229.OBR.COMPL.SIG.FREUD.VOL.12 - MATTANÓ (2024).

229.OBRAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD NUMA RELEITURA DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR (2024) MATTANÓ.

 

Obras Completas de Sigmund Freud numa releitura de Osny Mattanó Júnior

 

 

 

O caso Schereber, artigos sobre técnica e outros trabalhos

 

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME XII

(1911-1913)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12/04/2024

 

Dr. Sigmund Freud

 

 

 

 

NOTAS PSICANALÍTICAS SOBRE UM RELATO AUTOBIOGRÁFICO DE UM CASO DE PARANÓIA (DEMENTIA PARANOIDES) (1911)

 

 

NOTA DO EDITOR INGLÊS

 

 

PSYCHOANALYTISCHE BEMERKUNGEN ÜBER EINEN AUTOBIOGRAPHISCH BESCHRIEBENEN FALL VONPARANOIA (DEMENTIA PARANOIDES)

 

(a) EDIÇÕES ALEMÃS:

1911 Jb. psychoan. psychopath. Forsch., 3 (1), 9-68.

1913 S. K. S. N., 3, 198-266. (1921, 2ª ed.)

1924 G. S.., 8, 355-431.

1932 Vier Krankengeschichten, 377-460.

1943 G. W., 8, 240-316.

1912 ‘Nachtrag zu dem autobiographisch beschriebenen Fall von Paranoia (Dementia paranoides)’, Jb. psychoan. psychopath. Forsch., 3, (2), 588-90.

1913 S. K. S. N., 3, 267-70. (1921, 2ª ed.)

1924 G. S., 8, 432-5.

1932 Vier Krankengeschichten, 460-3.

1943 G. W., 8, 317-20.

 

(b) TRADUÇÃO INGLESA:

‘Psycho-Analytic Notes upon an Autobiographical Account of a Case of Paranoia (Dementia paranoides)’ 1925 C. P., 3, 387-466. - ‘“Pós-escrito” ao Caso de Paranóia’, ibid., 467-70. (Trad. de Alix e James Strachey.)

 

A presente tradução inglesa constitui reedição da publicada em 1925, algumas correções e notas adicionais.

 

As Memórias de Schreber foram publicadas em 1903; mas, embora houvessem sido amplamente debatidas em círculos psiquiátricos, só parecem ter atraído a atenção de Freud no verão de 1910. Sabe-se que falou sobre elas e sobre todo o tema da paranóia durante sua viagem à Sicília, com Ferenczi, em setembro desse ano. No retorno a Viena, começou a escrever o artigo, cujo término foi anunciado a Abraham e Ferenczi em cartas datadas de 16 de dezembro. Não parece ter sido publicado até o verão de 1911. O ‘Pós-escrito’ foi lido perante o Terceiro Congresso Psicanalítico Internacional (realizado em Weimar), em 22 de setembro de 1911, e publicado no início do ano seguinte.

Freud atacara o problema da paranóia numa fase muito prematura de suas pesquisas em psicopatologia. Em 24 de janeiro de 1895, alguns meses antes da publicação dos Estudos sobre a Histeria, enviou a Fliess longo memorando sobre o assunto (Freud, 1950a, Rascunho H). Este incluía uma breve história clínica e um exame teórico que visava a estabelecer dois pontos principais: que a paranóia é uma neurose de defesa e que seu mecanismo principal é a projeção. Quase um ano depois (em 1º de janeiro de 1896), enviou a Fliess outra nota, muito mais breve, sobre paranóia, parte de um relato geral sobre as ‘neuroses de defesa’ (ibid., Rascunho K), que pouco depois ampliou em seu segundo trabalho publicado com aquele título (1896b). Nessa publicação, a Seção II incluía outra história clínica, mais extensa, intitulada ‘Análise de um Caso de Paranóia Crônica’, caso para o qual Freud (em nota de rodapé acrescentada quase 20 anos depois) preferiu o diagnóstico corrigido de ‘dementia paranoides’. Com referência à teoria, esse trabalho de 1896 pouco acrescentava às suas sugestões anteriores; mas, numa carta a Fliess não muito posterior (9 de dezembro de 1899, Freud, 1950a, Carta 125), há um parágrafo um tanto crítico, que prenuncia considerações posteriores de Freud, inclusive a sugestão de que a paranóia acarreta o retorno a um auto-erotismo primitivo. Este parágrafo é transcrito na íntegra na Nota do Editor Inglês ao artigo sobre ‘A Disposição à Neurose Obsessiva’, com relação ao problema da ‘escolha da neurose’. (Ver a partir de [1].).

Entre a data desta última passagem e a publicação da história clínica de Schreber, mais de dez anos se passaram quase sem haver menção à paranóia nos escritos publicados de Freud. Informam-nos Ernest Jones (1955, 281), contudo, que em 21 de novembro de 1906 ele apresentou um caso de paranóia feminina perante a Sociedade Psicanalítica de Viena. Nessa data, aparentemente ainda não havia chegado ao que deveria ser sua generalização principal sobre o assunto, a saber, a vinculação existente entre paranóia e homossexualismo passivo reprimido. Não obstante, pouco mais de um ano mais tarde, apresentava esta hipótese em cartas a Jung (27 de janeiro de 1908) e Ferenczi (11 de fevereiro de 1908), dela pedindo e recebendo confirmação. Mais de três anos se passaram antes que as memórias de Schreber lhe oferecessem a oportunidade de publicar sua teoria pela primeira vez e de apoiá-la em um relato detalhado de sua análise dos processos inconscientes em ação na paranóia.

Há várias referências a essa enfermidade nos escritos posteriores de Freud. As mais importantes foram seu artigo sobre ‘Um Caso de Paranóia que Contraria a Teoria Psicanalítica da Doença’ (1915f), e a Seção B de ‘Alguns Mecanismos Neuróticos no Ciúme, na Paranóia e no Homossexualismo’ (1922b). Além disso, ‘Uma Neurose Demonológica do Século XVII’ (1923d) inclui um exame do caso Schreber, embora a neurose, que é o tema do trabalho, em parte alguma seja descrita por Freud como paranóia. Em nenhum desses escritos posteriores há qualquer modificação essencial dos pontos de vista sobre paranóia expressos no presente trabalho.

A importância da análise de Schreber, contudo, de maneira alguma se restringe à luz que lança sobre o problema da paranóia. A terceira parte, especialmente, foi, sob muitos aspectos, assim como o breve artigo simultaneamente publicado sobre os dois princípios do funcionamento mental (1911b), ver em [1], precursora dos artigos metapsicológicos a que Freud se dedicou, três ou quatro anos mais tarde. Expuseram-se vários temas que posteriormente deveriam ser examinados mais detalhadamente. Assim, as observações sobre narcisismo (Ver a partir de [1].) antecederam o artigo dedicado a este tema (1914c), a descrição do decurso de alguns anos (1915d), e o exame dos instintos (ver em [2]) preparava terreno para um estudo mais elaborado em ‘os Instintos e suas Vicissitudes’ (1915c). Já o parágrafo sobre projeção (ver em [3]), apesar de promissor, não encontraria nenhuma seqüência. Cada um dos dois tópicos examinados na última parte do trabalho, contudo - as diversas causas do desencadeamento da neurose (inclusive o conceito de ‘frustração’) e o papel desempenhado por ‘pontos de fixação’ sucessivos - deveria ser tratado antes que decorresse muito tempo, em artigos separados (1912c e 1913f). Finalmente, no pós-escrito, encontramos a primeira rápida excursão de Freud pelo campo da mitologia e a primeira menção aos totens, que estavam começando a ocupar seus pensamentos e deveriam fornecer o título para uma de suas obras principais (1912-13).

Como Freud nos diz (Ver em [1].), sua história clínica faz uso apenas de um único fato (a idade de Schreber à época em que caiu enfermo) que não se achava contido nas Memórias. Possuímos hoje, graças a um trabalho escrito pelo Dr. Franz Baumeyer (1956), certa quantidade de informações adicionais. O Dr. Baumeyer esteve por alguns anos (1946-9) encarregado de um hospital situado perto de Dresden, onde encontrou alguns dos registros clínicos originais das sucessivas doenças de Schreber. Resumiu estes registros e citou muitos deles na íntegra. Além disso, coligiu grande número de fatos relacionados à história familiar e aos antecedentes de Schreber. Toda vez que esse material for importante para o trabalho de Freud, será mencionado nas notas de rodapé. Neste momento, é necessário apenas relatar a seqüência à história narrada nas Memórias. Após sua alta, em fins de 1902, Schreber parece ter levado uma existência exteriormente normal por alguns anos. Então, em novembro de 1907, a esposa teve uma crise de paralisia (embora vivesse até 1912), o que parece ter precipitado novo desencadeamento de sua enfermidade. Foi novamente internado - agora num asilo situado no distrito de Dösen em Leipzig - duas semanas mais tarde. Ali permaneceu, em estado extremamente perturbado e muito intratável, até sua morte, após deterioração física gradativa, na primavera de 1911 - pouco tempo apenas antes da publicação do trabalho de Freud. O seguinte quadro cronológico, baseado em dados derivados, parte das Memórias e parte do material de Baumeyer, pode tornar os pormenores do estudo de Freud mais fáceis de desemaranhar.

 

1842   25 de julho. Daniel Paul Schreber nasce em Leipzig.

1861   Novembro. Morre-lhe o pai, com 53 anos de idade.

1877   O irmão mais velho (3 anos mais) morre com 38 anos.

1878   Casamento.

Primeira Doença

1884   Outono. Apresenta-se como candidato ao Reichstag.

1884   Outubro. Passa algumas semanas no Asilo de Sonnenstein.

8 de dezembro. Clínica Psiquiátrica de Leipzig.

1885   1º de junho. Alta.

1886   1º de janeiro. Toma posse no Landgericht de Leipzig.

Segunda Doença

1893   Junho. É informado da nomeação próxima para o Tribunal de Apelação.

1º de outubro. Toma posse como juiz presidente.

21 de novembro. É internado novamente na Clínica de Leipzig.

1894

14 de junho. É transferido para o Asilo de Lindenhof.

 

29 de junho. É transferido para o Asilo de Sonnenstein.

1900-1902   Escreve as Memórias e impetra ação judicial para ter alta.

1902   14 de julho. Decisão judicial de alta.

1903   Publicação das Memórias.

Terceira Doença

1907   Maio. Morre-lhe a mãe, com 92 anos de idade.

14 de novembro. A esposa tem uma crise de paralisia.

Cai enfermo imediatamente após.

27 de novembro. É admitido no Asilo, em Leipzig-Dösen.

1911   14 de abril. Morte.

1912   Maio. Morre a esposa, com 54 anos de idade.

Uma nota sobre os três hospitais psiquiátricos a que se faz menção, de várias maneiras, no texto, também pode ser útil.

(1) Clínica Psiquiátrica (departamento de pacientes internados) da Universidade de Leipzig. Diretor: Professor Flechsig.

(2) Schloss Sonnenstein. Asilo Público Saxônico em Pirna sobre o Elba, dez milhas acima de Dresden. Diretor: Dr. G. Weber.

(3) Asilo Particular Lindenhof. Perto de Coswig, onze milhas a noroeste de Dresden. Diretor: Dr. Pierson.

Uma tradução inglesa das Denkwürdigkeiten, de autoria da Dra. Ida Macalpine e do Dr. Richard A. Hunter, foi publicada em 1955 (Londres, William Dawson). Por diversas razões, algumas das quais serão evidentes a quem quer que compare sua versão com a presente tradução inglesa, não foi possível fazer uso dela para as muitas citações do livro de Schreber que ocorrem na história clínica. Há dificuldades específicas em traduzir as produções dos esquizofrênicos, nas quais as palavras, como o próprio Freud apontou em seu artigo sobre ‘O Inconsciente’ (Ver a partir de [1], 1974), desempenham papel tão predominante. Aqui o tradutor se defronta com os mesmos problemas que tão amiúde encontra em sonhos, lapsos de língua e chistes. Em todos esses casos, o método adotado na Standard Edition é o método prosaico de, onde necessário, fornecer as palavras originais alemãs em notas de rodapé e procurar, mediante comentários explicativos, oferecer ao leitor [inglês] oportunidade para formar opinião própria sobre o material. Ao mesmo tempo, seria enganoso desprezar inteiramente as formas exteriores e, através de uma tradução puramente literal, apresentar um retrato inculto do estilo de Schreber. Uma das características notáveis do original é o contraste que perpetuamente oferece entre as frases complicadas e elaboradas do alemão oficial acadêmico do século XIX e as extravagâncias outré dos eventos psicóticos que descrevem. Informações adicionais interessantes sobre o pai de Schreber podem ser encontradas em Niederland, W. G. (1959a) e (1959b).

Por todo o trabalho, os números entre colchetes sem serem precedidos por ‘p.’ constituem referências às páginas da edição alemã original das memórias de Schreber - Denkwürdikeiten eines Nervendranken, Leipzig, Oswald Mutze. Números entre colchetes precedidos por ‘p.’ são, como sempre acontece na Standard Edition, referências a páginas do presente volume.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

O presente trabalho apresenta As Memórias de Schreber publicadas em 1903 e amplamente debatidas. Schreber era um paciente esquizofrênico que tinha paranoia, doença também debatida, mas sem nos esquecermos dos princípios do funcionamento da mente e os mitos ou a mitologia e os totens que pertencem ao universo do paciente esquizofrênico paranoico, o texto também se concentra no seu histórico familiar e história de vida, e na produção linguística ou gramatical de Schreber, que era esquizofrênica, um retrato do que encontramos nos sonhos, lapsos de língua e chistes.
            Mattanó aponta que o presente trabalho apresenta As Memórias de Schreber publicadas em 1903 e amplamente debatidas. Schreber era um paciente esquizofrênico que tinha paranoia, doença também debatida, mas sem nos esquecermos dos princípios do funcionamento da mente e os mitos ou a mitologia e os totens que pertencem ao universo do paciente esquizofrênico paranoico, o texto também se concentra no seu histórico familiar e história de vida, e na produção linguística ou gramatical de Schreber, que era esquizofrênica, um retrato do que encontramos nos sonhos, lapsos de língua e chistes. Schreber manifestava suas ideias conforme condensava seu mundo exterior e formatava seu mundo interior paranoico, rico em produções esquizofrênicas que mantinham o seu comportamento, pois eram chamativas e despertavam a atenção das pessoas, despertavam o interesse e a afetividade dos outros, fazendo com que seu comportamento permanecesse como estava e indiscriminável para ele, reforçando toda sua conjectura esquizofrênica e paranoica, como um meio de vida fácil e acomodado, pois ele levava uma vida recalcada e infantil, ¨crianças¨ não têm responsabilidades no mundo dos adultos e os adultos não percebem que se comportam como ¨crianças¨ no meio das ¨crianças¨.

