualquer outra, que retrata uma situação com um misto de simpatia e divertimento. É uma atitude ou tendência emocional para reagir favorável (bom humor) ou desfavoravelmente (mau humor) a outras pessoas. Esta atitude influencia a consciência, a identidade, a atividade, a alienação e o inconsciente das pessoas para reagir com bom ou mau humor. Tanto o bom quanto o mau humor retratam uma situação ou um evento ambiental com forma de adaptação e reação às adversidades. Somente o bom humor é capaz de suscitar simpatia e divertimento. O mau humor suscita aversão ao evento ambiental.

            O humor por assim ser suscita reações favoráveis ou desfavoráveis que podem ser desmembradas e estudadas posteriormente.

            Através desta Psicologia do Humor descobrimos se somos favoráveis ou desfavoráveis a determinados eventos ambientais e poderemos entender como reagimos e somos responsáveis pelo seu desenvolvimento  ambiental.

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude favorável ou desfavorável em relação a estimulação ambiental através do humor, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

 

 

  1. Psicologia de Telepatia

 

 

            A Psicologia de Telepatia entende o ser humano em interação com o meio ambiente numa relação de adaptação fisiológica, comportamental, morfológica e agora, telepática, onde seus recursos linguísticos determinam e modelam a telepatia, através dos significados, sentidos e conceitos, do Episódio Verbal Completo, do Episódio Verbal Incompleto e do comportamento verbal do falante e do ouvinte, e agora, do telepata, que está sujeito as interferências em seu comportamento encoberto telepático e em seu comportamento público telepático, através do contato que leva a contaminar e ao desvio de destino ou de finalidade, de respostas e de consequências através do estímulo ambiental associado a telepatia ou desencadeado pela telepatia, seja qual for o modelo, as respostas e as consequências tornar-se-ão desviadas ou alteradas pela contaminação através dos estímulos telepáticos da(s) mente(s) associada(s) ao evento ambiental estudado.

            Esta Psicologia de Telepatia estuda assim a contaminação e seus problemas comportamentais, psicológicos, arquetípicos, sociais, escolares, gestálticos, adaptativos, trabalhistas, de destino, de humor, dos ritos e discursos, da auto-atualização, da auto-realização, do estilo de vida, do inconsciente, da aprendizagem, dos fenômenos, etc., para que possamos compreende-los, estuda-los e intervir, por exemplo, nos recursos linguísticos, como os significados, sentidos e conceitos, ou na alfabetização, para uma melhor convivência e produtividade ou felicidade e paz social.

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo pode ocorrer a contaminação entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude compreensiva, de convivência, de felicidade e de paz social em relação a estimulação ambiental, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

 

 

  1. Psicologia Positivista

 

 

            A Psicologia Positivista estuda o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude positiva em relação a estimulação ambiental.

            A palavra positiva designa o real, por oposição ao quimérico, aqui as conclusões tem que ser positivas e dadas pela experiência que se volta para o positivismo, ou àquilo que há de melhor em cada indivíduo e em cada evento provocado por qualquer que seja o estímulo ambiental. Portanto a experiência fundamenta-se, nesta abordagem, numa experiência realizadora, positiva e motivadora, elevando a consciência do indivíduo a um grau ou estágio superior ao normal e não se aprisionando aos processos inconscientes da mente que sempre são confusos e negativos ou aprisionadores, fazendo um trabalho por meio da consciência, através, também, da educação e do treino comportamental por meio do reforço que visa modelar o comportamento do indivíduo e sua atitude positiva, seja qual for o problema ou evento ambiental.

            Concluímos que a Psicologia Positivismo visa ajudar o indivíduo a lidar com sua consciência e o meio ambiente com uma atitude positiva, libertadora, realizadora, motivadora, educadora, pois o ser humano é capaz de lidar com seus estados de inconsciência através da consciência e é esta atitude que o faz se recuperar de seus traumas quando está condicionado a eles. A consciência é libertadora.

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude positiva em relação a estimulação ambiental, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

 

 

 

  1. Psicofarmacomédicos

 

 

            Os Psicofarmacomédicos serão aqueles profissionais da saúde mental, farmacológica e física do futuro, talvez dos nossos tempos que enfrentamos já estas necessidades. Mas que necessidades?

            Há de termos uma dieta farmacológica assim como temos uma dieta nutricional, essa dieta farmacológica seria administrada por Psicofarmacomédicos, responsáveis pelo controle e administração dos fármacos para os indivíduos com suas diferenças e igualdades mentais, farmacológicas e físicas ou orgânicas, e até mesmo na Educação e no Novo Sistema Sexual proposto por Mattanó.      

            Creio que como acompanhamos o gigantesco crescimento dos fármacos alopáticos e homeopáticos e a crescente demanda acompanhada de satisfação e sucesso profissional, acredito que estamos descobrindo que somos e seremos dependentes ou os fármacos nos ajudarão, talvez, potencializando ou sarando, melhorando nosso organismo e desempenho, nossa saúde mental e física e até de resposta aos fármacos, o que nos leva a pensar que eles, os fármacos serão indispensáveis como é indispensável a água e o alimento, a energia, o vestuário e a tecnologia, a informação, o trabalho, a educação e a justiça, ou seja, a saúde para os seres humanos e talvez para os demais seres vivos do nosso mundo com o avanço das descobertas científicas, e até mesmo na Educação e no Novo Sistema Sexual proposto por Mattanó!

            Os Psicofarmacomédicos tornar-se-ão indispensáveis como agentes de saúde fundamentais para o equilíbrio bio-psico-social do ser humano, por exemplo, para sua imunidade,  e da civilização, e até mesmo na Educação e no Novo Sistema Sexual proposto por Mattanó.

 

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude positiva em relação a estimulação ambiental e psicofarmacológica, para que ele tenha uma consciência libertadora.

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

 

 

  1. Psicologia do Trauma

 

            Esta abordagem psicológica entende a vida e a vida psicológica, comportamental e social como produto e fonte de traumas, não necessariamente apenas como eventos dolorosos mentalmente que deixam problemas comportamentais e psíquicos, mas também como presente naqueles eventos exteriores ao corpo individual e que pertencem ao meio ambiente, pois quando manipulamos a mente de um indivíduo inserindo dados também manipulamos  e transformamos o meio ambiente, assim o meio ambiente esta mesmo quando ¨distante¨ de nós, sendo manipulado constantemente pelos indivíduos através, por exemplo, que chamarei de Trauma, fenômeno que transforma um evento noutro evento transfigurando suas características como em acidentes de automóveis, aeronaves, trens, bicicletas, pedestres, crianças. idosos, doentes, etc., deixando o que era perfeito, imperfeito ou outra coisa, devido ao Trauma. O Trauma pode lesar, fraturar, destruir ou matar o indivíduo ou o objeto no meio ambiente e até o meio ambiente por ação da subjetividade. Investigamos assim o meio ambiente, seus objetos e os indivíduos diante do Trauma, seu contexto, estímulo, resposta e consequência, e o novo contexto:
Tr = Ctx + S + R + C = NCtx.

Trauma = Contexto + Estímulo + Resposta + Consequência = Novo Contexto.

Sigmund Freud (1856-1939) alterou radicalmente o modo de pensar a vida mental e ousou estudar processos psíquicos como os sonhos, fantasias, esquecimentos, a interioridade do homem que o levaram a Psicanálise.

            Contudo temos Osny Mattanó Júnior e sua Nova Psicanálise que vai além da Psicanálise Espiritualizada que se interessa pelo normal e pelo anormal, pelo pecado e pelo patológico, se interessando pela segurança, pela violência e pelo exercício da força a favor e contra o direito, ensinando também  que não há descontinuidade na vida mental, que existem 3 leis para o inconsciente: o niilismo, o condensamento e o deslocamento, e que assim a resposta existe, mesmo que seja niilista e que suas causalidades são provocadas por intenção ou por desejo da pessoa. A maior parte do funcionamento mental da pessoa se passa fora da consciência. A atividade mental inconsciente desempenha um papel fundamental na produção das causalidades.

            Sobre a energia vital, ela, passa agora a ser o exercício da força, e somente depois a comunhão e não a libido, a comunhão tem um papel maior do que a libido na Trajetória da Vida, dos Monstros, dos Heróis e dos Escravos, na história de vida e nos contextos, porém a libido também permanece como catexia.

            O exercício da força torna-se a veia principal do organismo energético, capaz de regular sua segurança e sua sobrevivência, ou seja, sua adaptação ao meio ambiente, sua adaptação as adversidades do meio ambiente superando-as, favorecendo a comunhão e a libido e a Evolução.

            A quantidade de catexia que se liga ou se dirige a representação mental da pessoa ou coisa depende do desejo, do investimento, seja no exercício da força, na comunhão ou na libido.

            Catexizamos lembranças, pensamentos e fantasias do objeto – após termos pensado pela primeira vez segundo os impulsos do id teremos lembranças, pensamentos e fantasias como as conhecemos.

            O refluxo permite e independência, e a regressão é o retorno a uma instância de gratificação mais remota.

            O funcionamento psíquico ocorre de duas maneiras: os processos primários e os processos secundários. Nos processos primários há a descarga da catexia e nos processos secundários há a capacidade de retardar a descarga da energia psíquica. A passagem do primário para o secundário é gradual e assim vai se formando o ego do sujeito para a vida toda.

            Falamos aqui de um outro modelo de energia psíquica, o do exercício da força, necessário para a sobrevivência e adaptação, e continuamos falando do novo modelo de energia psíquica construído a partir da comunhão que se torna mais forte do que a libido na vida e na representação das pessoas, pois existe um sentimento universal de comunhão partilhado, permanente, diariamente em encontros e estados de consciência e de solidão, como em cerimônias, hábitos, tradições, discursos, ritos, mitos, programas de mass mídia, igrejas, fenômenos, celebridades e autoridades que constantemente fazem alusão à comunhão, a partilha, a acolhida, a paz, a misericórdia, ao perdão, ao amor e a Deus.

            Percebemos que até certa altura da vida gostamos de falar e de praticar sexo, mas com o tempo as coisas vão mudando e mudamos, percebemos que gostamos de falar a praticar a comunhão desde o nascimento e com o tempo muito dificilmente a situação muda, ou seja, dificilmente deixamos de praticar a comunhão até a morte! Isto acontece, a comunhão, em todos os ambientes, mas o sexo não flui em todos os ambientes e situações como em igreja e relações com o crime, ou em locais públicos, a não ser que te violentam e te forcem cruelmente ou te estuprem! Existe crime no sexo, mas não existe crime na verdadeira comunhão!

            E notamos também que lutamos o tempo todo contra adversidades ambientais de toda a ordem, fenômenos físicos, orgânicos, biológicos, espirituais, filosóficos, psicológicos, sociais e abstratos, conceituais, significados, sentidos e conceitos, a linguagem, etc., pois a função básica do organismo é se adaptar! A função básica do organismo é se adaptar para sobreviver através do exercício da força, da comunhão e da libido! O tempo todo lidamos com a pulsão de vida e a pulsão de morte e o tempo todo ocorre o ajustamento entre o indivíduo e o meio onde o papel do indivíduo é sempre escolher uma atitude positiva em relação a estimulação ambiental e ao trauma, para que ele propicie uma consciência sem sofrimento mental e até mesmo, libertadora.

 

(CICLO UNIVERSAL COMPLETO):

EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO = ZEITGEIST + COSMOS + HIPERESPAÇO = INTELIGÊNCIAS + PROCESSOS SOCIAIS.

 

            A embriologia é a vida desde a concepção até o nascimento e o desenvolvimento que é o indivíduo, a família e a sociedade, o Zeitgeist é o clima cultural e intelectual da época e o Cosmos é o elo entre o Céu ou o Universo, o Zeitgeist e o indivíduo (você) e finalmente, o Hiperespaço, local para o Niilismo, onde não há realidade psíquica, pois não há ainda condensamento e nem deslocamento, nem núcleos psíquicos, somente o nada, o vazio, o Niilismo. É através do Hiperespaço que o ser humano retorna ao nada, ao Niilismo e pode a partir daí voltar a resignificar ou preencher sua vida, sua vida psíquica, a partir daqui entramos em contato com as inteligências que fazem do nosso cérebro uma máquina de respostas inteligentes, onde há uma resposta inteligente para tudo que percebemos, e é então assim que começam os processos sociais ou gregários, funcionalmente oriundos das inteligências, a gregariedade também é uma resposta inteligente, ou seja, os processos sociais sempre se dão segundo as leis das inteligências, inclusive diante dos processos básicos do organismo que são se adaptar com o exercício da força, da comunhão e da libido; concluído este processo o ser humano retorna ao Ciclo Universal, retornando, muitas vezes a família e a criação de seus filhos, vemos que já fora retomada a EMBRIOLOGIA + NASCIMENTO + DESENVOLVIMENTO..., o Ciclo Universal não se esgotará e retornará ao seu princípio sempre, mas atualizado, devido ao ZEITGEIST e as INTELIGÊNCIAS. O Ciclo Universal é inteligente e progressivo, assim como o Universo e a Vida! A função básica da vida no Universo é se adaptar!

 

 

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 30 de março de 2021.

 

MATTANÓ

(30/03/2021)

 

 

 

 

Mattanó especula se não existe algum fenômeno biológico que faz unir os indivíduos filhos dos mesmos pais e mães como irmãos e irmãs através, por exemplo, da embriologia, talvez da mórula ou do blastômero ou do zigoto, gerando uma família que pode evoluir e evitar comportamentos como o cruzamento entre familiares, levando a padrões mais evoluídos como criar comportamentos onde o indivíduo e sua família se comportem significando e dando sentido a sua vida sexual e reprodutiva, familiar, acreditando que os filhos dos mesmos pais são a ¨mesma pessoa¨ porém com informação diferente ou com variação genética como os órgãos de um indivíduo que tem fígado, pulmões, coração, rins, etc., são todos o mesmo indivíduo mas com informações diferentes ou com variação genética, da mesma forma os irmãos filhos dos mesmo casal, pois foram gerados pelos mesmos órgãos sexuais, de seu pai e de sua mãe, adquirindo informações diferentes ou variação genética com a fecundação.

 

MATTANÓ

(30/03/2021)

 

 

 

 

 

 

  1. PARTE TEÓRICA

 

VI - A RELAÇÃO DOS CHISTES COM OS SONHOS E O INCONSCIENTE

 

Ao fim do capítulo em que me ocupei da descoberta da técnica dos chistes, observei (ver em [1]) que os processos de condensação, com ou sem formação de substitutivos, de representação pelo nonsense ou pelo oposto, de representação indireta etc., os quais, como constatei, desempenham uma parte na produção dos chistes, mostram uma concordância muito abrangente com os processos de ‘elaboração onírica’. Prometi, por um lado, que posteriormente estudaríamos essas similaridades mais de perto e, por outro lado, examinaríamos o elemento comum nos chistes e nos sonhos, o qual me parece assim sugerido. Seria mais fácil para mim operar essa comparação se pudesse assumir que um de seus dois objetos - a ‘elaboração onírica’ - fosse já familiar a meus leitores. Entretanto será provavelmente mais sábio não fazer tal suposição. Tenho a impressão de que meu A Interpretação de Sonhos, publicado em 1900, provocou mais ‘desconcerto’ que ‘esclarecimento’ entre meus colegas especialistas; sei que círculos maiores de leitores contentaram-se em reduzir o conteúdo do livro a uma fórmula (‘realização do desejo’) que pode ser facilmente recordada e convenientemente mal-usada.

O contínuo interesse pelos problemas lá tratados - pois disso me tem dado larga oportunidade minha prática médica como psicoterapeuta - não me conduziu a nada que pudesse ter exigido alterações ou melhorias nas linhas de meu pensamento; posso portanto esperar tranqüilamente até que a compreensão de meus leitores me alcance ou até que uma crítica judiciosa demonstre os erros fundamentais em minha concepção. Para o propósito de efetuar a comparação com os chistes repetirei agora, breve e concisamente, a informação mais essencial sobre os sonhos e a elaboração onírica.

Sabemos de um sonho aquilo que, via de regra, se parece a uma lembrança fragmentária que nos ocorre depois de despertar. Tal lembrança aparece como uma miscelânea de impressões sensoriais, principalmente visuais mas também de outros tipos, que simula uma experiência e à qual podem ser misturados processos de pensamento (o ‘saber’ no sonho) e expressões de afeto. O que, desse modo, recordamos do sonho chamo ‘conteúdo manifesto do sonho‘. É, freqüentemente, absurdo e confuso - algumas vezes, apenas um ou outro. Mas mesmo se é bastante coerente, como no caso de alguns sonhos de ansiedade, confronta nossa vida mental com algo diferente, cuja origem não podemos explicar de nenhuma maneira. A explicação dessas características dos sonhos tem até agora sido pesquisada nos próprios sonhos, considerando-os como indicações de uma atividade dos elementos nervosos desordenada, dissociada e, como que, ‘adormecida’.

Demonstrei, contrariamente, que o estranho conteúdo ‘manifesto’ dos sonhos pode ser tornado regularmente inteligível como sendo a transcrição mutilada e alterada das estruturas psíquicas racionais, que merecem o nome de ‘pensamentos oníricos latentes‘. Chegamos ao conhecimento destes dividindo o conteúdo manifesto do sonho em seus componentes, sem considerar qualquer sentido aparente que possam ter [como um todo] e seguindo então os fios de associação que procedem de cada um dos elementos agora isolados. Estes entretecem-se e levam finalmente a uma trama de pensamento que não são perfeitamente racionais mas podem facilmente se adequar no conhecido contexto de nossos processos mentais. No curso dessa ‘análise’, teremos descartado o conteúdo do sonho de todas as peculiaridades que nos intrigam. Mas se a análise alcança êxito, devemos, enquanto ela opera, rejeitar firmemente as objeções críticas que sem cessar opõem-se à reprodução das várias associações intermediárias.

A comparação do conteúdo manifesto do sonho recordado com os pensamentos oníricos latentes assim descobertos dá à luz o conceito de ‘elaboração onírica’. A elaboração onírica é o nome de toda a soma de processos transformadores que convertem os pensamentos oníricos latentes em sonho manifesto. A surpresa com que inicialmente consideramos o sonho associa-se agora à elaboração onírica.

Os empreendimentos da elaboração onírica podem ser descritos como segue. Uma trama de pensamentos, usualmente muito complicada, elaborada durante o dia mas incompletamente manipulada - um ‘resíduo diurno’ - continua durante a noite a reter a cota de energia e ‘interesse’ - que reclama, ameaçando perturbar o sono. Este ‘resíduo diurno’ é transformado em sonho pela elaboração onírica, tornado assim inócuo ao sono. Para fornecer um fulcro à elaboração onírica, o ‘resíduo diurno’ deve ser capaz de construir um desejo - o que não é condição muito difícil de se cumprir. O desejo originário dos pensamentos oníricos forma o estágio preliminar e, mais tarde, o núcleo do sonho. A experiência derivada das análises - e não da teoria dos sonhos - informa que nas crianças qualquer desejo restante da vida desperta é suficiente para suscitar um sonho que emerge, conectado e engenhoso embora usualmente breve, e facilmente reconhecível como ‘realização do desejo’. No caso dos adultos parece ser uma condição geralmente obrigatória que o desejo criador do sonho seja alheio ao pensamento consciente - um desejo reprimido - ou, ao menos, terá possivelmente reforços desconhecidos da consciência. Sem admitir a existência do inconsciente no sentido explanado acima (ver em [1]), não poderei desenvolver mais longe a teoria dos sonhos nem interpretar o material encontrado nas análises de sonhos. A ação deste desejo inconsciente sobre o material conscientemente racional dos pensamentos oníricos produz o sonho. Enquanto isso acontece, o sonho é como que dragado pelo inconsciente ou, mais precisamente, é submetido a um tratamento tal como o encontrado no nível dos processos de pensamentos inconscientes, tratamento característico desse nível. Até aqui, somente os resultados da ‘elaboração onírica’ apresentam efetivamente as características do pensamento inconsciente e as suas diferenças em relação ao pensamento capaz de tornar-se consciente - o pensamento ‘pré-consciente’.

Uma teoria nova, à qual falta simplicidade e que enfrenta nossos hábitos de pensamentos, dificilmente há de ganhar clareza em uma apresentação concisa. Tudo que posso pretender com esses comentários é chamar a atenção para o mais completo tratamento do inconsciente em meu A Interpretação de Sonhos e nos escritos de Lipps, que me parecem da mais alta importância. Bem sei que aqueles, enfeitiçados por uma boa educação filosófica acadêmica ou que extraem em larga escala suas opiniões de algum, assim chamado, sistema filosófico hão de se opor à admissão de um ‘inconsciente psíquico’ no sentido em que Lipps e eu usamos o termo e preferirão provar sua impossibilidade à base de uma definição do psíquico. Mas as definições são matéria de convenção e podem ser alteradas. Tenho com freqüência verificado que as pessoas que discutem o inconsciente como algo absurdo e impossível não formaram suas opiniões nas fontes que me levaram, ao menos, à necessidade de reconhecê-lo. Tais adversários do inconsciente nunca testemunharam o efeito de uma sugestão pós-hipnótica e quando lhes disse de minhas experiências com neuróticos não-hipnotizados foram tomados de grande perplexidade. Nunca perceberam a idéia de que o inconsciente é algo que realmente não conhecemos, mas que somos obrigados a admitir através de compulsivas inferências; compreenderam-no como algo capaz de tornar-se consciente embora não estivesse sendo pensado em tal momento, não ocupasse ‘o ponto focal da atenção’. Nem tentaram nunca se convencer da existência, em suas próprias mentes, de pensamentos inconscientes como esses pela análise de um de seus próprios sonhos; quando tentei fazê-lo, puderam apenas acolher suas próprias associações com surpresa e confusão. Penso que resistências emocionais fundamentais obstam o caminho da aceitação do inconsciente, fundadas no fato de que não se quer conhecer o próprio inconsciente, sendo então o plano mais conveniente a negação completa de tal possibilidade.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica suscintamente sua obra A Interpretação dos Sonhos e explica que ela se justifica pela dificuldade ou negação dela mesma pela comunidade.

Mattanó aponta que a obra A Interpretação dos Sonhos explica o que ela desperta e gera em sua comunidade, comportamento manifesto e comportamento latente, e interpretação.

 

MATTANÓ

(30/03/2021)

 

 

 

 

 

 

A elaboração onírica - à qual retorno após essa digressão - submete o material dos pensamentos, apresentados no modo optativo, à mais estranha das revisões. Primeiro, passa do optativo ao presente do indicativo; substitui o ‘Oh! se ao menos…’ pelo ‘É’. Confere-se então ao ‘É’ uma representação alucinatória; aquilo que chamei de ‘regressão’ na elaboração onírica - o trajeto que leva dos pensamentos às imagens conceptuais, ou, para usar a terminologia da ainda desconhecida topografia do aparato mental (não entendido anatomicamente), da região das estruturas dos pensamentos às percepções sensoriais. Neste caminho, inverso ao curso tomado pelo desenvolvimento das complicações mentais, dá-se aos pensamentos oníricos um caráter pictorial; eventualmente, chega-se a uma situação plástica que é o núcleo do manifesto ‘quadro onírico’. Para que seja possível aos pensamentos oníricos serem representados em forma sensorial, sua expressão deve sofrer modificações abrangentes. Mas enquanto os pensamentos estão sendo restituídos às imagens sensoriais, ocorrem neles ainda outras alterações, umas comprovadamente necessárias mas outras, surpreendentes. Podemos entender que, como resultado subsidiário da regressão, quase todas as relações internas entre os pensamentos interconectados sejam perdidas no sonho manifesto. A elaboração onírica, como poderíamos verificar, só empreende a representação do material bruto das idéias e não das relações lógicas em que estas se dispunham; ou, em todo o caso, reserva-se a liberdade de desrespeitar essas últimas. Por outro lado, há uma outra parte da elaboração onírica que não pode ser atribuída à regressão, à restituição em imagens sensórias; é precisamente esta parte que ocupa importante lugar em nossa analogia com a formação dos chistes. No decorrer da elaboração onírica o material dos pensamentos oníricos é sujeito a uma muito extraordinária compressão ou condensação. Um ponto de partida lhe é fornecido por quaisquer elementos comuns que possam estar presentes nos pensamentos oníricos, seja por acaso, ou devido à natureza de seu conteúdo. Já que esses não são em geral suficientes para qualquer condensação considerável, novos elementos artificiais e transitórios são criados na elaboração onírica e, em vista deste fim, há realmente uma preferência por palavras cujo som exprima diferentes significados. Os elementos comuns, recém-criados, de condensação penetram no conteúdo manifesto do sonho como representantes dos pensamentos oníricos, de modo que um elemento no sonho corresponde a um ponto nodal ou a uma junção nos pensamentos oníricos, e, comparativamente a estes últimos, deve ser descrito geralmente como ‘superdeterminado’. A condensação é a peça da elaboração onírica mais facilmente reconhecível; basta comparar o texto de um sonho, quando é anotado, com o registro dos pensamentos oníricos a que se chega pela análise para que nos impressionemos com a extensividade da condensação onírica.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a elaboração onírica, como poderíamos verificar, só empreende a representação do material bruto das idéias e não das relações lógicas em que estas se dispunham; ou, em todo o caso, reserva-se a liberdade de desrespeitar essas últimas. Por outro lado, há uma outra parte da elaboração onírica que não pode ser atribuída à regressão, à restituição em imagens sensórias; é precisamente esta parte que ocupa importante lugar em nossa analogia com a formação dos chistes. No decorrer da elaboração onírica o material dos pensamentos oníricos é sujeito a uma muito extraordinária compressão ou condensação. Um ponto de partida lhe é fornecido por quaisquer elementos comuns que possam estar presentes nos pensamentos oníricos, seja por acaso, ou devido à natureza de seu conteúdo. Já que esses não são em geral suficientes para qualquer condensação considerável, novos elementos artificiais e transitórios são criados na elaboração onírica e, em vista deste fim, há realmente uma preferência por palavras cujo som exprima diferentes significados. Os elementos comuns, recém-criados, de condensação penetram no conteúdo manifesto do sonho como representantes dos pensamentos oníricos, de modo que um elemento no sonho corresponde a um ponto nodal ou a uma junção nos pensamentos oníricos, e, comparativamente a estes últimos, deve ser descrito geralmente como ‘superdeterminado’. A condensação é a peça da elaboração onírica mais facilmente reconhecível; basta comparar o texto de um sonho, quando é anotado, com o registro dos pensamentos oníricos a que se chega pela análise para que nos impressionemos com a extensividade da condensação onírica.

Mattanó aponta que a elaboração onírica, como poderíamos verificar, só empreende a representação do material bruto das idéias e não das relações lógicas em que estas se dispunham; ou, em todo o caso, reserva-se a liberdade de desrespeitar essas últimas. Por outro lado, há uma outra parte da elaboração onírica que não pode ser atribuída à regressão, à restituição em imagens sensórias; é precisamente esta parte que ocupa importante lugar em nossa analogia com a formação dos chistes. No decorrer da elaboração onírica o material dos pensamentos oníricos é sujeito a uma muito extraordinária compressão ou condensação. Um ponto de partida lhe é fornecido por quaisquer elementos comuns que possam estar presentes nos pensamentos oníricos, seja por acaso, ou devido à natureza de seu conteúdo. Já que esses não são em geral suficientes para qualquer condensação considerável, novos elementos artificiais e transitórios são criados na elaboração onírica e, em vista deste fim, há realmente uma preferência por palavras cujo som exprima diferentes significados. Isto através da troca, aglutinação e inversão de letras nas palavras, como que por meio de ¨resíduos auditivos¨. Os elementos comuns, recém-criados, de condensação penetram no conteúdo manifesto do sonho como representantes dos pensamentos oníricos, de modo que um elemento no sonho corresponde a um ponto nodal ou a uma junção nos pensamentos oníricos, e, comparativamente a estes últimos, deve ser descrito geralmente como ‘superdeterminado’. A condensação é a peça da elaboração onírica mais facilmente reconhecível; basta comparar o texto de um sonho, quando é anotado, com o registro dos pensamentos oníricos a que se chega pela análise para que nos impressionemos com a extensividade da condensação onírica.

 

MATTANÓ

(30/03/2021)

 

 

 

 

 

 

É menos fácil convencer-nos da modificação de segundo grau dos pensamentos oníricos, operada pela elaboração onírica - o processo que denominei ‘deslocamento no sonho’. Este é demonstrado pelo fato de que as coisas que estão situadas na periferia dos pensamentos oníricos, e que são de importância menor, passam a ocupar uma posição central, aparecendo com grande intensidade sensória no sonho manifesto, e vice-versa. Isto dá ao sonho a aparência de estar deslocado em relação aos pensamentos oníricos, sendo tal deslocamento precisamente o revelador de que o sonho confronta a vida mental desperta com algo estranho e incompreensível. Para que possa ocorrer um deslocamento como esse, deve ser possível que a energia catéxica se desloque sem inibições das idéias importantes às desimportantes - o que, no pensamento normal, capaz de ser consciente, daria apenas a impressão de ‘raciocínio falho’.

A transformação, visando à possibilidade de representação, a condensação e o deslocamento são as três principais realizações que se pode atribuir à elaboração do sonho. Uma quarta, talvez considerada com excessiva brevidade em A Interpretação de Sonhos, não é relevante para nossos propósitos atuais. Se as idéias da ‘topografia do aparato mental’ e da ‘regressão’ forem consistentemente desenvolvidas (e somente dessa forma essas hipóteses de trabalho poderão ter alguma valia), devemos tentar determinar os estágios da regressão em que ocorrem as várias transformações dos pensamentos oníricos. Tal tentativa ainda não foi empreendida seriamente mas pode-se ao menos afirmar com certeza que o deslocamento no material onírico deve ocorrer enquanto este se encontra no estágio dos processos inconscientes, enquanto a condensação deve ser provavelmente representada como um processo que se estende por todo o curso dos eventos até atingir a região perceptual. Mas, em geral, devemos nos contentar em admitir que todas as forças que tomam parte na formação dos sonhos operam simultaneamente. Embora, como há de se perceber, devamos manter certas reservas ao lidar com tais problemas e embora persistam dúvidas fundamentais, que não podem ser apresentadas aqui, quanto à esquematização da questão desta maneira, gostaria entretanto de me aventurar a afirmar que o processo de elaboração onírica preparatório ao sonho deve se localizar na região do inconsciente. Assim, a falar grosseiramente, haveria ao todo três estágios a ser distinguidos na formação de um sonho: primeiro, o transplante dos resíduos diurnos pré-conscientes ao inconsciente, no qual devem operar as condições que governam o estado de sono; depois, dá-se a elaboração onírica propriamente dita no inconsciente; e em terceiro lugar, a regressão do material onírico, assim revisto, à percepção onde o sonho se torna consciente.

Pode-se reconhecer as seguintes forças como tomando parte na formação dos sonhos: o desejo de dormir, a catexia da energia remanescente nos resíduos diurnos, depois que a energia é diminuída pelo estado de sono, a energia psíquica do desejo inconsciente construtor do sonho e a oponente força da ‘censura’ que domina a vida diária e não é completamente suspensa durante o sono. A tarefa da formação do sonho é, acima de tudo, superar a inibição da censura e precisamente esta tarefa é resolvida pelos deslocamentos de energia psíquica dentro do material dos pensamentos oníricos.

Recordemos agora o que é que, em nossa investigação dos chistes, nos dá ocasião de pensar nos sonhos. Constatamos que as características e efeitos dos chistes conectam-se com certas formas de expressão ou métodos técnicos, entre os quais os mais surpreendentes são a condensação, o deslocamento e a representação indireta. Processos, entretanto, que levam aos mesmos resultados - condensação, deslocamento e representação indireta - foram por nós reconhecidos como peculiaridades da elaboração onírica. Não sugerirá essa concordância a conclusão de que a elaboração do chiste e a elaboração onírica devem ser idênticas, pelo menos em alguns aspectos essenciais? Ao que penso, a elaboração onírica nos foi revelada no que tange às suas mais importantes características. Entre os processos psíquicos nos chistes, a parte que nos é ocultada corresponde precisamente à outra, comparável, na elaboração onírica - a saber, aquilo que acontece, durante a formação de um chiste na primeira pessoa. Deveremos não ceder à tentação de hipostasiar um tal processo à semelhança do que acontece na formação de um sonho? Algumas das características dos sonhos são tão estranhas aos chistes que a parte da elaboração onírica correspondente a tais características não pode ser transferida à formação dos chistes. Sem dúvida a regressão do curso do pensamento à percepção está ausente dos chistes. Mas os outros dois estágios da formação onírica, o mergulho de um pensamento pré-consciente no inconsciente e sua revisão inconsciente, desde que ocorram na formação do chiste, apresentariam o mesmo resultado que podemos observar nos chistes. Decidamo-nos, então, a adotar a hipótese de que é dessa forma que os chistes são formados na primeira pessoa: um pensamento pré-consciente é abandonado por um momento à revisão do inconsciente e o resultado disso é imediatamente capturado pela percepção consciente.

Antes de examinarmos em detalhe essa hipótese, consideremos uma objeção que pode ameaçar nossa premissa. Partimos do fato de que as técnicas dos chistes indicam os mesmos processos conhecidos como peculiaridades da elaboração onírica. Ora, é fácil discordar disso, afirmando que não teríamos descrito as técnicas dos chistes como condensação, deslocamento etc., nem chegado a postular conformidades tão abrangentes entre chistes e sonhos, caso nosso prévio conhecimento da elaboração onírica não tivesse influenciado nossa concepção da técnica dos chistes; portanto, no fundo, o que estamos fazendo é apenas encontrar nos chistes uma confirmação das expectativas procedentes dos sonhos e com as quais os abordamos. Se é este o fundamento da conformidade, não haveria qualquer outra garantia de sua existência afora nosso preconceito. De fato, a condensação, o deslocamento e a representação indireta não foram considerados por qualquer outro autor como explicativas das formas de expressão dos chistes. Esta seria uma objeção possível, mas não por isso uma objeção justa. Seria igualmente possível que fosse indispensável que nossas concepções fossem aguçadas pelo conhecimento da elaboração onírica antes que pudéssemos reconhecer uma conformidade real. Afinal, a decisão quanto a esse dilema dependerá apenas do que possa provar o exame crítico à base de exemplos individuais: ou essa é uma forçada concepção da técnica dos chistes, a favor da qual foram suprimidas concepções mais plausíveis e mais aprofundadas ou tal exame nos obrigará a admitir que as expectativas derivadas dos sonhos podem ser de fato confirmadas nos chistes. Sou de opinião que nada temos a temer dessa crítica e que nosso procedimento de ‘redução’ (ver em [1]) mostrou-nos confiavelmente em que formas de expressão procurar as técnicas dos chistes. Se damos a estas técnicas nomes que antecipam a descoberta da conformidade entre a elaboração do chiste e a elaboração onírica, temos todo o direito de fazê-lo, tratando-se apenas de uma simplificação facilmente justificável.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a condensação, o deslocamento e a representação indireta foram considerados como explicativas das formas de expressão dos chistes.

Mattanó aponta que a condensação, o deslocamento e a representação indireta foram considerados como explicativas das formas de expressão dos chistes. Portanto, os chistes indicam os mesmos processos conhecidos como peculiaridades da elaboração onírica. Indicam um trabalho inconsciente e do inconsciente.

 

MATTANÓ

(30/03/2021)

 

 

 

 

 

Há uma outra objeção que não nos afetaria seriamente mas que também não está tão aberta a uma refutação fundamental. Poder-se-ia dizer que embora seja verdade que as técnicas do chiste, que tão bem se adequam a nosso esquema, mereçam ser reconhecidas, elas não são, apesar disso, as únicas técnicas chistosas, nem as únicas usadas na prática. Seria possível dizer que sob a influência do modelo da elaboração onírica procuramos técnicas do chiste que se lhe adeqüem enquanto que outras, por nós desconsideradas, teriam provado que esta conformidade não está invariavelmente presente. Não posso realmente me aventurar a afirmar que consegui elucidar a técnica de todos os chistes em circulação; devo portanto deixar em aberto a possibilidade de que minha enumeração das técnicas de chiste deixe ainda alguma lacuna. Mas não excluí intencionalmente da discussão qualquer tipo de técnica que me fosse clara e posso declarar que não me escaparam à atenção os métodos do chiste mais comuns, mais importantes e característicos.

Os chistes possuem ainda outra característica que se adequa satisfatoriamente à concepção da elaboração do chiste que derivamos dos sonhos. Falamos, é verdade, de ‘fazer’ um chiste, mas estamos cônscios da diferença (que se inscreve) em nosso comportamento quando fazemos um julgamento ou uma objeção. O chiste tem em alto grau a característica de ser uma noção que nos ocorre ‘involuntariamente’. Não acontece que saibamos, um momento antes, que chiste vamos fazer, necessitando, apenas, vesti-lo em palavras. Temos, antes, um indefinível sentimento, cuja melhor comparação é com uma ‘absence‘, um repentino relaxamento da tensão intelectual, e então, imediatamente, lá está o chiste - em regra, já vestido em palavras. Algumas técnicas dos chistes podem ser empregadas, fora destes, na expressão de um pensamento - por exemplo, as técnicas de analogia ou de alusão. Posso deliberadamente me decidir a fazer uma alusão. Em tal caso começo por ter uma expressão direta do pensamento em minha mente (em meu ouvido interno); inibo essa expressão devido a algum receio relacionado à situação externa, e quase se pode dizer que preparo minha mente para substituir a expressão direta por uma outra forma de expressão indireta; produzo então uma alusão. Mas a alusão que emerge desse modo, formada sob minha contínua supervisão, nunca é um chiste ainda que se preste a outras utilizações. Uma alusão chistosa, por outro lado, emerge sem que eu possa seguir esses estágios preparatórios em meus pensamentos. Não atribuirei importância grande demais a esse comportamento; dificilmente será ele decisivo, embora concordante com nossa hipótese de que, na formação do chiste, um curso de pensamento seja por um instante abandonado, emergindo então repentinamente como chiste.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o chiste tem em alto grau a característica de ser uma noção que nos ocorre ‘involuntariamente’. Não acontece que saibamos, um momento antes, que chiste vamos fazer, necessitando, apenas, vesti-lo em palavras. Temos, antes, um indefinível sentimento, cuja melhor comparação é com uma ‘absence‘, um repentino relaxamento da tensão intelectual, e então, imediatamente, lá está o chiste - em regra, já vestido em palavras.

Mattanó aponta que o chiste tem em alto grau a característica de ser uma noção que nos ocorre ‘involuntariamente’. Não acontece que saibamos, um momento antes, que chiste vamos fazer, necessitando, apenas, vesti-lo em palavras. Temos, antes, um indefinível sentimento, cuja melhor comparação é com uma ‘absence‘, um repentino relaxamento da tensão intelectual, e então, imediatamente, lá está o chiste - em regra, já vestido em palavras. O que ocorre é que na formação do chiste, um curso de pensamento seja por um instante abandonado, emergindo então repentinamente como chiste. O pensamento vai se deslocando da realidade para o prazer com uma ¨absence¨, um repentino relaxamento da tensão intelectual que promove uma descarga de prazer no ego do indivíduo.

 

MATTANÓ

(01/04/2021)

 

 

 

Com respeito à associação, os chistes apresentam também um comportamento especial. Freqüentemente não estão disponíveis em nossa memória quando precisamos deles; mas de outras vezes aparecem, como que involuntariamente, em pontos no nosso curso de pensamentos onde não vemos sua relevância. Estas são, novamente, apenas pequenas características indicativas de sua origem no inconsciente.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes costumam não estar disponíveis em nossa memória, e que eles aparecem involuntariamente em nossos pensamentos, provas de sua origem no inconsciente.

Mattanó aponta que os chistes costumam não estar disponíveis em nossa memória, e que eles aparecem involuntariamente em nossos pensamentos, provas de sua origem no inconsciente. Que eles aparecem com uma ¨absence¨ da intelectualidade ou da mente consciente, da racionalidade, com um relaxamento da realidade, promovendo uma descarga de prazer com sua técnica e evocação, características do inconsciente.