 

MATTANÓ

(12/04/2024)

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

A investigação analítica da paranóia apresenta dificuldades para médicos que, como eu, não estão ligados a instituições públicas. Não podemos aceitar pacientes que sofram desta enfermidade, ou, de qualquer modo, mantê-los por longo tempo, visto não podermos oferecer tratamento a menos que haja alguma perspectiva de sucesso terapêutico. Somente em circunstâncias excepcionais, portanto, é que consigo obter algo mais que uma visão superficial da estrutura da paranóia - quando, por exemplo, o diagnóstico (que nem sempre é questão simples) é incerto o bastante para justificar uma tentativa de influenciar o paciente, ou quando, apesar de um diagnóstico seguro, submeto-me aos rogos de parentes do paciente e encarrego-me de tratá-lo por algum tempo. Independente disto, naturalmente, vejo muitos casos de paranóia e de demência precoce e aprendo sobre eles tanto quanto outros psiquiatras o fazem a respeito de seus casos; mas em geral isso não é suficiente para levar a quaisquer conclusões analíticas.

A investigação psicanalítica da paranóia seria completamente impossível se os próprios pacientes não possuíssem a peculiaridade de revelar (de forma distorcida, é verdade) exatamente aquelas coisas que outros neuróticos mantêm escondidas como um segredo. Visto que os paranóicos não podem ser compelidos a superar suas resistências internas e desde que, de qualquer modo, só dizem o que resolvem dizer, decorre disso ser a paranóia um distúrbio em que um relatório escrito ou uma história clínica impressa podem tomar o lugar de um conhecimento pessoal do paciente. Por esta razão, penso ser legítimo basear interpretações analíticas na história clínica de um paciente que sofria de paranóia (ou, precisamente, de dementia paranoides) e a quem nunca vi, mas que escreveu sua própria história clínica e publicou-a.

Refiro-me ao doutor em Direito Daniel Paul Schreber, anteriormente Senatspräsident em Dresden, cujo livro. Denkwürdigkeiten eines Nervenkranken [Memórias de um Doente dos Nervos], foi publicado em 1903, e, se estou corretamente informado, despertou considerável interesse entre os psiquiatras. É possível que o Dr. Schreber viva ainda hoje e que se tenha distanciado de tal forma do sistema delirante que apresentou em 1903 que possa sentir-se magoado por estas notas a respeito do seu livro. Contudo, na medida em que ele ainda se identifique com sua personalidade anterior, posso apoiar-me nos argumentos com que ele próprio - ‘homem de dotes mentais superiores e contemplado com agudeza fora do comum, tanto de intelecto quanto de observação’ - contraditou os esforços levados a efeito visando a coibi-lo de publicar suas memórias: “Não tive problemas’, escreve ele, “em fechar os olhos às dificuldades que pareciam jazer no caminho da publicação, e, em particular, à preocupação de render devida consideração às suscetibilidades de algumas pessoas ainda vivas. Por outro lado, sou de opinião que poderia ser vantajoso tanto para a ciência quanto para o reconhecimento de verdades religiosas se, durante meu tempo de vida, autoridades qualificadas pudessem encarregar-se de examinar meu corpo e realizar pesquisas sobre minhas experiências pessoais. Todos os sentimentos de caráter pessoal devem submeter-se a esta ponderação. Declara ele, em outra passagem, que decidira se ater à sua intenção de publicar o livro, mesmo que, em conseqüência, seu médico, o Geheimrat Dr. Flechsig, de Leipzig, movesse uma ação contra ele. Atribui ao Dr. Flechsig, porém, as mesmas considerações que lhe atribuo agora. ‘Confio’, diz ele, ‘que mesmo no caso do Geheimrat Prof. Dr. Flechsig, quaisquer suscetibilidades pessoais serão sobrepujadas por um interesse científico no contexto geral de minhas memórias.’ (446.)

Embora todas as passagens das Denkwürkdigkeiten nas quais minhas interpretações se baseiam sejam citadas literalmente nas páginas seguintes, solicitaria a meus leitores tornarem-se familiarizados com o livro, lendo-o pelo menos uma vez, de antemão.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que estudar e tratar casos de paranoia em seu tempo era bastante difícil, pois eles eram mantidos em instituições ou hospitais, internados, não havia outra forma de trata-los, mas mesmo assim, Freud, uma vez ou outra conseguia atender algum caso de paranoia que a ele era confiado e dele Freud tirava suas próprias conclusões.

A investigação psicanalítica da paranóia seria completamente impossível se os próprios pacientes não possuíssem a peculiaridade de revelar (de forma distorcida, é verdade) exatamente aquelas coisas que outros neuróticos mantêm escondidas como um segredo. Visto que os paranóicos não podem ser compelidos a superar suas resistências internas e desde que, de qualquer modo, só dizem o que resolvem dizer, decorre disso ser a paranóia um distúrbio em que um relatório escrito ou uma história clínica impressa podem tomar o lugar de um conhecimento pessoal do paciente. Por esta razão, penso ser legítimo basear interpretações analíticas na história clínica de um paciente que sofria de paranóia (ou, precisamente, de dementia paranoides) e a quem nunca vi, mas que escreveu sua própria história clínica e publicou-a.

Refiro-me ao doutor em Direito Daniel Paul Schreber, anteriormente Senatspräsident em Dresden, cujo livro. Denkwürdigkeiten eines Nervenkranken [Memórias de um Doente dos Nervos], foi publicado em 1903, e, se estou corretamente informado, despertou considerável interesse entre os psiquiatras. É possível que o Dr. Schreber viva ainda hoje e que se tenha distanciado de tal forma do sistema delirante que apresentou em 1903 que possa sentir-se magoado por estas notas a respeito do seu livro. Contudo, na medida em que ele ainda se identifique com sua personalidade anterior, posso apoiar-me nos argumentos com que ele próprio - ‘homem de dotes mentais superiores e contemplado com agudeza fora do comum, tanto de intelecto quanto de observação’ - contraditou os esforços levados a efeito visando a coibi-lo de publicar suas memórias: “Não tive problemas’, escreve ele, “em fechar os olhos às dificuldades que pareciam jazer no caminho da publicação, e, em particular, à preocupação de render devida consideração às suscetibilidades de algumas pessoas ainda vivas. Por outro lado, sou de opinião que poderia ser vantajoso tanto para a ciência quanto para o reconhecimento de verdades religiosas se, durante meu tempo de vida, autoridades qualificadas pudessem encarregar-se de examinar meu corpo e realizar pesquisas sobre minhas experiências pessoais. Todos os sentimentos de caráter pessoal devem submeter-se a esta ponderação. Declara ele, em outra passagem, que decidira se ater à sua intenção de publicar o livro, mesmo que, em conseqüência, seu médico, o Geheimrat Dr. Flechsig, de Leipzig, movesse uma ação contra ele. Atribui ao Dr. Flechsig, porém, as mesmas considerações que lhe atribuo agora. ‘Confio’, diz ele, ‘que mesmo no caso do Geheimrat Prof. Dr. Flechsig, quaisquer suscetibilidades pessoais serão sobrepujadas por um interesse científico no contexto geral de minhas memórias.’

Mattanó aponta que estudar e tratar casos de paranoia em seu tempo era bastante difícil, pois eles eram mantidos em instituições ou hospitais, internados, não havia outra forma de estudá-los, mas mesmo assim, conseguiu ¨atender¨, ou seja, educar a sua própria condição de esquizofrênico paranoico, um caso de paranoia que a ele era reforçado e mantido, e que dele tirava suas próprias conclusões.

A investigação psicanalítica da paranóia seria completamente impossível se os próprios pacientes não possuíssem a peculiaridade de revelar (de forma distorcida, é verdade) exatamente aquelas coisas que outros neuróticos mantêm escondidas como um segredo. Visto que os paranóicos não podem ser compelidos a superar suas resistências internas e desde que, de qualquer modo, só dizem o que resolvem dizer, decorre disso ser a paranóia um distúrbio em que um relatório escrito ou uma história clínica impressa podem tomar o lugar de um conhecimento pessoal do paciente. Por esta razão, penso ser legítimo basear interpretações analíticas na história clínica de um paciente que sofria de paranóia (ou, precisamente, de dementia paranoides) e a quem nunca vi, mas que escreveu sua própria história clínica e publicou-a.

Refiro-me ao doutor em Direito Daniel Paul Schreber, anteriormente Senatspräsident em Dresden, cujo livro. Denkwürdigkeiten eines Nervenkranken [Memórias de um Doente dos Nervos], foi publicado em 1903, e, se estou corretamente informado, despertou considerável interesse entre os psiquiatras. É possível que o Dr. Schreber viva ainda hoje e que se tenha distanciado de tal forma do sistema delirante que apresentou em 1903 que possa sentir-se magoado por estas notas a respeito do seu livro. Contudo, na medida em que ele ainda se identifique com sua personalidade anterior, posso apoiar-me nos argumentos com que ele próprio - ‘homem de dotes mentais superiores e contemplado com agudeza fora do comum, tanto de intelecto quanto de observação’ - contraditou os esforços levados a efeito visando a coibi-lo de publicar suas memórias: “Não tive problemas’, escreve ele, “em fechar os olhos às dificuldades que pareciam jazer no caminho da publicação, e, em particular, à preocupação de render devida consideração às suscetibilidades de algumas pessoas ainda vivas. Por outro lado, sou de opinião que poderia ser vantajoso tanto para a ciência quanto para o reconhecimento de verdades religiosas se, durante meu tempo de vida, autoridades qualificadas pudessem encarregar-se de examinar meu corpo e realizar pesquisas sobre minhas experiências pessoais. Todos os sentimentos de caráter pessoal devem submeter-se a esta ponderação. Declara ele, em outra passagem, que decidira se ater à sua intenção de publicar o livro, mesmo que, em conseqüência, seu médico, o Geheimrat Dr. Flechsig, de Leipzig, movesse uma ação contra ele. Atribui ao Dr. Flechsig, porém, as mesmas considerações que lhe atribuo agora. ‘Confio’, diz ele, ‘que mesmo no caso do Geheimrat Prof. Dr. Flechsig, quaisquer suscetibilidades pessoais serão sobrepujadas por um interesse científico no contexto geral de minhas memórias.’

Podemos especular que os dotes mentais superiores, sua agudeza e intelecto quanto capacidade de observação decorrem naturalmente em função da regressão e da resistência psíquica ao qual o paciente com esquizofrenia paranoica sofre, de modo que ainda consegue recorrer aos repertórios comportamentais básicos que são a atenção, a discriminação, o controle e a imitação, devido sua inteligência cognitiva sensório-motora que estabelece e mantêm relações de controle, ordem, discriminação, atenção, imitação, que vão se transformando em rastreamento, acedimento e aumentamento de estímulos do comportamento verbal, que por sua vez podem ser convertidos e manipulados como criatividade artística literária, plástica, musical, dramática, cinematográfica, teatral, de modelagem e esculturas, de fotografia, de desenhos, caricaturas, humor e pinturas, de artes gráficas, de artes de engenharia e inteligência artificial e computacional, de grafitagem, etc., esta criatividade pode ser convertida também em trabalho, e assim em alta costura, marcenaria, luthieria, ciência, política, administração, segurança, comunicação, tecnologias, tecnologia de alimentos, nutrição, cuidado e zelo ou amor ao próximo e amor a si mesmo e ao meio ambiente, amor a Deus e a Criação, amor ao universo e a vida, amor a família, amor a paz e ao bem-estar, amor a saúde e a felicidade através do sua psique e comportamento, através dos seus relacionamentos e das consequências destes eventos como a economia, o trabalho, a educação, a justiça, a igualdade, o amor, a felicidade, a dignidade, a paz, o patrimônio, a cidadania, os direitos humanos e o bem-estar. Percebemos que agora o repertório comportamental do paciente esquizofrênico paranoico se ampliou, assim como seus interesses, motivações, habilidades, comportamentos, valores e linguagem, opiniões, consciência e inconsciente, na medida que seu tronco cerebral torna-se consciente e percebedor dos estímulos que discrimina através da imitação do meio ambiente, por meio do self central que cuida dos objetos em movimento e do self autobiográfico que discrimina sua biografia, esse tronco cerebral consciente e percebedor depende da saúde da sua alça ressonante que liga o seu corpo ao seu protosself, é justamente o protosself quem origina ou se liga ao tronco cerebral que pode ter uma consciência normal ou anormal e doentia, não-percebedora, causada por doenças cerebrais ou pela morte do paciente, estas doenças cerebrais ou a morte causam a ruptura da alça ressonante, mas essa ruptura pode não ser permanente se recuperada e tratada com células tronco, de modo que a consciência do paciente que havia sido perdida pode ser recuperada aos poucos, de forma natural, genética ou terapêutica, por intervenção, pois existem evidências de que a alça ressonante se recupera, como vemos nas e.q.m ou experiências quase morte, onde o paciente morre e vai para um outro plano espiritual e retorna com uma mensagem ou experiência quase morte, ele retorna com sua alça ressonante preservada, isto é, sem alterações, ele permanece a mesma pessoa sadia ou insana.

 

MATTANÓ

(16/04/2024)

 

 

 

 

I - HISTÓRIA CLÍNICA

 

’Duas vezes sofri de distúrbios nervosos’, escreve o Dr. Schreber, ‘e ambas resultaram de excessiva tensão mental. Isso se deveu, na primeira ocasião, à minha apresentação como candidato à eleição para o Reichstag, enquanto era Landgerichtsdirektor em Cheminitz, e, na segunda, ao fardo muito pesado de trabalho que me caiu sobre os ombros quando assumi meus novos deveres como Senatspräsident no Oberlandesgericht em Dresden.’(34.)

A primeira doença do Dr. Schreber começou no outono de 1884; em fins de 1885 achava-se completamente restabelecido. Durante este período, passou seis meses na clínica de Flechsig, que, em relatório formal redigido posteriormente, descreveu o distúrbio como sendo uma crise de grave hipocondria [379]. O Dr. Schreber assegura-nos que a moléstia seguiu seu curso ‘sem a ocorrência de quaisquer incidentes que tocassem as raias do sobrenatural.’ (35.)

Nem a própria descrição do paciente, nem os relatórios médicos impressos no final de seu livro dizem-nos o suficiente sobre sua história anterior ou seus pormenores pessoais. Nem mesmo tenho condições de fornecer a idade do paciente à época de sua enfermidade, embora a elevada posição judiciária que havia atingido antes da segunda doença estabeleça uma espécie de limite inferior. Sabemos que o Dr. Schreber já estava casado há muito tempo, antes da época de sua ‘hipocondria’. ‘A gratidão de minha esposa’, escreve ele, ‘foi talvez ainda mais sincera, pois reverenciava o Professor Flechsig como o homem que lhe havia restituído o marido; daí ter ela, durante anos, mantido o retrato dele sobre a escrivaninha.’ E, no mesmo lugar: ‘Após me restabelecer da primeira doença, passei oito anos com minha esposa - anos, em geral, de grande felicidade, ricos de honrarias exteriores e nublados apenas, de vez em quando, pela contínua frustração da esperança de sermos abençoados com filhos.’