 

MATTANÓ

(01/04/2021)

 

 

 

 

 

 

 

 

Vamos agora reunir as características dos chistes que se refiram a sua formação no inconsciente. Primeiro, e antes de tudo, há a peculiar brevidade dos chistes - um traço que não é na verdade essencial, mas extremamente distintivo. Quando primeiro o encontramos, inclinamo-nos a considerá-lo como expressão da tendência à economia, mas esta concepção foi abandonada devido a suas óbvias objeções (ver em [1]). Parece-nos agora, antes, uma marca da revisão inconsciente a que o pensamento do chiste foi submetido pois não podemos conectar o fator correspondente nos sonhos, a condensação, com algo diferente da localização no inconsciente; devemos supor também que os determinantes de tais condensações, ausentes no pré-consciente, estejam presentes nos processos inconscientes do pensamento. Espera-se que no processo de condensação alguns dos elementos a ele submetidos se percam, enquanto outros, que extraem energia catéxica dos primeiros, sejam intensificados através da condensação. Assim, a brevidade dos chistes, como a dos sonhos, seria uma necessidade concomitante das condensações que ocorrem em ambos - sendo nos dois casos uma conseqüência do processo da condensação. Essa origem explicaria também o caráter especial da brevidade dos chistes que não pode ser ulteriormente definida, mas que é sentida como surpreendente.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a brevidade dos chistes, como a dos sonhos, seria uma necessidade concomitante das condensações que ocorrem em ambos, sendo nos dois casos uma consequência do processo da condensação.

Mattanó aponta que a brevidade dos chistes, como a dos sonhos, seria uma necessidade concomitante das condensações que ocorrem em ambos, sendo nos dois casos uma consequência do processo da condensação. A condensação é característica do pensamento inconsciente e é aqui sentido como surpreendente no caso dos chistes, pois os chistes dependem da linguagem e da alfabetização, da troca, da inversão e da aglutinação, dos jogos de linguagem, do trocadilho.

 

MATTANÓ

(01/04/2021)

 

 

 

 

NOVO MÉTODO PARA INTERPRETAR A PULSÃO AUDITIVA DE MATTANÓ (2021):

Mattanó aponta que pode ser criado um outro método para análise e interpretação do conteúdo das pulsões auditivas de Mattanó de 1995 que se insinuam chiste e jogos de linguagem, trocadilho, através da interpretação do conteúdo latente e do conteúdo manifesto dessas produções verbais, contudo interpretando também os significados, sentidos, conceitos, contextos, funcionalidades, comportamentos, simbologias, linguagens, gestalts e insights, relações sociais, coerência, incoerência, pressupostos e subentendidos, afetividade, arquétipos, análise e interpretação final.

Assim temos por exemplo: ¨chupar o caboclo do sorvêlo em troçossos de fíbulas e mandíbulas quebradas de tanto castigar!¨

Conteúdo latente: fala-se da fase oral com o chupar os objetos subsequentes.

Conteúdo manifesto: ¨chupar o caboclo do sorvêlo em troçossos de fíbulas e mandíbulas quebradas de tanto castigar!¨

Significados: os significados para mim dizem respeito a chupar algum pedaço de osso que se fez por castigo.

Sentidos: os sentidos para mim dizem respeito a ter que se alimentar de ossos chupando-os.

Conceitos: os conceitos para mim dizem respeito a dificuldades ambientais com alimentação.

Contextos: os contextos para mim dizem respeito a dificuldades com alimentação e sua produção.

Funcionalidades: a funcionalidade, S – R – C, estímulo – resposta – consequência, apresenta, ¨chupar¨ - ¨ossos¨ - ¨castigar¨, ou seja, uma relação de sofrimento por causa da fome e da alimentação.

Comportamentos: os comportamentos para mim dizem respeito a extração de alimentos em meio a poucos recursos.

Simbologias: as simbologias para mim dizem respeito a símbolos de alimentação e fome, castigo e morte.

Linguagens: as linguagens para mim abordam a fase oral, a fome e a alimentação, a pobreza e a miséria.

Gestalts e insights: as gestalts e os insights revelam uma boca bonita e carnuda prestes a beijar algo significando que ainda não beijou e não aceitou comer esta alimentação, seu insight é de que não é o tipo de alimentação que prefere conscientemente, que há uma censura através da Gestalt, através da beleza ou da sedução da beleza que vai contra a pobreza e a miséria que tentam engolí-lo.

Relações sociais: as relações sociais para mim revelam um indivíduo solitário, pobre e miserável, com fome e com má alimentação.

Coerência: o texto é como sua alimentação, com nenhuma coerência.

Incoerência: o texto é totalmente incoerente como sua vida atual.

Pressupostos e subentendidos: os pressupostos e os subentendidos revelam que há desejo de buscar alimento e loucura, pois o tipo de alimento é típico de uma loucura.

Afetividade: a afetividade revela um sentimento de solidão e de isolamento típico de sua loucura e condição atual.

Arquétipos: os arquétipos revelam bastante o arquétipo animal que se alimenta de animais, de ossos e de restos, que vive instintivamente.

Análise: a análise revela que o falante vive uma loucura e que essa loucura desgasta sua vida alimentar e social, produz fome e maus hábitos alimentares, produz também uma reação através de uma luta mental contra essa loucura buscando vida nova contra a pobreza e a miséria, contra a solidão e ao passado.

Interpretação final: a interpretação final revela que o interpretado pode lutar contra sua loucura comportamental e psíquica e até social, pois tem requisitos para isto, para vencer sua luta e melhor se adaptar ao meio ambiente com ajuda de profissionais da saúde que representam saúde com a boca bonita fechada na Gestalt onde o insight é o direito a vida e a saúde, a igualdade e a liberdade, ao patrimônio, ao sigilo ético e profissional, pois foi a ¨boca aberta de profissionais da saúde¨ que causaram a sua loucura!

Este método pode ser usado, pois as pulsões auditivas de Mattanó têm o resíduo auditivo que é produto de processo semelhante ao processo dos sonhos através da condensação, mas na linguagem, nas palavras semelhantes produzem troca, inversão e aglutinação de letras pela condensação e nos sonhos produz algo semelhante, porém nas imagens, nas alucinações, nos delírios, nas vozes que se fazem em estado onírico.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 01 de abril de 2021.

 

MATTANÓ

(01/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que o Sistema Presidencialista no Brasil decorrente do modelo Democrático tem apresentado muitos problemas nas últimas décadas que levaram ao insucesso das autoridades, a casos de corrupção e a movimentos e protestos violentos em nosso país, além do aumento da pobreza e da miséria, do desemprego e do surgimento da pulsão auditiva de Mattanó em 1995 que já vinha sendo manipulada desde os anos 1970 por outros presidentes continuamente através da cultura e da informação, da ciência e da polícia, eventos que se somaram e levaram ao fracasso da mente e do inconsciente de Mattanó em 1995 gerando transtornos em todo o mundo e em todo o Brasil até hoje, outro problema deste modelo presidencialista são os conflitos e guerras que o nosso país vem enfrentando, nos tribunais internacionais e contra o terror e o tráfico de drogas, além de grandes tragédias em nosso território como incêndios, explosões, acidentes, telepatia e falsidades ideológicas, crimes contra a fé e as religiões, contra a intimidade e a privacidade, contra o trabalho, as mulheres e as crianças, pedofilia desde os anos 1970, tentativas de assassinatos, lavagem cerebral, tortura, ameaças, extorsão e vingança, estupro de crianças, estupro virtual, corrupção e lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, pornografia, abuso e exploração sexual, violência e discriminação, crimes de ódio e de intolerância, racismo, preconceito, erros médicos, envenenamentos, crime ¨boa noite Cinderela¨, espionagem, negligência, omissão, destruição de provas, imperícia, falsidade ideológica, crime contra o sigilo das informações e contra os segredos, crime contra o Sistema Eleitoral e o Sistema Militar, crime contra os mass mídias e os telespectadores, crime contra os gênios, etc.. Em função disto acredito que o Sistema Presidencialista poderia ser aperfeiçoado a partir de discussões e propostas que terminariam em debates e novos caminhos que poderiam começar com ideias como políticos agora somente através de concurso público e formação acadêmica na área, comprovando interesse, motivação, habilidades, afetividade e inteligência para o trabalho de Presidente da República, isto valeria para os demais políticos, criar-se-ia também o cargo de Primeiro Ministro Superior que é aquele que é o Ministro Superior do Estado capaz de organizar, julgar, avaliar e distribuir tarefas e também ensinar e educar sua equipe técnica no que diz respeito aos seus interesses na Federação nos Estados e nos Municípios, criar-se-ia finalmente o Regente da República que é aquele que rege a República através dos seus mandos e poderes diretamente aos poderes republicanos que são os federais, e teríamos ainda o Presidente e o Vice-Presidente da República que teriam os mesmo poderes e atribuições de hoje com os seus Ministérios, salvo os poderes do Primeiro Ministro Superior e os poderes do Regente da República. Este modelo de divisão e redistribuição de tarefas poderia ser aplicado aos demais órgãos do Governo, do Judiciário, do Legislativo e do Executivo.

 

MATTANÓ

(06/04/2021)

 

 

 

 

 

Mattanó aponta que dentro de um sonho aparecendo o S (aversivo) haverá a R (associada a aversão do estímulo) e a C (será ampliar o sensorial do indivíduo levando-o, possivelmente a acordar), assim hoje eu tive um sonho onde havia um S (homossexual) que desencadeou uma R (de medo de morrer através de monstros) que provocou uma C (me fez acordar com medo e desesperado no meio da madrugada), isto nos mostra que existe funcionalidade dentro de um sonho, o que temos que fazer e saber analisa-lo e interpreta-lo, mesmo que seja através da Teoria da Abundância de Mattanó.

 

MATTANÓ

(07/04/2021)

 

 

Mattanó aponta que existe uma refração comportamental, um fenômeno que antecede ao sono, particularmente ao estado de vigília, a partir de horas antes, e a vida onírica; é o conjunto de eventos resultantes da experiência diária num período ¨x¨ que antecede a experiência noturna e ao sono, com características próprias como um estado latente e um estado manifesto de conteúdo.

Exemplo: um motorista que atravessa o sinal vermelho à noite fugindo as regras e modos de conduzir seu automóvel e está acompanhado de outro indivíduo que lhe causa desconforto neste momento em função do desconforto vivido com seus familiares em outro evento em outro contexto em outro período duradouro e mais significativo do seu dia.

Estado manifesto: ¨um motorista que atravessa o sinal vermelho à noite fugindo as regras e modos de conduzir seu automóvel e está acompanhado de outro indivíduo que lhe causa desconforto neste momento em função do desconforto vivido com seus familiares em outro evento em outro contexto em outro período duradouro e mais significativo do seu dia¨.

Estado latente: um motorista, o eu, o ego da pessoa foge as regras e modos de lidar com seu poder, o automóvel, o outro indivíduo pode ser seu pai ou sua mãe inconsciente que lhe causa desconforto, pois significa lei e seguimento das regras, aqui de trânsito, de convívio, que fora evocado num outro período do seu dia, mais duradouro e mais significativo, pois lhe causa desconforto.

Esta refração comportamental irá participar dos sonhos deste indivíduo nesta noite.

Mattanó aponta que dentro de um sonho aparecendo o S (aversivo) haverá a R (associada à aversão do estímulo) e a C (será ampliar o sensorial do indivíduo levando-o, possivelmente a acordar), assim hoje eu tive um sonho onde havia um S (homossexual) que desencadeou uma R (de medo de morrer através de monstros) que provocou uma C (me fez acordar com medo e desesperado no meio da madrugada), isto nos mostra que existe funcionalidade dentro de um sonho, o que temos que fazer e saber analisa-lo e interpreta-lo, mesmo que seja através da Teoria da Abundância de Mattanó.

O estímulo aversivo é o perigo, atravessar o sinal vermelho, o homossexual, a resposta é medo de morrer através de monstros, aqui eles podem ser seus pais com suas ordens e imposição de limites, pois são seus pais os condutores dos automóveis de sua família e geralmente são eles que por ventura atravessam sinais vermelhos, significando a morte, medo de morrer e até monstros, e a consequência é acordar desesperado e assustado, significando que ele está tendo que aprender a lidar com este problema, pois seus pais são torturados e sofrem lavagem cerebral, violação da intimidade e da privacidade, de segredos, espionagem, abuso de incapazes, corrupção de menores, ato libidinoso, atentado violento ao pudor, abuso e exploração sexual, terror, discriminação, ódio e intolerância, extorsão, vingança e estupro virtual e até roubo e tentativas de assassinato, chacinas e latrocínio no trânsito desde os anos 1970 e as autoridades não conseguem solucionar este problema desde então.

 

MATTANÓ

(07/04/2021)

 

 

 

Mattanó aponta que o desejo associado com a história de vida e a esperança pode produzir loucura e lavagem cerebral no indivíduo, na sua família e na sua comunidade, pode alterar o comportamento sexual, profissional, trabalhista, escolar, institucional, organizacional, político, administrativo, judiciário, executivo, legislativo, eleitoral, esportivo, comunicativo, afetivo, linguístico, semântico, etc..

 

MATTANÓ

(07/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que é muita irresponsabilidade das autoridades permitirem que empresas e organizações que trabalhem com informações e mass mídias como a televisão, o rádio, a cinema, a internet, o jornal, etc., terem papel ativo no convencimento da população dos problemas e soluções referentes ao nosso tempo e contexto com a telepatia e o conhecimento, a lavagem cerebral e o estupro virtual, a violação de intimidade e de privacidade, a vergonha, o medo e a humilhação a que submetem os investigados e as testemunhas desses crimes, pois aumenta-se a covardia perante esses indivíduos castigados pela demanda de poder e de violência em nossa sociedade, ao qual percebemos através disto, deste enfoque propagandístico e argumentativo para convencimento das massas e total aniquilamento das minorias e o pior, quando ocorrem falhas e falsidades as minorias são sacrificadas como a minha família que foi juntada a quadrilhas do crime organizado através do medo, do sofrimento e da ameaça, da lavagem cerebral e do estupro e do estupro virtual, das tentativas de chacinas e tortura, roubo de dados pessoais, de informações sigilosas e de segredos, violações de intimidade e de privacidade, de direitos, deveres, obrigações e privilégios, de cidadania que nossa família vem enfrentando desde os anos 1970 no Brasil, para sequestrar familiares, assassinar e roubar patrimônio em nome do crime organizado e do tráfico de drogas onde as autoridades e as polícias tem e tiveram pleno conhecimento de tudo antes, durante e depois de cada crime, inclusive contra minha familiar sequestrada e assassinada há mais de 1 ano, como o Presidente da República e o Ministro da Justiça que foram informados do sequestro e não tomaram providências para salvar minha familiar (segundo testemunhas e observações no local do crime, nesta região todo mundo conhece todo mundo por meio da telepatia, não escapa coisa alguma, como é que a Lucrécia escapou da segurança eu não sei?! Eu testemunho muita angústia, ansiedade e preocupação nessa região, tem muita gente interessada em sequestro alí!)!

 

MATTANÓ

(08/04/2021)

 

 

 

 

TEORIA DA CONDENSAÇÃO DE MATTANÓ (2021):

A Teoria da Condensação de Mattanó aponta para a hipótese de que as condensações implicam e representam núcleos de representação e inteligência ou conhecimento e saber, pelos quais desencadeiam-se os fenômenos do deslocamento que são justamente os fenômenos onde ocorrem as associações entre as representações através de um deslocamento de núcleo condensado para outro núcleo condensado, assim tanto mais inteligente um indivíduo quanto mais condensações ele tiver, terá e fará, pois elas representam um saber e conhecimento. Estes fenômenos desencadearão outros fenômenos, por exemplo, no mapa cognitivo que responderá ao saber e ao conhecimento do inconsciente com um caminho cognitivo, funcionalmente determinado por estes eventos, ou seja, apresentando S – R – C, estímulo – resposta – consequência, onde o estímulo é o saber e o conhecimento, assim vemos que o condensamento também marca o mapa cognitivo do indivíduo e em muito determina a resposta do indivíduo.

 

MATTANÓ

(11/04/2021)

 

 

 

 

A MORTE DA CIÊNCIA, DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2021):

Mattanó aponta que enquanto a Ciência, a Psicologia e a Psicanálise excluírem a religião de seus temos e estudos, de suas crenças e valores, saberes e conhecimentos,  elas estarão mortas e encarceradas em grades de morte, sobretudo em tempos de guerras, conflitos, terror e violência, lavagem cerebral e estupro, onde o sofrimento tem papel despersonalizador e destruidor de nossas vidas e valores, patrimônios e famílias, relações e trabalhos, educação e tudo o que amamos, do que construímos com nossa esperança e não somente com a nossa libido e o ódio ou a pulsão de morte e a sexualidade, mas sobretudo através da comunhão e da segurança que nos trazem a alegria e a esperança. A Ciência, a Psicologia e a Psicanálise estão morrendo, estão encarceradas, em grades de ódio e de morte, pois faltaram com a verdade e a sua responsabilidade, dentre elas compreender a Vida e o Amor, Deus e os seus Mistérios, a Salvação, a Comunhão, a Segurança, os Milagres e as Curas, a Liberdade e a Paz, o Perdão e a Misericórdia, a Graça e a Piedade, o Sobrenatural, e até o Paranormal (que é uma Ciência que explica eventos paranormais, não é uma religião), o Espiritismo, o Hinduísmo, o Budismo, o Islamismo, o Catolicismo Ortodoxo, o Judaísmo, todas as religiões, etc., pois estamos encarando guerras cada vez mais e as guerras só terminam com a Paz e a Esperança que nós aprendemos e depositamos nas religiões e em Deus.

 

MATTANÓ

(11/04/2021)

 

 

 

 

Em passagem anterior (ver em [1]) consideramos um dos resultados da condensação - uso múltiplo do mesmo material, jogo de palavras, e similaridade fônica - como uma economia localizada, procedendo dessa economia o prazer produzido por um chiste (inocente); mais tarde (ver em [2]) inferimos que a intenção original dos chistes era obter das palavras um prazer dessa espécie - coisa permitida no estágio do jogo mas estancada pela crítica racional no curso do desenvolvimento intelectual. Adotamos agora a hipótese de que condensações como essas, que servem à técnica dos chistes, emergem automaticamente, sem qualquer intenção particular, durante os processos do pensamento no inconsciente. Teremos diante de nós duas concepções diferentes do mesmo fato, as quais parecem mutuamente incompatíveis? Não creio que o sejam. É verdade que estas são duas concepções diferentes, cuja harmonia não é necessária, mas não são concepções contraditórias. Uma é simplesmente estranha à outra; quando estabelecermos entre ambas uma conexão teremos provavelmente feito algum avanço no conhecimento. O fato de que tais condensações sejam fonte de prazer está longe de incompatibilizar-se com a hipótese de que as condições de sua produção são facilmente encontráveis no inconsciente. Podemos, inversamente, ver uma razão para o mergulho no inconsciente na circunstância de que as condensações produtoras de prazer, das quais o chiste necessita, originam-se lá facilmente. Há, além do mais, dois outros fatores que, à primeira vista, parecem ser completamente estranhos entre si e se reúnem, como por um acaso indesejado, mas que, investigados mais profundamente, revelam-se intimamente conectados e mesmo essencialmente idênticos. Tenho em mente duas asserções: por um lado, os chistes durante seu desenvolvimento, no estágio de jogo (isto é, durante a infância da razão), podem efetuar essas condensações agradáveis e, por outro lado, em estágios mais adiantados, cumprem o mesmo efeito mergulhando o pensamento no inconsciente. Pois o infantil é a fonte do inconsciente e os processos de pensamento inconscientes são exatamente aqueles produzidos na tenra infância. O pensamento que, com a intenção de construir um chiste, mergulha no inconsciente está meramente procurando lá a antiga pátria de seu primitivo jogo com as palavras. O pensamento retroage por um momento ao estágio da infância de modo a entrar na posse, uma vez mais, da fonte infantil de prazer. Se já sabemos disso através da nossa pesquisa da psicologia das neuroses, devemos ser conduzidos pelos chistes à suspeita de que a estranha revisão inconsciente nada mais é que o tipo infantil de atividade do pensamento. Simplesmente, não nos é muito fácil captar nas crianças um lampejo deste modo infantil de pensar, cujas peculiaridades ficam retidas no inconsciente do adulto, porque em sua maior parte, este modo de pensar é retificado como que in statu nascendi. Mas conseguimos fazê-lo em inúmeros casos e nos rimos então desta ‘bobagem’ infantil. Qualquer descoberta de material inconsciente desta espécie parece-nos ‘cômica’.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes apresentam como característica duas asserções: por um lado, os chistes durante seu desenvolvimento, no estágio de jogo (isto é, durante a infância da razão), podem efetuar essas condensações agradáveis e, por outro lado, em estágios mais adiantados, cumprem o mesmo efeito mergulhando o pensamento no inconsciente. Pois o infantil é a fonte do inconsciente e os processos de pensamento inconscientes são exatamente aqueles produzidos na tenra infância. O pensamento que, com a intenção de construir um chiste, mergulha no inconsciente está meramente procurando lá a antiga pátria de seu primitivo jogo com as palavras. O pensamento retroage por um momento ao estágio da infância de modo a entrar na posse, uma vez mais, da fonte infantil de prazer.

Mattanó aponta que os chistes apresentam como característica duas asserções: por um lado, os chistes durante seu desenvolvimento, no estágio de jogo (isto é, durante a infância da razão), podem efetuar essas condensações agradáveis e, por outro lado, em estágios mais adiantados, cumprem o mesmo efeito mergulhando o pensamento no inconsciente. Pois o infantil é a fonte do inconsciente e os processos de pensamento inconscientes são exatamente aqueles produzidos na tenra infância. O pensamento que, com a intenção de construir um chiste, mergulha no inconsciente está meramente procurando lá a antiga pátria de seu primitivo jogo com as palavras. O pensamento retroage por um momento ao estágio da infância de modo a entrar na posse, uma vez mais, da fonte infantil de prazer. Vemos que o jogo é característica da infância, mesmo através da razão, e que o pensamento mais adiantado, ou seja, hipotético-dedutivo e desenvolvido por meio das sublimações é característica dos adultos ou mais adiantados cognitivamente, e que este padrão de pensamento retroage por um momento ao estágio da infância ao entrar na posse da fonte infantil de prazer, ou seja, na sua fonte de gratificação.

 

MATTANÓ

(12/04/2021)

 

 

 

 

 

É mais fácil perceber as características destes processos do pensamento inconsciente nos comentários dos pacientes de certas doenças mentais. Muito provavelmente, devemos poder compreender (como Griesinger sugeriu, há muito) os delírios dos insanos utilizando-os como informação, se cessamos de lhes aplicar os requisitos do pensamento consciente e se os tratamos, como sonhos, com nossa técnica interpretativa. Na verdade confirmamos o fato de que ‘nos sonhos há um retorno da mente a um ponto de vista embrionário’.

Já penetramos tão intimamente, em conexão com os processos de condensação, na importância da analogia entre os sonhos e chistes que podemos, agora, ser mais breves no que se segue. Como sabemos, os deslocamentos na elaboração onírica apontam para a operação da censura pelo pensamento consciente e, em conseqüência, quando encontramos o deslocamento entre as técnicas dos chistes, inclinamo-nos a supor que uma força inibitória operava também na formação dos chistes. Já sabemos que isso ocorre muito generalizadamente. O esforço, feito pelos chistes, de recobrar o antigo prazer no nonsense ou o antigo prazer nas palavras encontra-se inibida, nas disposições normais, pelas objeções levantadas pela razão crítica; esta tem que ser superada em cada caso individual. Mas o modo pelo qual a elaboração do chiste cumpre essa tarefa mostra uma decisiva distinção entre chistes e sonhos. Na elaboração onírica (a tarefa) é habitualmente cumprida pelos deslocamentos, pela seleção de idéias suficientemente remotas daquela objetável, de modo que a censura lhes permite passar, sendo (tais idéias), não obstante, derivativas daquela e transmissoras de sua catexia psíquica através de uma completa transferência. Por esta razão os deslocamentos nunca estão ausentes do sonho e são mesmo muito mais compreensivos.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes assim como os sonhos têm operações de deslocamento e de censura em seu pensamento consciente. O antigo prazer nos chistes está no nonsense e na razão crítica,  a elaboração do chiste cumpre essa tarefa e mostra uma decisiva distinção entre chistes e sonhos. Na elaboração onírica (a tarefa) é habitualmente cumprida pelos deslocamentos, pela seleção de idéias suficientemente remotas daquela objetável, de modo que a censura lhes permite passar, sendo (tais idéias), não obstante, derivativas daquela e transmissoras de sua catexia psíquica através de uma completa transferência. Os deslocamentos indicam os significados e o sentido dos sonhos.

Mattanó aponta que os chistes assim como os sonhos têm operações de deslocamento e de censura em seu pensamento consciente. O antigo prazer nos chistes está no nonsense e na razão crítica,  a elaboração do chiste cumpre essa tarefa e mostra uma decisiva distinção entre chistes e sonhos. Na elaboração onírica (a tarefa) é habitualmente cumprida pelos deslocamentos, pela seleção de idéias suficientemente remotas daquela objetável, de modo que a censura lhes permite passar, sendo (tais idéias), não obstante, derivativas daquela e transmissoras de sua catexia psíquica através de uma completa transferência. Os deslocamentos indicam os significados e o sentido dos sonhos. A elaboração onírica é feita pelos deslocamentos pela seleção de ideias que não se vinculam diretamente àquela que foi produzida pelo sonho, de modo que a censura facilite e permita-as passar para a consciência através de uma completa transferência, essa elaboração onírica faz o trabalho de significar e dar sentido aos sonhos por meio dos deslocamentos. Este trabalho de elaboração permite ao indivíduo conceituar, contextualizar, comportar-se, analisar funcionalmente, simbolizar, analisar topograficamente, ter uma linguagem, relações sociais, gestalts e insights, pressupostos e subentendidos, chistes, atos falhos, esquecimentos, lapsos de linguagem, fantasias, desejos e desejos de dormir, vida onírica e vida anímica, conteúdo manifesto e conteúdo latente, arquétipos, afetividade, espiritualidade, história de vida, imunidade, homeostase, conclusões e interpretações finais, pois o inconsciente não é em seu conteúdo linear e retilíneo, mas construído de obliterações e alterações do pensamento, de amor e de ódio, de defesas, de contextos e de um meio ambiente, de instintos e de contingências que interferem na sua produção.

 

MATTANÓ

(12/04/2021)

 

 

 

Entre os deslocamentos devem ser contados não meramente os desvios de um curso de pensamentos mas também toda sorte de representação indireta, em particular, o deslocamento de um elemento importante, mas objetável, por outro que é indiferente e que parece inocente à censura, algo semelhante a uma alusão muito remota - substituição por um simbolismo, ou uma analogia, ou por algo menor. Não se pode negar que porções de tais representações indiretas já estejam presentes nos pensamentos pré-conscientes do sonho - por exemplo, a representação por símbolos ou analogias - porque, de outra forma, o pensamento não lograria em absoluto o estágio de expressão pré-consciente. As representações indiretas como essa, e as alusões cuja referência à coisa pretendida é fácil de descobrir, são na verdade métodos permissíveis e muito usados na expressão também de nosso pensamento consciente. A elaboração onírica, entretanto, exagera esse método de representação indireta além de todos os limites. Sob a pressão da censura, qualquer espécie de conexão é bastante boa para servir como substitutivo por alusão, permitindo-se o deslocamento de um a outro elemento. A substituição de associações internas (similaridade, conexão causal etc.) por outras, conhecidas como externas (simultaneidade no tempo, contigüidade espacial, similaridade fônica), é muito especialmente notável e peculiar à elaboração onírica.

Todos esses métodos de deslocamento ocorrem também como técnicas do chiste. Mas quando aparecem, usualmente respeitam os limites impostos a seu emprego pelo pensamento consciente; podem estar mesmo completamente ausentes, embora os chistes tenham também, invariavelmente, a tarefa de lidar com uma inibição. Podemos compreender o lugar subordinado, assumido pelos deslocamentos na elaboração do chiste, quando recordamos que os chistes dispõem de uma outra técnica para descartar a inibição, técnica que consideramos precisamente o mais característico de seus traços. Pois, diferentemente dos sonhos, os chistes não criam compromissos; eles não evitam a inibição, mas insistem em manter inalterado o jogo com as palavras ou com o nonsense. Restringem-se entretanto a uma escolha das ocasiões em que esse jogo ou esse nonsense possam ao mesmo tempo parecer permissíveis (nos gracejos) ou sensatos (nos chistes), graças à ambigüidade das palavras ou à multiplicidade das relações conceptuais. Nada distingue os chistes mais nitidamente de todas as outras estruturas psíquicas do que essa bilateralidade e essa duplicidade verbal. Desse ponto de vista, pelo menos, as autoridades se aproximaram de uma compreensão da natureza do chiste, quando puseram ênfase sobre o ‘sentido no nonsense‘ (ver em [1]).

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que entre os deslocamentos devem ser contados não meramente os desvios de um curso de pensamentos mas também toda sorte de representação indireta, em particular, o deslocamento de um elemento importante, mas objetável, por outro que é indiferente e que parece inocente à censura, algo semelhante a uma alusão muito remota - substituição por um simbolismo, ou uma analogia, ou por algo menor. A elaboração onírica, entretanto, exagera esse método de representação indireta além de todos os limites. Sob a pressão da censura, qualquer espécie de conexão é bastante boa para servir como substitutivo por alusão, permitindo-se o deslocamento de um a outro elemento. A substituição de associações internas (similaridade, conexão causal etc.) por outras, conhecidas como externas (simultaneidade no tempo, contigüidade espacial, similaridade fônica), é muito especialmente notável e peculiar à elaboração onírica.

Pois, diferentemente dos sonhos, os chistes não criam compromissos; eles não evitam a inibição, mas insistem em manter inalterado o jogo com as palavras ou com o nonsense. Restringem-se entretanto a uma escolha das ocasiões em que esse jogo ou esse nonsense possam ao mesmo tempo parecer permissíveis (nos gracejos) ou sensatos (nos chistes), graças à ambigüidade das palavras ou à multiplicidade das relações conceptuais. Nada distingue os chistes mais nitidamente de todas as outras estruturas psíquicas do que essa bilateralidade e essa duplicidade verbal, as autoridades se aproximaram de uma compreensão da natureza do chiste, quando puseram ênfase sobre o ‘sentido no nonsense‘

Mattanó aponta que entre os deslocamentos devem ser contados não meramente os desvios de um curso de pensamentos mas também toda sorte de representação indireta, em particular, o deslocamento de um elemento importante, mas objetável, por outro que é indiferente e que parece inocente à censura, algo semelhante a uma alusão muito remota - substituição por um simbolismo, ou uma analogia, ou por algo menor. A elaboração onírica, entretanto, exagera esse método de representação indireta além de todos os limites. Sob a pressão da censura, qualquer espécie de conexão é bastante boa para servir como substitutivo por alusão, permitindo-se o deslocamento de um a outro elemento. A substituição de associações internas (similaridade, conexão causal etc.) por outras, conhecidas como externas (simultaneidade no tempo, contigüidade espacial, similaridade fônica), é muito especialmente notável e peculiar à elaboração onírica. Os deslocamentos indicam os significados e o sentido dos sonhos. A elaboração onírica é feita pelos deslocamentos pela seleção de ideias que não se vinculam diretamente àquela que foi produzida pelo sonho, de modo que a censura facilite e permita-as passar para a consciência através de uma completa transferência, essa elaboração onírica faz o trabalho de significar e dar sentido aos sonhos por meio dos deslocamentos.

Pois, diferentemente dos sonhos, os chistes não criam compromissos; eles não evitam a inibição, mas insistem em manter inalterado o jogo com as palavras ou com o nonsense. Restringem-se entretanto a uma escolha das ocasiões em que esse jogo ou esse nonsense possam ao mesmo tempo parecer permissíveis (nos gracejos) ou sensatos (nos chistes), graças à ambigüidade das palavras ou à multiplicidade das relações conceptuais. Nada distingue os chistes mais nitidamente de todas as outras estruturas psíquicas do que essa bilateralidade e essa duplicidade verbal, as autoridades se aproximaram de uma compreensão da natureza do chiste, quando puseram ênfase sobre o ‘sentido no nonsense‘ É o sentido ¨no nonsense¨ do chiste que insiste em permanecer inalterado o jogo com as palavras sem criar compromissos, de modo diferente ao dos sonhos que criam compromissos pelo seu conteúdo manifesto e pelo seu conteúdo latente, que pela interpretação do sonho revelam o seu significado e o seu sentido inconsciente, e não uma multiplicidade de significados e de sentidos inconscientes, como ocorre no chiste.

 

MATTANÓ

(13/04/2021)

 

 

 

 

 

 

Em vista da predominância universal nos chistes dessa técnica peculiar de superação das inibições, podia se considerar que lhes fosse supérflua a utilização da técnica de deslocamento em casos particulares. Mas, por um lado, certas espécies dessa técnica permanecem valiosas para os chistes enquanto alvos e fontes do prazer - por exemplo, o deslocamento propriamente dito (desvio de pensamentos), que em verdade partilha a natureza do nonsense. Por outro lado, não se deve esquecer que o mais elevado estágio dos chistes, os chistes tendenciosos, tem freqüentemente que superar duas espécies de inibição - a que se opõe ao próprio chiste e a que se opõe a seu propósito (ver em [1]) -, sendo as alusões e deslocamentos bem qualificados para possibilitar essa última tarefa.

O uso abundante e irrestrito da representação indireta, dos deslocamentos e, especialmente, das alusões, na elaboração onírica, tem um resultado que menciono, não por sua própria importância, mas porque tornou-se minha razão subjetiva para atacar o problema dos chistes. Se se descreve uma análise do sonho a uma pessoa desinformada ou desacostumada com ela, análise em que se expõem os estranhos processos de alusões e deslocamentos - tão antipáticos à vida desperta - utilizados pela elaboração onírica, o leitor recebe uma impressão desconfortável e declara que tais interpretações são ‘de algum modo chistosas’. Mas claramente não os considera chistes bem-sucedidos, e sim forçados, violando de alguma forma as regras dos chistes. É fácil explicar essa impressão. Deriva do fato de que a elaboração onírica opera pelos mesmos métodos que os chistes, mas ao utilizá-los, transgride os limites respeitados pelos chistes. Aqui verificaremos (ver em [1]) que, em conseqüência da parte desempenhada pela terceira pessoa, os chistes são ligados a uma certa condição que não se aplica aos sonhos.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a elaboração onírica opera pelos mesmos métodos que os chistes, mas ao utilizá-los, transgride os limites respeitados pelos chistes, pois os chistes são ligados a uma certa condição que não se aplica aos sonhos.

Mattanó aponta que a elaboração onírica opera pelos mesmos métodos que os chistes, mas ao utilizá-los, transgride os limites respeitados pelos chistes, pois os chistes são ligados a uma certa condição que não se aplica aos sonhos, como o ¨ sentido no nonsense¨.

 

MATTANÓ

(13/04/2021)

 

 

 

 

 

 

Entre as técnicas comuns aos chistes e aos sonhos, a representação pelo oposto e o uso do nonsense reclamam alguma parte de nosso interesse. A primeira é um dos mais efetivos métodos empregados nos chistes, como se verifica, entre outros, pelos exemplos dos ‘chistes de exageração’ (ver em [1]). Incidentalmente, a representação pelo oposto não consegue, como a maior parte das outras técnicas dos chistes, escapar à atenção consciente. Uma pressão que tenta fazer operar em si a elaboração do chiste tão deliberadamente quanto possível - um gaiato profissional - logo descobre via de regra que o modo mais fácil de replicar a uma asserção com um chiste é pela asserção de seu contrário, deixando à inspiração do momento o livrar-se da objeção que, provavelmente, sua contradição provocará, fornecendo o que se denomina uma nova interpretação. Pode ser que a representação pelo oposto agradeça o favor de que desfruta ao fato de constituir o núcleo de uma outra gratificante forma de expressão de um pensamento, a qual pode ser entendida sem qualquer necessidade de remissão ao inconsciente. Refiro-me à ironia, muito próxima do chiste (ver em [1]) e contada entre as subespécies do cômico. Sua essência consiste em dizer o contrário do que se pretende comunicar a outra pessoa, mas poupando a esta uma réplica contraditória fazendo-lhe entender - pelo tom de voz, por algum gesto simultâneo, ou (onde a escrita está envolvida) por algumas pequenas indicações estilísticas - que se quer dizer o contrário do que se diz. A ironia só pode ser empregada quando a outra pessoa está preparada para escutar o oposto, de modo que não possa deixar de sentir uma inclinação a contradizer. Em conseqüência dessa condição a ironia se expõe facilmente ao risco de ser mal-entendida. Proporciona à pessoa que a utiliza a vantagem de capacitar-se prontamente a evitar as dificuldades da expressão direta, por exemplo, no caso das invectivas. Isso produz prazer cômico no ouvinte, provavelmente porque excita nele uma contraditória despesa de energia, reconhecida como desnecessária. Uma comparação como essa, entre os chistes e um tipo de comicidade, que lhes é intimamente relacionada, pode confirmar nossa pressuposição de que a característica peculiar dos chistes é sua relação com o inconsciente, o que permite talvez distingui-los também do cômico.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes se diferenciam da ironia, que consiste em dizer o contrário do que se pretende comunicar a outra pessoa, mas poupando a esta uma réplica contraditória fazendo-lhe entender - pelo tom de voz, por algum gesto simultâneo, ou (onde a escrita está envolvida) por algumas pequenas indicações estilísticas - que se quer dizer o contrário do que se diz, e do cômico pela relação dos chistes com o inconsciente.

Mattanó aponta que os chistes se diferenciam da ironia, que consiste em dizer o contrário do que se pretende comunicar a outra pessoa, mas poupando a esta uma réplica contraditória fazendo-lhe entender - pelo tom de voz, por algum gesto simultâneo, ou (onde a escrita está envolvida) por algumas pequenas indicações estilísticas - que se quer dizer o contrário do que se diz, e do cômico pela relação dos chistes com o inconsciente. A ironia só pode ser empregada quando a outra pessoa está preparada para escutar o oposto, de modo que não possa deixar de sentir uma inclinação a contradizer. A ironia pressupõe que o oposto não verbalizado é a verdade ¨escondida¨ na mensagem. Os chistes não tem esta característica de verdade, pois abordam a ambiguidade e o jogo de palavras, o nonsense.

 

MATTANÓ

(13/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que a criança até aprender a nomear o S – R – C, estímulo – resposta – consequência e os seus significados e sentidos, vive funcionalmente com o meio ambiente e o contexto através do S – R – C, sem significados e sem sentidos, pois ainda não aprendeu a nomeá-los.

 

MATTANÓ

(15/04/2021)

 

 

Mattanó aponta que os chistes também podem ser utilizados em tempos de guerra, violência, tortura e lavagem cerebral para despersonalizar e exaurir os codificadores e os decodificadores, sobretudo onde há telepatia e controle externo do processo de conhecimento.

 

MATTANÓ

(16/04/2021)

 

 

Mattanó aponta que os sonhos revelam o seu inconsciente e o seu comportamento individual e social no meio ambiente, revelam seus padrões com suas amplitudes e diferenças comportamentais de objeto para objeto e de contexto e evento para contexto e evento num dado período de tempo e espaço, revelam a sua entropia e a sua neguentropia, ou seja, a sua organização e a sua reorganização com os objetos do meio ambiente, mostrando que o seu conteúdo é como  o seu comportamento em relação a todo e qualquer objeto do meio ambiente, ou seja, ele é uma metamorfose ambulante que se relaciona assim com todos como os próprios sonhos.

 

MATTANÓ

(16/04/2021)

 

 

 

 

Na elaboração onírica, a representação pelo oposto desempenha uma parte ainda maior que nos chistes. Os sonhos não são simplesmente favoráveis à representação de dois contrários pela mesma e única estrutura composta, mas tão freqüentemente mudam parte dos pensamentos oníricos em seus opostos, que isso leva o trabalho de interpretação a grandes dificuldades. ‘Não há maneira de decidir à primeira vista se algum elemento que admite um contrário está presente nos pensamentos oníricos como um positivo ou como um negativo.’

Devo afirmar enfaticamente que esse fato até agora não mereceu reconhecimento. Mas parece apontar para importante característica do pensamento inconsciente no qual, com toda probabilidade, não ocorre nenhum processo que se assemelhe ao ‘julgamento’. No lugar da rejeição por um julgamento, o que encontramos no inconsciente é a ‘repressão’. Esta pode, sem dúvida, ser corretamente descrita como estágio intermediário entre um reflexo defensivo e um julgamento condenador.

O nonsense, o absurdo, que aparece com tanta freqüência nos sonhos, condenando-os a desprezo tão imerecido, nunca ocorre por acaso através da mesclagem dos elementos ideacionais, podendo sempre demonstrar sua admissão intencional pela elaboração onírica, cabendo-lhes representar nos pensamentos oníricos a crítica amargurada e a contradição desdenhosa. Assim o absurdo no conteúdo dos sonhos assume o lugar do julgamento ‘isto é apenas nonsense‘ nos pensamentos oníricos. Dou grande ênfase à interpretação desse fato em A Interpretação de Sonhos porque considerei que, dessa forma, podia fazer o mais forte dos ataques ao erro de acreditar que o sonho não é em absoluto um fenômeno psíquico - erro que bloqueia o caminho ao conhecimento do inconsciente. Aprendemos agora, ao analisar certos chistes tendenciosos (ver em [1]), que o nonsense nos chistes destina-se a servir aos mesmos objetivos de representação. Sabemos também que uma fachada sem sentido se adequa particularmente bem a aumentar a despesa psíquica do ouvinte, aumentando assim a cota liberada através da descarga pelo riso (ver em [1]). Mas além disso não se deve esquecer que o nonsense em um chiste é um fim em si mesmo, já que a intenção de recobrar o antigo prazer no nonsense está entre os motivos da elaboração do chiste. Há outros modos de recobrar o nonsense e de derivar prazer dele: a caricatura, a exageração paródica utilizam-no e assim criam o ‘nonsense cômico’. Se submetemos tais formas de expressão a uma análise similar àquela aplicada aos chistes, constataremos que em nenhum desses casos há alguma ocasião de apresentar processos inconscientes (como os definimos), a fim de explicá-las. Podemos agora compreender como é que a característica chistosa pode acorrer, em acréscimo extra, à caricatura, exageração ou paródia; o fator que possibilita isto é uma diferença na ‘cena psíquica da ação’.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que não se deve esquecer que o nonsense em um chiste é um fim em si mesmo, já que a intenção de recobrar o antigo prazer no nonsense está entre os motivos da elaboração do chiste. Há outros modos de recobrar o nonsense e de derivar prazer dele: a caricatura, a exageração paródica utilizam-no e assim criam o ‘nonsense cômico’.

Mattanó aponta que o nonsense num chiste produz por si só o seu antigo prazer já na elaboração do chiste e que há outros modos de recobrar esse nonsense e extrair o seu prazer, através da caricatura, da exageração paródica e do nonsense cômico, prazer este que entende um significado e um sentido para cada modo de se extrair o seu prazer e recobrar o nonsense. Este significado e sentido derivam de um nonsense e em função disto transmitem uma ignorância, um absurdo, uma falta de sentido e de incoerência que produzem o seu prazer no que foi comunicado.

 

MATTANÓ

(18/04/2021)

 

 

 

 

 

Penso que a atribuição da elaboração do chiste ao sistema do inconsciente torna-se muito mais importante para nós agora que permite-nos compreender o fato de que as técnicas a que os chistes, admitidamente, aderem não são, por outro lado, sua propriedade exclusiva. Algumas dúvidas, que fomos obrigados a adiar para mais tarde em nosso exame original dessas técnicas, encontram agora uma solução confortável. Por essa mesma razão uma outra dúvida que agora assoma é merecedora de toda a nossa consideração. Isso sugere que a inegável relação dos chistes com o inconsciente é de fato válida apenas para certas categorias de chistes tendenciosos enquanto nós nos preparamos a estendê-la a toda espécie e a todo estágio de desenvolvimento dos chistes. Não devemos fugir ao exame dessa objeção.

Pode-se admitir com certeza que os chistes são formados no inconsciente quando se trata de chistes a serviço de propósitos inconscientes ou de propósitos reforçados pelo inconsciente - isto é, a maior parte dos chistes ‘cínicos’ (ver em [1]). Em tais casos, o propósito inconsciente draga o pensamento pré-consciente no inconsciente e lhe dá uma forma nova - um processo ao qual o estudo da psicologia das neuroses apontou numerosas analogias. Entretanto, no caso de chistes tendenciosos de outro gênero, de chistes inocentes e de gracejos, a força de dragagem (no inconsciente) parece ausente e, em conseqüência, coloca-se em questão a relação dos chistes com o inconsciente.

Consideremos agora o caso em que um pensamento, por si mesmo valioso, ocorre no curso de um processo intelectual e se exprime como um chiste. A fim de capacitar a esse pensamento tornar-se um chiste, é claramente necessário selecionar, entre as formas de expressão possíveis, aquela que há de trazer consigo uma produção de prazer verbal. Sabemos, pela auto-observação, que a seleção não é feita pela atenção consciente; certamente a seleção será ajudada se a catexia do pensamento pré-consciente for reduzida a inconsciente, pois, como verificamos na elaboração onírica, os trajetos associativos que partem das palavras são, no inconsciente, tratados do mesmo modo que se partissem de coisas. Uma catexia inconsciente oferece condições bem mais favoráveis de se selecionar a expressão. Além do mais, podemos imediatamente admitir que a possível forma de expressão que envolve uma produção de prazer verbal opera idêntica dragagem sobre a ainda instável verbalização do pensamento pré-consciente, tal como o faz com o propósito inconsciente no caso anterior. Para o caso, mais simples, do gracejo, podemos supor que uma intenção, permanentemente vigilante, de realizar uma produção de prazer verbal, capta a ocasião, oferecida no pré-consciente, de dragar no inconsciente o processo catéxico de acordo com o modelo já conhecido.

Devia dar-me por satisfeito se conseguisse, por um lado, fornecer uma exposição mais clara deste único ponto decisivo na minha concepção dos chistes, e, por outro, reforçá-lo com argumentos conclusivos. Mas de fato o que se me depara não é um dúplice fracasso mas um único e mesmo fracasso. Não posso fornecer uma exposição mais clara porque não tenho ulterior comprovação de meu ponto de vista. Cheguei a ele com base no estudo da técnica [dos chistes] e da comparação com a elaboração onírica, e não a partir de outra base; constatei então que, em seu todo, adequa-se excelentemente com as características dos chistes. Assim, a concepção foi atingida por inferência; se, a partir de uma inferência como esta, sou levado não a uma região familiar, mas pelo contrário, a uma que é estranha e nova ao pensamento, denomino ‘hipótese’ a esta inferência, recusando-me corretamente a considerar a relação da hipótese com o material da qual é inferida, como uma ‘prova’ deste. Pode-se apenas considerá-la como ‘provada’ se é atingível também por outro trajeto, se é demonstrada como ponto nodal de ainda outras conexões. Mas é impossível uma prova desse tipo, quando mal se inicia nosso conhecimento dos processos inconscientes. Certos de que estamos pisando em solo virgem contentamo-nos em manter, a partir de nosso ponto de observação, um único passo, breve e incerto, na direção da região inexplorada.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes podem levar a uma nova região através de novidades por suas hipóteses que são concebidas por inferências. Esta região não é uma região familiar e deve ser provada com sua inferência para que se torne prova e algo novo.

Mattanó aponta que os chistes podem levar a uma nova região psíquica, um solo virgem, através de novidades, por suas hipóteses que são concebidas por inferências. Quando provada a coisa inferida ela torna-se prova desta nova coisa, está região não é uma região familiar, pois é nova, com novos significados e novos sentidos, com novos pensamentos. A ideia e a Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó referem-se a esta região nova e nada familiar que é posta a prova por meio de inferências até que seja provada como realidade, o resíduo auditivo de Mattanó deve ser posto a prova para que seja provado como realidade e não como prazer e loucura, o que não é aqui provado torna-se loucura e lavagem cerebral.

 

MATTANÓ

(18/04/2021)

 

 

 

 

 

 

Sobre tal fundamento não é possível construir muita coisa. Se relacionamos os vários estágios do chiste aos estados mentais que lhes são favoráveis, podemos talvez prosseguir como segue. O gracejo deriva de uma disposição eufórica, aparentemente caracterizada por uma inclinação a diminuir a catexia mental. Emprega já todas as características técnicas dos chistes, cumprindo sua condição fundamental quanto à seleção do material verbal ou das conexões de pensamento, isto é, satisfaz tanto aos requisitos da produção de prazer quanto àqueles feitos pela razão crítica. Concluiremos que a descida da catexia do pensamento ao nível inconsciente, facilitada pela disposição eufórica, está presente já nos gracejos. No caso dos chistes inocentes, conectados à expressão de um pensamento valioso, não mais se aplica o encorajante efeito da disposição de ânimo. Devemos aqui presumir a ocorrência de uma aptidão pessoal especial, manifestada pela facilidade com que a catexia pré-consciente é abandonada e trocada, por um momento, pela inconsciente. Um propósito, continuamente na mira da renovação da produção original de prazer, opera uma dragagem da, ainda inconstante, expressão pré-consciente do pensamento. Sem dúvida a maior parte das pessoas é capaz de produzir gracejos, quando em boa disposição; a aptidão para fazer chistes apresenta-se apenas em algumas pessoas, independente de sua disposição. Finalmente, a elaboração do chiste recebe seu estímulo mais poderoso quando estão presentes fortes propósitos em direção ao inconsciente, os quais representam uma especial aptidão para a produção de chistes e podem nos explicar por que os determinantes subjetivos dos chistes são encontrados com tamanha freqüência em pessoas neuróticas. Sob a influência desses fortes propósitos mesmo aqueles que, de outra forma, teriam uma aptidão mínima, tornaram-se capazes de fazer chistes.

Assim, com essa última contribuição que explica, ainda que apenas por hipótese, a elaboração do chiste na primeira pessoa, nosso interesse nos chistes, estritamente falando, chega ao fim. Resta-nos fazer outra breve comparação entre os chistes e os, mais bem conhecidos, sonhos; podemos esperar que, afora a única conformidade já considerada, essas duas funções mentais dissimilares revelem apenas diferenças. Destas a mais importante consiste em seu comportamento social. Um sonho é um produto mental completamente associal; nada há nele a comunicar a ninguém; emerge no sujeito como uma solução de compromisso entre as forças mentais, que lutam nele, e permanece ininteligível ao próprio sujeito, sendo por essa razão totalmente desinteressante às outras pessoas. Não apenas não reservam qualquer lugar para a inteligibilidade, como devem de fato evitar ser compreendidos, pois seriam desta forma destruídos; só mascarados, podem subsistir. Por esta razão, podem sem estorvo utilizar o mecanismo que domina os processos mentais inconscientes até chegar a uma distorção, não mais endireitável. Um chiste, por outra parte, é a mais social de todas as funções mentais que objetivam a produção de prazer. Convoca freqüentemente três pessoas e sua completação requer a participação de alguém mais no processo mental iniciado. Está, portanto, preso à condição da inteligibilidade; pode utilizar apenas a possível distorção no inconsciente, através da condensação e do deslocamento, até o ponto em que possa ser reconstruído pela compreensão da terceira pessoa. Além do mais, chistes e sonhos amadurecem em regiões bastante diferentes da vida mental e devem ser distribuídos em pontos, no sistema psicológico, bastante remotos uns dos outros. Um sonho permanece sendo um desejo, ainda que tornado irreconhecível; um chiste é um jogo desenvolvido. Os sonhos, a despeito de sua nulidade prática, retêm uma conexão com os principais interesses da vida; procuram satisfazer necessidades pelo desvio regressivo da alucinação e têm sua ocorrência permitida pela única necessidade ativa durante a noite - a necessidade de dormir. Os chistes, por outro lado, procuram obter uma pequena produção de prazer da simples atividade de nosso aparato mental, desimpedida de qualquer necessidade. Mais tarde, tentam apoderar-se daquele prazer como produto derivado durante a atividade do aparato mental e assim chegam secundariamente a funções, não sem importância, dirigidas ao mundo exterior. Os sonhos servem predominantemente para evitar o desprazer, os chistes, para a consecução do prazer; mas para estas duas finalidades convergem todas as nossas atividades mentais.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que nos resta fazer outra breve comparação entre os chistes e os, mais bem conhecidos, sonhos; podemos esperar que, afora a única conformidade já considerada, essas duas funções mentais dissimilares revelem apenas diferenças. Destas a mais importante consiste em seu comportamento social. Um sonho é um produto mental completamente associal; nada há nele a comunicar a ninguém; emerge no sujeito como uma solução de compromisso entre as forças mentais, que lutam nele, e permanece ininteligível ao próprio sujeito, sendo por essa razão totalmente desinteressante às outras pessoas. Um chiste, por outra parte, é a mais social de todas as funções mentais que objetivam a produção de prazer. Convoca freqüentemente três pessoas e sua completação requer a participação de alguém mais no processo mental iniciado. Está, portanto, preso à condição da inteligibilidade; pode utilizar apenas a possível distorção no inconsciente, através da condensação e do deslocamento, até o ponto em que possa ser reconstruído pela compreensão da terceira pessoa. Os sonhos, a despeito de sua nulidade prática, retêm uma conexão com os principais interesses da vida; procuram satisfazer necessidades pelo desvio regressivo da alucinação e têm sua ocorrência permitida pela única necessidade ativa durante a noite - a necessidade de dormir. Os chistes, por outro lado, procuram obter uma pequena produção de prazer da simples atividade de nosso aparato mental, desimpedida de qualquer necessidade. Mais tarde, tentam apoderar-se daquele prazer como produto derivado durante a atividade do aparato mental e assim chegam secundariamente a funções, não sem importância, dirigidas ao mundo exterior. Os sonhos servem predominantemente para evitar o desprazer, os chistes, para a consecução do prazer; mas para estas duas finalidades convergem todas as nossas atividades mentais.

Mattanó aponta que nos resta fazer outra breve comparação entre os chistes e os, mais bem conhecidos, sonhos; podemos esperar que, afora a única conformidade já considerada, essas duas funções mentais dissimilares revelem apenas diferenças. Destas a mais importante consiste em seu comportamento social. Um sonho é um produto mental completamente associal; nada há nele a comunicar a ninguém; emerge no sujeito como uma solução de compromisso entre as forças mentais, que lutam nele, e permanece ininteligível ao próprio sujeito, sendo por essa razão totalmente desinteressante às outras pessoas. Um chiste, por outra parte, é a mais social de todas as funções mentais que objetivam a produção de prazer. Convoca freqüentemente três pessoas e sua completação requer a participação de alguém mais no processo mental iniciado. Está, portanto, preso à condição da inteligibilidade; pode utilizar apenas a possível distorção no inconsciente, através da condensação e do deslocamento, até o ponto em que possa ser reconstruído pela compreensão da terceira pessoa. Os sonhos, a despeito de sua nulidade prática, retêm uma conexão com os principais interesses da vida; procuram satisfazer necessidades pelo desvio regressivo da alucinação e têm sua ocorrência permitida pela única necessidade ativa durante a noite - a necessidade de dormir. Os chistes, por outro lado, procuram obter uma pequena produção de prazer da simples atividade de nosso aparato mental, desimpedida de qualquer necessidade. Mais tarde, tentam apoderar-se daquele prazer como produto derivado durante a atividade do aparato mental e assim chegam secundariamente a funções, não sem importância, dirigidas ao mundo exterior. Os sonhos servem predominantemente para evitar o desprazer, os chistes, para a consecução do prazer; mas para estas duas finalidades convergem todas as nossas atividades mentais. Os sonhos servem para revelar significados e sentidos inconscientes, e os chistes servem para revelar significados e sentidos absurdos e incoerentes; os sonhos revelam conceitos e comportamentos, contextos e funcionalidades, simbologias coerentes, e os chistes revelam conceitos e comportamentos, contextos e funcionalidades, simbologias absurdas e incoerentes; os sonhos revelam linguagens e relações sociais, gestalts e insights coerentes, os chistes revelam linguagens e relações sociais, gestalts e insights absurdos e incoerentes; os sonhos revelam desejos e os chistes não revelam desejos; os sonhos revelam pressupostos e subentendidos coerentes, e os chistes revelam pressupostos e subentendidos incoerentes e absurdos; os sonhos produzem bem-estar e atuam na cura dos transtornos mentais e os chistes podem produzir mal-estar e transtornos mentais, podem aumentar os transtornos mentais.

 

MATTANÓ

(18/04/2021)

 

 

 

Mattanó aponta que ele e sua família são manipulados por assassinos, estupradores, torturadores e ladrões desde os anos 1970, e em função disto, estamos sofrendo e estamos com problemas, por isso que haja Justiça!

 

MATTANÓ

(20/04/2021)

 

 

 

 

 

VII - OS CHISTES E AS ESPÉCIES DO CÔMICO

 

Aproximamo-nos dos problemas do cômico de modo não usual. Parece-nos que os chistes, ordinariamente considerados como uma subespécie de cômico, oferecem-nos bastante peculiaridades para serem atacados diretamente; assim evitamos sua relação com a categoria, mais inclusiva, do cômico, enquanto isso foi possível, embora não tenhamos deixado de colher, en passant, algumas sugestões que podem lançar luz sobre o cômico. Não tivemos dificuldade em descobrir que, socialmente, o cômico se comporta diferentemente dos chistes (ver em [1]). Pode contentar-se com duas pessoas: a primeira que constata o cômico e a segunda, em quem se constata. A terceira pessoa, a quem se conta a coisa cômica, intensifica o processo, mas nada lhe acrescenta. No chiste, esta terceira pessoa é indispensável para a completação do processo de produção de prazer; entretanto, a segunda pessoa pode estar ausente, exceto quando se trata de um chiste tendencioso, agressivo. Um chiste se faz, o cômico se constata - antes de tudo, nas pessoas; apenas por uma transferência subseqüente, nas coisas, situações etc. No que toca aos chistes, sabemos que as fontes do prazer, que há de ser fomentado, residem no próprio sujeito e não em pessoas externas. Verificamos também que os chistes podem eventualmente reabrir fontes do cômico tornadas inacessíveis (ver em [2]) e que o cômico freqüentemente serve como fachada ao chiste, substituindo o prazer preliminar que, de outro modo, seria produzido pela técnica conhecida (ver em [3]). Nada disso sugere precisamente que sejam muito simples as relações entre os chistes e o cômico. Mas os problemas do cômico têm-se comprovado tão complicados, e tão infrutíferos têm sido os esforços dos filósofos em resolvê-los que não podemos abrigar a prospectiva de que poderemos dominá-los em uma repentina e violenta investida, aproximando-nos deles a partir dos chistes. Além do mais, para nossa investigação dos chistes, dispúnhamos de um instrumento do qual, até aqui, ninguém mais fez uso - o conhecimento da elaboração onírica. Não temos vantagem similar a nosso dispor para nos ajudar a compreender o cômico e devemos, pois, esperar que não descobriremos mais sobre a natureza do cômico do que já constatamos nos chistes, na medida em que estes participam do cômico e possuem em sua própria natureza algumas das características (do cômico) inalteradas ou meramente modificadas.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que socialmente, o cômico se comporta diferentemente dos chistes (ver em [1]). Pode contentar-se com duas pessoas: a primeira que constata o cômico e a segunda, em quem se constata. A terceira pessoa, a quem se conta a coisa cômica, intensifica o processo, mas nada lhe acrescenta. No chiste, esta terceira pessoa é indispensável para a completação do processo de produção de prazer; entretanto, a segunda pessoa pode estar ausente, exceto quando se trata de um chiste tendencioso, agressivo. Um chiste se faz, o cômico se constata - antes de tudo, nas pessoas; apenas por uma transferência subseqüente, nas coisas, situações etc. No que toca aos chistes, sabemos que as fontes do prazer, que há de ser fomentado, residem no próprio sujeito e não em pessoas externas. Verificamos também que os chistes podem eventualmente reabrir fontes do cômico tornadas inacessíveis (ver em [2]) e que o cômico freqüentemente serve como fachada ao chiste, substituindo o prazer preliminar que, de outro modo, seria produzido pela técnica conhecida (ver em [3]).

Mattanó aponta que socialmente, o cômico se comporta diferentemente dos chistes. Pode contentar-se com duas pessoas: a primeira que constata o cômico e a segunda, em quem se constata. A terceira pessoa, a quem se conta a coisa cômica, intensifica o processo, mas nada lhe acrescenta. No chiste, esta terceira pessoa é indispensável para a completação do processo de produção de prazer; entretanto, a segunda pessoa pode estar ausente, exceto quando se trata de um chiste tendencioso, agressivo. Um chiste se faz, o cômico se constata - antes de tudo, nas pessoas; apenas por uma transferência subseqüente, nas coisas, situações etc. No que toca aos chistes, sabemos que as fontes do prazer, que há de ser fomentado, residem no próprio sujeito e não em pessoas externas. Verificamos também que os chistes podem eventualmente reabrir fontes do cômico tornadas inacessíveis e que o cômico freqüentemente serve como fachada ao chiste, substituindo o prazer preliminar que, de outro modo, seria produzido pela técnica conhecida. O chiste tem como fachada o nonsense para adquirir um prazer, e o cômico tem como fachada ao chiste, de modo que ele vai substituindo o prazer produzido pela técnica, sem nada acrescentar ao processo de comunicação a terceira pessoa.

 

MATTANÓ

(20/04/2021)

 

 

 

 

 

 

O tipo de cômico mais próximo dos chistes é o ingênuo. Como o cômico em geral, o (cômico) ingênuo é ‘constatado’ e não ‘produzido’, como o chiste. De fato, o ingênuo não pode absolutamente ser confeccionado, enquanto no interior do cômico puro devemos levar em conta o caso em que alguma coisa é tornada cômica - a evocação do cômico. O ingênuo deve se originar, sem que tomemos parte nisso, nos comentários e atitudes de outras pessoas, que assumem a posição da segunda pessoa no cômico ou nos chistes. O ingênuo ocorre quando alguém desrespeita completamente uma inibição, inexistente em si mesmo - portanto, quando parece vencê-la sem nenhum esforço. É uma condição para a produção do efeito do ingênuo que saibamos que a pessoa envolvida não possui tal inibição; de outro modo, ela não seria ingênua mas impudente. Rimo-nos dela, mas não nos indignamos. O efeito do ingênuo é irresistível e parece fácil de compreender. Uma despesa inibitória usualmente efetuada torna-se subitamente inutilizável por ouvirmos o comentário ingênuo, e a descarregamos então pelo riso. Não é necessário aqui que a atenção seja distraída (ver em [1]), provavelmente porque a suspensão da inibição ocorre diretamente e não através da intermediação de uma operação provocada. Neste caso comportamo-nos como a terceira pessoa do chiste, que é presenteada com uma economia na inibição sem qualquer esforço de sua parte (ver em [2]).

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o tipo de cômico mais próximo dos chistes é o ingênuo. Como o cômico em geral, o (cômico) ingênuo é ‘constatado’ e não ‘produzido’, como o chiste. De fato, o ingênuo não pode absolutamente ser confeccionado, enquanto no interior do cômico puro devemos levar em conta o caso em que alguma coisa é tornada cômica - a evocação do cômico. O ingênuo deve se originar, sem que tomemos parte nisso, nos comentários e atitudes de outras pessoas, que assumem a posição da segunda pessoa no cômico ou nos chistes. O ingênuo ocorre quando alguém desrespeita completamente uma inibição, inexistente em si mesmo - portanto, quando parece vencê-la sem nenhum esforço. É uma condição para a produção do efeito do ingênuo que saibamos que a pessoa envolvida não possui tal inibição; de outro modo, ela não seria ingênua mas impudente. Rimo-nos dela, mas não nos indignamos. O efeito do ingênuo é irresistível e parece fácil de compreender. Uma despesa inibitória usualmente efetuada torna-se subitamente inutilizável por ouvirmos o comentário ingênuo, e a descarregamos então pelo riso. Não é necessário aqui que a atenção seja distraída (ver em [1]), provavelmente porque a suspensão da inibição ocorre diretamente e não através da intermediação de uma operação provocada. Neste caso comportamo-nos como a terceira pessoa do chiste, que é presenteada com uma economia na inibição sem qualquer esforço de sua parte (ver em [2]).

Mattanó aponta que o tipo de cômico mais próximo dos chistes é o ingênuo. Como o cômico em geral, o (cômico) ingênuo é ‘constatado’ e não ‘produzido’, como o chiste. De fato, o ingênuo não pode absolutamente ser confeccionado, enquanto no interior do cômico puro devemos levar em conta o caso em que alguma coisa é tornada cômica - a evocação do cômico. O ingênuo deve se originar, sem que tomemos parte nisso, nos comentários e atitudes de outras pessoas, que assumem a posição da segunda pessoa no cômico ou nos chistes. O ingênuo ocorre quando alguém desrespeita completamente uma inibição, inexistente em si mesmo - portanto, quando parece vencê-la sem nenhum esforço. É uma condição para a produção do efeito do ingênuo que saibamos que a pessoa envolvida não possui tal inibição; de outro modo, ela não seria ingênua mas impudente. Rimo-nos dela, mas não nos indignamos. O efeito do ingênuo é irresistível e parece fácil de compreender. Uma despesa inibitória usualmente efetuada torna-se subitamente inutilizável por ouvirmos o comentário ingênuo, e a descarregamos então pelo riso. Não é necessário aqui que a atenção seja distraída, provavelmente porque a suspensão da inibição ocorre diretamente e não através da intermediação de uma operação provocada. Neste caso comportamo-nos como a terceira pessoa do chiste, que é presenteada com uma economia na inibição sem qualquer esforço de sua parte. Ou seja, no cômico tipo ingênuo, é constatado através de comentários e atitudes de outras pessoas, que assumem a posição de segunda pessoa no cômico, levando o indivíduo a desrespeitar completamente uma inibição que parece irresistível e fácil de compreender, ocasionando o riso através de uma despesa inibitória que não fora efetuada, o que causa a economia na inibição, sem qualquer esforço de sua parte. Constatamos que nada é acrescentado ao processo de comunicação da terceira pessoa, segundo Freud, mas segundo Mattanó, existe um acréscimo no processo de comunicação: através dos comentários e das atitudes das outras pessoas, a terceira pessoa é estimulada por meio de um feedback positivo que renova o processo comunicacional, onde a primeira pessoa decodifica a mensagem gerada no processo comunicacional, assim como a terceira pessoa através da segunda pessoa, e ocorre o feedback positivo que reforça a comunicação e o interação, o vínculo e a convivência entre eles três através do cômico tipo ingênuo. Este processo comunicacional gera significados e sentidos na mente e no comportamento encoberto e manifesto através do comportamento verbal dos interlocutores deste processo comunicacional.

 

MATTANÓ

(20/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó comenta que ele na época do seu 1° Grau no Colégio São Paulo, quando ele estava por volta da 6ª ou 7ª  série havia uma aluna que se chamava Eliete uma ou duas séries abaixo da minha que os meninos do Colégio São Paulo falavam em telepatia e em comentários que ela gostava de mim e que era para eu namorar ela, que era para eu transar com ela, eu nunca falei isto com pessoa alguma e nem com a aluna Eliete que eu delirava o nome de minha avó materna ao ouvir o seu nome Eliete, eu ouvia Aliete e visualizava minha avó Aliete na pessoa daquela menina, ou seja, eu alucinava e não sabia o que era isso – só estou contando isto agora pois a Polícia tem como saber se isto é verdade se for legal a sua ordem e agora eu sei o que aconteceu comigo, delírio e alucinação por causa de violência, estupro e abuso sexual em minha história de vida e naquele Colégio São Paulo. Eu achava feia a Eliete por ser muito nova e muito criança, como era feia a minha avó Aliete por ser muito velha.

 

MATTANÓ

(20/04/2021)

 

 

 

Mattanó denuncia que no Brasil ter pecados tornou-se crime e motivo de ação judicial, inclusive de prova contra o criminoso ou contra a vítima, até mesmo se o pecado for de um Santo? E se o Santo não ter pecados? Se todos os seus pecados já estiverem perdoados por ele ser o Amor de Deus?! E se ele entrega esses ¨pecados¨ ou pensamentos e afetos a Santíssima Trindade constantemente, ou ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria como fazia Jesus Cristo com Seu Pai quando Jesus Cristo esteve conosco na Terra, na Terra Santa? Jesus Cristo estregava esses ¨pecados¨ ou pensamentos que eram problemas e sofrimentos que lhe afligiam em nome de sua comunidade e intercedia por eles! Isto é crime? Podemos transformar uma vida destinada a viver desta maneira a vida inteira a viver como um idiota e esquizofrênico, doente ou louco, assassino ou terrorista, racista ou pedófilo, tarado ou estuprador, corrupto ou ladrão, trapaceiro ou insano ao viver como Jesus Cristo viveu conosco? O Amor de Deus não é pecador e nem criminoso, Ele tem uma Cruz Azul testemunhada e fotografada que paga por todos os pecados que o mundo comete contra Ele e contra a vida individual e do próximo, quando deixa de amar a Deus sobre todas as coisas e quando deixa de amar ao próximo como a si mesmo.

 

MATTANÓ

(21/04/2021)

 

 

Mattanó comenta a vitória contra o racismo quando George Floyd disse ¨eu não consigo respirar¨ antes de morrer, e então venceu o seu assassino nos tribunais nos EUA em 2021, da mesma forma Osny Mattanó Júnior disse em pensamentos em 1999 no Hospital Psiquiátrico Shangri-la ¨eu não consigo respirar¨ antes de apagar e não saber o que aconteceu até hoje, 21 de abril de 2021, depois disso ele apanhou e foi espancado, quebrou dente, e foi novamente internado em função de falsidades de autoridades da saúde que afirmavam que os Beatles ou ex-Beatles nunca fizeram música alguma para ele, Osny Mattanó Júnior e também torturam-no e a sua família, reproduzindo aquele ¨eu não consigo respirar por 20 anos¨ pois ele ficou obeso e com dificuldades respiratórias depois do casamento da Stella McCartney e sempre o chamavam de louco em função da telepatia e das músicas que pareciam ter uma mensagem para ele, isto ocorre até hoje e ninguém confirma coisa alguma, continuam me chamando de louco por causa disto e continua assim ¨eu não consigo respirar¨ todas as noites até hoje, porque eu sou pobre e tenho telepatia sobrenatural, ou seja, sou diferente!

 

MATTANÓ

(21/04/2021)

 

 

 

Mattanó aponta que o conceito de representar teatralmente ou dramaticamente pode estar ultrapassado! Pois o ator desempenha tudo o que ele aprendeu ou está pronto para desempenhar conforme o estímulo e o meio ambiente ou o contexto, ou seja, ninguém faz o que não aprendeu ou não está preparado para desempenhar segundo a Etologia e a Biologia!

 

MATTANÓ

(24/04/2021)

 

 

Mattanó aponta que o pensamento por si só é solitário e livre, é independente, quando ele é invadido, por exemplo, por telepatia, ele é produto e meio de tortura e de lavagem cerebral! Quando o pensamento é estimulado pelos sentidos ele é natural e normal, é produto do seu meio ambiente em interação com este organismo.

 

MATTANÓ

(24/04/2021)

 

Mattanó aponta que por entre as linhas do comportamento virtual e do conhecimento, por meio da telepatia e da lavagem cerebral, existem eventos da linguagem como os argumentos, os pressupostos, os atos ilocucionários, os atos perlocucionários, o falar, o dizer e o mostrar, o implícito e o posto. O falar consiste na produção de frases através da fala; o dizer consiste na produção de enunciados através da relação entre sequência de sons e um estado de coisas; e o mostrar está ligado à enunciação através do processo de significação que gera um sentido para o enunciado. A significação do enunciado é dada pela relação entre a linguagem e o mundo, através da individualidade e da Semântica, e o sentido é dado pela relação entre a linguagem e os homens, através da inter-relação e da Pragmática. Os atos ilocucionários referem-se a força com que os enunciados são produzidos, e os atos perlocucionários referem-se aos efeitos visados pelo uso da linguagem, entre os quais os de convencer e persuadir, buscar adesão aos argumentos apresentados. E todo argumento tem seu implícito que são os pressupostos e os subentendidos e o seu posto que é o revelado.

 

MATTANÓ

(24/04/2021)

 

 

Mattanó denuncia que tem percebido que existem informações virtuais que indicam que o PCC (tráfico de drogas) planeja a meses, sequestrar a mim ou a minha mãe, minha irmã, irmão, pai, sobrinhos e sobrinha e até a Ivonete e já colocou esse plano em prática sequestrando a Lucrécia à uns 2 anos na tentativa de me extorquirem, sequestrarem e matarem e também a minha mãe, e quem está por trás do PCC é o futebol brasileiro e o internacional, já testemunhei traficante ameaçando Ministro do STF de madrugada, ameaçando de morte Promotora ou Juíza do meu processo trabalhista se ela condenasse o futebol, sei também que o Presidente Jair Bolsonaro também está ameaçado bem como sua família e que por causa disso faz uso das camisas dos Clubes de Futebol brasileiro para dizer e mostrar que está tudo bem ou que eu estou condenado pelo PCC por causa do futebol e é o futebol quem manda e compra tudo, inclusive Juízes por quatrocentos milhões de reais como testemunhei virtualmente indivíduo do Corinthians respondendo para mim e para minha mãe há uns 2 ou 3 anos, e foi depois que eu comecei a reclamar e denunciar o que aconteceu comigo no caso do Carandiru em 7 de setembro de 1992 na UEL e em minha vida, quando fui subitamente tomado por uma preocupação louca de matar ou morrer, e de que algo ruim iria acontecer como me prenderem e me matarem, e então era aniversário da UEL, da estagiária M.R.R. e o dia da chacina do Carandiru em São Paulo que foi emparelhado com testemunho virtual de que era por causa de mim, para eu ficar sujo e me matarem, por causa do CD Tudo ao mesmo tempo agora dos Titãs de 1992 que tinha na capa um monte de vísceras expostas, que testemunhei muitas vezes, simbolizavam as minhas vísceras naquela chacina do Carandiru, como consequência! Também foi em 1992 que fizeram no mesmo semestre As Noivas de Copacabana da Rede Globo de Televisão onde eu era um estuprador e assassino louco, e nessa época apareceram as minhas primeiras paqueras, a J.D.M. no Bar Valentino com o L.F.G. de S. e o A.C., e a E. do Curso do Comunicação Social (Relações Públicas) – essas pessoas armaram cenas para eu surtar e ir para a cadeia por causa da televisão e da UEL! O Presidente Jair Bolsonaro sabe que estamos sendo vítima de tentativas de sequestro e que as polícias e autoridades também sabem e conhecem quem são os sequestradores e nada fazem, porquê? Será que querem se beneficiar desses sequestros?! CADEIA!!!! CORRUPTOS!!!!! LADRÕES!!!! TORTURADORES!!!!! ABUSADORES E EXPLORADORES!!!!! ASSASSINOS!!!! SEQUESTRADORES!!!!! TARADOS!!!! QUEM ASSUMIU O RISCO DE MATAR FOI A POLÍCIA E AS AUTORIDADES, NÃO FOI EU E NEM A MINHA FAMÍLIA COM A TELEPATIA E O MUNDO VIRTUAL, NUNCA NOS ASSOCIAMOS A ISTO, NEM AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NEM AO MINISTRO DA SAÚDE, NEM A QUALQUER AUTORIDADE QUE QUEIRA QUE NÓS ASSUMAMOS O RISCO DE MATAR E LESAR BILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO TODO – CADEIA!!!!! NÃO FOI EU E NEM A MINHA FAMÍLIA QUEM AUTORIZAMOS ESTA INVESTIGAÇÃO VIRTUAL OU TELEPÁTICA, NÓS NÃO ASSUMIMOS O RISCO DE MATAR, DE LESAR, DE ROUBAR, DE FRAUDAR, DE TRAPAÇEAR, DE ACIDENTAR, DE HUMILHAR, DE ENVERGONHAR, DE AMEDRONTAR, DE VIOLENTAR, DE TORTURAR, DE ABUSAR, DE EXPLORAR, DE TORTURAR, DE EXTORQUIR, DE VINGAR, DE ESTUPRAR!!!! POLÍTICO E AUTORIDADE QUE ACEITOU ISTO TEM QUE IR PARA A CADEIA!!!!! JUSTIÇA!!!!! CADEIA JÁ!!!!!

 

MATTANÓ

(25/04/2021)

 

 

 

Mattanó denuncia que no acidente de anos atrás na avenida Inglaterra com sua mãe e avó materna quando um caminhão freou e bateu na traseira do nosso carro havia e era 15 de abril, de do meu aniversário, dia que eu recebi pelo correio a Medalha Milagrosa de Nossa Senhora e eu fazia uso dela, e nós nos acidentamos e depois de um tempo, anos, testemunhei que isso foi plano do Presidente dos EUA, do Barack Obama e do Presidente do Brasil, Dilma Roussef, por causa de 15 de abril de 2012 quando me encontrei com o Roger Waters no Super Muffato da Madre Leônia e não conversei com ele pois não me associei a trabalho algum com ele e quando eu e minha mãe íamos embora havia um carro importado no estacionamento do Supermercado que eu testemunhei virtualmente que era para nós mas nós não o aceitamos pois não nos associamos a nada disto! Então o acidente anos depois também num 15 de abril era para ter acontecido nesse carro importado para ter-nos assassinado! CADEIA!!! JUSTIÇA!!!!

 

MATTANÓ

(25/04/2021)

 

 

Mattanó testemunha que num comunicado do Presidente dos EUA Donald Trump ele testemunhou seu problema de saúde onde virtualizou a funcionária nua da Casa Branca e então outro funcionário me deu um murro virtual e depois bateu em mim por causa disso, mas a polícia ficou com medo pois ela, a polícia e a Polinter estimula a minha sexualidade e a minha mente e comportamento, inclusive o virtual, se exibindo nua para mim desde que eu era criança e isso fica gravado no meu cérebro como trauma e pedofilia, como abuso e exploração, como violência e tortura, como tentativa de estupro, no meu mapa cognitivo e cadê a JUSTIÇA, agora querem me sequestrar e roubar o meu trabalho, querem me matar e fazer a mesma coisa com a minha mãe, pai, irmã e irmão, inclusive sobrinhos e sobrinha e resto da família, pois já sequestraram e assassinaram uma familiar nossa, a Lucrécia e nunca solucionam esse caso! PORQUÊ? CADÊ A POLÍCIA? CADEIA!!!! JUSTIÇA!!!!!

 

MATTANÓ

(25/04/2021)

 

 

Mattanó denuncia que testemunhou virtualmente que os EUA querem assassinar a mim e a minha família, pois há um ano e pouco testemunhei as polícias conversando virtualmente que elas tinham apenas dois anos para matar todo mundo da minha família, já passou um ano e agora estão planejando sequestrar outra pessoa de nossa família e depois assassinar, testemunhei também a vizinha da direita dizendo que queria que eu morresse e que iria me matar depois que eu disse em oração que satanizava, ou coisa parecida, todos aqueles que planejam me matar e a minha família, inclusive nos sequestrarem, então ela disse isso, que queria que eu morresse ou que iria me matar e agora existe muita gente se organizando para nos sequestrarem e assassinarem e o pios, falta um mês para concluir o processo trabalhista meu que têm mais de 10 anos na Justiça e que todo mundo acha que vai dar cadeia para um monte de criminosos que me torturaram e me estupraram na UEL, que me fizeram trabalhar lá para me estuprarem e me assassinarem, conforme está sendo comprovado agora com estes acontecimentos, por isso se existe JUSTIÇA no BRASIL e no MUNDO que ela seja feita e dê CADEIA para TODO MUNDO QUE ME TORTUROU E ESTUPROU E TENTOU ME ASSASSINAR E INCLUSIVE A MINHA FAMÍLIA! JUSTIÇA É PRENDER POLÍCIAS CORRUPTOS E NÃO DAR BENEFÍCIO DE PERDÃO DE PENA DE CONDENADOS PELA JUSTIÇA PARA ASSASSINAREM SUAS VÍTIMAS E AJUDAREM OUTROS ASSASSINOS POLÍTICOS DESTE PAÍS E DO MUNDO!