Em junho em 1893, ele foi informado de sua provável indicação para Senatspräsident, e assumiu o cargo a 1º de outubro do mesmo ano. Entre estas duas datas tivera alguns sonhos, embora só mais tarde viesse a lhes atribuir qualquer importância. Sonhou duas ou três vezes que o antigo distúrbio nervoso retornara e isto o tornou tão infeliz no sonho, quanto a descoberta de ser apenas um sonho fê-lo feliz ao despertar. Além disso, certa vez, nas primeiras horas de manhã, enquanto se achava entre o sono e a vigília, ocorreu-lhe a idéia de que, ‘afinal de contas, deve ser realmente muito bom ser mulher e submeter-se ao ato da cópula’. (36.) Tratava-se de idéia que teria rejeitado com a maior indignação, se estivesse plenamente consciente.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica o caso do Dr. Schreber e a sua primeira doença que começou no outono de 1884; em fins de 1885 achava-se completamente restabelecido. Durante este período, passou seis meses na clínica de Flechsig, que, em relatório formal redigido posteriormente, descreveu o distúrbio como sendo uma crise de grave hipocondria, sem quaisquer incidentes que tocassem as raias do sobrenatural. Sabemos que o Dr. Schreber já estava casado há muito tempo, antes da época de sua ‘hipocondria’. ‘A gratidão de minha esposa’, escreve ele, ‘foi talvez ainda mais sincera, pois reverenciava o Professor Flechsig como o homem que lhe havia restituído o marido; daí ter ela, durante anos, mantido o retrato dele sobre a escrivaninha.’ E, no mesmo lugar: ‘Após me restabelecer da primeira doença, passei oito anos com minha esposa - anos, em geral, de grande felicidade, ricos de honrarias exteriores e nublados apenas, de vez em quando, pela contínua frustração da esperança de sermos abençoados com filhos.’

Em junho em 1893, ele foi informado de sua provável indicação para Senatspräsident, e assumiu o cargo a 1º de outubro do mesmo ano. Sonhou duas ou três vezes que o antigo distúrbio nervoso retornara e isto o tornou tão infeliz no sonho, quanto a descoberta de ser apenas um sonho fê-lo feliz ao despertar. Além disso, certa vez, nas primeiras horas de manhã, enquanto se achava entre o sono e a vigília, ocorreu-lhe a idéia de que, ‘afinal de contas, deve ser realmente muito bom ser mulher e submeter-se ao ato da cópula’. (36.) Tratava-se de idéia que teria rejeitado com a maior indignação, se estivesse plenamente consciente.
            Mattanó aponta que o caso do Dr. Schreber e a sua primeira doença que começou no outono de 1884 não contêm muitas informações históricas; e que em fins de 1885 achava-se completamente restabelecido. Durante este período, passou seis meses na clínica de Flechsig, que, em relatório formal redigido posteriormente, descreveu o distúrbio como sendo uma crise de grave hipocondria, sem quaisquer incidentes que tocassem as raias do sobrenatural. Sabemos que o Dr. Schreber já estava casado há muito tempo, antes da época de sua ‘hipocondria’. ‘A gratidão de minha esposa’, escreve ele, ‘foi talvez ainda mais sincera, pois reverenciava o Professor Flechsig como o homem que lhe havia restituído o marido; daí ter ela, durante anos, mantido o retrato dele sobre a escrivaninha.’ E, no mesmo lugar: ‘Após me restabelecer da primeira doença, passei oito anos com minha esposa - anos, em geral, de grande felicidade, ricos de honrarias exteriores e nublados apenas, de vez em quando, pela contínua frustração da esperança de sermos abençoados com filhos.’

Podemos ver que a esquizofrenia paranoica tem seus sintomas iniciais de dissociação e desintegração do ego e da personalidade, vividos e representados através dos significados e dos sentidos expressos na hipocondria e no amor marital ou conjugal que por sua vez ampliam uma rede de relações, de conceitos, contextos, comportamentos, funcionalidades, linguagem, topografias, relações sociais, Gestalt e insights, vida onírica e vida anímica, conteúdo manifesto e conteúdo latente, vida paranormal, chistes, lapsos de linguagem e atos falhos, niilismo, fantasias, pressupostos e subentendidos, atos ilocucionários e atos perlocucionários, mostrar, dizer e fazer, o posto, a semântica, os arquétipos, as piadas, o humor, as caricaturas e as charges, a alfabetização, os ciclos circadianos, a homeostase, a regulação da vida, a consciência, a realidade, a cultura e o conhecimento, a relação do corpo com o protosself, e o trabalho do tronco cerebral como produtor ou imitador do meio e formador de uma consciência que constrói, por sua vez, a linguagem, o raciocínio, a inteligência, a cognição e a afetividade.

Em junho em 1893, ele foi informado de sua provável indicação para Senatspräsident, e assumiu o cargo a 1º de outubro do mesmo ano. Sonhou duas ou três vezes que o antigo distúrbio nervoso retornara e isto o tornou tão infeliz no sonho, quanto a descoberta de ser apenas um sonho fê-lo feliz ao despertar. Além disso, certa vez, nas primeiras horas de manhã, enquanto se achava entre o sono e a vigília, ocorreu-lhe a idéia de que, ‘afinal de contas, deve ser realmente muito bom ser mulher e submeter-se ao ato da cópula’. (36.) Tratava-se de idéia que teria rejeitado com a maior indignação, se estivesse plenamente consciente. Ele esteve infeliz por causa do seu sonho e se reencontrou com a felicidade quando descobriu que o sonho era apenas um sonho e fazia-lo despertar do seu drama vivido no sonho. E que ele teria rejeitado a relação sexual se fosse uma mulher consciente por ter que se submeter à cópula. O que vemos aqui são significados, sentidos, conceitos, contextos, comportamentos, uma funcionalidade onde sonho – fim do sonho/despertar – felicidade, produz temos um sonho como estímulo que produz uma resposta de sonhar e de despertar como fim do sonho e uma consequência, que a felicidade de se perceber sonhador e não no mundo real, uma linguagem onde decodifica mensagens que o fazer argumentar e se comportar verbalmente se acordo com o estímulo do meio ambiente e produzir uma resposta codificada, também pelo mundo verbal como mensagem que é decodificada pelo decodificador ou ouvinte que faz o processo comunicacional e a relação social que é mediada pelo seu sonho, sua resposta, temos a vida onírica em poucas palavras e uma breve interpretação que nos serve mais de aviso para a consciência como um despertador. Temos a relação com o desejo e a sedução onde ele se mostra esquizofrênico, ou seja, dissociado e fragmentado, fugindo do seu objeto filogenético ou sexual determinado evolutivamente como espécie, desfrutando de uma involução que o impede de se reproduzir e de se comportar com desejo, sedução e submissão sexual, objeto do amor saudável. Sua consciência depende do seu self central que mapeia os objetos do meio ambiente e do self autobiográfico que mapeia sua biografia, montando sua cultura, consciência, realidade e conhecimento através do seu mapa cerebral, sediado no seu tronco cerebral que faz associações com o tálamo e o córtex cerebral, de modo a enriquecer a sua fisiologia, comportamento e morfologia, ou seja, adaptação e otimização, diminuição dos gastos e aumento dos benefícios fisiológicos, comportamentais e morfológicos, de modo a participar da regulação da vida, isto é, da homeostase.

 

MATTANÓ

(16/04/2024)

 

 

 

 

 

A segunda enfermidade manifestou-se em fins de outubro de 1893, com um torturante acesso de insônia, forçando-o a retornar à clínica Flechsig, onde, porém, sua condição piorou rapidamente. O curso ulterior da moléstia é descrito em Relatório redigido subseqüentemente [em 1899] pelo diretor do Asilo Sonnenstein: ‘No início de seu internamento ali, expressava mais idéias hipocondríacas, queixava-se de ter um amolecimento do cérebro, de que morreria cedo etc. Mas idéias de perseguição já surgiam no quadro clínico, baseadas em ilusões sensórias que, contudo, só pareciam aparecer esporadicamente, no início, enquanto, ao mesmo tempo, um alto grau de hiperestesia era observável - grande sensibilidade à luz e ao barulho. Mais tarde, as ilusões visuais e auditivas tornaram-se muito mais freqüentes e, junto com distúrbios cenestésicos, dominavam a totalidade de seu sentimento e pensamento. Acreditava estar morto e em decomposição, que sofria de peste; asseverava que seu corpo estava sendo manejado da maneira mais revoltante, e, como ele próprio declara até hoje, passou pelos piores horrores que alguém possa imaginar, e tudo em nome de um intuito sagrado. O paciente estava tão preocupado com estas experiências patológicas, que era inacessível a qualquer outra impressão e sentava-se perfeitamente rígido e imóvel durante horas (estupor alucinatório). Por outro lado, elas o torturavam a tal ponto, que ele ansiava pela morte. Fez repetidas tentativas de afogar-se durante o banho e pediu que lhe fosse dado o “cianureto que lhe estava destinado”. Suas idéias delirantes assumiram gradativamente caráter místico e religioso; achava-se em comunicação direta com Deus, era joguete de demônios, via “aparições miraculosas”, ouvia “música sagrada”, e, no final, chegou mesmo a acreditar que estava vivendo em outro mundo.’ (380.)

Pode-se acrescentar que havia certas pessoas por quem pensava estar sendo perseguido e prejudicado, e a quem dirigia vitupérios. A mais proeminente delas era seu médico anterior, Flechsig, a quem chamava de ‘assassino da alma’; e costumava gritar repetidas vezes: ‘Pequeno Flechsig!’, dando nítida ênfase à primeira palavra (383.). Foi removido para Leipzig e, após breve intervalo passado noutra instituição, foi trazido em junho de 1894 para o Asilo Sonnenstein, perto de Pirna, onde permaneceu até que o distúrbio assumiu o aspecto final. No decorrer dos anos seguintes, o quadro clínico alterou-se de maneira que pode ser mais bem descrita pelas palavras do Dr. Weber, diretor do asilo.

‘Não preciso me aprofundar nos pormenores do curso da doença. Devo, contudo, chamar a atenção para a maneira pela qual, à medida que o tempo passava, a psicose inicial comparativamente aguda, que havia envolvido diretamente toda a vida mental do paciente e merecia o nome de “insanidade alucinatória”, desenvolveu-se cada vez mais claramente (quase poder-se-ia dizer cristalizou-se) até o quadro clínico paranóico que temos hoje diante de nós.’ (385). Aconteceu que, por um lado, ele havia desenvolvido uma engenhosa estrutura delirante, na qual temos toda razão de estar interessados, ao passo que, por outro, sua personalidade fora reconstruída e agora se mostrava, exceto por alguns distúrbios isolados, capaz de satisfazer as exigências da vida cotidiana.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que a segunda enfermidade manifestou-se em fins de outubro de 1893, com um torturante acesso de insônia, forçando-o a retornar à clínica Flechsig, onde, porém, sua condição piorou rapidamente. O curso ulterior da moléstia é descrito em Relatório redigido subseqüentemente [em 1899] pelo diretor do Asilo Sonnenstein: ‘No início de seu internamento ali, expressava mais idéias hipocondríacas, queixava-se de ter um amolecimento do cérebro, de que morreria cedo etc. Mas idéias de perseguição já surgiam no quadro clínico, baseadas em ilusões sensórias que, contudo, só pareciam aparecer esporadicamente, no início, enquanto, ao mesmo tempo, um alto grau de hiperestesia era observável - grande sensibilidade à luz e ao barulho. Mais tarde, as ilusões visuais e auditivas tornaram-se muito mais freqüentes e, junto com distúrbios cenestésicos, dominavam a totalidade de seu sentimento e pensamento. Acreditava estar morto e em decomposição, que sofria de peste; asseverava que seu corpo estava sendo manejado da maneira mais revoltante, e, como ele próprio declara até hoje, passou pelos piores horrores que alguém possa imaginar, e tudo em nome de um intuito sagrado. O paciente estava tão preocupado com estas experiências patológicas, que era inacessível a qualquer outra impressão e sentava-se perfeitamente rígido e imóvel durante horas (estupor alucinatório). Por outro lado, elas o torturavam a tal ponto, que ele ansiava pela morte. Fez repetidas tentativas de afogar-se durante o banho e pediu que lhe fosse dado o “cianureto que lhe estava destinado”. Suas idéias delirantes assumiram gradativamente caráter místico e religioso; achava-se em comunicação direta com Deus, era joguete de demônios, via “aparições miraculosas”, ouvia “música sagrada”, e, no final, chegou mesmo a acreditar que estava vivendo em outro mundo.’

Pode-se acrescentar que havia certas pessoas por quem pensava estar sendo perseguido e prejudicado, e a quem dirigia vitupérios. Dentre eles, seu médico anterior, Flechsig, a quem chamava de ‘assassino da alma’; Foi removido para Leipzig e, após breve intervalo passado noutra instituição, foi trazido em junho de 1894 para o Asilo Sonnenstein, perto de Pirna, onde permaneceu até que o distúrbio assumiu o aspecto final. O quadro clínico paranóico que temos hoje diante de nós: Aconteceu que, por um lado, ele havia desenvolvido uma engenhosa estrutura delirante, na qual temos toda razão de estar interessados, ao passo que, por outro, sua personalidade fora reconstruída e agora se mostrava, exceto por alguns distúrbios isolados, capaz de satisfazer as exigências da vida cotidiana.

Mattanó aponta a segunda enfermidade manifestou-se em fins de outubro de 1893, com um torturante acesso de insônia, forçando-o a retornar à clínica Flechsig, onde, porém, sua condição piorou rapidamente. O curso ulterior da moléstia é descrito em Relatório redigido subseqüentemente [em 1899] pelo diretor do Asilo Sonnenstein: ‘No início de seu internamento ali, expressava mais idéias hipocondríacas, queixava-se de ter um amolecimento do cérebro, de que morreria cedo etc. Mas idéias de perseguição já surgiam no quadro clínico, baseadas em ilusões sensórias que, contudo, só pareciam aparecer esporadicamente, no início, enquanto, ao mesmo tempo, um alto grau de hiperestesia era observável - grande sensibilidade à luz e ao barulho. Mais tarde, as ilusões visuais e auditivas tornaram-se muito mais freqüentes e, junto com distúrbios cenestésicos, dominavam a totalidade de seu sentimento e pensamento. Acreditava estar morto e em decomposição, que sofria de peste; asseverava que seu corpo estava sendo manejado da maneira mais revoltante, e, como ele próprio declara até hoje, passou pelos piores horrores que alguém possa imaginar, e tudo em nome de um intuito sagrado. O paciente estava tão preocupado com estas experiências patológicas, que era inacessível a qualquer outra impressão e sentava-se perfeitamente rígido e imóvel durante horas (estupor alucinatório). Por outro lado, elas o torturavam a tal ponto, que ele ansiava pela morte. Fez repetidas tentativas de afogar-se durante o banho e pediu que lhe fosse dado o “cianureto que lhe estava destinado”. Suas idéias delirantes assumiram gradativamente caráter místico e religioso; achava-se em comunicação direta com Deus, era joguete de demônios, via “aparições miraculosas”, ouvia “música sagrada”, e, no final, chegou mesmo a acreditar que estava vivendo em outro mundo.’

Pode-se acrescentar que havia certas pessoas por quem pensava estar sendo perseguido e prejudicado, e a quem dirigia vitupérios. Dentre eles, seu médico anterior, Flechsig, a quem chamava de ‘assassino da alma’; Foi removido para Leipzig e, após breve intervalo passado noutra instituição, foi trazido em junho de 1894 para o Asilo Sonnenstein, perto de Pirna, onde permaneceu até que o distúrbio assumiu o aspecto final. O quadro clínico paranóico que temos hoje diante de nós: Aconteceu que, por um lado, ele havia desenvolvido uma engenhosa estrutura delirante, na qual temos toda razão de estar interessados, ao passo que, por outro, sua personalidade fora reconstruída e agora se mostrava, exceto por alguns distúrbios isolados, capaz de satisfazer as exigências da vida cotidiana.

Vemos que o Dr. Schreber apresenta sintomas clássicos da esquizofrenia paranoica como ideias hipocondríacas, queixas de que seu cérebro está amolecendo e de que vai morrer cedo, ideias de perseguição e ilusões sensoriais, hiperestesia, grande sensibilidade à luz e ao barulho, ilusões visuais e auditivas, distúrbios cinestésicos dominavam o pensamento e o sentimento, acreditava estar morto e em decomposição, acreditava que estava sendo manejado de maneira revoltante, e que passou pelos piores horrores que alguém possa imaginar, e tudo em nome de um intuito sagrado. Ficava rígido e imóvel durante horas, fez repetidas tentativas de se afogar no banho e pediu que lhe desse, cianureto, pois esse era o seu destino. Tinha ideias delirantes com um caráter místico e religioso, achava-se em comunicação direta com Deus, era joguete de demônios, via “aparições miraculosas”, ouvia “música sagrada”, e, no final, chegou mesmo a acreditar que estava vivendo em outro mundo. Toda esta rede de sintomas ou conjunto, cadeia de sintomas caracteriza a esquizofrenia paranoica, a qual o Dr. Schreber desenvolve de forma a investir na sua doença e sintomatologia, pois não discrimina-a e nem tem autonomia sobre ela, isto pois, faz com que ele siga-a em função de suas regras literalmente, através de razões e de um controle que muito provavelmente neste estágio o impossibilitam de discriminar o contexto e menos ainda realizar o que Osny Mattanó Júnior nomeia de Teoria da Abundância de Mattanó, onde o paciente com esquizofrenia paranoica aprende, é modelado e é reforçado a desenvolver o comportamento através da sua linguagem que se converte em linguagem da mente, ou seja, em inconsciente e em consciência e deste modo, em capacidade para se deixar de ser controlado por razões, controle e literalidade, por contextos, por significados e sentidos, por conceitos e comportamentos, por funcionalidades e topografias, por relações sociais, por Gestalt e insights, pela linguagem e pela simbologia, pelos símbolos, pelos sonhos e pela vida anímica, pela argumentação e linguagem, pelos pressupostos e subentendidos, pelos atos ilocucionários e atos perlocucionários, pelo mostrar, fazer e dizer, pelo posto, pela semântica, pelos arquétipos, pelos atos falhos, esquecimentos e lapsos de linguagem, pelos niilismos, pelos chistes, piadas, caricaturas, charges e humor, pelos delírios e alucinações, pelas alterações do comportamento, pela agressividade, pela hostilidade, pela pobreza de linguagem, pelo isolamento social, pela loucura e pelo inconsciente, deixando-se tomar-se pela atenção e intenção, pelo tempo e pela eternidade, pela consciência que age milagrosamente como uma Hóstia Viva ou uma célula que tudo transforma através da consciência e da homeostase, da liberdade para viver e para se ensinar a viver, e depois passar a acolher esse paciente com amor e escuta para que ele possa dar um novo significado e sentido para sua vida e representações, a fim de que passando pelas fases urubórus onde o paciente se encontra consigo mesmo, depois pela fase matriarcal onde ele se encontra com a sua mãe e deusa do mundo a fim de receber amor e alimento, depois pela fase patriarcal onde ele se encontra com o pai no qual reconhece o poder, o falo e a autoridade do pai, a lei e o nome do pai como princípios de um mundo recalcado, no qual invade o mundo do ciclo de alteridade, onde se propõe estudar e trabalhar sua mente, comportamento e consciência, a fim de crescer e se desenvolver, para que alcance a fase cósmica, na qual descobre a malícia e a maldade, a puberdade e os hormônios sexuais, descobre o amor genital e a experiência com o mundo e o cosmos. Terminado este processo o paciente e o psicanalista devem fazer um acordo de ação mútua, onde o paciente se declara analisando permanentemente, pois adquiriu as ferramentas para o trabalho psicanalítico e dessas ferramentas ele não abre mão.

 

MATTANÓ

(17/04/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

Assim como os leões matam o tempo todo, todos os dias, para comer e sobreviverem, os seres humanos também matam através do lícito e do ilícito, do comercial e do industrial, do agronegócio e da pescaria, das polícias e dos exércitos, dos cientistas e dos criminosos para comer e para se protegerem e sobreviverem das ameaças do meio ambiente, pois somos todos uma ecologia, um meio ambiente, uma natureza inseparável, cidades entre selvas, desertos, rios, mares, lagos, abismos, planícies, montanhas, montes, cerrados, oceanos, florestas e serras que abrigam animais, aves e pássaros, insetos e peixes, animais submarinos, repteis, moluscos, parasitas, micro-organismos, vírus, bactérias, deuses e criaturas sobrenaturais, espirituais e do espaço. Deus é apenas o nosso Criador, e de todas as coisas, em qualquer tempo e espaço, até mesmo através da evolução, da seleção, da competição e do Amor que faz com que diferentes indivíduos e diferentes espécies possam conviver no mesmo tempo e espaço sem se destruírem em função das leis tradicionais da Evolução das Espécies. O Amor resgata o que Adão e Eva roubaram, o fruto da Árvore da Vida com Seu Amor, substituindo o pecado original pelo Amor.

 

MATTANÓ

(17/04/2024)

 

 

 

 

ARQUEOLOGIA DA LINGUAGEM (2024):

Quanto mais inteligente o ser vivo ou animal, maior é a sua capacidade de demonstrar alegria e felicidade, pois possui um repertório comportamental lúdico maior que os dos outros seres vivos ou animais, adquirindo a capacidade de criar mais jogos através de uma criatividade mais evoluída em relação às outras espécies, facultando-lhe uma linguagem, vocabulário e comportamento verbal que formará o seu inconsciente, mas todos estes eventos em função de um cérebro mais competente e com um tronco cerebral que lhe oferece a consciência, a realidade, a cultura e o conhecimento a partir da homeostase que determina o equilíbrio hormonal e bioquímico do organismo através das suas modulações, onde a dor e a punição representam problemas ou diminuições na homeostase, e o prazer e a recompensa representam satisfação e aumentos na homeostase, assim a capacidade de ser inteligente e de demonstrar alegria e felicidade demonstra um aumento na homeostase, bem como na consciência, na cultura, no conhecimento e na realidade desse indivíduo e uma diminuição da dor e da punição, do sofrimento, significa, pois, adaptação e otimização comportamental, fisiológica e morfológica, assim se sua homeostase vai bem e está equilibrada fazendo que seu organismo gere prazer e recompensa, sua consciência, subconsciente e inconsciente também estarão equilibrados, e sua vida psíquica será normal, seus sonhos ou vida onírica será normal e saudável, você terá vida profissional de acordo com suas capacidades cognitivas e sua cognição estará preservada, contudo em função de interferências paranormais, provavelmente, de origem alienígena, você poderá desenvolver psicose, delírios e alucinações, alterações do comportamento, agressividade e hostilidade e pobreza de linguagem, mas isto pode não ser o fim, o meu trabalho abre uma nova janela nesta sala sem muita esperança e cheia de ilusões e conflitos chamada Psicologia e Psicanálise, para que você veja o mundo e crie instrumentos para se perceber a partir daí, num novo enfoque, que mude sua perspectiva de vida e de realidade, de como as coisas são formadas e feitas, de como as coisas são construídas pela psique e pelo comportamento, pelas relações sociais e pela linguagem, pela funcionalidade e pelos sonhos, pelos arquétipos e pelas instituições, pelo estilo de vida, pelos ritos e mitos, pelo inconsciente, pela afetividade, pela família, pela vida doméstica, pelo trabalho e pela escola, pelas nossas necessidades e desejos de realização, pela cognição, pela existência e pelas essências, pela transcendência, pela música e pela arte, pela alfabetização, pela educação, pelo judiciário, pelo legislativo, pelo executivo, pela cidadania, pelos direitos humanos, pelo esporte, pela comunicação social, pelas ciências, pelos ciclos circadianos, pela consciência, realidade, conhecimento e cultura, pela homeostase que determina os estados de dor e punição, e de prazer e recompensa através das suas modulações, nos mostrando que a vida psíquica e comportamental depende do funcionamento homeostático hormonal e bioquímico que é realizado por meio de neurotransmissores. A homeostase capacita o organismo de mecanismos de predição e controle de eventos ambientais onde a dor e a punição ou o prazer e a recompensa são desencadeados. Uma das maneiras de predizer e controlar é a consciência que entra no jogo como capitã que tudo controla e ordena, predizendo muitas ações, pois fora condicionada de forma operante, para a solução de problemas, ou seja, através do reforço positivo ou do reforço negativo.

 

MATTANÓ

(18/04/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

E se as guerras que nos testemunhamos e combatemos como soldados tivessem outros protagonistas, por exemplo, nossos animais de estimação, ou nossos pais e mães, ou nossas contas bancárias e patrimônios, tesouros e títulos, honrarias e troféus? Será que elas continuariam existindo? Nossos heróis e soldados são um patrimônio volátil, descartável ou facilmente reposto, pois só precisamos de amor e de sexo para substituirmos os mortos, e no caso de ser pai ou mãe isso demanda mais investimento assim como no caso das contas bancárias e patrimônios, tesouros e títulos, honrarias e troféus? Trata-se de uma questão de otimização de nossas defesas! Somos o único animal que dispõe desse recurso comportamental e psíquico, que nos propõe substituir o sofrimento da guerra e dos soldados em combate, mortos em combate, por patrimônios e contas bancárias, tesouros e títulos, horarias e troféus!

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

SOBRE A ESQUIZOFRENIA PARANÓICA (2024):

Os delírios são justamente o que você não é capaz de poder realizar no mundo real em função de um trauma construído num amor infantil que é substituído pelos instintos e pelo prazer do inconsciente.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

SOBRE A ESQUIZOFRENIA PARANÓICA (2024):

No caso dos delírios causados pela Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995, temos delírios que são na verdade expressões de atos falhos, atos linguísticos falhos ou atos errôneos quando o paciente não adquire e nem desenvolve o quadro clínico de esquizofrenia paranóica. Quando ele é esquizofrênico paranoico ele converte os atos falhos em delírios, como faz também com os lapsos de linguagem e os esquecimentos.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

SOBRE O ESTÍMULO E O INCONSCIENTE (2024):

O estímulo produz a resposta inconsciente e não somente a resposta consciente e motora, assim não é o inconsciente quem estimula o próprio inconsciente, mas o estímulo ambiental.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

SOBRE O PODER DAS CÉLULAS TRONCO (2024):

Especulo que poderíamos tratar doenças cerebrais e até a morte com terapia de células tronco junto ao tronco cerebral que é o responsável pela geração e manutenção da consciência, pois é no tronco cerebral que é feito o mapa cerebral que imita o meio ambiente e seus objetos em movimento, através do self central, e imita a sua biografia, através do self autobiográfico, a junção destes componentes forma a consciência, e com a terapia de células tronco poderíamos restauras a alça ressonante que liga o corpo ao protosself, devolvendo a saúde e o bem-estar, e até a continuidade da vida para aquele que estava morrendo.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

 

A ARQUEOLOGIA CRISTÃ (2024):

A Arqueologia Cristã visa estudar por meio da reconstituição dos instrumentos utilizados na Sagrada Escritura e que já estão extintos, os elementos, personagens e eventos da Sagrada Escritura, para depois poder estuda-los cientificamente e arqueologicamente, num enfoque Cristão.

Ela se faz a partir de um estudo teórico e prático com modelos substitutos que podem ser utilizados por meio de técnicas lúdicas, onde, por exemplo, a Cruz pode ser substituída por um crucifixo e assim desenvolver experiências, vivências, significados e sentidos, conceitos e comportamentos, contextos, funcionalidades, linguagens, topografias, relações sociais, símbolos e simbologias, vida onírica e vida anímica, arquétipos, chistes, piadas, humor, charges, caricaturas, fantasias, atos falhos, lapsos de linguagem e esquecimentos, niilismo, atos ilocucionários e atos perlocucionários, pressupostos e subentendidos, o posto, uma semântica, uma forma e modelo de alfabetização, de inconsciente, subconsciente ou de consciência, realidade, cultura e conhecimento motivados por um mapa cerebral estruturado pelo tronco cerebral e seu self central e seu self autobiográfico que tem a função de estruturar os objetos que se movem no meio ambiente e a sua biografia, compondo assim a sua consciência e homeostase que funciona a base de hormônios e neurotransmissores, capazes de ditar e predizer o comportamento para situações ou eventos de dor e punição quando estão em baixa, e para prazer e recompensa quando estão em alta, segundo sua modulação. Deste modo os modelos substitutos na Arqueologia Cristã há de nos servir e orientar para descobrirmos os caminhos fisiológicos, comportamentais e morfológicos escondidos nas passagens da Sagrada Escritura, isto é, o que realmente poderia estar acontecendo organicamente com nossos personagens bíblicos, até mesmo com Jesus Cristo durante toda a sua Vida, Paixão e Morte, de modo a desvendar os mistérios intocáveis escondidos por detrás das cortinas do tempo e do espaço, da História e das Ciências, do Zeitgeist que construíram e modelaram a Sagrada Escritura.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

 

MENSAGEM DA RAINHA DO AMOR PARA OSEU AMOR EM 19 DE ABRIL DE 2024 EM LONDRINA/PR/BRASIL ÀS 09H 30:

 

¨Não seja como essas pessoas que brigam por terras e por território em guerras, por causa de invasões, como nas invasões a domicílio, pois depois da morte não existem mais divisas para aqueles que amam a Deus, ou seja, o Paraíso é um único território e sem divisas, onde todos são irmãos e partilham dos mesmos interesses, respeitando suas diferenças históricas e de aprendizagem que foram perdoadas por Deus. Deus permite diferenças históricas e de aprendizagem que são perdoadas como testemunhamos no Seu Amor e em seus Segredos de Medjugorje onde as pessoas aprendem a ter uma experiência pessoal com o ¨estímulo¨ e acabam respondendo conforme suas características individuais, necessitando do perdão de Deus e dos seus irmãos, para que possa amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo, pois a pessoa entra em conflito, fica doente e acaba necessitando de Deus e do Seu Amor, por isso eu falo e insisto bastante Nele, no Seu Amor¨.