 

MATTANÓ

(25/04/2021)

 

 

 

Mattanó aponta que a consciência, a sua lógica e a sua estrutura são infantis! Pois, se dão na infância, com o recalque e a castração!

O indivíduo torna-se adulto quando se encontra sexualmente ou no trabalho com outros indivíduos! O sexo e o trabalho e suas consequências, como a família, fazem a passagem do indivíduo infantil para o indivíduo adulto através de ritos que lhe agregam responsabilidades e novos repertórios comportamentais que o ajudam em seu destino para que ele possa trazer uma mensagem para sua comunidade, sua família e trabalho, sobre sua história, sobre sua aventura que vai do reino do prazer para o reino da realidade, impondo-lhe autonomia moral e discernimento para guiar sua comunidade.

 

MATTANÓ

(27/04/2021)

 

 

 


            Mattanó aponta que o inconsciente é diferente do comportamento, pois no inconsciente ocorre o condensamento, evento que não ocorre no condicionamento, no condicionamento o evento é linear e no inconsciente o evento começa com um ¨nó¨ que é o condensamento e só depois passa a se deslocar e ser linear e a se associar formando uma rede de associações ou mapa cognitivo com o seu caminho cognitivo para cada funcionalidade, ou seja, S – R – C, estímulo – resposta – consequência. No inconsciente não ocorre condicionamento, em função do condensamento que é anterior ao condicionamento e ao comportamento, mas no comportamento ocorre o condicionamento.

 

MATTANÓ

(27/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que o argumento requer ¨prova¨ para que exista ou se faça! O argumento coleta, descarta e processa a informação através dos atos ilocucionários e dos atos perlocucionários, onde o processo comunicacional é realizado.

Exemplo:

Argumento: ¨Globo Esporte!¨

A informação desencadeia comportamentos para o processo comunicacional, comportamentos de falar, dizer e mostrar, onde  o argumento do codificador coleta, descarta e processa a informação com o decodificador através da(s) prova(s).

O argumento requer significado, sentido, conceito, contexto, comportamento, funcionalidade, simbologia, linguagem, relações sociais, gestalts e insights, desejos e desejos de dormir, conteúdo manifesto e conteúdo latente, vida onírica e vida anímica, chistes, fantasias, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, arquétipos, afetividade, espiritualidade, uma relação com o cosmos e o universo, imunidade, homeostase, história de vida, fenótipo e genótipo, um estilo de vida e uma inteligência.

 

MATTANÓ

(29/04/2021)

 

 

 

 

Mattanó denuncia e testemunha que um corruptor nunca é uma autoridade, seja ela Ministro da Saúde ou Presidente da República ou policial, por exemplo, pois me pedir para eu me associar ou me manter associado à alguma coisa que eu não quero me associar e nem me manter associado é contra a Constituição da República do Brasil, como pode ser crime de discriminação, de ódio e de intolerância e de perseguição, visto que fazem isto desde 1999, há 21 anos, até hoje. Não há lei que obrigue pessoa alguma a se associar ou se manter associado a prática imoral, lasciva, libidinosa e violenta, com atos obscenos e de sexo explícito através do meio virtual e do conhecimento, onde torturam crianças e bebês, inclusive com teratógenos na gravidez das mulheres e dos animais e seres vivos através da radiação emitida por este meio criminoso ao qual sou vítima e insistem em tentar fazer com que eu e minha família nos associemos ou nos mantemos associados ilegalmente, pois também não existe contrato de trabalho legítimo para telepatia e lavagem cerebral, para isto só existe cadeia e Justiça, só existe polícia e internamento! Pois não existe contrato de trabalho e nem tratamento de saúde com violação da intimidade e da privacidade, isto, pois, só condena o profissional de saúde como um criminoso e insano lançando-o aos infernos das prisões e das cadeias como aconteceu com os que me atacaram na UEL – Universidade Estadual de Londrina a partir de 1988 no HURNPr/UEL – Hospital Universitário Regional Norte do Paraná/UEL. Por isso desacatar um corruptor não te faz um criminoso, mas alguém que não se envolveu em crime algum! Nem em pedofilia como sugeriu outro Ministro da Saúde e assim eu teria que aceitar me tornar um pedófilo só porque o presente, na época, Ministro da Saúde, (Pazuelo), disse para eu me associar ou aceitar tal prática do Governo Federal que incluía conforme o Ministro da Saúde anterior, o Mandeta, eu aceitar ser pedófilo conforme declarações na televisão brasileira como do Instituto Fio Cruz do Rio de Janeiro que eu testemunhei na Globo News e me desentendi com a pesquisadora e Doutora. Esse assunto de pedofilia eu já testemunhei foi criado pelas Psicólogas do Judiciário que estão presas em Londrina, elas receberam ordem da Presidência da República para me acusarem de pedófilo já em 1999 e em função dessa ordem me bombardearam com alucinações e delírios por 20 anos, conforme fui avisado por alguma polícia, que 20 anos depois eu ficaria sabendo a verdade, e no ano passado, em 2020 o Papa Francisco estava com os Islâmicos num Estádio e ele me pediu desesperadamente para eu não ouvir a música ¨Boys¨ dos Beatles pois senão iriam assassinar o Santo Papa Francisco naquele momento, mas eu ouvi e ouvi da polícia ¨não é ele quem faz isso, ele não vai ouvir a besteira ou a pornografia¨ e eu não ouvi e nem o Santo Papa e talvez o público do Estádio e ouvimos que faz isto: disseram que é a ¨Rede Globo¨.

 

MATTANÓ

(01/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que a pandemia do novo coronavírus é justamente o nosso arranjo inconsciente e comportamental diante do contexto, dos significados, dos sentidos, dos conceitos, dos contextos, dos comportamentos, das funcionalidades, das simbologias, das topografias, das linguagens, das relações sociais, das gestalts e insights, dos desejos e desejos de dormir, da vida onírica e da vida anímica, do conteúdo manifesto e do conteúdo latente, dos chistes, dos lapsos de linguagem, dos atos falhos, dos esquecimentos, das fantasias, da afetividade, dos arquétipos, da filogênese, da ontogênese, da cultura, da vida, da espiritualidade e do cosmos e do universo, da imunidade, da homeostase, da história de vida, do fenótipo e do genótipo, de um estilo de vida e de uma inteligência. É assim a pobreza e a riqueza e a suas relações e contradições, é a fome e a abundância de alimentos e as suas relações e contradições, é o racismo e a igualdade racial e de direitos e as suas relações e contradições, é a educação e a ignorância e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas e políticas, é o trabalho e o desemprego e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas, políticas, educacionais e econômicas, é a cultura e o niilismo e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas, políticas, educacionais, econômicas, étnicas e raciais, é doença e o tratamento dessa doença e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas, políticas, comunitárias, educacionais, econômicas, étnicas, raciais, afetivas e culturais, é a miséria e o descaso e a riqueza e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas, políticas, comunitárias, educacionais, econômicas, étnicas, raciais, afetivas e culturais, é a loucura e a sanidade e as suas relações e contradições familiares, sociais, religiosas, políticas, comunitárias, educacionais, econômicas, étnicas, raciais, afetivas, culturais, de poder e na saúde, é o estupro, a pedofilia, a violência sexual e o abuso sexual e a virgindade ou a castidade e a pureza vivida numa Santidade e as suas relações e contradições de poder, familiares, sociais, religiosas, políticas, comunitárias, educacionais, econômicas, étnicas, raciais, afetivas, culturais, de saber, conhecimento, de direitos, deveres, obrigações e privilégios, na segurança e na liberdade, na igualdade, e na saúde, etc., são pois estas e todas as relações e contradições existentes nas relações do Homo Sapiens com seu mundo objetal que transferem a responsabilidade e o poder de contaminação e de cura de uma nova pandemia como a do novo coronavírus para a dialética do Homo Sapiens que se em dualidades e comparando-as na tentativa de superá-las para se organizar e reorganizar, ou seja, viver sua entropia e neguentropia, seja em que tempo e espaço for, pois esta dialética é a dialética da Evolução. Ou seja, só evoluindo o Homo Sapiens vencerá o novo coronavírus!

 

MATTANÓ

(02/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que a somatória dos S antecedentes (estímulos antecedentes) também pode desencadear a R (resposta) pelo acúmulo de energia psíquica, seja ela, libido, comunhão ou segurança, ou até a energia vital, sobre o inconsciente e o comportamento. Para esta prática existe a lei do limiar que determina que existe um limiar para que se desencadeie determinadas respostas após sucessivos estímulos, como também existe a lei da fadiga que determina a fadiga da resposta pela fadiga causada pelo estímulo sobre o comportamento ou o inconsciente.

 

MATTANÓ

(03/05/2021)

 

 

 

Em vista do insight que obtivemos sobre a gênese das inibições ao seguirmos o processo de desenvolvimento dos jogos até os chistes, não nos surpreenderá a constatação de que o ingênuo ocorra, bem mais freqüentemente, nas crianças, sendo depois reservado a adultos não instruídos, que podemos considerar infantis no que se refere a seu desenvolvimento intelectual. Comentários ingênuos são, naturalmente, mais adequados a uma comparação com os chistes do que as atitudes ingênuas, já que é através de comentários e não de ações que os chistes usualmente se exprimem. É iluminadora a descoberta que comentários ingênuos, como os feitos pelas crianças, podem ser também descritos como ‘chistes ingênuos’. A conformidade entre os chistes e a ingenuidade, tanto quanto as razões de sua dissimilaridade, podem nos ser mais bem esclarecidas em alguns exemplos:

Uma menina de três anos e meio avisa a seu irmão: ‘Olha, não coma tanto pudim, senão vai ficar doente e tomar um “Bubizin”.’ “Bubizin”? pergunta a mãe, ‘O que é isso?’ ‘Quando fico doente’, disse a menina autojustificando-se, ‘tenho que tomar Medizin‘. A criança pensava que aquilo que o médico lhe prescrevia chamava-se ‘Mädi-zin‘ quando era para uma ’Mädi [garotinha]’ e concluía que, quando era para um ‘Bubi [garotinho]’, devia chamar-se ‘Bubi-zin‘. Esta construção assemelha-se à elaboração de um chiste verbal por similaridade fônica e podia, efetivamente, ter ocorrido como um chiste real, caso em que o acolheríamos, meio constrangidamente, com um sorriso. Como um exemplo de ingenuidade, parece-nos excelente e suscita o riso. O que é que faz a diferença entre um chiste e alguma coisa ingênua? Evidentemente não se trata da verbalização da técnica, que seria a mesma para ambas as possibilidades, mas de um fator que, à primeira vista, parece mesmo muito remoto a elas duas. Trata-se meramente de que admitamos que o locutor pretendeu fazer um chiste ou de que suponhamos que ele - a criança - tenha tentado, de boa-fé, sacar uma conclusão séria à base de sua impune ignorância. Apenas este último caso é uma ingenuidade. Aqui, pela primeira vez, nossa atenção desloca-se para o caso em que a outra pessoa se introduz no processo psíquico que ocorre na pessoa que produz o comentário.

Esta perspectiva é confirmada ao examinarmos outro exemplo. Dois irmãos - uma menina de doze e um menino de onze anos - representavam um drama, composto por eles próprios, para um público de tios e tias. A cena representava uma cabana na praia. No primeiro ato, os dois autores-atores, um pobre pescador e sua honesta esposa, lamentavam-se sobre os duros tempos e seus parcos ganhos. O marido decide-se a cruzar em seu bote os largos mares e procurar fortuna em outra parte; após ternos adeuses entre ambos, o pano cai. O segundo ato passa-se muitos anos depois. O pescador retorna rico com uma grande mala de dinheiro e narra à esposa, que o esperava fora da cabana, como a boa fortuna o abençoara em terras estrangeiras. A esposa o interrompe orgulhosamente: ‘Também eu não fiquei ociosa’. Abre então a porta da cabana e revela aos olhos do marido doze grandes bonecas deitadas no chão, adormecidas… A este ponto da representação, os atores foram interrompidos por uma tempestade de risos da platéia, que foram incapazes de compreender. Fitavam desconcertados a seus parentes, que tinham até então se comportado propriamente, prestando a mais ávida atenção. O riso é explicado pela suposição, admitida pela platéia, de que os jovens autores ignoravam inteiramente as condições que governam a origem dos bebês, sendo portanto capazes de acreditar que a esposa pudesse se jactar da descendência obtida durante a longa ausência do marido e que este pudesse se alegrar com ela por isso. O que os autores produziram, com base nesta ignorância, pode ser descrito como nonsense ou absurdo.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes ingênuos são assim, pois são ingênuos como aos comentários ingênuos das crianças, ora, os adultos não tem comentários ingênuos, mas podem fazer chistes ingênuos, pois os chistes são produção do inconsciente e o inconsciente é marcado pela infância do indivíduo, ou seja, pela ingenuidade.

Mattanó aponta que os chistes ingênuos são assim, pois são ingênuos como aos comentários ingênuos das crianças, ora, os adultos não tem comentários ingênuos, mas podem fazer chistes ingênuos, pois os chistes são produção do inconsciente e o inconsciente é marcado pela infância do indivíduo, ou seja, pela ingenuidade. Tamanha ingenuidade transborda nos significados e nos sentidos dos chistes ingênuos, evento que tem por efeito a sua natureza infantil.

 

MATTANÓ

(03/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta outra técnica para lidar e tratar com a doença da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995, ou seja, a lavagem cerebral e a tortura ou o estupro virtual, é tomando consciência de que a música é apenas música e não um desejo sexual, que a música é desenvolvimento das sublimações, ou seja, é arte e é trabalho, educação, cultura, saber e conhecimento, intelectualidade e nunca um desejo sexual, desta forma você volta a pensar como antes de conhecer estas ideias e teorias da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995, resignificando o seu desejo e o seu trabalho psíquico e comportamental, de modo que o mundo volte a ficar entre o real e o prazer, e não somente regido pelo prazer como propunham essas ideias e teorias da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995. Não devemos sentir medo da música e nem pânico, isto é doença, seja qual for à música! Devemos temer os nossos pensamentos e ideias, como interpretamos o nosso mundo, como julgamos os outros e o nosso mundo, isto sim, devemos temer num processo de educação e de treinamento comportamental, de descobertas inconscientes e de relações sociais que constroem o indivíduo e o social, toda a humanidade.

 

MATTANÓ

(03/05/2021)

 

 

 

Mattanó especula que será que o Universo não tem um som ou ruído imenso e tão incomensurável, gigantesco como o seu tamanho, estrutura e dimensão comparado com o som ou ruído que nós Homo Sapiens emitimos em relação as formigas, seres microscópios, insetos que de tão pequeninos diante de nós, são como nós, Homo Sapiens, diante do Universo e do ruído ou som do Universo que é inaudível, ou entrópico e neguentrópico, organizado e reorganizado constantemente, por isso não o escutamos! A ideia é que o Universo não é silencioso, mas um ruído ou um grande ruído produzido pela criação, por exemplo, pelo ¨Big-bang¨ inicial.

 

MATTANÓ

(03/05/2021)

 

 

 

 

 

Mattanó aponta que assim como a torcida é reflexo do que acontece no jogo de futebol com os atletas e não o contrário, a Escola é reflexo do que acontece com os professores e a diretoria da Escola e não o contrário, assim o vandalismo, a depredação, as invasões, o consumo de drogas, o tráfico de drogas, a prostituição e o roubo nas Escolas é reflexo da conduta dos professores e da diretoria da Escola, da mesma forma no jogo de futebol, onde há violência, roubo, assassinato, perseguição, pancadaria, espancamento, briga entre torcidas, xingamento, invasão e humilhação, isto só ocorre em função do que ocorre dentro do campo de futebol, no jogo de futebol, entre os atletas que tem o poder de argumentar em campo com seus lances e dribles, com seus gols e faltas, com suas jogadas, vitórias e derrotas, com seus empates, muito mais do que ser o vitorioso ou o melhor e o campeão, mas o mais equilibrado, justo e pacífico, harmonioso e solidário com o público pagante e o telespectador que respondem aos seus comportamentos e argumentos inconscientemente e condicionadamente, através de comportamentos e de relações sociais e afetivas que por sua vez, constroem o social e as cidades e o país, elaborando um significado e um sentido de humanidade mais justos e solidários, fraternos e não abusadores e exploradores, onde o ódio e a intolerância determinam seus investimentos no telespectador, até mesmo quando ele é Santo e Amor de Deus, destruindo a fé de todos e parte da Igreja que é feita da humildade dos mais pobres, carentes, dependentes, humilhados e simples, que são dependentes de coisas como o futebol, a música, a novela, o cinema, o sexo e a pornografia, o dinheiro e materialidade, o poder e as riquezas, o esporte e as competições e não do Amor de Jesus Cristo e de Nossa Senhora. Estas coisas, o futebol, a música, a novela, o cinema, o sexo e a pornografia, o dinheiro e materialidade, o poder e as riquezas, o esporte e as competições são geralmente pecado ou geradoras ou influenciadas pelo pecado e é por isso que Jesus Cristo, Nossa Senhora e o Seu Amor veem a ti pecador diretamente, e não ao que já está salvo, pois aquele que o Pai envia o faz para salvar aquele que vive ainda no pecado e não na salvação.

 

MATTANÓ

(04/05/2021)

 

 

 

Mattanó destaca que suas ideias e teorias da Pulsão Auditiva, já a partir de 1995, estão amparadas pelas leis brasileiras que legitimavam o casamento de menores de 14 anos de idade na época ou  na infância de muitos adultos e idosos de agora e assim a vida sexual que poderia desenvolver algum transtorno mental ou sexual levando o Psicólogo ao trabalho na área de sexologia onde poderia estimular a relação sexual e o coito desses pacientes, incluindo suas representações e memórias e até de pacientes menores de 14 anos de idade com a autorização dos pais, se estes pacientes apresentassem algum transtorno sexual como vaginismo, por exemplo, por ter sido estuprada anteriormente ou em outro contexto, e por isso ter vaginismo que é uma forma de rejeitar a relação sexual com dor e dificuldade de penetração do pênis na vagina. Sabemos hoje, 2021, que fazer sexo com menores de 14 anos é estupro de vulnerável, então imagine a psique e o comportamento dessas mulheres e homens ou crianças e/ou adolescentes que se viam diante de uma relação sexual que geralmente era realizada com um parceiro adulto e mais velho, traumas e dificuldades surgiam, transtornos sexuais eram normais como o vaginismo, um sexólogo teria muitos clientes menores de 14 anos se a lei não tivesse sido revista e alterada, reformulada para proteger as crianças e os adolescentes, mas o imaginário e o simbólico das vítimas desse tipo de relação permanecerão por longos anos, décadas, até a mudança de atitude e de comportamento que dificultara a reinvenção desse tipo de tragédia. Assim minhas ideias e teorias da Pulsão Auditiva de 1995 estão amparadas por leis e pelo contexto sócio-histórico nacional que mantêm e reproduz o que é natural até este se esgote em si mesmo e mude, se transforme, seja outro evento, outro fenômeno, outro comportamento individual e social.

 

MATTANÓ

(04/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó especula sobre as Dificuldades da Criação de Crianças Ricas e Crianças Pobres:

As crianças ricas encontram em seu seio o Amor que oferece poder e esperança, materialidade e educação, riqueza na significação e na aquisição de sentidos, na conceituação, por vezes convivência e estrutura familiar, segurança e economia, saúde e bem-estar, conforto e paz; já as crianças pobres encontram em seu seio o Amor que oferece luta pelo poder e pouca esperança, ter que viver o aqui e agora, pobreza material e pobreza na educação, pobreza na significação e na aquisição de sentidos, na conceituação, adquire uma convivência pautada na competitividade e assim uma desestrutura familiar, vive num ambiente inseguro e sem economias, sem saúde e sem bem-estar, sem conforto e sem paz. Estas diferenças ambientais e comportamentais determinam as diferenças entre ricos e pobres, na maioria das vezes, mas nem sempre, pois a educação e a convivência entre eles podem alterar esta realidade e gerar desenvolvimento e crescimento dos mais pobres, gerando economia e acumulação de riquezas e posterior distribuição delas, de forma ordenada e consciente, planejada, sem empobrecer e ajudando a sua comunidade a gerar, acumular e distribuir riquezas sem empobrecer.

Deste modo as dificuldades na criação de crianças ricas e crianças pobres podem serem superadas com a educação e a convivência delas entre si, de forma ordenada e planejada, para que se estruturem e adquiram conhecimento sobre o papel das riquezas e das economias sem que haja empobrecimento.

 

MATTANÓ

(04/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que o inconsciente não é o problema para o resolvido, para este, o problema é o comportamento!

 

MATTANÓ

(05/05/2021)

 

TÉCNICA PARA LIDAR COM DELÍROS, ALUCINAÇÕES, TELEPATIA, LAVAGEM CEREBRAL E MUNDO VIRTUAL SEGUNDO MATTANÓ (2021):

Mattanó aponta outra técnica para lidar com delírios e alucinações:

Crie um significado real e nunca de prazer para substituir o delírio ou a alucinação e você poderá obter sucesso resignificando ou substituindo um processo psíquico psicótico por outro real e normal.

Da mesma forma você pode lidar com a telepatia e a lavagem cerebral:

Criando um significado real através do olhar e nunca de prazer para substituir o objeto de mal-estar telepático ou de lavagem cerebral e você poderá obter sucesso resignificando ou substituindo um processo psíquico virtual por outro real e normal.

 

MATTANÓ

(05/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó especula que a heterossexualidade inclui uma consciência que se mantêm associando a filogênese, a ontogênese, a cultura, a espiritualidade, a vida e o universo num horizonte ao qual a consciência se afirma como coisa linear e produtora de consciência; já o homossexualismo  inclui uma alienação que se mantêm associando eventos da filogênese, ou da ontogênese, ou da cultura, ou da espiritualidade, ou da vida ou do universo num horizonte ao qual a consciência sofre influência da alienação que se afirma como coisa linear e produtora de consciência. Exemplo disto é o homossexualismo dos outros animais, nele os pares homossexuais sofrem uma alienação temporal e são dominados por um prazer e descarga de tensão sexual que termina com o orgasmo; também na masturbação ocorre uma alienação temporal e um domínio por um prazer até a descarga da tensão sexual que termina com o orgasmo; e na masturbação virtual a alienação virtual também é temporal e está sob um domínio de um prazer até a descarga da tensão sexual que termina com o orgasmo ou a desistência da masturbação virtual por impotência quando existe impotência sexual.

 

MATTANÓ

(05/05/2021)

 

 

 

 

O Estudo da Vida ou a Biologia segundo Mattanó (2021):

 

Biologia é uma ciência que se preocupa em estudar a vida em todos os seus níveis. Anatomia, Genética, Evolução, Botânica e Zoologia são algumas das áreas da BiologiaBiologia é uma ciência que se preocupa com o estudo da vida.

A Biologia segundo Mattanó se interessa também pelo estudo dos seres extraterrestres, sua anatomia, genética, evolução, fisiologia, morfologia, comportamento, histologia, citologia, por exemplo.

 

A palavra “biologia” é formada por dois elementos de origem grega: bio + logos. Bio significa vida, e logos significa estudo. Assim, biologia significa, literalmente, o estudo da vida.

 

A Biologia é responsável pelo estudo dos seres vivos em seus mais diferentes aspectos. Isso quer dizer que é um estudo complexo que avalia os diversos níveis de um ser vivo. Na Biologia, estudam-se desde os aspectos químicos que ocorrem no interior das células (Bioquímica) até as interações existentes entre os seres vivos de diferentes espécies (Ecologia). Além disso, essa ciência preocupa-se em analisar também os organismos que viveram no passado e os que vivem atualmente em nosso planeta. A Biologia apresenta, portanto, diversas áreas, cada uma especializada em um aspecto da vida.

É importante destacar que a Biologia estuda também diversos aspectos atuais e relevantes para a humanidade, permitindo que compreendamos a vida como um todo e tornando possível que entendamos, por exemplo, nosso papel no planeta e os impactos das nossas ações na vida dos outros seres vivos. Sendo assim, fica claro que essa ciência é fundamental para a preservação do meio ambiente, ajudando-nos a entender processos como perda de biodiversidades e impactos das mudanças climáticas na sobrevivência dos seres vivos.

Além desse papel essencial em relação à preservação do meio ambiente, não podemos deixar de citar a relação entre a Biologia e a saúde. A ciência biológica é capaz de estudar agentes causadores de doenças, vetores, a ação de uma doença no organismo humano, a reação do organismo a uma infecção e a cura de determinadas doenças. A Biologia, portanto, tem aplicabilidade direta no nosso dia a dia, ajudando também a manter a saúde da população.

 

 

Por ser uma ciência extremamente complexa, a Biologia é dividida em diversas áreas, cada uma com um enfoque especial sobre a vida. Veja a seguir algumas áreas da Biologia e o que elas estudam:

  • Anatomiapreocupa-se com o estudo da estrutura dos seres vivos.
  • Biologia Celular: realiza o estudo das células.
  • Bioquímica: responsável por estudar as reações químicas que ocorrem nos seres vivos.
  • Botânica: responsável pelo estudo das plantas.
  • Ecologia: compreende a interação entre os seres vivos entre si e com o meio ambiente em que vivem.
  • Embriologia: estuda o desenvolvimento embrionário dos organismos vivos.
  • Evoluçãopreocupa-se em compreender as mudanças que ocorrem nos seres vivos ao longo do tempo.
  • Fisiologia: responsável pelo estudo do funcionamento do corpo dos seres vivos.
  • Genética: tem como foco o estudo dos mecanismos da hereditariedade.
  • Histologia: responsável pelo estudo dos tecidos.
  • Microbiologia: estuda os micro-organismos, como vírus e bactérias.
  • Zoologia: estuda os animais.
  • Seres Extraterrestres: estuda a vida, o organismo e o comportamento dos seres extraterrestres neste planeta ou em outros planetas. Para isto adquiriu saber e conhecimento através de quatro disciplinas: Sociologia Extraterrestre ou Alienologia, Filosofia Extraterrestre, Novas Psicologias e Epistemologias Extraterrestres, e Biologia Extraterrestre. Disciplinas criadas por Osny Mattanó Júnior.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 07 de maio de 2021.

 

            MATTANÓ

            (07/05/2021)

 

 

 

SOBRE O FUTEBOL E AS TORCIDAS SEGUNDO MATTANÓ (2021):

Imagine um jogo de futebol com jogadores de brinquedo onde você os manipula com o seu desejo exprimindo sua atenção e intenção, sua consciência, que pode ser agressiva e hostil, violenta, ou apenas competitiva e marcada por um jogo limpo, ou pode ser heterossexual ou homossexual quando você aproxima os jogadores de brinquedo e promove contato entre eles. Nos estádios e nas arenas isto também é assim, pois satisfazemos a nossa consciência pela atenção e pela intenção, satisfazemos nossa agressividade e sexualidade, heterossexualidade e/ou homossexualidade, através do jogo de futebol, a torcida é a responsável pelos argumentos agressivos e sexuais que servem de incentivo para os atletas. Argumentos que podem ser de ódio a um telespectador com xingamentos e acusações, ameaças e ameaças de morte, ameaças homossexuais e ao seu trabalho com ameaças feitas utilizando conteúdo roubado pelos mass mídias como executados em seu lar quando escutava música e organizava e reorganizava sua mente e comportamento privado na tentativa de acusa-lo de pedófilo, tarado, maníaco, violentador, homossexual, corrupto, ladrão e estuprador e na realidade nada destas acusações eram confirmadas, nem pela Justiça e nem pelos profissionais da Saúde que o atendem, por isso JUSTIÇA e CADEIA!!!!!

 

MATTANÓ

(08/05/2021)

 

 

 

 

A HISTÓRIA SEGUNDO MATTANÓ (2021):

História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. Esse estudo, no entanto, não é feito de qualquer maneira, pois o historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados.

A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa “aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do estudo. A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando-lhe a possibilidade de compreender a própria realidade.

O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. O historiador Marc Bloch, por exemplo, considera que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo.

A História segundo Mattanó deve ser estudada e investigada a partir do seu contexto, da sua consciência, da sua atenção e intenção, deve saber discriminar a literalidade, o controle e as razões, deve saber fazer a análise funcional dos eventos investigados e tentar compreender os significados e sentidos dos objetos e representações históricos, inclusive os conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, linguagens, relações sociais e insights, topografias, desejos, conteúdos latentes e conteúdos manifestos, vida onírica e vida anímica, chistes, fantasias, atos falhos, lapsos de linguagem, esquecimentos, pressupostos e subentendidos, atos ilocucionários e atos perlocucionários, o falar, o dizer e o mostrar na argumentação, o papel da homeostase e da imunidade historicamente e contextualmente,  os arquétipos, a espiritualidade, a influência da filogênese, da ontogênese, da cultura, da vida e do universo na história e contextualmente, a história do universo e do mundo, a história de vida e das comunidades, a história das instituições e organizações, o papel da justiça e dos ritos e mitos na história e contextualmente, as conclusões e as formas de interpretar a realidade produzida por uma sabedoria, segundo Mattanó.

Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício.

 

MATTANÓ

(08/05/2021)

 

 

 

 

O SERVIÇO SOCIAL E A URBANIZAÇÃO SEGUNDO MATTANÓ (2021):

O Serviço Social para ser mais eficiente e atender a demanda da classe extremamente pobre e miserável de nossas cidades, que vivem nas ruas e favelas, muitas vezes sem lar e local fixo, poderia o Serviço Social planejar e estudar a viabilidade de criar Pontos do Serviço Social como o CRASS para distribuir com responsabilidade, ou seja, o carente chega no Ponto do Serviço Social e pede um quite com uma barraca e colchonete para ele poder levar para um local específico ou um local apresentado pelo Ponto do Serviço Social próprio para esses quites com barracas e colchonetes, como acampamentos, de modo que retiraríamos das ruas um parcela grande de carentes e ofereceríamos mais serviços através do CRASS. A Urbanização com este serviço ficaria mais fácil e mais acessível para todos, os serviços melhorariam, haveria menos sujeira nas ruas, menos roubo, menos drogas, menos assaltos e menos violência, pois haveria um controle educacional e ocupacional dessa parcela da população que se discrimina e é discriminada, que não vê oportunidades no mundo e o mundo não vê oportunidades neles em função da qualidade de vida que enfrentam e os problemas bio-psico-sociais, de saúde e de estilo de vida.

 

MATTANÓ

(08/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que quando temos uma criança ou jovem e até um homem ou uma mulher que sabemos fora estuprada na infância e na juventude, que sofrera tentativas de estupro em outros ambientes como escola e trabalho, que foi vítima de erro na seleção e recrutamento de pessoal expondo-a a perigo de contágio a doença mortal em Hospital Universitário através do trabalho ilícito para que o trabalhador morresse ou fosse incriminado no futuro, ou ficasse sofrendo psíquica e moralmente, pois as autoridades se negam a processar o Estado e a UEL por estes crimes de 1988 em Londrina do qual fora vítima e testemunhados pelas polícias e mass mídias por meio de meio virtual ou telepático, do conhecimento. Assim como as autoridades solicitam que a UEL e seus Psicólogos alterem as informações do cliente Osny Mattanó Júnior de 1991 a 1993 para que não se comprove que ele fora diagnosticado como esquizofrênico e que denunciou tudo o que estava acontecendo com ele no seu trabalho no HURNPr em 1988 e na UEL a partir de 5 de janeiro de 1989 quando começaram a me humilhar e a me perseguir moralmente, nos dias seguintes me obrigando a carregar uma ¨caixa de força¨ e os crimes do Centrocópias/CAF com o Brás os outros que me seguravam e me agarravam para me passarem a mão no corpo e me ameaçaram de estupro, tentando me estuprar, e na CEC a Aparecida falava que eu não podia ir embora, que aquilo era normal, pois eu ficava nervoso e com medo da UEL, ficava tremendo e vermelho, ficava com raiva. Então indivíduos que se somam para se aproximarem de outros indivíduos violentados iguais a mim, se somam para praticar inconscientemente e até conscientemente, com o comportamento e o verbal, com atos criminosos de humilhação, vergonha e amedrontamento, de ameaça e até de roubo e tortura, de violência e de perseguição a aqueles indivíduos perseguidos e violentados que estão desprotegidos e sem proteção do Estado, sem direitos, deveres, obrigações e privilégios, por algum motivo muito grave que deve ser investigado, assim como a conduta de todos os outros que se aproximam desses indivíduos!

 

MATTANÓ

(09/05/2021)

 

 

 

 

PSICOFÍSICA DE MATTANÓ (2021):

Mattanó especula que para ficar invisível basta apenas fechar os olhos! Pois é só fechar os olhos e a luz que levava a informação deixa de penetrar nos olhos e o objeto fica invisível! Os olhos podem ser a vida, a existência, a realidade, o pensamento, etc., um cálculo matemático que torne isto possível através de um instrumento! O buraco negro é um exemplo disto! Você fica invisível ao entrar num buraco negro! Entrópica e neguentrópicamente, ficar invisível com o bloqueio ou impedimento da luz diante do seu objeto ou mesmo com a apreensão de toda a luz causando uma escuridão e invisibilidade como a do buraco negro, significa organizar e reorganizar o tempo e o espaço, a luz, a matéria e a energia, de modo que fique reversível o estado de invisibilidade.

MATTANÓ

(10/05/2021)

 

 

 

Mattanó testemunha que assistindo ao Programa do canal History de ontem, 09 de maio de 2021, a tarde, passando sobre perícia de documentos escritos a mão, quem escreveu ou quem pode ter escrito isto ou aquilo, sobre um diário de um oficial de Rosevelt que abordava sobre alienígenas ou queda de disco voador e procedimentos miliares, a polícia que reside em minha vizinhança disse para mim não assistir e eu percebi que não era para mim assistir por causa do que ocorre com a minha caligrafia que muda desde o Colégio São Paulo quando começaram as mensagens e Segredos de Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje, certamente para não conhecerem meus documentos depois da minha morte que eu já testemunhei está programada, inclusive testemunhei da CPI da COVID 2021 virtualmente autoridade com o conhecimento que eu deveria morrer ou teria que morrer e no mesmo momento outra autoridade daqui, vizinha, disse ¨não deixa ver!¨ Ou seja, não deixa eu ver, mesmo depois de décadas de tortura e de estupro, de lavagem cerebral e de roubo de dados pessoais, de uso ilícito em experiências científicas criminosas que assassinaram milhares de inocentes no Brasil e no mundo com aumento do terror e da violência, causando guerras como a da Bósnia e a do Afeganistão, o pior atentado terrorista de todos os tempos em New York em 11 de setembro de 2001, atentados em Olímpiadas e Copas do Mundo, em pistas de corrida de automóveis, etc.. Mentiras nunca são Justiça, pois são crimes, crimes de falsidade ideológica e de corrupção, de constrangimento e de violência, podendo ser até mesmo de tortura e de lavagem cerebral quando as mentiras forem usadas para manter estes e outros crimes associados a estes mesmos crimes, por isso que haja Justiça e cadeia! Vão ficar combatendo os alienígenas com os filmes de super-heróis dos EUA, de Hollywood ou com a realidade?! Incentivar o prazer ao invés de incentivar a realidade é incentivar o ódio e a loucura, o transtorno mental, a fuga da realidade, é ficar a mercê de criaturas estranhas alienígenas que estão ficando cada vez mais comuns através dos mass mídias e da informação, em programas de televisão e em simpósios de ufologia que não são crimes, portanto o crime é outro! O crime é tentar me roubar, estuprar e assassinar e a minha família também! Ufologia é normal, tem até publicações e revistas de ufologia no mundo! Querem enganar a Igreja Católica e as outras Igrejas que acreditam no Amor de Deus, este é o crime! Cadeia, Justiça!!!!!!

 

MATTANÓ

(10/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó especula que a Arte e o seu objeto criado estão em tempo e espaço organizados e reorganizados de forma diferente da do consumidor e do público que se organizam e se reorganizam em outro tempo e espaço, por isso o responsável pelo conteúdo da Arte, como a lavagem cerebral, é o decodificador se não houver anomalia alguma como mundo virtual e telepático associado ao conhecimento e as sublimações.

 

MATTANÓ

(10/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó testemunha e denuncia que em 1999 após o início do tratamento psiquiátrico com o Dr. Luiz Lupi em Londrina que Osny Mattanó Júnior, eu, receberia medicação e a tomaria não por ser psicótico ou ter alucinações e  delírios mas por ser bombardeado por alucinações e delírios, e que eu só ficaria sabendo o que seria isto 20 anos depois, então em 2019 ou 2020 eu estava em casa de madrugada no computador e era noite de Missa do Papa Francisco com o povo da religião Islâmica num estádio e eu ouvia a música Boys dos Beatles, então escutei o Papa Francisco me pedindo urgentemente para eu parar de escutar essa música pois ela abordava o mundo virtual com a informação ¨pode chupar, pode chupar¨ e o Papa Francisco disse ¨vão me dar uma espada no peito agora, pára!¨ Eu não parei por ser delírio e por acreditar ser delírio, mas não era e eu ouvi outra voz dizendo que ¨o Osny não iria fazer o pode chupar, pode chupar, que não era ele quem fazia isto, que era a Rede Globo!¨ E acabou a transmissão telepática para o estádio e eu continuei ouvindo o mp3. Então,..., já ouvi do Dr. Milton Bocato falando para minha mãe que eu sou gênio e não sei como fica a esquizofrenia! Já testemunhei também na Rede Globo em 2021 funcionária da ANVISA me falando que eu sou gênio e não esquizofrênico ou psicótico e que o remédio tem que ser outro e não o que eu estou tomando! E já testemunhei virtualmente na Rede Globo no Bom Dia Brasil com a Giuliana Morrone que o Presidente do Senado que me obrigou ou me obriga a tomar este remédio que por sinal está errado! Não sei o que fazer e a quem recorrer! Já testemunhei com a minha mãe o mesmo Dr. Milton Bocato falando que eu fiz troca-troca por causa do ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva que havia o mandado falar isto ou afirmar isto em meu histórico médico como verdade e então alguns anos depois fiz um exame que examinou meu esfíncter, ânus e intestino e era perita a examinadora e fiquei sabendo que a conclusão é que no meu ânus e esfíncter nunca entrou coisa alguma, ou seja, nunca fiz troca-troca! Agora me diz como é que o Governo Federal e Estadual, inclusive o Municipal mantêm uma equipe de técnicos de saúde para falsearam a realidade e fazerem exames que não existem com procedimentos nunca aprovados pelos Governos e Secretarias de Saúde, como a ANVISA e o Ministério da Saúde, e o pior, para colocarem na cadeia, torturarem e fazerem lavagem cerebral e estupro virtual e coletivo em famílias de indivíduos, idosos, doentes, incapazes, grávidas, bebês e crianças que foram e estão sendo estupradas a mando do Governo Federal que insiste em mandar invadir as moradias e a incolumidade corporal e pessoal de cada indivíduo, violando a  intimidade e a privacidade, ou seja, participando da masturbação, do sexo, da evacuação das fezes, da urina, do banho, da barba, da depilação, das carícias, das carícias em crianças e bebês e nas barrigas das mulheres grávidas, no pênis e na vagina, nas nádegas e nos seios, na boca e na língua, nos dentes, na face, nos cabelos, nos ouvidos, nas mãos e nos pés, nas pernas e nas coxas, na pelve, nos pêlos, nos pêlos pubianos, nas unhas, etc., só tem pedófilo e tarado dando ordem nisso daí! CADEIA! JUSTIÇA!!!! LIBERDADE JÁ!!!!!

 

MATTANÓ

(11/05/2021)

 

 

 

 

 

TEORIA DA PERSONALIDADE DE MATTANÓ (2021):

O modo de se viver tem o estilo de vida e a sua identidade, e assim a sua consciência que se cria, manifesta e se desenvolve, se transforma e se adapta através da atenção e da intenção e do seu papel com o seu controle, razões e literalidade, sobre os S – R – C, estímulos – respostas – consequências, significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, gestalts e insights, linguagens, desejos, vida onírica e vida anímica, conteúdo manifesto e conteúdo latente, chistes, lapsos de linguagem, atos falhos, esquecimentos, piadas e humor, pressupostos e subentendidos, atos ilocucionários e atos perlocucionários, falar, dizer e mostrar, alfabetização, fantasias, afetividade, filogênese, ontogênese, cultura, espiritualidade, vida e universo, arquétipos, homeostase, imunidade, genótipo e fenótipo, inconsciente, história de vida, conclusões e interpretações finais, onde você aprende e desenvolve a consciência de que você é uma Hóstia Viva ou uma Célula que assim como a Hóstia Viva, vive e se transforma milagrosamente, transformando a sua consciência pela atenção e pela intenção, de modo que você não seja mais controlado, nem siga literalmente ou as razões das regras para o S – R – C, estímulo – resposta – consequência, funcionalidade, comportamento, significados e sentidos, inconsciente, contextos, conceitos, simbologias, etc., história de vida, conclusões e interpretações finais e aprenda que você é sua liberdade para viver e aprender com consciência e sua liberdade para se ensinar a viver e aprender com consciência.

 

MATTANÓ

(12/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Um terceiro exemplo há de nos apresentar ainda outra técnica, com que já travamos contato nos chistes e que se engaja agora a serviço do ingênuo. Uma ‘francesa’ foi contratada como governanta de uma garotinha, mas não contou com a aprovação pessoal desta. Mal a recém-chegada deixava um cômodo sem que a garotinha clamasse em alta voz a sua crítica:’Isto é uma francesa? Ela pode chamar-se assim apenas por ter deitado alguma vez ao lado de um francês!’. Este dito seria um chiste - mesmo, razoavelmente bom - (duplo sentido ou alusão com double entendre) se a criança tivesse a mais leve noção da possibilidade do duplo sentido. De fato, ela meramente transferiu para a estrangeira, de quem não gostava, uma maneira faceta de caracterizar alguma coisa como falsificada, expressão que já ouvira com freqüência: ‘Isto é ouro legítimo? Só por ter ficado ao lado de ouro!’. Devido à ignorância da criança, que altera tão completamente o processo psíquico em seus ouvintes entendidos, o comentário torna-se ingênuo. Em conseqüência dessa condição [que a criança seja realmente ignorante] há a possibilidade de uma ingenuidade enganadora. Podemos assumir na criança uma ignorância que não existe; as crianças freqüentemente se representam como ingênuas de modo a poder desfrutar uma liberdade que de outra forma não lhes seria permitida.

Podemos ilustrar com esses exemplos a posição ocupada pelo ingênuo entre os chistes e o cômico. O ingênuo (no discurso) concorda com os chistes no que concerne à verbalização e ao conteúdo: efetua um uso impróprio das palavras, um nonsense ou um smut. Mas o processo psíquico na primeira pessoa, que o produz, processo que levantou para nós questões tão interessantes e enigmáticas a respeito dos chistes, está aqui completamente ausente. Uma pessoa ingênua pensa estar utilizando seus meios de expressão e processos de pensamento normal e simplesmente, não tendo qualquer arrière pensée em mente; não deriva igualmente o menor prazer em produzir algo ingênuo. Todas as características do ingênuo inexistem a não ser na compreensão da pessoa que o escuta - pessoa que coincide com a terceira pessoa nos chistes. Alem disso a pessoa que o produz faz isso sem o menor esforço. A complicada técnica que nos chistes se destina a paralisar a inibição procedente da crítica racional, está ausente nela; não possui igualmente a inibição, de modo que pode produzir nonsense e smut diretamente e sem compromisso. A este respeito, o ingênuo é um caso marginal do chiste; emerge quando, na fórmula de construção dos chistes, reduzimos o valor da censura a zero.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o ingênuo é um caso excepcional ou marginal do chiste que emerge quando na fórmula da construção dos chistes reduzimos o valor da censura a zero.

Mattanó aponta que o ingênuo é um caso excepcional ou marginal do chiste que emerge quando na fórmula da construção dos chistes reduzimos o valor da censura a zero. Ele produz nonsense e smut diretamente e sem compromisso através de seus significados e sentidos.

 

MATTANÓ

(12/05/2021)

 

 

 

 

 

Enquanto, no chiste, era uma condição de efetividade que ambas as pessoas se submetessem a aproximadamente as mesmas inibições ou resistências internas (ver em [1]), verificar-se-á que é condição para o ingênuo que uma pessoa possua as inibições que a outra não possui. A apreensão do ingênuo processa-se na pessoa que tem as inibições, obtendo ela sozinha a produção de prazer que o ingênuo deflagra. Aproximamo-nos da suspeita de que o prazer se origina da suspensão de inibições. Já que o prazer nos chistes tem a mesma origem - um núcleo de prazer verbal e de prazer no nonsense, e uma embalagem de prazer na suspensão das inibições ou no alívio da despesa psíquica (ver em [2]) - a relação similar com a inibição explica o parentesco interno entre o ingênuo e os chistes. Em ambos, o prazer se origina pela suspensão da inibição interna.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que é condição para o ingênuo que uma pessoa não possua as inibições que a outra não possui. A apreensão do ingênuo processa-se na pessoa que tem as inibições, obtendo ela sozinha a produção de prazer que o ingênuo deflagra. Aproximamo-nos da suspeita de que o prazer se origina da suspensão de inibições. Já que o prazer nos chistes tem a mesma origem - um núcleo de prazer verbal e de prazer no nonsense, e uma embalagem de prazer na suspensão das inibições ou no alívio da despesa psíquica (ver em [2]) - a relação similar com a inibição explica o parentesco interno entre o ingênuo e os chistes. Em ambos, o prazer se origina pela suspensão da inibição interna.

Mattanó aponta que é condição para o ingênuo que uma pessoa não possua as inibições que a outra não possui. A apreensão do ingênuo processa-se na pessoa que tem as inibições, obtendo ela sozinha a produção de prazer que o ingênuo deflagra. Aproximamo-nos da suspeita de que o prazer se origina da suspensão de inibições. Já que o prazer nos chistes tem a mesma origem - um núcleo de prazer verbal e de prazer no nonsense, e uma embalagem de prazer na suspensão das inibições ou no alívio da despesa psíquica - a relação similar com a inibição explica o parentesco interno entre o ingênuo e os chistes. Em ambos, o prazer se origina pela suspensão da inibição interna. Noutras palavras é necessário que o codificador tenha determinado repertório comportamental verbal e o decodificador não o tenha para que haja sucesso no processo comunicacional, seja ele, ingênuo ou chistoso, pois o sucesso neste tipo de comunicação é o prazer e o nonsense através dos significados e dos sentidos suscitados.

 

MATTANÓ

(12/05/2021)

 

 

 

 

 

O processo psíquico na pessoa receptora, entretanto, é muito mais complicado no caso do ingênuo, tanto quanto é simplificado na pessoa produtora comparativamente aos chistes. (No caso do ingênuo, incidentalmente, nosso próprio eu invariavelmente coincide com a pessoa receptora, enquanto no caso dos chistes podemos igualmente ocupar a posição de produtores.) Quando a pessoa receptora ouve algo ingênuo, isto deve afetá-la por um lado como se fora um chiste - nossos exemplos evidenciam precisamente isso - pois, como no caso de um chiste, a suspensão da inibição passa-se nela sem esforço maior que o de escutar. Mas somente parte do prazer criado pelo ingênuo pode ser explicado desse modo, e mesmo assim, correndo risco em certos casos - por exemplo, ao ouvir uma ingênua peça de smut. Podíamos reagir imediatamente a isto com a mesma indignação destinada a um caso de smut real, não fora o fato de que um outro fator poupa-nos essa indignação, oferecendo-nos ao mesmo tempo a parte mais importante de nosso prazer no ingênuo. Esse outro fator é a condição já mencionada (ver em [1]) de que, para reconhecer o ingênuo, devemos saber que a inibição interna está ausente na pessoa produtora. Apenas quando estamos certos disso é que nos rimos ao invés de indignarmo-nos. Assim tomamos em consideração o estado psíquico da pessoa produtora, e nos introduzimos nele, tentando compreendê-lo por comparação com o nosso próprio. Tais processos de empatia e comparação é que resultam na economia da despesa, que descarregamos pelo riso.

Seria possível preferir uma descrição mais simples - que nossa indignação torna supérflua pelo fato de que a outra pessoa não necessitou vencer uma resistência; em tal caso, o riso ocorreria ao custo da economia da indignação. A fim de desencorajar essa concepção, que é globalmente enganosa, podemos traçar uma distinção mais rigorosa entre os dois casos que englobamos acima. O ingênuo que deparamos pode ser ou aparentado ao chiste, como em nossos exemplos, ou aparentado ao smut (ou a outra coisa, geralmente objetável); esse último caso ocorre de modo especial, expresso não na fala mas na ação. Esta segunda alternativa é realmente enganosa; podia-se supor, na medida em que se o concerne, que o prazer deriva da indignação economizada e transformada. Mas a primeira alternativa esclarece melhor as coisas. Um comentário inocente - e.g.’Bubizin‘ (ver em [1]) - pode atuar ele próprio como um chiste menor não fornecendo qualquer causa à indignação. Esta alternativa é, decerto, menos freqüente, mas é mais pura e bem mais instrutiva. Na medida em que estamos interessados no fato de que a criança tenha acreditado, sem qualquer arrière pensée, que a sílaba ‘Medi‘ em ‘Medizin‘ é idêntica a seu próprio nome ‘Mädi‘, nosso prazer recebe uma intensificação que nada mais tem a ver com o prazer em um chiste. Podemos encarar o que se disse a partir de dois pontos de vista - na perspectiva do que aconteceu na criança e na perspectiva do que aconteceu em nós; ao fazer essa comparação verificamos que a criança achou uma identidade e ultrapassou uma barreira que existia para nós; parece que podemos ir além e dizer-nos: ‘Se V. preferir compreender o que escutou, poderá economizar a despesa que tem em manter a barreira’. A despesa liberada em comparação a esta barreira é a fonte do prazer no ingênuo, sendo descarregada pelo riso; trata-se, incidentalmente, do mesmo prazer que, de outra forma, teríamos transformado em indignação, não fosse isso excluído por nossa compreensão da pessoa produtora e, nesse caso, também pela natureza do que foi dito. Mas se tomamos o exemplo de um chiste ingênuo como modelo para a outra alternativa (de algo ingênuo que seja objetável) veremos que aí também a economia na inibição pode proceder diretamente da comparação, que não há necessidade de que admitamos uma indignação que se inicia e é então reprimida e que a indignação de fato apenas corresponde à utilização da despesa liberada de outra forma - contra esse fato, no caso dos chistes, há a necessidade de complicadas medidas protetivas (ver em [1]).

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):
           
Freud explica que o riso ocorreria ao custo da economia da indignação. A despesa liberada em comparação a esta barreira é a fonte do prazer no ingênuo, sendo descarregada pelo riso; trata-se, incidentalmente, do mesmo prazer que, de outra forma, teríamos transformado em indignação, não fosse isso excluído por nossa compreensão da pessoa produtora e, nesse caso, também pela natureza do que foi dito.

Mattanó aponta que o riso ocorreria ao custo da economia da indignação. A despesa liberada em comparação a esta barreira é a fonte do prazer no ingênuo, sendo descarregada pelo riso; trata-se, incidentalmente, do mesmo prazer que, de outra forma, teríamos transformado em indignação, não fosse isso excluído por nossa compreensão da pessoa produtora e, nesse caso, também pela natureza do que foi dito. Isto só é possível através dos sinalizadores ou rastros emitidos pelo ingênuo que geram a decodificação ou leitura e compreensão do que foi produzido e dito, ou seja, se os ruídos não atrapalharam a comunicação.

 

MATTANÓ

(12/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Essa comparação, e a economia na despesa, resultante de nossa identificação com o processo mental da pessoa produtora, só poderá reclamar certa importância quanto ao ingênuo, se não é apenas neste que se encontra. Ocorre-nos, de fato, uma suspeita de que tal mecanismo, que é de todo estranho aos chistes, pode ser parte, e mesmo parte essencial do processo psíquico no cômico. Encarado deste ponto de vista - que é, irrefutavelmente, o mais importante aspecto do ingênuo - o último apresenta-se como uma espécie do cômico. O elemento extra em nossos exemplos de discursos ingênuos, que é acrescentado ao prazer de um chiste, é o prazer ‘cômico’. Devíamos nos inclinar por admitir bastante geralmente a respeito do cômico que este procede da despesa economizada pela comparação do comentário de outra pessoa com o nosso próprio. Mas desde que isso nos leva a considerações abrangentes podemos, em primeiro lugar, concluir nossa discussão do ingênuo. O ingênuo seria, então, uma espécie do cômico já que seu prazer nasce da diferença da despesa originária da tentativa de compreender alguém mais; aproximar-se-ia do chiste ao sujeitar-se à condição de que a despesa economizada deva ser uma despesa inibitória.

Acrescentemos rapidamente alguns pontos de concordância e de diferença entre os conceitos que já tínhamos obtido e aqueles com que nos familiarizamos na psicologia do cômico. O colocar-se no lugar de outra pessoa e a tentativa de compreender esta claramente nada mais são que o ‘empréstimo cômico’ que, desde Jean Paul, desempenha um papel na análise do cômico; a ‘comparação’ dos processos mentais de alguém com os próprios corresponde ao ‘contraste psicológico’ para o qual finalmente, aqui, encontramos um lugar, depois de não lhe encontrar qualquer aplicação nos chistes (ver em [1]). Mas nossa explicação do cômico difere de muitas das autoridades que o consideram procedente da oscilação da atenção, para trás e para frente, entre idéias contrastantes. Um tal mecanismo de prazer nos pareceria incompreensível; podemos entretanto indicar que, na comparação entre contrastes ocorre uma diferença na despesa que, não sendo usada para algum outro propósito, torna-se capaz de descarga e, pois, torna-se uma fonte de prazer.

 

Somente com apreensão aventuro-me a abordar o problema do próprio cômico. Seria presunçoso esperar que meus esforços fossem capazes de fazer qualquer contribuição decisiva a sua solução quando trabalhos de grande número de pensadores eminentes fracassaram em produzir uma explicação inteiramente satisfatória. Minha intenção, de fato, não é mais que seguir as linhas de pensamentos, que comprovaram-se valiosos para os chistes, em ligeira incursão no domínio do cômico.

O cômico aparece, em primeira instância, como involuntária descoberta, derivada das relações sociais humanas. É constatado nas pessoas - em seus movimentos, formas, atitudes e traços de caráter, originalmente, com toda probabilidade, apenas em suas características físicas mas, depois, também nas mentais ou naquilo em que estas possam se manifestar. Através de um tipo muito comum de personificação, também os animais, e as coisas inanimadas, tornam-se cômicos. Ao mesmo tempo, o cômico é capaz de ser destacado das pessoas, na medida em que reconheçamos as condições sob quais uma pessoa parece cômica. Desta forma manifesta-se o cômico, e este reconhecimento propicia a possibilidade de fazer uma pessoa cômica bastando que se a coloque em situações nas quais suas atitudes estejam sujeitas a condições cômicas. A descoberta de que se tem o poder de tornar cômico alguém mais abre caminho a insuspeitadas produções de prazer cômico e origina uma técnica altamente desenvolvida. É possível tornar-se a si próprio cômico tão facilmente quanto a outras pessoas. Os métodos que servem para tornar as pessoas cômicas são: colocá-las em uma situação cômica, o disfarce, o desmascaramento, a caricatura, a paródia, o travestismo etc. É óbvio que todas estas técnicas podem ser usadas para servir a propósitos hostis e agressivos. Pode-se fazer uma pessoa cômica para torná-la desprezível, para privá-la de sua reivindicação de dignidade e autoridade. Mas ainda que tal intenção seja subjacente a todo esforço de tornar uma pessoa cômica, não é este necessariamente o sentido do cômico espontâneo.

Esse irregular levantamento das ocorrências do cômico já nos mostrará que um campo de origem muito extenso deve-lhes ser adscrito e que não devemos esperar encontrar condições tão especializadas como as que constatamos no ingênuo. Para continuar na pista da condição determinante, válida para o cômico, a coisa mais importante é a escolha de um caso introdutório. Escolheremos o cômico dos movimentos, recordando-nos que o estágio mais primitivo de representação cênica - a pantomina - usa tal método para nos fazer rir. A resposta à pergunta por que rimos dos movimentos do palhaço é que eles nos parecem extravagantes e inconvenientes. Rimos de uma despesa grande demais. Procuremos agora a condição determinante externa ao cômico, que é artificialmente construída - onde possa constatar-se involuntária. Os movimentos de uma criança não nos parecem cômicos, embora ela chute e salte sem direção. Por outro lado, é cômico quando uma criança, aprendendo a escrever, acompanha os movimentos de sua caneta com a língua esticada; nesses movimentos associados verificamos uma desnecessária despesa que pouparíamos se estivéssemos executando a mesma atividade. Similarmente, outros movimentos associados, ou movimentos expressivos meramente exagerados, parecem cômicos também nos adultos. Exemplos puros dessa espécie de cômico são, por exemplo, os movimentos de alguém que, jogando boliche, após soltar a bola, segue seu curso como se ainda continuasse a dirigi-la. Assim também são cômicos todos os esgares que exageram a expressão normal das emoções, mesmo se produzidos involuntariamente, como é o caso dos pacientes da doença de São Vito (coréia). Do mesmo modo, os movimentos apaixonados de um maestro moderno parecem cômicos a um leigo em música, incapaz de compreender sua necessidade. Na verdade é do cômico do movimento que deriva o cômico das formas corporais e dos traços faciais, considerados como resultantes de um movimento exagerado ou inútil. Olhos arregalados, nariz em gancho pendente sobre a boca, orelhas de abano, uma corcunda - todas estas coisas só produzem um efeito cômico na medida em que se imagina os movimentos necessários para realizar esses traços; e aqui o nariz, as orelhas e outras partes do corpo são imaginados com mobilidade maior que a que têm na realidade. Não há dúvida de que seria cômico ‘menear as orelhas’ e decerto seria ainda mais cômico poder mover o nariz para cima e para baixo. Boa parte do efeito cômico produzido em nós pelos animais provém de percebermos neles movimentos que nós próprios não podemos imitar.

 

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico está nos movimentos e características físicas e comportamentais de indivíduos que se comportam com coisas que percebemos não serem necessárias ou expressivamente exagerados, Freud explica que as crianças apresentam comportamentos similares aos dos adultos em contextos que são cômicos e os das crianças não o são, pois não tem graça, há outros comportamentos como jogar bola de boliche que parecem em certas ocasiões bastante cômico e os mesmos movimentos em outros contextos como empurrar uma caixa de papelão no chão não parece cômico (acrescenta Mattanó).

Mattanó aponta que o cômico está nos movimentos e características físicas e comportamentais de indivíduos que se comportam com coisas que percebemos não serem necessárias ou expressivamente exagerados, Freud explica que as crianças apresentam comportamentos similares aos dos adultos em contextos que são cômicos e os das crianças não o são, pois não tem graça, há outros comportamentos como jogar bola de boliche que parecem em certas ocasiões bastante cômico e os mesmos movimentos em outros contextos como empurrar uma caixa de papelão no chão não parece cômico, acrescenta Mattanó. Mattanó aponta que o cômico depende do contexto e dos significados e dos sentidos para que ele se realize, e que tem muito a ver com o princípio do prazer, pois na realidade o princípio da realidade não torna cômico esses comportamentos exagerados, movimentos ou essas características físicas.

 

MATTANÓ

(14/05/2021)

 

 

 

 

 

Mas por que é que rimos ao reconhecermos que os movimentos de alguma outra pessoa são exagerados e inconvenientes? Creio que fazendo uma comparação entre o movimento que observo em outra pessoa e aquele que eu próprio deveria executar em seu lugar. As duas coisas comparadas devem naturalmente ser julgadas pelo mesmo padrão, e este padrão é minha despesa de enervação, conectada à minha idéia do movimento em ambos os casos. Tal asserção requer elucidação e expansão.

O que quero comparar é, por um lado, a despesa psíquica relacionada a certa idéia e, por outro, o conteúdo desta última. Nossa asserção diz que a primeira não é geral e, teoricamente, não é independente do seu conteúdo; diz particularmente que a idéia de algo grande requer mais despesa que a idéia de algo pequeno. Na medida em que se trata apenas de idéia de movimentos e diferentes tamanhos, não deve haver dificuldades em termos teóricos quanto a nossa asserção ou mesmo quanto à comprovação desta pela observação. Verificaremos que neste caso um atributo da idéia efetivamente coincide com um atributo daquilo que a idéia representa, embora a psicologia nos previna geralmente contra tal confusão.

Adquiro a idéia de um movimento de tamanho particular executando eu próprio este movimento ou imitando-o, e aprendo, através desta ação, um padrão para este movimento em minhas sensações enervatórias.

Quando percebemos um movimento de maior ou menor extensão em outra pessoa, o modo mais seguro de compreendê-lo (percebê-lo) será executá-lo por imitação, podendo eu então decidir por comparação em qual dos movimentos minha despesa será maior. Um impulso à imitação, como esse, está sem dúvida presente na percepção dos movimentos. Mas em realidade não efetuamos tal imitação, do mesmo modo que não prossigo soletrando após ter aprendido a ler por soletração. Em vez de imitar o movimento com meus músculos, tenho uma idéia dele através dos traços mnêmicos das despesas com movimentos similares. A ideação ou o ‘pensamento’ difere da atuação ou da execução principalmente pelo fato de que desloca energias catéxicas muito menores, enquanto impede a descarga da despesa principal.

Mas de que maneira se exprime na idéia o fator quantitativo - de maior ou menor dimensão? - E se não pode haver representação da quantidade na idéia, que é composta de qualidades, como posso distinguir as idéias dos movimentos de diferentes dimensões? Como fazer essa comparação de que depende tudo? O caminho é indicado pela fisiologia que nos ensina que mesmo durante os processos da ideação partem enervações em direção aos músculos, embora seja verdade que tais processos correspondem a uma despesa muito modesta de energia. Torna-se agora muito plausível supor que a energia enervatória que acompanha o processo da ideação seja usada para representar o fator quantitativo da idéia: é maior quanto se refere à idéia de um movimento grande que quando se trata de um pequeno. Assim a idéia de um movimento maior seria nesse caso efetivamente a maior - ou seja, seria a idéia acompanhada de maior dispêndio de energia.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os movimentos são aprendidos pela despesa que dependem para serem adquiridos, ou seja, movimentos maiores seriam acompanhados de um maior dispêndio de energia e de despensa, e movimentos menores seriam acompanhados de menor dispêndio de energia e de despesa através da imitação, por exemplo.

Mattanó aponta que os movimentos são aprendidos pela despesa que dependem para serem adquiridos, ou seja, movimentos maiores seriam acompanhados de um maior dispêndio de energia e de despensa, e movimentos menores seriam acompanhados de menor dispêndio de energia e de despesa através da imitação, da atenção, da discriminação e/ou do controle, ou seja, dos repertórios comportamentais básicos.

 

MATTANÓ

(15/05/2021)

 

 

 

 

 

 

A observação direta mostra que os seres humanos têm o hábito de expressar os atributos de largueza e pequenez no conteúdo de suas idéias através da variação da despesa em uma espécie de mimética ideacional. Se uma criança, ou um homem do povo, ou um membro de certas raças, narra ou descreve alguma coisa, é fácil verificar que não se contenta em esclarecer sua idéia ao ouvinte pela escolha de palavras apropriadas, mas representa também o assunto principal através de movimentos expressivos: combina formas miméticas e verbais de representação. Assim, demonstra, em especial, as quantidades e qualidades: ‘uma alta montanha’ - eleva sua mão sobre a cabeça; um ‘anãozinho’ - aproxima-a do chão. Quando tenha perdido o hábito de pintar com as mãos (aquilo que descreve), utilizará a voz; se exerce autocontrole também sobre isso, pode-se apostar que arregalará os olhos ao descrever algo grande e os apertará quando referir-se a algo pequeno. O que expressa assim não são seus afetos mas, efetivamente, o conteúdo de sua ideação.

Devemos supor, então, que essa necessidade mimética só é despertada pelos requisitos da comunicação de alguma coisa, a despeito do fato de que boa parte deste método de representação escapa inteiramente à atenção do ouvinte? Pelo contrário, creio que essa mimética exista, ainda que menos vívida, independentemente de toda comunicação, ocorrendo também quando o sujeito forma a idéia de algo para seu próprio proveito, quando pensa alguma coisa pictorialmente; exprime então, em todos os casos, as idéias de ‘grande’ e ‘pequeno’ em seu próprio corpo, como em seu discurso, pela mudança na enervação de suas feições e órgãos dos sentidos. Creio mesmo que a enervação somática, comensurável ao conteúdo que se está ideando, pode ter sido o princípio e a origem da mimética com propósito comunicativo; basta intensificá-la e fazê-la notável a outras pessoas para que possa servir a este fim. Se mantenho o ponto de vista de que se deve acrescentar à ‘expressão das emoções’, bem conhecida como concomitante físico dos processos mentais, a ‘expressão do conteúdo ideacional’, posso verificar claramente que meus comentários relativos às categorias de grande e pequeno não exaurem o assunto. Podia mesmo acrescentar uma variedade de considerações antes de chegar aos fenômenos de tensão pelos quais uma pessoa indica somaticamente a concentração de sua atenção e o nível de abstração que, em certo momento, seu pensamento alcança. Considero esse assunto como realmente importante e creio que se se prossegue o estudo da mimética ideacional, esta pode vir a ser útil em outros campos da estética, tanto quanto o é para a compreensão do cômico.

Retornemos ao cômico no movimento. Quando, repito, um movimento particular é percebido, dá-se impulsão à formação da idéia do mesmo, através de certa despesa de energia. Portanto, ao ‘tentar perceber’, ao aprender esse movimento, faço certa despesa, e nessa porção do trabalho mental comporto-me exatamente como se me estivesse pondo no lugar da pessoa que observo. Mas, provavelmente, ao mesmo tempo tenho em mente o objetivo desse movimento e minha experiência anterior capacita-me a estimar a escala de despesa requerida para alcançar este objetivo. Ao fazê-lo, desconsidero a pessoa que estou observando e comporto-me como se eu próprio quisesse alcançar o objetivo do movimento. Essas duas possibilidades em minha imaginação redundam em uma comparação entre o movimento observado e o meu próprio. Se o movimento da outra pessoa é exagerado e não apropriado, meu acréscimo de despesa para compreendê-lo é inibido in statu nascendi, como que no próprio ato de sua mobilização (ver em [1]); é declarado supérfluo e livre para utilizar em alguma outra parte, para ser talvez descarregado pelo riso. Essa seria, desde que outras circunstâncias fossem favoráveis, a gênese do prazer no movimento cômico - uma despesa enervatória que se torna um excesso inutilizável quando é feita a comparação com o próprio movimento.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que essa necessidade mimética só é despertada pelos requisitos da comunicação de alguma coisa, ela é a ‘expressão do conteúdo ideacional’, por exemplo, de um objeto ser grande ou pequeno. O estudo da mimética ideacional pode vir a ser útil em outros campos da estética, tanto quanto o é para a compreensão do cômico.

Retornemos ao cômico no movimento. Quando, repito, um movimento particular é percebido, dá-se impulsão à formação da idéia do mesmo, através de certa despesa de energia. Portanto, ao ‘tentar perceber’, ao aprender esse movimento, faço certa despesa, e nessa porção do trabalho mental comporto-me exatamente como se me estivesse pondo no lugar da pessoa que observo. Mas, provavelmente, ao mesmo tempo tenho em mente o objetivo desse movimento e minha experiência anterior capacita-me a estimar a escala de despesa requerida para alcançar este objetivo. Ao fazê-lo, desconsidero a pessoa que estou observando e comporto-me como se eu próprio quisesse alcançar o objetivo do movimento. Essas duas possibilidades em minha imaginação redundam em uma comparação entre o movimento observado e o meu próprio. Se o movimento da outra pessoa é exagerado e não apropriado, meu acréscimo de despesa para compreendê-lo é inibido in statu nascendi, como que no próprio ato de sua mobilização; é declarado supérfluo e livre para utilizar em alguma outra parte, para ser talvez descarregado pelo riso. Essa seria a gênese do prazer no movimento cômico.

Mattanó aponta que essa necessidade mimética só é despertada pelos requisitos da comunicação de alguma coisa, ela é a ‘expressão do conteúdo ideacional’, por exemplo, de um objeto ser grande ou pequeno. O estudo da mimética ideacional pode vir a ser útil em outros campos da estética, tanto quanto o é para a compreensão do cômico.

Retornemos ao cômico no movimento. Quando, repito, um movimento particular é percebido, dá-se impulsão à formação da idéia do mesmo, através de certa despesa de energia. Portanto, ao ‘tentar perceber’, ao aprender esse movimento, faço certa despesa, e nessa porção do trabalho mental comporto-me exatamente como se me estivesse pondo no lugar da pessoa que observo. Mas, provavelmente, ao mesmo tempo tenho em mente o objetivo desse movimento e minha experiência anterior capacita-me a estimar a escala de despesa requerida para alcançar este objetivo. Ao fazê-lo, desconsidero a pessoa que estou observando e comporto-me como se eu próprio quisesse alcançar o objetivo do movimento. Essas duas possibilidades em minha imaginação redundam em uma comparação entre o movimento observado e o meu próprio. Se o movimento da outra pessoa é exagerado e não apropriado, meu acréscimo de despesa para compreendê-lo é inibido in statu nascendi, como que no próprio ato de sua mobilização; é declarado supérfluo e livre para utilizar em alguma outra parte, para ser talvez descarregado pelo riso. Essa seria a gênese do prazer no movimento cômico. O cômico depende do contexto e do prazer, dos seus significados e sentidos que emergem da situação onde a energia libidinal é descarregada pelo riso.

 

MATTANÓ

(15/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Verificar-se-á que nossa investigação deve operar em duas direções diferentes: primeiro, estabelecer as condições que controlam a descarga do excesso, e segundo, examinar se outros casos do cômico podem ser encarados da mesma forma que o cômico no movimento.

Examinaremos primeiro a segunda questão, passando do cômico no movimento e na ação ao cômico constatado nas funções intelectuais e nos traços de caráter de outras pessoas.

Como um exemplo dessa classe posso escolher o nonsense cômico, como o produzido por candidatos ignorantes em um exame; sem dúvida, é mais difícil apresentar um exemplo mais simples quanto aos traços de caráter. Não devemos ser confundidos pelo fato de constatarmos que o nonsense e a estupidez que tão freqüentemente produzem um efeito cômico, não são, apesar disso, sentidos como cômicos em todos os casos; do mesmo modo, os mesmos caracteres, que em certa ocasião, podem ser risíveis, como cômicos, em outra ocasião podem nos parecer desprezíveis e odiosos. Esse fato, que não devemos deixar de ter em vista, indica simplesmente que, além da comparação que já conhecemos, outros fatores estão envolvidos na produção do efeito cômico - fatores que poderemos descobrir em alguma outra conexão. (Ver em [1].)

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico pode ser encontrado no nonsense cômico que é produzido, por exemplo, por candidatos ignorantes em um exame, sem dúvida, produzem o riso com o nonsense e a estupidez, mas por outro lado podem evocar desprezo e ódio.

Mattanó aponta que o cômico pode ser encontrado no nonsense cômico que é produzido, por exemplo, por candidatos ignorantes em um exame, sem dúvida, produzem o riso com o nonsense e a estupidez, mas por outro lado podem evocar desprezo e ódio, depende das contingências, do meio ambiente e do contexto para que compreendamos os significados e os sentidos das relações e associações.

 

MATTANÓ

(15/05/2021)

 

 

 

 

 

 

 

O cômico encontrado nas características intelectuais e mentais de outra pessoa é também, evidentemente, o resultado de uma comparação entre essa pessoa e meu próprio eu, embora, bastante curiosamente, essa comparação produza, via de regra, um resultado oposto àquele no caso de um movimento ou ação cômica. Nesse último caso, era cômico que outra pessoa fizesse uma despesa de energia maior do que a que eu julgava necessária. No caso de uma função mental, pelo contrário, esta torna-se cômica se a outra pessoa efetua uma poupança da despesa que eu próprio reputo indispensável (pois o nonsense e a estupidez são deficiências da função). No primeiro caso rimo-nos pela excessiva complicação, no último rimo-nos da facilitação em excesso. O efeito cômico aparentemente depende, portanto, da diferença entre as duas despesas catéxicas - a própria e a da pessoa, estimada por empatia - e não daquilo que, nas duas, favoreça a diferença. Mas essa peculiaridade, que à primeira vista confunde nosso juízo, se desvanece quando pensamos que a restrição de nosso trabalho muscular e o aumento de nosso trabalho intelectual se adequam com o curso de nosso desenvolvimento pessoal em direção a um nível de civilização mais alto. Elevando nossa despesa intelectual podemos obter o mesmo resultado que com a diminuição da despesa em nossos movimentos. A evidência desse êxito cultural é fornecida por nossas máquinas.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico encontrado nas características intelectuais e mentais de outra pessoa é também, evidentemente, o resultado de uma comparação entre essa pessoa e meu próprio eu, embora, bastante curiosamente, essa comparação produza, via de regra, um resultado oposto àquele no caso de um movimento ou ação cômica. Nesse último caso, era cômico que outra pessoa fizesse uma despesa de energia maior do que a que eu julgava necessária. No caso de uma função mental, pelo contrário, esta torna-se cômica se a outra pessoa efetua uma poupança da despesa que eu próprio reputo indispensável (pois o nonsense e a estupidez são deficiências da função). No primeiro caso rimo-nos pela excessiva complicação, no último rimo-nos da facilitação em excesso.

Mattanó aponta que o cômico encontrado nas características intelectuais e mentais de outra pessoa é também, evidentemente, o resultado de uma comparação entre essa pessoa e meu próprio eu, embora, bastante curiosamente, essa comparação produza, via de regra, um resultado oposto àquele no caso de um movimento ou ação cômica. Nesse último caso, era cômico que outra pessoa fizesse uma despesa de energia maior do que a que eu julgava necessária. No caso de uma função mental, pelo contrário, esta torna-se cômica se a outra pessoa efetua uma poupança da despesa que eu próprio reputo indispensável (pois o nonsense e a estupidez são deficiências da função). No primeiro caso rimo-nos pela excessiva complicação, no último rimo-nos da facilitação em excesso. O efeito cômico aparentemente depende, portanto, da diferença entre as duas despesas catéxicas. O cômico encontrado aqui depende da história de vida e da aprendizagem de cada indivíduo e de como ele se comporta em tal contexto gerando diferença entre as duas despesas catéxicas e assim significados e sentidos que reforçam esta diferença e suas duas despesas catéxicas.

 

MATTANÓ

(15/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Assim uma explicação uniforme é fornecida pelo fato de que uma pessoa nos parece cômica, em comparação com nós mesmos, se gasta energia demais em suas funções corporais e energia de menos em suas funções mentais; não se pode negar que em ambos os casos nosso riso exprime uma gratificante sensação de superioridade com relação à pessoa (que achamos cômica). Se a relação nos dois casos é revertida - se a despesa física da pessoa é considerada menor que a nossa ou se sua despesa mental é maior - não mais rimos e sim, somos possuídos de assombro e admiração.

A origem do prazer cômico aqui discutida - sua derivação da comparação de outra pessoa com nós próprios, da diferença entre nossa própria despesa psíquica e a de uma outra pessoa, estimada por empatia - é provavelmente a mais importante geneticamente. É certo entretanto que não tenha persistido sendo a única. Já aprendemos em um momento ou outro a desconsiderar essa comparação entre uma pessoa e nós próprios, derivando a diferença gratificante de um único lado, seja da empatia, seja do processo em nós mesmos - o que comprova que o sentimento de superioridade não mantém qualquer relação essencial com o prazer cômico. Uma comparação é [apesar disso] indispensável para a gênese desse prazer. Constatamos que se passa entre duas despesas catéxicas que ocorrem em rápida sucessão e que envolvem a mesma função, sendo essas despesas operadas através de nossa empatia com alguém mais, ou, quando não haja tal relação, são descobertas em nossos próprios processos mentais.

O primeiro desses casos - no qual a outra pessoa ainda desempenha um papel, embora não mais em comparação com nosso próprio eu - origina-se quando a diferença gratificante é manifestada pelas influências externas, que podemos sumariar como uma ‘situação’. Por essa razão, essa espécie de cômico é também conhecida como ‘cômico da situação’. Neste caso, as características da pessoa que proporciona o efeito cômico não desempenham uma parte essencial: rimos ainda que tenhamos de confessar que nós teríamos feito o mesmo em uma situação igual. Estamos aqui extraindo o cômico da relação dos seres humanos com o freqüentemente todo-poderoso mundo externo; na medida em que processos mentais de um ser humano estão envolvidos, esse mundo externo compreende também as convenções e necessidades sociais e mesmo nossas próprias necessidades corporais. Um caso típico dessa última espécie é fornecido quando, em meio de uma atividade que faz exigências às faculdades mentais de uma pessoa, esta é interrompida por uma dor ou por uma necessidade de defecação. O contraste que, através da empatia, oferece-nos a diferença cômica é aquele entre o alto grau de interesse assumido pela pessoa antes da interrupção e o mínimo interesse que lhe resta pela sua atividade mental quando ocorre a interrupção. A pessoa que nos oferece a diferença torna-se cômica para nós, uma vez mais, por sua inferioridade; mas ela é inferior apenas em comparação anterior consigo mesma e não em comparação conosco, pois sabemos que em idênticas circunstâncias não nos teríamos comportado diferentemente. É digno de nota entretanto que apenas constatamos a inferioridade cômica em que alguém se põe, quando há empatia - isto é, quando outra pessoa está envolvida: quando nós próprios nos achamos em apuros semelhantes, somos cônscios apenas de sentimentos aflitivos. Apenas o afastamento de tais sentimentos de nós próprios capacita-nos a fluir prazer da diferença originária da comparação entre essas catexias variáveis.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que existe o ¨cômico de situação¨ que é aquele que é cômico numa situação que torna-se comparada com a nossa e por exemplo, Deus, evento que gera o cômico quando a situação é ridícula ou vergonhosa ou mesmo, pecadora, pois as catexias são variáveis. A pessoa que nos oferece a diferença torna-se cômica por sua inferioridade, pois na mesma situação nós não teríamos nos comportado da mesma forma.

Mattanó aponta que existe o ¨cômico de situação¨ que é aquele que é cômico numa situação que torna-se comparada com a nossa e por exemplo, Deus, evento que gera o cômico quando a situação é ridícula ou vergonhosa ou mesmo, pecadora, pois as catexias são variáveis. A pessoa que nos oferece a diferença torna-se cômica por sua inferioridade, pois na mesma situação nós não teríamos nos comportado da mesma forma. O ¨cômico de situação¨ depende de uma situação vergonhosa, ridícula ou humilhante, aflitiva que por meio da empatia evoca o riso, pois não faríamos a mesma coisa na mesma situação dessa pessoa, percebemos que esse tipo de cômico depende do comportamento e da funcionalidade.