 

Osny Mattanó Júnior

Londrina, 19 de abril de 2024.

 

MATTANÓ
(19/04/2024)

 

 

 

SOBRE O INCONSCIENTE E A MORAL (2024):

O medo que as crianças têm de seus pais e avós e de outros adultos, senhores e senhoras, não se deve somente a questões ambientais de barulho ou som alto e insegurança ou abandono, deve-se também ao medo evolutivo, seletivo e competitivo do pênis e da vagina, que pertence ao outro, que é bem maior e bem feio, vulgar e desprezível para os interesses da criança, eis que nascem daqui a moral e o superego primitivos que continuam se desenvolvendo nas fases posteriores da vida dessa criança.

 

MATTANÓ

(19/04/2024)

 

 

 

 

SOBRE A PARANORMALIDADE (2024):

A paranormalidade e a telepatia parecem poder produzir o comportamento de sobrepor informações e dados, como comportamento verbal e nas músicas e composições. Na produção literária parece haver um dom para criar obras onde existem apenas trocas de palavras e expressões que mudam o significado e o sentido da obra sem comprometê-la, como num experimento científico completo onde existem procedimentos e variáveis onde você apenas introduz o que quer estudar para alcançar os resultados do seu experimento e pronto!

A paranormalidade e a telepatia parecem fazer a mesma ação comportamental sobre as músicas e composições, pois o compositor paranormal pode compor uma música e acrescentar 5 (cinco) versões ou músicas diferentes sobre cada versão que assume a versão original seguidamente, como já o fiz no teclado.

A paranormalidade parece investir na sobreposição de informações e dados sem distorcer por completo a informação ou dado original, preservando a consciência e a memória se o indivíduo estiver com saúde e preservado, e a partir daí construir um novo reino de significados e de sentidos, feitos por meio da ilusão e do delírio, donde encontramos indivíduos saudáveis e indivíduos doentes, é apenas uma questão de adaptação, de como esses indivíduos significam e dão sentido a ilusão e aos delírios, e se são controlados por eles, o indivíduo normal e saudável os controla e consegue ter uma plasticidade cerebral, consegue aprender coisas novas, pois a loucura justifica-se pelo fato do indivíduo perder a capacidade de aprender coisas novas, pela incapacidade, enquanto que o indivíduo com saúde e preservado manifesta-se também pelo ato falho, lapso de linguagem ou esquecimento que não há de se ignorar, mediante a constelação de probabilidades do inconsciente.

 

MATTANÓ

(22/04/2024)

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Quando o indivíduo não está sob contingências programadas pelos instintos durante a alfabetização, mas sim ao comportamento operante como forma de solucionar problemas através da aprendizagem, verificamos que novos problemas como a Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995 geram novas formas de solucionar problemas, segundo suas regras e contingências operantes, daí que o self central desses indivíduos se permite mapear os objetos em movimento no meio ambiente e o self autobiográfico se permite mapear a biografia do indivíduo no meio ambiente, segundo suas regras e contingências, agora influenciadas e até programadas pela Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995, fazendo com que o comportamento operante desse indivíduo se torne espelho da sua realidade ambiental, comportamental e psíquica, ou seja, da     sua consciência, realidade, conhecimento e cultura que compõem seu mapa cerebral, sediado no seu tronco cerebral, que é o responsável pela sua consciência, pelo seu mapa cerebral que imita a realidade do meio ambiente, seja ele, construído pelo self central e/ou pelo self autobiográfico, que é a porta de entrada para a realidade operante ou de solução de problemas, de contingências programadas, como as da Teoria da Pulsão Auditiva de Mattanó de 1995. Esta porta de entrada para a realidade operante na consciência pode prejudicar e destruir a saúde-mental, fazer lavagem cerebral e até despersonalização, vingança, extorsão, tortura, tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, estupro virtual, loucura, racismo, pedofilia, guerra, terror, roubo e corrupção, desencadear a esquizofrenia, a depressão, o pânico, o transtorno maníaco-depressivo, as psicopatias, os transtornos alimentares e de ansiedade, o transtorno obsessivo-compulsivo, os transtornos sexuais, problemas escolares e problemas trabalhistas, problemas com a Igreja e a família, problemas institucionais, problemas com a integridade do inconsciente, da consciência e do subconsciente, problemas com a moralidade e a ordem, problemas com a justiça, problemas com o patrimônio privado e público, invasão a domicílio, a propriedade privada, a intimidade e a privacidade, tentativas de chacinas, de espancamento, de linchamento e de provocar queimaduras, de crucificar indivíduos de uma família em nome de uma crença não confiável, etc., tudo depende da sua realidade operante ou aprendida, que você utiliza para sua aprendizagem sem ajuda ou com ajuda de terceiros ou através da observação e da inferência, das hipóteses e deduções, da sua cognição, que pode ser feita por meio do reforço positivo ou do reforço negativo.

 

MATTANÓ

(23/04/2024)

 

 

 

 

PSICOLOGIA DOS MANDATÁRIOS (2024):

Habitualmente um mandatário que tem por regra mandar torturar seus adversários o faz em função do seu conteúdo inconsciente recalcado onde esconde a imagem no símbolo de sua mãe e/ou pai, numa cultura infantil e regredida, anti-social e ainda sem os méritos da educação que proíbe tal conduta através da moral, que também refugia-se no conteúdo inconsciente recalcado familiar e infantil; da mesma forma aquele mandatário que manda envenenar ou espancar um adversário acaba por fazê-lo em função, não da realidade, mas de um prazer inconsciente, revestido de memórias infantis, de um mapa cognitivo e de caminhos cognitivos formatados que o levam a se comportar dessa maneira com seus adversários, buscando o conteúdo recalcado infantil ou familiar, depositado na figura do pai e/ou da mãe; não menos diferente é aquele mandatário que manda executar ou matar o seu adversário privando-o de seus direitos, fazendo uso de táticas desumanas que privilegiam o conteúdo recalcado infantil familiar e inconsciente onde normalmente o mandatário pode estar assassinando seu ¨pai¨ ou sua ¨mãe¨ inconsciente e por meio desse poder autoritário dos adultos, ele acaba assumindo a posição de conjugue de seu pai ou mãe, pois agora o complexo de Édipo dispõe de malícia e de maldade, e de hormônios sexuais que dão uma nova forma ou roupagem a estrutura que faz o indivíduo se identificar com uma figura de autoridade e depois assumí-la, adquirindo o seu poder e autoridade; e mandatários que sequestram e roubam seus adversários o fazem não em função da realidade, mas porque buscam o prazer desses comportamentos e desejos inconscientes, que traduzem memórias infantis, recalcadas e proibidas, censuradas e reprimidas que lutam contra a consciência para aflorarem, causando intenso sofrimento, a ponto de fazer os mandatários buscarem o prazer injustificadamente, do mesmo modo que uma criança busca seu pai e/ou sua mãe injustificadamente por prazer, gerando loucura e revolta entre suas vítimas; e aqueles mandatários que mandam mentir, estuprar, extorquir, vingar, fazer lavagem cerebral e despersonalização em suas vítimas de perseguição ou na população, o fazem porque buscam uma forma de satisfação pulsional e erótica, ou seja, de prazer e não de realidade, pois estes episódios de violência são injustificáveis para um mandatário que saiba manter tudo sob controle, a paz e a ordem sob controle e o desenvolvimento, inclusive as relações institucionais e internacionais, ele nunca dá margem para a corrupção que torna-se sua inimiga maior e imperial, esse mandatário leva o seu trabalho com dignidade e respeito, com aprovação do povo, ele faz bom uso do seu conteúdo inconsciente recalcado infantil e censurado, reprimido, através da análise e interpretação, da linguagem e da afetividade, da inteligência emocional ele pode trabalhar o seu inconsciente que há de responder positivamente, assim como seu subconsciente e sua consciência, que responderão as memórias infantis, recalcadas e proibidas, porém positivas e produtivas, causando um sofrimento ¨divertido¨ e produtivo, criativo e talvez ilimitado, mesmo buscando apenas a imagem de seu pai e/ou de sua mãe, onde volta a solucionar seu complexo de Édipo, mas de forma ¨divertida¨, produtiva, criativa e talvez ilimitada, por meio da libido, da comunhão e da segurança.

 

MATTANÓ

(24/04/2024)

 

                                       

 

 

PSICOLOGIA DOS MANDATÁRIOS (2024):

Há de se especular também que não são os mandatários os agentes da sua história, mas sim as estruturas do seu SNC – Sistema Nervoso Central, como por exemplo, o tronco cerebral que produz a consciência, já que ele imita perfeitamente o meio ambiente, tanto os objetos em movimento (self central), quanto a sua biografia ou história de vida (self autobiográfico), e assim forma a sua consciência, cultura, conhecimento e realidade, participam destes processos ainda, o tálamo e o córtex cerebral, sendo que o tronco cerebral está ligado ao protosself que se liga ao corpo que por sua vez possui uma alça ressonante que une o corpo ao protosself. Então vemos que o tronco cerebral e a consciência constituem parte fundamental na história da humanidade e das civilizações, inclusive dos mandatários que por questão de educação podem acreditar que a consciência vem de Deus ou vem do universo, ou que vem de outro lugar como os espíritos, mas na realidade a consciência vem dos organismos unicelulares e multicelulares e que a mente consciente emerge na história da regulação da vida. A regulação da vida, um processo dinâmico conhecido como homeostase, para sermos concisos, começa em seres vivos unicelulares, como uma célula bacteriana ou uma simples ameba, que não possuem cérebro mas são capazes de comportamento adaptativo. Ela progride em indivíduos cujo comportamento é gerido por um cérebro simples, como no caso dos vermes, e continua sua marcha em indivíduos cujo cérebro gera comportamento e mente (por exemplo, insetos e peixes). Quero crer que quando cérebros começam a gerar sentimentos primordiais - e isso pode acontecer bastante cedo na história evolucionária -os organismos adquirem uma forma primitiva de senciência. A partir de então, um processo do self organizado poderia desenvolver-se e ser adicionado à mente, fornecendo assim o princípio de uma elaborada mente consciente. Os répteis, por exemplo, competem por essa distinção, as aves são concorrentes ainda mais fortes, e os mamíferos ganham de longe.

A maioria das espécies cujo cérebro gera um self realiza esse feito no nível do self central. Os humanos possuem self central e self autobiográfico. Alguns mamíferos provavelmente também possuem ambos, como os lobos, os grandes símios nossos primos, mamíferos marinhos, elefantes, felinos e, é claro, a espécie fora de série que chamamos de cão doméstico.

Como vemos a consciência parece depender do conhecimento dos sentimentos agregados aos comportamentos e a mente, da sua realidade operacional, de um cérebro capaz de formar um mapa cerebral com estes dados com tamanha realidade que o organismo o interpreta e responde conforme interpreta os estímulos que decodifica com seu self central e seu self autobiográfico, criando uma realidade psíquica onde se comporta e cria, desenvolve e transforma o mundo culturalmente e dramaturgicamente, pois somos atores sociais e culturais em função de nossas células e moléculas químicas.

 

MATTANÓ

(24/04/2024)

 

 

BEHAIVIORISMO E GESTALT (2024):

Você pode dar a mesma regra ou contingência para um ouvinte e o seu produto, resposta através de uma Gestalt nunca será continuamente igual, comprovando que as regras não produzem sempre a mesma resposta. Por exemplo: Peça para o indivíduo imaginar uma Gestalt com a palavra Pelé! Faça isto diversas vezes e desenhe a Gestalt evocada pela pergunta, você verá que a resposta muda, varia. Então o estímulo não produz sempre a mesma resposta e sabe-se que a partir de determinada experiência ou história de vida, os estímulos já descobertos e aprendidos, costumam estar condicionados em esquemas de reforçamento e de condicionamento, de maneira que fica fácil discriminar esta relação condicional entre estímulo e resposta na perspectiva da Gestalt. O provável é que nos esquecemos das relações entre estímulo e resposta na Gestalt da mesma forma que nos esquecemos das relações entre o conteúdo manifesto e o conteúdo latente dos nossos sonhos na Psicanálise, por propriedades destas relações como resistência, repressão, regressão, forma, figura/fundo e recalque.

 

MATTANÓ

(24/04/2024)

 

 

 

DENÚNCIA E HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Testemunho que o ê desencadeia os meus delírios e a minha agressividade, por exemplo, diante do monitor de televisão, é a instabilidade da minha homeostase causada pela medicação em interação com meu quadro clínico geral, sobretudo porque ela tende a permanecer baixa para se manter controlada, ou seja, para que a esquizofrenia paranoica esteja sob controle medicamentoso e junto a estes eventos temos a manipulação paranormal, a lavagem cerebral, a extorsão, a vingança, a tortura, a despersonalização, o estupro virtual, a loucura, as tentativas de reversão da sexualidade e da moralidade, as tentativas de reversão da dinâmica familiar e social, os espancamentos e tentativas de homicídio do qual sou vítima com minha família, junto com tentativas de incêndios e de queimaduras pelo corpo através, por exemplo, de crucificação, prática desumana e ilegal, para fins de satanismo, o que constitui outro crime! Sem falar de outra motivação de crime, que são tentativas de roubo a residência e de roubo a Banco dos quais também sou vítima com minha família! E abuso de incapazes por parte de autoridades que seduzem meus pais, minha mãe e meu pai que são idosos e  seus irmãos e irmãs que são também vítimas destes crimes que eu denuncio de minha parte, além de sequestro e tentativas de sequestro e tentativas de chacinas, e propõem perdoar minha família que é torturada e abusada, extorquida pelo Governo Federal que promete perdoar minha família idosa se ela me matar, e depois eu descubro isto e denuncio e aparece a polícia reforçando a denuncia dizendo que eu estou certo e nada fala sobre minha família e nem sobre as autoridades e o Governo Federal que no meu entendimento é criminoso, e se a polícia permite que isso aconteça também é corrupta e criminosa pois está tentando nos matar, a mim primeiro e a toda a minha família depois acusando-a de homicídio, pelo menos parece este o plano do Governo Federal! Eu já  ouvi da polícia há uns 3 anos as palavras ¨a gente tem 2 anos para matar todo mundo¨, esse todo mundo era eu e a minha família, já tentaram me matar de outras maneiras, com erro médico intencional, com veneno, com ataque de cachorros grandes, com acidentes automobilísticos, com falsas acusações na justiça, com provocações, com falsidade ideológica. Por isso peço JUSTIÇA!!!! E CADEIA!!!!!