 

MATTANÓ

(15/05/2021)

 

 

 

 

 

 

A outra fonte do cômico, que constatamos na transformação de nossa própria catexia, consiste em nossas relações com o futuro, que costumamos antecipar com nossas idéias expectantes. Assumo que uma despesa, quantitativamente definida, subjaz a cada uma de nossas idéias - uma despesa que, no caso de um desapontamento, é diminuída por uma diferença definida. Posso novamente recordar comentários feitos anteriormente (ver em [1]) sobre a ‘mimética ideacional’. Parece-me fácil comprovar uma mobilização real de energia catéxica no caso de expectativa. É bem obviamente verdadeiro, quanto a inúmeros casos, que preparações motoras formam a expressão da expectativa - principalmente em todos os casos onde se requisita minha motilidade - e que essas preparações podem ser determinadas quantitativamente. Se espero agarrar uma bola que me é atirada introduzo em meu corpo tensões que me capacitem a receber o impacto da bola; se a bola para cujo impacto me preparei revela-se leve demais, meus movimentos supérfluos tornam-me cômico aos espectadores. Fascinado por minha expectativa, deixei-me levar a uma despesa exagerada de movimento. Ocorrerá o mesmo quando, por exemplo, tiro de uma cesta uma fruta, que supusera pesada, e que, para meu desapontamento, revela-se falsificada, oca e feita de cera. Minha mão, retirada apressadamente, trai o fato que me preparara para uma enervação grande demais - e eu me rio disso. Há pelo menos um caso em que a despesa da expectativa pode ser diretamente demonstrada mensurável, através de experimentos fisiológicos em animais. Nos experimentos de Pavlov sobre a secreção salivar, vários tipos de comida são postos diante de cães, nos quais se abriu uma fístula salivar; as quantidades de saliva secretada variam se as condições experimentais confirmam ou desapontam as expectativa dos cães de ser alimentados com a comida posta a sua frente.

Mesmo quando a expectativa requisita meus órgãos dos sentidos, e não a minha motilidade, posso assumir que a expectativa se exprime por certa despesa motora, tornando os sentidos tensos e reprimindo outras impressões, não esperadas; em geral, posso considerar a atitude da atenção como sendo uma função motora equivalente a certa despesa. Posso adiantar como uma premissa que a atividade preparatória da expectação não será independente da magnitude da impressão esperada, mas representará mimeticamente sua grandeza ou sua pequenez através de uma despesa preparatória maior ou menor, como no caso de uma comunicação ou de um pensamento desacompanhado de expectativa. A despesa com a expectativa procede, entretanto, de vários fatores e, no caso de meu desapontamento, também vários fatores estarão envolvidos - não apenas se o que acontece é perceptivelmente maior ou menor do que o que eu esperava, mas também se é digno do interesse que dispendera na expectativa. Desse modo, serei talvez levado a tomar em consideração, além da despesa com a representação do que é grande ou pequeno (a mimética ideacional), a despesa com o retesamento da atenção (a despesa com a expectativa) e além disso, em outros casos, a despesa com a abstração. Mas essas outras espécies de despesa podem ser facilmente referidas à despesa com o que é grande ou pequeno, já que ser mais interessante, mais sublime e mesmo mais abstrato, são apenas casos especiais, com qualidades particulares, do que é maior. Se além disso consideramos, de acordo com Lipps e outros escritores, que o contraste quantitativo (não o qualitativo) deve ser considerado primariamente com fonte do prazer cômico, deveremos sentir-nos inteiramente felizes por termos escolhido o cômico no movimento como ponto de partida de nossa investigação.

Lipps, no volume tão freqüentemente citado nestas páginas, tentou, ampliando a asserção de Kant de que o cômico é ‘uma expectativa frustrada’, derivar o prazer cômico, em geral, da expectativa. [Lipps, 1898, 5s.]. Entretanto, apesar das descobertas muito instrutivas e valiosas que essa tentativa tem trazido à luz, gostaria de apoiar a crítica feita por outras autoridades, de que Lipps teria estreitado demasiadamente o campo de origem do cômico, obrigando-se grande violência para sujeitar os fenômenos no escopo de sua fórmula.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico tem a ver com o futuro, com a expectativa, pois o cômico é a expectativa frustrada.

Mattanó aponta que o cômico tem a ver com o futuro, com a expectativa, pois o cômico é a expectativa frustrada. Assim o cômico tem a ver com o planejamento e a educação, visto que são o planejamento e a educação que fundamentam a expectativa e o futuro programado e consciente, vemos que o cômico tem a ver com o futuro programado e consciente que sofre uma frustração e assim desencadeia o riso.

 

MATTANÓ

(16/05/2021)

 

 

 

 

 

A humanidade não se contentou em desfrutar o cômico onde ele se deparava a sua experiência; procurou também produzi-lo intencionalmente e podemos aprender muito sobre a natureza do cômico estudando os meios que servem para fazer cômicas as coisas. Antes de tudo, é possível produzirmos o cômico em relação a nós próprios a fim de divertir outras pessoas - por exemplo, fazendo-nos de desajeitados ou estúpidos. Dessa forma, produzimos o efeito cômico tal como se essas coisas fossem reais, cumprindo a condição da comparação que leva à diferença na despesa. Mas desse modo não nos tornamos ridículos ou desprezíveis podendo mesmo merecer, em algumas circunstâncias, admiração. O sentimento de superioridade não surge na outra pessoa quando esta sabe que estamos fingindo; isto fornece nova evidência da fundamental independência do cômico com relação ao sentimento de superioridade (ver em [1]).

No que concerne a tornar outras pessoas cômicas, o principal meio é colocá-las em situações em que a pessoa se torna cômica em conseqüência da dependência humana a eventos externos, particularmente fatores sociais, sem respeitar as características pessoais do indivíduo envolvido - isto é, empregando o cômico da situação. A situação cômica em que se coloca alguém pode ser uma situação real (um practical joke) - por exemplo, esticar a perna de modo a que alguém escorregue, como se fora desajeitado, fazer alguém de bobo, explorando-lhe a credulidade, tentar convencer alguém de algo absurdo etc. - ou pode ser simulada pelas palavras ou pelo jogo. A agressividade, a serviço de que freqüentemente se engaja o ato de tornar uma pessoa cômica, é muito ajudada pelo fato de que o prazer cômico seja independente da realidade da situação cômica, de modo que todo mundo está exposto, sem qualquer defesa, a tornar-se cômico.

Mas há ainda outros meios de tornar as coisas cômicas, meios que merecem consideração especial e indicam novas fontes do prazer cômico. Entre estes, por exemplo, está a mímica que proporciona extraordinário prazer ao ouvinte e torna cômico seu objeto, mesmo quando se mantém muitíssimo afastada da exageração da caricatura. É muito mais fácil explicar o efeito cômico da caricatura que o da simples mímica. A caricatura, a paródia e o travestismo (assim como sua contraparte prática, o desmascaramento) dirigem-se contra pessoas e objetos que reivindicam autoridade e respeito, que são, em algum sentido, ‘sublime‘. São procedimentos de Herabsetzung, conforme a adequada expressão alemã para eles. O que é sublime é grande no sentido figurativo, psíquico; eu deveria sugerir, ou, antes, repetir minha sugestão (cf. p.285) de que é representado por uma despesa aumentada, tal como o que é somaticamente grande. Não requer muita observação estabelecer que, quando refiro-me a algo sublime, enervo meu discurso de modo diferente, modifico as expressões faciais e tento harmonizar minha atitude global com a dignidade do que estou ideando. Imponho-me um controle solene - não muito diferente do que eu adotaria para introduzir-me à presença de uma personalidade eminente, um monarca ou um príncipe da ciência. Dificilmente estarei equivocado ao assumir que essa enervação diferente corresponde em minha mimética ideacional a um acréscimo da despesa. O terceiro caso de semelhante acréscimo da despesa será sem dúvida constatado quando procedo a cursos de pensamentos abstratos, ao invés dos habituais, concretos e plásticos. Quando, portanto, os procedimentos que discuti para a degradação do sublime permitem-me ter uma idéia dele como se fora algo trivial, em cuja presença não preciso alinhar-me, antes, utilizando a fórmula militar, posso ‘pôr-me à vontade’, sou poupado do acréscimo de despesa devido à postura solene; e a comparação entre este novo método ideacional (instigado pela empatia) e o previamente habitual, que tenta, simultaneamente, estabelecer-se - esta comparação, uma vez mais, cria a diferença na despesa que pode ser descarregada pelo riso.

A caricatura, como se sabe, leva a cabo a degradação ao enfatizar, na impressão geral fornecida pelo objeto eminente, um único traço que é, em si mesmo, cômico, embora passe despercebido quando considerado apenas no quadro geral. Isolando-o, entretanto, pode-se obter um efeito cômico que, em nossa lembrança, estende-se a todo o objeto. Esse efeito sujeita-se à condição de que não nos mantenhamos em atitude reverente na presença real do objeto eminente. Se um traço cômico como esse, que fora desconsiderado, inexiste na realidade, a caricatura não hesita em criá-lo, exagerando algo que não é cômico em si mesmo; o fato de que o efeito da caricatura não seja essencialmente diminuído por esta falsificação da realidade indica, uma vez mais, a origem do prazer cômico (ver em [1]).

A paródia e o travestismo realizam de outra forma a degradação de algo eminente: destroem a unidade existente entre o caráter de uma pessoa, tal como o conhecemos, e seus discursos e atitudes, substituindo as figuras eminentes ou suas enunciações por outras, inferiores. Distinguem-se neste ponto da caricatura, mas não quanto ao mecanismo de produção de prazer cômico. O mesmo mecanismo é também usado para o desmascaramento que somente se aplica onde alguém se apropriou de dignidade e autoridade através de uma trapaça, sendo então despojado destas. Já encontramos alguns exemplos do efeito cômico do desmascaramento nos chistes - por exemplo, na estória da aristocrática dama que exclamava ‘Ah! mon Dieu!’ no início de seus trabalhos de parto, mas a quem o médico só atendeu quando gritou ‘Ai, ai, ai!’ (ver em [1]). Tendo chegado a conhecer as características do cômico, não é mais possível contestar que essa anedota seja efetivamente um exemplo de desmascaramento cômico, não havendo reivindicação justificável para chamá-la um chiste. Evoca os chistes por seu contexto e pelo método técnico de ‘representação por algo muito pequeno’ [loc. cit.] - nesse caso, o grito da paciente, que é considerado suficiente para estabelecer a indicação do tratamento. Permanece não obstante verdadeiro que nosso senso lingüístico, se convocado para uma decisão, não levantaria nenhuma objeção quanto a denominarmos de chiste uma história como esta. Podemos explicar esse fato refletindo que o uso lingüístico não se baseia no insight científico sobre a natureza dos chistes, ao qual nós chegamos no curso de laboriosa investigação. Já que uma das funções dos chistes é tornar novamente acessíveis fontes de prazer cômico ocultadas (ver em [1]), qualquer artifício que traga à luz alguma coisa não manifestamente cômica pode, por uma frouxa analogia, ser chamado de chiste. Isso, entretanto, aplica-se principalmente ao desmascaramento e também a outros métodos de tornar cômica uma pessoa.

Sob o rótulo de ‘desmascaramento’ podemos incluir também um procedimento de tornar as coisas cômicas, com o qual já entramos em contato (ver em [1]) - o método de degradar a dignidade dos indivíduos, dirigindo a atenção para as fragilidades que partilha com toda a humanidade, em particular a dependência de suas funções mentais de suas necessidades corporais. O desmascaramento equivalerá aqui a uma advertência: tal e tal pessoa, que é admirado como um semideus, é afinal de contas um ser humano como você e eu. Aqui também incluem-se os esforços de desnudar o monótono automatismo psíquico subjacente à riqueza e aparente liberdade das funções psíquicas. Encontramos exemplos de ‘desmascaramento’ desse tipo nos chistes dos agentes matrimoniais, e àquela altura duvidávamos se teríamos o direito de considerar como chistes aquelas anedotas (ver em [2]). Podemos agora decidir-nos com maior certeza sobre a anedota do eco (ver em [3]) que reforçava todas as asserções do agente matrimonial, confirmando finalmente sua admissão de que a noiva tinha uma corcunda com a exclamação ‘E que corcunda!’ - essa anedota é essencialmente uma história cômica, um exemplo de desmascaramento de um automatismo psíquico. Aqui, no entanto, a história cômica serve apenas de fachada. Pois quem quer que atente para o significado oculto das anedotas de agentes matrimoniais, verificará que, no todo, persiste sendo um chiste admiravelmente representado (ver em [4]); aqueles que não penetraram tão longe serão deixados com a história cômica. O mesmo se aplica a outro chiste, sobre o agente matrimonial que, para responder a uma objeção, termina por confessar a verdade, bradando ‘Mas eu lhe pergunto, e quem emprestaria qualquer coisa a essa gente?’ (ver em [1]). Aqui, novamente, temos um desmascaramento cômico como fachada para um chiste, embora neste caso a característica chistosa seja muito mais inequívoca, já que o comentário do agente matrimonial é, ao mesmo tempo, uma representação pelo oposto. Ao tentar provar que tais pessoas eram ricas, prova ao mesmo tempo que não são ricas, mas muito pobres. Aqui, o chiste e o cômico se combinam ensinando-nos que o mesmo comentário pode ser ambas as coisas simultaneamente.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o chiste e o cômico e continua discorrendo que eles dependem do contexto e do tipo de regra, e que assim podem ser ambas as coisas simultaneamente.

Mattanó aponta que o chiste e o cômico dependem do contexto e do tipo de regra, e que podem ser ambas as coisas simultaneamente em função das contingências e do contexto, em função do falar, do dizer e do mostrar, e dos atos ilocucionários e dos atos perlocucionários.

 

MATTANÓ

(16/05/2021)

 

 

 

 

 

 

 

Estamos felizes em captar a oportunidade de voltar aos chistes a partir do cômico no desmascaramento, já que nosso verdadeiro problema não é determinar a natureza do cômico mas lançar luz sobre a relação entre os chistes e o cômico. Discutimos a descoberta do automatismo psíquico em um caso onde o sentimento de distinção entre o cômico e o chiste nos deixou em apuros. Acrescentaremos agora outro caso em que há confusão similar entre os chistes e o cômico - o caso dos chistes absurdos. Mas nossa investigação demonstrará ao final que, no que concerne a esse segundo caso, a convergência entre o chiste e o cômico pode ser teoricamente explicada. (ver em [1])

Ao discutir as técnicas dos chistes, descobrimos que um método técnico adotado em muitos chistes é o de dar trânsito livre a modos de pensamentos, usuais no inconsciente, mas que podem ser julgados apenas como exemplos de ‘raciocínios falhos’ no consciente; sobre estes, novamente, sentimos dúvida quanto a possuírem um verdadeiro caráter de chistes, de modo que nos inclinamos simplesmente a classificá-los como histórias cômicas (ver em [1]). Fomos incapazes de dirimir nossas dúvidas porque àquela altura ignorávamos a característica essencial dos chistes. Subseqüentemente, levados por uma analogia com a elaboração onírica, descobrimos que consiste em um compromisso efetuado pela elaboração do chiste entre as solicitações da crítica racional e o impulso a não renunciar ao antigo prazer nas palavras e no nonsense (ver em [2]). O que se revela desse modo como compromisso, quando o deflagrar pré-consciente do pensamento é abandonado por um momento à revisão inconsciente, satisfazia a ambos os requisitos em todos os casos, mas apresentava-se à crítica de várias formas e tinha que suportar vários juízos, a seu arbítrio. Algumas vezes o chiste conseguiria esgueirar-se sob a aparência de uma asserção insignificante, embora permissível; de outras vezes, contrabandearia a si mesmo como expressão de um pensamento valioso. Mas num caso marginal da efetuação do compromisso, desistiria de tentar satisfazer à crítica. Jactando-se das fontes de prazer a seu dispor, apareceria diante da crítica como puro nonsense, sem temor de provocar-lhe a contradição; pois o chiste poderia calcular que o ouvinte retificasse o desfiguramento na forma de sua expressão pela revisão inconsciente, restabelecendo assim o seu sentido.

Em que casos, então, o chiste apareceria ante a crítica como nonsense? Particularmente, quando utiliza os modos de pensamento usuais no inconsciente mas proscritos pelo pensamento consciente - efetivamente, o raciocínio falho. Pois certos modos de pensamento próprios ao inconsciente são também retidos pelo consciente - por exemplo, algumas espécies de representação indireta, alusão etc. - mesmo se seu emprego consciente está sujeito a consideráveis restrições. Quando um chiste utiliza essas técnicas, suscitará pouca ou nenhuma objeção por parte da crítica; as objeções ocorrerão apenas se utilizarem também como técnica sua métodos com os quais o pensamento consciente nada tiver a ver. Um chiste pode ainda evitar a objeção se oculta o raciocínio defeituoso utilizado e o disfarça sob uma demonstração lógica, como ocorreu nos casos do bolo e do licor (ver em [1]), da maionese de salmão (ver em [2]) e similares. Mas se o raciocínio falho é produzido sem disfarces, então as objeções da crítica se seguirão com certeza.

Em tais casos o chiste tem um outro recurso. O raciocínio falho, que utiliza como sua técnica um dos modos de pensamento do inconsciente impressiona a crítica - embora não invariavelmente - como sendo cômico. Proporcionar conscientemente livre trânsito a modos inconscientes do pensamento (que foram rejeitados como defeituosos) é um meio de produzir prazer cômico; é fácil compreender isso já que requer decerto um dispêndio maior de energia estabelecer uma catexia pré-consciente do que dar livre trânsito a uma inconsciente. Quando, ao ouvir um pensamento que soa como se formado no inconsciente, nós o comparamos com sua correção, emerge em nós uma diferença na despesa da qual procede o prazer cômico. Um chiste que utiliza o raciocínio falho como sua técnica, parecendo portanto absurdo, pode desse modo produzir simultaneamente um efeito cômico. Se deixamos de detectar o chiste, somos novamente deixados com a história cômica ou engraçada.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que proporcionar conscientemente livre trânsito a modos inconscientes do pensamento (que foram rejeitados como defeituosos) é um meio de produzir prazer cômico; é fácil compreender isso já que requer decerto um dispêndio maior de energia estabelecer uma catexia pré-consciente do que dar livre trânsito a uma inconsciente. Quando, ao ouvir um pensamento que soa como se formado no inconsciente, nós o comparamos com sua correção, emerge em nós uma diferença na despesa da qual procede o prazer cômico. Um chiste que utiliza o raciocínio falho como sua técnica, parecendo portanto absurdo, pode desse modo produzir simultaneamente um efeito cômico.

Mattanó aponta que proporcionar conscientemente livre trânsito a modos inconscientes do pensamento (que foram rejeitados como defeituosos) é um meio de produzir prazer cômico, pois aqui o inconsciente sofre ação do consciente e estabelece uma catexia pré-consciente; é fácil compreender isso já que requer decerto um dispêndio maior de energia estabelecer uma catexia pré-consciente do que dar livre trânsito a uma inconsciente. Quando, ao ouvir um pensamento que soa como se formado no inconsciente, nós o comparamos com sua correção, emerge em nós uma diferença na despesa da qual procede o prazer cômico. Um chiste que utiliza o raciocínio falho como sua técnica, parecendo portanto absurdo, pode desse modo produzir simultaneamente um efeito cômico. O efeito cômico depende dos significados e dos sentidos que o pensamento desencadeia no decodificador da mensagem.

 

MATTANÓ

(16/05/2021)

 

 

 

 

 

A história do caldeirão emprestado que foi devolvido com um furo (ver em [1]), é um excelente exemplo de efeito puramente cômico, derivado ao conceder-se trânsito livre ao modo inconsciente do pensamento. Deve-se lembrar que o sujeito que tomou o empréstimo, interrogado, respondeu primeiramente que não tinha em absoluto tomado o caldeirão emprestado, em segundo lugar que este já tinha um furo quando o tomara emprestado, e finalmente que o devolvera perfeito e sem o furo. Este mútuo cancelamento pelos vários pensamentos, cada um dos quais é válido em si mesmo, é precisamente o que não ocorre no inconsciente. Nos sonhos, em que os modos de pensamento do inconsciente são de fato manifestos, não há conseqüentemente nada como um ‘ou-ou’, apenas uma justaposição simultânea. No exemplo de um sonho que, apesar de sua complicação, escolhi em meu A Interpretação de Sonhos como espécimen do trabalho de interpretação, tentei livrar-me eu próprio da reprovação de ter fracassado em aliviar uma paciente de suas dores, através do tratamento psíquico. Minhas razões foram: (1) que ela própria era responsável por sua doença já que não aceitaria minha solução; (2) que suas dores tinham origem orgânica e, pois, não me interessavam; (3) que suas dores conectavam-se com sua viuvez, pela qual evidentemente eu não era responsável e (4) suas dores eram devidas à injeção tomada em uma seringa infectada, que alguém mais lhe aplicara. Todos estas razões postavam-se lado a lado, como se não fossem mutuamente exclusivas. Fui obrigado a substituir o ‘e’ do sonho por um ‘ou-ou’ para escapar à carga de nonsense.

Há uma história cômica similar de uma vila húngara onde o ferreiro fora condenado à pena capital. O burgomestre resolveu, entretanto, que um alfaiate e não o ferreiro devia ser enforcado, pois havia dois alfaiates na cidade mas não havia um segundo ferreiro e o crime devia ser expiado. Um deslocamento como esse da figura da pessoa culpada contraria naturalmente todas as leis da lógica consciente, mas, em absoluto, o modo de pensamento do inconsciente. Não hesito em chamar cômica a essa história, embora tenha incluído a do caldeirão entre os chistes. Admitirei agora que essa última história é muito mais bem descrita como ‘cômica’ que como um chiste. Mas agora compreendo como é que meu sentimento usualmente tão seguro, pôde deixar-me em dúvida quanto a essa história ser cômica ou um chiste. Eis um caso em que não posso chegar a uma decisão com base em meu sentimento - ou seja, quando se trata de um caso em que o cômico se origina da descoberta de um modo de pensamento que é adequado exclusivamente ao inconsciente. Tal história pode ser ao mesmo tempo cômica e chistosa; ela me dará a impressão de ser um chiste, mesmo que seja meramente cômica, porque o uso do raciocínio falho do inconsciente evoca-me os chistes, tal como o fazem as manobras para a descoberta do que não é manifestamente cômico (ver em [1]).

 

Dediquei muito esforço a essa questão, maximamente delicada, em meus argumentos - a relação entre os chistes e o cômico; suplementarei o que já disse com algumas asserções negativas. Devo inicialmente chamar a atenção para o fato de que o exemplo de convergência entre os chistes e o cômico, que estou tratando, não é idêntico ao primeiro (ver em [1]). É verdade que a distinção é bastante sutil, mas posso fazê-las com certeza. No caso anterior, o cômico originou-se da descoberta do automatismo psíquico. Isto não é, entretanto, em absoluto, peculiar apenas ao inconsciente, nem desempenha qualquer papel marcante na técnica dos chistes. Só acidentalmente, o desmascaramento se relaciona aos chistes, servindo a alguma outra técnica de chiste, tal como a representação pelo oposto. Mas no caso de dar livre trânsito aos modos inconscientes do pensamento, a convergência dos chistes e do cômico é necessária, já que o mesmo método, usado aqui pela primeira pessoa do chiste como técnica de liberação do prazer deve produzir, por sua própria natureza, prazer cômico na terceira pessoa.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes dependem do inconsciente e do nonsense e do absurdo, e que o cômico depende da liberação de prazer cômico na terceira pessoa.

Mattanó aponta que os chistes dependem do inconsciente e do nonsense e do absurdo, e que o cômico depende da liberação de prazer cômico na terceira pessoa. E que tanto os chistes quanto o cômico tem seus significados e sentidos e seus contextos.

 

MATTANÓ

(16/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Podia-se ser tentado a generalizar a partir desse último caso e procurar a relação dos chistes com o cômico na noção de que o efeito dos chistes sobre a terceira pessoa ocorre de acordo com o mecanismo do prazer cômico. Mas não se trata disso. O contato com o cômico não há absolutamente de ser constatado em todos os chistes ou mesmo na maioria deles; na maioria dos casos, pelo contrário, traça-se uma nítida distinção entre os chistes e o cômico. Quando quer que um chiste consiga escapar ao aparecimento do nonsense - isto é, na maioria dos chistes acompanhados de duplo sentido e alusão - não há vestígio de qualquer efeito semelhante ao cômico a ser encontrado no ouvinte. Isso pode ser testado por exemplos que dei anteriormente, ou em alguns casos novos que posso apresentar:

Telegrama de felicitações a um jogador que está completando setenta anos: ‘Trente et quarente’. (Divisão (ver em [1] e [2]) com alusão.)

Hevesi, em alguma parte, descreve o processo de manufatura de tabaco: ‘As folhas amarelo-brilhantes… eram imersas em uma calda (dipped in a sauce) e temperadas nesse molho (sauced in this dip).’ (Uso múltiplo do mesmo material.)

Madame de Maintenon era conhecida como ‘Madame de Maintenant‘. (Modificação de um nome.)

O professor Kastner (ver em [1]) disse ao Príncipe que se postava defronte a um telescópio, durante uma demonstração: ‘Alteza, bem sei que sois “durchläuchtig (ilustre)”, mas não sois “durchsichtig (transparente)”.’

 

O Conde Andrássy era conhecido como ‘Ministro do Belo Exterior’.

Podia-se também pensar que, de qualquer modo, todos os chistes com uma fachada de nonsense pareçam cômicos, devendo produzir um efeito cômico. Mas devo lembrar que chistes desse tipo muito freqüentemente afetam o ouvinte de outra forma e provocam desconcerto e uma tendência ao repúdio (ver em [1]). Isso evidentemente depende de que o nonsense de um chiste pareça cômico ou como mero nonsense ordinário - não investigamos ainda o fator determinante. Limitamos portanto nossa conclusão à asserção de que os chistes são, por sua natureza, distintos do cômico e apenas convergirão com este, por um lado, em certos casos especiais, e por outro, no seu objetivo de obter prazer de fontes intelectuais.

Durante essas investigações das relações entre os chistes e o cômico, revelou-se para nós uma distinção que devemos enfatizar como de máxima importância, apontando, ao mesmo tempo, para uma principal característica do cômico. Achamo-nos obrigados a localizar no inconsciente o prazer dos chistes; não há razão semelhante para fazer a mesma localização no caso do cômico. Pelo contrário, todas as análises que fizemos até aqui indicam que a fonte do prazer cômico é a comparação entre duas despesas, que atribuímos, ambas, ao pré-consciente. Os chistes e o cômico distinguem-se principalmente em sua localização psíquica; pode-se dizer que o chiste é a contribuição feita ao cômico pelo domínio do inconsciente.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que está no inconsciente o prazer dos chistes e não está no inconsciente o prazer do cômico. O prazer do cômico é a comparação entre duas despesas, que atribuímos, ao pré-consciente. O prazer dos chistes é o nonsense e o absurdo, o jogo de palavras.

Mattanó aponta que está no inconsciente o prazer dos chistes e não está no inconsciente o prazer do cômico. O prazer do cômico é a comparação entre duas despesas, que atribuímos, ao pré-consciente. O prazer dos chistes é o nonsense e o absurdo, o jogo de palavras. Contudo em ambos os casos decodificamos significados, sentidos e contextos que reforçam e ajudam a discriminar o evento em função.

 

MATTANÓ

(16/05/2021)

 

 

 

 

 

Não há necessidade de lamentar essa digressão já que a relação dos chistes com o cômico foi a razão pela qual fomos forçados a uma investigação do cômico. Mas é certamente tempo de voltar a nosso tópico anterior - a discussão do método que serve para tornar cômicas as coisas. Consideramos primeiro a caricatura e o desmascaramento, porque derivamos destes algumas indicações para a análise do cômico na mímica. Em regra, inquestionavelmente, a mímica é permeada pela caricatura - a exageração de traços que não seriam de outro modo marcantes (ver em [1]) -, e envolve também a característica da degradação. Mas isso não exaure sua natureza. Não posso negar que ela seja, por si, uma extraordinária fonte de prazer cômico, pois rimos particularmente da fidelidade de alguma imitação. Não é fácil fornecer uma explicação satisfatória disso a não ser que se esteja preparado para adotar a concepção mantida por Bergson (1900) que aproxima o cômico na mímica ao cômico devido à descoberta do automatismo psíquico. A opinião de Bergson é que tudo, em uma pessoa viva, que faça pensar em um mecanismo inanimado, tem efeito cômico. Sua fórmula quanto a isso exprime-se como ‘mécanisation de la vie‘. Explica o cômico na mímica a partir de um problema levantado por Pascal em seu Pensées: por que é que se ri quando são comparadas duas faces similares nenhuma das quais é cômica em si mesma? ‘O que é vivo, segundo nossa expectativa, nunca há de ser repetido exatamente idêntico. Quando constatamos tal repetição, sempre suspeitamos de um mecanismo subjacente à coisa viva.’ [Bergson, 1900, 35.] Quando são vistas duas faces, que se assemelham uma à outra intimamente, pensamos em duas impressões de um mesmo molde ou de algum processo mecânico similar. Em suma, a causa do riso seria, em tais casos, a divergência do vivo com o inanimado, ou, como se diria, a degradação do vivo no inanimado (ibid., 35). Se, ademais, aceitamos estas plausíveis sugestões de Bergson, não acharemos difícil incluir sua concepção sob nossa própria fórmula. A experiência tem ensinado que toda coisa viva difere de tudo o mais e requer uma espécie de despesa para nossa compreensão; desapontamo-nos se, em conseqüência de uma completa conformidade ou de uma mímica enganadora, não necessitamos fazer nenhuma nova despesa. Desapontamo-nos no sentido de um alívio, sendo descarregada pelo riso a despesa com a expectativa que se tornou supérflua. A mesma fórmula cobriria todos os casos que Bergson considera de rigidez cômica (‘raideur‘) - costumes profissionais, idéias fixas e torneios de expressão repetidos em toda ocasião possível. Todos estes casos se reduziriam à comparação entre a despesa com a expectativa e a despesa efetivamente requisitada para a compreensão de algo que persiste sendo idêntico; a maior quantidade necessitada pela expectativa basear-se-ia na observação da multiplicidade e plasticidade das coisas viventes. No caso da mímica, conseqüentemente, a fonte do prazer cômico não seria o cômico da situação mas o da expectativa (ver em [1]).

Já que derivamos, em geral, o prazer cômico da comparação, obrigamo-nos a examinar o próprio cômico da comparação; este, de fato, serve como um método de tornar cômicas as coisas. Nosso interesse nessa questão há de aumentar quando lembrarmos que também no caso das analogias, freqüentemente constatávamos que nosso ‘sentimento’ nos deixava em apuros quanto a decidir se alguma coisa devia ser considerada como um chiste ou simplesmente cômica (ver em [1]).

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico está na comparação entre duas situações.

Mattanó aponta que o cômico está na comparação entre duas situações, ou seja, no contexto e nos significados e sentidos oriundos delas.

 

MATTANÓ

(17/05/2021)

 

 

 

 

 

 

O assunto, deve-se admitir, merece tratamento mais cuidadoso que o que nossos interesses aqui possam devotar-lhe. O principal atributo que procuramos em uma analogia é sua adequação - isto é, se convoca a atenção para uma conformidade realmente presente em duas coisas diferentes. O prazer original na redescoberta da mesma coisa (Gross, 1899, 153 [e anteriormente, em [1]]) não é o único motivo que favorece o uso das analogias; há o fato ulterior de que as analogias sejam capazes de uma utilização que acarreta um alívio do trabalho intelectual - isto é, se seguimos a prática usual de comparar o que é menos conhecido com o que é mais conhecido, ou o abstrato com o concreto, elucidando pela comparação o que é mais estranho ou mais difícil. Toda comparação como essa, especialmente de algo abstrato com algo concreto, envolve certa degradação e certa economia na despesa com a abstração (no sentido da mimética ideacional) (ver em [1]) mas, naturalmente, não é suficiente para permitir que a característica do cômico seja claramente posta em proeminência. Não emerge repentina, mas gradualmente, do prazer do alívio acarretado pela comparação. Há uma abundância de casos que simplesmente margeiam o cômico e a respeito dos quais podia-se duvidar quanto a apresentarem a característica do cômico. A comparação torna-se indiscutivelmente cômica se ocorrer uma elevação no nível da diferença na despesa com a abstração em duas coisas a serem comparadas, se algo sério e estranho, especialmente de natureza moral ou intelectual, é comparado com algo trivial e inferior. O prévio prazer do alívio e a contribuição dos determinantes da mimética ideacional podem talvez explicar a gradual transição, condicionada por fatores quantitativos, do prazer geral ao prazer cômico, durante a comparação. Sem dúvida evitarei incompreensões se acentuar o fato de que não atribuo o prazer cômico nas analogias ao contraste entre as duas coisas comparadas mas à diferença entre as duas despesas com a abstração. Quando uma coisa não familiar, difícil de ser apreendida, algo que é abstrato e efetivamente sublime em uma acepção intelectual, é declarada corresponde a algo familiar e inferior, cuja imaginação implica completa ausência de despesa da abstração, então a coisa abstrata é, ela própria, desmascarada como algo igualmente inferior. O cômico da comparação é assim reduzido a um caso de degradação.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que através da comparação onde ocorre a abstração a despesa com a abstração em duas coisas a serem comparadas, se algo sério e estranho, de natureza moral ou intelectual, é comparado com algo trivial e inferior, assim não há prazer cômico nas analogias ao contraste entre duas coisas comparadas, mas à diferença entre as duas despesas com a abstração que pode levar ao desmascaramento como algo igualmente inferior ou como um caso de degradação.

Mattanó aponta que através da comparação onde ocorre a abstração a despesa com a abstração em duas coisas a serem comparadas, se algo sério e estranho, de natureza moral ou intelectual, é comparado com algo trivial e inferior, assim não há prazer cômico nas analogias ao contraste entre duas coisas comparadas, mas à diferença entre as duas despesas com a abstração que pode levar ao desmascaramento como algo igualmente inferior ou como um caso de degradação. A diferença entre as duas despesas deve-se a economia com a abstração que pode levar a algo sério e estranho, de natureza moral ou intelectual, sendo comparado com algo trivial e inferior ou como um caso de degradação que pode ser de degeneração através dos seus significados e sentidos, ou seja, moralmente inferior ou feio. Um bom exemplo de degradação é o meu problema com as autoridades que tentam me humilhar e me envergonhar, me inferiorizando, me chamando de louco e de incapaz, de tarado e de ladrão, de corrupto e de pedófilo por causa do meu trabalho e da minha formação acadêmica profissional na UEL, que também tentam me estuprar e me matar por causa de Deus, de Jesus Cristo e de Nossa Senhora me chamando de alienígena e de contaminado sem exames conclusivos, e que atribuem a telepatia a minha pessoa sem exames que comprovem isto! E que atrapalham a minha vida sexual e da minha família atrapalhando a sexualidade e a masturbação, o coito e a higiene pessoal e os cuidados com a família e o trabalho fomentando delírios e alucinações que aterrorizam a mente, o comportamento e a vida sexual de todos! Outro exemplo de degradação é atribuir comportamento de usuário de cocaína e de viagra sem eu ser usuário de cocaína e de viagra só porque eu ouvi virtualmente que existe autoridade e laboratório de medicamento inserindo cocaína na minha medicação e que meu tio L. R. P. administra viagra para mim de alguma forma que eu não conheço e para manter essa violência, pedofilia e estupro virtual!

 

MATTANÓ

(17/05/2021)

 

 

 

 

Mattanó aponta que a política é reflexo dos ritos sócio-econômicos de seu país e que o país é reflexo de seus ritos sócio-institucionais com as demais nações ou o mundo e é produto de seu desenvolvimento, ordem e progresso.

 

MATTANÓ

(17/05/2021)

 

 

Mattanó faz um chiste sobre sua história de vida:
            ¨Minha história de vida é a mesma coisa que estar dentro de um pinico e os outros ficarem jogando merda!¨

Temos um nonsense e algo absurdo, incoerente e engraçado, revelando que os chistes podem denotar algo de engraçado através do humor, e também de sofrimento e de sujeira, de bode expiatório, de refém que sofre violência, revelando que os chistes mostram a história de vida do falante ou do codificador através do inconsciente.

 

MATTANÓ

(17/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Uma comparação pode, entretanto, como já vimos, ter um caráter de chiste, sem vestígio de mesclagem cômica - precisamente, quando evita a degradação. A comparação da verdade com uma tocha que não pode ser levada através de uma multidão sem queimar as barbas de alguém (ver em [1]) tem um puro caráter de chiste, pois restitui um torneio expressivo esvaziado (a ‘tocha da verdade’) a seu valor pleno, e não é cômica porque a tocha é um objeto que, embora concreto, não carece de certa dignidade. Mas uma comparação pode facilmente ser cômica e chistosa, independentemente uma coisa da outra, desde que a comparação pode vir em socorro de certas técnicas do chiste, tal como a unificação ou a alusão. Dessa forma a comparação, por Nestroy, da memória a um ‘armazém’ (ver em [1]) é a um tempo cômica e chistosa - cômica devido à extraordinária degradação que o conceito psicológico suporta ao ser comparado a um ‘armazém’ e chistosa porque a pessoa que utiliza a comparação é um caixeiro, que estabelece assim, pela comparação, uma bastante inesperada unificação entre a psicologia e sua profissão. A expressão de Heine ‘até que finalmente rebentaram todos os botões dos calções da minha paciência’ (ver em [1]) parece à primeira vista não mais que um notável exemplo de uma comparação comicamente degradante; mas à consideração ulterior lhe são permitidas também as características de chiste, já que a comparação, a serviço da alusão, viola a região do obsceno, conseguindo pois liberar o prazer no obsceno. O mesmo material, por uma coincidência que admitidamente não é aleatória, fornece-nos uma produção de prazer que tem o caráter de chiste e é simultaneamente cômica. Se as condições de um favorecem a gênese do outro, sua união tem um efeito perturbador sobre o ‘sentimento’ que se supõe informar se deparamos com um chiste ou com algo cômico, só se podendo chegar a uma decisão através da investigação atenta, que se tenha libertado de qualquer predisposição para uma espécie de prazer particular.

Conquanto possa ser atraente acompanhar os determinantes mais íntimos da produção de prazer cômico, o autor deve ter em mente que nem sua formação nem sua ocupação diária justificam a extensão de sua investigação além da esfera dos chistes; ele deve confessar que o tópico das comparações cômicas o faz particularmente ciente de sua inabilidade.

Portanto prontamente recordamos que muitas autoridades não reconhecem a nítida distinção conceptual e material entre os chistes e o cômico, a cujo estabelecimento descobrimo-nos levados, considerando os chistes simplesmente como o ‘cômico do discurso’ ou ‘das palavras’. Comentamos anteriormente que nos acreditávamos capazes de distinguir um dito cômico de um chiste:

‘Com um forcado e muito esforço

sua mãe pescou-o do ensopado.’ (ver em [1])

 

é meramente cômico; o comentário de Heine sobre as quatro castas entre os habitantes de Göttingen - ‘professores, estudantes, filisteus e asnos’ (ver em [2]) é par excellence um chiste.

 

Para algo intencionalmente cômico tomarei como modelo o ‘Wippchen‘ de Stettenheim. As pessoas chamam a Stettenheim ‘espirituoso’ porque ele possui em alto grau o dom de evocar o cômico. Esta capacidade, de fato, determina adequadamente o ‘espírito’ que alguém ‘tem’ em contraste com o ‘chiste’ que ‘faz’. Não se poder negar que as cartas de Wippchen, o correspondente de Bernau, são também ‘espirituosas’ na medida em que estão salpicadas de chistes de toda classe, entre os quais alguns autenticamente bem-sucedidos (e.g. de uma exposição de selvagens: ‘em uniforme de gala’). Mas o que dá a estas produções seu caráter peculiar não são tais chistes separados, mas o quase excessivo cômico do discurso que flui através deles. O ‘Wippchen’ foi, sem dúvida, originalmente pretendido como uma figura satírica, uma modificação do ‘Schmock’ de Gustav Freytag, um desses indivíduos incultos que usam mal e dilapidam a reserva cultural de uma nação; mas a satisfação, que o autor desfrutava nos efeitos cômicos realizados na pintura dessa personagem, evidentemente foi relegando pouco a pouco o propósito satírico a segundo plano. As produções de Wippchen são, em sua maior parte, nonsense cômico. O autor utilizou a disposição agradável obtida pela acumulação desses êxitos para introduzir (justificavelmente, deve-se dizer), junto com material perfeitamente permissível, toda classe de sensaborias que, por si próprias, não seriam toleráveis. O nonsense de Wippchen produz um efeito específico devido a uma técnica peculiar. Se se considera mais detalhadamente a esses ‘chistes’, fica-se especialmente impressionado por alguns tipos que fornecem seu caráter a toda a produção. Wippchen utiliza predominantemente combinações (amalgamações), modificações de rodeios habituais de expressão - citações e substituições de alguns elementos comuns neles por formas de expressão mais pretensiosas e pesadas. Esta característica, incidentalmente, aproxima-se das técnicas dos chistes.

Eis, por exemplo, algumas amalgamações (extraídas do prefácio e da primeira página de toda a série):

‘A Turquia tem dinheiro wie Heu am Meere [como feno pelo mar]’. Composto de duas expressões ‘Dinheiro wie Heu [como feno]’ e ‘Dinheiro wie Sand am Meere [como areia pelo mar]’.

 

Ou, ‘Não sou mais que uma coluna despojada de suas folhas, que dá testemunho da glória finda’ - condensado de ‘uma árvore despojada de suas folhas’ e ‘uma coluna que… etc.’.

Ou, ‘Onde está o fio de Ariadne que me afastará da Cila deste estábulo de Augias?’, para o qual três lendas gregas contribuíram com um elemento.

As modificações e as substituições podem ser sumarizadas sem muita dificuldade. Sua natureza pode ser verificada nos seguintes exemplos, característicos de Wippchen e por trás dos quais corre o lampejo de uma outra expressão verbal, mais corrente e usualmente mais vulgar, reduzida, pois, a clichê:

‘Mir Papier und Tinte höher zu hängen [pendurar o papel e a tinta muito alto para mim].’ Usamos a expressão ‘einen den Brotkorb höher hängen [pendurar muito alto a cesta de pão - pôr alguém em meia-ração]’ metaforicamente para ‘pôr alguém em circunstâncias mais difíceis’. Portanto por que não estender a metáfora a outro material?

‘Batalhas em que, algumas vezes, os russos puxam menos [i. e. partem em segundo lugar] e outras vezes, puxam mais.’ Apenas a primeira dessas expressões [den Kürzeren ziehen‘ ‘puxar menos’] é de uso comum; mas, em vista de sua derivação, não é um absurdo pôr em circulação também a segunda.

‘Quando eu era ainda jovem, o Pégaso acordava dentro de mim.’ Se introduzíssemos ‘o poeta’ ao invés de ‘Pégaso’, encontraríamos um clichê autobiográfico, desgastado pelo uso freqüente. É verdade que ‘Pégaso’ não é um substitutivo adequado para ‘poeta’, mas há uma relação conceptual entre ambas, sendo ‘Pégaso’ uma palavra altissonante.

‘Assim vivi eu os espinhosos sapatos da infância.’ Um símile em vez de simples declaração. ‘Dei Kinderschuhe austreten‘ [‘gastar os sapatos da infância’, ‘deixar a nursery para trás’] é uma das imagens conectadas com o conceito de infância.

Da profusão de outras produções de Wippchen, algumas podem ser acentuadas como puros exemplos do cômico. Por exemplo, um desapontamento cômico: ‘Por horas a luta flutuou, até que finalmente permaneceu indecisa’. Ou um desmascaramento cômico (da ignorância): ‘Clio, a Medusa da História’. Ou citações tais como: ‘Habent sua fata morgana‘. Mas nosso interesse é suscitado principalmente pelas amalgamações e modificações porque estas repetem familiares técnicas do chiste. Podemos, por exemplo, comparar com as modificações chistes tais como ‘ele tem um grande futuro após si’ (ver em [1]), ou ‘er hat ein Ideal vor dem Kopf‘ (ver em [2]) ou o chiste de modificações de Lichtenberg ‘novos balneários curam bem’ (ver em [3]) etc. Deverão as produções de Wippchen que usam a mesma técnica ser chamadas chistes? Ou em que diferirão destes?

Não é difícil responder. Recordemos que os chistes apresentam uma dupla face a seu ouvinte, forçando-o a adotar dois pontos de vista diferentes a seu respeito. Em um chiste de nonsense, como os últimos mencionados, uma concepção, a que leva em conta a expressão verbal, considera-o como nonsense; a outra, que acompanha as insinuações fornecidas, passa pelo inconsciente do ouvinte e descobre-lhe um excelente sentido. Nas produções de Wippchen, semelhantes a chistes, uma das faces está em branco, como se fora rudimentar: uma cabeça de Janus, com apenas uma das faces desenvolvidas. Se permitimos à técnica nos enganar, levando-nos ao inconsciente, lá nada encontramos. As amalgamações não nos conduzem a nenhum caso em que as duas coisas amalgamadas produzem um novo significado; se tentamos uma análise, elas separam-se completamente. As modificações e substituições conduzem, como fazem os chistes, a uma verbalização usual e familiar, mas a própria modificação ou substituição nada nos diz de novo e, via de regra, efetivamente, nada nos diz de possível ou utilizável. Portanto, sobra apenas uma das perspectivas de tais ‘chistes’ - a de serem nonsense. Resta-nos simplesmente decidir se escolheremos chamar tais produções, que se livraram de uma das essenciais características dos chistes, de ‘maus’ chistes, ou se nem mesmo as consideraremos chistes.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes apresentam uma dupla face. Nas produções de Wippchen, semelhantes a chistes, uma das faces está em branco, como se fora rudimentar: uma cabeça de Janus, com apenas uma das faces desenvolvidas. Se permitimos à técnica nos enganar, levando-nos ao inconsciente, lá nada encontramos. As amalgamações não nos conduzem a nenhum caso em que as duas coisas amalgamadas produzem um novo significado; se tentamos uma análise, elas separam-se completamente. As modificações e substituições conduzem, como fazem os chistes, a uma verbalização usual e familiar, mas a própria modificação ou substituição nada nos diz de novo e, via de regra, efetivamente, nada nos diz de possível ou utilizável. Portanto, sobra apenas uma das perspectivas de tais ‘chistes’ - a de serem nonsense.

Mattanó aponta que os chistes apresentam uma dupla face. Nas produções de Wippchen, semelhantes a chistes, uma das faces está em branco, como se fora rudimentar: uma cabeça de Janus, com apenas uma das faces desenvolvidas. Se permitimos à técnica nos enganar, levando-nos ao inconsciente, lá nada encontramos. As amalgamações não nos conduzem a nenhum caso em que as duas coisas amalgamadas produzem um novo significado; se tentamos uma análise, elas separam-se completamente. As modificações e substituições conduzem, como fazem os chistes, a uma verbalização usual e familiar, mas a própria modificação ou substituição nada nos diz de novo e, via de regra, efetivamente, nada nos diz de possível ou utilizável. Portanto, sobra apenas uma das perspectivas de tais ‘chistes’ - a de serem nonsense. É pelo nonsense que é realizado pela verbalização que descobrimos o seu excelente sentido. Desta forma, percebemos que as produções linguísticas chistosas apresentam um significado e um excelente sentido descobertos pela verbalização e pela decodificação do chiste.

 

MATTANÓ

(18/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Chistes rudimentares como esses sem dúvida produzem um efeito cômico, que podemos explicar de mais de uma maneira. Ou o cômico procede da descoberta de modos de pensamento do inconsciente, como nos casos considerados anteriormente (ver em [1]), ou o prazer deriva da comparação com um chiste completo. Nada nos impede de supor que ambas as maneiras de gerar prazer cômico convergem aqui. Não é impossível que, aqui, a inadequação do apoio solicitado aos chistes seja precisamente o que converte o nonsense em nonsense cômico.

Pois há outros casos, facilmente inteligíveis, em que uma inadequação dessa espécie, quando comparada ao que devia ser efetuado, torna o nonsense irresistivelmente cômico. A contraparte dos chistes - os enigmas (ver em [1]) - pode talvez nos oferecer melhores exemplos disso que os próprios chistes. Por exemplo, eis uma ‘adivinhação faceta’ (ver em [2]) ‘O que é que se pendura na parede e onde alguém pode secar suas mãos?’ Teríamos um enigma idiota se a resposta fosse ‘uma toalha de mão’. Mas tal resposta é rejeitada. - ‘Não, um arenque.’ - ‘Mas, pelo amor de Deus’, começa o enfurecido protesto, ‘um arenque ninguém pendura na parede’. ‘Você pode pendurá-lo lá.’ - ‘Mas quem é que, no mundo, vai enxugar suas mãos em um arenque?’ - ‘Bem’, é a confortante resposta, ‘você de fato não tem que fazer isso.’ Esta explicação, dada através de dois típicos deslocamentos, mostra quão longe esta adivinhação se acha de um autêntico enigma; devido a sua absoluta inadequação parece-nos ser - em vez de ser apenas absurdamente idiota - irresistivelmente cômica. Deste modo, fracassando em cumprir condições essenciais, os chistes, os enigmas e outras coisas, que não produzem prazer cômico por si, tornam-se fontes do prazer cômico.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que os chistes tornam o nonsense cômico e os enigmas também podem oferecer uma ideia irresistivelmente cômica pela sua absoluta inadequação e idiotice, produzindo prazer cômico, sendo assim fontes do prazer cômico.

Mattanó aponta que os chistes tornam o nonsense cômico e os enigmas também podem oferecer uma ideia irresistivelmente cômica pela sua absoluta inadequação e idiotice, produzindo prazer cômico, sendo assim fontes do prazer cômico. O prazer cômico deriva dos significados e dos sentidos que o enigma evoca.

 

MATTANÓ

(18/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Há menos dificuldades em compreender o caso do cômico involuntário no discurso, que encontramos realizado, tão freqüentemente quanto estes nos agradam, por exemplo, nos poemas de Friederike Kempner (1891):

 

Contra a vivisecção

 

Ein unbekanntes Band der Seelen kettet

Den Menschen an das arme Tier.

Das Tier hat einem Willen - ergo Seele -

Wenn auch’ ne kleinere als wir.

 

Ou a conversação de um casal de amantes:

 

O contraste

 

‘Wie glücklish bin ich’, ruft sie leise,

 ‘Auch ich’, sagt lauter ihr Gemahl

 ‘Es macht mich deine Art und Weise

Sehr stolz auf meine gute Wah!’

 

Nada aqui nos faz pensar em chistes. Mas sem dúvida há uma inadequação nesses ‘poemas’ que os torna cômicos - a extraordinária deselegância de sua expressão, sua conexão com os mais corriqueiros e jornalísticos torneios expressivos, a simplória limitação de seu pensamento, a ausência de qualquer vestígio de matéria ou forma poética. A despeito disso tudo, entretanto, não é óbvio porque consideramos cômicos os poemas de Kempner. Consideramos muitos produtos similares nada mais que chocantemente ruins; não nos fazem rir mas irritam-nos. Porém é precisamente a grandeza da distância que os separa do que esperamos de um poema que impõe a nós a perspectiva cômica; se tal diferença nos parecesse menor, inclinar-nos-íamos antes a criticar que a rir. Além disso, o efeito cômico dos poemas de Kempner é assegurado por uma circunstância subsidiária - as inequivocamente boas intenções do autor e a peculiar sinceridade de sentimento, que desarma nosso escárnio ou nossa irritação, e que sentimos subjacente a suas expressões incompetentes.

Aqui recordamos um problema cuja consideração tínhamos adiado. A diferença na despesa é, sem dúvida, a condição básica determinante do prazer cômico; mas a observação revela que essa diferença não leva invariavelmente à geração do prazer. Que outras condições deverão estar presentes ou que perturbações hão de ser coibidas para que o prazer cômico possa efetivamente se originar da diferença na despesa? Antes de nos voltarmos para a resposta dessa questão concluiremos essa discussão com uma clara asserção de que o cômico no discurso não coincide com os chistes, e que os chistes devem portanto ser algo diferente do cômico no discurso. (ver em [1])

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a diferença na despesa entre os chistes e o cômico denotam o seu discurso.

Mattanó aponta que a diferença na despesa entre chistes e o cômico denotam o seu discurso e comportamento, e como serão os significados e os sentidos, e que essa diferença na despesa é o contexto.

 

MATTANÓ

(18/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Agora que estamos a ponto de nos aproximar de uma resposta à última questão, quanto às condições necessárias para a gênese do prazer cômico a partir da diferença na despesa, podemos nos permitir um alívio que não deixará de nos proporcionar prazer. Uma réplica acurada a essa questão seria idêntica a uma descrição exaustiva da natureza do cômico, para a qual não reivindicamos nem capacidade nem autoridade. Deveremos nos contentar novamente em lançar luz sobre o problema do cômico apenas na medida em que este contrasta claramente com o problema dos chistes.

Toda teoria do cômico sofre objeção por parte de seus críticos quanto ao escopo dela; sua definição desconsidera o que é essencial ao cômico: ‘O cômico baseia-se no contraste entre as idéias’. ‘Sim, na medida em que esse contraste produza um efeito cômico, e não de outra qualquer natureza.’ ‘O sentimento do cômico origina-se do desapontamento de uma expectativa.’ ‘Sim, a não ser que o desapontamento seja de fato doloroso.’ Sem dúvida, as objeções são justificáveis, mas deveremos superestimá-las apenas se concluirmos que o traço essencial do cômico escapou até aqui à detecção. O que prejudica a validade universal dessas definições são as condições indispensáveis para a geração do prazer cômico; mas não necessitamos pesquisar nelas a essência do cômico. De qualquer modo, só será fácil descartarmos as objeções e esclarecermos as contradições nas definições desde que suponhamos que a origem do prazer cômico está na comparação da diferença entre duas despesas. O prazer cômico e o efeito pelo qual é conhecido - o riso - só se manifestam se essa diferença não é utilizável e, pois, capaz de descarga. Não obtemos qualquer efeito gratificante, mas no máximo um transitório sentimento de prazer no qual não emerge a característica do cômico, se a diferença é transferida para outro uso, tão logo seja reconhecida. Assim como artifícios especiais têm que ser adotados no caso dos chistes para impedir a utilização em outra parte da despesa, reconhecida como supérflua (ver em [1]), também o prazer cômico só aparecerá em circunstâncias que garantam essa mesma condição. Por esta razão, sendo extraordinariamente numerosas as ocasiões em nossa vida ideacional onde ocorrem tais diferenças na despesa, são, relativamente, bastante raras as ocasiões em que o cômico emerge dessas diferenças.

Duas observações impõem-se a quem quer que estude, mesmo superficialmente, as condições da geração do cômico a partir da diferença na despesa. Primeiro, há casos em que o cômico aparece habitualmente e como que por força da necessidade, e, inversamente, há outros casos em que parece inteiramente dependente das circunstâncias e do ponto de vista do observador. Mas, em segundo lugar, diferenças extraordinariamente grandes com freqüência conseguem vencer as condições desfavoráveis, de modo que o cômico emerge apesar delas. Em conexão com a primeira dessas observações, seria possível estabelecer duas classes - a inevitavelmente cômica e a ocasionalmente cômica - embora devamos estar preparados para, desde o início, renunciar à esperança de descobrir a inevitabilidade do cômico da primeira classe, livre de exceções. Seria tentador investigar as condições determinantes das duas classes.

As condições, algumas das quais reunimos como o ‘isolamento’ da situação cômica, aplicam-se essencialmente à segunda classe. Uma análise mais detida revela os seguintes fatos:

(a) A condição mais favorável para a produção do prazer cômico é geralmente uma disposição eufórica, em que se está ‘inclinado a rir’. Em uma euforia produzida toxicamente quase tudo parece cômico, provavelmente pela comparação com a despesa no estado normal. De fato, o cômico, e todos os métodos similares de obtenção de prazer da atividade mental não são mais que maneiras de restabelecer disposição prazenteira - euforia a partir de um único ponto de abordagem, quando ela não se apresenta como disposição geral da psique.

(b) Um efeito similarmente favorável é produzido por uma expectativa do cômico, ao se estar em harmonia com o prazer cômico. Por essa razão, se a intenção de tornar algo cômico é comunicada a alguém, são suficientes diferenças de grau tão baixo que nem seriam notadas se ocorressem involuntariamente na experiência dessa pessoa. Quem quer que se disponha a ler um livro cômico ou vá ao teatro assistir a uma comédia deve a esta intenção sua capacidade de rir de coisas que dificilmente lhe pareceriam cômicas em sua vida normal. Em último recurso, está a recordação de ter rido e a expectativa de rir, de modo que rimos ao ver o ator cômico chegar ao palco, antes que esse último possa ter envidado algum esforço por fazer-nos rir. Por esta razão, sentimo-nos envergonhados de ter rido de tal peça, depois que ela acaba.

(c) As condições desfavoráveis para o cômico procedem do tipo de atividade mental em que uma pessoa particular se ocupa no momento. O trabalho imaginativo ou intelectual, demandando a sérios objetivos, interfere com a capacidade de catexia para a descarga - catexia que a elaboração requer para seu deslocamento - de modo que apenas diferenças inesperadamente grandes na despesa são capazes de fazer irromper o prazer cômico. Especialmente desfavoráveis para o cômico são todos os tipos de processos intelectuais, suficientemente remotos do que é perceptual, para fazer chegar a um fim a mimética ideacional. Não há lugar deixado para o cômico na reflexão abstrata, exceto quando esse modo de pensamento é repentinamente interrompido.

(d) A oportunidade de liberação do prazer cômico desaparece também se a atenção focalizar precisamente a comparação da qual o cômico pode emergir. Em tais circunstâncias o que teria, de outra forma, sido o mais seguro dos efeitos cômicos perde sua força. Um movimento ou função não pode ser cômico para uma pessoa cujo interesse se dirija para a comparação dele com um padrão que se tem anteriormente em mente. Assim o examinador não acha cômico o nonsense que o candidato produziu em sua ignorância; isso o irrita, enquanto os colegas do candidato, mais interessados na sorte que ele há de ter do que no quanto ele saiba, divertem-se francamente com o mesmo nonsense. Um instrutor de ginástica ou dança dificilmente atenta para o cômico nos movimentos de seu alunos; e um sacerdote desconsidera inteiramente o cômico nas fraquezas humanas enquanto um escritor de comédias poderá trazê-las à luz com grande efetividade. O processo cômico não suporta ser hipercatexizado pela atenção; deve poder tomar seu curso, passando inadvertido - a este respeito, incidentalmente, comporta-se como os chistes (ver em [1]). Seria, entretanto, contraditório com a nomenclatura de ‘processos da consciência’ que utilizei, com boas razões, em  A Interpretação de Sonhos, se procurasse considerar o processo cômico como necessariamente inconsciente. Antes, faz parte do pré-consciente; e tais processos, que se desenvolvem no pré-consciente mas carecem da catexia da atenção à qual está conectada a consciência, podem adequadamente receber o nome de ‘automáticos’. O processo de comparar despesas deve continuar sendo automático se lhe cabe produzir prazer cômico.

(e) O cômico sofre interferência se a situação, da qual deve se desenvolver, origina, ao mesmo tempo, a liberação de um forte afeto. Em tal caso, uma descarga da diferença operativa é, via de regra, fora de questão. Os afetos, disposição e atitude do indivíduo em cada caso particular, fazem compreensível que o cômico surja e se esvaia de acordo com o ponto de vista de cada pessoa particular, só havendo, em caso excepcionais, um cômico absoluto. A contingência ou a relatividade do cômico é, portanto, muito maior que a do chiste, que nunca ocorre em função da própria concordância mas é invariavelmente feito, e no qual as condições, sob as quais pode encontrar aceitação, são observáveis no momento em que é construído. A geração do afeto é a mais intensa de todas as condições que interferem no cômico e sua importância a este respeito tem sido universalmente reconhecida. Por esta razão tem-se dito que o sentimento cômico nasce com mais facilidade em casos mais ou menos indiferentes, onde não estejam envolvidos fortemente sentimentos e interesses. Mas precisamente nos casos onde há uma liberação de afeto pode-se observar uma diferença particularmente forte na despesa, produzida pelo automatismo da liberação. Quando o Coronel Butler responde às advertências de Octavio, exclamando ‘com um riso amargurado’: ‘Agradecimentos da Casa da Áustria!’, sua amargura não o impede de rir. O riso aplica-se à lembrança do desapontamento que acredita ter sofrido; por outro lado, a magnitude desse desapontamento não pode ser retratada de modo mais impressionante por um dramaturgo que pela demonstração de sua capacidade de impor a si mesmo um riso em meio à tempestade dos sentimentos liberados. Inclino-me a pensar que essa explicação é aplicável a todos os casos onde o riso ocorre em circunstâncias não gratificantes, acompanhado de emoções intensamente dolorosas ou tensas.

(f) Se acrescento agora que a geração do prazer cômico pode ser encorajada por algumas outras circunstâncias agradáveis acompanhantes, como se por uma espécie de efeito de contágio (operado da mesma forma que o princípio do prazer preliminar nos chistes tendenciosos), teremos mencionado condições, que governam o prazer cômico, bastantes para nossos propósitos, embora não tenhamos decerto arrolado todas elas. Podemos então constatar que essas condições, tanto quanto a inconstância e a contingência do efeito cômico, não podem ser explicadas tão facilmente por qualquer outra hipótese diferente da derivação do efeito cômico da descarga de uma diferença que, sob as mais variáveis circunstâncias, poderia ser utilizada de outras formas.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que: ‘O cômico baseia-se no contraste entre as idéias’. ‘Sim, na medida em que esse contraste produza um efeito cômico, e não de outra qualquer natureza.’ ‘O sentimento do cômico origina-se do desapontamento de uma expectativa.’ ‘Sim, a não ser que o desapontamento seja de fato doloroso.’ Sem dúvida, as objeções são justificáveis, mas deveremos superestimá-las apenas se concluirmos que o traço essencial do cômico escapou até aqui à detecção. O que prejudica a validade universal dessas definições são as condições indispensáveis para a geração do prazer cômico; mas não necessitamos pesquisar nelas a essência do cômico. De qualquer modo, só será fácil descartarmos as objeções e esclarecermos as contradições nas definições desde que suponhamos que a origem do prazer cômico está na comparação da diferença entre duas despesas. O prazer cômico e o efeito pelo qual é conhecido - o riso - só se manifestam se essa diferença não é utilizável e, pois, capaz de descarga. Não obtemos qualquer efeito gratificante, mas no máximo um transitório sentimento de prazer no qual não emerge a característica do cômico, se a diferença é transferida para outro uso, tão logo seja reconhecida.

  • A condição mais favorável para a produção do prazer cômico é geralmente uma disposição eufórica, em que se está ‘inclinado a rir’. Em uma euforia produzida toxicamente quase tudo parece cômico, provavelmente pela comparação com a despesa no estado normal.
  • Um efeito similarmente favorável é produzido por uma expectativa do cômico, ao se estar em harmonia com o prazer cômico. Por essa razão, se a intenção de tornar algo cômico é comunicada a alguém, são suficientes diferenças de grau tão baixo que nem seriam notadas se ocorressem involuntariamente na experiência dessa pessoa. Quem quer que se disponha a ler um livro cômico ou vá ao teatro assistir a uma comédia deve a esta intenção sua capacidade de rir de coisas que dificilmente lhe pareceriam cômicas em sua vida normal. Em último recurso, está a recordação de ter rido e a expectativa de rir, de modo que rimos ao ver o ator cômico chegar ao palco, antes que esse último possa ter envidado algum esforço por fazer-nos rir. Por esta razão, sentimo-nos envergonhados de ter rido de tal peça, depois que ela acaba.
  • As condições desfavoráveis para o cômico procedem do tipo de atividade mental em que uma pessoa particular se ocupa no momento. O trabalho imaginativo ou intelectual, demandando a sérios objetivos, interfere com a capacidade de catexia para a descarga - catexia que a elaboração requer para seu deslocamento - de modo que apenas diferenças inesperadamente grandes na despesa são capazes de fazer irromper o prazer cômico. Especialmente desfavoráveis para o cômico são todos os tipos de processos intelectuais, suficientemente remotos do que é perceptual, para fazer chegar a um fim a mimética ideacional.
  • A oportunidade de liberação do prazer cômico desaparece também se a atenção focalizar precisamente a comparação da qual o cômico pode emergir. Em tais circunstâncias o que teria, de outra forma, sido o mais seguro dos efeitos cômicos perde sua força. Um movimento ou função não pode ser cômico para uma pessoa cujo interesse se dirija para a comparação dele com um padrão que se tem anteriormente em mente. Assim o examinador não acha cômico o nonsense que o candidato produziu em sua ignorância; isso o irrita, enquanto os colegas do candidato, mais interessados na sorte que ele há de ter do que no quanto ele saiba, divertem-se francamente com o mesmo nonsense. Um instrutor de ginástica ou dança dificilmente atenta para o cômico nos movimentos de seu alunos; e um sacerdote desconsidera inteiramente o cômico nas fraquezas humanas enquanto um escritor de comédias poderá trazê-las à luz com grande efetividade.
  • Os afetos, disposição e atitude do indivíduo em cada caso particular, fazem compreensível que o cômico surja e se esvaia de acordo com o ponto de vista de cada pessoa particular, só havendo, em caso excepcionais, um cômico absoluto. A contingência ou a relatividade do cômico é, portanto, muito maior que a do chiste, que nunca ocorre em função da própria concordância mas é invariavelmente feito, e no qual as condições, sob as quais pode encontrar aceitação, são observáveis no momento em que é construído.

(f)        Se acrescento agora que a geração do prazer cômico pode ser encorajada por algumas outras circunstâncias agradáveis acompanhantes, como se por uma espécie de efeito de contágio.

Mattanó aponta que O cômico baseia-se no contraste entre as idéias’. ‘Sim, na medida em que esse contraste produza um efeito cômico, e não de outra qualquer natureza.’ ‘O sentimento do cômico origina-se do desapontamento de uma expectativa.’ ‘Sim, a não ser que o desapontamento seja de fato doloroso.’ Sem dúvida, as objeções são justificáveis, mas deveremos superestimá-las apenas se concluirmos que o traço essencial do cômico escapou até aqui à detecção. O que prejudica a validade universal dessas definições são as condições indispensáveis para a geração do prazer cômico; mas não necessitamos pesquisar nelas a essência do cômico. De qualquer modo, só será fácil descartarmos as objeções e esclarecermos as contradições nas definições desde que suponhamos que a origem do prazer cômico está na comparação da diferença entre duas despesas. O prazer cômico e o efeito pelo qual é conhecido - o riso - só se manifestam se essa diferença não é utilizável e, pois, capaz de descarga. Não obtemos qualquer efeito gratificante, mas no máximo um transitório sentimento de prazer no qual não emerge a característica do cômico, se a diferença é transferida para outro uso, tão logo seja reconhecida. Quando a catexia do prazer nâo é utilizável ela produz o riso que não é reconhecido e quando é utilizável produz algum comportamento ou algo reconhecido.

(a)       A condição mais favorável para a produção do prazer cômico é geralmente uma disposição eufórica, em que se está ‘inclinado a rir’. Em uma euforia produzida toxicamente quase tudo parece cômico, provavelmente pela comparação com a despesa no estado normal. A euforia é uma descarga de prazer onde você se vê inclinado a rir, onde tudo parece cômico.

(b)       Um efeito similarmente favorável é produzido por uma expectativa do cômico, ao se estar em harmonia com o prazer cômico. Por essa razão, se a intenção de tornar algo cômico é comunicada a alguém, são suficientes diferenças de grau tão baixo que nem seriam notadas se ocorressem involuntariamente na experiência dessa pessoa. Quem quer que se disponha a ler um livro cômico ou vá ao teatro assistir a uma comédia deve a esta intenção sua capacidade de rir de coisas que dificilmente lhe pareceriam cômicas em sua vida normal. Em último recurso, está a recordação de ter rido e a expectativa de rir, de modo que rimos ao ver o ator cômico chegar ao palco, antes que esse último possa ter envidado algum esforço por fazer-nos rir. Por esta razão, sentimo-nos envergonhados de ter rido de tal peça, depois que ela acaba. A expectativa do cômico produz comportamentos no indivíduo com suas expectativas e planejamentos para o futuro ou situação desejada que afetam o fazer rir.

(c)       As condições desfavoráveis para o cômico procedem do tipo de atividade mental em que uma pessoa particular se ocupa no momento. O trabalho imaginativo ou intelectual, demandando a sérios objetivos, interfere com a capacidade de catexia para a descarga - catexia que a elaboração requer para seu deslocamento - de modo que apenas diferenças inesperadamente grandes na despesa são capazes de fazer irromper o prazer cômico. Especialmente desfavoráveis para o cômico são todos os tipos de processos intelectuais, suficientemente remotos do que é perceptual, para fazer chegar a um fim a mimética ideacional. O trabalho imaginativo e intelectual, demandando sérios objetivos, interfere no comportamento de rir de algo cômico e até de interpretar alguma situação como cômica através de suas contingências que moralizam o comportamento através de condições desfavoráveis.

(d)       A oportunidade de liberação do prazer cômico desaparece também se a atenção focalizar precisamente a comparação da qual o cômico pode emergir. Em tais circunstâncias o que teria, de outra forma, sido o mais seguro dos efeitos cômicos perde sua força. Um movimento ou função não pode ser cômico para uma pessoa cujo interesse se dirija para a comparação dele com um padrão que se tem anteriormente em mente. Assim o examinador não acha cômico o nonsense que o candidato produziu em sua ignorância; isso o irrita, enquanto os colegas do candidato, mais interessados na sorte que ele há de ter do que no quanto ele saiba, divertem-se francamente com o mesmo nonsense. Um instrutor de ginástica ou dança dificilmente atenta para o cômico nos movimentos de seu alunos; e um sacerdote desconsidera inteiramente o cômico nas fraquezas humanas enquanto um escritor de comédias poderá trazê-las à luz com grande efetividade. O trabalho comparativo também extingue o cômico e o comportamento de rir através da educação e da socialização.

(e)       Os afetos, disposição e atitude do indivíduo em cada caso particular, fazem compreensível que o cômico surja e se esvaia de acordo com o ponto de vista de cada pessoa particular, só havendo, em caso excepcionais, um cômico absoluto. A contingência ou a relatividade do cômico é, portanto, muito maior que a do chiste, que nunca ocorre em função da própria concordância mas é invariavelmente feito, e no qual as condições, sob as quais pode encontrar aceitação, são observáveis no momento em que é construído. O ponto de vista de cada indivíduo é capaz de determinar o cômico e o não cômico, o comportamento de rir e de não rir, através de suas regras.

(f)        Se acrescento agora que a geração do prazer cômico pode ser encorajada por algumas outras circunstâncias agradáveis acompanhantes, como se por uma espécie de efeito de contágio. O contágio do prazer cômico pode se realizar filogeneticamente através da sua espécie, ontogenéticamente através da sua individualidade, culturalmente e socialmente através das suas comunidades e famílias, filosoficamente através das suas especulações acerca do mundo e da vida, espiritualmente através da religiosidade, vivencialmente através da sua vida e das suas relações, e cosmicamente através das suas relações com o mundo, o universo e os seres do universo.

 

MATTANÓ

(18/05/2021)

 

 

 

 

 

OUTRA FORMA DE TRATAR E CURAR A PULSÃO AUDITIVA DE MATTANÓ DE

1995 (2021):

Mattanó aponta que outra forma de tratar e curar as consequências e o comportamento da

pulsão auditiva de Mattanó de 1995 é efetuar a substituição do objeto primário de descarga pelo objeto secundário de descarga, ou seja, passar do processo primário para o processo secundário do pensamento onde ocorre a troca ou substituição do objeto mais primitivo por um mais desenvolvido e sociável. Assim se temos o objeto ¨hare hama¨ e trocamos por ¨dare mama¨ ou ¨dá mamᨠque é o objeto primitivo, iremos para o objeto mais desenvolvido e sociável que é ¨hare hama¨ que é justamente o real ou o do princípio da realidade e não o do princípio do prazer que surge com ¨dare mama¨ e ¨dá mamᨠproduzindo loucura, alienação e lavagem cerebral, e até confusão mental, despersonalização e tortura.

            Outra forma de tratar e curar as consequências e o comportamento da pulsão auditiva de Mattanó de 1995 é fazendo a Teoria da Abundância de Mattanó com a substituição do objeto mais primitivo pelo mais desenvolvido e sociável, ou seja, você substitui (o objeto primário ou mais primitivo) seu comportamento, inconsciente, funcionalidade, significados e sentidos, conceitos, contextos, simbologias, conclusões e interpretações, sonhos, etc., deixa de se orientar por regras e por sua literalidade, controle e razões e passa a usar (o objeto mais desenvolvido e sociável) a sua consciência que é orientada pela atenção e pela intenção, que age como uma Hóstia Viva ou uma célula viva que age milagrosamente transformando tudo e o meio ambiente de forma que você fique adaptado e adquira liberdade para viver e liberdade para aprender e ensinar a viver.

 

            MATTANÓ

            (18/05/2021)

 

 

 

 

 

 

O cômico da sexualidade e da obscenidade mereceriam consideração mais detalhada, mas podemos apenas aflorá-lo aqui com alguns comentários. O ponto de partida seria, uma vez mais [como no caso dos chistes obscenos, em [1]], o desnudamento. Um desnudamento eventual tem em nós um efeito cômico porque comparamos a facilidade com que desfrutamos essa visão com a grande despesa, que de outro modo nos seria solicitada para atingir esse fim. Assim, o caso se aproxima do inocentemente cômico, mas é mais simples. Todo desnudamento de uma terceira pessoa nos faz espectadores (ou audiência no caso do smut) e equivale a tornar cômica a pessoa desnudada. Verificamos que é tarefa dos chistes tomar o lugar do smut, abrindo, novamente, o acesso a uma fonte perdida de prazer cômico. Oposto a isso, o presenciamento de um desnudamento não é um caso de cômico para a testemunha, porque seu próprio esforço em fazer isso veda-lhe a condição determinante do prazer cômico: nada resta além do prazer sexual do que é visto. Se a testemunha o descreve a alguém, a pessoa que foi testemunhada torna-se cômica outra vez, porque predomina o sentido de que a última omitiu a despesa necessária para ocultar sua intimidade. Fora isto, as esferas da sexualidade e da obscenidade oferecem a maior ocasião para a obtenção do prazer cômico juntamente com uma agradável excitação sexual; pois elas podem mostrar os seres humanos em sua dependência das funções corporais (degradação) ou podem revelar os requisitos físicos subjacentes à proclamação do amor mental (desmascaramento).

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que todo desnudamento de uma terceira pessoa nos faz espectadores (ou audiência no caso do smut) e equivale a tornar cômica a pessoa desnudada. Verificamos que é tarefa dos chistes tomar o lugar do smut, abrindo, novamente, o acesso a uma fonte perdida de prazer cômico. O cômico na sexualidade e na obscenidade aparece no desnudamento e que esse desnudamento testemunhado não é um caso de cômico para a testemunha pois seu próprio esforço em fazer isso veda-lhe a condição determinante do prazer cômico, mas quando a testemunha descreve alguém, a pessoa que foi testemunhada torna-se cômica, pois predomina o sentido de que a última omitiu a despesa necessária para ocultar a sua intimidade. Fora isto, as esferas da sexualidade e da obscenidade oferecem a maior ocasião para a obtenção do prazer cômico juntamente com uma agradável excitação sexual; pois elas podem mostrar os seres humanos em sua dependência das funções corporais (degradação) ou podem revelar os requisitos físicos subjacentes à proclamação do amor mental (desmascaramento).

Mattanó aponta que todo desnudamento de uma terceira pessoa nos faz espectadores (ou audiência no caso do smut) e equivale a tornar cômica a pessoa desnudada. Verificamos que é tarefa dos chistes tomar o lugar do smut, abrindo, novamente, o acesso a uma fonte perdida de prazer cômico. O cômico na sexualidade e na obscenidade aparece no desnudamento e que esse desnudamento testemunhado não é um caso de cômico para a testemunha pois seu próprio esforço em fazer isso veda-lhe a condição determinante do prazer cômico, mas quando a testemunha descreve alguém, a pessoa que foi testemunhada torna-se cômica, pois predomina o sentido de que a última omitiu a despesa necessária para ocultar a sua intimidade. Fora isto, as esferas da sexualidade e da obscenidade oferecem a maior ocasião para a obtenção do prazer cômico juntamente com uma agradável excitação sexual; pois elas podem mostrar os seres humanos em sua dependência das funções corporais (degradação), pois as funções corporais buscam a homeostase consumindo energia corporal ou podem revelar os requisitos físicos subjacentes à proclamação do amor mental (desmascaramento) que é o trabalho mental de interpretação do inconsciente. A degradação e o desmascaramento agem sustentando uma a outra favorecendo a homeostase e o bem-estar bio-psico-social de cada indivíduo. A degradação e o desmascaramento possibilitam a formação dos significados, dos sentidos, dos conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, simbologias, topografias, linguagens, gestalts e insights, relações sociais, chistes, fantasias, atos falhos, lapsos de linguagem, esquecimentos, pressupostos e subentendidos, piadas e humor, afetividade, arquétipos, filogênese, ontogênese, cultura, espiritualidade, vida e universo, sonhos, desejos e desejos de dormir, conteúdos latentes e conteúdos manifestos, vida anímica, imunidade, homeostase, genótipo e fenótipo, história de vida, conclusões e interpretações finais, etc..

 

MATTANÓ

(19/05/2021)

 

 

 

 

 

Bastante surpreendentemente, encontramos no encantador e sugestivo volume de Bergson, Le rire, um convite a que procuremos uma compreensão do cômico em sua psicogênese. Já entramos em contato (ver em [1]) com as fórmulas de Bergson para captar as características do cômico: ‘mecanisation de la vie‘, ‘substitution quelconque de l’artificiel au naturel’. Percorre ele um curso plausível de pensamentos desde o automatismo até o autômato, e tenta atribuir inúmeros efeitos cômicos a esmaecidas recordações de um brinquedo infantil. Nesta conexão, chega em certo momento a um ponto de vista que, é verdade, ele logo abandona: esforça-se por explicar o cômico como um efeito posterior das alegrias da infância. ‘Peut-être même devrions-nous pousser la simplification plus loin encore, remonter à nos souvenirs les plus anciens, chercher dans les jeux qui amusèrent l’enfant la première ébauche des combinaisons qui font rire l’homme… Trop souvent surtout nous méconnaissons ce qu’il y a d’encore enfantin, pour ainsi dire,dans la plupart de nos émotions joyeuses.’ (Bergson, 1900, 68 s.). Já que referimos os chistes aos jogos infantis com palavras e pensamentos, que tenham sido frustrados pela crítica racional (ver em [1]), não podemos deixar de nos sentir tentados a investigar as raízes infantis das quais Bergson suspeita também no caso do cômico.

Efetivamente, se examinamos a relação do cômico com a criança encontramos inúmeras conexões que parecem promissoras. As próprias crianças nunca nos parecem cômicas de qualquer modo, embora sua natureza satisfaça todas as condições que, comparadas a nossa própria natureza, produzem uma diferença cômica: a despesa excessiva no movimento tanto quanto a pequena despesa intelectual, o domínio das funções mentais pelas corporais, e outras características. Uma criança só produz um efeito cômico em nós quando se conduz não como uma criança mas como um adulto sério, produzindo então o mesmo efeito que outras pessoas que se disfarçassem. Mas na medida em que permanece fiel à sua natureza infantil, sua percepção fornece-nos um prazer puro, que talvez nos evoque levemente o cômico. Nós a chamamos ingênua, na medida em que demonstra faltar-lhe inibição, e descrevemos como ingenuamente cômicas suas enunciações que, em outra pessoa, deveriam ser julgadas obscenidades ou chistes.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o cômico e as crianças. Entende ele que as crianças só são cômicas quando imitam aos adultos sérios, produzindo o mesmo efeito que outras pessoas que se disfarçam; suas enunciações são ingênuas e demonstram inibição, porém em outras pessoas adultas podem ser julgadas como obscenidades ou chistes.