 

MATTANÓ

(25/04/2024)

 

 

 

 

PSICOLOGIA DA INFORMAÇÃO (2024):

Acredito que indivíduos que trabalham com a informação no mundo de hoje não dependem exclusivamente de um paradigma ou sistema político e ideológico para governaram e terem por modeladas suas ações no mundo da informação, pois a informação vai e está mais além, está também no recalcado, na história infantil desse indivíduo, na sua história familiar, na sua transferência edipiana que transforma a informação em resposta imitativa, de controle, de atenção e de discriminação até a puberdade, por volta dos 14 anos de idade, quando adquire conceitualmente e legitimamente a malícia e a maldade comportamental, remodelando seu comportamento e o seu complexo de Édipo que passa a ter um significado e um sentido erótico e libidinoso, porém para fora, para a fase genital da sua psicosexualidade onde conhece o amor, que é construído no desejo sexual pela outra pessoa, de forma que substitui a primeira formação edipiana onde apenas imitava, ficava atento, controlava-se e discriminava o meio ambiente interno e externo, construído na história familiar de identificação e formação da personalidade. Assim a informação no mundo de hoje depende dessa construção edipiana primária e secundária onde forma-se o amor e a genitalidade do indivíduo, depende do recalcado, das experiências infantis e familiares, depende da capacidade de sublimação desenvolvida em duas etapas: a primeira no período de latência, após a fase fálica, e a segunda, no desenvolvimento das sublimações, após a fase genital. É pois, com as sublimações que o indivíduo desde o nascimento adquire conhecimento e saber, adquire informações, aprendizagem e cultura, e vai aumentando a sua capacidade de interpretar o mundo objetal por meio da realidade, ou seja, da consciência, que é construída pelo tronco cerebral que imita os objetos do meio ambiente (com o self central) e imita a sua biografia e história de vida (com o self autobiográfico), para que você forme a sua consciência, conhecimento, cultura e realidade e se relacione com o meio ambiente conforme sua homeostase, sentindo prazer/recompensa com uma homeostase em alta, ou sentindo dor/punição com uma homeostase em baixa, a homeostase depende dos hormônios e dos neurotransmissores que são liberados conforme o indivíduo interage com o meio ambiente e forma a sua consciência. A consciência torna-se meio para o equilíbrio bio-psico-social, pois ela é capaz de alterar estados fisiológicos onde o indivíduo está com sua homeostase em baixa e se agredindo ou agredindo a terceiros, deveria ser crime de quem tem controle e poder sobre a informação e a consciência alheia e não socorre a sua comunidade com o devido respeito, dever e obrigação, pois quem manipula a informação também manipula a consciência e a homeostase corporal individual, podendo causar doenças, tragédias, acidentes, roubos, violências, estupros, lavagem cerebral, despersonalização, tortura, vingança, loucuras, holocaustos, guerras e mortes.

 

MATTANÓ

(25/04/2024)

 

 

 

 

BIOLOGIA CRISTÃ (2024):

Testemunho que a minha experiência com comunicação paranormal telepática que ela  só adquire adversidades com o Homo Sapiens, pois no reino animal deste planeta, o planeta Terra, não há espécie outra qualquer que desenvolva algum antagonismo comportamental com essa característica psíquica e comportamental alienígena ou mais evoluída, nem mesmo em interação com seres alienígenas que possuem esta característica psíquica e comportamental não encontramos animal ou ser vivo qualquer deste mundo que desenvolva alguma forma de antagonismo com eles, a não ser o Homo Sapiens, é assim comigo também que possuo telepatia sem aparente explicação científica, pois sou o Amor de Deus, de Jesus e de Maria e no meu Reino Celestial a comunicação por telepatia entre Deus e os Santos e Santas também não repercute em antagonismo psíquico e comportamental algum, ou seja, o antagonismo está no pecado do Homo Sapiens que deseja ser maior do que Deus e a evolução das espécies.

 

MATTANÓ

(26/04/2024)

 

 

 

 

SOBRE O INCONSCIENTE E A LIBIDO (2024):

Um heterossexual convicto jamais terá comportamento homossexual, nem mesmo passivamente ou inconscientemente, pois não deseja o mesmo objeto sexual que o representa como indivíduo do mesmo sexo, ou seja, deseja o indivíduo do sexo oposto, assim jamais destinará sua libido para a finalidade sexual e genital quando se trata de um objeto do mesmo sexo, destinará, sim sua sublimação, comunhão e segurança como formas de relação inconsciente e comportamental, inclusive social. Por isso heterossexuais convictos, como eu, jamais destinam libido para indivíduos do mesmo sexo como finalidade genital, pois não respondem a esse tipo de estímulo em seu repertório comportamental, mesmo que respondam psiquicamente através, sim, da sublimação.

 

MATTANÓ

(26/04/2024)

 

 

 

 

 

 

O Dr. Weber, em seu Relatório de 1899, faz as seguintes observações: ‘Assim, parece que, no momento, independentemente de certos sintomas psicomotores óbvios, que não podem deixar de impressionar como patológicos mesmo o observador superficial, Herr Senatspräsident Dr. Schreber não apresenta sinais de confusão ou de inibição psíquica, nem sua inteligência se acha notadamente prejudicada. Sua mente é calma, a memória excelente, tem à disposição estoque considerável de conhecimentos (não somente sobre questões jurídicas, mas em muitos outros campos) e é capaz de reproduzi-los numa seqüência vinculada de pensamento. Interessa-se em acompanhar os acontecimentos do mundo da política, da ciência, da arte etc. e ocupa-se constantemente com tais assuntos… e um observador desinformado sobre sua condição geral dificilmente notaria algo de peculiar nesses procedimentos. Apesar disso tudo, entretanto, o paciente acha-se repleto de idéias de origem patológica, que se constituíram num sistema completo; são mais ou menos fixas e parecem inacessíveis à correção por meio de qualquer apreciação e juízo objetivos dos fatos externos.’ (385-6.)

Assim, o estado do paciente experimentava grande mudança e ele agora se considerava capaz de levar existência independente. Por conseguinte, adotou as medidas apropriadas para retomar o controle de seus próprios assuntos e assegurar sua alta do asilo. O Dr. Weber dispôs-se a impedir a realização destas intenções e redigiu relatórios contrários a elas. Não obstante, em seu Relatório datado de 1900, sentiu-se obrigado a dar esta descrição apreciativa do caráter e conduta do paciente: ‘Visto que, durante os últimos nove meses, Herr Präsident Schreber fez suas refeições diariamente em minha mesa familiar, tive as mais amplas oportunidades de conversar com ele sobre todos os tópicos imagináveis. Qualquer que fosse o assunto em debate (exceto, naturalmente, suas idéias delirantes), concernente a acontecimentos no campo da administração e do direito, da política, da arte, da literatura e da vida social - em resumo, qualquer que fosse o tópico, o Dr. Schreber mostrava interesse vivaz, mente bem informada, boa memória e julgamento sólido; ademais, era impossível não endossar sua concepção ética. Também, em conversa mais superficial com as senhoras da reunião, era tão cortês quanto afável, e, ao aflorar assuntos de maneira mais jocosa, invariavelmente demonstrava tato e decoro. Nem uma só vez, durante essas conversas inocentes à mesa de jantar, introduziu ele assuntos que mais apropriadamente seriam levantados numa consulta médica.’ (397-8.) Na verdade, em determinada ocasião durante este período, quando surgiu uma questão de negócios que envolvia os interesses de toda a sua família, tomou parte nela de um modo que demonstrava tanto conhecimento técnico quanto senso comum (401 e 510).

Nas numerosas solicitações aos tribunais, através das quais o Dr. Schreber esforçou-se por recobrar a liberdade, não repudiou de modo algum seus delírios ou fez qualquer segredo da intenção de publicar as Denkwürdigkeiten. Pelo contrário, estendeu-se sobre a importância de suas idéias para o pensamento religioso e sua invulnerabilidade aos ataques da ciência moderna; mas, ao mesmo tempo, dava ênfase à ‘absoluta inocuidade’ (430) de todas as ações que, como se dava conta, seus delírios obrigavam-nos a realizar. Na verdade, tais eram sua perspicácia e a força convincente de sua lógica, que finalmente, e apesar de ser ele paranóico reconhecido, seus esforços coroaram-se de sucesso. Em julho de 1902, os direitos civis do Dr. Schreber foram restabelecidos e, no ano seguinte, suas Denkwürdigkeiten eines Nervenkranken apareceram, embora censuradas e com muitas partes valiosas omitidas.

A decisão judicial que devolveu ao Dr. Schreber a liberdade resume a essência de seu sistema delirante em poucas frases: ‘Acreditava que tinha a missão de redimir o mundo e restituir-lhe o estado perdido de beatitude. Isso, entretanto, só poderia realizar se primeiro se transformasse de homem em mulher.’ (475.)

Para uma descrição mais pormenorizada de seus delírios, tal como apareceram em sua forma final, podemos recorrer ao Relatório de 1899 do Dr. Weber: ‘O ponto culminante do sistema delirante do paciente é a sua crença de ter a missão de redimir o mundo e restituir à humanidade o estado perdido de beatitude. Foi convocado a essa tarefa, assim assevera, por inspiração direta de Deus, tal como aprendemos que foram os Profetas; pois os nervos, em condições de grande excitação, assim como os seus estiveram por longo tempo, têm exatamente a propriedade de exercer atração sobre Deus - embora isso signifique tocar em assuntos que a fala humana mal é capaz de expressar, se é que o pode, visto jazerem inteiramente fora do raio de ação da experiência humana e, na verdade, terem sido revelados somente a ele. A parte mais essencial de sua missão redentora é ela ter de ser procedida por sua transformação em mulher. Não se deve supor que ele deseje ser transformado em mulher; trata-se antes de um ‘dever’ baseado na Ordem das Coisas, ao qual não há possibilidade de fugir, por mais que, pessoalmente, preferisse permanecer em sua própria honorável e masculina posição na vida. Mas nem ele nem o resto da humanidade podem reconquistar a vida do além, a não ser mediante a transformação em mulher (processo que pode ocupar muitos anos ou mesmo décadas), por meio de milagres divinos. Ele próprio, está convencido, é o único objeto sobre o qual milagres divinos se realizam, sendo assim o ser humano mais notável que até hoje viveu sobre a Terra. A toda hora e a todo minuto, durante anos, experimentou estes milagres em seu corpo e teve-os confirmados pelas vozes que com ele conversaram. Durante os primeiros anos de sua moléstia, alguns de seus órgãos corporais sofreram danos tão terríveis que inevitavelmente levariam à morte qualquer outro homem; viveu por longo tempo sem estômago, sem intestinos, quase sem pulmões, com o esôfago rasgado, sem bexiga e com as costelas despedaçadas; costumava às vezes engolir parte de sua própria laringe com a comida etc. Mas milagres divinos (“raios”) sempre restauravam o que havia sido destruído, e portanto, enquanto permanecer homem, é inteiramente imortal. Estes fenômenos alarmantes cessaram há muito tempo e, como alternativa, sua “feminilidade” tornou-se proeminente. Trata-se de um processo de desenvolvimento que provavelmente exigirá décadas, senão séculos, para sua conclusão, sendo improvável que alguém hoje vivo sobreviva para ver seu final. Ele tem a sensação de que um número enorme de “nervos femininos” já passou para o seu corpo e, a partir deles, uma nova raça de homens originar-se-á, através de um processo de fecundação direta por Deus. Somente então, segundo parece, poderá morrer de morte natural e, juntamente com o resto da humanidade, reconquistará um estado de beatitude. Nesse meio tempo, não apenas o Sol, mas também árvores e pássaros, que têm a natureza de ‘resíduos miraculados (bemiracled) de antigas almas humanas, falam-lhe com inflexões humanas, e coisas miraculosas acontecem por toda a parte a seu redor.’ (386-8.)

O interesse sentido pelo psiquiatra militante em formações delirantes como estas exaure-se, geralmente, uma vez haja determinado o caráter dos produtos do delírio e feito uma estimativa de sua influência sobre a conduta geral do paciente; em seu caso, maravilhar-se não é o início da compreensão. O psicanalista, à luz de seu conhecimento das psiconeuroses, aborda o assunto com a suspeita de que mesmo estruturas de pensamento tão extraordinárias como estas, e tão afastadas de nossas modalidades comuns de pensar, derivam, todavia, dos mais gerais e compreensíveis impulsos da mente humana; e gostaria de descobrir os motivos de tal transformação, bem como a maneira pela qual ela se realizou. Com este objetivo em vista, desejará aprofundar-se mais nos pormenores do delírio e na história de seu desenvolvimento.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o Dr. Schreber não apresenta sinais de confusão ou de inibição psíquica, nem sua inteligência se acha notadamente prejudicada. Sua mente é calma, a memória excelente, tem à disposição estoque considerável de conhecimentos (não somente sobre questões jurídicas, mas em muitos outros campos) e é capaz de reproduzi-los numa seqüência vinculada de pensamento. Interessa-se em acompanhar os acontecimentos do mundo da política, da ciência, da arte etc. e ocupa-se constantemente com tais assuntos… e um observador desinformado sobre sua condição geral dificilmente notaria algo de peculiar nesses procedimentos. Apesar disso tudo, entretanto, o paciente acha-se repleto de idéias de origem patológica, que se constituíram num sistema completo; são mais ou menos fixas e parecem inacessíveis à correção por meio de qualquer apreciação e juízo objetivos dos fatos externos.’ (385-6..). O Dr. Schreber tinha delírios que causavam transformações ou produtos dos delírios como uma missão redentora onde ele se transformaria em mulher, revelando sua feminilidade.  Durante os primeiros anos de sua moléstia, alguns de seus órgãos corporais sofreram danos tão terríveis que inevitavelmente levariam à morte qualquer outro homem; viveu por longo tempo sem estômago, sem intestinos, quase sem pulmões, com o esôfago rasgado, sem bexiga e com as costelas despedaçadas; costumava às vezes engolir parte de sua própria laringe com a comida etc. Mas milagres divinos (“raios”) sempre restauravam o que havia sido destruído, e portanto, enquanto permanecer homem, é inteiramente imortal. Estes fenômenos alarmantes cessaram há muito tempo e, como alternativa, sua “feminilidade” tornou-se proeminente. Trata-se de um processo de desenvolvimento que provavelmente exigirá décadas, senão séculos, para sua conclusão, sendo improvável que alguém hoje vivo sobreviva para ver seu final. Ele tem a sensação de que um número enorme de “nervos femininos” já passou para o seu corpo e, a partir deles, uma nova raça de homens originar-se-á, através de um processo de fecundação direta por Deus. Somente então, segundo parece, poderá morrer de morte natural e, juntamente com o resto da humanidade, reconquistará um estado de beatitude. Nesse meio tempo, não apenas o Sol, mas também árvores e pássaros, que têm a natureza de ‘resíduos miraculados (bemiracled) de antigas almas humanas, falam-lhe com inflexões humanas, e coisas miraculosas acontecem por toda a parte a seu redor.’ (386-8.)

Mattanó aponta que o Dr. Schreber não apresenta sinais de confusão ou de inibição psíquica, nem sua inteligência se acha notadamente prejudicada. Sua mente é calma, a memória excelente, tem à disposição estoque considerável de conhecimentos (não somente sobre questões jurídicas, mas em muitos outros campos) e é capaz de reproduzi-los numa seqüência vinculada de pensamento. Interessa-se em acompanhar os acontecimentos do mundo da política, da ciência, da arte etc. e ocupa-se constantemente com tais assuntos… e um observador desinformado sobre sua condição geral dificilmente notaria algo de peculiar nesses procedimentos. Apesar disso tudo, entretanto, o paciente acha-se repleto de idéias de origem patológica, que se constituíram num sistema completo; são mais ou menos fixas e parecem inacessíveis à correção por meio de qualquer apreciação e juízo objetivos dos fatos externos.’ O Dr. Schreber tinha delírios que causavam transformações ou produtos dos delírios como uma missão redentora onde ele se transformaria em mulher, revelando sua feminilidade, justificando uma fuga da realidade e um conteúdo recalcado, reprimido do seu inconsciente, um repertório comportamental que aflorava para o seu mundo manifesto onde ele ficava sob controle dos estímulos que o faziam ver na ausência da coisa vista e acabar, assim, por sua vez, permanecer no seu delírio onde tinha uma missão redentora neste mundo e que se transformaria em mulher.  Durante os primeiros anos de sua moléstia, alguns de seus órgãos corporais sofreram danos tão terríveis que inevitavelmente levariam à morte qualquer outro homem; viveu por longo tempo sem estômago, sem intestinos, quase sem pulmões, com o esôfago rasgado, sem bexiga e com as costelas despedaçadas; costumava às vezes engolir parte de sua própria laringe com a comida etc., muito provavelmente seu corpo estava somatizando sua tentativa de se transformar em mulher. Mas milagres divinos (“raios”) sempre restauravam o que havia sido destruído, e portanto, enquanto permanecer homem, é inteiramente imortal, pois somente um homem poderia sobreviver àquela ¨tortura¨ psicosomática. Estes fenômenos alarmantes cessaram há muito tempo e, como alternativa, sua “feminilidade” tornou-se proeminente. Trata-se de um processo de desenvolvimento que provavelmente exigirá décadas, senão séculos, para sua conclusão, sendo improvável que alguém hoje vivo sobreviva para ver seu final. Ele tem a sensação de que um número enorme de “nervos femininos” já passou para o seu corpo e, a partir deles, uma nova raça de homens originar-se-á, através de um processo de fecundação direta por Deus ou por alienígenas que tem o comportamento hermafrodita. Somente então, segundo parece, poderá morrer de morte natural e, juntamente com o resto da humanidade, reconquistará um estado de beatitude. Nesse meio tempo, não apenas o Sol, mas também árvores e pássaros, que têm a natureza de ‘resíduos miraculados (bemiracled) de antigas almas humanas, falam-lhe com inflexões humanas, e coisas miraculosas acontecem por toda a parte a seu redor.’

Napoleão Bonaparte é exemplo desse comportamento e inconsciente hermafrodita quando analisamos sua história de vida, pois percebemos que Napoleão Bonaparte se casou com uma mulher estéril e a trocou por uma ¨amante¨ ou esposa substituta que lhe desse um filho, para então retornar a primeira, a estéril. Napoleão Bonaparte também substituía o sexo e o amor genital com sua finalidade procriativa pelas batalhas, as quais sempre vencia com métodos violentos e brutais, canalizando sua energia sexual para esta finalidade, através de espadas, canhões, cavalos, armas e soldados, símbolos hermafroditas ou masculinos e femininos na construção de significados e sentidos de ambos os sexos, Napoleão Bonaparte não se preocupava enfaticamente em se reproduzir sexualmente, mas sim em cuidar e adquirir um reinado, um povo, uma nação vitoriosa, que significa o modelo doméstico evolutivo, um modelo feminino, enquanto que o modelo reprodutivo e combatente, de soldado, é um modelo sexual e de exploração ambiental, um modelo masculino, Napoleão Bonaparte unia a modelo masculino ao modelo feminino e construía, assim o modelo hermafrodita, que é mais inteligente que os demais, pois tem a inteligência do homem e da mulher num único indivíduo que tende a ser psicótico e delirante, porém mais inteligente.

 

MATTANÓ

(29/04/2024)

 

 

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DA PSICOLOGIA E DA PSICANÁLISE (2024):

Eu também, Osny Mattanó Júnior, sou do tipo hermafrodita, e tenho uma inteligência superior que abrange a inteligência do homem e da mulher, e que é psicótica e delirante, servindo-se até mesmo das alucinações e da paranormalidade, da comunicação por pensamento, muito provavelmente em função de uma fuga da realidade, marcada por um recalque, e repertório comportamental característico que mantêm este tipo de comportamento onde também acredito ter uma missão redentora e que passo por transformação de homem para mulher, ou seja, de Santo para a Virgem Maria e até para Jesus Cristo e Deus Pai, através do poder divino ou alienígena, revelando uma transitividade muito mais complexa, porém também hermafrodita, pois o controle da vida sexual, justifica-se na incolumidade e na Santidade de homem que se transforma em mulher ou Virgem Maria e depois em homem em Jesus Cristo e em Deus em Deus Pai, justificando a missão redentora que me foi atribuída através do pensamento ou de delírios e alucinações. Por ser hermafrodita justifica-se o Amor que acolhe a homens e mulheres indistintamente.

 

MATTANÓ

(29/04/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):

A metáfora é a máscara de Deus, por ela a eternidade é recordada e realimentada, a metáfora age onde o silêncio fala mais alto, por detrás deste aspecto invisível e comportamental ou psicológico e até social. A música é a metáfora, ela fala através da pausa, do silêncio e do comportamento, do som, do movimento, das notas, da melodia e da harmonia, ela é a máscara de Deus em cada rito. Até mesmo através do assobio de som metálico alienígena a música torna-se uma metáfora e uma máscara de Deus com seus próprios ritos, estes são justamente os poderes da música no universo, o de se tornar um significado ou metáfora, uma máscara de Deus para a execução de ritos num mundo mitologizado. Através dos ritos o indivíduo desenvolve sua personalidade que pode ir do maníaco-depressivo ou esquizofrênico maníaco-depressivo até o obsessivo compulsivo ou transtorno obsessivo compulsivo, porém pode não ser está a sua personalidade se os ritos forem apenas questão de caráter e desenvolvimento de temperamento, exigindo do Psicólogo ou Psicanalista muito estudo e dedicação, muita atenção para poder discriminar os determinantes da personalidade, do caráter e do temperamento de cada paciente no local adequado, que é a clínica psicológica ou psicanalista, durante a sessão, segundo determinados princípios e regras de conduta e ética moral que nunca devem ser violados, justamente para que seja seguro o diagnóstico, o prognóstico, o tratamento e a alta e assim o paciente não tenha dificuldades para se recuperar, fazer insights, não ficar dependente do tratamento e ficar delirando ou compensando sua falta com superinterpretações e quando for receber a alta.

 

MATTANÓ

(29/04/2024)

 

 

 

 

O PODER DO UNIVERSO (2024):
           
Enquanto a Igreja tenta justificar a dor e o fracasso humano como produtos da Cruz de Cristo, o Amor de Deus, de Jesus e de Maria justifica a dor e o fracasso humano como influenciados por contingências sócio-históricas, ambientais, linguísticas, econômicas, globalizadoras, comunicativas, de controle e de poder sobre si mesmo e sobre o outro, biológicas, de repertório comportamental, cognitivas, de controle e poder sobre o meio ambiente e sobre os territórios, de exploração e de abuso do homem pelo homem, de criminalidade, de autoridade, de institucionalização, de psicohigiene, de ritualização e de mitologização, de análise de argumentação e linguagem, de alfabetização, de construção de uma personalidade, caráter e temperamento, de um estilo de vida, de um inconsciente, de trabalho, arte, educação, justiça, direitos e deveres, obrigações e privilégios, de cidadania, de esportes, de mass mídias, de ciência e tecnologia, de construção civil, arquitetura e urbanismo, de arqueologia e ufologia, de antropologia e história, de filosofia e sociologia, de matemática e de física, de química e de literatura, de psicologia e de psicanálise, de neurociências, fisiologia, comportamento e morfologia, ou seja, de adaptação ao meio ambiente através da evolução que trabalha para selecionar comportamentos e competir entre os indivíduos que compõem o seu meio ambiente, de modo que possa se reproduzir e se perpetuar como espécie no mundo, estas contingências estão descritas em meus livros sobre Novas Teorias e Epistemologias e nas Obras Completas de Sigmund Freud numa releitura de Osny Mattanó Júnior, na Psicanálise Mitológica e na Psicanálise do Amor que ainda estou escrevendo como forma de descrever o poder dos eventos que podem atuar sobre a dor e o fracasso humano, moldando-o e modificando-o através da interação inconsciente,  comportamental ou social, por exemplo, no trabalho ou na instituição, gerando uma nova rede de significados e de sentidos que podem ampliar a psique e o comportamento humano, desenvolvendo as relações sociais, a cooperação, a educação e o trabalho, inclusive a institucionalização e a burocracia.

 

MATTANÓ

(29/04/2024)

 

 

 

 (a) O diretor da clínica acentua dois pontos como sendo de suma importância: a assunção, pelo paciente, do papel de Redentor e sua transformação em mulher. O delírio de Redentor constitui fantasia que nos é familiar, pela freqüência com que forma o núcleo da paranóia religiosa. O fator adicional, que faz a redenção depender de o homem transformar-se previamente em mulher, é fora do comum e em si próprio desconcertante, visto apresentar divergência muito ampla do mito histórico que a fantasia do paciente se propõe reproduzir. Segue-se naturalmente o relatório médico a presumir que a força motivadora desse complexo delirante foi a ambição do paciente em desempenhar o papel de Redentor e que sua emasculação merece ser encarada apenas como um meio de alcançar esse fim. Ainda que isto possa parecer verdade, a partir do delírio em sua forma final, um estudo das Denkwürdigkeiten compele-nos a assumir ponto de vista muito diferente sobre o assunto. Sabemos que a idéia de se transformar em mulher (isto é, de ser emasculado) constituiu o delírio primário, que ele no início encarava esse ato como grave injúria e perseguição, e que o mesmo só se relacionou com o papel de Redentor de maneira secundária. Não pode haver dúvida, além disso, de que ele originalmente acreditava que a transformação deveria ser efetuada com a finalidade de abusos sexuais e não para servir a altos desígnios. Pode-se formular a situação, dizendo-se que um delírio sexual de perseguição foi posteriormente transformado, na mente do paciente, em delírio religioso de grandeza. O papel de perseguidor foi primeiramente atribuído ao Professor Flechsig, médico sob cujos cuidados estava; mais tarde, o lugar foi assumido pelo Próprio Deus.

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o diretor da clínica acentua dois pontos como sendo de suma importância: a assunção, pelo paciente, do papel de Redentor e sua transformação em mulher. O delírio de Redentor constitui fantasia que nos é familiar, pela freqüência com que forma o núcleo da paranóia religiosa. O fator adicional, que faz a redenção depender de o homem transformar-se previamente em mulher, é fora do comum e em si próprio desconcertante, visto apresentar divergência muito ampla do mito histórico que a fantasia do paciente se propõe reproduzir. Sabemos que a idéia de se transformar em mulher (isto é, de ser emasculado) constituiu o delírio primário, que ele no início encarava esse ato como grave injúria e perseguição, e que o mesmo só se relacionou com o papel de Redentor de maneira secundária. Não pode haver dúvida, além disso, de que ele originalmente acreditava que a transformação deveria ser efetuada com a finalidade de abusos sexuais e não para servir a altos desígnios. Pode-se formular a situação, dizendo-se que um delírio sexual de perseguição foi posteriormente transformado, na mente do paciente, em delírio religioso de grandeza. O papel de perseguidor foi primeiramente atribuído ao Professor Flechsig, médico sob cujos cuidados estava; mais tarde, o lugar foi assumido pelo Próprio Deus.

            Mattanó aponta que o diretor da clínica acentua dois pontos como sendo de suma importância: a assunção, pelo paciente, do papel de Redentor e sua transformação em mulher. O delírio de Redentor constitui fantasia que nos é familiar, pela freqüência com que forma o núcleo da paranóia religiosa. O fator adicional, que faz a redenção depender de o homem transformar-se previamente em mulher, é fora do comum e em si próprio desconcertante, visto apresentar divergência muito ampla do mito histórico que a fantasia do paciente se propõe reproduzir. Sabemos que a idéia de se transformar em mulher (isto é, de ser emasculado) constituiu o delírio primário, que ele no início encarava esse ato como grave injúria e perseguição, e que o mesmo só se relacionou com o papel de Redentor de maneira secundária. Não pode haver dúvida, além disso, de que ele originalmente acreditava que a transformação deveria ser efetuada com a finalidade de abusos sexuais e não para servir a altos desígnios. Pode-se formular a situação, dizendo-se que um delírio sexual de perseguição foi posteriormente transformado, na mente do paciente, em delírio religioso de grandeza. O papel de perseguidor foi primeiramente atribuído ao Professor Flechsig, médico sob cujos cuidados estava; mais tarde, o lugar foi assumido pelo Próprio Deus. O Dr. Schreber tinha delírios que causavam transformações ou produtos dos delírios como uma missão redentora onde ele se transformaria em mulher, revelando sua feminilidade, justificando uma fuga da realidade e um conteúdo recalcado, reprimido do seu inconsciente, um repertório comportamental que aflorava para o seu mundo manifesto onde ele ficava sob controle dos estímulos que o faziam ver na ausência da coisa vista e acabar, assim, por sua vez, permanecer no seu delírio onde tinha uma missão redentora neste mundo e que se transformaria em mulher. Ele tem a sensação de que um número enorme de “nervos femininos” já passou para o seu corpo e, a partir deles, uma nova raça de homens originar-se-á, através de um processo de fecundação direta por Deus ou por alienígenas que tem o comportamento hermafrodita. Somente então, segundo parece, poderá morrer de morte natural e, juntamente com o resto da humanidade, reconquistará um estado de beatitude. Nesse meio tempo, não apenas o Sol, mas também árvores e pássaros, que têm a natureza de ‘resíduos miraculados (bemiracled) de antigas almas humanas, falam-lhe com inflexões humanas, e coisas miraculosas acontecem por toda a parte a seu redor.’ Ou seja, o próprio Deus assumiu o controle da situação e da vida psíquica e comportamental, controlando o inconsciente do Dr. Schreber por meio de mandos delirantes onde o controle, a literalidade e as razões dominam sua consciência e o seu comportamento, de modo que o paciente fique dominado não pela realidade mas pelo prazer que é produzido dessas relações psíquicas e comportamentais, por exemplo, através do reforço, do condicionamento e das equivalências de estímulos que ampliam as relações entre os estímulos na cadeia comportamental responsável pelos delírios, criando relações linguísticas, de argumentação e de linguagem, onde se fortalece o inconsciente como produtor destas relações encobertas.