Mattanó aponta sobre o cômico e as crianças. Entende ele que as crianças só são cômicas quando imitam aos adultos sérios, produzindo o mesmo efeito que outras pessoas que se disfarçam; suas enunciações são ingênuas e demonstram inibição, porém em outras pessoas adultas podem ser julgadas como obscenidades ou chistes. As crianças não estão preparadas para a vida sexual adulta, seja em termos psíquicos, morais, físicos e/ou sexuais, por isso são ingênuas e carecem de educação, cuidado, proteção e socialização, para que o seu desenvolvimento seja normal e livre de abuso e de exploração sexual, livre de pedofilia e de estupro de vulnerável, livre de corrupção de menores.

 

MATTANÓ

(19/05/2021)

 

 

 

 

 

 

Por outro lado, as crianças carecem do sentimento do cômico. A asserção parece simplesmente dizer que tal sentimento, como muitas outras coisas, só se inicia em certo ponto do curso de desenvolvimento mental; isso não seria absolutamente surpreendente, em especial quando se tem que admitir que tal sentimento já segue claramente em uma idade que devemos considerar como infantil. Não obstante, pode demonstrar que a asserção de que falta às crianças o sentimento do cômico contém mais que elementos auto-evidentes. Em primeiro lugar, é fácil verificar que não poderia ser de outra forma se está correta nossa concepção que deriva o sentimento cômico de uma diferença na despesa, originária do processo de compreensão de uma outra pessoa. Tomemos novamente o cômico no movimento como exemplo. A comparação que fornece a diferença exprime-se (estabelecida em fórmulas conscientes): ‘Assim o faz ele’ ‘Assim devo fazê-lo, assim o faço’. Mas uma criança não dispõe do padrão contido na segunda sentença; compreende simplesmente por imitação: ele o faz exatamente da mesma maneira. A educação da criança apresenta-lhe um padrão; ‘assim se deve fazer’. Se agora ele utiliza o padrão ao fazer a comparação, concluirá facilmente: ‘ele não o faz certo’ e ‘eu posso fazê-lo melhor.’ Neste caso, ri-se de outra pessoa, no sentimento de sua própria superioridade. Nada nos impede de derivar esse riso também de uma diferença na despesa; mas analogamente aos casos em que rimos de pessoas que encontramos, podemos inferir que o sentimento cômico não está presente no riso de superioridade da criança. Esse é um riso de puro prazer. Em nosso próprio caso, quando fazemos um juízo nítido de nossa própria superioridade, simplesmente sorrimos em vez de rir, ou, se rimos, podemos apesar disso, distinguir a conscientização de nossa superioridade da comicidade que nos faz rir (ver em [1] e [2]).

É provavelmente correto dizer que as crianças riem de puro prazer em uma variedade de circunstâncias que sentimos ‘cômicas’ e das quais não podemos achar o motivo, enquanto que os motivos da criança são claros e podem ser formulados. Por exemplo, se alguém escorrega na rua e cai, rimo-nos porque a impressão - não sabemos por que - é cômica. Uma criança ri no mesmo caso devido a um sentimento de superioridade ou Schadenfreud: ‘Você caiu, eu não’. Certos motivos de prazer das crianças parecem perdidos para nós, adultos, e ao contrário, na mesma circunstância, temos um sentimento ‘cômico’ em substituição ao perdido.

 

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o homem adulto ri por superioridade em determinados contextos e que a crianças nestes contextos não o faz por superioridade, mesmo o imitando, mas o faz por prazer, por ingenuidade.

Mattanó aponta que o homem adulto ri por superioridade em determinados contextos e que a crianças nestes contextos não o faz por superioridade, mesmo o imitando, mas o faz por prazer, por ingenuidade, e que os seus significados e sentidos serão inibidos e ingênuos, ou seja, infantis, enquanto que o do homem adulto será de superioridade.

 

MATTANÓ

(19/05/2021)

 

 

 

Mattanó aponta que o riso de uma criança por seu inibido e ingênuo, infantil, impossibilita a sua libidinização e sexualização conforme propõem as ideias e algumas Teorias da Pulsão Auditiva de Mattanó a partir de 1995, mas nem todas as Teorias sobre a Pulsão Auditiva, pois nunca ficou muito claro para o autor dessas teorias se a criança acredita ou não acredita e se pensa ou se não pensa nessas ideias sexuais e libidinosas e violentas, até porque o autor acompanha o crescimento e o desenvolvimento de várias crianças de sua família e muito pouco percebe deste comportamento, que por sinal só é evocado quando há associação com o de um adulto e por meio da telepatia e da lavagem cerebral, da violência e da tortura, do estupro virtual e da invasão da intimidade e da privacidade, fora estas poucas provas não acredito muito mais ter testemunhado e sempre acreditei que a criança acredita e decodifica a mensagem e o mundo objetal ao seu modo, de acordo com sua capacidade comportamental, psíquica e cognitiva, e até social e emocional, ou seja, que a vida mune cada fase da vida com suas defesas psíquicas, mesmo que seja a ingenuidade no começo da vida e a demência no final da vida ou o trabalho, a família e a privacidade, a produtividade no meio da vida.

 

MATTANÓ

(19/05/2021)

 

 

 

 

TEORIA DA ABUNDÂNCIA DE MATTANÓ (2021):

Mattanó aponta que a sua Teoria da Abundância permite compreender que o eu do indivíduo é a eternidade e o tempo em sua consciência, pois nada se perde, nada se cria, tudo se transforma na Criação! É na consciência que o indivíduo deslumbra a eternidade e o tempo e assim se transforma na Criação!

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

Se se pudesse generalizar, seria muito atraente colocar a característica específica do cômico, que estamos procurando, em um despertar da infância - considerar o cômico como o ‘último riso da infância’ restabelecido. Podia-se então dizer: ‘Rio-me da diferença da despesa entre uma outra pessoa e eu próprio cada vez que redescubro a criança nela’. Ou, posto mais exatamente, a completa comparação que leva ao cômico seria: ‘Assim ele o faz - Eu o faço de outro modo -, ele o faz como eu costumava fazê-lo em criança’.

Assim o riso se aplicaria à comparação entre o ego do adulto e o ego da criança. Mesmo a falta de uniformidade na diferença cômica - o fato que me parece cômico é uma despesa ora maior, ora menor (ver em [1]) - se adequaria ao determinante infantil; de fato o que é cômico, o é invariavelmente do lado do infantil.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o cômico é um despertar da infância, onde eu o faço como eu costumava fazê-lo em criança. O riso se aplicaria à comparação entre o ego adulto e o ego da criança.

Mattanó aponta que o cômico é um despertar da infância, onde eu o faço como eu costumava fazê-lo em criança. O riso se aplicaria à comparação entre o ego adulto e o ego da criança. Através do cômico o indivíduo restabelece seu lado infantil, inclusive seus comportamentos, linguagem, significados e sentidos para tal contexto como costumava fazê-lo em criança.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

Isso não é contraditado pelo fato de que, quando as próprias crianças são objeto da comparação, elas não me dão uma impressão cômica, mas puramente agradável; nem é contraditado porque a comparação com o infantil apenas produz um efeito cômico quando qualquer outro uso da diferença é evitado. Pois essas são matérias referentes às condições que controlam a descarga. O que quer que coloque um processo psíquico em conexão com outros opera contra a descarga da catexia excessiva e a põe a serviço de outro uso; o que quer que isole um ato psíquico encoraja a descarga (ver em [1]). Uma atitude consciente para com as crianças como objetos da comparação impossibilita portanto a descarga necessária ao prazer cômico. Somente quando a catexia é pré-consciente (ver em [2]) há uma aproximação com o isolamento tal que, incidentalmente, podemos atribuí-la aos processos mentais também nas crianças. O acréscimo à comparação (‘Assim o fiz também quando criança’), da qual deriva o efeito cômico, só entraria assim em consideração na medida em que estivessem envolvidas diferenças de magnitude médias, e nenhum outro nexo pudesse se apoderar do excesso liberado.

Se prosseguimos com nossas tentativa de descobrir a essência do cômico em uma conexão pré-consciente com o infantil, devemos dar um passo além de Bergson e admitir que a comparação não necessita, para produzir o cômico, despertar os antigos prazeres e o jogo infantil; bastará para isso tocar na natureza infantil em geral e talvez, mesmo, no sofrimento infantil. Aqui nos afastamos de Bergson mas permanecemos em concordância com nós próprios, ao conectarmos o prazer cômico não a um prazer recordado, mas, novamente, a uma comparação. Pode ser que os casos da primeira espécie [conectados ao prazer recordado] coincidam com o irresistível e invariavelmente cômico (ver em [1]).

Recordemos neste ponto o esquema em que detalhávamos anteriormente (ver em [2]) as várias possibilidades cômicas. Dizíamos que a diferença cômica era encontrada alternativamente!

(a) por uma comparação entre uma outra pessoa e eu,

(b) por uma comparação inteiramente no interior da outra pessoa,

(c) por uma comparação inteiramente no interior do eu.

No primeiro destes casos a outra pessoa me apareceria como uma criança; no segundo ela se reduziria à criança; no terceiro eu descobriria a criança em mim.

[a] O primeiro caso incluiria o cômico do movimento e da forma, do funcionamento mental e do caráter. Os fatores infantis correspondentes seriam o impulso ao movimento e o desenvolvimento moral e mental inferior da criança. Assim, por exemplo, uma pessoa estúpida seria cômica para mim, na medida em que me lembrasse uma criança preguiçosa, e seria uma má pessoa se me lembrasse uma criança mal comportada. Só se poderia falar de um prazer infantil perdido para o adulto no caso em que a própria alegria da criança no movimento fosse envolvida.

[b] O segundo caso, em que o cômico depende inteiramente da ‘empatia’, inclui as mais numerosas possibilidades - o cômico da situação, da exageração (caricatura), da mímica, da degradação e do desmascaramento. Este é o caso em que se comprova mais útil o ponto de vista infantil. Pois o cômico da situação é maximamente baseado no embaraço, no qual redescobrimos o desamparo infantil. O pior do embaraço, a interferência de peremptórias solicitações das necessidades naturais em outras funções, corresponde ao incompleto controle pela criança de suas funções corporais. Onde o cômico da situação opera por meio da repetição, baseia-se no peculiar prazer da criança na repetição constante (de pergunta, histórias) que a tornam um aborrecimento para o adulto (ver em [1]) A exageração, que ainda proporciona prazer aos adultos na medida em que a capacidade crítica lhe possa achar uma justificação, é conectada à falta de senso de proporção, peculiar à criança, tanto quanto sua ignorância de todas as relações quantitativas, que vem a conhecer depois das qualitativas. O uso da moderação e do controle, mesmo no caso de impulsos permitidos, é um tardio fruto da educação, adquirido pela mútua inibição das atividades mentais reunidas em uma combinação. Onde tais combinações são enfraquecidas, como no inconsciente dos sonhos ou no monoteísmo das psiconeuroses, a falta de moderação infantil ressurge.

Constatamos dificuldades relativamente grandes na compreensão do cômico na mímica enquanto deixamos o fator infantil fora da descrição. Mas a mímica é a melhor das artes infantis e o motivo diretor da maior parte de seus jogos. A ambição da criança é bem menos se exaltar entre seus iguais do que a imitação dos adultos. A relação das crianças com os adultos é também a base do cômico da degradação, que corresponde à condescendência mostrada pelos adultos em sua atitude relativa à vida das crianças. Pouca coisa dá à criança maior prazer que o fato de um adulto rebaixar-se a seu nível, renunciando à opressiva superioridade e brincando com ela como um seu igual. Esse alívio, que dá à criança um puro prazer, torna-se nos adultos, sob a forma da degradação, um meio de tornar as coisas cômicas e uma fonte do prazer cômico. No que se refere ao desmascaramento, sabemos que remete à degradação.

[c] Encontramos maiores dificuldades em descobrir a base infantil do terceiro caso, o cômico da expectativa, o que inegavelmente explica por que as autoridades que consideraram primeiro este caso em sua discussão do cômico, não encontraram nenhuma ocasião de levar em conta o fator infantil no cômico. O cômico da expectativa é sem dúvida o mais remoto nas crianças; a capacidade de captá-lo é a última a aparecer. Na maior parte dos casos que parecem cômicos a um adulto, uma criança sentiria apenas desapontamento. Podíamos entretanto tomar a faculdade de expectativa ansiosa da criança e sua credulidade como base para compreendermos o fato de parecermos a nós mesmos cômicos ‘como uma criança’ quando deparamos com um desapontamento cômico.

O que dissemos pareceria sugerir uma certa probabilidade de tradução do sentimento cômico assim formulada: ‘As coisas cômicas são aquelas impróprias para um adulto’. Não me sinto apesar disso audaz o bastante para, em virtude de minha atitude global com relação ao problema do cômico, defender esta última asserção com tanta seriedade quanto as anteriores. Sou incapaz de decidir se a degradação à infância é apenas um caso especial de degradação cômica, ou se tudo que é cômico baseia-se fundamentalmente na degradação à infância.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o cômico e as suas possibilidades cômicas:

(a) por uma comparação entre uma outra pessoa e eu,

(b) por uma comparação inteiramente no interior da outra pessoa,

(c) por uma comparação inteiramente no interior do eu.

E termina explicando que:  ‘As coisas cômicas são aquelas impróprias para um adulto’.

Mattanó aponta que as possibilidades cômicas são aquelas impróprias para um adulto e que assim depende do desenvolvimento cognitivo:

No período Sensório-Motor (0 a 2 anos) onde a criança se integra com o ambiente pela imitação das regras e assim, mesmo que compreenda algumas palavras no final deste período só será capaz da fala imitativa, deste modo seu comportamento e sua adaptação as conseqüências apresentar-se-ão pela imitação, seu contentamento poderá ser seu primeiro episódio manifesto de transcendência, através dos seus Heróis ela adquirirá a fala imitativa, a fala imitativa aprendendo a nomear os objetos internos e externos à ajuda a solucionar seus problemas, por exemplo, com o Novo Coronavírus, como os sintomas. No período Pré-Operatório (2 a 7 anos) acontece o aparecimento da linguagem e assim modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança, o pensamento se acelera, surgem sentimentos inter-individuais como o respeito pelos que julga seus superiores, um misto de amor e temor, a moral da obediência, deste jeito o sofrimento e o contentamento, o trabalho e a economia e a globalização já fazem significado e sentido, estará a aprender o seus conceitos que  se modificam através da obediência, a obediência, o respeito e o amor trazem parte da transcendência que ficarão marcados em sua memória, ou seja, em sua adaptação, através de seus ritos com a linguagem e intelectualidade, afetividade e vida social ela experimentará sentimentos inter-individuais e compreenderá  a obediência, a obediência é fundamental para a prática dos ritos e dos Heróis, os sentimentos, a obediência e o respeito, a aprendizagem, a linguagem e a intelectualidade a ajudará a lidar com o Novo Coronavírus e seus problemas como os sintomas e o tratamento. No período de Operações Concretas (dos 7 aos 11 anos) onde a criança começa a usar a lógica e o raciocínio de modo elementar, o sofrimento e o contentamento se dão de  modo lógico e elementar,  a transcendência depende agora do raciocínio lógico e elementar, haverá aqui não somente significado, sentido mas também  conceito de trabalho, economia e globalização para a criança, seus Heróis adquirem elementos e lógica, raciocínio, seus ritos também, a lógica e o raciocínio elementar ajudam a criança a lidar com o Novo Coronavírus e seus problemas e inclusive com o tratamento e suas consequências; o domínio completo se dá no último estágio, o de Operações Formais (após os 12 anos), aqui o sofrimento e o contentamento, o trabalho, a economia e a globalização tornam-se hipotéticos-dedutivos, a transcendência aplica-se hipotética-dedutivamente, seus Heróis tornam-se hipóteses e deduções, abstrações, e seus rituais também. Pode-se dizer que após os 12 anos surge o pensamento hipotético-dedutivo, que lhe proporciona ser capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não apenas da observação real compreendendo seus problemas e os dos outros como a indecência sexual, moral, mental, física, social e/ou pública, coisas objetivas e subjetivas, nesta fase a criança aprende a lidar hipotética-dedutivamente com o Novo Coronavírus e seus problemas, porém após os 60 anos de idade o indivíduo poderá começar a apresentar demência e outras doenças que diminuirão sua capacidade hipotética-dedutiva surgindo novos e velhos problemas ligados à decadência física, mental, moral, sexual, social e pública, a transcendência decai cognitivamente, seus Heróis são afetados pela decadência e pela generosidade, seus rituais também, aqui o idoso lida com seus recursos cada vez mais limitados através da demência, com o Novo Coronavírus e seus problemas. Assim a indecência liga-se ao fato de o sujeito descobrir em si à capacidade hipotética-dedutiva e fazer mal uso dela, por exemplo como bullying ou incentivo de violência como o bullying na escola, na igreja, no trabalho, na política, na família, nas amizades, etc.. Deste modo finalizo que pode haver uma nova fase Cognitiva da 3ª Idade onde decaem suas forças físicas e intelectuais, sendo contudo mais vítima do que agressor por causa da demência e decadência existencial, aqui  o sofrimento e o contentamento, o trabalho, a economia e a globalização podem reencontrar a demência. Devemos entender ainda que haja diferenças entre bullying e demência ou alienação mental, no bullying a pessoa é consciente e na demência e alienação mental a pessoa é incapaz de lidar com seu mundo adequadamente e por isso deve ser protegida pelo Estado, pela sociedade e pela família. A demência e alienação mental podem ocorrer em qualquer fase cognitiva, desde bebê até a morte, devo salientar isto. Assim o rito onde há sofrimento e o contentamento é imitativo no primeiro período, depois surgem sentimento inter-individuais e de respeito e de obediência, depois no terceiro período a criança usa a lógica e o raciocínio para elaborar o sofrimento e o contentamento e adaptação, depois  é capaz de efetuar conclusões de puras hipóteses que lhe permitam elaborar o luto e finalmente na 3ª Idade na demência e da decadência e/ou na alienação a pessoa perde ou começa a perder contato com a realidade objetiva, ou seja, com o mundo real, sua cognição se volta para a demência, decadência, alienação e confusão mental e morte. Contudo não estamos a salvo dos Monstros, enfim... Nestas últimas Fases Cognitivas ficarão as informações marcadas na memória e assim será a sua adaptação de 3 formas: fisiológica, morfológica e comportamental. E terminamos especulando que a aprendizagem infantil e cognitiva antes da vida adulta reserva surpresas para a vida adulta, dentre elas o bullying e a demência, e também o cômico que é justamente o olhar para o passado infantil e interpretá-lo de forma cômica através de uma comparação com a vida adulta que termina com a informação e o insight de que isso é impróprio para um adulto! Mesmo que tipicamente decorrente de cada fase cognitiva do seu desenvolvimento, esse comportamento é impróprio para um adulto!

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

Uma inquisição do cômico, ainda que superficial, seria gravemente incompleta se não achasse lugar para, no mínimo, alguns comentários sobre o humor. O parentesco essencial entre os dois é tão pouco aberto à dúvida que uma tentativa de explicar o cômico está ligada a fazer pelo menos alguma contribuição à compreensão do humor. Embora muito de pertinente e impressionante já tenha sido apresentado na apreciação do humor (que, sendo ele próprio uma das mais altas manifestações psíquicas, desfruta do particular favor dos pensadores) não podemos evitar uma tentativa de abordar sua natureza a partir de nossas fórmulas para os chistes e para o cômico.

Já vimos (ver em [1]) que a liberação de afetos aflitivos é o maior obstáculo à emergência do cômico. Tão logo o movimento inútil produza um dano, ou a estupidez leve à maldade, ou o desapontamento cause dor, a possibilidade de um efeito cômico chega ao fim. Isto é verdade, em todos os casos, para alguém que não pode evitar tal desprazer, que é propriamente sua vítima ou obrigado a compartilhá-lo; enquanto isso uma pessoa não envolvida mostra, por sua conduta, que a situação em questão contém tudo o que se requer para um efeito cômico. Ora, o humor é um meio de obter prazer apesar dos afetos dolorosos que interferem com ele; atua como um substitutivo para a geração destes afetos, coloca-se no lugar deles. As condições para seu aparecimento são fornecidas se existe uma situação na qual, de acordo com nossos hábitos usuais, devíamos ser tentados a liberar um afeto penoso e então operam sobre este motivos que o suprimem in statu nascendi. Nos casos ora mencionados a pessoa que é vítima da ofensa, dor etc. pode obter um prazer humorístico, enquanto a pessoa não envolvida ri sentindo um prazer cômico. O prazer do humor, se existe, revela-se - não podemos dizer de outra forma - ao custo de uma liberação de afeto que não ocorre: procede de uma economia na despesa de afeto.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o humor é uma forma de obter prazer apesar dos afetos dolorosos que interferem com ele, atua como um substituto para a geração destes afetos, coloca-se no lugar destes.

Mattanó aponta que o humor é uma forma de obter prazer apesar dos afetos dolorosos que interferem com ele, atua como um substituto para a geração destes afetos, coloca-se no lugar destes. O humor produz um prazer por substituição com a ajuda dos significados e dos sentidos, inclusive do contexto, da linguagem e do comportamento.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

O humor, entre as espécies do cômico, é a mais facilmente satisfeita. Completa seu curso dentro de uma única pessoa; a participação de alguma outra nada lhe acrescenta. Posso guardar a fruição do prazer humorístico que em mim se originou sem sentir obrigação de comunicá-lo. Não é fácil dizer o que acontece em uma pessoa quando o prazer humorístico é gerado; podemos entretanto obter algum insight se examinamos os casos em que o humor é comunicado ou compartilhado, casos em que, pela compreensão da pessoa humorística, chegamos ao mesmo prazer que o seu. O mais tosco dos casos de humor - aquele conhecido como Galgenhumor (literalmente, ‘humor particular’) - pode ser instrutivo nesta conexão. Um vagabundo que estava sendo levado à execução em uma segunda-feira, comentou: ‘É, a semana está começando otimamente’. Este é efetivamente um chiste, já que o comentário é bem adequado em si mesmo, mas por outro lado está deslocado de uma maneira absurda, já que para o próprio sujeito não haveria eventos ulteriores naquela semana. Mas o humor está envolvido na confecção de tal chiste - isto é, ao desrespeitar o que distingue o início dessa semana de todas as outras, ao negar a distinção que podia originar-se, motiva emoções bastante especiais. O mesmo caso ocorre quando o vagabundo em seu caminho para o execução pede um lenço para cobrir a garganta de modo a não pegar um resfriado - precaução em outras circunstâncias louvável mas que, em vista do que tão brevemente se reserva a seu pescoço, torna-se notavelmente supérflua e desimportante. Deve-se confessar que há nessa blague algo como que magnanimidade na tenacidade com que o homem se agarra a seu habitual, recusando tudo que possa destruir esse eu e levá-lo ao desespero. Essa espécie de grandeza do humor aparece inequivocamente em casos onde nossa admiração não é inibida pelas circunstâncias da pessoa humorística.

No Hernani de Victor Hugo, o bandido que se envolvera em uma conspiração contra seu rei, Carlos I da Espanha (o Imperador Carlos V), caiu em mãos de seu poderoso inimigo. Réu de alta traição, prevê que seu destino é perder a cabeça. Mas esse conhecimento prévio não o impede de dar-se a conhecer como um Grande Herdeiro da Espanha, declarando que não tem a intenção de renunciar a qualquer dos privilégios que lhe são devidos. Um Grande da Espanha tinha o direito de manter-se coberto perante seu senhor real. Muito bem, pois:

 

‘…Nos têtes ont le droit’

De tomber couvertes devant de toi.’

 

Isto é humor em grande escala e se, quando o ouvimos, não nos rimos é porque nossa admiração sobrepuja o prazer humorístico. No caso do vagabundo que recusa resfriar-se no trajeto para a execução rimos francamente. A situação que devia levar o criminoso ao desespero poderia suscitar intensa compaixão em nós; mas tal compaixão é inibida porque compreendemos que o diretamente interessado não se preocupa com a situação. Em conseqüência dessa compreensão, a despesa com a compaixão, já preparada, torna-se inutilizável e podemos descarregá-la, rindo. Estamos como que contagiados pela indiferença do vagabundo - embora notemos que isso lhe custa um grande dispêndio de trabalho psíquico.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o humor explora situações de desespero e imensa compaixão oferecendo respostas indiferentes que produzem descarga de riso.

Mattanó aponta que o humor explora situações de desespero e imensa compaixão oferecendo respostas indiferentes que produzem descarga de riso. O trabalho psíquico tenta diminuir o dispêndio de energia psíquica, por exemplo, através da resistência ou da distorção que podem produzir conteúdos que alterem o comportamento do indivíduo numa situação.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

A economia da compaixão é uma das mais freqüentes fontes do prazer humorístico. O humor de Mark Twain geralmente opera com esse mecanismo. Descrevendo a vida de seu irmão, por exemplo, ele nos conta que, em certa época, este trabalhara em uma grande empresa de construção de estradas. A explosão prematura de uma mina lançou-o ao ar, indo cair em local muito distante de onde estivera trabalhando. Somos levados a sentir simpatia pela vítima do acidente e gostaríamos de saber se acaso fora ferido. Mas quando, a história continuando, somos informados de que seu irmão fora descontado em meio dia de serviço, em seu salário, por ‘estar ausente do lugar de serviço’, somos distraídos de nossa compaixão e tornamo-nos quase tão duros de coração como o capataz, quase tão indiferentes ao possível dano à saúde do irmão. Em outra ocasião, Mark Twain apresenta-nos sua árvore genealógica, que remonta até a um dos companheiros de viagem de Colombo. Descreve então o caráter deste ancestral e como sua bagagem consistia de várias peças de roupa para lavar, cada uma das quais com uma marca de lavanderia diferente - aqui não podemos evitar de rir à custa da economia dos sentimentos de piedade com que nos preparáramos para o início dessa história de família. O mecanismo do prazer humorístico não sofre interferência do fato de que saibamos que este pedigree é fictício e que tal ficção serve ao propósito satírico de desnudar os embelezamentos de semelhantes descrições por outras pessoas: é tão independente dessa condição que deve ser real no caso de tornar as coisas cômicas (ver em [1]). Em ainda outra história, Mark Twain narra que seu irmão construiu um abrigo subterrâneo coberto por um grande pedaço de vela de navio com um furo no meio, para a qual levou uma cama, uma mesa e uma lâmpada. À noite, entretanto, terminada a cabana, uma vaca que estava sendo recolhida caiu pela abertura do teto sobre a mesa e apagou a lâmpada. Seu irmão, pacientemente, ajudou o animal a sair e restabeleceu a instalação novamente. Na noite seguinte a mesma interrupção ocorreu e seu irmão comportou-se como na véspera. E assim sucedeu cada noite. A repetição torna a história cômica, mas Mark Twain termina narrando que na quadragésima sexta noite, quando a vaca caiu outra vez, seu irmão finalmente comentou: ‘A coisa está começando a tornar-se monótona’. A este ponto, o prazer humorístico não pode ser bloqueado pois o que esperávamos, há muito, era ouvir que este obstinado conjunto de desgraças tornaria o seu irmão zangado. Efetivamente as pequenas contribuições de humor que produzimos nós próprios são, em regra, efetuadas à custa da raiva - em vez de nos zangarmos.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a economia da compaixão é uma das mais freqüentes fontes do prazer humorístico.

Mattanó aponta que a economia da compaixão é uma das mais freqüentes fontes do prazer humorístico, devido aos significados e sentidos que ela produz.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

As espécies de humor são extraordinariamente variadas de acordo com a natureza da emoção economizada em favor do humor: compaixão, raiva, dor, ternura etc. Este número parece restar incompleto porque o reino do humor é constantemente alargado quando um artista ou escritor consegue submeter emoções até então inconquistadas ao controle do humor, tornando-as, através dos dispositivos que comparecem em nossos exemplos, fontes do prazer humorístico. Os artistas em Simplicissimus, por exemplo, obtêm resultados espantosos ao fazer humor à custa do horror ou do repulsivo. As formas em que o humor se manifesta, são ademais, determinadas por duas peculiaridades conectadas com as condições sob as quais é gerado. O humor pode, em primeiro lugar, aparecer misturado a um chiste ou a alguma espécie do cômico; neste caso, sua tarefa é livrar-se de uma possibilidade implícita na situação: que possa ser gerado um afeto que interfira com o resultado gratificante. Em segundo lugar, pode deter a geração desse afeto inteiramente ou apenas parcialmente; esse último é o caso mais comum já que é o mais fácil de levar a cabo, produzindo as várias formas de humor ‘interrompido’ - o humor do sorriso entre lágrimas. Retira parte de sua energia do afeto e em troca lhe dá um toque de humor.

O prazer humorístico derivado de simpatia origina-se, como se pode verificar nos exemplos acima, de uma técnica peculiar comparável ao deslocamento, através da qual a liberação de afeto, para o qual já nos preparávamos, é desapontada, desviando-se a catexia para algo mais, freqüentemente para algo de importância secundária. Mas isso não nos ajuda a compreender o processo pelo qual o deslocamento da geração de afeto ocorre na própria pessoa humorística. Podemos constatar que o receptor imita o criador do humor em seus processos mentais, mas isso nada nos diz sobre as forças que possibilitam o processo no último.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o prazer humorístico derivado da simpatia origina-se de uma técnica comparável ao deslocamento através da liberação de afeto.

Mattanó aponta que o prazer humorístico derivado da simpatia origina-se de uma técnica comparável ao deslocamento através da liberação de afeto. O receptor imita o criador do humor.

E o prazer humorístico derivado da antipatia origina-se da técnica comparável ao deslocamento através da liberação de afeto. O receptor também imita o criador do humor.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

Podemos dizer apenas que se, por exemplo, alguém obtém êxito em descartar um afeto doloroso ao refletir sobre a grandeza dos interesses do universo, comparados à sua própria pequenez, não consideramos isso como uma produção de humor mas de pensamento filosófico e, se nos introduzimos nesse curso de pensamento, não obtemos nenhum prazer. O deslocamento humorístico só é possível quando é ofuscada a atenção consciente, tal como no caso da comparação cômica (ver em [1]); como essa última, está preso à condição de permanecer pré-consciente ou automático.

 

Obteremos alguma informação sobre o deslocamento humorístico se o encaramos à luz de um processo defensivo. Os processos defensivos são os correlativos psíquicos de um reflexo de fuga e realizam a tarefa de impedir a geração do desprazer a partir de fontes internas. Ao cumprir esta tarefa servem aos eventos mentais como uma espécie de regulação automática, que no fim, incidentalmente, torna-se prejudicial e tem que ser sujeitada ao pensamento consciente. Indiquei uma forma particular dessa defesa, a repressão fracassada, como o mecanismo operativo do desenvolvimento das psiconeuroses. O humor pode ser considerado como o mais alto desses processos defensivos. Ele desdenha retirar da atenção consciente o conteúdo ideacional que porta o afeto doloroso, tal como o faz a repressão, e assim domina o automatismo da defesa. Realiza isto descobrindo os meios de retirar energia da liberação de desprazer, já em preparação, transformando-o pela descarga em prazer. É mesmo concebível que isso possa estar novamente em conexão com o infantil, que lhe coloca à disposição os meios para executá-lo. Apenas na infância existem dolorosos afetos dos quais o adulto hoje se ri - tal como o humorista ri de seus afetos dolorosos atuais. A exaltação do ego, que o deslocamento humorístico testemunha, e cuja tradução inegavelmente seria ‘sou grande demais (ou bom demais) para ser atingido por essas coisas’, pode se derivar da comparação do ego atual com o infantil. Tal concepção é, até certo ponto, apoiada pela parte desempenhada pelo infantil nos processos neuróticos de repressão.

No todo, o humor se aproxima mais do cômico que dos chistes. Partilha com o primeiro sua localização psíquica no pré-consciente, enquanto os chistes, conforme supúnhamos, são formados como um compromisso entre o inconsciente e o pré-consciente. Por outro lado, o humor não participa de uma característica comum aos chistes e ao cômico, que talvez não tenhamos enfatizado bastante. É condição necessária para a geração do cômico que nos obriguemos, simultaneamente ou em rápida sucessão, a aplicar ao único e mesmo ato de ideação dois diferentes métodos ideacionais, entre os quais se faz a comparação e a diferença cômica emerge (ver em [1]). Diferenças na despesa desse tipo originam-se entre o que pertence ao outro e ao eu, entre o que é usual e o que foi mudado, entre o que é esperado e o que acontece. No caso dos chistes, a diferença entre dois métodos simultâneos de conceber as coisas, que operam com despesa diferente, aplica-se ao processo que ocorre no ouvinte do chiste. Uma dessas concepções, acompanhando as sugestões contidas no chiste, passa pelo trajeto do pensamento através do inconsciente; a outra permanece na superfície e encara o chiste como qualquer outra verbalização que tenha emergido do pré-consciente e se tornado consciente (ver em [1]). Talvez estivéssemos justificados em representar o prazer de um chiste que escutamos como sendo derivado da diferença entre esses dois métodos de concebê-lo. Dissemos aqui que os chistes podiam ser descritos (ver em [2]) como possuindo uma cabeça de Janus, enquanto a relação entre os chistes e o cômico devia ser ainda esclarecida.

No caso do humor, a característica que apresentamos é cancelada. Assim como é verdade que sentimos prazer humorístico quando é evitada uma emoção que usualmente acompanha a situação e até esse ponto, o humor também se inclui sob o conceito ampliado do cômico da expectativa. Mas no caso do humor não se trata mais de dois métodos diferentes de conceber o mesmo assunto. O fato de que a situação seja dominada pela emoção de caráter desagradável que deve ser evitada, coloca um fim na possibilidade de compará-la com as características do cômico e dos chistes. O deslocamento humorístico é, efetivamente, um caso de despesa liberada para ser usada em outra parte - um caso que, como se demonstrou, é perigoso para efeito cômico [p. 120].

Chegamos agora ao fim de nossa tarefa, tendo reproduzido o mecanismo do humor a uma fórmula análoga àquelas referentes ao prazer cômico e aos chistes. O prazer nos chistes pareceu-nos proceder de uma economia na despesa com a inibição, o prazer no cômico de uma economia na despesa com a ideação (catexia) e o prazer no humor de uma economia na despesa com o sentimento. Em todos os três modos de trabalho do nosso aparato mental o prazer derivava de uma economia. Todos os três concordavam em representarem métodos de restabelecimento, a partir da atividade mental, de um prazer que se perdera no desenvolvimento daquela atividade. Pois a euforia que nos esforçamos por atingir através desses meios nada mais é que um estado de ânimo comum em uma época de nossa vida quando costumávamos operar nosso trabalho psíquico em geral com pequena despesa de energia - o estado de ânimo de nossa infância, quando ignorávamos o cômico, éramos incapazes de chistes e não necessitávamos do humor para sentir-nos felizes em nossas vidas.

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o prazer nos chistes pareceu-nos proceder de uma economia na despesa com a inibição, o prazer no cômico de uma economia na despesa com a ideação (catexia) e o prazer no humor de uma economia na despesa com o sentimento. Em todos os três modos de trabalho do nosso aparato mental o prazer derivava de uma economia. Todos os três concordavam em representarem métodos de restabelecimento, a partir da atividade mental, de um prazer que se perdera no desenvolvimento daquela atividade. Pois a euforia que nos esforçamos por atingir através desses meios nada mais é que um estado de ânimo comum em uma época de nossa vida quando costumávamos operar nosso trabalho psíquico em geral com pequena despesa de energia - o estado de ânimo de nossa infância, quando ignorávamos o cômico, éramos incapazes de chistes e não necessitávamos do humor para sentir-nos felizes em nossas vidas.

Mattanó aponta que o prazer nos chistes pareceu-nos proceder de uma economia na despesa com a inibição, o prazer no cômico de uma economia na despesa com a ideação (catexia) e o prazer no humor de uma economia na despesa com o sentimento. Em todos os três modos de trabalho do nosso aparato mental o prazer derivava de uma economia. Todos os três concordavam em representarem métodos de restabelecimento, a partir da atividade mental, de um prazer que se perdera no desenvolvimento daquela atividade. Pois a euforia que nos esforçamos por atingir através desses meios nada mais é que um estado de ânimo comum em uma época de nossa vida quando costumávamos operar nosso trabalho psíquico em geral com pequena despesa de energia - o estado de ânimo de nossa infância, quando ignorávamos o cômico, éramos incapazes de chistes e não necessitávamos do humor para sentir-nos felizes em nossas vidas. E para sentir-nos felizes construímos significados e sentidos, linguagem, comportamento e contexto para os chistes, para o cômico e para o humor e modo de estuda-los e interpretá-los.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)

 

 

 

 

 

APÊNDICE: ENIGMAS DE FRANZ BRENTANO

 

 

A descrição dos enigmas de Franz Brentano fornecida por Freud em [1] é tão obscura que se faz necessária uma ulterior explicação. Em 1819 Brentano (sob o pseudônimo de ‘Aenigmatias’) publicou um livreto de duzentas páginas com o título Neue Räthsel (Novos Enigmas). Incluía espécimens de vários tipos diferentes de enigmas, o último dos quais era descrito como, ‘Füllräthsel’ - ‘enigmas de completar’. Descreve estes em uma introdução ao livreto. De acordo com ele, esse tipo de enigma era um passatempo favorito na região de Main na Alemanha, mas só recentemente atingira Viena. O livreto inclui trinta exemplos de ‘enigmas de completar’, entre os quais os dois citados, não acuradamente, por Freud. Uma tradução completa deles será a maneira mais simples de tornar clara sua construção:

‘XXIV.

‘Como nosso amigo é atormentado por sua crença em premonições! Outro dia, quando sua mãe adoeceu, encontrei-o sentado sob uma árvore alta. O vento soprava através de seus ramos, de modo que algumas das folhas maiores caíam, e uma delas aconteceu de cair em seu colo. Nisso, ele caiu em pranto. Sua mãe, lamentava-se, ia morrer: das lasse ihn das herabgefallene [literalmente: isto ele foi levado pela queda] daldaldaldaldaldal.’

Resposta: ‘Platanenblatt ahnen‘ [da folha de plátano a pensar].

‘XXVIII.

Um homem do Indostão adoeceu. Seu médico estava a escrever-lhe uma receita quando foi subitamente chamado por uma mensagem urgente. Terminou de escrever a prescrição tão rápido quanto pôde e partiu para atender a outra chamada. Logo depois, chegou-lhe a notícia que o asiático, mal tomara o remédio preparado para ele, morrera em convulsões. “Pobre infeliz!” exclamou o médico, horrorizado. “O que você fez? É possível que indem du den Trank dem [literalmente: quando você a poção para o] daldaldaldaldaldal - daldaldaldaldaldal?”.’

Resposta: ‘Inder hast verschrieben, in der Hast verschrieben‘ [Indiano receitou, em sua pressa cometeu um erro de grafia].

Um espécimen inglês tornará as coisas ainda mais claras:

 

’Ladrões arrombaram uma grande peleteria. Foram interrompidos e fugiram sem levar nada mas deixando o salão de exposição em grande desordem. Quando o gerente chegou na manhã seguinte, instruiu a seus auxiliares. ‘Não importam as mercadorias mais baratas. ‘The urgent thing is to get the [literalmente: o urgente é achar as] daldal - daldal.’

Resposta: ‘first-rate fur straight [peles de primeira direitas]’.

 

 

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Para Mattanó os enigmas dizem respeito ao inconsciente e ao futuro, as premonições, um retrato do passado infantil quando a criança avançava em seu desenvolvimento psicossexual rumo ao futuro com premonições e enigmas, ou perguntas difíceis, confusas, obscuras, incoerentes, irreconciliáveis, absurdas, improváveis, indecifráveis, intangíveis, enigmáticas e provocadoras, instigadoras que eram projeto da pulsão de vida, que solucionava cada enigma com niilismo, condensação, deslocamento, comportamento ou relações sociais e insights, pois tratavam do desenvolvimento, do crescimento e do amadurecimento da criança que agora adulto revive as mesmas contingências em contextos semelhantes.

 

MATTANÓ

(20/05/2021)