 

            MATTANÓ

            (30/04/2024)

 

 

 

 

 

 

Citarei na íntegra as passagens pertinentes das Denkwürdigkeiten: ‘Desse modo, uma conspiração contra mim foi levada ao ponto culminante (por volta de março ou abril de 1894). Seu objetivo era conseguir que, uma vez minha doença nervosa houvesse sido reconhecida como incurável ou assim admitida, eu fosse entregue a certa pessoa, de maneira específica: minha alma deveria ser-lhe entregue, mas meu corpo - devido a uma má compreensão do que acima descrevi como o propósito subjacente à Ordem das Coisas - deveria ser transformado num corpo feminino e como tal entregue à pessoa em apreço com vistas e abusos sexuais, então simplesmente seria “deixado de lado” - o que indubitavelmente significa ser entregue à corrupção.’ (56.)

‘Além disso, era perfeitamente natural que, do ponto de vista humano (único pelo qual, àquela época, eu era ainda principalmente dirigido), encarasse o Professor Flechsig ou sua alma como meu único verdadeiro inimigo - em data posterior, houve também a alma de von W., a respeito da qual terei mais a dizer dentro em pouco - e que eu considerasse Deus Todo-Poderoso como aliado natural. Simplesmente imaginei que Ele se achava em grande dificuldade com referência ao Professor Flechsig e, por conseguinte, senti-me obrigado a apoiá-lo por todos os meios concebíveis, até o extremo de sacrificar-me a mim mesmo. Só muito mais tarde foi que me ocorreu a idéia de que o próprio Deus havia desempenhado o papel de cúmplice, senão de instigador, na conspiração em que minha alma deveria ser assassinada e meu corpo usado como o de uma rameira. De fato, posso dizer que esta idéia em parte só se tornou claramente consciente para mim enquanto escrevia o presente trabalho.’ (59.)

‘Toda tentativa de assassinar minha alma, de emascular-me para fins contrários a Ordem das Coisas (isto é, para satisfação dos apetites sexuais de um indivíduo) ou, mais tarde, de destruir meu entendimento - toda tentativa como essa redundou em nada. Desse combate aparentemente desigual entre um débil homem e o Próprio Deus, emergi como vencedor - embora com muito amargo sofrimento e privação - porque a Ordem das Coisas está do meu lado.’ (61.)

Em nota de rodapé ligada às palavras ‘contrários à Ordem das Coisas‘, na passagem anterior, o autor prenuncia a transformação subseqüente de seu delírio de emasculação e de sua relação com Deus: ‘Demonstrarei mais tarde que a emasculação para propósito inteiramente diferente - um propósito em harmonia com a Ordem das Coisas - acha-se dentro dos limites da possibilidade, e, na verdade, que muito provavelmente pode proporcionar a solução do conflito.’

Estas afirmações são de importância decisiva para determinar a opinião que devemos formar quanto ao delírio da emasculação, dando-nos assim uma compreensão geral do caso. Pode-se acrescentar que as ‘vozes’ que o paciente ouvia nunca tratavam de sua transformação em mulher como algo que não fosse uma ignomínia sexual, o que lhes fornecia desculpa para dele escarnecer. ‘Raios de Deus não raramente julgaram-se no direito de zombar de mim, chamando-me de “Miss Schreber”, em alusão à emasculação que, segundo se afirmava, achava-me a ponto de sofrer.’ (127.) Ou então diziam: ‘Então isso declara ter sido um Senatspräsident, essa pessoa que se deixa ser f.… a!’ Ou, ainda: ‘Não se sente envergonhado, na frente de sua mulher?’ (177.)

 

O RELEITOR (MATTANÓ):

Freud explica que o paciente, Dr. Schreber, cita que havia uma conspiração onde seu corpo deveria ser transformado num corpo feminino e como tal entregue à pessoa em apreço com vistas e abusos sexuais, então simplesmente seria “deixado de lado” - o que indubitavelmente significa ser entregue à corrupção. Muito mais tarde foi que me ocorreu a idéia de que o próprio Deus havia desempenhado o papel de cúmplice, senão de instigador, na conspiração em que minha alma deveria ser assassinada e meu corpo usado como o de uma rameira. De fato, posso dizer que esta idéia em parte só se tornou claramente consciente para mim enquanto escrevia o presente trabalho.

‘Toda tentativa de assassinar minha alma, de emascular-me para fins contrários a Ordem das Coisas (isto é, para satisfação dos apetites sexuais de um indivíduo) ou, mais tarde, de destruir meu entendimento - toda tentativa como essa redundou em nada. Desse combate aparentemente desigual entre um débil homem e o Próprio Deus, emergi como vencedor - embora com muito amargo sofrimento e privação - porque a Ordem das Coisas está do meu lado.’ (61.)

O autor prenuncia a transformação subseqüente de seu delírio de emasculação e de sua relação com Deus: ‘Demonstrarei mais tarde que a emasculação para propósito inteiramente diferente - um propósito em harmonia com a Ordem das Coisas - acha-se dentro dos limites da possibilidade, e, na verdade, que muito provavelmente pode proporcionar a solução do conflito.’

Estas afirmações são de importância decisiva para determinar a opinião que devemos formar quanto ao delírio da emasculação, dando-nos assim uma compreensão geral do caso. Pode-se acrescentar que as ‘vozes’ que o paciente ouvia nunca tratavam de sua transformação em mulher como algo que não fosse uma ignomínia sexual, o que lhes fornecia desculpa para dele escarnecer. ‘Raios de Deus não raramente julgaram-se no direito de zombar de mim, chamando-me de “Miss Schreber”, em alusão à emasculação que, segundo se afirmava, achava-me a ponto de sofrer.’ (127.) Ou então diziam: ‘Então isso declara ter sido um Senatspräsident, essa pessoa que se deixa ser f.… a!’ Ou, ainda: ‘Não se sente envergonhado, na frente de sua mulher?’ (177.)

Mattanó aponta que o paciente, Dr. Schreber, cita que havia uma conspiração onde seu corpo deveria ser transformado num corpo feminino e como tal entregue à pessoa em apreço com vistas e abusos sexuais, então simplesmente seria “deixado de lado” - o que indubitavelmente significa ser entregue à corrupção. Muito mais tarde foi que me ocorreu a idéia de que o próprio Deus havia desempenhado o papel de cúmplice, senão de instigador, na conspiração em que minha alma deveria ser assassinada e meu corpo usado como o de uma rameira. De fato, posso dizer que esta idéia em parte só se tornou claramente consciente para mim enquanto escrevia o presente trabalho. Vemos que o paciente apresenta o comportamento de fuga da realidade quando se transforma num corpo feminino e que essa transformação é mantida graças um prazer obtido dessa relação, onde o autor vê na ausência da coisa vista e se entrega à corrupção, ou seja, a degeneração ou a própria morte como interpretamos nas palavras onde escreve que Deus se tornou cúmplice e instigador dessa conspiração onde minha alma deveria ser assassinada e o meu corpo usado como uma rameira. Os significados e os sentidos da argumentação e da linguagem levam-nos a inferir que o autor está fugindo da realidade por algum motivo inconsciente, recalcado e reprimido, que foi evocado por algum estímulo do meio ambiente interno ou externo.

‘Toda tentativa de assassinar minha alma, de emascular-me para fins contrários a Ordem das Coisas (isto é, para satisfação dos apetites sexuais de um indivíduo) ou, mais tarde, de destruir meu entendimento - toda tentativa como essa redundou em nada. Desse combate aparentemente desigual entre um débil homem e o Próprio Deus, emergi como vencedor - embora com muito amargo sofrimento e privação - porque a Ordem das Coisas está do meu lado.’ (61.) Como vemos a emasculação trata-se da Trajetória da Vida e dos Heróis e do comportamento hermafrodita, que o autor exemplifica, pois ele foi chamado para uma aventura e a avaliou, depois a aceitou e teve ajuda sobrenatural, teve provações e ciclos de crescimento a enfrentar, e depois teve que matar o monstro, se despedir do seu problema se renovando com uma mensagem para si e para sua comunidade, adquirindo liberdade para viver e para se ensinar a viver.

O autor prenuncia a transformação subseqüente de seu delírio de emasculação e de sua relação com Deus: ‘Demonstrarei mais tarde que a emasculação para propósito inteiramente diferente - um propósito em harmonia com a Ordem das Coisas - acha-se dentro dos limites da possibilidade, e, na verdade, que muito provavelmente pode proporcionar a solução do conflito.’    A emasculação que leva a Trajetória da Vida e dos Heróis, e ao comportamento hermafrodita, proporciona assim, a solução do conflito com a sua mensagem adquirida com o término do ritual, o ritual de emasculação que pode ser produzido a partir dos delírios de emasculação, de Trajetória da Vida e dos Heróis, e de comportamento hermafrodita.

Estas afirmações são de importância decisiva para determinar a opinião que devemos formar quanto ao delírio da emasculação, dando-nos assim uma compreensão geral do caso. Pode-se acrescentar que as ‘vozes’ que o paciente ouvia nunca tratavam de sua transformação em mulher como algo que não fosse uma ignomínia sexual, o que lhes fornecia desculpa para dele escarnecer. ‘Raios de Deus não raramente julgaram-se no direito de zombar de mim, chamando-me de “Miss Schreber”, em alusão à emasculação que, segundo se afirmava, achava-me a ponto de sofrer.’ (127.) Ou então diziam: ‘Então isso declara ter sido um Senatspräsident, essa pessoa que se deixa ser f.… a!’ Ou, ainda: ‘Não se sente envergonhado, na frente de sua mulher?’ (177.) O delírio de emasculação produz ¨vozes¨ que o paciente ouve que ampliam suas relações delirantes, ou seja, de ver na ausência da coisa vista, este comportamento prejudica tanto o paciente que ele acaba acreditando em alucinações e interpretações falsas, inclusive em ilusões, visões e condições metereológicas, onde nuvens adquirem formas bizarras ou de mensagens divinas, extraterrestres, sobrenaturais ou paranormais que ele não consegue discriminar o que está acontecendo e o que é realidade e o que é natural ou evento físico, do universo ou acaso ou mesmo sobrenatural e divino, os delírios tem essa capacidade de diminuir a capacidade humana de discriminar os estímulos e suas consequências, de produzir respostas erradas, ou seja, de produzir loucura e perda do contato com a realidade, perda da lucidez. Os delírios aumentam a capacidade de generalização, mas de respostas erradas, pois eles funcionam criando respostas erradas, criando loucura, onde o paciente torna-se vítima desse poder inconsciente e comportamental, as relações sociais, escolares, de trabalho, religiosas, institucionais, afetivas e familiares ficam muito difíceis sem uma educação e orientação, sem direitos, deveres, obrigações e privilégios, sem cidadania e sem justiça social, sobretudo sem direito a saúde, a paz, a liberdade, ao patrimônio, a locomoção, a vida, a justiça, a alimentação, a moradia, a dignidade, ao respeito, a igualdade, a informação, a prática esportiva, a uma economia, ao trabalho, a educação, ao voto nas eleições municipais, estaduais e federais, ao descanso e ao repouso, a uma moralidade, e a uma sexualidade, aos direitos humanos e aos direitos do povo, que são: lutar pela sua sobrevivência e dignidade com honra e respeito pelas instituições e pelo poder de forma assegurada por lei, ou seja, através da educação e do trabalho, pois só assim uma nação pobre ou em desenvolvimento pode alcançar níveis mais altos de desenvolvimento, de educação, de trabalho, de moralidade, de combate a corrupção e de acúmulo e distribuição de riquezas sem desperdiçá-las aumentando a sua produtividade e qualidade.

 

MATTANÓ

(30/04/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Podemos agora comprovar que a Psicanálise Mitológica e a Psicanálise do Amor existem, pois fazem parte do tronco cerebral e do self central e do self autobiográfico de todos nós, pertencem a consciência, a realidade, ao conhecimento e a cultura de cada indivíduo com suas ideias e estruturas que podem ser postas como podem ser descobertas através da análise e da educação, do treino e do reforço, do condicionamento operante, pois ajudam a solucionar problemas com a atividade de glândulas, ossos do esqueleto e músculos lisos que agem na adaptação do organismo frente a solução de problemas e adversidades ambientais, o tronco cerebral imita a imagem do meio ambiente através do self central (que imita os objetos) e do self autobiográfico (que imita a sua biografia ou história de vida) e os integra formando uma consciência que determinará sua homeostase, e assim, sua regulação da vida que é feita através do equilíbrio da homeostase, pois quando a homeostase está baixa o organismo responde com dor e punição e quando a homeostase está alta o organismo responde com prazer e recompensa, de modo que ela, a homeostase, acaba determinando os comportamentos e as emoções do indivíduo, inclusive suas decisões, planos e esperança no futuro. As ideias e estruturas, teorias destas Psicanálises, Mitológica e do Amor, também existem pois tem fundamento fisiológico, comportamental e morfológico, por exemplo, a teoria do complexo de Édipo é diferente da teoria freudiana pois na época de Sigmund Freud não haviam estudos hormonais ou sobre os hormônios sexuais e o desenvolvimento humano e hoje existem estudos que comprovam que os hormônios sexuais na puberdade iniciam o comportamento malicioso nos adolescentes meninos e meninas, após os 14 anos de idade, conforme a lei estabelece e obriga o profissional de saúde desenvolver o seu trabalho.

 

MATTANÓ

(01/05/2024)

 

 

 

 

ANATOMIA DA CRIAÇÃO (2024):

Assim como o esqueleto, as células e a córnea são estruturas universais dentre tantas outras, a consciência também o é no Homo Sapiens, e podemos dizer que o conhecimento, a cultura e a realidade também o são, pois pertencem a complexidade cerebral do Homo Sapiens, que lhe faculta uma complexa função homeostática. A homeostase torna-se também um comportamento adaptativo do organismo que requer estruturas e funções universais para todos os indivíduos da mesma espécie, pois quando surge uma nova espécie as estruturas e funções deixam de ser universais para a homeostase denunciando um outro indivíduo e de outra espécie.

 

MATTANÓ

(02/05/2024)